Jornal CRMRR - 50ª edição

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J O R N A L

D O Mala Direta Básica

Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Outubro a Dezembro de 2018 - EDIÇÃO 50ª

MATERNIDADE E HGR INTERDITADOS Pág. 8

Entrevista com o vicegovernador de Roraima

Novos Conselheiros do CRM – RR

Pág. 15

Pág. 11


médicos, e tentar preservar pelo menos o atendimento de Urgência/Emergência a esta tão sofrida população. Por Presidir um Conselho de Classe é esta razão tivemos que interditar as realmente uma grande honraria, mas cirurgias eletivas no HGR e HMNSN até traz em seu bojo grande responsabilique seja sanado o problema de falta dade de lutar para proteger a Medicina, de medicamentos essenciais; contribufiscalizando o exercício da profissão e ímos com a Comissão de Intervenção cuidando para que a sociedade tenha da SESAU na avaliação de compras uma assistência à saúde digna. Os de medicamentos, além de solicitar desafios são grandes, uma vez que reunião com o futuro Governador de olhando para o quadro descortinado Roraima apresentando os problemas à nossa frente nesses últimos anos enhoje enfrentados na saúde do Estado contramos superlotação nos hospitais, e oferecendo auxílio para a resolução falta de leitos e o grande número de destes problemas. Enfim, nesses dois escolas médicas abertas sem a preomeses esta Diretoria trabalhou em cupação com a boa formação médica. Rosa de Fátima Leal de Souza prol da sociedade, defendendo uma Tranquiliza-me saber que não estou Presidente do CRM-RR medicina digna e apoiando os colegas sozinha, que tenho um corpo de conmédicos... Concluímos que o estresse selheiros sintonizados com os mesmos bem dosado ensina, estamos aprendendo. objetivos, além de sermos não apenas 40 conselheiros, mas 919 médicos ativos neste Estado que querem coisas coincidentes e, Em sua caminhada para o fim, 2018 nos brinda com alvíssaras: portanto nós todos trabalharemos com sinergismo e não com O programa Mais Médicos passado a limpo, com a valorização do competição, seguiremos o exemplo dos gansos, que voam em revalida e a comprovação de que o Brasil tem número suficiente de forma de V, pois quando batem as asas criam um vácuo para o médicos, faltando apenas incentivo e que com certeza a carreira pássaro seguinte e o desempenho do grupo é 70% maior do que de médico de Estado supriria; em Roraima também as mudanças se cada um voasse sozinho. nos enchem de esperança uma vez que nós enquanto profissionais de ponta sofremos todos os dias pela perda de paciente sem que Os problemas que eclodiram neste ano foram apenas resulnada possamos fazer para salvarmos a vida em conseqüência destado da falta de tratamento adequado ao mal diagnosticado há ta situação de desabastecimento, sofremos com a violência a nós anos idos. Está sendo difícil para a saúde de Roraima, tanto para oferecida por pacientes e familiares descontentes com a situação; os profissionais de saúde que se vêem sem as mínimas condições com as mudanças que estão acontecendo renovam-se as esperande trabalho, como para a população que se viu alijada do direito ças que em breve possamos resgatar o atendimento de qualidade à constitucional à saúde, revoltando-se contra aquele que está mais população de Roraima e a reconstrução da relação médico paciente. próximo, o profissional da área médica.

PALAVRA DA PRESIDENTE

Caros Colegas,

Dia 01 de outubro de 2018 esta Diretoria foi empossada, e desde então não medimos esforços para abraçar os anseios dos

EXPEDIENTE Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima

EDITOR-CHEFE Anderson Cesar Dalla Benetta COMISSÃO EDITORIAL Anete Maria Barroso de Vasconcelos Cynthia Dantas de Macedo Lins JORNALISTA RESPONSÁVEL Marta Gardênia Barros – DRT/RR 502 DIAGRAMAÇÃO David Eugene IMPRESSÃO Gráfica Ioris TIRAGEM 2000 exemplares

Av. Ville Roy, 4123, Canarinho, Boa Vista, Roraima Tel.: (95) 3623-1542 Fax: (95) 3623-1554 E-mail: crmrr@portalmedico.org.br Site: www.crmrr.org.br Facebook: facebook.com/crmrr Instagram: crm_roraima

