Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani - Temporada 2016

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FERNANDA PERRACINI MILANI anuรกrio 2016

anuรกrio 2016

GALERIA DE ARTE FERNANDA PERRACINI MILANI Anuário 2016 Edital nº 05, de 15 de abril de 2016 PREFEITO MUNICIPAL Pedro Bigardi SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA Tércio Marinho DIRETORIA DO TEATRO POLYTHEAMA Heloisa Oliveira COMISSÃO DE ARTES VISUAIS Ede Galileu Alexandre Saraiva Cecília Celandroni Maria Lúcia Panizza Lígia Luciene Rodrigues FOTOGRAFIA Wilson Pauleto PROJETO GRÁFICO Rodolfo Stanic

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ÍNDICE 08

ONDE O EFÊMERO E O ETERNO COEXISTEM

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PAISAGEM COMPENSADA

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APAGAMENTOS E DESDOBRAMENTOS

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NÃO TEM ALTURA O SILÊNCIO DAS PEDRAS

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VESTÍGIOS

Karita Gonzaga

Tchelo

Andréia Dulianel

Renato Leal

Nathalia Duran e Rafael Monteiro

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01 ONDE O EFÊMERO E O ETERNO COEXISTEM Karita Gonzaga

— Todos os trabalhos abordam o tema da morte. Neles, simbolicamente, a artista se apropria de alguns elementos (como flores, por exemplo) presentes em velórios que remetem em certo nível ao tema das artes, datado de fins do século XVI e pertencente a todo o século XVII, as Vanitas (vaidades).

Tomam como referência o fato de que essas expressões artísticas traduzem de forma simbólica a conflituosa relação humana com a morte. Foram criadas também com o intuito de nos confrontar com a consciência da mortalidade, da finitude incontornável do homem, juntamente com suas vaidades, paixões e bens mundanos.

A exposição parte de uma questão individual para instigar uma reflexão coletiva a respeito da vida, sua transitoriedade e efemeridade; e da morte como uma certeza inevitável a todo ser vivente. Evoca ainda, em certo sentido, o Memento Mori (“lembre-se da morte”). É uma forma de dialogar com o expectador propondo uma reflexão a respeito de um tema que ainda é tabu na sociedade ocidental.

Karita Gonzaga é mestre em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (2014), bacharel e licenciada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia (2009). Atualmente tem como foco de pesquisa a representação do corpo na fotografia e suas relações com a memória, o tempo e os afetos, interessando-se especialmente pelos cruzamentos entre performance e fotografia.

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Diário, 2015.

Série com 16 fotografias, 36x42 cm cada.

Foto 01/16.

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Diário, 2015.

Série com 16 fotografias, 36x42 cm cada.

Foto 16/16.

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Auto de resistĂŞncia, 2015.

VĂ­deo, 11 segundos.

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Detalhe da instalação.

A televisão exibia em loop o vídeo Auto de resistência.

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Invólucro, 2009.

Tule, manta acrílica, crisântemos brancos. Instalação de dimensões variáveis.

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“A morte significa que não importa quem somos ou o que fazemos, não há quem fuja deste destino. É quando todos seremos iguais.” — Anotação deixada no véu da instalação, escrita por um visitante.

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02 PAISAGEM COMPENSADA Tchelo

— A exposição Paisagem Compensada é direcionada à invenção

de regras e procedimentos para produção artística, observando processos de deslocamento, movimento, evolução e ritmo que exploram comportamentos, condições e experiências inerentes ao ser humano. Dessa forma, o conteúdo apresentado utiliza suportes e instrumentos que constituem as obras de artes contemporâneas.

A instalação que dá nome a exposição ocupa o painel principal da galeria e é realizada com chapas de madeira compensada cortadas geometricamente e parcialmente queimadas, criando um diálogo com o próprio painel que também é feito de madeira. As chapas criam uma composição que pode sugerir uma paisagem.

Nos três desenhos da série Grades, os vidros (que normalmente são utilizados em molduras apenas para proteção das obras) se tornam parte indispensável do que vemos, pois alteram o conteúdo de seu interior. São vidros canelados, texturizados, que transformam as peças em obras cinéticas, já que a movimentação do observador em frente à obra faz com que as imagens se alterem.

A obra Armas é composta por uma série de lápis, instrumentos básicos para a realização de desenhos, que são carbonizados de maneira a revelarem os bastões de grafite em seus interiores. Já em Enciclopédia Brasileira – Volume 1, um livro/objeto, folhas de madeira são carbonizadas e arranjadas de maneira a simularem um livro aberto.

