Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani - Temporada 2014

GALERIA DE ARTE

FERNANDA PERRACINI MILANI TEMPORADA 2014

GALERIA DE ARTE FERNANDA PERRACINI MILANI TEMPORADA 2014 - EDITAL DE OCUPAÇÃO Nº 31, DE 23 DE OUTUBRO DE 2013.

PREFEITO PEDRO BIGARDI SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA TÉRCIO MARINHO DIRETORA DOS TEATROS CARLA PAGANI COMISSÃO MUNICIPAL DE ARTES VISUAIS

ALEXANDRE SARAIVA CECÍLIA CELANDRONI EDE GALILEU ELISABETE ALVARENGA EMÍLIA AZUMA JOSÉ MILTON TURCATO LÍGIA LUCIENE RODRIGUES MARIA LÚCIA MARTINELLI PANIZZA

CORPO DE JURADOS EDSON DO PRADO PFÜTZENREUTER

MARIA ISABEL DO AMARAL GURGEL

REGINA STELA BARCELOS MACHADO FOTOS E TRATAMENTO DE IMAGENS ALEXANDRE SARAIVA

WILSON PAULETO

PROJETO GRÁFICO RODOLFO STANIC REVISÃO DE TEXTO REGIANE ROSSINI

VIVIANE RODRIGUES AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS LEGENDAS FORAM FORNECIDAS PELOS RESPECTIVOS ARTISTAS. 2

ÍNDICE 06 14 22 30 38 46

SOBRE TRILHOS E TRABALHADORES SERGIO FILHO 25 de janeiro a 13 de fevereiro

VULTOS DO NÃO SE PODE ALESSANDRA CUNHA 22 de fevereiro a 13 de março

FOTOGRAFISMOS SUSPENSOS ISABELA MORENO 22 de março a 10 de abril

HORIZONTE PROVÁVEL PAULA ALMOZARA 19 de abril a 08 de maio

MENSAGENS PAMA LOIOLA 17 de maio a 05 de junho

MEMÓRIAS SILENCIOSAS MIRIAM TOLPOLAR 14 de junho a 03 de julho

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COR SOBRE IMAGENS - VARIAÇÕES NORMA MOBILON 12 de julho a 31 de julho

CONTAMINAÇÕES ANDREY ZIGNATTO 09 de agosto a 28 de agosto

ESCRITÓRIO 176 GRUPO DOS TRABALHOS NÃO FUNCIONAIS 06 de setembro a 25 de setembro

A COR CRESCE PORQUE QUER CLAUDIO CARPRESO 04 de outubro a 23 de outubro

IMAGENS REFLETIDAS FRANCISCO MARINGELLI 01 de novembro a 20 de novembro

OUTRORA VERDE EDSON FILHO 29 de novembro a 18 de dezembro

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Teatro Polytheama respira arte. Alimenta-se de arte.

Vive arte. E se nos palcos há peças, espetáculos, shows e outras artes performáticas, na Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani habitam as artes visuais.

As séries de exposições neste espaço movimentam uma parte importante do Teatro Polytheama, criada com o intuito de destacar a junção do tradicional com o inovador. As históricas paredes de tijolos conversam com as estruturas de concreto e a arte povoa suas brancas paredes.

Oferecer aos artistas a oportunidade de apresentar seus trabalhos e proporcionar aos habitantes e visitantes da cidade essa mostra é o objetivo mais imediato e óbvio desta Galeria. Além disso, o papel da arte contemporânea nos dias de hoje é de provocar. Provoca a reflexão, provoca a avaliação, questiona as definições. Esperamos que as mostras e obras aqui registradas cumpram seu papel.

Secretaria Municipal de Cultura Prefeitura do Município de Jundiaí

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E

ste é o quarto ano de exposições contempladas pelo edital da Galeria Fernanda Perracini Milani e cada vez mais o espaço é reconhecido por sua importância para as artes visuais na cidade, assim como já conquistou a admiração de artistas de várias partes do Brasil.

Neste ano o edital contemplou doze projetos de exposições individuais e coletivas com trabalhos nas diversas linguagens das artes visuais de artistas de todo o país, entre eles três representantes de nossa cidade.

Fica registrado nesse catálogo uma amostra dos trabalhos que passaram pela galeria em 2014, tornando cada vez mais sólido o compromisso de continuidade do trabalho da Comissão de Artes Visuais representando os interesses dos artistas da cidade, proporcionando oportunidades de mostrarem seu trabalho e a manutenção desse edital que apresenta à população a arte contemporânea.

Comissão de Artes Visuais do Conselho Municipal de Cultura

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￭ instalação 6

SOBRE TRILHOS E TRABALHADORES: ESTUDO DOCUMENTAL Nº 2

Sérgio Filho

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uscando um diálogo com o público jundiaiense, a exposição Sobre Trilhos e Trabalhadores visa relatar a importância das pessoas que utilizam a linha férrea do transporte metropolitano paulista se deslocando entre os municípios de Jundiaí e região para exercer sua força de trabalho.

São milhares de pessoas que, diariamente, fazem o trajeto Jundiaí / Francisco Morato e vice-versa, sob as mais adversas situações, tendo como objetivo prestar seus serviços às cidades vizinhas, o que resulta numa situação de relevância social, cultural e econômica. A exposição se trata, portanto, de um estudo documental com o objetivo de trazer uma reflexão acerca do tema.

Com forte influência de autores como Walter Benjamin e Adorno, ela busca inserir o público dentro da situação em questão através de um conjunto de fotografias que relatam o percurso, as pessoas e o ambiente, para que cada espectador forme uma construção individual de sua percepção da realidade tratada.

Fotógrafo freelancer, é técnico em Artes Visuais, graduado em Comunicação Social e especializado em Fotografia pela FAAP. Realiza estudos na área de teoria da comunicação e teoria imagética, além de ter conhecimentos nas áreas de música, artes, filosofia e política.

