Públicos sensíveis na imprensa_ConteudoseAudiências

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André Santos Pinheiro Filipe, n.º219804 Daniela Sofia Belchior Costa, n.º 219796 Filipe Miguel Ferreira Lima, n.º220394 Inês Gonçalves Baptista Alberto, n.º219778 Raquel Filipa de Matos Résio,nº219807 Ricardo Jorge Martins Marquês, n.º218639


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Agradecimentos: Gostaríamos de deixar o nosso agradecimento à Professora Doutora Maria João Cunha e à Professora Doutora Carla Cruz, por terem colaborado no desenvolvimento e estruturação desta investigação. Agradecer ainda aos nossos colegas que já terminaram a licenciatura e que, ainda assim, estiveram bastante disponíveis para nos ajudar na formatação do trabalho e disponibilizando algumas referências bibliográficas. Queríamos também aqui deixar um especial agradecimento às funcionárias da Hemeroteca Municipal de Lisboa que nos apoiaram ao nível da investigação nos jornais necessária para tornar este trabalho possível, mostrando-se sempre disponíveis para nos ajudarem na pesquisa dos mesmos e os colocarem livremente à nossa disposição.

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres

Índice Introdução ..................................................................................................................................................... 5 1.

2.

Metodologia .......................................................................................................................................... 6 1.1.

Pergunta de partida....................................................................................................................... 6

1.2.

Objetivos........................................................................................................................................ 6

1.3.

Técnica de Análise ......................................................................................................................... 7

1.3.1.

Corpus de análise .................................................................................................................. 7

1.3.2.

Etapas do trabalho de Campo ............................................................................................... 7

1.3.3.

Intrumentos de análise (variáveis e codificação) .................................................................. 7

Resultados obtidos ................................................................................................................................ 7 2.1.

Análise Descritiva .......................................................................................................................... 8

2.1.1.

Género do protagonista ........................................................................................................ 9

2.1.2.

Idade do protagonista ......................................................................................................... 10

2.1.3.

Assunto e Atributo............................................................................................................... 11

2.1.4.

Enfatização .......................................................................................................................... 13

2.2.

Análise Bivariada: cruzamento de variáveis ................................................................................ 14

2.2.1.

Secção vs Continuidade ....................................................................................................... 14

2.2.2.

Direção/Enfoque vs Formato Jornalístico ........................................................................... 15

2.2.3.

Género do protagonista vs Meio ......................................................................................... 16

2.2.4.

Género do protagonista vs Secção ...................................................................................... 17

2.2.5.

Proeminência vs Dimensão da Notícia ................................................................................ 18

2.2.6.

Género do protagonista vs Foto/Ilustração ........................................................................ 19

Conclusões................................................................................................................................................... 21 Apêndices .................................................................................................................................................... 23 Anexos ......................................................................................................................................................... 25

Índice de tabelas e gráficos Tabela 1- Ficha Técnica .................................................................................................................... 4 Tabela 2- Objectivos e técnicas selecionadas .................................................................................. 6 Tabela 3- Idade do protagonista .................................................................................................... 10 Tabela 4- Foto/Ilustração e Género do Protagonista..................................................................... 20 2|Página


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Tabela 5 - Nº de notícias por meio ................................................................................................. 23 Gráfico 1- Meio................................................................................................................................. 8 Gráfico 2- Género do Protagonista .................................................................................................. 9 Gráfico 3- Idade do protagonista ................................................................................................... 10 Gráfico 4- Assunto .......................................................................................................................... 11 Gráfico 5- Atributo ......................................................................................................................... 12 Gráfico 6- Enfatização .................................................................................................................... 13 Gráfico 7- Cruzamento das variáveis Secção e Continuidade ........................................................ 14 Gráfico 8- Cruzamento das variáveis Direção e Formato Jornalístico ........................................... 15 Gráfico 9- Cruzamento da variável “género do protagonista” com a variável “meio”.................. 16 Gráfico 10- Cruzamento das variáveis protagonista e secção ....................................................... 17 Gráfico 11- Cruzamento das variáveis Proeminência e Dimensão da Notícia ............................... 18 Gráfico 12- Cruzamento das variáveis Protagonista e Foto/Ilustração ......................................... 19 Gráfico 13- Formato/Género jornalístico ....................................................................................... 23

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Ficha Técnica Tabela 1-Ficha Técnica Nome

André Filipe

Daniela Costa

Filipe Lima

Inês Alberto

Raquel Résio

Ricardo Marquês

Tarefas elaboradas Consulta e análise da 1ª quinzena de junho dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Público; bem como a revista Visão. Realização e análise de frequência simples da variável “Género do protagonista” e “Idade do protagonista”. Elaboração da Conclusão. Consulta e análise da 2ª quinzena de maio dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Público; bem como parte da revista Sábado. Elaboração da capa do trabalho em Canva; do ponto 1.“Metodologia” e da Ficha Técnica. Análise do cruzamento da variável “Género do protagonista” com a variável “Foto/ilustração”. Consultou e analisou a 1ª quinzena de maio dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Público; bem como parte da revista Sábado. Realização dos pontos Introdução e Agradecimentos. Análise do cruzamento da variável “Direção/Enfoque” com a variável “Formato jornalístico”. Realização da matriz em Word que consta no anexo 1. Elaboração da matriz inicial em SPSS e realização dos cruzamentos no mesmo programa. Consulta e análise da 2ª quinzena de junho dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Público; bem como o semanário Expresso. Análise do cruzamento da variável “Proeminência” com a variável “Dimensão da notícia” e do cruzamento da variável “Género do protagonista” com a variável “Meio” e “Secção”. Elaboração de tabelas síntese e gráficos que constam nos resultados e apêndices. Consulta e análise da 1ª quinzena de abril dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Público. Realização das introduções iniciais dos pontos 2. “Resultados” e 2.2 “Análise Bivariada” Realização e análise de frequência simples das variáveis “Assunto” e “Atributo”. Formatação do trabalho. Consulta e análise da 2ª quinzena de abril dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Público; bem como o semanário Sol. Realização e análise da frequência simples da variável “Enfatização. Análise do cruzamento da variável “Secção” com a variável “Continuidade”. Elaboração do Índice, bem como organização dos apêndices e anexos.