Tchelo nasceu na cidade de São Paulo, onde vive e trabalha. Graduado em Comunicação Social, em 2000 cursou o “Post Experience Programme in Visual Arts” no Royal College of Art, em Londres. Em 2015 apresentou a exposição individual “Princípia” em São Paulo, premiada no “19º Cultura Inglesa Festival” e ganhou o prêmio aquisição na “XVIII Bienal de Cerveira”, em Portugal. Conheça mais sobre o artista em seu site: www.tchelo.art.br 27

Sem tĂ­tulo, 2016.

SĂŠrie Grades. Vidro e nanquim sobre papel. 50 x 50 cm.

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Sem tĂ­tulo, 2016.

SĂŠrie Grades. Vidro e nanquim sobre papel. 50 x 50 cm.

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Sem tĂ­tulo, 2016.

SĂŠrie Grades. Vidro e nanquim sobre papel. 50 x 50 cm.

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Prumo, 2016. Ă“leo sobre papel, madeira e vidro.

175 x 30 x 30 cm.

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Sem título, 2014.

Série Linhas de Construção.

Nanquim sobre papel.

75 x 55 cm.

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Cedros, 2015.

SĂŠrie Ultrassom. Monotipia sobre papel. 60 x 90 cm.

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Paisagem Compensada, 2016.

Folhas de compensado parcialmente carbonizadas. 150 x 800 cm.

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03 APAGAMENTOS E DESDOBRAMENTOS Andréia Dulianel

— A exposição individual Apagamentos e Desdobramentos tem como objetivo difundir a poética do desenho como linguagem autônoma em campo expandido. Durante muito tempo, esta linguagem foi considerada como meio para projetos iniciais dos artistas, ficando no campo dos estudos e esboços. Na arte contemporânea, o desenho tem tomado cada vez mais espaço como linguagem independente, em diálogo com os espaços expositivos, transpondo barreiras através de seu caráter experimental.

As séries de desenhos Apagamentos III, IV e V e Desdobramentos I, II, III e IV fazem parte de um mesmo núcleo de experimentos dentro da investigação artística apresentada, que levam em consideração a criação de desenhos por sucessivos movimentos de traçar e apagar, buscando formas quase abstraídas, num diálogo entre corpo e paisagem.

Apagamentos é composta por três trabalhos que seguem a mesma ideia de desenhos desdobrados no espaço, a serem expostos horizontalmente no chão, em diálogo com a arquitetura. Estes desenhos horizontais, feitos sobre MDF, convidam os espectadores a observarem os traços feitos no suporte, como também os trajetos e mapas criados no espaço da galeria, numa vista aérea de sobrevoo ao desenho. Também estão presentes diários de desenho anteriores às produções mais recentes, expostos em pequenas prateleiras fixadas no painel da Galeria.

Andréia Dulianel é doutoranda em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Participou de exposições e ações em Campinas, São Paulo, Jundiaí, Londrina, Uberlândia, Piracicaba, entre outras cidades. Atualmente é docente do curso de licenciatura e bacharelado em Artes Visuais da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS). Desenvolve uma investigação em arte contemporânea com desenhos, diários de desenho e livro de artista.

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Desdobramentos I, 2016.

CarvĂŁo, contĂŠ, negro de fumo, nanquim e pastel seco sobre papel. 2,20 x 1,50 m.

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Desdobramentos II, 2016.

CarvĂŁo, contĂŠ, negro de fumo, nanquim e pastel seco sobre papel. 2,20 x 1,50 m.

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Desdobramentos III, 2016.

CarvĂŁo, contĂŠ, negro de fumo, nanquim e pastel seco sobre papel. 2,20 x 1,50 m.

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Desdobramentos IV, 2016.

CarvĂŁo, contĂŠ, negro de fumo, nanquim e pastel seco sobre papel. 2,20 x 1,50 m.

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Desdobramentos V, 2016.

CarvĂŁo, contĂŠ, negro de fumo, nanquim e pastel seco sobre papel. 2,20 x 1,50 m.

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Apagamentos III, 2015.

Carvão, lápis conté, guache e tinta látex sobre mdf. 2,40 m x 1,20 m.

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Apagamentos IV, 2016.

Carvão, lápis conté, guache e tinta látex sobre mdf. 2,40 m x 0,8 m.

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Apagamentos V, 2016.

Carvão, lápis conté, guache e tinta látex sobre mdf. 2,40 m x 1,20 m.

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Diรกrio das delicadezas, 2016.

Caneta e nanquim sobre papel. Caderno de desenho aberto: 41,5 cm x 14 cm.

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Diรกrio das linhas e espaรงos, 2009.

Nanquim sobre papel. Caderno de desenho aberto: 29,5 cm x 21,3 cm.

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Livro das transparĂŞncias, 2006.

Caneta sobre papel. Caderno de desenho aberto: 49 cm x 13,5 cm.

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Livro de guardar tempestades, 2016.

