Informativo 145

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INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 5a REGIÃO JANEIRO - MARÇO DE 2018 ANO XXII- Nº145

SUPLEMENTOS ALIMENTARES Como identificar e utilizar da maneira correta

ENERGIAS RENOVÁVEIS

MEIO AMBIENTE

SUPERAÇÃO

Em tempos de preservação, estes recursos são fortes aliados da natureza.

A manutenção da vida ameaçada pela extinção das abelhas.

Brasileira de origem humilde ganha destaque na ciência por seu trabalho e seu empenho.


Índice ENERGIA

Editorial pg. 3

As fontes de energias renováveis e sua importante relação com o meio ambiente.

CAPA

pg. 4

Suplementos alimentares: Você sabe o que são e como utiliza-los?

MEIO AMBIENTE

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A manutenção da vida terrestre ameaçada pela extinção das abelhas.

SUPERAÇÃO

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Expediente Presidente Paulo Roberto Bello Fallavena Vice-presidente Estevão Segalla Secretário Renato Evangelista Tesoureiro Mauro Ibias Costa Assessoria de Comunicação do CRQ-V assecom@crqv.org.br Redação Louise Gigante Editoração Gráfica Louise Gigante Tiragem 2.000 Impressão Gráfica Ideograf INFORMATIVO CRQ-V AV. ITAQUI, 45 - CEP 90460-140 PORTO ALEGRE/RS FONE/FAX: 51-3330 5659 WWW.CRQV.ORG.BR

Na primeira edição do ano abordamos assuntos como o meio ambiente e mudanças na alimentação da população e conquistas na ciência. Iniciamos o informativo com uma matéria sobre as tão faladas e estudadas fontes de energias renováveis. Em tempos de preservação e cuidados especiais com a natureza, este tema é de extrema relevância no âmbito da Química e de diversas outras áreas.

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PhD em Harvard, brasileira de origem humilde soma hoje 73 prêmios científicos.

MURAL

A matéria central traz um assunto muito falado neste século: o consumo de suplementos alimentares. Seja por buscas estéticas ou por saúde, os suplementos fazem parte da vida de grande parte da população. Estes produtos estão dispostos nas mais diferentes marcas e composições e caíram no gosto popular. Conversamos com consumidores e profissionais da área (nutricionista, educador físico, coach, etc.) para entender como estes produtos estão ganhando espaço nas prateleiras e na rotina de diversos perfis de pessoas e como podem ser fortes aliados à uma dieta saudável e à prática de exercícios. Ainda falando de meio ambiente, trouxemos uma situação preocupante para o Rio Grande do Sul e para todo o planeta. A extinção das abelhas é um fato que vem preocupando apicultores e agricultores em todo o mundo. As consequências do desaparecimento das polinizadoras são preocupantes e afetam a todos. Conversamos com apicultores, e profissionais do campo da biologia. Além de entender a função das abelhas na vida terrestre, podemos conhecer os impactos que atitudes comuns, principalmente da agricultura, podem ter sobre estes animais. No âmbito da pesquisa, destacamos a PhD, vencedora de diversos prêmios, vinda de origem humilde, Joana D’arc Felix. Sua jornada acadêmica e profissional encantam aos olhos de quem vê. Conversamos com ela sobre suas experiências e suas expectativas para a Ciência. Boa leitura!

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Dica de Livro

O Futuro da Mente

O futuro da mente desvenda o elemento mais intrigante de todo o universo: o cérebro. Graças a computadores de última geração e a aparelhos modernos de varredura cerebral, o que era apenas ficção científica está se tornando realidade. Tecnologias antes consideradas impossíveis, como gravar memórias, filmar sonhos e movimentar objetos com o poder da mente, já podem ser demonstrados em laboratório. Talvez um dia sejamos capazes de postar emoções e experiências em uma mentenet, de fazer o download de idiomas diretamente no cerébro, de encontrar a cura para doenças como Alzheimer, de chegar ao limiar da imortalidade e de, inclusive enviar nossa consciência pelo universo. Michio Kaku apresenta pesquisas incríveis da neurociência que estão sendo conduzidas em laboratórios do mundo. Examina o funcionamento do cérebro e mostra como tecnologias inovadoras vão mudar nosso dia a dia.

