A voz da escola #92

A Voz da Escola Trimestral |

Edição n.º 92

|

abril 2017

Uma escola de proximidade | 10

Vê, escuta e escolhe Encontro Vocacional

|4e5

CSCM fora de portas Visitas de estudo

| 8 a 10

XVII Semana das Profissões A olhar para o futuro | 11

Encontro com escritores Promoção dos hábitos de leitura

| 13 a 15

CSCM Museu inaugura exposição | 20

Ir. Maria de Belém

Para sempre nos nossos corações O sopro da vida ganha corpo em cada ser humano, destinado por Deus a cumprir a sua missão na Terra. Um dia, esse sopro desfalece e sobrevive na memória dos que ficam. Por isso, recordamos a nossa querida Irmã Maria de Belém, o que com ela vivenciámos e os sinais da presença de Deus que nos deixou.

Na aldeia onde nasceu, todos recordam as suas visitas. Era uma presença recebida com carinho, que vinha trazer esperança às dificuldades de cada um. De todos se lembrava, com todos se preocupava e por todos rezava. E isso trazia às gentes conforto e ânimo.

As crianças vizinhas da sua casa não escapavam à sua delicadeza e atenção. Era uma Irmã que se preocupava com os resultados escolares e com a situação familiar de cada um. Cresceu numa família que transmitia valores, com quem toda a vizinhança gostava de conversar. Até os mais pequenitos se deliciavam a ouvir histórias sobre os pastorinhos contadas pela sua mãe, irmã da Lúcia, as quais, mais tarde, a Irmã Maria de Belém tão bem recontou nos seus escritos e nas suas palestras.

Por isso, os alunos que a tiveram como professora, e que já a conheciam desse contexto, esmeravam-se por apresentar trabalhos bem feitos, para a não desiludir.

Todos tinham a sua devida atenção e não precisava de levantar a voz para haver um ambiente tranquilo e de trabalho.

Esses alunos foram crescendo, mas a sua presença era constante, sobretudo em momentos de maior angústia. As suas palavras deram cor aos dias mais sombrios de jovens e adultos desanimados, aconselhando-os a oferecer o seu sofrimento pela felicidade dos outros.

Também na sua comunidade religiosa, a sua presença foi sempre silenciosamente ativa, alegre, bem-disposta,

simples, discreta, disponível, colaborando nos pequenos mas significativos serviços da comunidade, enfim, gerando vida. Assim viveu, assim passou para os braços do Pai, acompanhando a comunidade no cântico a nossa Senhora “Com minha Mãe estarei, no céu, no céu, com minha Mãe estarei”.

A sua missão de ajudar Deus foi cumprida nesta Terra. A sua bondade e ensinamentos contribuíram e contribuirão para que todos tenham vida e, por isso, a guardaremos eternamente na nossa memória.

Joana Ferreira e Irmã Leonilde Silva

A vida em Deus dura sempre, cresce como a luz do Sol. Pe. Jean Gailhac

IRSCM

Uma família plural e una O que faz a força e o poder de uma comunidade é o espírito de Nosso Senhor, reinando em todos e cada um dos seus membros e fazendo deles um só ser.

Pe. Jean Gailhac No dia 24 de fevereiro, o Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria comemorou 168 anos e, por isso, reunimo-nos para celebrar a diversidade de obras e dons que todos os dias procuram dar a VIDA em abundância, através do espírito de Fé e de Zelo que unifica a Missão desta família.

Ao longo dessa semana, foi construído um puzzle sobre as múltiplas presenças do Instituto em Portugal, recordando a origem e o crescimento da primeira comunidade de Irmãs que, na pequena cidade de Béziers, inspiradas pelo nosso fundador, o Pe. Jean Gailhac, es-

• 2

colheram um projeto de vida desafiante que procurou, desde o primeiro momento, contribuir para “a glória de Deus e a salvação das pessoas” (do Ideário do IRSCM).

Em Portugal, este desafio é levado a cabo por várias Irmãs e colaboradores leigos nas várias Obras Sociais, nos Colégios, nos Lares Universitários, nas Paróquias e nos Lares de Acolhimento.

Marlene Carvalho, Gabinete de Comunicação e Imagem

A Voz da Escola •

EDITORIAL A escola é um espaço de crescimento e de aprendizagem. Promove a aquisição de competências, habilidades e conhecimentos, mas também de valores e de comportamentos. Mais importante que o “saber empírico” é o “saber fazer” e mais ainda o “saber estar”, numa sociedade que todos deve respeitar, sem olhar a raça, cor ou religião. No intuito de desenvolver este “saber estar e respeitar”, concretiza-se uma educação intencional que procura, transversalmente, incutir nos alunos uma matriz de valores que se faz pelo exemplo, quer dos educadores, quer das experiências proporcionadas aos alunos.

O nosso projeto Educar para a Justiça, que muito valorizamos, procura incutir esses valores do respeito pela diferença, da solidariedade e da partilha. Mesmo quando a Educação para a Cidadania foi retirada pelo Ministério da Educação da matriz curricular dos alunos do Ensino Básico, fizemos questão de a manter como Oferta de Escola. Criámos um manual com princípios orientadores que possibilitam responder à nossa opção de formação integral da pessoa, valorizando o seu desenvolvimento em todas as dimensões do ser humano.

A par destas áreas, oferecemos ainda muitas atividades de caráter mais lúdico e transversal, mas que concorrem, igualmente, para a construção integral do ser humano. São experiências que ajudam os alunos a crescer e que colaboram na aquisição efetiva de saberes, porque motivam para as aprendizagens das diversas disciplinas que compõem o currículo. Na criação de hábitos de vida saudáveis, os nossos professores de educação física dinamizam os clubes de Voleibol, Atividades ao ar livre e Desportos Gímnicos. Nas artes oferecemos os clubes de Música e Dança Criativa. Nas línguas, o Clube de Espanhol e a Oficina Criativa. Nas ciências, os clubes de Ciências, Jogos Matemáticos, Informática, Programação e Robótica. Na área do ambiente, o projeto Chefes de Mesa, em estreita colaboração com o projeto Eco-Escolas. Como contributo para a integração europeia e respeito pelas diversas raças e línguas, desenvolvemos os clubes Europa e História e, na dimensão do olhar o outro, o Clube de Solidariedade.

Na promoção desta formação integral, no contexto de uma educação para a excelência, para além do trabalho dentro de portas, não nos é alheio o que nos rodeia. Somos uma escola de proximidade.

Estamos a poucos metros do recinto do Santuário de Nossa Senhora de Fátima e não somos, de todo, indiferentes também às suas atividades. Os serviços prestados na cidade de Fátima são de reconhecida qualidade, quer ao nível da hotelaria e restauração, quer no serviço público e privado de educação. Atualmente, temos uma rede de ensino de elevada qualidade que a todos beneficia. Refiro-me aos centros escolares, às escolas do 1.º ciclo públicas e privadas, aos três colégios, à Escola de Hotelaria e ao Conservatório de Música. Fátima está no centro do Mundo e as suas fronteiras há muito que transvasaram as do nosso País.

Foi com grande regozijo que recebemos a notícia da assinatura do decreto que confirma o milagre atribuído à intercessão dos beatos Francisco e Jacinta Marto. A sua canonização será um marco muito importante para

• A Voz da Escola

todos nós. Para os alunos deste Colégio, os três pastorinhos são um modelo de santidade. Aguardamos, igualmente cheios de alegria, a vinda do Santo Padre a Fátima, nos próximos dias 12 e 13 de maio. É uma graça mas também uma grande responsabilidade. Queremos acolher com dignidade os milhares de peregrinos que participam nas celebrações e contribuir para o futuro deste lugar santo, iluminado pelo Coração de Maria, que um dia quis transmitir uma mensagem de Paz a três crianças. Poderia ter escolhido um outro lugar e outras crianças, mas escolheu este. A nós cabe respeitar, acolher e proteger.

Serafim Assunção e Costa, Diretor Pedagógico

Concerto de Natal Decorreu, no dia 6 de janeiro, o XVII Concerto de Natal dos Colégios do Instituto: Colégio do Rosário (Porto), Sagrado (Lisboa) e CSCM (Fátima).

A tradição manteve-se e os alunos do nosso Colégio, dirigidos pela professora Maribel Leitão, fizeram as honras com a interpretação de um belíssimo repertório de canções de Natal e poemas inspiradores de Vida e de Amor.

Seguiu-se a performance dos alunos do Sagrado de Lisboa que encantou o público pela participação carinhosa dos mais pequenos do 1.º ciclo.

A fechar o encontro os alunos do Porto encheram o auditório de boa disposição com a interpretação de uma rapsódia intitulada Alegria Partilhada.

Na despedida, ficaram os votos de um ano pleno em sucessos e projetos, cheios de encontros mágicos e inspirados em Maria.

Alunos do Clube de Música

3 •

Vê, escuta e escolhe Encontro Vocacional

No dia 18 de março, realizou-se o “Encontro Vocacional - Vê, Escuta e Escolhe”, direcionado aos alunos e ex-alunos membros do movimento CoMtigo.

No ano em que se comemora o Centenário das Aparições, foi com legitimidade que este encontro visou a reflexão dos participantes sobre a presença de Deus na vida quotidiana, bem como sobre a dimensão do conceito “vocação”, enquanto projeto de vida e chave da felicidade.

Para melhor concretizar o conceito, durante o painel da manhã, os jovens conheceram diferentes vocações através do testemunho de vários colaboradores CSCM: o frei António Lopes abordou a vocação da Ordem, a professora Eliana Oliveira o Matrimónio e a Ir. Ana Luísa Pinto a Consagração Religiosa. Já no painel da tarde, abriu-se tempo e espaço para uma interiorização mais pessoal, momento em que os jovens foram desafiados a pensar no seu Projeto Pessoal de Vida.

Como reconheço Deus?

Eram várias as imagens espalhadas pelo chão. O desafio era encontrar sinais de Deus nesses recortes de jornal. E foi imediata a descoberta.

Deus é o foco de luz que orienta o caminho, embora segui-Lo seja, muitas vezes, sair da zona de conforto, na medida em que nos damos aos outros e experimentamos novos desafios. Deus é aquele que acolhe e que ensina a acolher – e a alegria do acolhimento é recíproca.

Testemunhos de vida e de vocação Ninguém é feliz sozinho!

Vocação: a chave da felicidade Do Latim vocare, a vocação, entendida à luz da dimensão cristã, é o projeto de vida a que somos chamados e, através do qual, Deus estabelece uma relação connosco e nos leva a entregar a vida aos outros.

Não sendo predestinação, Deus dá-nos a liberdade de escolher, ou de ir escolhendo, o(s) caminho(s) e de ir respondendo aos desafios através dos nossos dons. A vocação é a resposta a essa proposta de vida. A finalidade última do projeto encontra-se fora de nós próprios e exige uma relação de fidelidade.