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CRM-RR

DIRETORIA Presidente: Rosa de Fátima Leal de Souza 1ª Vice-Presidente: Blenda Avelino Garcia 2º Vice-Presidente: Domingos Sávio Matos Dantas 1º Secretário: Anderson Cesar Dalla Benetta 2ª Secretária: Anete Maria Barroso de Vasconcelos 1ª Tesoureira: Nympha Carmen Akel Thomaz Salomão 2º Tesoureiro: Douglas Henrique Teixeira 1º Corregedor: Marcelo Henrique de Sá Arruda 2º Corregedor: Bruno Miana Caiafa COMISSÃO DE ASSUNTOS POLÍTICOS Membros: Álvaro Túlio Fortes; Blenda Avelino Garcia; Douglas Henrique Teixeira; Juliano Medeiros Lima; Laerth Macellaro Thomé. COMISSÃO DE CONTROLE INTERNO Membros: Caio Silveira Lacerda; Marcilene da Silva Moura; Ricardo Oliveira de Carvalho; Ana Carolline da Silva e Silva (servidora) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA Coordenadora: Blenda Avelino Garcia Membros: Alexandre Salomão de Oliveira; Bruno Miana Caiafa; Bruno Thiago de Oliveira Cruz Pinto; Edson Rodrigues Bussad; Marilza Bezerra Martins; Peter Coutinho Melo; Roberto Carlos Cruz Carbonell. COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO Coordenador: Domingos Sávio Matos Dantas Presidente: Blenda Avelino Garcia Membros: Álvaro Túlio Fortes; Anderson Cesar Dalla Benetta; Edson Rodrigues Bussad; José Antônio do

Queremos desejar a todos um Feliz Natal e que 2019 nos traga a concretização dos nossos anseios.

Nascimento Filho; Jucineide Vieira Araújo; Nympha Carmen Akel Thomaz Salomão; Roberto Carlos Cruz Carnonell; Rosa de Fátima Leal de Souza. COMISSÃO DE LICITAÇÃO Membros: Domingos Sávio Matos Dantas; Adriana Albuquerque (servidora); Marcelo Cabral (servidor); Sorahyda Monteiro de Alencar (servidora). COMISSÃO DO MÉDICO JOVEM Coordenador: Bruno Miana Caiafa Membros conselheiros: Andréa Giordana dos Passos Araújo; Bruno Thiago Oliveira Cruz Pinto; Guilhermina Modesto Jacó; Peter Coutinho Mello Membros não conselheiros: Daniella Karina Congo Thomé; José Ferreira Buttenbender; Simon Thomaz Salomão. COMISSÃO PERMANENTE DE PATRIMÔNIO Membros: Douglas Henrique Teixeira; Adriana Albuquerque (servidora); Antonio Neto (servidor); Juscelino Felix (servidor); Sorahyda Monteiro de Alencar (servidora). COMISSÃO DE REGISTRO DE ESPECIALIDADES Coordenadora: Anete Maria Barroso de Vasconcelos Presidente: Marcos Antonio Chaves Cavalcanti de Albuquerque Membros: Bruno Figueiredo dos Santos; Tao Machado; Valéria Cristina Nascimento Silva. REPRESENTANTES NO COMITÊ DE MORTALIDADE MATERNA Membros: Cynthia Dantas de Macedo Lins; Valéria

Cristina Nascimento Silva REPRESENTANTES NO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE Efetivo: Mareny Damaceno de Sousa Suplente: Caio Silveira de Lacerda REPRESENTANTES NO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE Efetivo: Marcilene da Silva Moura Suplente: Silvia Mariane Vasconcelos dos Santos REPRESENTANTES NO CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE Efetivo: Álvaro Túlio Fortes Suplente: Anete Maria Barroso de Vasconcelos REPRESENTANTES NO SUL DO ESTADO Membros: Áthila Ferreira Bessa; Francisco Cláudio Linhares de Sá Filho CONSELHEIROS FEDERAIS DE RORAIMA Efetivo: Wirlande Santos da Luz Suplente: Alexandre de Magalhães Marques ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Marta Gardênia Barros ASSESSORIA JURÍDICA Allan Kardec Lopes Mendonça Filho


Luz no fim do túnel Com a eleição de Jair Bol-

médicos e outros profissionais

sonaro e a escolha do deputado

da saúde, entre elas temos:

médico Luiz Henrique Mandetta

Defesa do Ato Médico e dos

para ocupar o cargo de Ministro

direitos individuais e cidadãos

da Saúde, acende-se uma luz

em saúde; Interiorização da

no fim do túnel, não só para a

medicina e trabalho médico

melhoria na saúde pública, mas

através de uma carreira de

para a relação entre as Entida-

estado para médicos do SUS;

des Médicas e o Ministério da

Ensino e residência médica

Saúde que, há muito tempo,

de qualidade; Fortalecimento

não têm um diálogo construtivo,

do financiamento, gestão e

pois o cargo de ministro vem

controle do SUS; Melhoria da

sendo rotineiramente ocupado

infraestrutura e condições e

por pessoas sem qualquer li-

atendimento.