Números do Conselho JAN - FEV Fiscalizações

484

Autuações

116

Registro de Pessoa Física (janeiro)

136

Registro de Pessoa Jurídica (janeiro)

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ENERGIA

AS FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS E SUA IMPORTANTE RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Em tempos de preservação, estes recursos são aliados para um melhor cuidado com a natureza O meio ambiente está em foco. Além de cuidá-lo, é necessário ter sabedoria em seu uso, observando seu possível esgotamento e maneiras sustentáveis de evitar desperdício. As fontes de energia mantém diversos setores em funcionamento. As não renováveis são aquelas que estão presentes na natureza em quantidade limitada, portanto, não podem ser renovadas. São de origem vegetal e demoram milhões de anos para se formarem. Alguns exemplos são o gás natural, petróleo e combustíveis nucleares. O uso não consciente pode levar ao fim destes recursos e a uma crise energética global. As fontes renováveis de energia são as geradas a partir de recursos naturais, fornecidos pela natureza, como o sol, ventos e água. Sem dúvida, a principal vantagem deste tipo de energia é a possibilidade de renovação dos recursos, impossibilitando seu esgotamento. Outra vantagem é a não emissão de gases poluentes no ar. As principais utilizadas são a energia hidrelétrica, eólica, solar, geotérmica e biomassa. Uma das desvantagens é o fato de estarem sujeitas à imprevisibilidade da natureza e dependerem disso para a produção de energia. Outro ponto negativo é o custo inicial de implantação das estruturas. É necessário um estudo ambiental e, em alguns casos, alteração nas condições de vida das comunidades e ambiente no entorno da construção. A energia hidrelétrica é proveniente do potencial hidráulico dos rios. A energia cinética contida no fluxo da água transforma-se em mecânica e posteriormente em eletricidade pelo gerador do sistema. O principal impacto negativo é a mudança no ambiente e na vida ao redor da instalação. São consideradas por muitos como fonte de energia limpa por não serem ligadas diretamente à queima de combustíveis. Porém, as hidrelétricas contribuem para a emissão de dióxido de carbono (decomposição das árvores que permanecem acima do nível d’água dos reservatórios) e metano (ocorre pela decomposição da matéria orgânica presente no fundo do reservatório). A força dos ventos gera a energia eólica, que é captada nos aerogeradores dos cataventos. Pode ser produzida em qualquer região, é limpa e não produz gases de efeito de estufa. Seu impacto ambiental é baixo e sua construção não requer grandes terrenos. Hoje, a energia eólica faz parte da infraestrutura elétrica em mais de oitenta países. O Rio Grande do Norte é o maior estado produtor desta energia no país, já o Rio Grande do Sul aparece em quarto lugar no ranking, mesmo sendo o único estado fora da região nordeste com grande potencial para este recurso. O calor e a luz provenientes do Sol geram energia que é aproveitada em diversas tecnologias. A energia solar é considerada inesgotável e colaboradora do meio ambiente. Em comparação com outras

fontes de energia, a solar tem potencial excepcional. A principal vantagem na utilização deste recurso é o fato de ser totalmente limpo, não poluindo o meio ambiente, nem colaborando para a emissão de gases no ar. É considerada também uma energia boa para o bolso, por resultar em grandes economias para residências e indústrias que a utilizam. A energia geotérmica é obtida a partir do calor proveniente do interior presente nas camadas mais inferiores do planeta, em uma camada de rochas, chamada magma. O magma resulta da pressão existente abaixo da superfície e do calor gerado pela decomposição de substâncias como urânio e tório. Por ser encontrado em fissuras na crosta, o magma explode formando erupções vulcânicas ou gases que aquecem as águas subterrâneas. A energia é obtida através da perfuração do solo onde há grande quantidade desse vapor e água quente. Eles são drenados para a superfície e em seguida o vapor vai para uma central elétrica, que gira as lâminas de uma turbina. Esta movimentação (energia mecânica) é então transformada em energia elétrica. Os pontos positivos são a quase nula emissão de gases poluentes e a pequena área necessária para a instalação da usina. Porém, este método é considerado caro e pouco rentável. Outro ponto negativo é que o calor proveniente da usina aumenta a temperatura do local instalado. A biomassa, na produção de energia é utilizada a partir de processos como a combustão de material orgânico, encontrado no ecossistema. Suas principais vantagens são o fato de ser renovável, ser menos poluente que outras formas de energia como as obtidas a partir de combustíveis fósseis e ter baixo custo. A queima de biomassa libera dióxido de carbono no ar, porém, como este composto havia sido absorvido pelas plantas que deram origem a este combustível, a emissão de CO2 é nula. De acordo com a engenheira sanitarista e ambiental, diretora técnica na empresa Equilibrium Engenharia e Meio Ambiente, Luana Garcia, a maioria das energias renováveis não causam malefícios, mas alguns cuidados devem ser tomados “Em algumas há pequenos malefícios que são insignificantes em comparação com os benefícios. Como no caso da energia eólica que há geração de ruído pelas turbinas e também deve-se analisar se a área onde será instalado o parque eólico não encontra-se na rota de aves. No caso da solar é necessário que se tenham grandes áreas”. Os painéis solares são os mais usados na aplicação em residências, por ser de fácil acesso e eficácia garantida. Luana explica sobre um dos cuidados com a infraestrutura “Tem que tomar cuidado onde instalar, deve-se levar em conta a melhor posição para os painéis, para que não haja grande perda na geração de energia. Com relação ao custo beneficio, é necessário um grande investimento inicial, pois os equipamentos são bem caros” conclui. 3


