Edição Especial CBQ 2017

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57º

Congresso Brasileiro de

uímica

23 a 27 de Outubro de 2017 - Gramado - RS

MEGATENDÊNCIAS

Desafios e oportunidades para o futuro da Química


Índice ENTREVISTAS ................................. pg. 3 ENTREVIS Peter K Kronstrom e Mitchel Winnik são

CELEBRAÇÃO .................................. pg. 4 CELEB Os 80 anos da ABQ-RS e a ttrajetória pioneiros da Química no estado. dos pionei

PPALAVRA PAL A AVRA DA ABQ ............................ pg.5 ent A entrevista de Leandro Camacho elucida o papel da Associação no A cotidiano.

MATÉRIA MAT A É DE CAPA ......................... pg. 6 AT oportunidades pa para o futuro da Química. Quími

EXPECTATIVAS DO CONGRESSO ......... p.10 EXPEC deste evento.

AMPLIANDO HORIZONTES ................ p.11 AMPLI Conhe Conheça as atividades do CBQ e os Maratona de premiados da última Ma Química. Quími

Expediente Presiden Presidente CBQ Leand Leandro Rosa Camacho Coordenado Coordenadora da Comissão Organizado Organizadora Elsa Nhuch Márcia Martinelli Presidente CRQ-V Presiden Roberto Bello Fallavena Paulo Rober Assessoria de Comunicação CRQ-V Asses assecom@crqv.org.br assec Jornalista Responsável Jornali Carolina Reck Redação Louise Veronezi Gigante Elsa Nhuch Rogério Wainer Tiragem 10.000 Impressão Impre

INFORM INFORMATIVO CRQ-V AV.. IT ITAQUI, 45 - CEP 90460-140 A AV PORTO ALEGRE/RS PORT FONE/FAX: 51-3330 5659 FONE/ WWW.CRQV.ORG.BR WWW 2

Editorial Em homenagem aos seus 80 anos,

em pauta, suas ramificações e a forma

a Associação Brasileira de Química - Se-

como incidem no cotidiano da população

ção Regional do Rio Grande do Sul em

brasileira. Tendo em vista a relevância

parceria com a ABQ Nacional realiza o

destas tecnologias no desenvolvimento

57º Congresso Brasileiro de Química

do RS, consultamos estudos econômicos

na cidade de Gramado/RS, no Centro

em relação à temática e contamos com

de Eventos da FAURGS, de 23 a 27 de

o depoimento do economista e professor

outubro de 2017. Esta edição tem como

da PUCRS, Gustavo Inácio de Moraes.

proposta refletir sobre as ações neces-

Consolidando este viés, a matéria tam-

sárias para seguir e analisar as mega-

bém retrata o lado daqueles que veem

tendências que estão por vir e que afeta-

nas Megatendências uma oportunidade

rão diversos setores da vida social. Com

de empreender para o futuro, como é o

este evento a ABQ-RS está olhando para

caso do sócio e Diretor Geral da empresa

o futuro, se transformando e passando

catarinense TNS Nanotecnologia, Eng.

novas ideias para profissionais e estu-

Gabriel Nunes e da Dra. Renata Raffin,

dantes da área da Química.

Farmacêutica e Diretora de Inovação da

Convidados nacionais e interna-

Inventiva, empresa gaúcha de nanotec-

cionais estão confirmados para partici-

nologia aplicada a cosméticos. Além de

parem das palestras, encontros temá-

revelar os desafios e oportunidades com

ticos, mesas redondas, minicursos e

o relato de empreendedores, abordamos

apresentações de trabalhos. Além disso,

os impactos positivos que estas tecnolo-

também integram as atividades des-

gias podem gerar, que são expostos pelo

te Congresso a XVIII Feira de Projetos

entrevistado Rafael Soto, Químico Mes-

de Química, a XXX Jornada de Iniciação

tre em Ciências especialista na área da

Científica, o Feproquim e a XXV Maratona

Biotecnologia.

de Química. Organizado em um Estado

Para finalizar, entrevistamos Peter

diferente a cada edição, o CBQ tem por

Konstrøm e Mitchell Winnik, palestran-

objetivo congregar a comunidade quí-

tes do CQB 2017. Esta página é um car-

mica, atraindo diversos profissionais e

tão de visita dos profissionais, em que

estudantes do Brasil e do exterior todos

colocamos luz sob as suas identidades

os anos.

como engrenagens do futuro científico.

A edição especial do Informativo

Através de seus trabalhos é possível ir

do Conselho Regional de Química da 5ª

além da tecnologia, compreendendo o

Região sobre o 57º Congresso Brasilei-

todo social que a circunda e sua influen-

ro de Química apresentará os princi-

cia na vida diária.

pais assuntos que serão abordados pelo

Tendo em vista a relevância dos jo-

evento. Sua abertura contará a história

vens na construção do amanhã, expomos

da ABQ-RS, responsável por consolidar

as expectativas destes com o Congresso

elos entre as diferentes áreas da Ciên-

e também o parecer dos vencedores das

cia Química desde 1937. Na sequência, a

atividades da edição do Congresso Bra-

entrevista com o presidente da Associa-

sileiro de Química de 2016.

ção, Leandro Camacho, insere o leitor no

A publicação será enviada para

universo daqueles que fazem possível o

todo o país e servirá como um guia

Congresso, projetando-o para os cami-

para o Congresso. Mas para mergulhar

nhos e planos futuros da ABQ e apre-

a fundo nas temáticas aqui salientadas

sentando as metas e planos desta em

e tornar-se parte deste movimento em

relação a Química no Rio Grande do Sul.

direção as Megatendências, sugerimos

A matéria de capa é uma amostra

que todos mantenham o foco no futuro,

do que será apresentado no Congresso,

mais precisamente nos dias 23 a 27 de

expondo de forma didática as tecnologias

outubro de 2017.