gação com o sistema de saúde. O futuro Ministro tem o

que as Entidades Médica se

apoio das principais Entidades

colocam à disposição para co-

Médicas do país que represen-

laborar com o novo Governo, a

tam todos 414. 831 médicos (da-

partir de janeiro de 2019, por

dos de 2017) – Conselho Federal de Medicina, Associação Médica

Wirlande da Luz Conselheiro Federal

Brasileira, Federação Nacional dos Médicos e Federação Médica Brasileira.

CONSELHEIRO FEDERAL

É com estas propostas

meio do nosso futuro Ministro Luiz Henrique Mandetta. E juntos construirmos um Sistema

As Entidades Médicas têm propos-

Único de Saúde transparente

tas concretas e exequíveis para melho-

e mais justo para todos os

rar a saúde pública no país e valorizar

brasileiros.

Esperamos do futuro Ministro da Saúde um diálogo franco, transparente e construtivo nas questões especificas que angustiam nossa categoria e a todos os profissionais que fazem saúde pública no país. Os médicos e demais profissionais da rede pública de saúde se esforçam em atender com respeito, competência e qualidade as inúmeras demandas da população usuária do SUS, mesmo em condições adversas como f i n a n c i a m e n to i n a d e q u a d o, infraestrutura capenga, falhas gritantes no gerenciamento e

É COM ESTAS PROPOSTAS QUE AS ENTIDADES MÉDICA SE COLOCAM À DISPOSIÇÃO PARA COLABORAR COM O NOVO GOVERNO, A PARTIR DE JANEIRO DE 2019, POR MEIO DO NOSSO FUTURO MINISTRO LUIZ HENRIQUE MANDETTA. E JUNTOS CONSTRUIRMOS UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE TRANSPARENTE E MAIS JUSTO PARA TODOS OS BRASILEIROS.

políticas públicas de recursos humanos e assistência na atenção básica.

CRM-RR

3


Knowledge, perception and seroprevalence of HIV/STI among young adults in Roraima – Brazil: a population based study.

uma amostra de base populacional de adultos jovens em Ro-

Allex Jardim da Fonseca1, Hélvia Rochelle Távora Minoto2, Cibelle

quantitativa, desenhado como um inquérito domiciliar para

Carneiro Farias3, Dkaion Vilela de Jesus3, Hendel Santana Moraes3,

avaliar a soroprevalência de ISTs por meio de teste rápido, e

Ingrid Ferreira Buttenbender3, Isabella Seixas Martins3, Mayara

descrever o conhecimento e a percepção de adultos jovens (18

raima - Brasil. MÉTODOS Trata-se de um estudo de corte transversal, de análise

Gabrielle Souto3, Paulo Henrique Brasil Hass Gonçalves Filho ,

a 40 anos) do Estado de Roraima – Brasil sobre estas infecções,

Randielly Mendonça da Costa3, Sarah de Oliveira Silva3, Thais

em 2017. Foi utilizado um método de amostragem aleatório, por

Suelen Israel Ferreira , Valéria Vieira da Silva Coutinho , Angélica

conglumerado, hierárquico. Após seleção aleatória, quarteirões

Espinosa Miranda1

urbanos foram sorteados, e as familia visitadas em seu domicilio.

3

3

3

Os adultos jovens foram convidados a participar. A entrevista e 1.

Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de

os testes (testes rápidos para HIV, Sífilis, Hepatite B e C) foram

Roraima, Boa Vista – Brasil.

realizados no próprio domicilio. O estudo foi aprovado pelo Co-

2. Estudante do Curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Brasil. (*) *todos os estudantes contribuíram igualmente na concepção, execução e redação do projeto, e seus nomes estão listados em ordem alfabética.

mitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Roraima (CAAE 44535315.3.0000.5302). RESULTADOS Foram incluídos 727 participantes no Estado de Roraima. Destes, 492 (68,7%) eram habitantes da capital do Estado,

ARTIGO CIENTÍFICO

Boa Vista, e 235 (31,3%) dos outros municípios do interior do Estado (tabela 1). A média de idade foi de 31,1 anos (± 12,9), e INTRODUÇÃO

a maioria da amostra foi representado por mulheres (57,7%).