CAPA

SUPLEMENTOS ALIMENTARES:

Você sabe o que são e como utiliza-los? IMAGENS: Pixabay

Whey protein, glutamina, bcaa, multivitamínico e outros. Estes são alguns dos suplementos alimentares mais utilizados por quem busca melhorias estéticas e na saúde. Este mercado crescente é bilionário. Só nos Estados Unidos movimenta cerca de U$ 30 bilhões por ano. No Brasil são quase R$ 2 bilhões movimentados anualmente. Eles são produzidos quimicamente e existem milhares de marcas, com diferentes propostas e composições no mercado. Nos anos 90, o FDA (Food and Drug Administration - agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) definiu como suplementos alimentares aqueles produtos, que têm em sua fórmula algum ingrediente alimentar adicionado (vitaminas, minerais, ervas ou outros vegetais, aminoácidos, enzimas, dentre outros), e deve ser administrado por via oral, tendo por objetivo complementar a dieta. Seja pela praticidade, carência na alimentação ou pela necessidade de aumentar alguma substância no organismo, estes produtos vêm sendo procurados por diversos perfis, idades e classes sociais. Isso ocorre principalmente pelos adeptos da musculação que visam aumento de massa muscular e diminuição de gordura corporal. Suas altas concentrações de nutrientes fazem com que o seu consumo seja alto, tornando a rotina mais prática. Existem diversos tipos de suplementos. Podemos citar os Repositores Hidroeletrolíticos possuem carboidratos e eletrólitos, seu objetivo é a reposição de líquidos e sais que são perdidos durante a transpiração; os Repositores Energéticos – têm carboidratos em sua composição junto de vitaminas e minerais. Servem 4

para manter o nível correto de energia durante o exercício; Alimentos Proteicos – compostos principalmente por proteína, podendo conter gorduras e carboidratos. Servem para a recomposição da fibra muscular após os treinos; Aminoácidos de Cadeia Ramificada – possuem aminoácidos essenciais (que o corpo não produz), são consumidos por atletas que praticam atividades físicas longas. Daniel Oliveira tem 23 anos e a musculação faz parte da sua vida desde os 11. Treinando por hobby e por saúde, o estudante - morador de Porto Alegre - conta que começou a utilizar suplementos alimentares no início de sua vivência com as academias, depois parou, e cerca de seis meses atrás voltou a inseri-los na rotina. O jovem, que hoje consome whey e bcaa, entre outros, explica que no início de seu contato com os produtos, não entendia muito bem o real propósito, “Fiz uso por curiosi-

dade de iniciante, no intuito de crescer fisicamente. Achava que seria milagroso, porém, no decorrer do tempo fui percebendo que não era aquilo que eu esperava ser, e sim um complemento alimentar que ajuda a suprir nutrientes que não conseguimos ingerir no dia a dia”. O estudante, que faz acompanhamento com nutricionista, não troca refeições por suplementos e vê os resultados sempre favoráveis com o uso, “Sempre tive experiências positivas e sempre procuro pesquisar e tirar minhas dúvidas de diferentes maneiras”. Daniel faz parte da população que vê na musculação aliada à suplementação, uma maneira prática de manter a saúde e a alimentação adequada. Junto dele, estão inúmeras pessoas ao redor do mundo, muitos tendo a prática como aliada na profissão. Marissol Rios tem 34 anos e trabalha como Health Coach (profissionais que ajudam pessoas a ficarem mais saudáveis em todas

as áreas da sua vida, trabalhando o lado da nutrição, atividade física e controle emocional). A psicóloga, teóloga, coach e nutricionista em formação pratica musculação desde os 24 anos e de quatro anos para cá, profissionalmente. Desde 2013, a coach, que já sofreu com a compulsão alimentar e o sedentarismo, acumulou 15 prêmios de fisiculturismo. O Fisiculturismo é uma prática que visa o desenvolvimento dos músculos corporais a partir da hipertrofia, ou seja, aumento no volume da massa muscular, que começou a ser disseminado na década de 90. Dentre os troféus da paulista estão campeonatos mundiais, sul americanos, regionais e nacionais. Para ela, as diferentes suplementações sempre trouxeram resultados positivos e estão alinhadas com sua rotina de trabalho, treinos e estudos, “Cada suplementação tem seu momento certo de ser usado. O bcaa eu costumo usar durante o treino, por exemplo, a