ENTREVISTA

NOS BASTIDORES DO CBQ 2017 Os palestrantes Peter Konstrøm e Mitchel Winnik são pioneiros das Megatedências. Impulsionados pela motivação em compreender algumas das projeções futuras e dicas destes especialistas nas entrevistas abaixo.

Mitchel Winnik Foto: Arquivo pessoal.

É professor de Química na Universidade de Toronto e será ministrante da palestra “O uso de polímeros quelantes de metais em aplicações biomédicas”. Ao longo dos anos, Mitchel Winnik trabalhou na autoda estrutura polimérica e, mais recentemente, aplicações biomédicas de polímeros. É membro da Royal Society of Canada e, em 1998, foi nomeado Professor Universitário, o mais alto reconhecimento da Universidade de Toronto pelo sucesso acadêmico. 1. O que levou você a estudar Química e mais adiante direcionar sua pesquisa para área de polímeros? Interessei-me por Química aos sete anos, quando meu pai me presenteou com o livro “Chemistry make simple”. Quando terminei meu doutorado fui contratado pela Universidade de Toronto (UT), onde estou desde 1970. Durante o meu ano sabático em Bordeaux, na França, conheci um grupo de pesquisadores que trabalhavam com polímeros, e a partir daí nasceu meu interesse neste campo. Depois comecei a trabalhar com cinco pesquisadores da UT (médicos, farmacêuticos e bioquímico), que desenvolveram o citômetro de massa e necessitavam os conhecimentos de um químico para avançar nas pesquisas. A partir destes estudos eles montaram a Fluidigm Canada, indústria que estuda o uso de biopolímeros para o tratamento de câncer de mama e pâncreas. 2. Atualmente você trabalha com aplicações biomédicas de biopolímeros quelantes de metais e já recebeu vários prêmios por suas pesquisas. Você desenvolveu estudos inovadores

na sua área. Você imaginava no início de sua carreira que seria um cientista inovador? Nunca pensei que isto aconteceria, sempre pensei que estava trabalhando com problemas muito interessantes e passei muito tempo conversando com as pessoas nas companhias e perguntando sobre a tecnologia que utilizavam e como ela poderia ser melhorada. Há duas áreas nas quais realizamos um grande impacto, uma foi na área de revestimento de casas, que é uma commodity. As pinturas látex são polímeros nanoparticulados suspensos em água, onde você adiciona pigmentos e coloca na parede. Nos anos 80-90, os governos começaram a exigir a produção de tintas que não prejudicassem o meio ambiente, e eles tiveram que solicitar ajuda a pesquisadores e professores, para que estes desenvolvessem estudos de como as partículas de látex poderiam formar um filme. A partir daí começamos a pesquisar cientificamente como as tintas funcionam. Por 20 anos desenvolvemos princípios científicos que se mostraram muito modernos na comunidade de polímeros e práticos na indústria de tintas. Não estávamos preocupados em sermos desbrava-

dores, mas sim em resolver problemas reais do mundo. Este trabalho é muito importante, pois cada lata de tinta vendida contém algum conhecimento que foi gerado no meu laboratório. Outra área que foi estudada nesta época foi o uso de modificadores de viscosidade para as tintas, pois quando se coloca a tinta na parede a viscosidade deve ter propriedades especiais. Quando você tem tinta na lata, os pigmentos estão no fundo, com elevada viscosidade. Ao espalhá-la na parede, a viscosidade diminui, e ao retirar o pincel ela aumenta novamente, impedindo que a tinta escorra para o chão. Logo, existe uma nova classe de polímeros que a indústria estava interessada: polímeros solúveis em água hidrofobicamente modificados (ou associative thickners). Sempre gostei de trabalhar em áreas que não eram muito procuradas e fui atraído por estas linhas de pesquisa porque alguém na indústria ou na medicina me disse que elas eram importantes. Saímos da área de tintas para a medicina. E agora possuímos uma série de conhecimentos e técnicas que são aplicadas a diferentes problemas.

Foto: Arquivo pessoal.

Peter Konstrøm É Diretor do Copenhagen Institute for Futures Studies Latin America (CIFSBR) e fundador do Future Lounge. Peter fará a palestra de abertura do Congresso. Ele é dinamarquês, tem MBA internacional e é membro do conselho consultivo do Consulado Geral da Dinamarca e do Centro de Inovação Dinamarquês em São Paulo. Atua na viabilização do engajamento, por meio de palestras e workshops inspiracionais e transformacionais para grandes e pequenos grupos. Sua atuação abrange ampla variedade de tópicos no âmbito de estudos futuros, incluindo cultura organizacional e de inovação, e paradigmas futuros em diversos segmentos da economia. O futuro é algo que muda todos os dias. O desenvolvimento das tecnologias muda o modo de viver de toda a sociedade. Peter defende que para lidar com estas mudanças é essencial aprender a se adaptar-se e reinventarse, características fortes do Brasil.