Enquanto pessoas, somos chamados a viver em comunhão e ao serviço dos outros e, neste contexto, podemos fazê-lo segundo uma orientação cristã. Ao sermos pessoas em Cristo, cabe-nos escolher o modo de concretizarmos essa vocação (Matrimónio, Ordem, Vida Consagrada ou Vida Laical).

• 4

Fr. António Lopes

Começou a trabalhar logo aos 12 anos de idade, após o 6.º ano, como pintor de construção civil numa empresa familiar.

Cumpriu 2 anos de serviço militar, na Força Aérea, e aos 23 anos começou a questionar-se em relação à sua vida e ao futuro. Os jovens da sua idade já tinham seguido o seu caminho, alguns casaram, outros emigraram, e sentiu-se só e assustado com a ideia do matrimónio.

Nunca se realizou como pintor, sonhava que era possível algo melhor.

Num domingo de Páscoa sentiu que não estava bem, fez-se luz e equacionou a possibilidade de ser padre.

Aconselhou-se com o responsável diocesano das vocações. Estudou à noite e aproveitou para refletir melhor.

A Voz da Escola •

Amadureceu a ideia e sentiu que gostaria de ser missionário em África.

Um dia, enquanto pintava as janelas do Convento dos Dominicanos, começou a falar com um frade que o incentivou a seguir a sua vocação. Decidiu então entrar para esta congregação, uma vez que já a conhecia bem.

A sua vocação foi conversão e redescoberta da fé.

Uma escolha ... a minha escolha.

Prof.ª Eliana Oliveira Conheceu o marido ainda no CSCM como aluna. Inicialmente “não lhe achava piada”. Só mais tarde, no ensino secundário, começaram a namorar. O namoro durou 6 anos, 5 dos quais à distância, porque foi estudar para Braga. Casaram em 1999.

Através do matrimónio, caminham juntos nos bons e nos maus momentos. São os melhores amigos. Os filhos transformaram e fortaleceram a relação e as prioridades mudaram. Em família, concretizam os sonhos uns dos outros, procurando também assumir todos os dias um compromisso com a escola.

Durante umas férias foram a cabo Verde e aproveitaram para oferecer livros e brinquedos aos mais carenciados. Também agora foi desafiada a participar na “Missão Timor 2017” e conta com o apoio da família.

Deus dá-nos as forças e os dons para irmos respondendo aos desafios da vocação.

Ir. Ana Luísa É natural de Mirandela. Começou a namorar aos 17 anos, quando entrou para um grupo de jovens ligado à Igreja. Nesse grupo percebeu a dimensão da solidariedade e o sentido da partilha.

Como projeto de vida, ambicionava casar e ser missionária em África. Sonhava ser médica ou enfermeira.

Acabou por entrar em Psicologia.

Duas experiências contribuiram para uma grande mudança na sua vida: uma experiência de voluntariado com a congregação das Irmãs Hospitaleiras, trabalhando com pessoas com perturbações mentais, e uma missão em Moçambique com a Ir. Maria Lopes, onde aprendeu a priorizar o que é essencial: os valores, a família, o serviço aos outros.

Ao conhecer as irmãs do IRSCM, percebeu que não tinha que mudar a sua personalidade, pois as irmãs também eram autênticas. Gostou da ideia de viver em grupo e decidiu seguir a vida consagrada.

A sua experiência de namoro acabaria por contribuir bastante para a escolha pela vida religiosa.

Casamento é ... ser abrigo ser amparo ver com outros olhos focar no essencial estar presente um compromisso de felicidade Uma escolha que ... me me me me

deu uma família fortaleceu como pessoa tornou melhor faz feliz todos os dias!

Taizé... um encontro transformador A presença de Deus faz da nossa vida uma oração contínua. Quanto mais vivermos em oração mais conhecemos a Deus e quanto mais O conhecemos, mais O estimamos. Do conhecimento e da estima nasce a esperança, que é o suporte da vida, a alegria do coração.

Pe. Jean Gailhac Passar uma semana em Taizé é descobrir o verdadeiro significado do inexplicável… É a incapacidade de definir por palavras as marcas que este sitio incrível deixa em nós. É através da oração, da reflexão e do silêncio que aqui se descobre a vida. Uma vida em simplicidade, longe do “barulho” do mundo, mas que nos chama na partilha e entrega aos outros. É encontrar um refúgio e sobretudo redescobrir a nossa fé, definir prioridades e focar no essencial.

• A Voz da Escola

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos Saint- Exupéry

Muitos vão lá para pedir ajuda, força e coragem para encarar os problemas da vida; alguns agradecem a sorte de pisar, a cada dia, um novo chão; outros vão simplesmente pelo prazer de conviver. O que é certo é que todos regressam com o coração cheio e com a missão de partilhar a magia de Taizé com todas as pessoas, pois há sempre alguém a precisar de nós.

Por fim, e tendo sido esta uma das melhores semanas da minha vida, mas ao mesmo tempo indescritível, digo apenas que encontrei em Taizé um céu mais estrelado, um mundo sem filtros que nos faz criar juntos caminhos de esperança e felicidade, a coragem para ser uma das protagonistas da mudança que quero ver no Mundo.

Emília Batista, Ex-aluna

5 •

Gestos solidários Porque centramos a nossa ação na formação integral dos alunos, a fim de formar cidadãos mais justos, solidários e atentos ao bem comum, tem sido prática frequente e significativa a realização de visitas às instituições de acolhimento locais. Durante este trimestre, coube aos clubes de Solidariedade, Música e Dança Criativa, bem como aos alunos do 6.º C levar a cabo esta missão tão enriquecedora, não só para quem recebe, como também para quem é recebido.

No Lar Santa Beatriz da Silva No dia 12 de janeiro, os clubes de Música e de Solidariedade juntaram-se para fazer uma alegre surpresa aos utentes e funcionários do Lar Santa Beatriz da Silva.

Estes foram muito bem recebidos pelas funcionárias que os acompanharam a uma sala onde puderam realizar algumas atividades recreativas com os utentes.

Os clubes levaram canções alusivas ao Natal e poemas sobre a temática da “Paz”. Os alunos distribuíram vários instrumentos de percussão entre os idosos, o que animou o ambiente e proporcionou uma tarde diferente e divertida para todos. Na vinda para o Colégio, o Clube de Música, acompanhado pelo pequeno grande acordeonista Afonso, visitou comerciantes locais, contagiando-os com boa disposição.

Estas experiências promovem o espírito do Colégio

para além das “quatro paredes” e colaboram para a formação integral dos alunos.

Maria João Nunes e Nuno Alves, Clube de Jornalismo

Na Casa do Bom Samaritano No dia 20 de janeiro, no âmbito do projeto Escola Solidária, os alunos do Clube de Dança Criativa e do Clube de Solidariedade fizeram uma visita à Casa do Bom Samaritano. Ao chegarem, conheceram as instalações e a história da fundação da instituição.

Orientadas pela professora Sara Gabriela, as alunas do Clube de Dança apresentaram uma performance que foi muito aplaudida pelas meninas do Bom Samaritano.

De seguida, o Clube de Solidariedade declamou alguns poemas no contexto da celebração do mês da paz e apresentou o texto Bom Dia Todas as Cores, de Ruth Rocha, animando-o com música e uma coreografia divertida.

Carolinha Pinheiro, Clube de Jornalismo

Na Casa de Acolhimento “Estas Irmãs são das nossas” foi a frase que uma Irmã ouviu de uns alunos que estavam junto do gradeamento, quando há dias se dirigiu ao nosso Colégio.

Foi este sentimento de pertença ao IRSCM que moveu os alunos do 6.º C, no âmbito da disciplina de Educação para a Cidadania, a fazerem uma visita às Irmãs que vivem na Casa de Acolhimento e que já tiveram uma vida ativa como professoras ou colaboradoras no Colégio ou nas várias obras.

Nesta visita, os alunos tiveram a oportunidade de contactar com uma geração que deu vida ao Instituto, ao qual nós hoje também pertencemos.

Foi lindo ver os nossos alunos a acarinharem as Irmãs que agora, como disseram, têm todo o tempo para descansar. Apresentaram-se, conversaram uns com os outros e contaram a história do menino Gailhac. Para terminar, interpretaram a canção Menina estás à janela

• 6

e ofereceram um bonito painel alusivo ao Instituto. As irmãs retribuíram com a oferta de uns deliciosos bombons.

Ficou prometida uma nova visita para proporcionarmos mais um momento de convívio e felicidade às nossas Irmãs!

Natália Santos, Diretora de Turma do 6.º C

A Voz da Escola •

Ecos da Missão Timor 2015 Durante o mês de janeiro, a Professora Helena Anacleto realizou ações de formação em todas as turmas acerca da sua missão em Timor, que decorreu em agosto de 2015.

Na Missão em que participou, a professora Helena colaborou na reabilitação de uma escola. A partilha desta experiência levou-nos a refletir sobre as diferenças que existem entre essa escola e o nosso Colégio, ou de uma forma geral, as escolas em Portugal. Sem nos apercebermos, somos uns privilegiados, nada nos falta, nem a nível material nem humano. Percebemos que com o pouco que têm fazem muito.

A Missão também apresentou uma vertente pedagógica. Os missionários passaram bastante tempo dos seus dias a ensinar desde os mais novos aos mais velhos. E era uma grande alegria ouvir dizer “Ensine-me que eu quero aprender”.

Através desta partilha, todos perceberam o quão afortunados são por estudarem num Colégio do IRSCM. Por isso, comprometeram-se a dar mais valor ao que têm - um Colégio com todas as condições, nomeadamente a ajuda das Irmãs, dos professores e dos funcionários - e tomaram a decisão de se empenharem para alcançar a excelência, estudando com mais dedicação.

Natália Santos, Diretora de Turma do 6.º C

Computadores, tablets e smartphones, sim ou não?

Quando a frequência e a intensidade de utilização das tecnologias são excessivas, correm-se diversos riscos ao nível da saúde e do desenvolvimento psicossocial das crianças e jovens. A inatividade e o sedentarismo causados pelo elevado número de horas passado em frente ao ecrã são meio caminho andado para o aparecimento de problemas de saúde como a obesidade, diabetes e também problemas de postura.

Para além disso, vários estudos mostram que cerca de 60% dos pais não têm controlo sobre o uso das tecnologias pelos filhos e 75% dessas crianças estão autorizadas a ter equipamentos eletrónicos no quarto.

Impacto negativo no rendimento escolar

Há soluções para o impacto?