CAPA

cafeína antes do treino e a glutamina após o treino e antes de dormir”, explica. Marissol conta que percebeu aumento no uso dos produtos em sua convivência, “Certamente a sociedade está se preocupando cada vez mais com a saúde e certamente isso aumenta a busca pela suplementação“. Ao contrário da atleta, o vendedor da loja de suplementos Max Nutri, Douglas Messias, percebeu uma queda nas vendas em lojas físicas. O comerciante, que trabalha na área há sete anos, acredita que isto seja em função das vendas online e da procura por mudanças na alimentação “A internet tomou muito espaço no mercado das lojas físicas. Além disso, alguns nutricionistas estão trabalhando conceitos novos de nutrição funcional, inserindo cada vez mais comida na alimentação e tirando os suplementos. O setor dos naturais aumentou bastante, triplicou de 2015 pra

cá”, comenta. Em suas vendas, Douglas destaca o whey protein como o mais procurado pelos consumidores. O whey é a proteína extraída do soro do leite e pode ser dividido em concentrado, isolado e hidrolisado, cada um com suas especificações e indicado para diferentes perfis de praticantes da musculação. O objetivo é o mesmo: ganhar massa muscular, utilizando o suplemento para suprir as necessidades diárias de proteínas, o que muda são as características de cada um, principalmente com relação à filtragem. O bcaa, segundo no ranking dos mais procurados é constituído pelos aminoácidos essenciais para a proteína, que incluem a leucina, valina e isoleucina. Em conjunto, estes três formam cerca de 1/3 das proteínas musculares e são essenciais para o crescimento e desenvolvimento muscular. Joelso Peralta, Nutricionista Esportivo há mais de 13

anos e professor da Universidade La Salle, é favorável ao uso de suplemento alimentar, o que em sua área é chamado de “recurso ergogênico nutricional”, “Os benefícios dos diferentes suplementos esportivos são inúmeros, desde que bem utilizados. Por exemplo, Whey Protein contém lactoglobulinas que possuem atividade antimicrobiana/antibactericida e glicomacropeptídeos que estimulam a secreção de CCK (colecistoquinina) - que atua da digestão dos lipídeos e proteínas da dieta - e GLP-1 (peptídeo similar ao glucagon) - que é supressor do apetite. Os suplementos de L-Arginina, por exemplo, formam NO (óxido nítrico) pela reação da NO sintase endotelial, que possui um efeito vasodilatador e protetor cardiovascular”, cita. O Nutricionista, que é coordenador de uma equipe formada por nutricionistas, médico e profissionais de Educação Física, ressalta algumas coi-

sas a serem observadas durante o uso dos produtos. Uma delas é com relação a sua quantidade e tempo de uso. Peralta lembra da frase atribuída à Paracelso, médico e fisico suíço-alemão (14931541): “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. “O uso bebidas esportivas (Sports Drinks), incluindo maltodextrina e dextrose, fornecem energia ao esforço físico, aumentam os depósitos de glicogênio muscular e reduzem a fadiga. Todavia, seu uso errado pode favorecer facilmente o ganho de peso em adiposidade, um fato relacionado ao índice glicêmico elevado do produto e seu aporte calórico igualmente elevado”, explica. A cafeína é um composto químico classificado como alcalóide, é extraída geralmente de plantas e pertence ao grupo das xantinas. Muitos adeptos da musculação a utilizam por seus efeitos, que incluem maior concentração, melhora do cansaço 5


CAPA físico, aceleração do metabolismo, estimulação do sistema nervoso central, etc. Peralta lembra os cuidados que se deve ter durante o uso de cafeína durante as práticas esportivas “Seu uso inadequado causa inúmeros problemas de saúde, incluindo taquicardia, aumento da pressão arterial, arritmias, ansiedade, nervosismo, insônia, aumento do volume urinário e secreção aumentada de ácido gástrico”. Para concluir, Peralta reforça a importância do acompanhamento e supervisão de um profissional nutricionista, que deve ser o especialista pela prescrição de suplementos e complementos nutricionais dentro de um plano alimentar personalizado. O personal trainer Lucas Oliveira, que trabalha como profissional de Educação Física há 14 anos, também observou um maior contato com os produtos por parte dos alunos, “O consumo de suplementos alimentares cresce a cada ano desde 1994, após a definição do FDA”. Para ele, o único malefício que os produtos podem trazer, é o seu uso inapropriado, “Qualquer substância alimentar, assim como suplementar, ingeridas em quantidades impróprias e sem a orientação de um profissional especialista na área (Nutricionista, Nutrólogo, Endocrinologista, Homeopata ou Holistic Nutritionist) pode colocar sua saúde em risco”. O paulista, que é Especialista em Treinamento e Técnico em Gestão de Negócios no Esporte percebe que a satisfação ou não dos alunos depende de como ele enxerga o suplemento, “As pessoas mais esclarecidas, entendem que investir em suplemento é o mesmo que investir em alimentação, pois a consequência da sua utilização, quando bem orientado e aliado com a alimentação refletirá na saúde e consequentemente na estética”. Para Lucas, existe uma falha na rotulagem de alimentos e suplementos no Brasil, “Falta uma padronização das informações nutricionais em relação a composição das substâncias e gramatura. Por conta disso, poucas pessoas utilizam as tais informações nutricionais no momento de escolher um alimento na gôndola do supermercado, comprando produtos que, se elas observassem sua composição na íntegra, talvez muitas deixariam de comprar”, conclui. Não são apenas os praticantes de 6