1. Primeiramente, você poderia nos falar sobre o CIFS? Copenhagen Institute for Futures Studies é um Think Tank, sem fins lucrativos, que tem orientado decisões estratégicas em todo o mundo desde 1970. Promovemos mudanças, inovação e desenvolvimento em corporações, instituições governamentais e na sociedade, observando o desenvolvimento de cenários futuros e as megatendências mundiais. 2. Na sua opinião, qual a importância das Megatendência na vida das pessoas? Na minha opinião as Megatendências têm importância na vida daqueles que tem interesse

em saber como pode ser o futuro e quer se preparar melhor. Quando estão abordadas de maneira exploratória e ampla, as Megatendências são uma excelente fonte de inspiração para inovação, tanto na vida das pessoas, como em empresas, em organizações. Acho que é uma ótima ferramenta para trabalhar com a imaginação sobre como pode ser o futuro e aplicar estas inovações no dia de hoje é como avançamos para um futuro melhor. 3. Você define a Copenhagen Institute for Future Studies como uma organização visionária? Por que? Sim. Nosso instituto tem 46 anos e é pioneiro nessa abordagem de trabalho. Trabalhamos ten-

*Entrevistas realizadas pela Diretora Regional Sul da Associação Brasileira de Química, Elsa Nhuch

tando descobrir o que poderá acontecer, para nos prepararmos melhor. Acredito que isto seja ser visionário, pois demanda que você tenha ambição para o futuro. 4. Baseado em sua vivência no Brasil, que conselhos você dá aos jovens do nosso país com relação ao futuro. Tenho uma mensagem a respeito do futuro para os jovens do Brasil. Vocês estão vivendo em um país “da hora”, com algumas dificuldades, claro, mas cada país tem suas dificuldades. O Brasil tem uma riqueza enorme e em nossa opinião do Copenhagen, tem um futuro maravilhoso com muitas cartas na mão para muitas coisas darem certo. Claro que nunca podemos assegurar nada, mas meu conselho para os jovens brasileiros é “segura a peruca” e tudo vai dar certo. Muitos dos problemas que vivemos hoje serão solucionados antes que a gente espere. 3


CELEBRAÇÃO

ABQ-RS: 80 ANOS DIVULGANDO A QUÍMICA NO ESTADO E INTEGRANDO SETORES DE FORMA INOVADORA E

m 1920 foi criado o Curso de Química Industrial da Escola de Engenharia de Porto Alegre, e em 1921 o Laboratório de Química Industrial, que teve em sua primeira turma Bernardo Geisel, o primeiro presidente da ABQ-RS. Em 1926 foi inaugurado o Instituto de Química Industrial em Porto Alegre, que contou com a presença do presidente do Brasil na época, Washington Luis. A criação do Instituto representou início do século no estado, fazendo parte da história do desenvolvimento industrial no Rio Grande do Sul. A história da ABQ Regional foi feita pelos mesmos químicos que contribuíram para o crescimento do Instituto de Química. No dia 5 de outubro de 1937 foi fundada a Associação dos Químicos do Rio Grande do Sul, que buscava atender aos interesses da categoria, que encontravase dispersa e sem representatividade até então. Em 1938 um grupo decidiu fundar a Associação Química do Brasil, a AQB, que teve sua regional no Rio Grande do Sul em 1941. Dois anos depois, o então presidente da Associação dos Químicos do necessidade da união de todos os colegas ferencialmente, de âmbito nacional, como era AQB. Assim, o presidente extinguiu a entidade e doou o patrimônio para a Secção Regional do Rio Grande do Sul da Associação Química do Brasil. A primeira sede da entidade, que se situava na Rua José Montaury, foi substituída em 1938 pelo endereço da Rua dos Andradas, centro da cidade, onde perdutatuto da entidade, participação na discussão da reforma do ensino de Química, são o nome da AQB Regional como uma das mais ativas do país na época. Ainda neste tempo, precisamente na década de 1940, aconteceu o primeiro Congresso Brasileiro de Química (CBQ) no Rio Grande do Sul. O evento ocorreu em 1947, na cidade de Porto Alegre, e contou com a participação e colaboração do poder público. O Congresso teve um bom número de trabalhos apresentados, o que garantiu seu sucesso. No ano de 1922, foi fundada a Sociedade Brasileira de Química, que existia 4

paralelamente a AQB, duas entidades de âmbito nacional. Em 1951, decidiu-se a fusão das duas. A nova entidade foi denominada Associação Brasileira de Química (ABQ). A Regional aprovou esta fusão. Foi neste período (1953) em que o decreto de reconhecimento como entidade de utilidade pública foi assinado pelo então presidente Getúlio Vargas. Na década de 50 a ABQ-RS propôs inovar o programa dos Congressos, com mudança nos sistemas de debates. O segundo CBQ ocorrido no Rio Grande do Sul aconteceu em 1956, sua divulgação foi intensa e contou com a distribuição de três mil convites enviagrande de trabalhos foi apresentado, garantindo o sucesso de mais um evento. Em 1957 foram criadas comissões dentro da entidade (social, econômica, cultural, de divulgação), o trabalho foi fragmentado e o responsável por cada comissão tinha as suas atividades direcionadas a um pontos com essas divisões. Foi nesta década, também, que a entidade comprou sua primeira sede, que serviu ao Sindicato dos Químicos e ao Conselho Regional de Química da 5ª região até 1959. A ABQ sempre esteve atenta ao exerentidade participou, junto ao Sindicato dos lário mínimo da categoria. Nesta década foram feitas diversas publicações na imprensa para divulgar de forma mais efetiva as palestras e assuntos de interesse dos quentes os artigos publicados em veículos de comunicação da época. Em 1971 ocorreu o terceiro CBQ no RS, em Porto Alegre, que contou com diversos patrocinadores e uma cobertura publicitária completa, o que despertou o interesse da imprensa pelo evento. Durante o Congresso foi discutida e levada a diante a pauta sobre a Criação do Polo Petroquímico Gaúcho. No ano seguinte, a Regional contratou o seu primeiro funcionário, para ocupações de secretariado. Nesta década iniciaram-se os cursos periódicos oferesa,Tratamento de Água e Esgoto, Plásticos e sua Transformação, entre outros). Os cursos periódicos oferecidos pela ABQ-RS são referência em todo o estado -

