Força Ingovernável

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Índice: Força Ingovernável - Paginas 1,2,3 e 4 Feminismo Livre de Drogas: Uma Reflexão - Paginas 5 e 6 Consciência Revolucionária Livre de Drogas - Paginas 7 e 8 Entrevista com WolfxDown - Paginas 9 e 10 Cena Punk e Skin Antifa e as Drogas - Pagina 11 A C.I.A. e as Drogas: MK Ultra - Paginas 12,13 e 14 México: a CIA controla tráfico de drogas e não quer que acabe - Pagina 15 Serei Curioso - Pagina 16 Álcool: Um Instrumento de Dominação - Paginas 17 e 18

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O ENFRAQUECIMENTO DA LUTA ATRAVÉS DO ENTORPECIMENTO Dentro das culturas de rua, que deveriam ser potencialmente subversivas, não é de hoje que vemos jovens com ideias de luta serem anuladXs e até mesmo aniquiladXs, pelo vicio a tais substancias. Por isso é urgente à necessidade de desvincular o uso de drogas da revolta, queremos desconstruir a imagem do “rebelde” que usa drogas como forma de expressão “subversiva” , se enganando ao pensar que tem controle sobre si mesmo, sendo que na realidade tal prática possa ser totalmente o oposto do controle e autogestão do próprio corpo. Partindo do principio que buscamos o maximo de nossas liberdades contra a imposição de regras e leis criadas pelas sociedades,é incoerente buscar uma existência liberta e ao mesmo tempo colocar por vontade própria correntes presas ao corpo e mente.Nossos corpos e mentes estão totalmente ligados ao meio que vivemos, isso significa que fatores externos influenciam diretamente a nossa maneira de pensar e agir. Desde o momento do nascimento até nossa morte, somos condicionadXs a aceitar tudo o que nos é empurrado goela abaixo de maneira sutil ou violenta pelo sistema capitalista. A propaganda e marketing do modo de vida capitalista como verdade absoluta chegou ao seu ápice, conseguindo penetrar profundamente até mesmo dentro de setores que antes eram de oposição radical do mesmo. O status que o poder de consumo cria, é sedutor para pessoas consideradas “alienadas” ou ‘ignorantes”, mas o grande problema é vermos nos meios supostamente “radicais” esse mesmo status do consumo de entorpecentes ,onde as criticas às industrias e ao consumo são o ponto inicial de combate ao capital junto à gritos de ódio pela emancipação individual e ou coletiva. Sabemos que pelo fato de existir uma opressão diária, geralmente é problemática a situação psicológica de indivíduxs das classes mais baixas. Nos empregos, nas escolas, nas ruas e até mesmo nas próprias casas, a rotina diária é massacrante, há pressão de todos os lados e feita por quase todas as pessoas ao redor. Dessa forma a vida em sociedade se torna uma constante tortura e nossos cérebros precisam de algo para amenizar o sofrimento.É nesse momento que o sistema de controle consegue a oportunidade de entrar em nossas mentes com promessas de descontração e relaxamento com o uso de substancias químicas e do álcool.Vemos essa forma de controle ser disseminada massivamente através de propagandas veiculadas em quase todos os meios de comunicação.Desde os convencionais,como a televisão,internet e rádios,onde existem propagandas de bebidas alcoólicas aos meios indiretos como as famílias e sociedade que de um modo geral fazem frequentemente o uso principalmente de bebidas alcoólicas ou como forma de diversão ou como válvula de scape.

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A SOCIALIZAÇÃO FORÇADA COMO DROGA ALIENANTE DA COSNCIENCIA CRITICA Um setor do sistema de controle é responsável pela criação de entretenimentos que façam com que nossas mentes fiquem ocupadas durante o tempo livre para não pensarmos ou sentirmos os impactos e danos causados pela vida social do sistema capitalista. Através de estudos e analises especificas, especialistas criam as forma de entretenimento de acordo com perfis e características das pessoas. Dentre as diversas formas de entretenimento, existe uma que é necessariamente usada para todxs sem exceção, crianças e idosxs, homens e mulheres, pobres e ricos, o nome dessa forma de entretenimento é: SOCIALIZAÇÃO. Talvez muitxs não enxerguem a socialização como uma forma de entretenimento que possa ser nociva, mas basta observarmos os discursos políticos modernos sobre o respeito que devemos ter uns pelxs outrxs independente de raça, gênero, religião, ideologia e etc. Os governos neo-liberais tem total interesse que seus cidadãos vivam em um acordo social baseado no respeito as diferenças,desde que cada um saiba sua posição na escala social e tenha (in)consciência de sua importância para o funcionamento das estruturas,pois dessa forma não existirão conflitos sociais para serem resolvidos e intermediados pelo Estado,pondo assim em pratica o sonho do neo liberalismo de trabalhadores perfeitos. A cultura da sociedade é baseada em um padrão comportamental geralmente imposto de cima para baixo,e a socialização é um fator crucial para a disseminação desse padrão.Através da mídia vemos essa disseminação com frequência em novelas, filmes ou em comerciais,com pessoas se socializando,consumindo e se divertindo de diversas formas,como por exemplo através de algum esporte, como o futebol que esta estritamente ligado a cerveja.Esse incentivo a socialização é uma forma de estimular a naturalização de comportamentos e praticas.Nos meios de comunicação social, geralmente os comerciais de bebidas alcoólicas estabelecem uma cultura onde rebaixam as mulheres em uma condição de objetos sexuais e normalizam a situação através de sorrisos coletivos.Vemos assim a assombrosa doutrina moderna do consumismo propagando o modo de vida das classes altas como sinônimo de felicidade e realização pessoal.Se tornando assim o modo vida almejado de forma (in)conscientemente para todXs que assistem a TV e socializam essas informações de acordo com o status quo do ciclo do consumo.Do nosso ponto de vista enxergamos isso como um grande problema para a população pobre,pois mesmo sem condições financeiras,muitXs tentarão de alguma forma viver o modo de vida que é propagado intencionalmente pelos grandes veículos de comunicação.Isso interfere diretamente na vida de uma pessoa desfavorecida,pois cada uma de acordo com sua percepção e capacidade fará o possível e muitas vezes o impossível para se encaixar no padrão de vida social e será inconscientemente responsável pela influencia em outras pessoas à seu redor.O consumo de álcool e drogas vem se tornando cada vez mais naturalizado e propagado.Porem uma pessoa pobre viciada em drogas ou em álcool,se torna nocivo além de a si ,a todXs a seu redor que compartilham das mesmas dificuldades encontradas para a sobrevivência devido a desfavorável posição econômico-social, enquanto pessoas ricas tem condições e estruturas sócio-econômicas para fazer tratamentos além de todo um apoio psicologico de sua família.Dessa forma o ciclo da ignorância entre as classes baixas através da socialização se completa e as consequências são sempre prejudiciais aos desfavorecidos pois, ou terão que trabalhar muito e ou terão que praticar crimes para tentar manter o nível padrão de vida social ,enquanto o governo por sua vez estará atento a esse ultimo tipo de comportamento criado por eles mesmos e utilizara diversas formas para reprimir x individux que resolve agir fora da lei.Assim o álcool e as drogas que se tornam para pobres a única válvula de escape para as dificuldades da vida,para muitXs a única fonte de felicidade,passa através do vicio a tormenta responsável pela deterioração de seu corpo e mente.