exercícios que utilizam suplementos alimentares em sua dieta. Bárbara Krefta tem 29 anos e há pouco mais de um ano descobriu sua intolerância à lactose (causada pela deficiência da enzima chamada ‘lactase’, responsável por quebrar as moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose). A estudante de biologia começou a consumir a lactase vendida em farmácias manipuladas. O consumo é feito sempre 30 minutos antes de ingerir algo que contenha leite. “Eu gosto muito de laticínios e acabo ingerindo eventualmente, como não tem cura (A intolerância à

lactose) optei por usar o suplemento”, explica a gaúcha que hoje vive em Santa Catarina. O suplemento é muito conhecido e pode ser encontrado na forma líquida ou em cápsulas. Com relação à eficácia, a futura bióloga não está totalmente satisfeita, “Não atende totalmente minha expectativa, mas melhora a questão dos sintomas”. Além da lactase, a jovem faz uso, todas as manhãs, de suplementação para crescimento de unhas e cabelos, que são queridinhos por muitos. Para bons resultados, assim como com os praticantes da musculação, os consumidores destes produtos devem ter uma alimentação saudável, aliando vitaminas, antioxidantes e minerais naturais à suplementação. Nos últimos tempos, um outro suple-

mento ganhou espaço nas prateleiras das farmácias e nos ármarios das residências. O ômega 3 chegou a receber até apelido “a gordura do bem”. Este suplemento é um tipo de gordura poli-insaturada, benéfica ao organismo. É essencial, ou seja, o corpo não consegue produzi-la, e para se obter é necessário o consumo de maneira externa. Os benefícios são muitos, ação anti-inflamatória, fortalecimento do sistema imunológico, auxilio no controle da pressão arterial, estimular a vasodilatação, melhorar o desempenho cognitivo, reduzir os níveis de colesterol e triglicérides no sangue e outros. Com diversas marcas no mercado e forte investimento em publicidade, o ômega 3 também é encontrado de forma natural em alimentos. Os peixes de águas profundas e geladas (sardinha, atum, salmão) são as principais fontes desta gordura. Já as algas marinhas, as sementes de linhaça, de chia e as nozes são as melhores fontes vegetais. Comumente, os suplementos são confundidos com os periogosos anabolizantes, que são compostos por hormônios - geralmente a testostetona. Na medicina, estes produtos são indicados para casos bem específicos de tratamento de doenças em que há necessidade de regeneração de músculos e ossos, ou quando a produção natural de testosterona está alterada. Porém, sua capacidade de aumentar músculos de maneira mais rápida vem atraindo olhares. Sua venda é proibida - exceto para fins médicos. Os anabolizantes são, geralmente, adquiridos de maneira ilícita por seus usuários na forma de comprimidos ou injetáveis (que são aplicados pelos próprios atletas ou por seu preparador físico). A medicina alerta que não existem dosagens seguras para o uso indevido e sem prescrição médica destes produtos. Dentre as principais consequências na utilização estão o mau funcionamento dos rins, e fígado, doenças cardíacas, perda de cabelo e transtornos psicológicos. O uso pode causar dependência. Devemos lembrar que todo cuidado é pouco ao ingerir produtos industrializados, com suplementos o mesmo ocorre. Recomendamos a procura por especialistas antes de ingeri-los sem prescrição. O acompanhamento com profissionais é imprescindível.


CAPA

A regulamentação Em 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) propôs um novo marco regulatório para suplementos alimentares. Apesar de serem muito conhecidos por todos, os suplementos não possuem categoria prevista na legislação sanitária brasileira. A proposta define como suplemento alimentar qualquer produto de ingestão oral de cunho farmacêutico que vise suplementar a alimentação com nutrientes, enzimas, substâncias bioativas ou probióticos, combinados ou isolados. O objetivo é deixar mais claros os critérios de regularização e requisitos dos produtos. Hoje, os itens encontram-se em seis categorias de alimentos e outros, de medicamentos. Com a proposta, todos estarão na mesma categoria. Uma das principais mudanças é com relação às formas de avaliar a segurança e eficácia destes produtos. De acordo com a Assessoria de Imprensa da ANVISA, o risco está em utilizar produtos sem saber

sua procedência e sem auxílio de um profissional, “Muitos produtos comercializados ilegalmente no Brasil podem conter substâncias que são prejudiciais à saúde, como extratos de plantas, hormônios etc. Alguns produtos regulamentados devem ser consumidos sob orientação de um profissional e somente para a finalidade a que se destina. Por exemplo, o suplemento de cafeína para atletas que pode causar efeitos adversos em indivíduos sensíveis à cafeína” explica a agência em nota.