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Introdução Com base na pergunta de partida: “Quais as representações mediáticas da mulher na imprensa escrita portuguesa (Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Expresso, Sol, Sábado e Visão) no segundo trimestre de 2015?” realizou-se o presente trabalho no âmbito da Unidade Curricular de Conteúdos e Audiências. Uma minoria é um grupo numericamente inferior ao resto população de um estado, que possuem do ponto de vista étnico, religioso ou linguístico, características que a diferem do resto (Remillard,1986). Embora não sejam numericamente inferiores aos homens, as mulheres são quantitativamente menos representadas, o que se deve ao facto de não terem uma posição dominante na sociedade, tal como foi referido por Remillard. São assim consideradas como minorias os negros, as mulheres, os homossexuais, as pessoas portadoras de deficiências, os idosos, os jovens, as crianças (Scoralick, 2009), os imigrantes e as pessoas que não possuem domicílio fixo (Araújo, s.d.). No entanto a História pauta-se pela evolução e a sociedade é também um objeto representativo dessa evolução. Hoje, e após alguns acontecimentos que mudaram a História, é possível dizer que o paradigma é distinto de há alguns anos. No entanto, as mulheres continuam a ser referidas enquanto uma minoria. De facto, os meios de comunicação possuem a capacidade de estabelecer a priorização de determinados conteúdos sociais em detrimento de outros, condicionando o agendar das principais temáticas visualizadas na esfera pública. “Nas sociedades atuais, a esfera pública atravessa as fronteiras entre o público e o privado e cruza atividades como a informação e o entretenimento” (Santos, 1998, in Henriques, 2010 p.166). A psicologia - enquanto ciência que estuda os indivíduos e os seus contextos de vida iniciou a sua preocupação com as produções mediáticas, a influência que estas podem ter na transformação da realidade social, nas representações sociais e nos comportamentos (Moscovici, 1961). Assim, pelo peso que os media têm na definição da sociedade atual "A questão da representação visual das mulheres nos media, no cinema, nas artes visuais, na fotografia e numa multiplicidade de outras imagens tem sido largamente debatida, com o intuito de perceber o que estas imagens dizem acerca do feminino e do modo como a “feminilidade” é engendrada, tornada acessível aos indivíduos e interiorizada" (Betterton, 1987 cit. em Ribeiro & Coelho, 2005). Torna-se deste modo essencial, sensivelmente um século depois do surgimento da representação da mulher nos media, compreender qual a sua representação e destaque no contexto da sociedade mediatizada atual, tendo em conta a evolução dessa mesma representação.

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres 1. Metodologia 1.1. Pergunta de partida Para a realização da presente investigação foi tida em conta a seguinte pergunta de partida: “Quais as representações mediáticas da mulher na imprensa escrita portuguesa (Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Expresso, Sol, Sábado e Visão) no segundo trimestre de 2015?” 1.2.

Objetivos

De maneira a responder à pergunta de partida, foram traçados os seguintes objetivos: Tabela 2-Objectivos e técnicas selecionadas Objetivos 1. Analisar a representação da mulher nos meios em estudo 2. Analisar a mulher como protagonista de notícias 3. Entender qual o motivo principal pelo qual a minoria “mulheres” aparece na imprensa 4. Compreender a enfatização dada à mulher no âmbito da linguagem gráfica dos diferentes meios analisados

Variáveis e técnicas selecionadas Comparar o número total de notícias com o número de notícias de cada meio em análise Análise de frequência simples da variável “Género do protagonista” e “Idade do protagonista” (análise descritiva) Análise de frequência simples das variáveis “Assunto” e “Atributo” (análise descritiva) Análise de frequência simples da variável “Enfatização (highlight)” (análise descritiva)

5. Avaliar a continuidade das notícias sobre o sexo feminino em função da secção em que se inserem 6. Verificar de que forma o género jornalístico pode influenciar o enfoque das notícias sobre o sexo feminino.

Cruzamento da variável “Secção” com a variável “Continuidade” (análise bivariada)

7. Identificar de que modo o meio pode influenciar o protagonista da notícia, tendo em conta a secção em que se insere 8. Analisar a importância das notícias em relação à dimensão 9. Detetar o género do protagonista que possui maior número de fotografias nas notícias tendo em conta o tema em análise

Cruzamento da variável “Género do protagonista” com a variável “Meio” e “Secção”(análise bivariada)

Cruzamento da variável “Direção/Enfoque” com a variável “Formato jornalístico” (análise bivariada)

Cruzamento da variável “Proeminência” com a variável “Dimensão da notícia” (análise bivariada) Cruzamento da variável “Género do protagonista” com a variável “Foto/ilustração” (análise bivariada)

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres 1.3.