Trabalhou como fotógrafo por cerca de seis meses no bairro da Lapa, em São Paulo, se deslocando diariamente pelo trajeto Jundiaí / Lapa através da linha 7 – Rubi do transporte metropolitano.

Entre seus principais projetos estão: gravação de álbum conceitual entre 2009 e 2012, com nove músicos convidados, sendo seis vocalistas, onde cada um representa um personagem formando uma rock-ópera; defesa de monografia da pós-graduação em 2013, que trata do esvaziamento do significado das mensagens, substituído pelos próprios meios; projeto experimental como conclusão de curso da graduação premiado como melhor projeto de 2010; e estudos fotográficos de semiótica e estética, buscando sempre um discurso não apenas imagético mas também teórico. ￭

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GRUPO A #01 (2013), FOTOGRAFIA, 90 X 60 CM.

GRUPO A #02 (2013), FOTOGRAFIA, 90 X 60 CM.

PÁG 6: GRUPO B #01 (2013), FOTOGRAFIA, 60 X 90 CM. 8

GRUPO A #03 (2013), FOTOGRAFIA, 90 X 60 CM.

GRUPO A #04 (2013), FOTOGRAFIA, 90 X 60 CM.

GRUPO A #05 (2013), FOTOGRAFIA, 90 X 60 CM. 9

GRUPO B #02 (2013), FOTOGRAFIA, 60 X 90 CM.

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GRUPO B #03 (2013), FOTOGRAFIA, 60 X 90 CM. 11

GRUPO B #04 (2013), FOTOGRAFIA, 60 X 90 CM. 12

GRUPO B #05 (2013), FOTOGRAFIA, 60 X 90 CM. 13

EXPOSIÇÃO VULTOS DO NÃO SE PODE (2013) , TÉCNICA MISTA, SERIGRAFIAS E PINTURAS ACRÍLICAS SOBRE LONA, 235 X 150 CM. 14

VULTOS DO NÃO SE PODE

Alessandra Cunha

A

Graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia, Alessandra Cunha participou de mais de 60 exposições, nacionais, internacionais, coletivas e individuais.

exposição Vultos do Não Se Pode, da artista plástica Alessandra Cunha, foi inspirada na lendária figura “Não se Pode”, que saía todas as madrugadas pelas ruas de Teresina (Piauí), em uma época em que as mulheres não saíam sozinhas.

A personagem, quando via um homem na calçada, pedia-lhe um cigarro, que ela, alta, acendia se esticando para alcançar o fogo do poste de iluminação pública. Se o homem tentasse conversar, a dama saía correndo e gritando: Não se pode! Não se pode!

Em uma viagem a trabalho, Alessandra conheceu a personagem, muito presente no imaginário popular da capital do Piauí. A artista plástica trouxe consigo esta história com o objetivo de repensar de forma contemporânea as repressões impregnadas em nossa essência e deu vida à série “Vultos do Não Se Pode”, composta de nove pinturas acrílicas sobre algodão cru.

A criação se inicia com a aplicação de imagens, através de serigrafia, de forma repetitiva sobre o tecido. Imagens de duas fotografias de diferentes fases da vida da artista e outra de um edifício da cidade de origem, Ouro Preto.

Em seguida, são inseridas camadas de tinta acrílica, em pinceladas fragmentadas, gerando uma textura regular rompida por tinta aguada escorrida, tudo em um jogo de contrastes que formam imagens e sombras da personagem lendária.

Dentre elas, destacam-se: Mail Art Cupcake - 4ª Edição do projeto Mail Art do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura); 10º Salão de Arte Contemporânea de Marília; VI Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto; 72º Salão Ararense de Artes Plásticas Antonio Rodini; XXXVI Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário; SAV – Salão de Artes Visuais de Vinhedo; “Stick Of It All Vol4” - exposição coletiva e permanente, em Guretxoko Skateparken Zona Franca Zorrozaure y Edonora, Bilbao, Espanha; e (BIG) (BINF) Guarulhos-NabilaFluxus Biennale Internazionale Del Piccolo Formato (coletiva), na cidade de Paese, Itália.

Entre os prêmios recebidos estão: medalha de ouro para duas pinturas no XXXVI Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário (2013); medalha de prata no 72º Salão Ararense de Artes Plásticas Antonio Rodini (2013) para as pinturas: “Para o Mito do Amor Materno” e “Te Daria Uma Estrela Se Pudesse Tocar Sua Mão”; Prêmio Aquisição, na categoria contemporâneo, no V Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto (2012); medalha de ouro para pintura contemporânea no XXXV Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário (2012). ￭ 15

AO LADO: VULTOS (2013).

PÁG.17: À ESQUERDA: TER CONTATO (2013); À DIREITA: EU POSSO (2013).

SÉRIE VULTOS DO NÃO SE PODE, TÉCNICA MISTA, SERIGRAFIAS E PINTURAS ACRÍLICAS SOBRE LONA, 235 X 150 CM.

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PÁG. 18: À ESQUERDA: NÃO SE PODE ESQUECER (2013); À DIREITA: NÃO SE PODE SABER (2013).

AO LADO: NÃO SE PODE FALHAR (2013).

SÉRIE VULTOS DO NÃO SE PODE, TÉCNICA MISTA, SERIGRAFIAS E PINTURAS ACRÍLICAS SOBRE LONA, 235 X 150 CM.

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AO LADO: QUERER (2013).

PÁG. 21: À ESQUERDA: NÃO SE PODE (2013); À DIREITA: NÃO SE PODE DESENHAR (2013).

SÉRIE VULTOS DO NÃO SE PODE, TÉCNICA MISTA, SERIGRAFIAS E PINTURAS ACRÍLICAS SOBRE LONA, 235 X 150 CM.