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TRAFICO DE DROGAS: O LUCRO E A CRIMINALIZAÇÃO DE NEGRXS,INDIGENAS E POBRES O mercado das drogas lucra por ano números exorbitantes que chegam a trilhões e em geral os beneficiados pelo trafico não são os traficantes das “biqueiras”,que estão em uma situação de perigo de prisão ou morte constante,mas sim os grandes empresários que financiam as drogas e nunca são vistos como “traficantes” ,os policiais e militares que recebem propina e que também controlam pontos de venda de drogas como por exemplo no rio de janeiro onde as milícias controlam mais de dez favelas.Em paralelo a todo esse cenário de corrupção,os governos do Estado também são beneficiados com os lucros de muitas maneiras.A primeira maneira de lucrar é através das prisões ocorridas por delito de trafico,que em muitas vezes ocorre através da incriminação forjada,pois a maior parte da população carcerária cumpre pena por trafico e o Estado se beneficia dos subsídios dos capitais usados para manter o detento e a suposta manutenção dos presídios.Dada as circunstancias lucrativas nos Estados Unidos por exemplo,a maioria dos presídios agora são de iniciativa privada.O custo mensal de cada detento é de R$2.700 no primeiro presídio de iniciativa privada do Brasil. Outra maneira de lucrar é através da industria da segurança que é alimentada por sua vez pelo medo gerado na população pelo sensacionalismo da mídias corporativas em cima da violência gerada por conflitos pelo controle de pontos de drogas ou com os agentes de repressão do Estado.Essa é uma forma de vender aparatos e tecnologias de segurança que vão de armas e câmeras de vigilância até o investimento em centros de treinamentos especializados em defesa armada.Uma empresa de segurança chamada Blackwater dos EUA,chegaram ao ponto de se estabelecer como unidade de combate e vender a força especializada em conflitos armados de seus funcionários treinados para a recente guerra no Iraque.Sob o pretexto de proteger os seus cidadãos os Estados de um lado fazem campanhas preventivas contra as drogas,onde policiais militares dão cursos sobre a questão das drogas e por outro lado constroem presídios ou dão a ordem para aniquilar os indivíduXs considerados perigos sociais que em geral são negrXs,pobres,indígenas das classes baixas que ganham dinheiro para a sobrevivência através do trafico.Ao serem presas,essas pessoas passam a ser uma grande fonte de lucros tambem,já que existe uma quantia do dinheiro arrecadado em imposto que é destinado para as pessoas encarceradas.No caso especifico do Brasil,o governo supostamente gasta cerca de R$1.800,00 por pessoa,porem ao buscar informações a respeito das condições dessas pessoas é fácil perceber que essa quantia não é gasta para a manutenção,estadia e alimentação que deveriam ser proporcionadas as pessoas encarceradxs .Vendo as enormes quantidades de lucro ,surgem empresas privadas interessadas em construir ou comprar presídios e fazer parcerias publico-privadas.

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Feminismo Livre de Drogas: Comecei a pensar a respeito da minha posição co-

mo feminista e acabei percebendo como foi imporUma Reflexão tante intensifica-la ainda mais a partir do momento em que parei de usar drogas. E mais do que isso, de como parar de usar drogas me impulsionou muito mais para identificar atitudes machistas. Penso que antes de tudo, cada mulher tem direito sobre seu corpo e suas vontades, contanto que não seja forçada a nada! A questão é que não acredito ser seguro para a mulher, que ela perca sua consciência em ambientes hostis, onde não é confiável estar sob o efeito de drogas, sem amigxs com quem ela realmente possa contar. Estar sozinha e drogada pode significar sim, perigo. E por já ter passado por situações em que me vi sozinha e desesperada, vejo hoje, que para mim, a opção de não usar drogas, me trouxe mais autoconfiança em estar nos mais diversos ambientes, tendo mais controle das situações, estando menos vulnerável, pra que possa tentar me defender caso eu vá a sofrer algum tipo de abuso. Não podemos esquecer que estamos diariamente expostas às mais diversas situações, e que em algum momento, tenhamos que nos defender. Sendo assim, devemos pensar a respeito de nossa auto-defesa e segurança, e é por isso que comecei a refletir sobre o uso das drogas e a perda de consciência em ambientes mistos... Primeiramente, as drogas criam um espaço de interação fictício entre as pessoas e a forma como elas se relacionam. Interesses momentâneos são a priori nestas relações, em que para socializar, precisamos consumir drogas. E se já nas relações entre conhecidos, “amigos”, isso ocorre de forma imensa com mulheres alvo de conquistas. isso ocorre estrondosamente, em largas proporções. A predação do macho sobre a mulher se torna mais escrachada, já que, intencionalmente, ele sabe que a mulher é muito mais vulnerável sob o efeito de drogas e consumo de álcool e com isso ele se aproximar mais facilmente de sua “presa”.