Técnica de Análise

Para comprender a representação mediática da mulher, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. 1.3.1. Corpus de análise É constituído pelo conjunto de notícias que possibilitaram a realização da análise. Neste caso, registou-se uma amostra de 1655 notícias (vide apêndice 1).*1 1.3.2. Etapas do trabalho de Campo Após a entrega do manual de codificações, o grupo elaborou uma matriz em SPSS que, futuramente, foi corrigida pelas docentes. Após a entrega da matriz uniforme que serviu de base a todos os trabalhos (vide anexo 1) , dirigimo-nos à Hemeroteca Municipal de Lisboa, onde iniciámos a análise dos jornais Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Expresso, Sol e as revistas Sábado e Visão sendo as edições referentes aos meses de Abril, Maio e Junho de 2015 (2º Trimestre de 2015). A consulta e respetiva análise das notícias foi realizada entre os dias 7 e 23 de Novembro de 2016, sendo que, no total foram contabilazadas cerca de 60 horas por cada elemento. 1.3.3. Intrumentos de análise (variáveis e codificação) Para o tratamento quantitativo dos dados em análise, utilizámos o programa IBM SPSS. A Análise Descritiva das frequências foi realizada através da Análise de Frequência Simples, enquanto que, para a Bivariada, utilizámos a Análise de Referência Cruzada. De maneira a simplificar a representação dos resultados obtidos, optámos pela realização de tabelas e gráficos, concebidos no SPSS bem como nos programas Office Excel e Power Point. *1- Dado ao facto de não existirem 4 exemplares do semanário SOL, os mesmos ficam em falta nesta análise. 2. Resultados obtidos Nesta secção constam os dados recolhidos e a respetiva análise de resultados com base em livros, artigos e teses publicadas que se encontram designados na bibliografia, de maneira a responder aos objetivos estabelecidos (tabela 2). Assim, as variáveis individuais sobre as quais nos debruçámos, realizando uma análise de frequência simples (análise descritiva) foram “género do protagonista”, “idade do protagonista”, “assunto”, “atributo” e “enfatização”. Relativamente à análise bivariada, foram feitos cruzamentos entre as variáveis “continuidade” e “secção”; “direção/enfoque” e “formato jornalístico”; “género do protagonista”, “meio” e “secção”; “proeminência” e “dimensão da notícia” e “género do protagonista” e “foto/ilustração”.

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres 2.1.

Análise Descritiva

Gráfico 1- Meio

Os meios de comunicação social possuem uma grande influência no que diz respeito à representação dos vários públicos. Deste modo, o gráfico 1 revela, entre os meios analisados, a quantidade de notícias dirigidas a mulheres que consta em cada um deles. “Compreende-se, pois, que este foco de análise se tenha revelado socialmente necessário para perceber a complexidade da produção mediática e se o efeito de homogeneização dos grupos considerados dominados se continua a verificar ou não” (Cerqueira, Magalhães, Cabecinhas & Nogueira, 2011). Assim sendo, entende-se que “apesar do enorme contributo que as revistas poderiam representar ao nível da promoção da igualdade de género (…), a maior parte dos seus conteúdos replicam mitos e discursos tipificados, sobretudo de dominação social do masculino” (Cerqueira et. al, 2011). Através da análise do gráfico 1, é possível entender que a representação da mulher é mais significativa no Correio da Manhã (51,66%) seguindo-se, ainda que com valores menos relevantes, o Jornal de Notícias (19,40%) e o Diário de Notícias (13,90%).

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres A representação dada à mulher apresenta valores mais relevantes no jornal Correio da Manhã (51,66%), pelo que se torna interessante analisar os resultados obtidos. Define-se “sensacionalismo” como “– S.m. 1. Divulgação e exploração, em tom espalhafatoso de matéria capaz de emocionar ou escandalizar. 2. Uso de escândalos, atitudes chocantes, hábitos exóticos, etc., com o mesmo fim.” (Angrimani, 1994). Uma vez que a mulher se trata de um público sensível, é de esperar que esta seja representada em assuntos de caráter mais sensacionalista, tendo em conta a designação atribuída por diversos autores ao jornal Correio da Manhã: “(…) – mais vocacionado para o tratamento de temas de caráter sensacionalista” (de Carvalho, 2008). Deste modo, uma notícia que diga, por exemplo “Mulher, de 41 anos, já tinha assaltado duas vezes a mesma casa. Foi detida e solta pelo juiz” (Correio da Manhã, dia 15 de junho de 2015), tem um maior impacto do que uma notícia que diga exatamente o mesmo, mas em que o protagonista seja do sexo masculino. 2.1.1. Género do protagonista Gráfico 2 - Género do Protagonista

Os jornalistas têm uma elevada tendência de conservar a maioria das condutas culturais que dão privilégio às notícias direcionadas para o género masculino. Essa é das principais razões para a existência de uma sub-representação das mulheres no que diz respeito aos conteúdos noticiosos. (Len-Ríos, Rodgers, Thorson & Yoon, 2005). 9|Página


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Sendo este relatório sobre mulheres enquanto público sensível na imprensa, é justificável que maioritariamente, o género do protagonista seja feminino (84,34%). Ainda assim, verifica-se que quando generalizado, o género masculino ganha maior destaque como analisaremos mais à frente (vide gráfico 11). Assim sendo: - Existe uma clara predominância do género feminino como género protagonista das notícias; - A soma das percentagens das restantes categorias “Masculino”, “Transgénero” e “Indecifrável” (15,7%) não atinge um quarto da percentagem da categoria “Feminina” (84,3%). 2.1.2. Idade do protagonista Gráfico 3-Idade do protagonista