sionais e estudantes e pelo seu respeito e cordialidade com os inscritos. A vida moderna trouxe mudanças na forma com que a sociedade se relaciona entre si. Com opções de lazer cada vez mais variadas, ram-se de suas associações. Com a ABQ o mesmo ocorreu, porém, a entidade manteve o relacionamento com seus associados através destes cursos e palestras. Na década de 90, a ABQ-RS sugeriu, em parceria com os sindicatos, a criação de um Indicador de Desempenho do setor Químico no RS. Nesta década, em 1996, foi assinada uma cooperação técnica entre a Cientec (Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Su) e a ABQ-RS, que realizou a cerimônia do Dia do Químico nesta ocasião. No mesmo ano, foi criada a Semana da Química, no mês de junho. Na década seguinte, ocorreram dois CBQs em Porto Alegre, nos anos de 2001 e 2009. A partir de 2010, a ABQ-RS começou a participar do evento “Química na Praça”, em parceria com o Sindicato dos Químicos do Rio Grande do Sul (Sinquirs), Conselho Regional de Química da 5ª Região (CRQ-V) e Braskem. No ano de 2014, a entidade promoveu o 1º Seminário Internacional de Química Forense (SIQUIF) em Porto Alegre e em 2016, trabalhou em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na realização do 1º Workshop de Drogas Sintéticas na capital. lucrativos, que em seus 80 anos de história vem promovendo a Química no Rio Grande do à frente na defesa dos interesses da categoria. Foi a primeira entidade do gênero no Estado e uma das primeiras no Brasil, dentre os seus trabalhos mais promissores inovou na apresentação de trabalhos em CBQs na década de 50, realizou dois congressos estaduais de química tecnológica e iniciou a discussão da instalação do Pólo Petroquímico gaúcho. Cumprindo, portância na sociedade gaúcha. O ano de 2017 tem sido de grande trabalho para a entidade, para garantir o sucesso da realização do 57º Congresso Brasileiro de Química. Junto com parceiros e patrocinadores, estamos trabalhando da melhor maneira para fazer deste, um evento inesquecível para a comunidade.


PALAVRA DA ABQ

PRESIDENTE DA ABQ-RS E DO 57º CBQ, LEANDRO CAMACHO, FALA SOBRE O PAPEL DA ASSOCIAÇÃO E DA QUÍMICA NA SOCIEDADE Foto: Arquivo pessoal.

1) Pra ti, como Presidente da Associação Brasileira de Química, Presidente do 57º Congresso Brasileiro de Química e Professor, qual a importância da Química e demais áreas do campo da Ciência no cenário atual da sociedade? O papel principal da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no novo milênio

Química. de produzir, de se comunicar e viver da população visando o futuro. Pensando neste futuro, qual a expectativa de trabalho da ABQ? E como isso também afetará aos interessados na área? da química não se restringem aos laboratórios. São questões globais que envolvem toda a sociedade, como as mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável e a produção de energia.

uma escola voltada para a formação de cidadãos. Vivemos uma era marcada pela competição e pela excelência, onde progressos exigências novas para os jovens que ingressarão no mundo do trabalho. Tal demanda tes e professores da área da Química, pois esta ciência é a base da maioria das inovações tecnológicas. 2) De que maneira as pesquisas e avanços vimento de estudos em outras áreas? Qual a ligação destas inovações com o Congresso? Atualmente, em meio à industrialização intensa e à urbanização concentrada, também potenciadas pelos conhecimentos tadorizadas e com a enorme difusão da Informática. Ao mesmo tempo, convive-se com ameaças como o “buraco” na camada de ozônio, a bomba atômica, a fome, as doenças endêmicas não controladas e as decorrentes da poluição. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais premais, o mundo e o próprio ser humano. Considerando que a humanidade está

Leandro Rosa Camacho - Presidente da ABQ-RS

vivendo um momento muito especial, onde pequenas mudanças podem causar grande impacto na natureza, e consequentemente na vida das pessoas e no comportamento da sociedade, a ABQRS, se propõe são que poderá alavancar soluções e ações oportunidades que surgirão com as megatendências e a forma como elas afetarão os novos negócios. 3) No atual cenário brasileiro e gaúcho, qual o papel da Associação Brasileira de Química? A Associação Brasileira de Química Seção Regional do Rio Grande do Sul tem como principal objetivo estabelecer interação entre instituições de ensino, setor indus-

5) Sobre o futuro da Química, qual a expectativa? A sociedade vê a química como algo obscuro, como causa de problemas e não como oportunidade de solução. Reconheceção à comunicação com a sociedade. Ainda não conseguimos mostrar às pessoas que a química contribui diariamente para melhopelos Químicos do amanhã! 6) Neste contexto, por que a ABQ-RS é imQuímica? Queremos que os Cursos e ações da ABQ/RS ajudem a aumentar a percepção pública da importância da Química em relação às nossas necessidades cotidianas. Estamos promovendo ações para melhorar a educação em química nas escolas, Instituições de Ensino e nas Indústrias. Nossas ações envolvem professores, alunos e colaboradores do setor industrial para um crescimento da área em todos os contextos.


MATÉRIA DA CAPA

MEGATENDÊNCIAS

DA AGRICULTURA À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, O 57º DISCUTIRÁ OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES QUE ACERCAM O FUTURO DA CIÊNCIA