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Quando estamos em uma roda, consumindo álcool e drogas, estamos, inconscientemente dando passe livre pra que machistas e misóginos se aproximem de forma direta, usando como pretexto as drogas para ficarem cada vez mais próximos, sendo uma boa hora para jogar o jogo da “conquista” e do “ganho” sobre a mulher. Seja com discursos “libertários” ou não, a questão é que quando o homem decide conquistar a mulher, ele usa toda sua energia para isso. Devido à grande competitividade entre os machos, quando um homem se propõe a ganhar o troféu, ele não vê limites pra que isso se concretize. E isso é o mais preocupante, pois, até que ponto vai o homem para vencer? Vai longe. E isso inclui violência física, verbal, emocional, feitas das mais diferentes formas quando a mulher se recusa a tal “entrega”. Vai desde induzi-la ao ato, seja por subordinações, seja por brincadeiras constrangedoras, “boa noite cinderela”, até mesmo à violência física, ao e s t u p r o . Quantas histórias ouvimos de amigas, conhecidas, que foram induzidas ao sexo inconscientemente, acordando na casa do predador sem nem ao menos saber o que fez no dia anterior. A cada dia ouço uma nova história, e sempre penso que se esta mulher estivesse consciente, poderia ter evitado tal ação do macho. Nós podemos e devemos nos defender, é o mínimo que devemos fazer por nós próprias. Gostaria de poder estar em lugares em que não precisasse me preocupar com a minha segurança, e que pudesse me divertir livremente, ter espaço para me expressar e fazer o que quisesse. Mas por muitas vezes não foi e não será assim, visto que o macho está sempre nos cercando de alguma forma, tentando “comer pelas beiradas”, e mais do que isso, comer à força se não conseguir de forma “espontânea”. Estamos atentas á muitas armadilhas do estado, e desta forma, devemos continuar, agregar novos questionamentos ao nosso cotidiano. Minha negação às drogas me traz mais liberdade! E sobretudo, o impulso pela luta ao meu e ao seu coração.

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Consciencia Revolucionária Livre de Drogas Drogas e álcool são desperdício de tempo, energia e vida. Drogas e Abuso de álcool leva à habituação e vício que é a antítese da libertação. A maioria dos grupos revolucionários sérios e pessoas do passado tinha provisões ou estipulações contra o consumo de intoxicantes. Grupos como o Partido dos Panteras Negras pela Auto-Defesa e do American Indian Movement são dois exemplos brilhantes deste. Malcolm X, uma vez disse: "Toda vez que você quebrar o selo em uma garrafa de licor ,é um selo do governo você está quebrando." Ele estava certo. Drogas e bebidas têm sido uma ferramenta dos governos para dizimar as culturas nativas e racialmente erradicá-los. Em suma, tem sido uma ferramenta muito eficaz de genocídio. Consciente e intencional. Drogas pesadas como heroína e cocaína foram usados para pacificar praticamente qualquer movimento que é visto pelo governo como subversivo. A produção em grande escala e em todo o mundo do comércio ilegal de drogas trabalha lado a lado com a aplicação da lei, com o Estado e autoridades do governo e da polícia mais do que muitas pessoas gostam de perceber. Drogas legais e ilegais são combustíveis que financiam milhões de experimentos feitos em animais anualmente. Desde viciar primatas a metanfetamina, a causar depressão em beagles por meio de tortura e isolamento. Tudo isso apenas para registrar os resultados de antidepressivos. Esta indústria sinistra e viciosa de abuso de drogas financia o negócio sinistro e vicioso da vivissecção. Junto com o motorista bêbado que ceifa abaixo pedestres enquanto esta dormindo ao volante. Temos também a enorme quantidade de violência doméstica devido à fúria alcoolismo. O abuso de crianças, estupro, abuso sexual e assassinatos que acontecem em números surpreendentes e têm correlação direta com dependências em casa. Como é bom saber que o governo destila violência predatória com todas as garrafas que produz. E que as mulheres e as crianças começam a sofrer horrendamente pela inebriação de homens bêbados. Por causa de tudo isso, e muito mais que eu afirmar que Vegan Straight Edge como um estilo de vida é essencial para o indivíduo, para as nossas comunidades e para o planeta. Para muitos, posturas como a abstinência é realmente a prática de auto-libertação. Libertação do vicio é, literalmente, a liberdade de uma das formas mais cruéis de escravidão que temos visto na face da Mãe Terra! Vegan Straight Edge, na minha definição é: O veganismo em nossa dieta e consumo, juntamente com a crença de ética que os animais existem para a sua própria autonomia, em vez de fins humanos. É também uma rejeição de embriaguez e todo o uso recreativo de drogas a partir de nossas vidas pessoais. E, por último, é uma posição contra a exploração sexual em todas as suas formas. Além de tudo isso é um compromisso assumido para a vida.