A exposição à televisão e aos jogos eletrónicos parece afetar bastante o sono de crianças e jovens e, por conseguinte, contribuir para a diminuição do desempenho cognitivo. Diversos estudos corroboram a hipótese de existir uma influência negativa destes equipamentos sobre o sono, a aprendizagem e a memória.

Além disso, relacionarmo-nos com uma máquina é também bastante distinto do relacionamento face a face. Os jovens contestam esta ideia e afirmam que dialogam com os amigos através dos chats ou das câmaras dos computadores. Ainda assim, existe uma barreira que os impede de se desenvolverem socialmente de um modo mais saudável.

Para evitar este uso excessivo das tecnologias e atenuar a tendência de substituição das relações interpessoais pelas relações mediadas pelas máquinas, cabe aos pais a tarefa de limitar o tempo de utilização. Contudo, proibir não será solução. Ao invés disso, há que estabelecer um horário que poderá ser um pouco maior nos fins de semana e férias, porém, no resto do ano não pode comprometer o estudo. É necessário verificar se o tema e o conteúdo dos jogos e dos programas são adequados à idade da criança ou jovem. É também fundamental estimular a prática de atividades físicas, preferencialmente ao ar livre, e o convívio face a face com os seus pares, para que venham a ser adultos equilibrados e felizes.

Serviços Especializados de Apoio Educativo adaptado de https://www.portoeditora.pt/paisealunos/para-os-pais/noticia/ver/?id=30282&langid=1

• A Voz da Escola

7 •

CSCM fora de portas As visitas de estudo constituem um contexto diferente e privilegiado de aprendizagem, através do qual os alunos têm a oportunidade de conhecer realidades novas e desafiadoras. São atividades que estimulam a curiosidade e a reflexão crítica dos alunos; incutem a cooperação entre os alunos em atividades desenvolvidas em grupo; facilitam a aprendizagem dos conteúdos programáticos das disciplinas envolvidas e estimulam nos jovens o gosto pela compreensão do mundo que nos rodeia.

5.º ano | Olha um morcego!

6.º ano | O jogo vai começar

A visita de estudo dos alunos do 5.º ano decorreu em Coimbra, no dia 3 de março. Apesar de estar um dia muito chuvoso, saímos do Colégio bastante entusiasmados e curiosos com a viagem.

Fomos visitar a Universidade de Coimbra, onde existe uma biblioteca chamada Biblioteca Joanina. Construída entre os anos de 1717 e 1728, foi patrocinada pelo rei D. João V e é um belíssimo exemplo da arte barroca. O Piso Nobre da Biblioteca alberga 40 000 volumes, colocados em prateleiras douradas e preservados com a ajuda de duas colónias de morcegos que ali vivem. Ainda na Universidade, visitámos a capela, a prisão e a solitária.

Na segunda etapa da visita, fomos ao Exploratório de Ciência, onde realizámos imensas experiências interessantes e divertidas.

Os alunos adoraram as histórias antigas que ouviram e aproveitaram para tirar belíssimas fotografias da cidade dos estudantes.

No dia 19 de janeiro, as turmas do 6.º ano realizaram uma visita de estudo a Lisboa. Quando chegámos fomos lanchar e, logo de seguida, assistimos ao teatro Ulisses, inspirado na obra de Maria Alberta Menéres que estudámos nas aulas de Português. O teatro retratava a famosa Guerra de Troia e o regresso dos guerreiros a casa numa perspetiva moderna. Era como se os Deuses do Olimpo estivessem a jogar um videojogo e, através dele, manipulassem as aventuras do herói Ulisses.

Matilde Gameiro, 5.º A Matilde Sofia, 5.º D

Almoçámos no Parque das Nações, ao que se seguiu a visita ao Pavilhão do Conhecimento. Aqui vimos e realizámos várias experiências relacionadas com o equilíbrio, o som, a luz, o peso, entre tantos outros elementos do âmbito das Ciências. Na Sala Riscos, as experiências permitiram-nos pensar um pouco sobre os riscos associados às rotinas do dia a dia. Já na Sala Doing tivemos a oportunidade de fazer montagens de circuitos e objetos, construir origamis e até costurar.

O dia terminou com grande entusiasmo graças à diversidade de atividades realizadas e que superaram as expectativas de todos.

António Silva, Lucas Perfeito e Miguel Ângelo Pereira, Clube de Jornalismo

• 8

A Voz da Escola •

7.º ano | O mundo dos coches

8.º ano | É proibido não mexer

No dia 3 de março, os alunos do 7.º ano foram de viagem a Lisboa em visita de estudo. Quando chegámos fomos lanchar todos juntos. Depois, assistimos ao teatro Leandro, Rei da Helíria, de Alice Vieira, encenado pela companhia de teatro Arte D’encantar. Todos gostaram da representação, nomeadamente do profissionalismo dos atores, do enquadramento dos cenários e das situações cómicas que divertiram o público.

Durante a tarde fomos conhecer o Museu dos Coches. É um espaço bastante moderno, repleto de coches de todas as épocas. Alguns deles estavam adornados com talha dourada e motivos muito expressivos, como os mitológicos ou florais.

No dia 23 de fevereiro, os alunos do 8.º ano realizaram uma visita de estudo à Fábrica Centro de Ciência Viva, em Aveiro, no âmbito das disciplinas de Matemática, Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas.

Logo que chegámos à Fábrica, dirigimo-nos para a Oficina de Robôs, onde aprendemos que robôs são máquinas autónomas programadas. Tivemos a oportunidade de construir um robô de lego e programá-lo com diferentes habilidades. Aqui, os grupos trabalharam em equipa e desenvolveram o diálogo e a argumentação.

De seguida, visitámos a sala A cozinha é um laboratório, onde percebemos o que eram as levaduras, a diferença entre pão integral e pão branco, o que era a ceifa e a identificar algumas sementes e grãos. Confecionámos pão com água, farinha, sal e fermento.

Em terceiro lugar, conhecemos a sala Mãos na massa.

Era um espaço cheio de experiências, como por exemplo a janela indiscreta, o foguete de nitrogénio, o futebol que era jogado com as nossas ondas cerebrais, a roda na cadeira, as mensagens escritas em código morse, entre outras. Também fizemos uma experiência com o Gerador de Van de Graff que nos deixou literalmente com os cabelos em pé.

Laura Santos e Marta Damásio, Clube de Jornalismo

Depois de realizar todas as experiências, fomos chamados para resolver um crime no Laboratório da Fábrica, onde em grupos fizemos alguns testes para descobrir quem era o culpado. Usando os nossos conhecimentos de Físico-Química, aplicámos o teste de solubilidade, o teste do iodo, o teste do vinagre e indicámos o pH. Quase a terminar, treinámos o raciocínio e a lógica com jogos matemáticos. Organizados em duplas, experimentámos jogos como o Ouri, Go, Semáforo, Amazonas, Hex e Pontos e Quadrados.

Para a despedida, presentearam-nos com o show Física Viva, um espetáculo de luzes que nos deixou maravilhados. Apesar da beleza dos lasers, os monitores explicaram o quanto podem ser perigosos se não forem utilizados com cuidado.

Carolina Pinheiro e Sara Castanheira, Clube de Jornalismo

• A Voz da Escola

9 •

9.º ano | No palco das leis!

No dia 14 de março, realizou-se a visita de estudo do 9.º ano a Lisboa, no âmbito das disciplinas de Português e História.

Eram 8h15m quando partimos do nosso Colégio, diretamente para a Companhia de Teatro Arte d’ Encantar, para assistir à peça Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Foi Joane, o Parvo, a personagem que mais despertou curiosidade nos alunos das várias escolas presentes, pela sua interação com o público. Também as outras personagens foram bastante interessantes e divertidas, tal como Gil Vicente pretendia - ridendo castigat mores (a rir castigam-se os costumes).

O Jardim de Belém foi o local escolhido para almoçar.

Durante esta pausa, tivemos a oportunidade de conhecer melhor Belém. Muitos alunos decidiram degustar os típicos Pastéis de Belém, outros conhecer o famoso Padrão dos Descobrimentos ou até passear junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

A tarde ficou reservada para a visita à Assembleia da República. Conhecemos as várias salas onde os deputados e outros membros do Governo se reúnem para tomar decisões importantes para o nosso país. Uma dessas salas é a Sala do Plenário. Aqui pudemo-nos sentar nas diferentes bancadas parlamentares e tivemos a

oportunidade de conhecer algumas personalidades importantes, como Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação, e Nuno Magalhães, líder parlamentar do partido CDS-PP. No final desta visita, rumámos a Fátima, satisfeitos com o que vimos, ouvimos e aprendemos, mas ansiosos pela próxima, o Passeio de Finalistas.

Luana Marques, Clube de Jornalismo

CSCM uma escola de proximidade Alunos do 4.º ano no Colégio

Foi na tarde do dia 7 de março que o Coração de Maria recebeu a visita dos alunos do 4.º ano das escolas EB1 da Maxieira, Bairro, Moita Redonda, Fontainhas da Serra e dos Centros Escolares da Cova da Iria e Beato Nuno.

Com o intuito de estreitar os laços com as instituições de ensino locais, bem como contribuir para o enriquecimento das aprendizagens, nomeadamente no contexto da Educação Literária, os alunos visitantes puderam assistir à encenação da obra dramática O Príncipe Nabo, de Ilse Losa, e realizar vários ateliês no âmbito das Artes, do Desporto, das Ciências, da Matemática, da Língua Portuguesa, das Tecnologias e da Robótica.

Os monitores do 8.º ano acompanharam-nos ao longo de todas as atividades e os alunos dos clubes dinamizaram os ateliês.

• 10

A boa disposição e o interesse pelas atividades realizadas foram reveladores do entusiamo e do espírito de companheirismo que se fizeram sentir.

Clube de Jornalismo

A Voz da Escola •

Olhar o futuro

XVII Semana das Profissões

Pela 17.ª vez, o Serviço de Psicologia e Orientação do Colégio organizou a Semana das Profissões, iniciativa direcionada aos alunos do 9.º ano e integrada no Programa de Orientação Escolar e Profissional. Esta edição, que decorreu nos dias 20, 21, 22 e 24 de fevereiro, contou com a presença de 23 profissionais, representantes de várias áreas como a Saúde, a Educação, o Jornalismo, o Direito, a Economia, entre outras.

Cada convidado transmitiu o seu percurso académico e profissional, as suas experiências pessoais e os desafios que enfrentam nas suas profissões. Foram unânimes quanto à necessidade de dedicação e empenho que se deve colocar no trabalho. Resiliência, foco e força de vontade são essenciais para que a profissão seja a realização de um projeto pessoal que leve à felicidade. Tal como escreveu o filósofo chinês Confúcio: ”Escolhe uma profissão de que gostes e não terás de trabalhar um único dia da tua vida”.

“Nunca desistas dos teus sonhos.”