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FOTOGRAFISMOS SUSPENSOS

Isabela Vida Moreno

A

Isabela Vida Moreno é designer de interiores formada pela ETECJundiaí. Cursa atualmente o nono semestre de bacharelado e licenciatura em Artes Visuais na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).

exposição Fotografismos Suspensos, da artista visual Isabela Vida Moreno, conta com seis séries fotográficas e traz ao público um olhar poético em linhas modeláveis de luz. A fotografia é seu suporte e também seu assunto. Partindo da etimologia da palavra (do grego phos + graphy = luz desenhada) a artista traz uma nova abordagem acerca dessas reincidências imagéticas.

Isabela faz uso da técnica ‘light painting’ (ou pintura de luz), que permite a captação de um rastro luminoso em um ambiente escuro movendo-se uma fonte de luz enquanto a câmera fotográfica capta os movimentos. “Quando a luz corrompe uma imensidão escura, forçosamente a leveza se congela no tempo-espaço e logo em seguida, o reequilíbrio é atingido. Porém, aquilo que a máquina registra é esse segundo, suspenso no ar”, descreve a artista.

Na série “Topografias utópicas – Serra do Japi”, a reserva natural que circunscreve a cidade de Jundiaí protagoniza as cenas. Neste trabalho, a artista expressa sua visão conterrânea, sensível e afetuosa de sua cidade, seu ninho. “Já dizia o compositor Marcelo Camelo, ‘se faltar carinho, ninho’ e é por isso que volto, por ela, minha Serra, minha cidade, meu ninho, meu âmago e minha poesia que por ela e com ela me expresso neste trabalho atual e íntimo”.

Com auxílio de bolsas de extensão concedidas pela universidade, engendrou projetos de pesquisa como o LAFIT (Laboratório de Figurino para Teatro) em funcionamento desde 2010. Esteve em residência universitária na Universidad de Buenos Aires em 2012 e, atualmente junto ao CNPq, tem sua pesquisa de iniciação científica voltada para a história da Fundição Artística Brasileira, a partir do século XVIII, tendo como norteador o patrimônio cultural escultórico e de monumentos públicos da cidade de São Paulo.

Participou em 2012 do Concurso de Fotografia e Cultura Italiana, recebendo menção honrosa e expondo na mostra “A Itália dos territórios” no Circolo Italiano San Paolo. Expôs na mostra L.O.T.E. - Lugar, Ocupação, Tempo, Espaço - no Instituto de Artes/SP e conquistou o 3º lugar no Certame de PoesiaViva IV, no segundo semestre de 2013. Foi selecionada para participar, junto com outros cinco artistas visuais, do documentário “Bóson de Higgs” que foi exibido em maio de 2014 pela TV Cultura. ￭

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CORROMPER O SILÊNCIO DO AR (2013), LIGHT PERFORMANCE, FOTOGRAFIA, 60 X 45 CM.

PÁG. 22: FAROLEIRO (2013), LIGHT PERFORMANCE, FOTOGRAFIA, 45 X 70 CM.

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IRREFLETINDO (2013), LIGHT PERFORMANCE, FOTOGRAFIA, 45 X 40 CM.

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PÁG. 26 E 27: SÉRIE TOPOGRAFIA UTÓPICA - SERRA DO JAPI (2013), LIGHT PAINTING, FOTOGRAFIA, 45 X 60 CM.

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SÉRIE ERRANTE (2013), LIGHT PAINTING, FOTOGRAFIA, 15 X 21 CM.

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SÉRIE RAIO X, Y, Z (2013), LIGHT PAINTING, FOTOGRAFIA, 20 X 30 CM.

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SÉRIE FALÉSIA (2013), FOTOGRAFIAS, VÁRIAS DIMENSÕES.

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HORIZONTE PROVÁVEL

Paula Almozara

exposição Horizonte Provável explora linguagens como a gravura, o desenho, a fotografia e o vídeo para criar narrativas visuais que evocam memórias de viagens.

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Artista visual e professora-pesquisadora da PUC-Campinas, onde realiza projeto de pesquisa na linha de linguagens poéticas contemporâneas.

O termo “provável” joga com dois conceitos que são atribuídos a esta palavra, o primeiro o “provar”, no qual o deslocamento pela paisagem elenca uma série de “provas” da ação do percurso e “provável” como uma condição ou mesmo disposição ligada a algo com grande possibilidade para que aconteça ou se realize. Assim, a exposição transita entre a ficção e a realidade de modo a trabalhar com elementos banais encontrados na paisagem, dando a estes novas significações, que os transformam em provas ou testemunhos visuais de uma experiência.

Possui exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Foi selecionada em 2008 para o Programa de Exposições do CCSP e para o Programa de Exposições do MARP. Em 2009 participou da Mostra Competitiva do Vivo arte.mov - 4˚ Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis com o vídeo “En route” e em 2012 da La Bienal de la Imagen en Movimiento (BIM), na Argentina com o vídeo [paisagem] [pensamento].

Elementos fotográficos, gráficos e objetos são apresentados como memórias imaginárias de experiências, que são reorganizadas e reapresentadas, como afirma Georges Didi-Huberman, pela “lógica do arquivo”, com elementos colocados lado a lado para gerarem sentido.

Em 2011 realizou residência artística no Atelier Presse Papier, Trois-Rivières (Canadá) e em 2012 na Fundação Bienal de Cerveira, Portugal. Participou, em 2011 e 2013, da 8˚ e 9˚ Bienal Internacional de Gravura Contemporânea de Liège. Possui obras em acervos públicos no Brasil, Portugal e Espanha; e em acervos particulares no Brasil, Bélgica e Alemanha. Desde 2006 realiza pesquisa artística sobre processos gráficos (gravura e desenho), foto e vídeo.