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A interligação é uma via de mão dupla. É ninguém tem o direito de envenenar seus (nossos) filhos, comunidade, meio ambiente ou empreendimentos com a essência da opressão, a essência da ganância e da essência do consumismo. Como é estranho como anarquistas ser tão vexatória contra nomes de marcas, publicidade e economia capitalista, mas, em seguida, sentam-se e bebem cerveja com rotulo "verde,azul e amarelo" em uma lata de merda e ficam bêbados na mesma merda que os brancos usam para matar as nações indígenas da Terra! Como é estranho como um Vegan tem vontade para cuidar tão profundamente sobre os direitos inerentes de uma formiga ou mosquito, mas, em seguida, fumam um baseado, que alimenta um link direto ao consumidor a violência dos cartéis que escraviza cidades inteiras e províncias de Latinos para o reinado dos barões da droga! Vegan Straight Edge, significa tudo para mim. Não é a música, não é as tatuagens e não é a camaradagem que faz Vegan tão perto de mim como o meu próprio coração a bater. Todas essas coisas têm o seu lugar, mas quando o show acabou, quando as tatuagens começam a desvanecer-se e misturam-se e quando os amigos vêm e vão, é o modo como vivemos nossas vidas que ao longo do tempo forma as pessoas que somos. É as coisas que fazemos e se recusamos a fazer, que nos definem. Vegan Straight Edge reduz o fosso entre a retórica e a realidade. Não é uma escola de pensamento e não é uma crença (embora ambos tenham evoluído a partir dele). É uma tentativa de fazer deste mundo um lugar mais justo e pacífico de uma forma agressiva e direta. Começando com nós mesmos e atingindo círculos cada vez mais amplos para o mundo que nos rodeia. Construindo cenas e uma comunidade mundial. Gritando nossos manifestos como hinos a multidões de nós mesmos que eles gritam de volta em nossos rostos. Para o mundo exterior parece um mosh pit ou uma apresentação de hardcore punk, mas para nós não é apenas um show, é uma afirmação. Pela Libertação,Walter Walter Bond enfrenta acusações federais de incêndios criminosos por seu suposto papel como um agente da ALF conhecido como "lobo solitário". "Lone Wolf" tomou crédito por três incêndios diferentes ao longo da Primavera e Verão de 2010, em Denver e Salt Lake City: The Skeepskin Factory, uma loja de venda de peles e couros; Tandy Leather Store; e Tiburon, um restaurante que serve foie gras (fígado de um pato ou ganso que foi super-alimentado). O irmão de Walter alertou o FBI e a ATF sobre suas suspeitas de que seu irmão, Walter, estava por trás dos ataques. Enquanto Walter estava visitando Denver, em julho de 2010, seu irmão ajudou participar de uma operação policial, supostamente usando um fio e ajudando obter provas de áudio contra Walter. Walter foi preso em Denver e agora está sendo mantido na carceragem na prisão Jefferson County em Golden, Colorado, aguardando julgamento.Walter tem sido um ativista dos direitos dos animais e dedicado anarquista durante várias décadas e tem lutado para a libertação animal e contra uma cultura mortal e genocida do abuso de drogas nos Estados Unidos. Walter foi o tema de uma canção da banda vegan straight edge Earth Crisis. Música da banda "To Ashes" foi inspirado por sentença 1998 prisional de Bond por incêndio criminoso. Bond foi condenado por incendiar um laboratório de metanfetamina de propriedade de um traficante que estava vendendo a seu irmão.

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ENTREVISTA COM A BANDA WOLFXDOWN WolfxDown é uma banda Vegan Straight Edge Antifascista fundada em 2011 na Alemanha que faz um som Hardcore/Metal com vocal feminino,concerteza uma das bandas mais agressivas dos últimos tempos com riffs pesados,ótimos berros e letras .Eles lançaram dois EPs,MMXI(2011),Renegades(2012) e um Álbum chamado Stray From The Path em 2013.Fizemos a entrevista no começo desse ano e até então estava confirmada uma turnê pela America do sul que teria passagem pelo Brasil,porem recentemente a vocalista Larissa deixou a banda e não sabemos se ainda virão.Mas de qualquer modo aqui vai a entrevista.... P1.Qual a origem do nome e o que significa? R:Wolf Down trata da mensagem da banda num contexto crítico, de forma muito boa. Wolf Down significa comer vorazmente. Neste nome, nós vemos uma referência ao comportamento do homem no mundo moderno, o qual está sempre atrelado a um impacto fatal. O cego consumo dessa “sociedade descartável” e seu tratamento desrespeitoso com as fontes e recursos naturais, que vão levar à destruição do planeta e de seus habitantes. Então, de alguma forma, a humanidade está cavando sua própria cova. P2.O que é falado nas letras e quais são suas inspirações? R:Nossas letras falam de política, ética e meio ambiente. Nós resistimos, a favor de uma sociedade emancipada, livre de hierarquias, explorações e todos os tipos de discriminações. Além disso, mantemos ideias anarquistas, antifascistas, feministas, vegan e subversivas. Mas não é tudo sobre política, e tocar é também uma forma de trazer a tona algumas situações pessoais/privadas, ou de impacto social, mas normalmente os impactos sociais estão ligados à política de forma mais negativa das relações da vida cotidiana, que estão ligadas diretamente ao capitalismo. P3.Larissa,qual sua relação com o feminismo? R:A Larissa fica responsável de falar por ela mesma, mas ela está muito atarefada, então já que eu estou respondendo as perguntas da entrevista, espero que você não se incomode de eu mesmo me posicionar a respeito dessa questão. Como todos nós nos definimos como feministas, isso não deve fazer a distinção de quem seja. Penis ou vagina, o gênero é uma construção social. Dizendo isto, me refiro à sua questão, como sendo uma luta minha, sua, não só da Larissa. Nós talvez, não tenhamos vivido experiências sociais com nosso corpo como sendo objetificado ou ameaçado sexualmente como ela e outras mulheres, mas nós nos solidarizamos e também lidamos com situações como a eterna pressão do “homem macho”, normas e expectativas da sociedade patriarcal. Devemos nos opor e derrubar o sexismo a heteronormatividade e a discriminação de gêneros, para que todos alcancem a igualdade, e não só a questão da mulher merece ser ouvida, ou gerar somente em torno disso. Enquanto houverem as diferenças de gênero, não haverá igualdade. Todos somos interessados nas leituras feministas, formações e debates com grupos feministas e sempre tentamos combater o sexismo no dia-a-dia, como por exemplo, debatendo comentários discriminatórios, fazendo ações, informes e quebrando os estereótipos.