Desde o início da epidemia de AIDS na década de 1980, a prevenção baseada no uso de preservativos tem sido a espinha

Mais da metade (55,9%) dos participantes possuíam parceiros fixos (tabela 1).

dorsal e o grande desafio para o controle do número de novos casos de HIV/AIDS no Brasil e no mundo. A princípio, a maior

Tabela 1: Características demográficas da amostra. Roraima-

barreira era o desconhecimento sobre o HIV e suas consequên-

Brasil 2017

cias1, e um grande esforço do Ministério da Saúde do Brasil foi realizado para alertar a população sobre os riscos dos diversos comportametos sexuais. Entretanto, a persistência de elevada incidência de HIV e outras IST no Brasil sugere que outros fatores influenciam o comportamento sexual da população quanto ao cuidado pessoal e à prevenção da AIDS. Alguns estudos de base populacional relataram uma redução do temor em relação à infecção por HIV no Brasil 4. A desmistificação da relação entre infecção por HIV e morte, que marcou a fase inicial da epidemia, e o descaso com a proteção pessoal, através do não uso de preservativos, podem representar fatores de relevante importância no manutenção da transmissão de HIV, especialmente entre os mais jovens 5. A região Norte do Brasil (localizada na região Amazônica) apresentou um aumento de 74% no número de casos novos anuais de 2004 a 2013. Em especial o estado de Roraima, localizado no extremo norte da Amazônia Brasileira, registrou elevada incidência de casos de AIDS (31,3/100.000) em 2014,

Características da amostra

n (%)

Município de Residência Boa Vista (capital) Iracema Cantá Bonfim Pacaraima

492 (68,7%) 91 (12,5%) 53 (7,2%) 47 (6,5%) 44 (6,0%)

Estado civil Sem companheiro Com companheiro

320(44,1%) 407(55,9%)

Idade (anos) Até 25 anos Mais de 18 anos

301(41,4%) 426(58,6%)

Escolaridade Até o ensino médio Ensino superior

551(75,7%) 176(24,3%)

Gênero Masculino Feminino

307(42,3%) 420(57,7%)

Renda familiar Até 1 salário mínimo Acima de 1 salário mínimo

238(32,7%) 489(67,3%)

n (±DP)

31,1 ( ±12,9)

superando a incidência média nacional6. A taxa de incidência entre adultos jovens (30 a 39 anos) chega a 103,7/100.000 em

Dos 658 participantes, 38 foram positivos para alguma

Roraima, a segunda mais elevada do país , sugerindo que este

IST, levando a uma prevalência combinada de 5,8% (IC95% =

grupo pratica comportamento sexual de risco, com baixo uso

4,2% - 7,8%). A prevalência de HIV (n=6) na amostra foi de 0,91%

de preservativo. O objetivo deste estudo é realizar um estudo

(IC 95% = 0,42% - 1,98%), de sífilis (n=21) foi de 3,2% (IC 95% =

de soroprevalência de infecções sexualmente transmissíveis

2,10% - 4,84%) e de hepatite B (n=12) foi de 1,83% (IC95% = 1,05%

(IST) - HIV, sífilis, hepatite B, e hepatite C - e correlacionar

a 3,17%). A tabela 2 informa os desfechos de soroprevalência,

com percepções e conhecimento sobre estas doenças, em

conhecimento e precepçao.

6

4

CRM-RR


Tabela 2: Avaliação de desfechos de conhecimento, percepção e soroprevalência de HIV e ISTs, Roraima, 2017. Sorologia, conhecimento e percepção sobre HIV/IST

Homens

Mulheres

p valor

Geral

6,2%

5,5%

ns

5,8%

Prevalência de HIV

0,85%

1,0%

ns

0,91%

Prevalência de Sífilis

4,0%

2,6%

ns

3,2%

Prevalência de Hepatite B

2,2%

1,5%

ns

1,8%

Prevalência de Hepatite C

Prevalência de alguma IST

0%

0%

-

0%

Conhecimento sobre HIV/IST Não sabe que HIV tem transmissão sexual Não sabe que o uso de preservativo previne o HIV Não sabe que existe um preservativo para as mulheres Não sabe que portadores de HIV podem ser assintomáticos Não sabe que HIV/AIDS possui tratamento Não sabe que HIV/AIDS não tem cura Não sabe que hepatite B tem transmissão sexual Não sabe que o uso de preservativo previne a hepatite B Não sabe que sífilis tem transmissão sexual Não sabe que sífilis acomete as mulheres