No primeiro painel, os alunos conheceram as agendas e os desafios de Nuno Nobre (arquiteto), Marco Santos (designer), Anabela Reis (economista), Paulo Henriques (fotógrafo) e Ricardo Raimundo (chefe de cozinha). No segundo dia, foi a vez de conhecer Pedro Lacerda (ator), Micaela Reis (nutricionista), Ana Rita Abreu (enfermeira), Carla Teixeira (farmacêutica), André Simões (médico dentista) e Nuno Jorge (sargento da GNR). Para o terceiro painel foram convidados Filipe Gonçalves (jornalista), Eugénio Lucas (advogado), Tiago Marto (fisioterapeuta), Susana Martins (educadora de infância), Helena Barroso e Patrícia Pinto (médicas).

A terminar a semana, a mesa de oradores contou com a presença de Tiago Carrilho (biólogo), Daniela Cunha (médica veterinária), Teresa Branco (engenheira agrónoma), Nelson Marques (engenheiro informático) e João Carriço (engenheiro eletrotécnico).

A variedade de discursos e experiências partilhadas durante estes quatro dias proporcionou aos alunos um conhecimento mais aprofundado e concreto do futuro que cada um irá traçar a partir do momento em que começar a fazer escolhas académicas e profissionais.

Clube de Jornalismo

• A Voz da Escola

11 •

Porque dizemos...

Expressões Idiomáticas “Todos os caminhos vão dar a Roma” Significado: Todos os caminhos vão dar a um lugar.

Origem: O Império Romano tinha uma rede viária tão bem feita que todas as estradas iam dar à capital.

A primeira via foi criada em 312 a.C. pelo político romano Ápio Cláudio Cego, para ligar Roma à cidade de Cápua. A construção de estradas foi essencial para a expansão do território, mas também para chegar mantimentos e mercadorias.

“Ficar a ver navios” Significado: ficar à espera de algo que não veio, que acabou por não acontecer ou que não se teve.

Origem: Quando em 1807, as tropas francesas invadiram Portugal, a família real fugiu para o Brasil. Passageiros, bens e mantimentos eram carregados para os barcos, numa corrida contra o tempo porque os franceses estavam a chegar a Lisboa. O povo que ficou em terra ainda viu as 16 embarcações durante dois dias na barra do rio Tejo, à espera que os ventos os empurrassem para mar. A 29 de novembro as tropas de Junot entraram em Lisboa, ainda a tempo de verem a corte portuguesa a caminho do Rio de Janeiro, mas, na verdade, ficaram a ver navios.

Adaptado de Puxar a brasa à nossa sardinha, Andreia Vale

Jogos de ortografia De 16 a 20 de janeiro, as turmas do Colégio fizeram jogos de ortografia nas aulas de Português. Caças ao erro e exercícios de reescrita tornaram-se verdadeiros desafios de aprendizagem.

Este tipo de exercícios é muito importante para desenvolver a expressão escrita desde que somos “novinhos”. Ao desenvolvermos atividades deste género, poderemos superar as dificuldades em escrever sem erros.

A leitura de livros também promove a competência ortográfica. Ler é um passatempo que as pessoas devem realizar todos os dias, por exemplo ao deitar. Também é importante escrever textos regularmente para melhorar o conhecimento vocabular.

Marta Damásio, Clube de Jornalismo

A ler se vai ao longe Com o objetivo de estimular o treino da leitura e desenvolver competências de expressão escrita e oral, a Biblioteca Escolar do Colégio divulgou e organizou, mais uma vez, a 1.ª fase dos Concursos Nacional e Concelhio de Leitura.

A 1.ª fase do Concurso Nacional de Leitura pôs à prova a competência leitora dos alunos do 3.º ciclo, através da análise das obras Sexta-Feira ou Vida Selvagem, de Michel Tournier, e O Principezinho, de Antoine Saint-Exupéry. Foram apuradas para a fase distrital, com melhor desempenho nas provas, as alunas Inês Reis, do 7.º B, Marta Crespo, do 8.º B, e Carolina Pi-

• 12

nheiro, do 8.º D. O 2.º ciclo participou, por sua vez, na 1.ª fase do Concurso Concelhio de Leitura e realizou as provas sobre os livros A menina do mar, de Sophia de Mello Breyner Andresen, e O Barco de Chocolate, de Cristina Norton. Os alunos Oriana Espirito Santo e Samuel Deboeuf, do 5.º B, e Isabela Pinheiro, do 6.º D, passaram para a 2.ª fase do concurso, que terá lugar em Ourém.

Boas Leituras!

Carolina Pinheiro, Clube de Jornalismo

A Voz da Escola •

A magia das palavras No âmbito do projeto Mundo Fantástico de Sophia e a Magia do Natal, desenvolvido pela Câmara Municipal de Ourém, os alunos do 3.º ciclo foram convidados a participar num workshop de poesia, dinamizado pela escritora e bibliotecária Carmen Zita.

A partir do tema Escrevo com Sophia, fomos desafiados a dizer o que era para nós a poesia. Por mais que essa pareça uma pergunta simples, definir poesia não é tarefa fácil, não basta dizer que é um modo de expressão artística, que tem rimas, versos e ritmo. A poesia é mais que isso, são sentimentos escritos, momentos, sonhos que o poeta retrata numa página que estava em branco.

Para despertarmos a poesia dentro de nós, fechámos os olhos e tentámos lembrar-nos de um momento marcante, um sonho muito desejado ou um pessoa querida para, depois, escrever um poema sobre isso, como quiséssemos, pequeno ou grande, rimado ou não, à nossa maneira. Partilhámos os poemas, com risadas, talvez até com um pouco de vergonha, mas não nos

deixamos acanhar, pois o “bichinho da poesia” só estava a acordar.

O maior desafio veio a seguir: continuar um poema da tão memorável Sophia de Mello Breyner a partir dos versos Iremos juntos sozinhos pela areia e Às vezes julgo ver nos meus olhos.

Saímos da biblioteca com vontade de quero mais.

Não só aprendemos mais sobre poesia, e em especial sobre a poesia de Sophia, mas também descobrimos a poesia de uma nova forma, descobrimo-la dentro de nós.

Carolina Pinheiro, Clube de Jornalismo

“O mar dos meus olhos” Ainda no contexto do projeto O Mundo Fantástico de Sophia e a Magia do Natal, o Colégio também participou na festa de encerramento, com uma coreografia inspirada na obra A Menina do Mar, preparada pela professora Sara Gabriela e as alunas do Clube de Dança Criativa. A performance integrou, para além da dança, a declamação do poema O mar dos meus olhos, um motivo predominante na obra da escritora, símbolo da dinâmica da vida e memória da sua infância.

Zulmira Braga, Coordenadora da Biblioteca Escolar

“Há mulheres que trazem o mar nos olhos Não pela cor Mas pela vastidão da alma E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos Ficam para além do tempo Como se a maré nunca as levasse Da praia onde foram felizes.”

Sophia de Melo Breyner Andresen

• A Voz da Escola

13 •

À conversa com...

Pedro Seromenho | A Cidade que queria ser Campo No dia 20 de janeiro, a Biblioteca Escolar proporcionou mais um encontro com o escritor e ilustrador Pedro Seromenho. Nas sessões com os alunos do 5.º e 6.º anos, todos tiveram a oportunidade de conhecer o seu último livro, A Cidade que queria ser Campo. O Clube de Jornalismo também aproveitou a ocasião para entrevistar o autor.

Clube de Jornalismo: Qual a inspiração para este último livro, A Cidade que queria ser Campo?

Pedro Seromenho: A inspiração para este livro surgiu das minhas viagens nestes últimos 10 anos. Dessa vivência que tenho acumulado, pensei fazer uma história que desse para todas as idades. No fundo, é um conto intergeracional que une pessoas e gerações. Queria transmitir um ciclo de vida através da história, em que o campo simboliza a infância, uma criança que parte para a cidade em busca de um sonho, mas depois tem saudade da sua origem. É uma forma metafórica e poética de falar da emigração e da dicotomia cidade/campo.

Clube: Quando fala nesta cidade, tem algum lugar em mente?

Pedro: Sim. Obviamente estamos mais ligados aos lugares onde passamos a infância, onde está a nossa família e amigos. Morei até aos 7 anos em Tavira. Tenho uma grande ligação ao Algarve e ao mar. Depois fui para Braga, onde moro atualmente. Por isso, a história começa numa casinha pequenina no fundo de um vale que era a sua alcofa. Então, o vale é a alcofa da cidade onde eu moro. É daquela casinha que tudo começa, na sua saia. No fundo, toda a narrativa se desenrola naquela saia.

Clube: Como se desenvolve o processo da escrita ilustrada? Quem nasce primeiro?

Pedro: Primeiro nasce a ideia. Da ideia constrói-se o texto. O texto dá origem às imagens e é assim que se desencadeia o livro. É um processo criativo que varia de história em história. Neste caso, foi a viajar por aquela saia, pelas casas e janelas, onde estão todas as histórias por contar, que me deixei levar pela ilustração. A partir daí fui construindo a narrativa através de imagens, indo mais além, acrescentando elementos que não estavam no texto. A primeira ilustração do livro é exemplo disso, pois representa a Mãe natureza, onde existe uma casinha. Esta é a magia dos livros infanto-juvenis: podemos lê-los através das palavras e também através das imagens.

Clube: Qual a obra que lhe deu um prazer especial escrever e ilustrar?

Pedro: A Cidade que queria ser Campo, porque senti que era um marco, um episódio que vem fechar dez anos de trabalho. E ao representá-lo, dediquei-me totalmente. É um livro muito bonito ao nível da poética, da narrativa, da densidade do texto, mas também das ilustrações que resultaram muito bem. Há uma preocupação gráfica que vai ao ínfimo pormenor.

Clube: Quais são os novos projetos que está a desenvolver?

Pedro: Estou a terminar o texto da nova obra O Livro Imperfeito, uma história que é para ser lida por todos nós que somos imperfeitos. Brinco com o conceito da perfeição, do artista que se quer aprimorar, livro após livro. Brinco com o livro que é discriminado, que tem erros e gralhas, que não está nos tops.

Clube: Tem algum ídolo?

Pedro: Um ídolo… Tenho várias pessoas que admiro.

Muitos autores, muitos ilustradores. Alguns que tenho conhecido nos últimos anos e que me têm inspirado.

Cada pessoa tem sempre uma qualidade e um dom que é inspirador. Tento valorizar e dar esse mérito a cada um. Procuro estar atento e ter essa humildade de aprender e crescer. Há ilustradores e escritores que é uma honra conhecer. No universo da escrita infanto-juvenil, tenho feito muitos bons amigos. Mais do que ídolos, são referências.