Há um caminho a ser seguido na visualidade específica do espaço expositivo que vai desvelando os fragmentos de uma paisagem/ficção que é recomposta ao final pela própria experiência do espectador no contato com as séries de trabalhos. O que fica é um questionamento sobre a imagem contemporânea e as suas formas de determinar e construir novas histórias a partir de elementos culturais e do cotidiano.

Site: http://www.paulaalmozara.art.br. ￭

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SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #01 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM. 32

SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #02 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM. 33

SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #03 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

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SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #04 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #05 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #06 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

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SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #07 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

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SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #08 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #09 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

SÉRIE ARQUIVO-FICÇÃO #10 (2013), DESENHO, IMPRESSÃO DIGITAL LASER SOBRE PAPEL, UTILIZAÇÃO DE CORRETIVO EM FITA, COLAGEM E RECORTE DE LETRA, 24 X 25 CM.

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MENSAGENS

Pama Loiola

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Mineira de Sacramento, nascida em 1953, Pama Loiola foi aluna de mestres como Bassano Vacarini, Leonello Berti e Fúlvia Gonçalves.

exposição Mensagens, da artista plástica Pama Loiola, tem como inspiração a Gruta dos Palhares, uma gruta de arenito Botucatu situada no município de Sacramento, na região do Triângulo Mineiro.

Herdou o nome da família Palhares, antiga proprietária das terras naquela região. É considerada a maior gruta de arenito das Américas: comporta em seu primeiro vão cerca de 5 mil pessoas e ramifica-se em outros 35 compartimentos. Tem uma profundidade explorada de aproximadamente 450 metros que, por questão de segurança, só pode ser visitada ou estudada com autorização especial.

Com altura de 22 metros abriga ninhos de maritacas, papagaios e andorinhas nativas - aves que se adaptam a esta formação rochosa.

Por uma questão de cultura ou por falta dela, suas paredes úmidas, muitas vezes, serviram de suporte para registros feitos por pessoas que visitaram o lugar e vieram a fazer parte das imagens que a artista incorpora ao seu trabalho.

Ao longo de três décadas de intensa produção artística, experimentou grande variedade de materiais e soluções plásticas, incluindo as modernas técnicas de reprodução de imagens. Atualmente trabalha em suas pinturas com técnica mista e constrói assemblages.

Participou de mais de trinta exposições coletivas, entre elas Galeria de Arte SENAC em Ribeirão Preto – SP, Galerias Itaú em Uberaba (MG), Ribeirão Preto e Penápolis (SP), Ada Galeria de Arte (Salvador BA), Museu de Arte Contemporânea de Campinas (SP); e 25 exposições individuais, entre elas: Museu Arqueológico e Etnológico da Bahia, Espaço Cultural Banco Central do Brasil em Brasília – DF e Galeria de Artes da Unicamp em Campinas. ￭

SÉRIE INSCRIÇÕES RUPESTRES (1999), COBRE CORROÍDO NO ÁCIDO, 45 X 75 CM CADA UNIDADE.

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PÁG 38: SÉRIE INSCRIÇÕES RUPESTRES - PAINEL #02 (1999), COBRE CORROÍDO NO ÁCIDO, 45 X 75 CM.

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SÉRIE MEMÓRIAS DO TEMPO #01 E #02 (2010), TÉCNICA MISTA SOBRE TELA, 90 X 130 CM CADA UNIDADE. 42

SÉRIE MENSAGENS (2014), INSTALAÇÃO, VÁRIAS DIMENSÕES.

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SÉRIE PALHARES #02 (2012), TÉCNICA MISTA SOBRE TELA, 150 X 160 CM.

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SÉRIE PALHARES #07 (2012), TÉCNICA MISTA SOBRE TELA, 140 X 160 CM.

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SÉRIE MONOLITOS (2005), CONJUNTO DE OBRAS, LITOGRAFIAS S/ SEDA, VÁRIAS DIMENSÕES. 46

MEMÓRIAS SILENCIOSAS

Miriam Tolpolar

A

artista gaúcha Miriam Tolpolar expôs sua mostra individual de litografias Memórias Silenciosas, apresentando obras representativas de sua carreira.

Artista plástica, mestre em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS (2003) e professora de Litografia do Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre desde 1997.

As litografias foram produzidas no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, onde a artista leciona e produz seu trabalho, investigando a impressão em novos suportes e a ampliação das dimensões da imagem, dialogando com as questões relacionadas à memória, desenvolvida desde o período de pesquisa de mestrado, em 2004.

Dedica-se à gravura, em especial à litografia, objeto de suas pesquisas nos últimos anos. Desde 1983 vem participando de salões de arte, exposições coletivas e bienais de gravura no Brasil e exterior, tendo recebido inúmeros prêmios.

Foram apresentadas as séries “Monolitos”, “Meus Mortos, Meus Vivos- diálogos com a gravura e a memória”, “Corpo e Alma” e as impressões em lenços, produzidas em 2013.

Pequenas anotações registrando ideias, memórias e pensamentos foram o ponto de partida para impressões em lenços e guardanapos, suportes pouco convencionais, e resultam do cruzamento de diversos procedimentos envolvendo imagens fotográficas, desenhos e impressões através de recursos técnicos da litografia.

Em 1985, Miriam recebeu o 1º Prêmio Pintura no XIV Salão do Jovem Artista/RBS, marco em sua carreira e desde então tem sido premiada em importantes salões como 12º Salão de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Porto Alegre, 1º Salão SESC de Gravura, I Prêmio Yázigi Sonilton Alves, VI Salão Latino-americano, Salão FUNDARTE de Gravura, 11º Mini Print Internacional de Cadaqués, entre outros. ￭

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SÉRIE MONOLITOS - AUSÊNCIA (2001), LITOGRAFIA S/ SEDA, 120 X 100 CM.

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SÉRIE MONOLITOS - OS LIVROS (2005), LITOGRAFIA S/ SEDA, 120 X 100 CM.