7,3% 17,2% 11,3% 63,9% 26,6% 19,3% 44,1% 70,4% 44,5% 36,5%

2,6% 14,1% 4,2% 52,3% 19,1% 16,4% 38,1% 55,7% 27,6% 21,6%

0,007 ns 0,0007 0,004 0,02 ns ns 0,0001 0,0001 0,0002

4,6% 15,3% 7,1% 57,1% 22,2% 17,6% 41,0% 61,8% 34,6% 27,8%

Percepção sobre HIV/ IST Acredita que AIDS não é doença grave AIDS somente acomete gays, prostitutas e usuários de drogas AIDS somente atinge os mais jovens, não os mais velhos Não tem medo de contrair HIV Acredita que não tem risco de contrair HIV Acredita que não tem risco de contrair sífilis Acredita que não tem risco de contrair hepatite B

3,9% 20,8% 11,1% 15,3% 64,8% 65,5% 49,8%

4,0% 11,2% 8,1% 10,4% 62,6% 59,7% 47,6%

ns 0,0003 ns 0,03 ns ns ns

4,0% 15,2% 9,3% 12,5% 63,5% 62,1% 48,5%

ns: não significativo missão sexual (17,4% vs 5,2%); não saber que AIDS é uma doença que possui tratamento (11,0% vs 4,3%,); e acreditar que AIDS é

estudo (até o ensino fundamental) aumentou significativamen-

uma doença que tem cura (9,5% vs 4,9%). Ressalta-se que o

te a prevalência de IST em relação aos de maior escolaridade

desconhecimento do mecanismo de prevenção do HIV pelo uso

(14,7% vs 3,3%, respectivamente; p<0,0001). Ser residente em

de preservativo quase quadruplicou a chance de IST na amostra

municípios do interior também duplicou a prevalência de IST em

(OR = 3,97; IC 95% = 1,71 – 8,24). Acreditar que HIV é uma infec-

comparação aos residentes na capital (8,9% vs 4,2%, respecti-

ção restrita a homossexuais, prostitutas e usuários de droga mais

vamente; p=0,017), enquanto ter menos de 25 anos se revelou

que dobrou a chance de positividade nos testes para IST (OR =

fator de proteção, reduzindo em 60% a chance de IST (OR=0,41;

2,30; IC 95% = 1,17 – 4,81), bem como acreditar que a população

IC 95% = 0,19 – 0,89). Em relação às questões de conhecimento

idosa não precisa se preocupar com HIV (OR = 2,31; IC 95% = 1,01

sobre IST, o desconhecimento em 4 itens representaram fatores

– 5,51). Não ter medo de contrair HIV também duplicou a chance

de risco para infecção em relação aos participantes que detém

de IST (OR = 2,25; IC 95% = 1,02 – 4,94), de forma semelhante à

tal conhecimento: não saber que o uso do preservativo previne

sensação de não ter risco de contrair hepatite B (OR = 1,99; IC

infecção por HIV (17,0% vs 4,9%); não saber que o HIV tem trans-

95% = 1,01 – 3,92). A tabela 3 detalha a análise univariada.

Tabela 03: Análise univariada e multivariada entre características sociodemográficas, conhecimento e percepção sobre IST, considerando a soroprevalência de IST como desfecho, Roraima, 2017. Prevalência de IST +

p valor

OR (IC95%) IST +

OR ajustada (IC 95%) IST+

14,7% 3,29% 8,9% 4,2% 3,3% 7,5%

<0,0001

5,09 (2,60- 9,95) 1 2,17 (1,12- 4,20) 1 0,41 (0,19-0,89) 1

4,26 (2,08- 8,60) 1 1,44 (0,71- 2,91) 1 0,67 (0,30- 1,48) 1

17,0% 4,9%

0,0006

3,97 (1,71- ,24) 1

2,49 (0,91- 6,78) 1

17,4% 5,2%

0,006

3,76 (1,34- 10,4) 1

2,20 (1,06- 4,59) 1

11% 4,3%

0,002

2,71 (1,39- 5,36) 1

1,62 (0.69- 3,81) 1

9,5% 4,9%

0,04

1,99 (1,06- 4,15) 1

2,40 (1,01- 4,99) 1

Características demográficas Até 8 anos de estudo 9 anos ou mais Residente no interior Residente na capital Até 25 anos Mais de 25 anos Conhecimento sobre HIV/IST O uso de preservativo evita a transmissão do HIV Não sabe Sabe O vírus HIV tem transmissão sexual Não sabe Sabe A AIDS é uma doença que possui tratamento Não sabe Sabe A AIDS é uma doença que não tem cura Não sabe Sabe