Crédito: Divulgação/IFSC

O

mundo está em processo de mudança constante em todos os setores. As maneiras de se comunicar, de produzir e de pensar transformam-se diversas vezes. Estas mudanças impulsionam o surgimento de Megatendências Sociais e Tecnológicas que afetam simultaneamente vários aspectos da sociedade (tecnologias, sistemas de produção, novos produtos, preferências de consumo e mudanças de comportamento) cujos impactos são perceptíveis na vida em sociedade por cerca de 10 ou 15 anos. dicionário diz “aquilo que leva alguém a seguir um determinado caminho ou a agir de certa forma; predisposição, propensão”, através de pesquisas que analisam comde valores e desejos coletivos e individuais. Com estas pesquisas e aprofundamento de campo é possível entender os rumos que podem ser tomados e criar projetos através de resultados. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) a população mundial de 7,4 bilhões de pessoas atingirá a marca de 8,5 bilhões até 2030 e 9,7 bilhões em 2050. Isto deve-se ao aumento da expectativa de vida e a maior porcentagem de jovens atualmente na população. Este crescimento põem mudanças em diversos setores. A demanda por serviços de saúde, agricultura, transporte e educação aumenta, o que promove geração de emprego e espaço para 6

tecnologias inovadoras ganharem destaque. entre pobres e ricos, pessoas de religiões diferentes e pessoas com acesso e pessoas sem acesso a recursos naturais. A implementação de tecnologias pode ajudar a les com recursos naturais e aqueles sem recursos”, explica o Doutor em Economia Aplicada e Bacharel em Ciências Econômicas pela USP e atual Professor Doutor Da PUCRS Gustavo de Moraes. A sociedade está transitando de uma base social para uma base em conhecimento. Impulsionado pela economia da esperado para as próximas décadas colocará a humanidade em uma nova era, movida pela automação, robótica, nanotecnologia e biotecnologia, impactando todas as áreas de conhecimento e de atividade humana. Para Gustavo, as transformações nos anos 90 do século XX e na primeira década do século XXI foram concentradas no campo da tecnologia de informação e no processamento de dados. “Acredito que nas próximas duas décadas as transformações serão concentradas em três grandes eixos: desenvolvimento de novos materiais, novas fontes de energia e sua viabilização comercial, biotecnologia e novos medicamentos. Assim, o crescimento de 80 e início do século XXI poderá se repetir a partir da liderança desses setores”, salienta.

no Rio Grande do Sul é fraco, assim como em todos as áreas em que pese o protago“Para ilustrar esse protagonismo é necessário perceber que a estrutura de universidades públicas e comunitárias do estado é responsável por grupos de pesquisa e programas de pós-graduação que formam uma rede de centenas de milhares de pronecessário encontrar mecanismos para demonstrar que investimentos em ciência e tecnologia não apenas nas universidades, mas predominantemente nas empresas são importantes. Muitas destas Megatendências Tecnológicas (grandes tendências que envolvem tecnologia e informação com impacto em grupos populacionais) acabam se tornando parte do cotidiano. Elas oferecem informações sobre o futuro provável através de manifestações atuais. A importância em como podem auxiliar nas evoluções sociais e como aproveita-las da melhor maneira. Os jovens, as instituições e as empresas devem levá-las em conta para desenvolver seus objetivos a longo prazo e focar seus esforços e recursos. Cada vez com atuação mais integrada, as inovações facilitarão a vida das pessoas, tornando-se condições responsáveis do desenvolvimento socioeconômico e sustentável do século XXI. Os avanços nestes aspectos trazem benefícios à vida e à sociedade como conjunto.


DENTRE AS MEGATENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS E SEUS EXEMPLOS DE INOVAÇÕES ATUAIS PODEMOS DESTACAR: Biotecnologia: car ou fabricar processos. É o uso de organismos ou parte para produção de bens ou serviços. Geralmente é aplicada na agricultura, medicina e ciência dos alimentos. O Brasil ocupa o quinto lugar entre os países que mais utilizam esta tecnologia em seus processos. Biotecnologia Agrícola: frutas resistentes a pragas, serviços de biorremediação (microrganismos, fungos, plantas, algas verdes ou suas enzimas são utilizados para reduzir ou remover contaminações no ambiente), alimentos pra combater a obesidade, serviços de nutrição personalizada e o desenvolvimento de bioetanol e biodiesel. Com o objetivo de aumentar a produção de alimentos, plantas e combustíca o código genético dos processos a maneira que este atua no meio ambiente. Podendo assim, gerar produtos alimentícios, botânicos e combustíveis com características melhores e que agridam menos o meio ambiente. Biotecnologia Médica: análises de imagens de alto rendimento, terapias contra o Alzheimer, microchips que transmitem informações genéticas e medicamentos personalizados. É a ciência que utiliza a informação do DNA para gerar organismos vivos e/ou componentes Estes produtos melhoram a qualidade de vida das pessoas e estão diretamente ligados à taxa de crescimento populacional elevada e aumento da expectativa de vida. Micro e Nanotecnologia: ótica, células solares e fotovoltaicas, desenvolvimento de novos masitivos médicos para operações não invasivas. É a caracterização e produção de dispositivos, em escala atômica ou molecular. Tem o objetivo de criar novos materiais e produtos através da manipulação de moléculas e átomos. A base desta tecnologia é o nanômetro, que equivale a um bilionésimo de metro. Isto abre diversas oportunidater escala muito pequena. Com a nanotecnologia, por exemplo, será possível melhorar os efeitos dos medicamentos, fazendo com que cheguem diretamente onde são necessários no organismo, diminuindo dosagens e efeitos colaterais. Sistemas Ópticos: sensores de proximidade e movimento, sensores biométricos, câmeras de alta resolução e microscópios 3D que melhoram a observação de partículas em laboratórios e auxiliam a na análise de substâncias e reações. implantes de sensores para controle e diagnóstico de pacientes, lentes intraoculares, órgãos indústria farmacêutica, medicina e biomateriais. Computadores de Alto Rendimento: melhoramento de transmissão de sinais digitais, projetos de oleodutos e gasodutos, sistemas de travas, bibliotecas virtuais e bases de dados inteligentes. Com grande