20,30% > 50 anos

21,69% < 30 anos

19,06% 41-50 anos 38,95% 31-40 anos

Tabela 3 - Idade do protagonista Média

39,69

Mediana

37,00

Desvio Padrão

10,689

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Para facilitar a análise, foram criados intervalos de maneira a grupar as idades, sendo que, obtivemos quatro grupos: menos de 30 anos; entre 31 e 40 anos; entre 41 e 50 anos e, por último, mais de 50 anos. Importante referir que, as notícias analisadas apresentam apenas protagonistas com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos. Analisando os resultados, podemos concluir que o grupo etário representado pelo intervalo 31-40 é o mais representativo, com uma percentagem de 38,9%. Os restantes grupos obtiveram valores bastante aproximados, sendo o intervalo “menos de 30 anos” o segundo grupo mais significativo (21,6%). O grupo etário entre os 41 e os 50 anos é o que apresenta a percentagem mais baixa, representado apenas 19% da nossa amostra. 2.1.3. Assunto e Atributo Gráfico 4-Assunto

Em 2000, um estudo realizado em 70 países mostrou que as mulheres representavam apenas 18% das pessoas no noticiário, detendo um papel muito pouco significativo em questões económicas ou políticas (Mémoire, 2002). A presente análise confirma a veracidade desta afirmação, apresentando valores baixos no que toca a estes temas. Em relação à variável “Assunto”, foram retiradas da análise as temáticas menos significativas, com percentagens de representação inferiores a 2%: “Autarquias”, “Segurança Pública”, “Terrorismo/Guerra”, “Religião”, “Gastronomia”, “Meteorologia”, “Migrações”,

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres “Trabalho”, “Manifestações”, “Festividades”, “Ambiente”, “Educação”, “Tecnologia” e “Insólitos”. A categoria com a percentagem de notícias mais elevada é “Criminalidade” (14,9%), sendo este o principal motivo pelo qual as mulheres aparecem nas notícias dos jornais. Com uma percentagem próxima encontra-se a categoria “Casos Pessoais” (14,2%). Ainda acima dos 5% encontram-se as categorias “Dramas Sociais” (12,6%), “Artes/espetáculos” (9,3%), “Media” (7,4%), “Estado” (6%) e “Moda” (5,1%). Com menor relevo, abaixo dos 5%, ficam as categorias “Atividades desportivas” (3,9%), “Saúde” (3,8%), “Banca/Finanças” (3,1%), “Partidos” (2,6%), “Assuntos Diplomáticos” (2,5%) e “Tribunais” (2,1%). Gráfico 5-Atributo

A distribuição clássica dos géneros dos jornais é feita por secções, em que as mais valorizadas tradicionalmente seriam propriedade masculina, enquanto as consideradas mais “ligeiras” eram atribuídas às mulheres (Ayerra, 2003). Prova disso é o facto de o atributo “Figura Pública” (32,6%) ser o mais comum no conjunto de notícias analisado. O atributo “Profissional (Vida Pública)” (18,9%) encontra-se em segundo lugar seguido de “Profissional (Vida Civil)” (13,4%). Em relação à variável “Atributo”, foram retiradas da análise as temáticas menos significativas, com percentagens de representação inferiores a 1%: “Desempregado”,

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres “Estudante”, “Sem-abrigo”, “Violado/a”, “Violador/a”, “Assaltado”, “Riqueza”, “Carência”, “Recluso/a”, “Imigrante” e “Religioso”. Acima dos 3% temos “Praticante de ato artístico” (6,9%), “Perpetrador de crime” (6,2%), “Vítima de crime” (4,2%) e “Praticante desportivo” (4%). Com valores abaixo dos 3% estão os atributos “Morte” (2,5%), “Acidentado/a” (2,4%), “Assaltante” (1,5%), “Herói/Heroína” (1,2%), “Doença (1,1%) e “Alvo de Preconceito” (1%). 2.1.4. Enfatização Gráfico 6-Enfatização 50,00

43,63

45,00

39,03

40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 5,00

Percentagem

8,82

10,00 1,57

4,05 0,66

2,24

0,00

O posicionamento de uma notícia dentro do corpo de uma jornal é bastante relevante, pelo que “planear a forma, mise en valeur, do contéudo editorial de um meio impresso de comunicação de massa significa articular uma enorme quantidade de conhecimento” (Pivetti, 2006). Quando nos situamos dentro do contexto das notícias que envolvem a minoria “Mulheres”, observamos que 1,57% das notícias correspondentes estão na capa como manchete e outros 8,82% como destaque. Estas percentagens baixas revelam que os jornais atribuem uma importância pouco significativa a assuntos relacionados com esta minoria. De seguida, percebemos que 0,66% das notícias estão situadas na pág. 3, ou a página nobre do jornal, o que demonstra que assuntos ligados à minoria em questão são muito pouco representados neste tipo de página. No que toca às outras páginas ímpares, concluímos que, das notícias que analisámos, 43,63% se situam aqui. Sendo esta a percentagem mais elevada, conseguimos perceber que grande parte das notícias relacionadas com mulheres estão situadas de forma ajustada à leitura do campo motor e visual dos destros. A sua contra-parte, 13 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres as páginas pares, têm 39,03% das notícias que estudámos. Além disso, 4,05% das notícias que dissecámos estão situadas em páginas centrais, o que nos remete para uma rara participação das mulheres em grandes temas, ou temas populares. Por fim, a contra-capa contempla 2,24% dos artigos que examinámos. 2.2. Análise Bivariada: cruzamento de variáveis Deste modo, a análise bivariada permite estabelecer relações entre variáveis, determinando se as diferenças entre a sua distribuição são estatisticamente significativas. Através do teste de hipóteses, permite pesquisar influências, casualidades ou coincidências. (Reitsma, Glas, Rutjes, Scholten, Bossuyt & Zwinderman, 2005). 2.2.1. Secção vs Continuidade Gráfico 7-Cruzamento das variáveis Secção e Continuidade