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P4.O que vocês acham que esta perdido na cena? R:O que falta é sensibilização, entendemos as construções da sociedade capitalista que é reproduzida em nossa comunidade, ser ignorannte, competitivo, manter tendências direitistas, isso ficar longe da solidariedade, pensamento reflexivo sobre a política e pouca reflexão pessoal e auto-crítica . O que também é insuficiente é a representação biológica da mulher. Fico orgulhoso da Larissa fazer parte da banda, e é muito encorajador e fortificante para outras garotas a verem como faltam garotas representando modelos como o dela. É muito triste ver que o hardcore eo movimento punk é majoritariamente representado por caras nojentos e estúpidos que excluem outros e criam esse circo de homens brancos heterossexuais reclamando de problemas superficiais. Mas o que eu mais odeio sobre o Hardcore são as crews, que estetizizam a violência e o estilo de vida “thug”. É muito pior do que esses machos comuns reproduzindo estereótipos desse mundo doente. De qualquer forma, nós devemos levantar a voz e nos expressar, é a parte boa do hardcore, nós podemos determinar e ter a chance de direcionar o desenvolvimento da nossa cena local e global. Se trata de ser mente aberta, de nos ajudarmos mutuamente, não afastando mas dando as mãos. Cada um ensina um. P5.Vocês fazem parte de algum coletivo? Como é o envolvimento de vocês com política? R:Estanos envolvidos em ações políticas, algumas mais, outras menos, mas somos organizados. Um fato muito importante é que você não pode mudar o mundo sozinho e não fique esperando a mudança dos políticos. Devemos ter nossas vidas em nossas mãos e trabalhar por um mundo menos pior de se viver. Converse com seus camaradas, observe grupos já existentes e iniciativas em sua cidade, ou por perto e mantenha contato. Se tornar ativo e lutar em um mundo cheio de sensações apáticas é bom e te torna mais forte. P6.Quais são as expectativas para a turnê na America do Sul? R: Nós ouvimos muitas coisas boas e ruins da América do Sul, mas estamos muito ansiosos pela turnê, você nem faz ideia. Estamos procurando coisas novas e pra nós é um ganho poder explorar o mundo com a banda, conhecer a cena de vocês, as pessoas, as bandas, a comida a cultura... e como nenhum de nós esteve neste continente antes, é uma aventura pra nós. Pessoalmente, eu realmente desejo que tenhamos a chance de tocar com o Nueva Etica, deve ser fudido! Nos falaram que há uma cena política Straight Edge muito grande na América do Sul, então provavelmente nós vamos ficar apaixonados. Esperamos que não aconteçam umas coisas que ouvimos falar, de bandas serem assaltadas por promotores, brigas dentro dos shows, coisas ligadas a drogas e outras merdas. Estamos indo por nossos amigos do Seven Eight Life Recordings, que estão organizando uma tour bem apropriada pra gente. Então tudo vai ser lindo! Fiquem ligados nos acontecimentos. Nossas últimas gravações “Renegades” e “Stray from the path” também serão representadas pela Seven Eight Life em breve, então garanta a sua e venha pros nossos shows!

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A Cena Punk e Skin Antifascista e as Drogas Infelizmente cada vez mais os rolês "drunks" e "junkies" vem tomando conta da cena antifa. Reclamar da violência quando você mesmo a financia, soa um tanto hipócrita. Querer alertar os camaradas sobre os males causados pelo uso abusivo e constante de álcool e drogas, na maioria das vezes, não é visto com bons olhos por coletivos libertários que prezam pelo livre arbítrio sob seus corpos. Pois produção decai,desunião e falta de foco na luta, é somente uma das dificuldades impostas pelo estilo junkie, exemplo disso foi a organização dos Panteras Negras que decaiu após o surgimento do crack. Não estou aqui pra julgar ninguém, pois livre arbítrio é um direito de todxs. Mas a partir do momento em que álcool e drogas sobressai a luta antifa, isso torna-se não somente um problema entre coletivos e crews, mas também um problema social que afetará a revolução. Pois problemas sociais atrasarão a revolução da classe trabalhadora. O consumo dessas drogas em eventos, oficinas, manifestações, shows e qualquer atividade, são nocivos à saúde, corpo e mente, podendo acabar com a possibilidade entre partes de se unirem para uma ação, acabar com amizades, promover brigas, bate-bocas e ataques pessoais descartáveis, desunindo mais e mais a cena que TODXS nós fazemos parte. O não questionamento dessas atitudes e das consequências só tende a nos permanecer estagnado como Ser. Se a cena é fraca, esta ruim, é uma merda é porque há algo errado, pois ela composta por nós, então nos organizemos. Façamos e não apenas reclamemos. É urgente estarmos ativos e participantes para não reproduzir dentro da nossa subcultura a manipulação do Estado o estereótipo midiático atuando como pseudo militante.

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A C.I.A E AS DROGAS: MK ULTRA

A agência central de inteligência, mais conhecida por sua sigla C.I.A. é, sem sombra de dúvida o braço de apoio das políticas sujas e covardes do imperialismo ianque.Tal organização possui estreita relação com a questão das drogas, estando ligada a vários episódios, que vão desde as operações de contrabando de ópio do Afeganistão e Vietnã para o Ocidente, no intuito de levantar dinheiro para as resistências anti-soviéticas dos respectivos países, passando para o tráfico de drogas para a União Soviética a fim de enfraquecer os russos por meio do vício, a disseminação do crack nos bairros negros dos EUA, como tática de desarticulação e repressão a grupos que representavam ameaça a “segurança nacional”das elites brancas, como os Panteras negras, e por fim os estudos realizados através de programas como o MK Ultra, que pretendiam descobrir técnicas para o controle da mente,atestando assim o seu caráter explicitamente contra revolucionário e opressor. Neste artigo tratarei especificamente acerca de um grande projeto da CIA, chamado de MK Ultra, que durou de 1953 à 1964 e no qual os agentes da CIA juntamente com cientistas contratados, pesquisaram e desenvolveram tecnologias de controle da mente e táticas de interrogatório, utilizando complexos experimentos psicológicos para testar os limites do controle humano. Eventualmente, o programa foi dissolvido e a maioria de seus registros destruídos, mas seus efeitos perduram até os dias de hoje, através das sofisticadas técnicas de tortura que agora são utilizadas em todo o mundo. O MK Ultra foi uma das iniciativas mais secretas e controversas da CIA já descoberta. Por mais de uma década, esta organização recrutou a ajuda de centenas de cientistas para estudar os efeitos de drogas como o LSD, PCP (conhecido por aqui como Pó de Anjo), barbitúricos, privação sensorial e eletrochoque nas mentes das pessoas com ou sem o consentimento delas. Detentos e pacientes de hospitais psiquiátricos foram testados não só contra a sua vontade, mas sem o seu conhecimento. A CIA queria o poder para obrigar um detento que não coopera em um interrogatório a fornecer informações verdadeiras ao governo dos EUA. A informação precisava ser confiável, por isso a busca de soros da verdade e reprogramação de personalidade chamado de "condução psíquica" começou. A investigação do programa MK Ultra foi inteiramente baseada no desenvolvimento de táticas de interrogatório, embora estas táticas estivessem sendo estudadas ostensivamente para o melhor preparo das tropas estadounidenses, caso estes fossem submetidos a interrogatórios sovieticos.Os sobreviventes ainda estão vindo à tona para falar sobre suas experiências angustiantes nas mãos de cientistas patrocinada pelo governo. Alguns não se lembram de terem sido drogados com LSD, dada a terapia de eletrochoque ou por terem sido colocados em coma com grandes doses de insulina, mas mesmo assim eles ainda estão se recuperando dos efeitos médicos de tal manipulação extrema da fisiologia do cérebro.