qualidade e espaço de armazenamento de dados, os computadores são de grande importância para cientistas. É possível checar dados anteriormente analisados e fazer comparativos. sistemas de reconhecimento de voz em carros e celulares, diagnósticos de imagens médicas, dispensadores de medicamentos, ensino virtual e online e buscadores inteligentes de lho de pesquisadores. Materiais Inteligentes e Engenharia de Superfícies: camadas condutoras e de isolamento para circuitos e dispositivos, pinturas fotovoltaicas, sensores de freio para automóveis, plásticos resistentes ao calor e encanamentos resistentes à corrosão. Estes materiais ou gum estímulo. Sistemas Microeletromecânicos: biossensores, telefones e computadores móveis, sensores de monitoramento da qualidade do ar e da água e dispositivos de medição de glicose no sangue e monitoramento de sinais vitais impactando a área da eletrônica, meio ambiente, telecomunicações, indústria automotiva e indústria aeroespacial. Novas Tecnologias Energéticas: parques eólicos, projetos de turbinas, células solares semicondutoras e turbinas de ciclo combinado. Uma empresa israelense, desenvolveu uma “árvore tecnológica” (e-tree) que recarrega celulares, fornece internet Wi-Fi, armazena águas das chuvas e ilumina os arredores durante a noite. Realidade Mista: ambientes de aprendizagem e bibliotecas virtuais, consultas em mapas interativos, cursos de capacitação para educação virtual e conservação virtual de arqueologia histórica. É também denominada realidade híbrida, onde há uma fusão entre o mundo real e o mundo virtual para produzir novos ambientes e visualizações onde objetos físicos e digitais coexistem e interagem em tempo real. Para quem não conhece Realidade Mista é quando fazemos uso de algum elemento extra criado virtualmente. Tecnologia Sem Fio: localizadores via satélite para carros, dispositivos de conexões de rede (Wi-Fi), dispositivos de transmissão de dados, integração de telefones móveis com telefones corporativos e disa implementação de redes que fazem uso desta tecnologia nos mais variados lugares e apresenta vantagens de comunicação instantânea e vem contribuindo como uma ferramenta complementar no ensino e divulgação da ciência. Assim sendo, é comum encontrar redes Wi-Fi disponíveis em escolas e universidades. As redes sociais como facebook e twitter também têm grande importância na divulgação da ciência por meio de grupos, posts e mensagens compartilhadas, que aumentam o campo que as informações atingem e o número de pessoas envolvidas.


Para Moraes, o grande avanço das tecnologias pode trazer riscos em questões éticas e relacionadas ao poder da informação. Na questão ética, podemos destacar que as megaten-

no já pode ser percebido nas novas possibilidades e comunicação, que, enquanto aproximam pessoas, podem torná-las extremamente isoladas. “O maior risco que corremos, e de certa

de relação humana, que se não for analisado com cuidado, poderá criar uma sociedade de massa, onde individualidades e comportamentos poderão não ser respeitados. Este fenôme-

selecione o que devemos falar, ouvir e transmitir em ideias e argumentos, apenas por estarmos predispostos a aceitá-los”, acrescenta. Na questão do poder da informação é

estabelecida uma nova diferença, cultural e econômica, que tende a agravar desigualdades pré-existentes dentro das sociedades. “A tecnologia e seu uso representam um poder que deve ser informado a todos constantemente, sob o risco de manipulações e acidentes periódicos. Esse aspecto independe da vocação prona educação formal”, conclui.

O FUTURO DA QUÍMICA A Química é uma ciência que afeta muito a vida humana. Com ela é possível entender o funcionamento do mundo ao nosso redor e criar métodos para solucionar problemas. Atualmenvão além dos laboratórios. São questões que envolvem toda uma sociedade, como a produção de energia, mudanças climáticas e o desenvolviações a outros campos, projetando avanço e resolução de problemas em diversas áreas. A nanotecnologia, por exemplo, é encontrada em diversos produtos do cotidiano e movimenta em torno de U$50 bilhões no Brasil. O Rio Grande do Sul está em crescimento nesta área que é recente no país. “Tratamos a nanotecnologia como uma ciência transversal, como a ciando) todas as ciências e tecnologias, hoje conseguimos aplicar nanotecnologia a todos os segmentos de marcado e de pesquisa” explica Dra. vação da Inventiva, empresa de cosméticos com base na nanotecnologia. A Inventiva foi pioneira no campo no estado, iniciando seus trabalhos em país. De acordo com a Dra., a área era nova e sem referências no estado a primeira “o negócio era tão novo que não tínhamos referências para nos guiar nos trâmites necessários para registro da empresa, produtos, formação de preços e marketing. Não tínhamos benchmarking. Assim, fomos criando e errando nosso negócio até acharmos os melhores caminhos e mais corretos, do ponto vez que a quantidade de testes que realizávamos para cada um de nossos produtos foi aumentando com o tempo, de modo a comprovarmos para mercado a importância da nanotecnologia em nosso ramo de atuação”. Renata acrescenta que “empreender no ramo que se gosta é um prazer constante, porém, com momentos difíceis”. Para ela, é preciso saber o que se quer empreender, e focar nos planos de negócios com paciência, para assim, se dedicar a seus projetos inovadores e pessoais. O estado de Santa Catarina é destaque na