0,017 0,021

CRM-RR

5

ARTIGO CIENTÍFICO

Em análise univariada, a baixa escolaridade se correlacionou fortemente com a prevalência de IST. Ter menos de 9 anos de


Percepção sobre HIV/IST O HIV é uma infecção restrita a homossexuais e prostitutas e usuários de drogas Concorda Não concorda As pessoas mais velhas não precisam se preocupar com HIV Concorda Não concorda Tem medo de contrair HIV Não tem Tem Acredita que tem chance de contrair Hepatite B Não concorda Concorda

10,6% 4,9%

0,022

2,30 (1,17- 4,81) 1

1,97 (0,98 - 4,76) 1

11,3% 5,2%

0,05

2,31 (0,97- 5,51) 1

1,23 (0,43- 3,52) 1

10,7% 5,0%

0,03

2,25 (1,02- 4,94) 1

2,26 (1,01- 5,02) 1

7,5% 3,9%

0,04

1,99 (1,01- 3,92) 1

1,95 (0,96- 3,93) 1

Ns: não significativo. DISCUSSÃO

positividade para IST.

. No Brasil, de acordo com os últimos relatórios da UNAIDS em

Concluimos que a prevalência de HIV/IST é elevada em adul-

2015 , a estimativa de pessoas que viviam com HIV variava de 0,4% a

tos jovens de Roraima, acima da média nacional, e se correlacinou

0,7% da população na faixa etária entre 15 e 49 anos, inferior à média

fortemente com déficits de conhecimento sobre as doenças, bem

de prevalência mundial de 0,8%. Estudos de soroprevalência de HIV

como com distorções de percepção, ressaltando a necessidade

no Brasil de base populacional são escassos. Na região Amazônica

de educação continuada da população sobre o tema.

11

do Brasil, um estudo chama a atenção. Ribeiro et al . conduziram um

ARTIGO CIENTÍFICO

8

estudo de soroprevalência de base populacional em 1501 voluntários

REFERENCES

em São Gabriel das Cachoeiras – Amazonas. A prevalência de HIV foi

2. Ferreira MP. Nível de conhecimento e percepção de risco da

de 0,37% em homens, e 0% em mulheres, e a de sífilis 1,12% e 2,69%

população brasileira sobre o HIV/Aids, 1998 e 2005. Revista de

respectivamente. Nosso estudo, entretanto, revelou prevalências de

Saúde Pública. 2008;42:65-71.

HIV (0,91%) e de sífilis (3,2%), substancialmente mais elevadas que

3. Dourado I, Veras MA, Barreira D, de Brito AM. [AIDS epidemic

as estimativas nacionais e outros inquéritos.

trends after the introduction of antiretroviral therapy in Brazil].

O principal fator de risco em nossa amostra foi a baixa esco-

Rev Saude Publica. 2006 Apr;40 Suppl:9-17. PubMed PMID:

laridade. Ter menos de 7 anos de estudo quadruplicou a chance de

16729154. Epub 2006/05/27. Tendencias da epidemia de Aids

positividade para IST, e foi um fator de risco independente. O déficit

no Brasil apos a terapia anti-retroviral. por.

de conhecimento sobre HIV/IST já foi relacionado a distorções de

4. Reis RK, Gir E. [Vulnerability and prevention of sexual HIV

percepção sobre o assunto21, 22. E isso foi ratificado em nossa amos-

transmission among HIV/AIDS serodiscordant couples]. Rev Esc

tra. Mais da metade da amostra não sabia que portadores de AIDS

Enferm USP. 2009 Sep;43(3):662-9. PubMed PMID: 19842600.

podem ser assintomáticos, e 15% dos indivíduos acreditava que a

Epub 2009/10/22. Vulnerabilidade ao HIV/AIDS e a prevencao

AIDS é uma doença restrita a homossexuais, prostitutas e usuários

da transmissao sexual entre casais sorodiscordantes. por.

de drogas. Essa percepção distorcida de grupo de risco dobrou a

5. ALMEIDA SAd, NOGUEIRA JdA, GOLDFARB MPL, BATISTA FL,

chance de IST. Isso revela que a concepção errônea de grupos de

BARRÊTO AJR, MOREIRA MASP, et al. Young people’s concep-

risco persiste na população, mesmo décadas após expansão da epi-

tion of HIV/AIDS and the use of condoms in sexual intercourse.