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O controle da mente e a lavagem cerebral é um assunto que não deve ser ignorado, nem ser tratado como mera teoria da conspiração, pois os experimentos do MK Ultra foram reais, e que em nada ficam atrás dos experimentos aplicados pelos cientistas nazistas durante a segunda guerra, são uma clara agressão a dignidade humana em massa.As experiências desse projeto terminaram ostensivamente em 1964, quando os diretores do programa MK Ultra sentiram que o projeto havia “concluído seu curso”. Mas a tortura continua, usando técnicas desenvolvidas no âmbito MK Ultra.Veja abaixo os testes realizados pela CIA para o controle da mente e seus respectivos resultados. LDS (Dietilamida do Ácido Lisérgico):De 1954 até 1963 a CIA testou as capacidades de lavagem cerebral do LSD sob o apropriado título “Operação Climax da meia-noite”. A CIA passou em um bordel em San Francisco, onde prostitutas agiram como agentes temporárias, colocando LSD em bebidas de clientes desavisados para que a Agência pudesse estudar os efeitos da droga como potencial soro da verdade. Os agentes da CIA monitorarão os encontros através de espelhos bidirecionais e câmeras escondidas. Mescalina:Em 1953, o tenista profissional Harold Blauer morreu de uma overdose de mescalina que lhe foi aplicada no Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York. Blauer estava sofrendo de depressão e havia se internado no hospital. Ele, então, sem saber, foi submetido a um teste do recém-criado Projeto Pelicano da CIA;um programa MK Ultra para testar usos potenciais da mescalina. As circunstâncias por trás da morte de Blauer permaneceram encobertas até 1987. Cannabis:Em 1943 a OSS, organização antecessora da CIA testou a canabis como um soro da verdade em Augusto Del Gracio, um mafioso de Nova York que trabalhou para Lucky Luciano (fundador do sindicato nacional do crime nos anos 30). Depois de ter feito uso excessivo da substância e ficar desacordado, Del Gracio começou a revelar informações secretas sobre o funcionamento interno da máfia. No entanto, testes futuros provaram serem mais eficientes em instigar a larica do que na obtenção de segredos.

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Heroína:No início de 1950, na Universidade de Rochester, a CIA contratou o professor G.Richard Wendt para testar heroína como potencial soro da verdade, que ele testou em sí mesmo e em seus alunos . Sua pesquisa chegou a uma conclusão óbvia e horrível de que se forçar o vício de heroína em prisioneiros e depois negarlhes, funcionaria como um efetivo soro da verdade . O estresse da retirada seria tão grande, que os interrogadores seriam capazes de coagir e obter informações dos prisioneiros, prometendo-lhes a droga. Wendt se recusou a experimentar esta retirada completamente, ficando viciado em heroína, atésua morte em 1977. Cogumelos:Depois de ouvirem contos antigos sobre cogumelos com poderes mágicos, incluindo a obtenção da verdade, a CIA assinou uma série de expedições para o México na década de 50 para descobrir o que agora conhecemos como cogumelos psicodélicos. Milhares de dólares depois, a CIA trouxe cogumelos para o mundo ocidental, porém não chegaram nem perto da verdade. A CIA nunca chegou perto de encontrar o composto mágico capaz de fazer lavagem cerebral em um indivíduo, mas não foi por falta de tentativa. A CIA passou quase duas décadas desenvolvendo a purificação do LSD em parceria com a empresa farmacêutica Eli Lilly e testando a mistura sintetizada em milhares de pessoas, voluntárias ou não. Infelizmente e sem nenhuma surpresa, os voluntários dispostos foram encontrados nos campos universitários, enquanto que presidiários, portadores de transtornos mentais e pessoas de cor (todos os não brancos : negros, hispanicos e asiáticos) foram testados sem tomarem conhecimento. Ao lado um dos muitos experimentos realizados em privação sensorial durante MKULTRA. Algumas pessoas foram pagas para ficar com as mãos acolchoadas, ouvidos surdos, e os olhos vendados em um pequeno quarto branco iluminado 24 horas por dia, em um esforço para compreender os efeitos psicológicos da privação sensorial completa. Muitos indivíduos se recusaram a continuar o experimento depois de alguns dias.