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área no país, agregando a maior concentração de empresas deste setor. A TNS Nanotecnologia é focada em tecnologia química para indústria, oferecendo produtos em diversos segmentos de atuação, como cerâmicos, têxtil, tintas, plásticos, veterinários, médico-hospitalares, papeis e celulose e agronegócio, utilizando a nanotecnologia em seus processos iniciais de produção. Para o sócio e Diretor Geral da empresa, Eng. Gabriel Nunes, as oportunidades neste campo existem e estão ganhando mais destaque, “a nanotecnologia em geral já é realidade em nosso dia-a-dia e a sua contribuição para a sociedade (independente de estar ligada a indústria química ou não), só deverá aumentar ao longo dos próximos anos”. mas também oportunidades. “No caso da TNS, empreender no Brasil e somamos com as variáveis de inovação tecnológica no setor químico. dos processos de scale-up, pessoas e early adopters, foram os pilares, nos quais os sócios mais se dedicaram para trazer a empresa até aqui”, acrescenta o Engenheiro. Para ele, os jovens que querem empreender devem trabalhar duro, mas de forma inteligente, unindo produção e cliente “foque toda sua energia no desenvolvimento do seu protótipo, porém não espere a perfeição para apresenta-lo e conversar com seu futuro cliente. Traga este futuro cliente para o desenvolvimento, No Brasil uma série de tecnologias ligadas as megatendências já vem auxiliando os processos cotidianos. Um dos exemplos mais visíveis está na indústria agrícola, que teve no desenvolvimento da soja e na implementação de um conjunto de tecnologias a viabilização de biomas de solo mais produtivo, representando um salto tação, estas tecnologias também estão aliadas a área da saúde. Sistemas de computação baseados no cérebro humano já são realidade no Brasil. polímeros, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo

que reproduz o funcionamento das sinapses neurais. Algumas aplicações destes sistemas já são vislumbradas por seus pesquisadores, como é o no cérebro de epilépticos, com função de monitorar as atividades cerebrais não usuais (como o ataque epilético), podendo também aplicar uma tensão para exterminar o processo que gera a Com relação à biotecnologia agrícola podemos destacar a produção industrialmente de enzimas necessárias na fabricação de certos alimentos. Laticínios, vinhos, cervejas e pães não seriam possíveis se não houvesse intervenção das enzimas. Originalmente, eram utilizados microorganismos como fungos e leveduras de onde eram excretadas as enzimas que teriam o papel transformador do leite em queijo ou iogurte, ou da cevada maltada na cerveja. Hoje, estas enzimas são produzidas em indústrias. “Hoje com o uso de enzimas produzidas industrialmente, é possível reduzir o consumo de água nos processos, reduzir a quantidade de energia necessária para bombear, misturar, esquentar ou esfriar alimentos e aumentar sua vida útil” explica Rafael Soto, Químico Mestre em Ciências especialista na área da Biotecnologia. De acordo com ele estes processos mantém as propriedades originais e reduzem o desperdício, além de melhorar os custos de fabricação, “as enzimas industriais estão fazendo possível a produção sustentável de alimentos em forma limpa (reduzindo aditivos) e ajudando a reduzir a produção de CO2 na indústria de alimentos e de outras indústrias também”, conclui o especialista. Antoine Lavoisier (1743-1794) foi um químico francês de papel importante na química modercria, nada se perde, tudo se transforma”. Hoje sabe-se que as substâncias perdem pequenas quantidades de massa durante as reações devido à perda de energia, porém, tudo é transformado, gerando novas substâncias. Isto acontece em nossa sociedade, aspectos sociais, políticos e econômicos. É necessário transformar-se para alcançar o novo e solucionar questões.



EXPECTATIVAS DO CONGRESSO

CONFIRA O QUE OS ALUNOS ESPERAM DESTE EVENTO Franccesca Fornasier UNISC - Universidade de Santa Cruz do Sul

“Participar de congressos sempre são oportunidades de novas experiências e conhecimentos. E nesse 57º Congresso Brasileiro de Química, não será diferente, terei oportunidades de conhecer outros trabalhos e de me atualizar sobre os avanços da pesquisa no Brasil.”

Fabiano Zolin Rangel

Bruna Athayde da Rosa Universidade Feevale

“Participar do CBQ 2017 promove a interação com profissionais reconhecidos em um evento que reúne a melhor pesquisa na área química do Brasil.”

Natália Jorge Bielemann

Universidade Luterana do Brasil

Universidade Federal de Pelotas

“Espero que seja um evento enriquecedor, com troca de saberes e experiências. Espero conhecer pessoas novas e adquirir conhecimento que possam contribuir com minha formação.”

“Espero que o evento contribua com o aprimoramento dos meus conhecimentos e que seja possível trocar experiências e sanar dúvidas interagindo com outros estudantes e professores.”

Deivid Machado Universidade de Passo Fundo

“Como este será o primeiro Congresso Brasileiro de Química que estarei participando, minhas expectativas são grandes. Espero me surpreender a cada dia do evento, tanto em relação a adquirir novos conhecimentos, quanto em conhecer novas pessoas e a realidade em que vivenciam a química. Além de poder compartilhar experiências pessoais.”

Samuel José Santos Acadêmico do Curso de Química da ULBRA Canoas

Guilherme Costa Espíndola Acadêmico do PPG3M/UFRGS

Rodrigo Eckert Renner Acadêmico do Curso de Engenharia Química da Unisinos

João Vitor Braun Acadêmico do PPG3M/UFRGS

“O 10º BIOCOM e o 57º CBQ já estão na nossa agenda. Oportunidades de apresentar e discutir alguns dos projetos que realizamos na Fundação de Ciência e Tecnologia - Equipe do Laboratório de Desenvolvimento Analítico.”


AMPLIANDO HORIZONTES

ATIVIDADES PARA ESTUDANTES PROMETEM AMPLIAR HORIZONTES DO CONGRESSO Durante o evento, ocorrerão atividades paralelas voltadas aos estudantes de Ensino Médio, Técnico e Graduação. Estas atividades

Conversamos com os vencedores das atividades do 56º Congresso Brasileiro de Química, ocorrido em 2016.

