Nota ao movimento libertรกrio
O R.U.A.S vem a público esclarecer o afastamento de uma companheira que era próximo da organização e mantinha relacionamento com membros da rede. A medida foi tomada em razão as distorções proliferadas por curiosos que acompanham a distância nossos passos afim de competir e nos difamar, como já tomamos ciência por outras pessoas, e que na verdade pouco se interessam pela situação dessa ou de qualquer outra mulher. Como também, para que mulheres se sintam respeitadas e seguras de romper com o silêncio, e que siga como incentivo à outras que queiram trazer relatos de suas experiência com homens. A referida, após dois anos do fim de um relacionamento nos trouxe informações de 2014 que descumpre com nosso posicionamento enquanto unidade. Não categorizamos como "problema pessoal", pois o relato
de uma mulher não pode ser omitido/silenciado, pois o ciúmes, a não-monogamia e o consumo de pornografia são questões problemáticas para TODOS, prejudicando os nossas propostas libertárias enquanto rede. Entretanto, vale ressaltar que tomamos conhecimento dos episódios de forma indireta através de uma postagem, onde procuramos a mesma para que seus relatos sejam objeto de análise para refletirmos, aprendermos e superarmos hábitos viciosos e comportamentos machistas que são barreiras ao longo da nossa desconstrução individual e coletiva em busca da nossa liberdade. Sabemos os impactos do patriarcado, que demanda muito do nosso psicológico e nenhuma outra mulher pode refutar um sentimento ou sensação que outrem sinta, viva. Nem de uma, nem de outra.
- Grupo de estudos Sobre Pornografia. COMO E PRA QUEM existe a INDÚSTRIA da PORNOGRAFIA, e como atinge de diferentes formas, diferentes mulheres. Corredor Apache - Silenciamento sobre esses atos ou até a omissão deles só trazem benefícios ao patriarcado. Sendo assim a Brigada Rosa Negra decidiu o Corredor Apache para que atitudes machistas de homens da organização não passem em vão, principalmente lidando ao fato de que homens da contracultura devem REVER e desconstruir a educação sexista oriunda da infância, por respeito a nós mulheres em geral e pela luta anarquista que visa o fim do capitalismo que usa mulheres de pilares. Nos desvinculando de discursos pacificadores e não-violentos que não nos representam. Assim como, muitos homens do movimento já sabem, a violência também é uma via. Foi uma decisão unânime o estudo coletivo, assim como a composição de rodas sobre masculinidades e feminismo entre todxs, para a partir das análises das nossas socializações, acessarmos a raiz do problema.
O membro em questão, continua conosco em nossa organização já que dialogou, expôs seis anos de relacionamento, nos trouxe dados, conversas e toda convivencia que mantinha até dias antes com a mesma. Acatou as propostas tiradas pelas MULHERES FEMINISTAS, como o ESTUDO DE GÊNERO SOBRE PORNOGRAFIA e o CORREDOR APACHE. Sendo assim, seguimos juntos nessa construção em movimento pela transformação pessoal e coletiva! Ninguém é melhor que ninguém, por isso EXIGIMOS RESPEITO! Nos colocamos à disposição de todxs para quaisquer esclarecimentos. Att, Rede Urbana de Ação Sub. & Brigada Rosa Negra 01 de outubro de 2018