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México: a CIA controla tráfico de drogas e não quer que acabe A suspeita popular de que o narcotráfico não é meramente um domínio selvagem de máfias criminosas locais glorificadas, que conseguem colocar em cheque um governo, mas sim um sistema organizado no poder estatal e algumas corporações, especificamente bancos que lavam dinheiro nestes cartéis, tem se confirmado nos últimos tempos.No caso do banco HSBC do México, um dos maiores bancos do mundo, ligado à lavagem de dinheiro do narcotráfico mexicano, com a cumplicidade dos seus mais altos executivos, é um indício que revela o que parece ser uma estrutura oligárquica do tráfico de substâncias ilícitas - e armas - que conta com a vista grossa dos governos de vários países. Uma nova prova nesse sentido foi revelada pela Al Jazeera, um dos meios de comunicação de maior qualidade jornalística do mundo, que publicou esta semana declarações de um funcionário do governo de Chihuahua, que mostrou que a CIA "não luta contra os narcotraficantes", os "administra".Guilhermo Terrazas Villanueva, coordenador de comunicação deste estado fronteiriço, disse à Al Jazira que acabar com o narcotráfico seria acabar com seu próprio negócio "se acaba com as pestes, vai ficar sem trabalho", foi a expressão usada por Terrazas Villanueva. Ainda que este funcionário não é da mais alta hierarquia, sua declaração expressa, com possível conhecimento de causa, um sentimento popular amparada na evidência histórica da relação da CIA com o tráfico de drogas. Al Jazeera também entrevistou o professor Hugo Almada Mireles, da Universidade Autônoma de Juárez. "A guerra contra as drogas é uma ilusão. É parte do raciocínio para invadir a América Latina", disse Almada, que citou como referência a operação Rápido e Furioso, na qual o FBI vendeu armas a criminosos mexicanos supostamente para poder rastrear estas armas.Desde 1996, o diário San Jose Mercury registrou o papel da CIA movendo cocaína colombiana via Nicarágua, para injetá-la nos guetos de Los Angeles, dando o ponta pé para a febre do crack.Mesmo tendo conhecimento de que no México o narcotráfico corrompeu as instituições (ou as mesmas instituições geraram o narcotráfico), o papel da CIA e do governo dos Estados Unidos provocando magnicídios em território mexicano não tem sido dimensionado. Pela certeza de que a CIA é, no final das contas, parte da estrutura do narcotráfico, os mexicanos estariam vivendo em uma terrível ilusão, gastando bilhões dos contribuintes para representar uma sangrenta simulação violatória da autonomia nacional. Isto evidentemente explica as leis de proibição de plantas medicinais como a maconha, capitalizadas e desvirtuadas dentro de uma máfia lacerante da psique coletiva (lembremos da celebração dos narcotraficantes no 50º aniversário da proibição promovida pela ONU). Há pouco mais de um ano, repassamos a história da criminalização da maconha confirmando uma complexa rede, em cujo centro confluem múltiplos interesses coorporativos e governamentais, sob a fachada de uma lição e hipermediatizada "guerra contra as drogas". De uma forma geral, este fenômeno revela a existência, e se as teorias da conspiração se aplicam, de uma espécie de elite que faz negócio com as vidas dos cidadãos comuns, consolidando o controle dos bancos, das polícias e dos meios de comunicação. O narcotráfico talvez seja o maior negócio do mundo e aqueles que colhem seu maior lucro não são quem saem nas notícias, são alguns dos mais altos funcionários e empresários. Como é possível que depois de décadas de combate, bilhões de doláres utilizados, monumentais recursos humanos e de inteligência, uma constante propaganda contra o narcotráfico, os resultados que apareçam nesta cruzada sejam o aumento do consumo, distribuição e, em particular, lucros desta atividade? Isso só pode ser explicado se por trás dos bastidores, os grupos mais influentes (bancos, corporações, governos) se beneficiam de algum modo da sobrevivência do narcotráfico.Mas estas são as instituições as quais devemos render respeito e acatar suas decisões? Fonte: http://www.surysur.net/2012/08/mexico-la-cia-controla-trafico-de-drogas-y-no-quiere-que-acabe/ Traducción al portugués: Equipo de redacción en portugués de teleSUR

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Serei curioso,Eduardo Galeano - 02/09/2005 “Por que se identifica a coca com a cocaína? Se a coca é tão perversa, por que se chama Coca-Cola um

dos símbolos da civilização ocidental? Se se proíbe a coca pelo mau uso que se faz dela, por que não se proíbe também a televisão? Se se proíbe a indústria da droga, indústria assassina, por que não se proíbe a indústria de armamentos, que é a mais assassina de todas? Com que direito os Estados Unidos atuam como policiais da droga no mundo, se os Estados Unidos são o país que compra mais da metade das drogas produzidas no mundo? Por que entram e saem dos Estados Unidos os pequenos aviões da droga com tão assombrosa impunidade? Por que a tecnologia moderníssima, que pode fotografar uma pulga no horizonte, não pode detectar um avião que passa diante da janela? Por que nunca foi preso nos Estados Unidos nenhum peixe gordo da rede interna do tráfico, ainda que fosse um só dos reis da neve que operam dentro das fronteiras? Por que os meios massivos de comunicação falam tanto da droga e tão pouco de suas causas? Por que se condena o viciado e não o modo de vida que dissemina a ansiedade, a angústia, a solidão e o medo? Por que não se condena a cultura de consumo que induz ao consumo químico? Se uma enfermidade se transforma em delito e este delito se transforma em negócio, é justo castigar o enfermo? Por que não empreendem os Estados Unidos uma guerra contra seus próprios bancos, que lavam boa parte dos dólares que as drogas geram? Ou contra os banqueiros suíços, que lavam mais branco? Por que os traficantes são os mais fervorosos partidários da proibição? A livre circulação de mercadorias e capitais não favorece o tráfico ilegal? Não é o negócio da droga a mais perfeita prática da doutrina neoliberal? Acaso não cumprem os narcotraficantes com a lei de ouro do mercado, segundo a qual não há demanda que não encontre sua oferta? Por que as drogas de maior consumo, hoje em dia, são as drogas da produtividade, as que mascaram o cansaço e o medo, as que mentem onipotência, as que ajudam a render mais e a ganhar mais? Não se pode ler nisso um sinal dos tempos? Será por pura casualidade que, hoje, parecem coisas da préhistória as alucinações improdutivas do ácido lisérgico, que foi a droga dos anos setenta? Eram outros os desesperados? Eram outros os desesperos? “