Inês Reis e Júlia Simões, Clube de Jornalismo

Clube: Qual a mensagem que o Pedro pretende que os pequenos leitores guardem no seu coração ao lerem esta história?

Pedro: Embora tenha muitas mensagens, e apesar de abordar temas como a emigração, o desemprego, a solidão ou o crescimento das cidades, não deixa de ser uma história de amizade. Essa é a maior verdade que o livro tem. A amizade começa pequenina e acaba gigante, quando ele regressa já velhinho e reencontra a sua amiga.

• 14

A Voz da Escola •

Maria Teresa Maia Gonzalez | Cartas da Beatriz Na manhã do dia 23 de fevereiro, os alunos do 7.º ano tiveram o prazer de receber a autora das obras Cartas da Beatriz e do bestseller A Lua de Joana.

Maria Teresa Maia Gonzalez foi aluna no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa. Na sua juventude, foi judoca para desenvolver a concentração e a autodefesa. A nível profissional, foi professora, trabalhou com casos de toxicodependência e dedica-se, atualmente, à escrita. Visita escolas onde dá a conhecer a sua obra e partilha a sua experiência literária.

Perdeu o pai, a mãe e o filho. As perdas, embora dolorosas, fizeram parte da sua vida. E foi através delas que compreendeu que a saudade poderia ser libertadora na medida em que permite recordar os bons momentos do passado.

A grande temática dos seus livros é a Vida. Inspira-se nos seus amigos e na sua família, nas experiências quotidianas e nos relatos que vai ouvindo. Encara os problemas como lições de vida e encontra as respostas em Deus, através de sinais que vão surgindo. “É preciso estar atento para saber escolher o caminho certo.”

Já escreveu 157 obras e gosta de todas elas. Considera que a escrita é um dom que a aproxima dos outros seres humanos.

No final da partilha, todos regressaram às salas de aula de coração cheio.

Cartas da Beatriz em ação Os alunos do 7.º ano mostraram a sua criatividade ao fazerem trabalhos sobre a obra Cartas da Beatriz, estudada nas aulas de Português. Fizeram jogos de computador, apresentações multimédia, cartas de grandes dimensões, um jogo de tabuleiro e um teatro de marionetas, que foi apresentado aos alunos do Clube Oficina Criativa.

Alunos do 7.º C e do 7.º D

Alunos do 7.º B

Bullying? Não, obrigado.

Nos dias de hoje, em particular nas escolas, existe um problema social chamado bullying que consiste em agredir física e/ou psicologicamente uma ou mais vítimas. A obra Cartas da Beatriz retrata esta realidade através da personagem principal, Beatriz, que é vítima das ações terríveis de um trio de raparigas da sua turma.

Qualquer situação de bullying tem a sua motivação.

O agressor procura este meio para se sentir superior à vítima. Nesta obra, a razão que levou a esta prática de violência foi a inveja que a Zita sentia do sucesso escolar da Beatriz.

O agressor consegue realizar vários tipos de bullying: físico, verbal, sexual, homofóbico, social ou cyberbullying. A Zita, líder do grupo agressor, faz da vida de Beatriz um inferno através da organização de “ataques” físicos, verbais, sociais e virtuais. Nas várias situações de agressão, a Zita e as “aias acéfalas” danificaram objetos pessoais da Beatriz, roubaram-lhe a

• A Voz da Escola

roupa, espalharam boatos e informações da agenda, enviaram sms falsas aos seus contactos, chamaram-lhe nomes, ameaçaram-na, postaram fotos falsas no Facebook e bateram-lhe.

Em consequência das ações de violência, a vítima sofre danos físicos e psicológicos. Após cada agressão, a Beatriz sentia dores de barriga e cabeça, enjoos, frio, suores, arritmias e não conseguia dormir. Mas o que mais a atormentava eram os pesadelos, a ansiedade, o nervosismo, os medos e o pânico.

Como se pode concluir, o comportamento das colegas da Beatriz correspondeu a uma verdadeira situação de bullying. Perante casos como este, a vítima deve denunciar o agressor. No entanto, como é difícil que isto aconteça, todos devem estar atentos e procurar ajudar os colegas que se mostrem tristes e deprimidos.

Ao leres este livro, perceberás como é assustador ser a vítima.

Diz não ao bullying!

Alunos do 7.º A e do 7.º B

15 •

Do you hug me?

Na semana de 13 a 17 de fevereiro, celebrámos a Semana das Línguas Estrangeiras.

No dia 14 de fevereiro, comemorámos o dia de São Valentim e o dia Anti-Bullying. É um dia dedicado à amizade e ao amor, dois sentimentos fundamentais nas nossas vidas. Os alunos vestiram uma peça de roupa cor-de-rosa para assinalar o Pink T-shirt Day, dia em que se relembra a importância da amizade e se diz não ao bullying. Distribuiram-se abraços e beijinhos (Free Hugs & Kisses), amizade e convívio saudável (Free Hearts & Gifts) e também tivemos pipocas e algodão doce (Popcorn & Cotton Candy) para adoçar o dia! Os professores foram ainda presenteados com canções de amor interpretadas pelo Clube de Música.

No dia 15 de fevereiro, os alunos do 3.º ciclo assistiram a um teatro interativo em inglês intitulado What´s up Romeo!?, dinamizado pela companhia Clever Pants e inspirado na história de amor entre Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Esta peça divertiu os espetadores e todos compreenderam a mensagem da história.

Durante a semana, os alunos também escreveram Valentines (mensagens de amizade e amor) que deixa-

ram na caixa do Cúpido, que visitou pessoalmente as salas de aula, na sexta-feira, para entregar as mensagens aos respetivos destinatários.

Durante a semana tivemos ainda uma exposição de trabalhos dos alunos, almoços inspirados na gastronomia inglesa e francesa e ainda um lanche multicultural para os professores.

Foi uma semana em que toda a gente se divertiu e celebrou o melhor que a vida tem: o amor e a amizade!

Graça Esteves, Responsável pelo Clube Europa

Sugestões de leitura Não matem a cotovia Harper Lee O racismo é um comportamento presente em muitos lugares do mundo, nomeadamente num dos estados dos EUA, o Alabama.

A história é contada por uma rapariga de 13 anos que, ao longo da narrativa, descobre as realidades presentes na sua sociedade que antes estavam adormecidas. O pai era um advogado que defendia os negros e, por isso, a família vai sofrendo retaliações da comunidade.

Quando a neve cai

John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle Três histórias diferentes com personagens diferentes e de autores diferentes encontram-se quando a maior tempestade dos últimos tempos atinge uma cidade isolada.

Raparigas e rapazes de caminhos diferentes cruzam-se e daqui nasce um romance fantástico.

Não esperes mais tempo para começar a ler.

Inês Flor, Clube de Jornalismo

• 16

A Voz da Escola •

Clin d’œil sur … le monde francophone Les inventeurs français et leurs inventions Est-ce que tu savais que la France a contribué à certaines avancées majeures de l’histoire de l’humanité, dès le 17e siècle?

Voici quelques-unes des inventions françaises importantes qui ont changé nos vies.

La machine à calculer

L’asepsie, la pasteurisation et le vaccin contre la rage

Pour aider son père (nommé surintendant par le cardinal de Richelieu pour remettre de l’ordre dans les recettes fiscales) Blaise Pascal, âgé de 19 ans, invente, en 1642, la première machine à calculer, appelée «Pascaline». C’est la première machine qui permet de faire des additions et des soustractions.

Louis Pasteur est le premier à découvrir que la fermentation se doit à des organismes vivants (les microbes) et que ces organismes sont à l’origine de certaines maladies appelées infectieuses. Il crée l’asepsie* et les méthodes aseptiques. En 1860, il améliore la pasteurisation, un processus de conservation des aliments et, en 1879, il découvre le principe du vaccin contre la rage.

La pensée est la grandeur de l’homme!

Blaise Pascal

Le jour du Français

La différence entre le possible et l’impossible c’est la volonté humaine!

Louis Pasteur

Le cinéma français

Cette année, pendant la Semaine de Langues, les élèves ont pu découvrir un peu de la gastronomie française avec un déjeuner traditionnel «à la française».

En outre, les élèves ont pu découvrir le cinéma français avec la projection d’un film dans la Ludothèque.

Le cinéma français occupe une place privilégiée dans le cinéma et a aussi contribué au développement de l’industrie du cinéma. De nombreux acteurs et réalisateurs ont gagné un renom international, comme Gérard Depardieu, Catherine Deneuve, Jean Reno, Audrey Tautou, Luc Besson ou Jean-Jacques Annaud. Le cinéma français est l’un des plus prolifiques d’Europe : des films comme Le fabuleux destin d’Amélie Poulain, Astérix et Obélix, Intouchables se démarquent sur la scène internationale.

Les professeurs de Français

* asepsie – destruction des micro-organismes par stérilisation

• A Voz da Escola

17 •

Aparições na Cova da Iria: 100 anos No contexto do Centenário das Aparições, o Departamento de Ciências Sociais e Humanas promoveu uma ação de formação sobre o contexto histórico das Aparições na Cova da Iria, direcionada aos alunos de 9.º ano. O orador convidado foi o professor José Poças, que muito nos honrou com a sua partilha.

A partir de 1910 as leis persecutórias do Governo Republicano fizeram-se sentir em relação à Igreja Católica. Dois anos volvidos, havia um significativo número de padres no então concelho de Vila Nova de Ourém acusados de desobediência civil, como era o caso do pároco de Fátima, António Rodrigues Pena, que em junho de 1912 sofreu um processo que “continha sete folhas” de acusações.

Para a maioria da população portuguesa, a miséria económica em que o País estava mergulhado e a entrada na guerra eram dois fenómenos que se confundiam e complementavam.

Na época das Aparições, Fátima era uma paróquia composta por mais de 20 pequenos lugares. Em 1911, existiam na freguesia de Fátima 514 fogos, com 2 348 pessoas, das quais apenas sabiam ler 307 pessoas. Aljustrel, terra dos videntes, teria 123 pessoas. A situação não seria muito diferente em 1917.

Na Cova da Iria não havia construções e não vivia ninguém. Existiam apenas algumas árvores, muita pedra e um pequeno terreno cultivável que pertencia aos pais de Lúcia. Não passava de um descampado agreste, sem casas e sem acessos.

A Cova da Iria em 1917 Foi aqui que se deram as Aparições aos 3 pastorinhos, de maio a outubro de 1917. A constante afluência de pessoas e os destaques que começaram a ser dados nos jornais, em especial depois do “milagre do sol”, levaram a uma forte reação do Governo. As Aparições vinham, por um lado, pôr em causa a ação republicana de acabar com a crendice e, por outro lado, Nossa Senhora, ao anunciar o fim dos horrores da Primeira Grande Guerra, punha em causa a posição do Governo sobre o conflito. Um outro fator de descontentamento para as autoridades era a clara violação da Lei. O aumento do número de fiéis e curiosos nos acontecimentos, repetidos a cada dia 13, eram manifestações públicas de religiosidade, não autorizadas pela entidade civil do concelho.