Para termos uma noção de como é que a secção em que uma notícia se encontra afeta, ou não, a sua continuidade, decidimos cruzar as variáveis “Continuidade” e “Secção”. Pelos dados obtidos, pode-se, numa primeira análise, concluir que grande parte das notícias estudadas (70,45%) não têm continuidade, com destaque para as que estão ligadas à 14 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres “Sociedade” (47,43%) e “Economia” (8,64%). Relativamente ao que concerne as notícias que apresentam continuidade (29,54%), destacam-se, novamente, “Sociedade” (11,48%) e “Economia” (6,71%). Nenhuma das categorias apresenta grandes diferenças em relação à sua continuidade, com exceção para a categoria “Sociedade”, o que permite concluir que a secção não influencia diretamente a continuidade de uma notícia, a não ser que se trate de temas ligados à “Sociedade”, onde, em maior parte dos casos, não há continuidade. 2.2.2. Direção/Enfoque vs Formato Jornalístico Gráfico 8- Cruzamento das variáveis Direção e Formato Jornalístico

“A imagem do jornalista como mediador neutro, distante (e superior) aos jogos de interesse da sociedade, estaria subjacente ao ideal de objetividade na profissão (…) Sob discurso da objetividade, o jornalista aparenta o que não é (…) O mito do jornalismo objetivo é essencial para a compreensão da ideia de responsabilidade social do jornalista” (Pereira, 2004). Partindo desta referência é possível afirmar que o modo como o jornalista expõe as suas notícias, é também um modo influenciador do valor que a notícia tem para o leitor. Assim, este não é objetivo sendo influenciado por diversos fatores (internos e externos). Nos resultados obtidos é possível destacar como “Direção/Enfoque” predominante a categoria “Neutro”, com 958 observações que perfaz 57,90% das observações totais. Como “Formato 15 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Jornalístico” de referência nas notícias sobre mulheres destaca-se o formato de pequena dimensão, referido como “Colunas/Breves” que conta com 806 observações, que perfaz um total de 48,6% da amostra considerada. Este cruzamento das variáveis “Direção/Enfoque” e “Formato Jornalístico” pretende exatamente estabelecer uma relação direta entre o enfoque e o formato em que as notícias são apresentadas. De enfoque “neutro” registou-se o maior número de observações, pelo que a maioria das notícias com este enfoque são as colunas/breves (30,88%) seguindo-se a “reportagem” (20,42%). De referir ainda as observações que correspondem a notícias com formato de “Entrevista” de direção neutra (2,60%). No que diz respeito às notícias de enfoque negativo, destaca-se o formato “Reportagem” (11,60%) seguido da variável “Coluna/breve” (7,49%). De” Direção/Enfoque” positivo, existe um destaque para as notícias em formato “Coluna/Breve” (10,33%), seguido do formato “Reportagem” (7,49%). Assim é possível afirmar que o caráter objetivo inerente à natureza jornalística define que o maior número de observações seja de direção/enfoque neutro, não dispensando, no entanto, a interpretação do jornalista, que define a existência de notícias de enfoque positivo e negativo sobretudo quando se refere a trabalhos de maior profundidade e necessidade de pesquisa, como é o caso das reportagens. 2.2.3. Género do protagonista vs Meio Gráfico 9- Cruzamento da variável “género do protagonista” com a variável “meio”

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Através do cruzamento das variáveis “Meio” e “Género do protagonista”, pretendemos averiguar o modo como o meio em questão pode influenciar o género do protagonista. É possível entender que nos 8 jornais analisados, a mulher assume o papel de protagonista na maior parte deles. No entanto, a sua presença enquanto protagonista é mais significativa em determinados jornais, como o Correio da Manhã (40,99%) e o Jornal de Notícias (17,65%) e menos significativa noutros como o Sol (0,60%) e a Visão (0,85%). Isto leva-nos a refletir sobre os temas abordados nos jornais em questão, de maneira a entender em que secções é que a mulher se revela como protagonista. 2.2.4. Género do protagonista vs Secção Gráfico 10- Cruzamento das variáveis protagonista e secção

“O jornalismo para a mulher relaciona-se com assuntos comuns como a culinária, a decoração, o vestuário, a família, entre outros, e o sucesso está pautado no sucesso dos outros.” 17 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres (Corrêa, et al., 2007). Ao cruzar as variáveis “Género do protagonista” e “Secção”, é possível compreender que as mulheres são, grande parte das vezes, as protagonistas das notícias. No entanto, estas são protagonistas em secções específicas dos jornais analisados. Assim sendo, conclui-se que as mulheres são maioritariamente protagonistas nas secções “Sociedade” (50,18%) e “Outro” (12,03%). Por sua vez, a mulher encontra-se menos representada nas secções “Desporto” (2,96%) e “Internacional” (3,08%). 2.2.5. Proeminência vs Dimensão da Notícia Gráfico 11- Cruzamento das variáveis Proeminência e Dimensão da Notícia