ANVISA

Para mais informações acesse: portal.anvisa.gov. br

FOTO: Daniela Xu

O epidemiologista e professor emérito da UFPel, estuda os impactos que a amamentação exclusiva em crianças podem ter para o resto de sua vida

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MEIO AMBIENTE

A MANUTENÇÃO DA VIDA TERRESTRE AMEAÇADA PELA EXTINÇÃO DAS ABELHAS O desaparecimento das polinizadoras tem consequências maior do que apenas a falta de mel IMAGENS: Pixabay

“Se chegássemos ao ponto em que houvesse a extinção completa de todas as espécies de abelhas do planeta, em termos práticos, seria provavelmente a nossa extinção”. O depoimento do pesquisador da Fundação de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (FEPAGRO), Bruno Lisboa, soa catastrófico, mas é apenas realista. O desaparecimento das abelhas é um fato que vem preocupando pesquisadores e apicultores em todo o mundo. Pelo grande valor econômico e ambiental, o desaparecimento preocupa diversos setores, como cita Betina Blotchtein, diretora do Instituto de Meio Ambiente e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), “Nós temos verificado há várias décadas em nível global, perdas de populações de abelhas. Existe um declínio das populações destes animais em várias partes do mundo, com diferentes espécies de abelhas e diversas causas podem ser relacionadas com esse fenômeno”. Na natureza, além da produção direta de diferentes tipos de mel, estes insetos são responsáveis pela manutenção de plantas com flores e pela produção e qualidade dos frutos. Seu trabalho como polinizadoras está em se deslocar de flor em flor, carregan8

do células reprodutivas masculinas até as células femininas, fazendo com que ocorra a fecundação, a formação das sementes e, por fim, o desenvolvimento dos frutos. Existem cerca de 20 mil espécies de abelhas no mundo e a mais conhecida é a Apis mellifera, de origem européia. No sudoeste do Rio Grande do Sul, apicultores constatam alto índice de morte de abelhas em 2017. Nas cidades de São Gabriel, Santa Margarida do Sul e Vila Nova do Sul, mais de 150 colméias foram perdidas entre março e julho do ano passado. O resultado é o desestímulo de quem trabalha na área. “Até a metade de 2017, eu não tive renda. No começo do ano eu tirei um terço do mel que deveria ter tirado”, conta Paulo de Lima, morador de Santa Margarida do Sul e apicultor há 21 anos. Paulo perdeu pelo menos 60 colméias no primeiro semestre do ano e afirma que uma prática agrícola comum é a principal responsável. “O principal motivo da perda dessas abelhas é o agrotóxico utilizado nas lavouras de soja. Eu mandei analisar amostras de abelhas e foi constatado Fipronil”, conta o apicultor. O Fipronil é um inseticida que danifica o sistema nervoso do inseto e o leva a morte. Este inseticida esteve envolvido também no recente escândalo de ovos contaminados na Holanda, Alemanha,

Reino Unido e França também em 2017. Por estarem muito presentes no meio agrícola as colméias ficam expostas aos produtos químicos presentes no ar. “Já foi justificado que os responsáveis são os defensivos agrícolas, mas nós não sabemos ainda quem são os lavoureiros que estão usando”, cita Vilamar Batista, presidente da Associação de Apicultores de Santa Margarida do Sul. Ele admite a dificuldade em identificar o uso de produtos ilegais na região, “Existem muitos produtos que são contrabandeados, que não estão regulamentados”. A única fonte de renda de Paulo é a produção de mel e, por isso, restou para ele tentar minimizar os prejuízos. Após o ocorrido, foi necessária a compra de novas caixas para criação das abelhas, pois as que tiveram contato com os produtos ficaram contaminadas e precisaram ser descartadas. “Estes são casos que têm sido relatados em várias partes do mundo e são fenômenos imediatos. Geralmente eles ocorrem em um prazo bem curto, quando há uma pulverização de inseticidas em alguma lavoura, por exemplo”, explica a professora Betina. “Muitas vezes em áreas próximas às lavouras e às vezes em áreas não tão próximas, podendo estar há quilômetros de distância, as colméias podem sofrer ação dessa