demia no Brasil. Esses dados sugerem uma concepção prevalente na

Revista Gaúcha de Enfermagem. 2014;35:39-46.

população de certa invulnerabilidade às ISTs, principalmente entre

6. Brazil. Ministry of Health. Epidemiologic profiles of HIV/AIDS

homens, por não se considerar pertencente a um grupo de risco.

in Brazil. Available in: http://www.aids.gov.br/publicacao/2016/

Isso pode estimular práticas sexuais inseguras, e explicar a elevada

boletim-epidemiologico-2016. Brasilia, 2016.2016.

prevalência de HIV/IST em Roraima. De fato, aproximadamente 60%

7. Brito AMd, Castilho EAd, Szwarcwald CL. AIDS e infecção pelo

da nossa amostra acreditava que não tem risco de contrair HIV e

HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade

sífilis, e quase 50%, hepatite B. Na década de 90, a ausência da cura,

Brasileira de Medicina Tropical. 2001;34:207-17.

e a associação entre AIDS e morte, se mostraram as concepções

8. Ribeiro LV, Sabido M, Galban E, Guerra JA, Mabey D, Peeling

sociais mais influentes na representação simbólica da AIDS, gerando

RW, et al. Home-based counseling and testing for HIV and syphi-

uma resposta afetiva expressa pelo sentimento de medo irracional

lis - an evaluation of acceptability and quality control, in remote

quanto à contaminação pelo HIV, e desencadeando operações men-

Amazonas State, Brazil. Sex Transm Infect. 2015 Mar;91(2):94-6.

tais de memória, percepções, e atitudes preventivas exageradas24.

PubMed PMID: 25305212. Epub 2014/10/12. eng.

Uma realidade que vem sendo descontruída nas últimas décadas.

9. Miranda AE, Figueiredo NC, McFarland W, Schmidt R, Page K. Pre-

Em 2016, quase 20% dos homens em Roraima acredita que HIV/

dicting condom use in young women: demographics, behaviours and

AIDS tem cura, ressaltando a percepção de banalização da doença.

knowledge from a population-based sample in Brazil. Int J STD AIDS.

Consequentemente, não ter medo de contrair HIV foi relatado em

2011 Oct;22(10):590-5. PubMed PMID: 21998181. Epub 2011/10/15. eng.

15% dos homens em nosso estudo, e foi um dos fatores de risco

10. WHO. Global Health Observatory data - HIV/AIDS - 2016. Availa-

mais importante nesta análise, mais que dobrando a chance de

ble at: http://www.who.int/gho/hiv/en/. Geneva - 2016. 2016.

6

CRM-RR


Situação do Hospital de Rorainópolis é crítica Inaugurado há pouco mais de 4 anos,

comprometidos e no momento se realiza

uma sala de hidratação com seis cadeiras

O Hospital Regional Sul Ottomar de Souza

somente atendimentos emergenciais”,

de hidratação.

Pinto (HRS) encontra-se em situação pre-

disse Athila.

cária, sem condições dignas de trabalho e atendimento à população.

Possui profissionais médicos em A moradora de Rorainópolis, Rai-

todas as especialidades básicas, como

munda Mendes, contou que os pacien-

clínica geral, com três profissionais diários

De acordo com o médico e conselhei-

tes precisam comprar algumas medi-

no plantão de emergência de segunda a

ro, Athila Ferreira Bessa, que juntamente

cações. “Nós só temos este Hospital e

sexta-feira. Profissionais especializados

com o conselheiro Francisco Cláudio Li-

podemos fazer pouco quanto ao caos

de apoio como ortopedista, ginecologista-

nhares de Sá Filho, que são representantes

que está. Quem não tem dinheiro para

-obstetra, anestesiologista, cirurgião geral

do CRM-RR no Sul do Estado, afirmam

comprar uma simples medicação é o

e neonatologista.

que atualmente o Hospital Regional Sul

que mais sofre”.

atende uma média diária de 120 pessoas com atendimentos de emergência e am-

O Hospital realiza cirurgia de pequeHOSPITAL

nas e médias complexidades, cirurgias

O Hospital Regional Sul Ottomar de

do trauma e ambulatórios de todas as

por dia. Estes números aumentaram com a

Souza Pinto conta com 28 leitos de inter-

especialidades. Possui equipamento de

imigração venezuelana.