De maneira a possibilitar o cruzamento das variáveis “Palavras” e “Proeminência”, foi necessária a categorização da variável contínua “Palavras” em variável nominal. Deste modo, foi utilizada uma técnica do SPSS (recodificar em variáveis diferentes) pelo que o número de palavras foi agrupado da seguinte forma: até 300 palavras inserem-se na categoria “Breves”, das 301 às 1500 insere-se na categoria “Médias” e das 1501 até ao número mais elevado registado foi atribuído o nome “Longas”. Através do processo descrito foi criada uma nova variável, tendo-lhe sido atribuído o nome “Dimensão da notícia”. O autor J.P. Sousa, num artigo intitulado Os Estudos Jornalísticos após 1950: a consolidação de um campo científico diz-nos que “(…) quanto maior for a proeminência social das pessoas envolvidas num acontecimento, mais probabilidades este tem de se tornar notícia.” Assim, de acordo com o gráfico 10, podemos observar que as notícias breves não apresentam qualquer importância para os leitores (39,15%) uma vez que estas são, a grande maioria das 18 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres vezes, sobre a vida dos famosos. Por sua vez, as notícias médias demonstram uma maior relevância para o público (23,14%) visto que estas são maioritariamente constituídas por reportagens e entrevistas. As notícias longas revelam alguma importância (3,38% face à categoria “não” 0,48%), já que o valor identificado relativamente à falta de importância desta categoria é inferior a 1. 2.2.6. Género do protagonista vs Foto/Ilustração Gráfico 12- Cruzamento das variáveis Protagonista e Foto/Ilustração

Este cruzamento permite-nos caracterizar a imagem do protagonista representada nas notícias em detrimento do seu género, sabendo que a variável “Foto/Ilustração” está dividida em “explícita”, “não explícita” ou sem imagem. Relativamente ao género “feminino”, a imagem “Explícita” representa a maioria (68,74%) com uma elevada distância relativamente às notícias sem ilustração (9,37%) e com imagens pouco explícitas (6,23%). Acerca do género “Masculino”, predomina a “Imagem Explícita” (8,10%), sendo que os valores referentes à ausência de imagem e o facto de esta não estar explícita não são preponderantes (1%). Em 2008, Carla Cerqueira, realizou um estudo que incidia sobre a representação das mulheres no discurso jornalístico em que, uma das questões levantadas era, precisamente, 19 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres “Como é que as mulheres são representadas no discurso da atualidade?” com foco para o dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher). Neste estudo, a autora conclui o mesmo que esta análise nos demonstra, ou seja, quando analisamos notícias sobre mulheres, a maioria tem uma fotografia (explícita ou não). Os dados obtidos nesta análise em que o protagonista é essencialmente do género feminino são tendenciosos, como referimos anteriormente (vide gráfico 2), na medida em que nos focamos na representatividade das mulheres. Quando generalizamos a procura para a representação do público feminino no geral comparado com o masculino, como foi o caso de Ribeiro & Coelho, num estudo de 2005, observamos o seguinte: “Um dos dados mais relevantes é o facto de, em 271 imagens jornalísticas publicadas no dia em análise, apenas 41 incluírem mulheres. O número baixa para 17 imagens quando se consideram apenas as que representam exclusivamente mulheres. Se compararmos este número com a totalidade das imagens que mostram exclusivamente homens (163), os resultados merecem, no mínimo, reflexão do ponto de vista da sub-representação do feminino na imprensa diária de referência portuguesa.” Tabela 4-Foto/Ilustração e Género do Protagonista

Foto/Ilustração * Género Protagonista Tabulação cruzada Género Protagonista Foto/Ilustração

Explicita

Não explícita

Feminino

Indecifrável

134

1137

40

6

1317

% em Foto/Ilustração

10,2%

86,3%

3,0%

0,5%

100,0%

% em Género Protagonista

71,3%

81,5%

61,5%

100,0%

79,6%

% do Total

8,1%

68,7%

2,4%

0,4%

79,6%

Contagem

38

103

16

0

157

% em Foto/Ilustração

24,2%

65,6%

10,2%

0,0%

100,0%

% em Género Protagonista

20,2%

7,4%

24,6%

0,0%

9,5%

2,3%

6,2%

1,0%

0,0%

9,5%

Contagem

% do Total Não

Total

Total

Masculino

Contagem

Transgénero

16

155

9

0

180

% em Foto/Ilustração

8,9%

86,1%

5,0%

0,0%

100,0%

% em Género Protagonista

8,5%

11,1%

13,8%

0,0%

10,9%

% do Total

1,0%

9,4%

0,5%

0,0%

10,9%

Contagem

188

1395

65

6

1654

11,4%

84,3%

3,9%

0,4%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

11,4%

84,3%

3,9%

0,4%

100,0%

% em Foto/Ilustração % em Género Protagonista % do Total

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Conclusões Através da análise dos resultados obtidos, é possível concluir que as mulheres são uma minoria nos jornais Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Expresso, Sol e nas revistas Visão e Sábado. No entanto, o Correio da Manhã é o único que se afasta deste padrão, uma vez que neste jornal as notícias relacionadas com mulheres atingem os 51,66% no trimestre analisado. Assim, é de salientar o facto de o CM demonstrar uma maior representatividade em relação às mulheres que muito se pode justificar pelo facto de a imprensa dita como popular “focar a sua atenção numa linguagem imagética” (Cerqueira, 2008), neste caso, em relação ao corpo da mulher. Respondendo à questão colocada no início do trabalho “Quais as representações mediáticas da mulher na imprensa escrita portuguesa (Público, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Expresso, Sol, Sábado e Visão) no segundo trimestre de 2015?” conclui-se que as mulheres estão, na maior parte das vezes, representadas na secção “Sociedade” dos jornais nacionais, pelo que o formato jornalístico em que mais aparecem é “Breves/Colunas”, com um enfoque maioritariamente neutro. A análise da variável “Atributo” permitiu concluir que o principal motivo pelo qual as mulheres aparecem nos jornais analisados, é o facto de serem figuras públicas. Posto isto, a esfera em que as mulheres estão mais presentes é na da vida social. A faixa etária mais representativa situa-se entre os 31 e os 40 anos, e a idade média é de 39 anos. Em suma, e com base em todas as informações recolhidas para a elaboração desta análise, entende-se que as mulheres, apelidadas de “segundo sexo” por Simone de Beauvoir, continuam a ser uma minoria no panorama noticioso e com muito pouca representatividade e relevância no âmbito da imprensa nacional. Para que o sexo feminino consiga um lugar de destaque, é necessário que a imprensa continue a apostar nas mulheres como “agentes ativos de sucessos” (Cerqueira, 2008) e procure transmitir uma visão mais completa da sociedade, de maneira a não perpetuar com diferenciações de género ou de qualquer outro tipo.