SÉRIE MEUS MORTOS, MEUS VIVOS - DIÁLOGOS COM A GRAVURA: IGUAIS E DIFERENTES (2005), LITOGRAFIA S/ SEDA, 120 X 100 CM. 49

SÉRIE MEUS MORTOS, MEUS VIVOS - DIÁLOGOS COM A GRAVURA: A AROEIRA (2005), LITOGRAFIA S/ SEDA; 120 X 100 CM.

PÁG. 51: À ESQUERDA: SÉRIE MEUS MORTOS, MEUS VIVOS - DIÁLOGOS COM A GRAVURA: HORIZONTES (2005), LITOGRAFIA S/ SEDA, 120 X 100 CM. À DIREITA: SÉRIE MEUS MORTOS, MEUS VIVOS - DIÁLOGOS COM A GRAVURA (2005), LITOGRAFIA S/ SEDA, 120 X 100 CM.

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SÉRIE MEMÓRIAS SILENCIOSAS (2012), CONJUNTO DE OBRAS: PEQUENOS PECADOS; PEDAÇOS DE MIM; VENTANIA. LITOGRAFIA S/ LENÇO, 40 X 40 CM.

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ACIMA: A AROEIRA - A, B, C, D (2005), LIVRO, LITOGRAFIA S/ SEDA COSTURADOS EM LONA, CONTENDO SEQUÊNCIA DE SEIS IMAGENS, 27 X 20 CM. 53

EXPOSIÇÃO COR SOBRE IMAGEM: VARIAÇÕES (2013), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, VÁRIAS DIMENSÕES.

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COR SOBRE IMAGENS: VARIAÇÕES

A

artista Norma Mobilon, natural de Campinas e residente em São Paulo, apresenta a sua produção recente de gravuras em metal impressas a cores, intitulada Cor sobre imagem: variações. Trata-se do desdobramento e continuidade da sua pesquisa apresentada na defesa de mestrado em 2010 (orientação do artista e Profº Dr Luiz Claudio Mubarac) na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

São cinco grupos de gravuras em metal impressas a cores, nos quais a imagem se encontra em vários graus de imersão na luminosidade da cor, com predominância da cor azul e suas diferentes tonalidades.

Os cinco grupos de gravuras sob os títulos: “sorriso”, “janelas e paisagens”, “azulejos”, “imagens evanescentes” e “escuridão” propõem uma problemática visual, um embate entre a cor e a imagem.

A imagem em alguns trabalhos quase desaparece, mergulhada na luminosidade da cor.

O trabalho apresenta um jogo perceptivo, a cor atinge alto grau de intensidade e converte-se em um “lugar” singular onde se situa a imagem. A artista lança mão de mais de uma matriz para construir essas imagens, uma matriz para cor, outra para a imagem e outra para planos verticais ou horizontais, processo que lhe possibilitou variar as composições e ressignificar as imagens nessas variações sobre um mesmo tema. Os trabalhos datam de 2010 a 2014.

Norma Mobilon Norma Mobilon é mestre em Poéticas Visuais pela ECA-USP, graduada em Educação Artística pela PUCCampinas, iniciou-se na gravura no ateliê do Museu Lasar Segall no final da década de 80, em 1999 foi orientada por Marcello Grassmann no Projeto Arte em Movimento, SESC Pompéia.

Realizou diversas exposições no Brasil e exterior.

Além da pintura e outros meios, a exposição mais recente, “Ciclopes”, ocorreu em setembro de 2013, na Galeria Gravura Brasileira, em São Paulo, galeria que representa a artista desde 2002. Em 2007 foi premiada na 4ª Bienal de Gravura de Santo André; em 2010 realizou a exposição individual da produção do mestrado no MAC USP Anexo, Graphias, Casa da Gravura e Gravura Brasileira.

A artista possui obras nos acervos do Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Museu de Arte Contemporânea de Americana, Museu de Belas Artes de Havana, Cuba, SESC Paulista e SESC Amapá. ￭

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ACIMA: TRÍPTICO SÃO JERÔNIMO EM SEU ESTÚDIO (2013), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, 21 X 19 CM CADA.

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ACIMA: TRÍPTICO SEM TÍTULO (2013), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, 20 X 18 CM, 20 X 20 CM, 20 X 18 CM.

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SÉRIE SORRISO (2010), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, 30 X 40 CADA.

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SÉRIE AZULEJOS (2010), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, 30 X 40 CADA.

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PÁG. 60: SÉRIE JANELAS E PAISAGENS (2010), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, 30 X 40 CADA.

À DIREITA: SÉRIE VARIAÇÕES EM VERMELHO (2013), GRAVURAS EM METAL IMPRESSAS EM CORES, 20 X 18 CM CADA.

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CONTAMINAÇÕES

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s trabalhos apresentados em Contaminações; como os demais resultados das pesquisas de Andrey Zignnatto; propõe uma provocação sobre os mecanismos e sistemas que aprendemos e/ou desenvolvemos para identificar e codificar o mundo em que vivemos. Cada escultura, gravura, objeto e/ou instalação propõe uma resposta poética para uma percepção dos resultados dos gestos do ser humano sobre este mundo e suas consequências. Vivemos em um mundo em que o artificial parece comandar esquemas sobre o natural.

“Arrisco afirmar que o ser humano pode ser considerado uma variável nesta equação, sendo o único produto da natureza que não se satisfaz com o que ela oferece, construindo um mundo cada vez mais artificial para saciar suas ansiedades. Mundo este que já passou, e ainda passa, por diversos ciclos de desconstruções e construções. Não digo que isto seja bom ou ruim, mas é um fato” diz o artista.

Através do ato de se apropriar e interferir em objetos e sistemas utilizados para a construção deste mundo artificial, subvertendo suas condições originais, este conjunto de trabalhos aponta para caminhos de questionamento de algumas coisas, como as tradições formais e cartesianas de interpretação do mundo físico e seus signos, ao mesmo tempo em que discute a relação entre homem e este mundo que lhe é tangível.