Este extremar de posições entre o racionalismo positivista e o catolicismo militante iria degenerar em graves situações de conflito. Salientemos apenas 2. Na noite de 22 de outubro de 1917, um grupo de pessoas deslocou-se de noite à Cova da Iria, tendo destruído tudo o que constituía o santuário primitivo. No dia 6 de março de 1922, às 3 horas da manhã, uma grande explosão fez-se ouvir na Cova da Iria. A parede da Capelinha das Aparições tinha sido perfurada e nos buracos abertos por uma broca tinham rebentado 4 bombas. A quinta, colocada no tronco da azinheira, não chegou a explodir.

Hoje em dia, à distância de 100 anos, é difícil apercebermo-nos dos momentos conturbados de 1917 e, no fundo, de toda a Primeira República Portuguesa. Por isso é tão importante a memória, o conhecimento dos factos e figuras do nosso passado, que nos ajudam a perceber como a mensagem de Fátima se foi impondo quer no nosso país, quer a nível mundial.

Quem não tem dinheiro ...

Durante o mês de janeiro, a agência do Banco de Portugal de Coimbra dinamizou uma ação de formação sobre créditos bancários, direcionada aos alunos do 9.º ano.

O principal tema a ser abordado foram as diferenças entre os cartões de crédito, de débito e pré-pagos.

Os cartões de crédito, tal como referiu a Dra. Natacha, são formas de pagamento em que este não é efetuado na hora, mas sim no final de um período de tempo.

Na maioria, estes pequenos empréstimos contêm uma taxa de juro definida na negociação com o banco.

Os cartões de débito são uma forma de evitar as notas e as moedas e necessitam de ser carregados com dinheiro para poderem efetuar pagamentos nos TPA (Terminal de Pagamento Automático). Os bancos cobram também uma anuidade sobre estes. Hoje em dia

• 18

José Poças

existe também uma outra forma de pagamento sem inserir o código, em compras até 20€. Este procedimento pode ser realizado até três vezes por dia, de modo a poupar tempo aos clientes.

Os cartões pré-pagos permitem efetuar as mesmas operações que os de débito. Têm, no entanto, a particularidade de não estarem associados a uma conta de pagamento, mas sim a uma conta pré-paga. O montante disponível na conta é entregue antecipadamente à entidade emissora do cartão. Quando estes são utilizados, o valor correspondente à operação realizada é subtraído ao respetivo saldo.

Foi uma sessão muito esclarecedora e interessante, que proporcionou o contacto com conceitos e realidades ao nível do setor da banca, para muitos desconhecido.

Luana Marques, Clube de Jornalismo

A Voz da Escola •

Figuras históricas

Em linha

Encontros que transformam

Cem anos de História

Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros!

Papa Francisco

Papa Francisco

Natural de Buenos Aires, o Papa Francisco é hoje uma figura carismática pelas lições de humanidade e humildade que o caracterizam.

Jorge Mario Bergoglio, nascido em 1936, foi eleito Papa pelo conclave no dia 13 de março de 2013 sucedendo ao Papa Bento XVI. Este cardeal escolheu o pseudónimo de Francisco, inspirado nos ensinamentos de Francisco de Assis.

A humildade e a simplicidade que o caracterizam tornam-no num homem de hábitos comuns e de imenso apreço pelos pobres. Homem de paz e de solidariedade, viaja pelos países mais pobres, transmitindo uma mensagem de esperança e carinho.

A 13 de maio de 2017, Fátima irá acolhê-lo para as celebrações do Centenário das Aparições.

Construção da Basílica A benção da primeira pedra da Igreja de Nossa Senhora do Rosário fez-se a 13 de maio de 1928 pela mão do arcebispo de Évora, D. Manuel da Conceição dos Santos. Começou a ser construída, em estilo neo-barroco no mesmo ano, segundo um projeto do arquiteto neerlandês Gerard Van Krieken. Ergueu-se no local onde os Pastorinhos brincavam a fazer uma pequena parede de pedras quando viram o clarão que julgaram ser uma trovoada, a 13 de maio de 1917.

A sagração ocorreu a 7 de outubro de 1953 e em novembro de 1954, o Papa Pio XII atribuiu-lhe o título de Basílica.

Capelinha e Hospital Madre Teresa de Calcutá

Teresa de Calcutá nasceu em 1910, no seio de uma família albanesa em Skopje.

Em 1928 entrou para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto na Irlanda, e mais tarde foi para a Índia.

Pelo seu trabalho na ajuda aos mais necessitados, foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz em 1979.

Madre Teresa foi beatificada por João Paulo II em 2003 e em 2016 foi canonizada pelo Papa Francisco.

Alunos do Clube de História

• A Voz da Escola

Em 1924 iniciou-se a construção de um albergue para os doentes e em 1926 um “posto de verificações médicas”. No ano de 1927 pensou-se na construção de dois Hospitais-Sanatórios. O “Hospital do Santuário” foi-se apetrechando, em estruturas físicas e em equipas sanitárias, constituídas por voluntários, para oferecer aos peregrinos doentes os cuidados necessários. Este serviço deu origem à Associação dos Servitas de Fátima.

A foto, de 4 de abril de 1929, retrata a peregrinação com a Nossa Senhora junto da Capelinha e ao fundo a construção do Hospital.

19 •

Foi com o intuito de valorizar e divulgar obras de arte produzidas pelos alunos, bem como promover a importância dos museus na formação integral dos jovens, que o Departamento de Expressões e o Clube de História fizeram nascer o projeto CSCM Museu.

O Museu foi inaugurado no dia 26 de janeiro, pela Irmã Mafalda Rodrigues, representante do IRSCM e da Direção do Colégio, e contou com a presença do Diretor do Museu de Arte Sacra e Etnologia, Gonçalo Cardoso e dos pais do artista convidado.

No seu discurso, Gonçalo Cardoso, valorizou a iniciativa, referindo a importância dos museus como catalisadores de aprendizagens e uma excelente forma de valorizar a identidade cultural de uma região.

O aluno António Silva do 6.º D inaugurou o museu expondo três peças em origami: o Dragonite, o Papalorido e o Super turbina. O CSCM Museu contou ainda, ao longo deste período, com a exposição de trabalhos, realizados nas aulas de Educação Visual, dos alunos Inês Flor (9.º C), intitulado Do realismo ao traço; da Margarida Henriques (7.º A) A Minha Paisagem; da Lara Vieira (8.º B) A imagem segundo René Magritte e do André Oliveira (7.º B) Eu sei desenhar em 3D. Com este projeto pretende-se, também, que cada aluno-artista desenvolva algumas oficinas para parti-

lhar e explicar as técnicas utilizadas na conceção das obras de arte. Realizaram-se para isso três workshops: um sobre a técnica de dobragem de papel para a criação de origamis, outro sobre o surrealismo de Magritte e um último sobre o desenho em 3D com lápis grafitte.

Do acervo do museu irão fazer parte algumas das obras artísticas dos alunos como património cultural e para memória futura.

Alunos do Clube de História

Uma cara na multidão O rosto, repleto de expressão, tem sido retratado por vários artistas ao longo da História da Arte, numa procura desafiante das emoções que esconde ou revela.

O projeto Uma cara na Multidão foi realizado pelos alunos do 5.º e 6.º anos, com a orientação das professoras Lucília Neves e Agostinha Primitivo, no âmbito da disciplina de Educação Visual, e desafiou-os a desenhar e pintar treze rostos de forma a exprimir as emoções humanas.

A partir da sua imaginação, os alunos criaram uma imensidade de rostos que preencheram dois painéis em exposição. O impacto do objeto final fala por si mesmo.

Clube de Jornalismo

• 20

A Voz da Escola •

A voz dos antigos alunos Nome: LeopolDina Reis Simões Profissão: Assessora de Imprensa e de Comunicação Ano em que ingressou no Colégio: Puseram-me a fazer contas! 1983.

Quais são as recordações mais presentes que tem do Colégio?

Recordo-me de chegarmos cedo, de irmos para o estudo e do bom ambiente no refeitório entre todos os alunos, independentemente dos anos que cada um frequentasse. Vêm-me à lembrança as animadas preparações dos espetáculos para as festas de Natal e de fim de ano e as visitas de estudo, aguardadas como um momento alto do ano escolar. No recreio, houve uma altura em que todas as meninas - e também alguns meninos – saltavam ao elástico. Foi uma grande moda! E claro que também me lembro das aulas! Tínhamos que estar com juizinho e atenção. O sentido de responsabilidade e de estudo era-nos fortemente incutido.

Quais são os colegas, professores, Irmãs e/ou funcionários que mais marcaram as suas memórias? Porquê?

São muitos! Não quero falar de uns e deixar outros de fora. Desde as senhoras da Secretaria, às irmãs, passando pelos senhores professores, não tenho nada de negativo a apontar. Aliás, pelo contrário, a sensação é como se fossem amigos, família. Gostei da Irmã Maria de Jesus como diretora de turma, da Irmã Maria Helena Barbosa como professora de História e da Irmã Mafalda a Geografia. A Irmã Maria de Belém, que recentemente faleceu, não foi minha professora, mas era também uma pessoa muito especial, dentro e fora do Colégio.

O que é interessante e até engraçado é agora encontrar como professores dos meus filhos ou como funcionários do Colégio alguns colegas que comigo o frequentaram, como as professoras Sandra e Sónia Venâncio, a professora Eliana e a dona Mónica na Reprografia, entre outras.

Recentemente, uma colega desse tempo partilhou no Facebook uma fotografia da nossa turma! Foi uma alegria recordar rostos, nomes, histórias e brincadeiras.

Parece que foi ontem.

A escola por onde passamos marca inevitavelmente a pessoa que somos. Qual foi a influência que o Colégio teve no seu percurso profissional e pessoal?

O Colégio defende valores cristãos e humanos que estimo profundamente. Foi por estes valores e missão Coordenação: Marlene Carvalho Redação: Alunos e Professores do CSCM Montagem: Marlene Carvalho Eliana Oliveira

Bruno Agostinho Edição: 92

• A Voz da Escola

continuarem a caracterizar a ação do Colégio que decidi aqui inscrever os meus filhos, o João Carlos e a Júlia Sofia.

O ambiente familiar e fraterno que envolve toda a comunidade estudantil e a instrução recebida formam para uma certa maneira de ser e de pensar, enraizada na responsabilidade, no trabalho, na alegria, no otimismo e na esperança.

Com Maria… um encontro que transforma é o tema do Colégio para este ano letivo.