José Tiago Costa Mendonça José Tiago Costa Mendonça MARATONA DE QUÍMICAMARATONA DE QUÍMICA 17 anos. 17 anos. Belém, no Pará. Belém, no Pará. Sou estudante do Curso Técnico em Química Estudante Integrado doao Curso Ensino Técnico Médioem noQuímica InstitutoIntegrado Federal de ao Ensino Médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará-IFPA Educação, - Campus Ciência Belém. e Tecnologia do Pará-IFPA - Campus Belém. Qual foi a sensação de participar e vencer Qual a Maratona foi a sensação no 56 CBQ? de participar e vencer a Maratona no 56 CBQ? Minha participação ocorreu depois de umaMinha preparação participação que começou ocorreuem depois agosto dede uma 2016, preparação que começou em agosto de 2016, quando alguns colegas/amigos e eu, organizamos quando um alguns grupo colegas/amigos de estudos, voltado e eu, organizamos para os um grupo de estudos, voltado para os conteúdos da Maratona, onde fomos auxiliados conteúdos por alguns da Maratona, professores, ondeque fomos nosauxiliados cederam um por alguns professores, que nos cederam um pouco de seu tempo semanal, o material necessário pouco de seu e sanaram tempo semanal, muitas deo nossa material dúvidas. necessário e sanaram muitas de nossa dúvidas. Ao participar da Maratona e vence - la, senti Ao- participar me satisfeito, da Maratona por sabere que vence o compromisso - la, senti - me que satisfeito, por saber que o compromisso que mantive com os estudos me levaram a estemantive prêmio.com Senti os- estudos me também me levaram incentivado a este a continuar prêmio. Senti no - me também incentivado a continuar no caminho da Química, ajudando a mostrar que caminho ela não daéQuímica, uma ciência ajudando incompreensível, a mostrar que danosa ela não e é uma ciência incompreensível, danosa e cheia de malefícios, como infelizmente algumas cheia de pessoas malefícios, aindacomo a veem. infelizmente algumas pessoas ainda a veem. Vencer a Maratona, me fez ter renovado o Vencer interesse, a Maratona, dedicaçãome e boa fezvontade ter renovado para com o interesse, os dedicação e boa vontade para com os estudos e observar os fenômenos químicosestudos presentes e observar na natureza, os fenômenos onde estamos químicos inclusos presentes e em na natureza, onde estamos inclusos e em nosso cotidiano. nosso cotidiano.

Emily Alves dos Santos (19 anos) Emily Alves dos Santos (19 anos) Carolina Ferreira Luciano (19 anos)Carolina Ferreira Luciano (19 anos) Amanda Letícia da Rosa Balata (18Amanda anos) Letícia da Rosa Balata (18 anos) FEPROQUIM Maria Rafaela Silva dos Santos (19 Maria anos) Rafaela Silva dos Santos (19 anos) Angelica da Silva Costa Martins (37anos) Angelica da Silva Costa Martins (37anos) *Orientador: Professor Eucarlos de *Orientador: Lima Martins Professor (37 anos) Eucarlos de Lima Martins (37 anos) Cuiabá - MT / IFMT - Campus Bela Vista

FEPROQUIM

Cuiabá - MT / IFMT - Campus Bela Vista

Qual foi a sensação de participar e vencer Qual a Feproquim foi a sensação no 56ºde Congresso participarBrasileiro e vencer adeFeproquim no 56º Congresso Brasileiro de Química? Química? Foi uma sensação indescritível! É muito gratificante Foi uma sensação ver que todo indescritível! o esforço Évaleu muito a pena! gratificante Isso ver que todo o esforço valeu a pena! Isso nos motiva a continuar com o projeto. nos motiva a continuar com o projeto.

Rodrigo Souza Jeferson Rodrigo Souza Jeferson Pina JORNADA DE Pina JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INICIAÇÃO CIENTÍFICA 23 anos 23 anos Belém - PA UFPA

Belém - PA UFPA

Qual foi a sensação de participar e vencer Qual a Jornada foi a sensação de Iniciação de participar Científica no e vencer 56º Congresso a Jornada de Iniciação Científica no 56º Congresso Brasileiro de Química? Brasileiro de Química? Foi algo extremante singular. Durante a Jornada Foi algo deextremante IC pude tersingular. novas experiências Durante a Jornada que de IC pude ter novas experiências que solidificaram ainda mais a minha trajetória,solidificaram e que com certeza ainda mais terá um a minha valioso trajetória, reflexo na e que minha com certeza terá um valioso reflexo na minha social e profissional tanto como químico, quanto social como e profissional pessoa. tanto Quando como eu fui químico, anunciado quanto como como pessoa. Quando eu fui anunciado como ganhador, fiquei extremamente contente e ganhador, emocionado fiquei por extremamente ser protagonista contente de um momento e emocionado tão por ser protagonista de um momento tão solene. Tive a convicção de estar fazendo osolene. trabalho Tive certo, a convicção e a premiação de estar ratificou fazendo a o trabalho certo, e a premiação ratificou a grandiosidade desse projeto, além disso, diante grandiosidade do atual cenário desse projeto, políticoalém do Brasil, disso,dos diante tantos do atual cenário político do Brasil, dos tantos cortes de verbas para a educação foi um grandioso cortes deestímulo verbas para paraamim. educação Sou eternamente foi um grandioso gratoestímulo a para mim. Sou eternamente grato a minha orientadora, Profª. Drª. Patrícia Santana minhaBarbosa orientadora, Marinho, Profª. aosDrª. colegas Patrícia do laboratório, Santana Barbosa a Marinho, aos colegas do laboratório, a minha família, e aos amigos que cativei durante minhaofamília, congresso e aos e que amigos juntos que concorreram cativei durante comigo o congresso na e que juntos concorreram comigo na Jornada de IC apresentando trabalhos excelentes. Jornada de IC apresentando trabalhos excelentes.


Desde 1937 integrando os setores da Ciência e construindo bases para o futuro.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICA SECÇÃO REGIONAL DO RIO GRANDE DO SUL


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