Andrey Zignnatto Andrey Zignnatto nasceu em 18 de fevereiro de 1981, em Jundiaí (SP), cidade onde reside. Trabalha entre São Paulo e Jundiaí.

Artista autodidata, participou de diversos cursos e oficinas da Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí, onde também atuou como professor entre 1999 a 2011. Em 2013, participou da 4ª edição do “Colônia de Férias”, realizado no Atelier 397.

Frequentou entre 2013 e 2014 o grupo de discussões de projeto Atelier Hermes, com acompanhamento dos artistas Nino Cais e Marcelo Amorim.

Entre participações de exposições em salões nacionais e internacionais, destacam-se: 1º lugar no 11º Salão Nacional Elke Hering (Blumenau – SC); “O Saber da Linha” no Pinta London Art Fair (Londres – UK); “Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio” – IPHAN/MINC com exposição no Centro Cultural Paço Imperial; 18º Festival Cultura Inglesa – projeto “Umbrella” – no Britsh Culture Center (São Paulo – SP); 1º lugar no 4º Salão Nacional de Cerâmica (Curitiba – PR). ￭

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AO LADO: ESTUDOS PARA NOVAS PROPOSTAS DE INTERPRETAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO (2014), BLOCOS CERÂMICOS, VÁRIAS DIMENSÕES.

PÁG 62: ESTUDOS PARA NOVAS PROPOSTAS DE INTERPRETAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO (2014), TRABALHOS COM RÉGUAS ACRÍLICAS, VÁRIAS DIMENSÕES.

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ACIMA: ESTUDOS PARA NOVAS PROPOSTAS DE INTERPRETAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO (2014), BARBANTE, PRUMOS DE LATÃO, VÁRIAS DIMENSÕES.

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ACIMA: MESMO LUGAR EM LADOS OPOSTOS (2014), RÉGUA ACRÍLICA COM NUMERAÇÃO ALTERADA, 20 X 35 X 0,3 CM.

PÁG. 67: CONTAMINAÇÃO DO ESPAÇO VIRTUAL (2013), GRAVURAS SOBRE FOTOGRAFIA, 70 X 50 CM CADA, INTERVENÇÃO SOBRE OBRA DE CILDO MEIRELES.

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GUILHOTINA (2013), TIJOLO BAIANO CORTADO, BARBANTE, DIMENSÕES VARIADAS.

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EMPILHAMENTO (2013), BLOCO ESTRUTURAL CERÂMICO AMASSADO, 60 X 40 X 25 CM.

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EXPOSIÇÃO ESCRITÓRIO 176 (2014), INSTALAÇÃO COM OBJETOS DE ESCRITÓRIO, VÁRIAS DIMENSÕES.

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Escritório 176 Um escritório é, em geral, visto como um lugar de ações repetitivas. Repartições são frequentemente tidas como um símbolo da burocracia, da rotina na qual as pessoas se tornam somente mais uma engrenagem em um amplo sistema. Tendo isso em mente, na exposição Escritório 176, realizada pelo Grupo dos Trabalhos Não Funcionais, busca-se a apropriação dessa condição de trabalho, inserindo-a no campo das Artes Visuais.

No campo da performance, o trabalho encontra ressonâncias no grupo Fluxus e na escrita automática surrealista. Dessa mistura, entre o burocrático e o fazer artístico, surgem desenhos produzidos de forma seriada, submetidos a um ritmo fabril, em conjunto a sua documentação em vídeo.

Durante a abertura da exposição foi realizado a performance de criação dos desenhos, permitindo que o público acompanhasse o processo de criação.

Thales Lira, 25, é bacharel em Artes Visuais pela Unicamp, onde atualmente cursa mestrado em Artes Visuais. Sua linha de trabalho está ancorada principalmente no desenho, esse visto como uma trinca: desenho, design e desígnio. Englobando tanto a produção do desenho em si, como processos oriundos do design gráfico e projetos. Reside no interior paulista e estuda e atua na região metropolitana de Campinas.

Thiago Fernandes, 27, é bacharel e licenciado em Artes Visuais pela Unicamp. Tem como linha de trabalho pesquisas sobre desenho, fotografia e principalmente gravura, além de atuar e produzir trabalhos relacionados ao design gráfico. Participou do 44º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba e exposições em Campinas. Atualmente reside na cidade de Campinas onde estuda e trabalha.

João Nakacima, 25, é licenciado em Artes Visuais pela Unicamp. O foco de sua produção artística reside no desenho, o qual lhe serviu de matéria prima para exposições na cidade de Campinas e região.

Já desenvolveu pesquisa sobre intervenções urbanas, explorando debates contemporâneos e experimentações de cunho prático no campo da escultura. Reside, estuda e trabalha em Campinas.

Fabio Lopes, 25, é bacharel e licenciado em Artes Visuais pela Unicamp. Sua produção busca explorar as possibilidades gráficas do desenho que, de uma maneira geral, reporta-se a temas retirados do cotidiano da cidade. Reside e trabalha em Campinas. ￭ 71

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A COR CRESCE PORQUE QUER

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técnica, a habilidade, a criatividade e o repertório de imagens crescem juntos com a prática do desenho e com o contato do artista com a vida. Já a cor, cresce porque quer. A proposta da exposição é mostrar um conjunto de xilogravuras que pontuem os onze anos do crescimento da pesquisa gráfica de Claudio Caropreso com a xilogravura colorida.

O espaço oferecido pelo edital da Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani foi preenchido com xilogravuras de 2002 a 2013, evidenciando ao público a mudança de traço, de técnica e de harmonias cromáticas que compõem a exposição neste período.