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Bibliografia Angrimani, D. (1994). Espreme que sai sangue: um estudo do sensacionalismo na imprensa (Vol. 47). Summus Editorial. Ayerra, C. A. (2003). Participation and access of women to the media, and information and communication technologies and their impact on and use as an instrument for the advancement and empowerment of women. Nações Unidas. Cerqueira, C. (2008) A Imprensa e a Perspectiva de Género. Quando elas são notícia no Dia Internacional da Mulher. Observatorio Journal, Vol 5. Cerqueira, C. P. B., Magalhães, S., Cabecinhas, R., & Nogueira, C. (2011). As representações de género nas revistas portuguesas de informação generalista: em busca de uma cidadania inclusiva. In 1º Congresso Nacional: Literacia, Média e Cidadania (pp. 209-220). CECS-Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade-Universidade do Minho. Corrêa, A. M. H., Gontijo, M. C. L., Assis, L. B. D., Carrieri, A. D. P., & Melo, M. C. D. O. L. (2007). Soldadinhos-de-chumbo e bonecas: representações sociais do masculino e feminino em jornais de empresas. Revista de Administração Contemporânea, 11(2), 191211. Cruz, C. (2008). A Telerealidade. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas de Carvalho, M. D. (2008). A construção da imagem dos imigrantes e das minorias étnicas pela imprensa portuguesa: uma análise comparativa de dois jornais diários. In Mundos sociais: saberes e práticas (p. 246). Len‐Ríos, M. E., Rodgers, S., Thorson, E., & Yoon, D. (2005). Representation of women in news and photos: Comparing content to perceptions. Journal of Communication, 55(1), 152-168. Mémoire A. (2002). Participation and access of women to the media, and its impact on and use as an instrument for the advancement and empowerment of women. United Nations Economic and Social Comission for Western Asia. Pereira, F. H. (2004). Da responsabilidade social ao jornalismo de mercado: o jornalismo como profissão. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação. PIVETTI, M. (2006). Planejamento e representação gráfica no jornalismo impresso. A linguagem jornalística e a experiência nacional. Eca (USP), São Paulo. Reitsma, J. B., Glas, A. S., Rutjes, A. W., Scholten, R. J., Bossuyt, P. M., & Zwinderman, A. H. (2005). Bivariate analysis of sensitivity and specificity produces informative summary measures in diagnostic reviews. Journal of clinical epidemiology, 58(10), 982-990. Ribeiro, S; Coelho, Z (2005). Imagens de mulheres na imprensa portuguesa. Universidade de Aveiro. Sousa, J. P. (2008). Os Estudos Jornalísticos após 1950: a consolidação de um campo científico. Covilhã: Universidade da Beira Interior, Biblioteca OnLine de Ciências da Comunicação BOCC. 22 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Apêndices Apêndice 1- Número de notícias por Meio Tabela 5 - Nº de notícias por meio Meio

Periodicidade

Número de notícias

Público

Diário

105

Diário de Notícias

Diário

230

Jornal de Notícias Correio da Manhã Expresso Sol

Diário Diário Semanal Semanal

321 855 79 11

Sábado Visão Total

Semanal Semanal

40 14 1655

Apêndice 2- Qual o género/formato jornalístico mais usado nas notícias sobre mulheres? Gráfico 13- Formato/Género jornalístico

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres Apêndice 3- Infografia conclusiva do trabalho

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Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres

Anexos Anexo 1- Matriz Categoria A)Variáveis bibliográficas

Valores

A1) número da notícia

(contínua)

A2) data A21)dia A22)mês

1-31 1-12 A3) meio 1. Público 2. Diário de Notícias 3. JN 4. Correio da Manhã 5. Expresso 6. Sol 7. Sábado 8. Visão A4) enfatização (highlight) 1.Capa – manchete 2.Capa - destaque 3.Pág. 3 4.Outras páginas ímpares 5.Páginas centrais 6.Contra-capa 7.Páginas pares A5) secção (lugar do jornal em que 1.Política aparece a notícia) 2.Economia 3. Sociedade 4. Cultura/artes 5. Desporto 6. Internacional 7. Outro A6) Género jornalístico 1.Cartoon 2.Reportagem 3.Opinião (Comentário / Análise) 25 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres 4. Coluna/breve 5. Editorial 6.Correio do leitor 7. Notícia de agência nacional (Lusa) 8. Notícia de agência internacional (Reuters, Associated Press, United Press Int., CNN,France Press) 9. Entrevista 10. Crónica/Artigo de Opinião 1.Sim. Imagem explícita 2.Sim. Imagem não explícita (eg. esfumada, esbatida, A7) Foto/ilustração pessoas com rosto oculto ou em posição que não permita a identificação) 3.Não A8) Proeminência (da referência ao 1.Sim público) 2.Não A9) Contagem de palavras (contínua)