ContĂŠ e negro de fumo sobre papel. Caderno de desenho aberto: 43 cm x 15,5 cm.

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Diário de viagem III, 2011.

Técnica mista sobre papel japonês e vegetal. Dimensão do livro aberto: 28,5 cm x 21,5 cm.

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Livro Labiríntico, 2012.

Nanquim sobre papel. Dimensão variável. Livro fechado: 19 cm x 18,5 cm x 2 cm.

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04 NÃO TEM ALTURA O SILÊNCIO DAS PEDRAS Renato Leal

— O advento da ciência, que surgiu como um braço da filosofia,

trouxe novas questões que influenciaram as reflexões sobre o mundo, e consequentemente para a arte.

Em sua produção, o artista Renato Leal busca na relação entre a criação artística e o conhecimento científico a base para a sua pesquisa. Propondo analogias visuais, por meio de desenhos, esculturas e instalações, o artista apresenta seu interesse, não pela evidência dos fatos, mas pelos fatores ocultos que os tornam evidentes.

Para a exposição Não tem altura o silêncio das pedras, título extraído de um poema de Manoel de Barros, o artista apresenta um conjunto de obras onde aborda os limites de transição da superfície terrestre, por meio da representação de fragmentos de relevo, rochas e montanhas, propondo paisagens imaginadas.

Renato Leal é artista visual e trabalha em São Paulo/SP. É graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Santos.

Desde 2004 expõem regularmente no Brasil e exterior, com destaque para as exposições “A Pele e a Espessura do Desenho” (Casa Museu Guerra Junqueiro) e “Intervenções Artísticas, 30 anos do Politécnico do Porto” (Palácio das Artes), ambas com curadoria de Fátima Lambert na cidade de Porto, em Portugal. Fez outras exposições também em Lisboa. No Brasil, já expôs no Sesc Ipiranga (São Paulo), no Sesc Jundiaí, na Central Galeria e no MAC Ibirapuera da capital paulista.

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Diamante, 2016.

AcrĂ­lica e caneta permanente sobre tela. 40 x 50 cm.

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Montanhas, 2016.

AcrĂ­lica e caneta permanente sobre tela. 40 x 50 cm.

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Relevo acidentado, 2016.

Nanquim e acrĂ­lica sobre tela. 100 x 70 cm.

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Fragmento de montanha, 2016.

Escultura de ferro pintado. 60 x 65 x 75 cm 65

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Pรกgs 66-76: Paisagem com montanhas, 2016.

Vinil adesivo recortado aplicado sobre o painel. 1,60x27 m 76

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05 VESTĂ?GIOS Nathalia Duran Rafael Monteiro

— A série de fotografias Vestígios trata da possibilidade de uma ci-

dade que existiu e deixou sua marca, como um registro, um vestígio do que foi. As fotos tratam desses registros como experiências construídas de duração limitada, da cidade em movimento, da cidade em constante mudança. Buscam despertar o olhar para essa questão da cidade contemporânea, de revelar os tímidos registros, que aparecem numa tentativa de continuar existindo como essência, como memória.

Um encontro íntimo entre o velho e o novo, entre o existente e as possibilidades, uma singularidade é encontrada, originada pelo vestígio, pela memória deixada pelo que ali existiu. Essas imagens escolhidas tentam nos contrapor a um horizonte reverso do tempo. Através dessas fotografias, pretende-se transitar por um campo relacional, se apropriando desses registros e rastros para trazer essas provocações à tona e apontar recortes na paisagem. Os pontos registrados pelas fotos conformam um percurso, um caminho pelo centro e assim, através do movimento o tempo é integrado, a possibilidade de experimentar o centro de São Paulo.

Nathalia Duran, 25 anos, reside em Jundiaí. É formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP). Fez a iniciação científica “Mobiliário Institucional: os movéis e os ambientes para atividades práticas nos cursos de arquitetura” com orientação da professora Dra. Cibele Haddad Taralli em 2011. Intercambista na Facultad de Arquitectura y Urbanismo de la Universidad Politécnica de Madrid em 2013 na Espanha. Já expôs seus trabalhos na FAU em 2010 e 2011.

Rafael Monteiro, 27 anos, residente em São Paulo/SP. Cursa Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP). Desenvolveu a iniciação científica “Modelos de Le Corbusier e Casa Curuchet - Projeto de modelos físicos para nós didáticos”. Vencedor do concurso “Projeto Galvão de Fotografia” tendo como prêmio um curso profissionalizante na área. Possui graduação sanduíche em Architecture: Space and Objects, feita na University of the Arts London.

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logos_galeria segunda-feira, 10 de março de 2014 11:00:01

Rua Barão de Jundiaí, 176 - Centro CEP 13201-010 - Jundiaí-SP

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