CLAUDIO CAROPRESO Claudio Caropreso, 1975. É artista visual, vive e trabalha em São José dos Campos. Pesquisa xilogravura colorida desde 2001.

Em 2006, junto com Francisco Maringelli, construiu o livro de artista “Clandestino”, obra que em 2010 entrou para o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Já expôs no Brasil e no exterior, por duas vezes foi premiado na Bienal da Gravura de Santo André.

Em 2011 recebeu o prêmio aquisição na Bienal Internacional de Gravura de Sarcelles, na França. ￭

O desenho é sempre oriundo da apropriação de imagens, da crônica à linguagem publicitária e da arte dita contemporânea, do formato de cartaz que nada vende e da imagem que dá corpo a uma poesia. Já a cor é fruto da colagem, da harmonia e do improviso do jazz.

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PÁG. 80: À ESQUERDA: CANGACEIRO (2003), 48 X 33 CM; À DIREITA: CONSUMO (2009), 50 X 70 CM. PÁG. 81: NOTA DO AUTOR (2005), 41 X 41 CM. GRAVURAS EM RELEVO IMPRESSAS SOBRE PAPEL NEUTRO 300G, PRENSA CALCOGRÁFICA, MATRIZ DE DURATEX, TÉCNICA DA MATRIZ PERDIDA.

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PÁG. 82: BEIJO (2008), 38 X 34 CM. PÁG. 83, À ESQUERDA: ACERTO DE CONTAS 2 (2008), 45,5 X 41 CM. À DIREITA: GENILDO EUZÉBIO (2009), 50 X 70 CM. GRAVURAS EM RELEVO IMPRESSAS SOBRE PAPEL NEUTRO 300G, PRENSA CALCOGRÁFICA, MATRIZ DE DURATEX, TÉCNICA DA MATRIZ PERDIDA.

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PAI MAICK (2012), 32 X 41 CM. GRAVURAS EM RELEVO IMPRESSAS SOBRE PAPEL NEUTRO 300G, PRENSA CALCOGRÁFICA, MATRIZ DE DURATEX, TÉCNICA DA MATRIZ PERDIDA.

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LAMENTAR (2011), 26,5 X 40 CM. GRAVURAS EM RELEVO IMPRESSAS SOBRE PAPEL NEUTRO 300G, PRENSA CALCOGRÁFICA, MATRIZ DE DURATEX, TÉCNICA DA MATRIZ PERDIDA.

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IMAGENS REFLETIDAS

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exposição Imagens Refletidas de Francisco Maringelli tem o seu foco na produção gráfica, iniciada no final dos anos 70, e apresenta uma proposta híbrida que reúne diversas técnicas gráficas utilizadas simultaneamente.

Nesta ocasião, o conjunto se compõe de xilogravuras, linoleogravuras, gravuras em metal, gravuras sobre Duratex e desenhos em técnicas úmidas e secas, propondo um recorte do período compreendido entre os anos 90 e o presente momento.

As diferentes linguagens gráficas têm em comum alguns temas que são revisitados ao longo do trabalho, abordando os gêneros do retrato, paisagem, natureza morta, ou seja, retratos de conhecidos e anônimos e também autorretratos, a cidade de São Paulo, o ateliê como personagem, além dos objetos encontrados no contexto da cidade.

A abordagem de um arco de tempo abrangente visa estudar as variações dos signos gráficos na gravura e no desenho e as diferentes intenções e propósitos que estão na base de suas imagens, por exemplo, a passagem do tom lírico inicial dirigido à paisagem paulistana que cedeu lugar a uma paisagem ruinosa, às vésperas de sua substituição por outro modelo de cidade.

Francisco José Maringelli

Vive e trabalha em São Paulo. Formado em Artes Plásticas pela ECA/USP e em Arquitetura pela FAU/USP. Frequentou o Ateliê de Gravura do Museu Lasar Segall/SP. Em 2012 lançou o livro “Francisco Maringelli”, 20º volume da Coleção Artistas da USP, publicada pela Edusp – Editora da Universidade de São Paulo.

Recebeu a bolsa vitae de Artes Visuais no ano de 1994, para a produção do projeto “Grandes Formatos na Gravura em Relevo”, que se tornou exposição realizada no ano de 1995 no Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, e no Museu da Gravura Cidade de Curitiba (PR).

Realizou a exposição individual “No Olho da Rua”, Gravura Brasileira, São Paulo (SP) em 2010. Em 2012, realizou a exposição individual “Maringelli Percurso Gráfico” na Caixa Cultural São Paulo. Residência artística: Berlin/DruckAtelier de Miriam Zegrer, Alemanha, 2013, e Milão/A-14 de Daniela Lorenzi, Itália, 2014. Ainda neste ano realizou a exposição “Pinturas de Ateliê: Território do Efêmero” na Galeria Mezanino (SP) em 2014. ￭

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VAGAS ILIMITADAS NO BOM RETIRO (2010), XILOGRAVURA DE FIO, 70 X 50 CM.

PÁG. 86: QUANDO NA FRONTEIRA ENTRE OS QUINTAIS GUERREAVAM OS APACHES DE PLÁSTICO CONTRA OS SOLDADOS DE CHUMBO (1996), XILOGRAVURA DE FIO, 43 X 62 CM.

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A ABDICAÇÃO DOS DESEJOS SOB AS ASAS DOS ANJOS (2010), XILOGRAVURA, 70 X 50 CM.

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PÁG. 90: CASARÃO DAS PAREDES ESCORADAS NA FORTALEZA DAS TEIAS (1995), XILOGRAVURA DE FIO, 44,5 X 60,8 CM.

OS MANEQUINS NA FILA DA SOLDA E DA FUNILARIA (2006), XILOGRAVURA DE FIO, 49,8 X 39,8 CM.