Encontra alguma relação entre este tema e o seu percurso pessoal e profissional.

O encontro com Maria começou em casa e na Catequese, mas é verdade que o Colégio do Sagrado Coração de Maria acentua muito essa vertente mariana da fé, por fazer parte do carisma das próprias irmãs e por estarmos em Fátima, cidade-santuário. Sempre tive grande devoção por Nossa Senhora.

Quando estudei fora, na Universidade, tive sempre como companhia, no coração e numa pequena imagem de 15/20 cm, Nossa Senhora de Fátima. Mais tarde, durante vários anos, trabalhei como assessora de imprensa no Santuário de Fátima, onde pude exercer a minha profissão e pessoalmente fortalecer a devoção.

O encontro com Maria ensina-nos a confiar n´Ela, como mãe e como intercessora. Nunca nos sentimos sozinhos.

Se lhe pedíssemos para deixar uma mensagem aos nossos atuais alunos, o que lhes diria?

Aproveitem este tempo das vossas vidas. A oportunidade é única, ninguém vive os mesmos anos duas vezes. Divirtam-se e estudem muito. Hão-de olhar para trás e confirmar que a formação humana e escolar nesse Colégio vos diferencia.

Propriedade: Depósito Legal: Mail: Tiragem: Impressão:

Colégio do Sagrado Coração de Maria 328177/11 info@cscm-fatima.pt 700 exemplares Indugráfica

21 •

Coincidência ou probabilidade?

O matemático norte-americano, Joseph Mazur, professor na Universidade de Marlboro, Vermont, explica como alguns dos maiores acasos das nossas vidas se resumem, na verdade, a probabilidades e números.

Imagina o seguinte: numa manhã de domingo de junho de 1923, a escritora norte-americana Anne Parrish vai passear pelas ruas de Paris, onde está a passar férias com o marido. Ela entra numa livraria que está um pouco escondida e vê um livro que lhe traz boas lembranças: Jack Frost e Outras Histórias. Anne Parrish compra o livro, porque era um dos seus favoritos quando era criança, e vai mostrá-lo ao marido. Quando o marido abre o volume, lê na primeira página: “Anne Parrish, 209 North Weber Street, Colorado Springs, Colorado” e descobre que a mulher acabou de comprar o livro que lhe pertencia quando era mais nova.

Esta história poderia ser sobre uma tremenda coincidência, não fosse o facto de Joseph Mazur não acreditar em coincidências. Para o professor de matemática, tudo se resume a probabilidades, até nos casos mais inacreditáveis.

Joseph Mazur mediu todas as variáveis desta história - como a probabilidade de uma americana ir para Paris, passear numa manhã de domingo, ir a uma livraria que venda livros em inglês, procurar livros na secção infantil - e descobriu que as chances da mulher se “reunir” com o livro da infância eram de 1 em 3331.

“Era muito pouco provável que acontecesse, mas não é tão incrível como parece à primeira vista”, explica o matemático e autor do livro Fluke: The Maths and Myths of Coincidences. “É ligeiramente mais fácil que te saiam quatro cartas iguais na primeira distribuição de cartas no póquer”.

Um amigo telefonar no exato momento em que íamos pegar no telefone para lhe ligar, encontrar alguém fisicamente parecido connosco, apanhar o mesmo táxi em duas cidades diferentes em poucos dias ou até ganhar a lotaria quatro vezes é mais provável do que parece.

Mazur afirmou ao El Mundo que até as coincidências mais espetaculares podem ser explicadas pela matemática. O ser humano não aceita este facto, porque não entende as leis da probabilidade e porque os acasos e coincidências têm o seu encanto, segundo o professor.

“O mundo é tão grande, tão estranho e dá tanto medo que as histórias de casualidades nos fazem sentir mais seguros”, explicou Mazur. “Quando nos encontramos com um conhecido noutra ponta do mundo, não fazemos uma análise fria das probabilidades de isso ocorrer.

Conforta-nos simplesmente sentir que há uma espécie de mão que guia os nossos passos”.

Joseph Mazur baseia os seus cálculos na Lei dos Grandes Números que diz que, se uma experiência se

• 22

realizar um número suficiente de vezes, vão acabar por sair resultados cada vez mais inesperados. Por outras palavras, se algo pode acontecer, acabará por acontecer.

Um exemplo desta lei é o Teorema do Macaco Infinito: se um macaco carregar aleatoriamente nas teclas de uma máquina de escrever durante muito tempo, acabará por escrever um texto de William Shakespeare.

Para escrever um texto completo pode demorar vários anos, mas a matemática diz que as probabilidades do mesmo macaco escrever a palavra inglesa “shall”, com que começa um dos sonetos do poeta Shakespeare, são de uma em 11,88 milhões. Os piratas informáticos usam esta lógica para desvendar palavras-passe, testando milhões de hipóteses com algoritmos e computadores.

O mito das coincidências sobrevive graças à “nossa memória seletiva”, explica Mazur. “Todos os dias há milhares de milhões de coincidências que não acontecem e das quais não nos lembramos. Mas as que acontecem - como a do livro de Anne Parrish - ficam-nos gravadas na memória, contamo-las em festas e acabamos por chamar coincidências a acontecimentos que são meras probabilidades matemáticas”. Mas embora Mazur queira apagar a ideia das coincidências, ele assume que as probabilidades também podem mudar vidas. Como exemplo, conta a história de como conheceu a mulher.

“Foi numa marcha contra a guerra do Vietname com centenas de milhares de pessoas”, conta. “Ela estava ao meu lado, nós começamos a falar e o resto é história. Sim, já sei que podia ter conhecido muitas outras mulheres, mas gosto de pensar que ela é a minha alma gémea e que estava à minha espera”, conclui.

Adaptado por Carlos Pisa, Coordenador do Departamento de Ciências Exatas

A ciência não pode prever o que vai acontecer. Só pode calcular a probabilidade de alguma coisa acontecer.

César Lattes

A Voz da Escola •

Almada Negreiros e a matemática Almada Negreiros (1893-1970) foi um dos artistas mais marcantes do século XX em Portugal. Debruçou-se sobre áreas tão diversas como a literatura, o teatro, a poesia ou as artes plásticas, dedicando-se, nomeadamente, à produção de desenhos e pinturas com teor fortemente geométrico. Este interesse pela geometria surge do fascínio pela pintura portuguesa antiga, em particular pelos Painéis de São Vicente, que Almada analisou ao longo de cerca de cinquenta anos.

A visão da geometria enquanto chave para descrever a composição de uma pintura veio despertar um fascínio mais profundo. Almada defendia a existência de um cânone geométrico - conjunto de regras que atravessa tempos e civilizações - subjacente a toda a arte, que ilustra com a análise de objetos e estudos vindos de várias proveniências: um vaso da Babilónia, um friso do palácio de Cnossos ou um desenho de Leonardo da Vinci chamado Figura Supérflua Ex Errore, que vem a incluir no painel Começar.

Este painel demorou oito meses a ser concebido. A propósito desta obra, numa conferência em 1969, partilhava que “Em pormenor, basta dizer que o médico todos os dias me dizia: Você está-se a matar! E eu respondia-lhe: Mas se não fizer isto, morro! […] Vou sim-

plesmente dizer o título da obra que eu concluí, que é uma obra síntese de tudo o que eu fiz na minha vida: Começar…”.

Este painel, última obra importante do artista, encontra-se no edifício do Museu Gulbenkian e é o legado espiritual de Almada para as gerações vindouras. O título escolhido deixa a mensagem de que o seu último esforço não era mais do que um ponto de partida nesta demanda cósmico-filosófico-artística.

Carlos Pisa, Coordenador do Departamento de Ciências Exatas adaptado de Começar..., - Reis, Luís (Educação e Matemática, nº 92) e das atas do Encontro Nacional da SPMatemática

No mundo dos robôs

A implementação do Clube de Programação e Robótica nas escolas decorre da importância crescente dos vários tipos de linguagem de programação nas áreas da Matemática, das Ciências e das Tecnologias, bem como no desenvolvimento de capacidades transversais como o pensamento analítico, a resolução de problemas, o trabalho colaborativo e a criatividade.

No início do ano letivo, os alunos do Clube de Programação e Robótica do Colégio começaram por aprender o Scratch, uma linguagem de programação visual muito apelativa para a construção de jogos, animações e histórias interativas.

Para além desta atividade, os alunos também trabalham com os kits da Lego - Wedo 2.0., a partir dos quais é possível modelar instrumentos, artefactos e objetos do quotidiano, que podem ser programados de modo a desempenhar determinadas tarefas.

Agostinha Primitivo, Responsável pelo Clube de Programação e Robótica

• A Voz da Escola

23 •

Borbulhas, não!

A dermatose é uma doença que afeta cerca de 85% da população mundial e pode levar os jovens ao isolamento social, à baixa autoestima, alguma tristeza e ansiedade. Foi nesse contexto que, durante a terceira semana de aulas do segundo trimestre, os alunos do 3.º ciclo tiveram a honra de receber as farmacêuticas, da Farmácia Fátima, Sandra e Ana Cláudia, que deram várias dicas sobre os cuidados que se devem ter com a pele.

A higiene facial é fundamental. Para se evitarem as borbulhas e pontos negros, devemos lavar o rosto com água e sabão duas vezes ao dia, de manhã e à noite.

O objetivo é eliminar impurezas, reduzir o excesso de sebo e desobstruir os poros. Além do mais, ao lavar a pele hidratamo-la e controlamos o brilho. Diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, lavar o rosto várias vezes ao dia não ajuda, sobretudo nas peles oleosas.

No entanto, só lavar a pele não é suficiente para mantê-la hidratada, devemos também beber muita água e, para evitar as manchas ou cicatrizes e não piorar a acne, devemos colocar todos os dias protetor solar, mesmo se não estiver sol. Para as peles oleosas, o mais indicado é protetor solar oïl-free.

Ainda há alguns cuidados complementares que devemos ter, nomeadamente esfoliar a pele uma ou duas vezes por semana para acabar com os pontos negros.

Espremer as borbulhas está expressamente proibido.

No caso de, apesar de todas as precauções, a acne não diminuir, devemos consultar um dermatologista.

Para terminar, as farmacêuticas ainda desvendaram alguns mitos sobre a acne:

• A pasta de dentes não seca as borbulhas, devemos preferir pasta S.O.S.; • A maquilhagem não seca a pele se for adequada e tirada devidamente; • A alimentação pode afetar o aparecimento de borbulhas e pontos negros em algumas pessoas; • Por mais que a adolescência seja o período onde, provavelmente, temos mais borbulhas, podemos tê-las já em adultos; • As borbulhas podem deixar cicatrizes; • A acne NÃO é contagiosa.

Os alunos foram presenteados com amostras grátis de cremes e outros produtos para o cuidado da pele.