A10) Espaço A11) Local da história/Região

1. Nacional 2. Internacional 1.Grande Lisboa 2. Grande Porto 3. Interior Norte 4. Litoral Norte 5. Interior Centro 6. Litoral Centro 7. Alentejo (Alto e Baixo) 8. Algarve (Barlavento / Sotavento) 9.Açores 10.Madeira 11. Misto Nacional 12. Geral (Portugal) 13. Espanha 14. Europa Ocidental/ União Europeia 15. Europa de Leste 16. Europa Central 26 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres 17.EUA 18. PALOP’s.África 19. África (outros) 20. Brasil. 21. América Latina 22. Oriente 23. Médio Oriente 24. Países Árabes 25. Sudeste Asiático 26. Oceania 27. Caraíbas 28. Misto Internacional 29. Geral (Internacional) B) Variáveis dos Públicos B1) Tipo de Público

1.Mulheres (25 - 64 anos) 2.Crianças e jovens (0-24 anos) 3.Idosos (65 e mais anos) 4. Grupos ou Minorias Étnicas 5. Grupos ou Minorias Sexuais 6. Deficientes B1.1)Tipo de deficiência (apenas para 1. Deficiência motora Opção 6 em B1 – Deficientes) 2. Deficiência visual 3. Deficiência mental 4.Surdez 5.Paralisia cerebral 6.cancro, 7.esclerose múltipla, 8.Fibromialgia, 9.paramiloidose, 10.Diabéticos Tipo 1, , 11.doenças cardiovasculares 12.Seropositividade / SIDA, 13.Doenças auto-imunes, 14.Obesidade mórbida B2) Género do/a protagonista 1.Masculino B2.1) 2.Feminino 3.Indecifrável 27 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres

B2.2)

4.Transgénero 1.Masculino 2.Feminino 3.Indecifrável 4.Transgénero

B3) Idade do/a(s) protagonista(s) (contínua) B4.1) Atributo (o que os fez aparecer 1.Profissional (Civil) nos jornais) 2. Profissional (Vida Pública) 3.Desempregado 4. Estudante 5.Sem-abrigo 6. Alvo de Preconceito 7.Herói / Heroína 8.Praticante desportivo 9. Praticante de acto artístico 10. Violado/a 11. Violador/a 12. Vítima de Crime (diferente de assalto e de violação) 13. Perpetrador de Crime (diferente de assalto e de violação) 14. Assaltado 15. Assaltante 16.Riqueza 17.Carência 18.Doença 19. Acidentado(a) 20. Morte 21. Recluso/a 22. Figura pública / Mediática 23. Emigrante 24. Imigrante 25. Religioso 1.Profissional (Civil) B4.2) 2. Profissional (Vida Pública) 3.Desempregado 28 | P á g i n a


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B5) Assunto

4. Estudante 5.Sem-abrigo 6. Alvo de Preconceito 7.Herói / Heroína 8.Praticante desportivo 9. Praticante de acto artístico 10. Violado/a 11. Violador/a 12. Vítima de Crime (diferente de assalto e de violação) 13. Perpetrador de Crime (diferente de assalto e de violação) 14. Assaltado 15. Assaltante 16.Riqueza 17.Carência 18.Doença 19. Acidentado(a) 20. Morte 21. Recluso/a 22. Figura pública / Mediática 23. Emigrante 24. Imigrante 25. Religioso 1. Estado 2. Partidos Políticos 3. Autarquias e Políticas Regionais 4. Assuntos Diplomáticos 5. Banca / Finanças 6. Segurança pública 7. Terrorismo / Guerra 8. Trabalho 9.Dramas Sociais 10. Manifestações Sociais 11. Criminalidade 12. Tribunais 13. Festividades e Solenidades 29 | P á g i n a


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B6) Protagonismo B7) Continuidade (são histórias isoladas ou conhecidas?) B8) Fonte (principal fonte de informação sobre o público)

B9) Voz (quem mais expressa o ponto de vista do protagonista – com citação ou parafraseado)

14. Artes e Espectáculos 15. Ambiente 16. Educação 17. Saúde 18. Tecnologia & Ciência 19. Religião 20. Actividades desportivas 21. Moda 22. Media 23. Gastronomia 24. Meteorologia 25. Migrações 26. Casos Pessoais 27. Insólitos 1.1º plano 2.2º plano 1.Sim 2.Não 1.Individuo (protagonista) 2.Grupo/associação representante dos públicos 3.Família/amigo/prestador de cuidados/ Vizinho/a 4.Fornecedor de cuidados de saúde (médico, enfermeiro, hospital, terapeuta, autoridade pública e saúde) 5.Governo local/regional 6.Governo Internacional 7.Oposição política 8.Tribunais 9.Líder de opinião dos media (Colunista/editorial) 10.Individual (não pertencente à minoria) 11.Celebridade 12.Perito (académico) 13.Educador 14. Outro 0.Sem citação do/a protagonista 1.Protagonista 2.Família/amigos 30 | P á g i n a


Públicos Sensíveis na Imprensa: Mulheres 3.Advogados 4. Médicos/terapeutas 5. Grupos/ Associações 6.Outros B10) Direcção /Enfoque 1.Positivo 2.Negativo 3.Neutro B11) Discurso (Parcelas de texto que Texto que mostre o enfoque verificado na alínea justificam B10) anterior

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