MEIO AMBIENTE pluma de substâncias que ficam pairando no ar”, acrescenta. O uso de produtos químicos em locais próximos à criação destes insetos, pode deixar as abelhas fracas e com dificuldade de localização, como lembra Betina, “As vezes doses bem pequenas destes produtos que ficam disponíveis no ambiente causam efeitos não letais, que não matam o animal de imediato, mas causam efeitos sub-letais, que acabam enfraquecendo as abelhas, as deixando mais suscetíveis a contrair doenças”. De acordo com o pesquisador Bruno, um dos principais problemas destes efeitos é a desorientação que pode acontecer por parte do animal, “Quando elas vão fazer o trabalho de coleta de pólen e néctar, quando vão a campo, elas podem perder a capacidade de se orientar e retornar à colméia”. Betina explica que os inseticidas não devem ser usados como modo de prevenção. A pesquisadora recomenda o uso apenas em casos de extrema necessidade, e mesmo assim, indica os produtos que sejam menos agressivos. “Se há necessidade do uso, podemos escolher um produto que seja menos tóxico para as abelhas, pois existe uma gama de produtos com diferentes níveis de toxicidade. Devemos aplicar corretamente, em horários específicos, sem misturar com outros produtos nem reaproveitar o tanque de pulverização” aponta. Além das práticas agrícolas, fatores como a perda de habitat natural (desmatamento e ameaça à biodiversidade) e mudanças climáticas bruscas são grandes responsáveis por este preocupante desaparecimento. Sem a presença de abelhas, a produção de frutas e verduras seria precária, pois muitas dependem em grande parte da presença das polinizadoras. Alguns alimentos como a goiaba, o tomate, o maracujá, o pimentão e o café - querido pela população brasileira - poderiam até desaparecer, como exemplifica Bruno “Grande parte dos alimen-

tos que nós consumimos teriam sua produção inviabilizada, em função da capacidade de produção de sementes”. A qualidade dos alimentos disponíveis para o homem e para a fauna mudaria, toda cadeia alimentar seria afetada em função disso. Com menos produção e mais prejuízos, a economia também sofre, como destaca a Secretária Executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Andréia Santos, “A redução de alimentos causada pelo desaparecimento das abelhas também pode causar sérios problemas para a economia. Existe uma estimativa de que 10% do PIB agrícola estejam representados pelos serviços ecossistêmicos da polinização, ou seja, representa algo em torno de 200 bilhões de dólares por ano”. Além da produção direta de alimentos para o ser humano, a polinização tem papel crucial na reprodução de plantas que alimentam o gado e outras espécies de animais. Também é fundamental para plantas que são utilizadas na produção de biocombustíveis - como a canola – e na produção de fibras – algodão. Observando por este parâmetro é possível observar que as consequências vão muito além do que apenas a falta de mel. O setor de combustíveis, a pecuária e também o vestuário seriam afetados, tendo de buscar novas alternativas e matérias primas. Os apicultores apelam por consciência na agricultura, com uma relação mais saudável entre produtores e ambiente, como cita Paulo de Lima, “Os agricultores daqui, que plantam soja, não ligam para quem cria abelhas e não conversam com a gente”. Vilamar Batista acredita que é necessário uma melhor comunicação entre apicultores e agricultores, “É necessário mostrar para os produtores de soja a importância que tem a abelha. E não só na plantação de soja, mas em diversos setores da agricultura”, conclui.

DA GASTRONOMIA À SAUDE Produzido naturalmente a partir do néctar das flores e de excreções da abelha, o mel encontra-se em diversos tipos como o “Flores de Laranjeira”, “Mel de Abelha Jataí” “Mel de Abacate”, entre outros. Por ser um adoçante natural muito eficiente e mais saudável do que os industrializados, o mel está presente na preparação de diversos alimentos de diferentes culturas (bolos, pães, carnes, doces em geral), além do consumo puro, em sua forma natural. Acredita-se que a história da apicultura tenha início com os egípcios, que, cerca de 4.400 anos atrás, passaram a cultivar primitivamente abelhas e guadá-las em potes para extrair seu mel. Pesquisas demonstram, também, que estes insetos já produziam e estocavam seu mel há cerca de 20 milhões de anos, antes de a humanidade ter seu início. As técnicas de aproximação, cuidado e extração foram se aprimorando e hoje possuímos milhares de apicultores espalhados por todo o planeta (www.mel.com.br). São vários os benefícios em consumi-lo. Entre eles estão o combate à prisão de ventre, combater a má digestão, aliviar bronquite e dor de garganta, etc. O mel, adicionado à outras sunaturais, são utilizados como forma de medicamentos orgânicos como o mel com própolis, que alivia sintomas da faringite, amigdalite e gripe (o própolis funciona como antiviral, antifúngico, antibacteriano e estimulador do sistema imunológico); a canela adicionada ao mel tem poder digestivo no organismo após uma refeição gordurosa; já o mel acrescido de limão (rico em vitamina C) tem poder preventivo contra gripes e resfriados. Além disso, o mel também pode ser indicado para melhorias estéticas na pele, em sua forma pura ou na formulação de produtos destinados a isso. 9


SUPERAÇÃO

PhD em Harvard, brasileira de origem humilde soma hoje 73 prêmios científicos

Joana D’arc Felix de Souza, paulista de origem humilde lutou contra todos os obstáculos e hoje é um grande destaque na ciência brasileira e mundial. A professora de Química que fez sua graduação, mestrado e doutorado na Unicamp com o dinheiro contado para transporte e alimentação, concluiu seu pós doutorado na aclamada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Desde seu retorno para o Brasil, Joana vêm conquistando e inspirando jovens estudantes.