Se criarmos hábitos de higiene facial, as borbulhas e os pontos negros não serão um problema.

Carolina Pinheiro, Carolina Côrte-Real e Maria João Nunes, Clube de Jornalismo

A água, um bem precioso Criado pela ONU em 1992, o Dia Mundial da Água é desde então dedicado à sensibilização para a importância deste bem essencial.

Para celebrar este dia, e inspirados pelos novos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos numa cimeira da ONU em setembro de 2015, desafiámos os nossos alunos a dar o seu contributo e, de forma criativa, despertar a consciência ecológica da comunidade educativa. O 6.º Objetivo Global - Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável de água e saneamento para todos - serviu de mote para os trabalhos desenvolvidos. Os alunos de 5.º e 8.º anos apresentaram várias sugestões para a utilização racional deste recurso tão valioso.

A imagem de planeta azul pode induzir em erro.

Apenas cerca de 0,01% do total de água do nosso planeta está disponível para consumo humano. E mesmo esta está à mercê da contaminação e poluição causadas pelas atividades humanas. Por isso, a responsabilidade em preservar e poupar é de todos nós. Sejamos responsáveis na sua utilização!

Helena Anacleto e Iolanda Faria, Professoras de Ciências Naturais

• 24

A Voz da Escola •

Manteiga caseira Como fazer?

De que precisas?

1. Deita 1/4 de pacote de natas frescas num frasco limpo e junta sal para temperar.

2. Fecha bem o frasco e agita-o durante aproximadamente 5 minutos, ou até veres que as natas se separaram em soro (líquido) e gordura (manteiga).

3. Abre o frasco e separa o líquido do sólido com a ajuda de um coador.

4. Deita um pouco de água dentro do frasco para lavar a manteiga e volta a escorrer.

5. Coloca a manteiga num pequeno prato e está pronta para o lanche!

- Frasco pequeno com tampa - Natas frescas - Sal

O que acontece?

Nas natas do leite existem umas minúsculas bolsas de gordura que estão protegidas por uma membrana, como se fossem uns balões cheios de gordura. Quando colocamos as natas dentro do frasco e o agitamos, estamos a promover a destruição dessas membranas, como se fossem balões de água a serem atirados contra uma parede.

As pequenas bolsas começam a rebentar e libertam a gordura que se vai juntar, formando a manteiga.

Podes ser criativo e aromatizar a tua manteiga, adicionando orégãos ou salsa picada!

Chefes de Mesa em ação!

Refletir para melhorar Os Chefes de Mesa, alunos representantes das várias turmas do Colégio, têm reunido e refletido sobre possíveis melhorias na cantina e no bar da escola. Dessa reflexão foi elaborada uma lista das várias sugestões apresentadas. Dessas sugestões, foram aprovadas a venda de leite simples e de fruta no bar, bem como a existência de ervas para aromatizar e enriquecer alguns pratos servidos na cantina. Este foi um pequeno passo para sermos uma escola mais sustentável. No entanto, os alunos não se deram por “vencidos” e apresentaram novos argumentos para verem aprovadas mais sugestões.

Podemos mudar o mundo?

No dia 22 de março, os Chefes de Mesa participaram numa ação sobre o desperdício alimentar e o paralelismo com outros países onde diariamente várias pessoas morrem à fome, nomeadamente com a realidade de Angola.

Elsa Neves, parceira do projeto Mundo à Mesa, dinamizou esta sessão, salientando que “são maioritariamente os países do norte do planeta quem provoca mais poluição, no entanto são estes que sofrem menos com ela. Secas, fome e doenças daí adjacentes são mais frequentes nos países do Sul.” Perante a eterna questão “Como é que o que comemos pode mudar o mundo?”, a oradora sugeriu o consumo de produtos locais, pela menor distância no transporte dos alimentos, do que resultará menores níveis de poluição e maior prevenção das alterações climáticas.

• A Voz da Escola

Lembrou que a cada 30 segundos, 7 pessoas no mundo morrem à fome, enquanto que 1/3 dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados anualmente.

Para concretizar este desequilíbrio, Elsa Neves apresentou a realidade angolana: as habitações são feitas de palha, não têm “chão” e as paredes são de barro e raízes. As aulas são dadas na rua ou em espaços com poucas condições. Têm falta de professores e de materiais. São as mulheres que vão ao rio buscar água, nem sempre potável. Em oposição, em muitos países do mundo há um enorme desperdício de bens que poderiam colmatar as necessidades dos países mais pobres.

Também te cabe a ti começar esta mudança.

Atreve-te!

Inês Mendes, Dinamizadora do projeto Chefes de Mesa

25 •

Mãos que falam contra o cancro Nós podemos. Eu posso.

No dia 4 de fevereiro de cada ano, comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. A celebração deste dia é uma oportunidade para sensibilizar a opinião comum e mobilizar a comunidade global contra o cancro, difundindo informação sobre promoção da saúde e prevenção da doença.

O Colégio também quis fazer parte desta efeméride e, por isso, no dia 3 de fevereiro, convidou a comunidade educativa a envolver-se neste trabalho conjunto e global de combate ao cancro, através da participação na iniciativa Talking Hands. A ação consistiu na elaboração criativa e apelativa de mensagens de luta, apoio e esperança e a sua promoção através das redes sociais.

Todos se mostraram bastante sensíveis à causa e as fotografias são expressão disso.

Todos podemos fazer a diferença na luta contra o cancro.

Marlene Carvalho, Gabinete de Comunicação e Imagem

ECONotícias Encontros Eco O nosso Programa Eco-Escolas encontra-se em fase de mudança. Uma verdadeira metamorfose! Há 9 anos implementado no Colégio, este Programa está cada vez mais enraizado nas nossas atitudes e comportamentos.

Por isso mesmo, sentimos necessidade de ir um pouco mais além e de nos lançarmos em novas aventuras.

A vontade de deitar mãos ao trabalho demonstrada pelos nossos alunos requer um outro tipo de intervenção. Assim, criámos os Encontros Eco, reuniões de trabalho semanais. Sem caráter obrigatório, outros alunos que se sintam motivados a abraçar as temáticas ambientais podem juntar-se a nós.

Pretendemos, acima de tudo, que a nossa comunidade escolar se identifique, cada vez mais, com este Programa.

Juntos, podemos fazer mais e melhor!

Iolanda Faria, Coordenadora do Programa Eco-Escolas

• 26

A Voz da Escola •

Desporto Escolar Orientação Decorreu no dia 18 de março, no Tramagal, a 5.ª e 6.ª etapas do Circuito Regional de Orientação. A organização do evento esteve, mais uma vez, a cargo da Coordenação Local do Desporto Escolar e contou com o apoio do CLAC (Clube de Lazer, Aventura e Competição do Entroncamento). Para o evento foi utilizado o Mapa “Tramagal” - Registo FPO 045/2015, à escala de 1:7.500, onde existe uma excelente rede de caminhos em floresta.

Estiveram presentes 19 escolas, num total de 344 inscritos, provindos de estabelecimentos de ensino da Região Oeste, Península de Setúbal e Médio Tejo.

O nosso Colégio fez-se representar por um grupo de

12 alunos que competiu nos escalões de infantis (masculino/feminino), tendo sido para alguns a estreia em competição. É de sublinhar a excelente prestação do aluno Ricardo Lopes do 7.º C com um honroso 2.º lugar na prova da manhã (5.ª etapa) e o 6.º lugar na prova da tarde (6.ª etapa).

Como não podia deixar de ser, a excelente conduta, a boa disposição e o empenho demonstrado por todos distinguiram a presença dos nossos alunos. No fim do dia, o sentimento era de enorme satisfação pelos desafios superados e pelo orgulho em representar o nosso Colégio.

Leonel Dionísio, Responsável pelo Clube de Atividades ao Ar Livre

Desportos Gímnicos No dia 22 de fevereiro, o Clube de Desportos Gímnicos foi aos Riachos para participar na 1.ª Concentração de Ginástica Artística. As alunas que participaram realizaram provas em três aparelhos, numa sequência de exercícios na trave olímpica, salto de eixo no boque e sequência gímnica no solo. Para além destas, o grupo do CSCM participou com duas alunas para ajuizar os vários aparelhos.

Foi uma tarde de muito trabalho e muito divertida!

Ana Nunes, Responsável pelo Clube de Desportos Gímnicos

Corta-Mato Distrital No dia 3 de fevereiro, realizou-se em Almeirim o corta-mato distrital, no âmbito do Programa Nacional do Desporto Escolar.

Estava um dia chuvoso, por isso o terreno estava lamacento. Apesar do entusiamo na hora da partida, os alunos desanimaram um pouco ao verem o estado do tempo. Alguns escalões chegaram mesmo a correr à chuva.

Este ano, os alunos representantes do nosso Colégio não conseguiram um lugar no pódio do corta-mato, nem individual nem por equipa. Mesmo assim, este tipo de prova continua a ser muito importante para promover o exercício físico e proporcionar aos alunos novas experiências de aprendizagem e convívio.

Gustavo Frade e Marta Damásio, Clube de Jornalismo

• A Voz da Escola

27 •

X Festival da Canção IRSCM Na rota da Fé… um encontro que transforma!

No dia 8 de março, o nosso Colégio participou no X Festival da Canção IRSCM, que decorreu no Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto.

Esta atividade acontece de dois em dois anos e visa promover a reflexão sobre o tema da Província Portuguesa do Instituto, proporcionar momentos de convívio entre os membros das diferentes obras do IRSCM, estimular a sensibilidade estética e suscitar o interesse pela Música e pela Língua Portuguesa como veículos dos valores humanos no contexto do Instituto.

Este ano, o Festival contou com a presença dos Colégios do Porto, Lisboa e Fátima e das Obras Socias de Guimarães e do Porto (Raiz). Os participantes do 2.º e 3.º ciclos apresentaram letras originais subordinadas ao tema “Na rota da Fé… um encontro que transforma!”, enquanto os alunos do secundário participaram com letra e música inéditas.

O nosso Colégio brilhou com duas atuações, uma de cada ciclo. Preparadas com a orientação da Professora Maribel Leitão, ambas as interpretações apresentaram vozes harmoniosas e instrumentos ao vivo, no 2.º ciclo a novidade do acordeão, e no 3.º ciclo o piano, a bateria e a guitarra. O Clube de Música acompanhou e apoiou os colegas participantes.

Mais uma experiência de aprendizagem e de convívio para guardar para a vida.

Marlene Carvalho, Gabinete de Comunicação e Imagem

Vem fazer parte da família CSCM A nós pertence-nos trabalhar com Jesus Cristo para transformar o mundo.

P. Jean Gailhac

Educamos para a Excelência

Dia Aberto

22 de abril | 15h30 - 17h00