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PÁG. 92: UM BECO NO BUTANTÃ (2010), XILOGRAVURA DE FIO EM CORES, PROCESSO DA MATRIZ PERDIDA, 70 X 50 CM. O PAPA OVO (2013), XILOGRAVURA DE FIO, 50 X 70 CM.

ACIMA: GALERIA DE AMIGOS (1999), XILOGRAVURA E LINOLEOGRAVURA, 17,5 X 70,5 CM.

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EXPOSIÇÃO OUTRORA VERDE (2013), FOTOGRAFIAS, IMPRESSÃO EM PAPEL FOTOGRÁFICO SOBRE FOAM, VÁRIAS DIMENSÕES.

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OUTRORA VERDE

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rédios, pontes, viadutos, torres elétricas. No mundo o que era verde agora é cinza. Através dos tempos, o ser humano construiu e constituiu para si novas formas de habitar que implicaram em novas formas de se relacionar, alterando assim seus modos de viver. A favor de uma vida mais confortável, fácil e segura, domesticamos, moldamos e isolamos a natureza em nichos. Será que conseguimos tal vida? Recriamos nosso ambiente natural em forma de cidades e agora, cansados, queremos escapar dela.

O fotógrafo Edson Filho, biólogo por formação, registra em seu cotidiano tanto paisagens e formações naturais quanto aquelas artificiais, produzidas pelo homem. No entanto, seu olhar capta e traduz em imagens aproximações entre elas, na tentativa de escapar ao imediato e usual antagonismo que facilmente poderiam sugerir. Os pares fotográficos aqui apresentados sugerem sutilezas nas formas de ver e perceber essas realidades que nos cercam. Temas, linhas, ângulos, o branco e preto e enquadramentos correspondentes são os argumentos que geram esses diálogos poéticos e possibilitam, por exemplo, aproximação entre uma imensa estrutura geométrica de uma torre elétrica e os delicados e sinuosos galhos de uma árvore.

Se hoje já não é possível retornar a um estado anterior de existência, a um estado mais “natural,” então é preciso criar novas formas de se relacionar com o ambiente: percebê-lo ao invés de negá-lo. Nas fotos, sentimos que o artificial, o industrial, o urbano e o cinza também são dotados de beleza, cabendo a nós encontrá-la. (Paulo Peresin, curador).

Edson Filho Formado em Biologia, Edson Filho sempre se interessou por Artes Visuais, principalmente por fotografia. Em 2012, na sua primeira exposição, “Outrora Verde”, registrou contrastes e complementariedades de formas e linhas entre pares de paisagens urbanas e naturais, mostrando como a beleza estética pode ser atingida em ambos os casos.

Essa exposição percorreu ao longo de três meses as linhas do metrô da cidade de São Paulo (Estação Trianon- Masp – Linha Verde, estação Santana – Linha Azul, estação Sé – Linha Vermelha).

Em 2013, continuou mostrando seu interesse pelo grafismo na exposição “In Congruência”, explorando as possibilidades do corpo em harmonia ou dissonância com espaço ao redor.

Atualmente, vem trabalhando em séries focadas na geometria das construções, padrões fractais na natureza e abordagens integrativas entre corpo e natureza e entre corpo e arquitetura (livro Lines), além de séries que trabalham a relação expectadorobra e as reflexões que essa relação incita, promovendo indagações sobre decisões e construções de identidades individuais e coletivas (séries Daqui de Dentro, Segunda Pele, Abandono, Reflexão Construtiva). ￭

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A Galeria

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Teatro Polytheama é um dos principais patrimônios históricos, culturais e arquitetônicos de Jundiaí.

Fundado em 1911 e fechado no final da década de 1960, foi reinaugurado em 1996 com projeto da renomada arquiteta Lina Bo Bardi.

Inaugurada em 13 de dezembro de 2008, a Galeria Polytheama, assim como as outras que estão localizadas dentro de equipamentos culturais públicos, recebia o nome do local que a abriga. Em 3 de dezembro de 2011, a galeria passa a ser denominada de “Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani”, em homenagem à uma das mais conceituadas artistas jundiaienses.

A denominação da Galeria foi realizada por meio da Lei 7.712, de 11 de agosto de 2011. Desde então, a ocupação da galeria é definida por edital aberto à participação de artistas de todo o Brasil.

A Galeria encontra-se na rua Barão de Jundiaí, 176, Centro.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 4586-2472 ou acesse o site cultura.jundiai.sp.gov.br. ￭

Fernanda Perracini Milani

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asceu em Alba (Piemonte), na Itália. Formada em Artes Plásticas pela FAAP e pós-graduada em Artes pela Universidade de São Paulo. Sua trajetória artística em Jundiaí iniciou na década de 1950. Presidiu a Comissão Municipal de Artes Plásticas e integrou o Conselho Municipal de Cultura no período de 1983 a 1989.

A artista fez cursos de pintura com Tarsila do Amaral, Renina Katz e Yolanda Mohaliy; de gravura com Evandro C. Jardim; cerâmica com o professor João Rossi e de História da Arte com Flávio Motta.

Fernanda Milani está catalogada no Anuário Jundiaiense de Artes Plásticas, de Celso de Paula, nas edições de 1997 e 1999. Participou das coletâneas da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí, desde o ano de 2001, com exceção de 2006.

Ela recebeu menções honrosas nas 1ª e 2ª edições do Salão Jundiaiense de Belas Artes. Dividiu seu tempo lecionando no magistério e participando eventualmente de algumas exposições. Suas últimas participações foram em “Arte do Novo Século”, em Jundiaí, no ano de 2002, realizada no Complexo Argos e na exposição de Batik no congresso “O Direito do Meio Ambiente”, no Complexo Mokiti Okada, em São Paulo.

Em 2009, participou de exposições na Galeria Polytheama com “Femina” e “Caminhos” e, em 2011, da exposição “Rumo aos 40 anos”, da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí. Faleceu em 12 de maio de 2011. ￭ 103