CRQ-V: Quando você percebeu o amor pela ciência? JOANA: Percebi o amor pela ciência desde a infância. Morava na área do curtume que meu pai trabalhava e lá, eu via, todos os dias, o químico trabalhando de jaleco branco. Apaixonei pela química e, principalmente pelo jaleco branco que, na minha infância, era o uniforme mais bonito que existia. Assim, cresci dizendo que seria uma química para trabalhar no curtume e usar jaleco branco. Sempre tive o apoio dos meus pais que, apesar de quase analfabetos, eram cheios de sabedoria. CRQ-V: De onde você tirou forças para continuar lutando em busca do seu sonho em meio às dificuldades?

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JOANA: Meus pais sempre nos ensinavam que só venceríamos na vida através dos estudos; porém, um acontecimento foi determinante para que eu me tornasse mais forte e sentisse vontade de vencer na vida. Foi o preconceito da diretora de uma das escolas em que cursei o ensino fundamental, foi fundamental para eu me tornar mais forte e ainda chegar ao lugar que tanto sonhava. Estava na terceira série do ensino fundamental, em outra escola. Tinha apenas 06 (seis) anos de idade, mas guardo lembranças do episódio que me chateou muito na escola. Na hora do intervalo alguns alunos da minha sala danificaram alguns bancos, quebraram algumas coisas. Quando voltamos para a sala de aula, a diretora falou “pessoas do nível de vocês nunca vão conseguir nada. Pessoas que os pais vêm trazer de bicicleta na escola nunca vão conseguir ser nada”. As palavras más daquela diretora me ajudaram a vencer na vida. CRQ-V: Dos seus prêmios, qual você considera o mais marcante? JOANA: Até o momento, recebi 73 prêmios nacionais e internacionais. Destes, 03 foram os mais marcantes: ● Prêmio KURT POLITZER DE TECNOLOGIA 2014. Eleita em Dezembro/2014, PESQUISADORA do ANO pela ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), pelo desenvolvimento do projeto: “Pele Humana Para Transplantes e Testes Farmacológicos”. ● Prêmio do CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 4º REGIÃO em 2017, 2015 e 2014. Vencedora do Prêmio do Conselho Regional de Química de 2017, com o projeto: “Cimento Ósseo a Partir da Reciclagem de Resíduos das Indústrias Cou-

reiras e Pesqueiras”. Vencedora do Prêmio do Conselho Regional de Química de 2015, com o projeto: “Fertilizantes Organominerais Sustentáveis a Partir de Resíduos Sólidos do Setor Coureiro-Calçadista da Cidade de Franca/SP”. Vencedora do Prêmio do Conselho Regional de Química de 2014, com o projeto: “Pele Humana Para Transplantes e Testes Farmacológicos”. ● PERSONALIDADE 2017 no PRÊMIO FAZ DIFERENÇA do JORNAL O GLOBO. O Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), reconhece o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2017. O Prêmio Faz Diferença é constituído por 16 Categorias além da Personalidade do Ano. CRQ-V: Como você vê a relação dos alunos com a ciência? O que poderia ser feito para atrair a juventude para o meio científico? JOANA: Eu acho que o investimento em educação científica desde a infância, é a peça chave para a construção de uma sociedade democrática, economicamente produtiva, mais humana e sustentável. Por isso, me interessei pela orientação de alunos da educação básica, porque acho que o estímulo à ciência deve começar bem cedo, para gerar frutos durante muitos anos. O desafio de orientar alunos da educação básica é inestimável, porque esse primeiro contato do aluno com a pesquisa terá repercussões futuras. Se o aluno for bem orientado, provavelmente continuará a fazer outras pesquisas e depois será orientador de uma outra geração de alunos.


MURAL

FORMATURA DOS CURSOS DE LICENCIATURA E BACHARELADO EM QUÍMICA E QUÍMICA INDUSTRIAL - UNISC OCORRIDA EM 6 DE JANEIRO

FORMATURA CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL - UNIVATES OCORRIDA EM 03 DE MARÇO

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CONSELHO REGIONAL DE QUÍMICA DA 5ª REGIÃO

A VIDA É NOSSO PRINCIPAL ELEMENTO

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