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Álcool: Um Instrumento de Dominação Quando se fala em drogas, nosso imaginário instantaneamente faz associação com as drogas ilícitas, mas raramente lembramos de uma droga com potencial altamente nocivo mas que não recebe a devida atenção, o álcool.Tal esquecimento se da por duas razões: uma delas que o álcool é socialmente aceito e a segunda que remete ao poder que possui a indústria do álcool.Pesquisadores do Comitê Científico Independente para Drogas do Reino Unido classificaram as drogas levando em conta danos causados aos usuários e a terceiros, a curto e a longo prazo. Numa escala de 0 a 100, o álcool aparece com 72 pontos, seguido pela heroína (55) e o crack (54). Algumas outras drogas avaliadas foram as metanfetaminas (33), cocaína (27), tabaco (26), anfetaminas (23), maconha (20), ecstasy (9) e esteroides anabolizantes (9). Segundo a Organização Mundial da Saúde, os riscos associados ao álcool causam 2,5 milhões de mortes por ano. Segundo a Bloomberg Businessweek (Revista fornecedora de informações do mundo dos negócios) dentre as cinco empresas que mais lucram com o comercio de bebidas e são responsaveis pela maioria dos rotulos de cervejas,wiskys dentre outros,a AmBev que é uma empresa "Bras$ileira" aparece como a segunda que mais lucra no mundo(US$ 57 bilhões) mas os maiores fabricantes de bebidas álcoolicas empresas europeias,com grandes indústrias distribuindo em alta quantidade,facilitando o acesso.Pequenas industrias nacionais são igualmente prejudiciais pois em diversos lugares o álcool é mais barato que o leite por exemplo com pontos de venda a cada esquina,como por exemplo o famoso "corotinho" que pode ser adiquirido por apenas R$ 1,00 .A leis mundiais de saúde são praticamente escrita pelos barões das indústrias do álcool,com sua venda direta às populações com tarifas menores e menos impostos sobre o produto alcoólico aprovados principalmente pelo congresso americano para o livre comercio.As indústrias do álcool vem geralmente aos países latinos com promessa de criação de empregos e lucros ao país porem o que mais vemos são os estragos causados a população pobre. Segundo o Levantamento Nacional de Alcool e Drogas feito pela Unifesp(Universidade Federal de são paulo) sete entre cada dez brasileiros que ganham menos de R$ 1 mil reais por mes bebem de forma abusiva.Na classe E 71% bebem execisvamente,na classe C 60%,na classe B 56% e na classe A 45%. As consequencias do consumo de bebidas alcoolicas entre os pobres são catastróficas,pois além de atingir o corpo e a mente da pessoa que ingere tais bebidas,esta passa a ser um problema no ambiente domestico e tambem na comunidade,gerando muitos casos de violencia,onde metade das pessoas (entre elas a maioria mulheres) que admitiram sofrer violencia domestica,afirmou que o agressor tinha ingerido bebida alcolica.Lembrando que o fato da agressão ser muitas vezes estimulada pelo alcool é primeiro um problematica de uma cultura patriarcal,onde as mulheres são consideradas e tratadas como seres inferiores.A vunerabilidade de comunidades e familias pobres em relação a violencia perpretada por individuxs que compartilham o mesmo espaço é naturalizada pela cultura do alcool que esta estabelecida principalmente em paises que sofreram com a escravidão como o Bra$il,onde "cachaça" foi introduzida na dieta de negrxs e autoctones dominadxs.

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Com a invasão dos portugueses em terras hoje conhecidas como Bra$il,os europeus que já conheciam bebidas alcoólicas como a cerveja e o vinho,aprenderam com os nativos da terra a produzir uma bebida fermentada de cana-de-açúcar.Antes os nativos da terra consumiam uma bebida fermentada de mandioca,assim como as tribos africanas também consumiam suas bebidas fermentadas de frutas e cereais porem apenas em ocasiões culturais especificas como festas e rituais.Mais barata que outras bebidas e mais forte,facilitando assim a propagação entre as pessoas que sofrem da com as aflições físicas e mentais do trabalho forçado,a cachaça passou a ser utilizada como forma de dominação,pois embriagando xs escravxs tinha a facilidade de controlar e impedir insurreições.Aos poucos o consumo do álcool em sua forma mais forte para suportar as dores da dominação foi se naturalizando e cravando raízes profundas na cultura dxs colonizadxs e exploradxs. Podemos perceber que o consumo de álcool entre as classes baixas que esta ligado aos problemas provenientes da existência difícil é em muitos aspectos consequência da constante vulnerabilidade em relação às propagandas e comerciais que vemos ser difundidas através de todos os meios de comunicação em massa.A propagação da bebida alcoólica enquanto sinônimo de diversão é uma propaganda ideológica que visa o controle das camadas mais pobres através de um entretenimento sedativo da consciência e degenerador do corpo,fazendo com que a debilitação seja mascarada com a naturalização do consumo pelos mais diversos meios sociais dentre todas as classes sociais.

Ousar lutar! Ousar vencer! Todos os dias quando acordo a mente ja começa a trabalhar em cima de memorias ou em cima de novos objetivos.O maior objetivo de todos é poder controlar o meu pensamento para não entra na alienação de aceitar o que me é imposto para acreditar,que a realidade que meus olhos veem é o que devo acreditar.O que sinto muda a todos momentos ,me revelando novas percepções de que devo criar nem que seja minimamente na vida, a mais criação de todas.A liberdade sempre esteve e vai estar dentro do meu inconsciente e que a coragem e a audacia de viver para crer e não crer para viver.As barreiras de pedras,as algemas não podem prender o meu pensamento e a que a criatividade de pensar,ler e estudar o que vivi e o que quero viver.Experiementar faz parte de meus sentidos como um animal selvagem,que tem uma vida livre e não uma regra para entender o que é viver.Por isso tenho uma mente livre,para escolher quem sou e quem não sou, e eu sou o infinito e sou o enigma para aqueles que se rotulam baseado em imagens de produtos,posso viajar no tempo dormindo como posso dar um soco no futuro acordado,tenho uma mente para lutar! Eu tenho uma mente para vencer! Posso dominar o irreconhecivel por que minha força vem das profundezas da mente que queima,assim como pode ser dura como uma pedrada e ao mesmo tempo fluir como agua e ser gelado como o vento de inverno.A minha mente é transparente para os cuidadores do mundo da sociedade vigente,mas o monstro que eu guardo é negro como a bandeira da liberdade!

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As correntes mais eficazes ainda são as invisíveis, estas correntes foram colocadas silenciosamente e nos prenderam a necessidades desnecessárias. Uma pessoa rica, viciada em um consumismo desenfreado,seja de produtos lícitos ou ilicitos, é apenas uma pessoa bem sucedida que desfruta dos benefícios que o capitalismo oferece e no maximo é considerado alguém com problemas psicológicos.Mas uma pessoa pobre, que sustenta uma família de forma precária, cuja única escapatória do estado de desconforto é fugir para um estado de desobediência civil , é sedar-se com o mais acessível álcool ou qualquer outra droga, esta é tratada pela sociedade como um lixo indesejável que deve ser varrido das ruas.Gerando assim o pretexto perfeito para o extermínio das pessoas marginalizadas.Os vícios aceitos por este estado anti-natural que os governos nos impõe, estado chamado de civilização, só são aceitos até o momento que são beneficos para ele.Tudo o que querem é nos sedar, desde um chiclete,um cigarro e também toda forma de “lazer” “vendida” é uma arma destrutiva que nos afasta de um estado de plena liberdade.A jaula do conforto é um forte inimigo e nisso estamos quase todXs viciadXs. Se não gostamos do que vêmos, também não deveriamos gostar do modo como vivemos, pois somos resultado deste experimento falho que chamam de civilização.


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