nação habilitados, duas salas de centro

radiografia e ultrassom, laboratório para

cirúrgico, uma sala de recuperação pós-

exames de emergência, sala de vacina, sala

“Como todo o Estado sofre atual-

-anestésica com dois leitos, um leito de

de triagem, sala de epidemiologia. Todos

mente com crise de desabastecimento na

estabilização de trauma, seis leitos de

os serviços básicos obrigatórios de um

saúde, todos os setores do hospital estão

observação, quatro leitos de emergência,

hospital regional. SECOM/Governo de Roraima

COMUNICADO Os médicos que atuam no Sul do Estado contam com a Representação Itinerante em Rorainópolis, por meio dos conselheiros Athila Ferreira Bessa e Franscisco Cláudio Linhares de Sá Filho. Desta forma todos os médicos destas localidades podem procurá-los para orientações éticas e profissionais, ou outros assuntos relacionados ao CRM/RR.

A demanda dos atendimentos aumentou com a imigração venezuelana CRM-RR

7

ESTADO AFORA

bulatório. Além de quatro a cinco cirurgias


CRM – RR interdita parcialmente a Maternidade e HGR Marta Gardênia

No dia 1º de novembro, o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) interditou a realização de cirurgias eletivas no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré e no Hospital Geral de Roraima. Após fiscalização nas unidades, foi confirmada a falta de medicamentos e materiais básicos para o atendimento dos pacientes, diante disto o CRM – RR para resguardar o atendimento de urgência e emergência interditou a realização das cirurgias eletivas destas unidades hospitalares. De acordo com a presidente do CRM – RR, Rosa Leal, assim que o problema da

FISCALIZAÇÃO

falta de medicamentos e materiais forem sanados, o Conselho fará nova fiscalização para a desinterdição. “Nós sentimos a necessidade de interferir diretamente no que diz respeito às cirurgias eletivas, visando manter o mínimo de qualidade possível no serviço de emergência até que se normalize a situação do abastecimento e das condições de trabalho dos médicos que está muito ruim”, explicou Rosa Leal.

As cirurgias eletivas do HGR e Maternidade continuam interditadas pelo CRM

FALSO MÉDICO

CRM- RR faz fiscalização do exercício ilegal da profissão No final da manhã do dia 9 de novem-

foi apreendido pela Vigilância Sanitária.

risco a saúde das pessoas.

bro, o Conselho Regional de Medicina de

O exercício ilegal da medicina é crime,

“O exercício ilegal da medicina é cri-

Roraima, Vigilância Sanitária de Boa Vista

tipificado no artigo 282 do Código Penal

me e um perigo para a sociedade. Muitas

e Polícia Civil fizeram uma ação de fiscali-

(CP), punível com detenção de até dois

pessoas colocam a vida em risco, atraídas

zação do exercício ilegal da profissão, no

anos por quem o pratica, além de multa.

principalmente por preços baratos. Qual-

bairro União.

De acordo com a presidente do CRM – RR,

quer suspeita de falsos médicos deve ser

O falso médico atendia nos fundos de

Rosa Leal, há suspeitas e denúncias de

denunciada à Polícia ou ao CRM. Todo

uma residência, sem nenhuma condição

pessoas que aliciam pacientes oferecendo

estrangeiro só pode atuar de forma lega-

de higiene e infraestrutura. No local eram

preços baratos para realizarem consultas

lizada, depois que tiver registro no CRM”,

feitos diversos procedimentos dermatoló-

com pessoas da Venezuela que se dizem

disse Rosa Leal.

gicos como aplicação de ácidos, plasmas e

médicos e que aqui estão exercendo a

outros. Todo o material encontrado no local

profissão de forma ilegal, colocando em

8

CRM-RR

O caso está sob investigação da Polícia Civil.


Falsa Médica atendia como oftalmologista Em julho, o Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Roraima juntamente com a Polícia Civil e Vigilância Sanitária de Boa Vista fizeram um flagrante de exercício ilegal da Medicina. A falsa médica atendia no Bairro dos Estados como oftalmologista. De acordo com a 1ª vice- presidente do CRM – RR, Blenda Garcia, o Departamento de Fiscalização recebeu uma denúncia, anônima que uma pessoa estava exercendo ilegalmente a Medicina. “Ela fornecia laudos, realizava consultas, fazia aplicações e procedimentos estéticos. O lugar era insalubre, uma sala inadequada misturada com uma cozinha”. A falsa médica é uma venezuelana de 46 anos. No local onde ela atendia foram encontrados medicamentos injetáveis ven-

FISCALIZAÇÃO

cidos e objetos cortantes. Os materiais foram apreendidos pela Vigilância Sanitária.

A falsa médica tinha um consultório montado com equipamentos de oftalmologia

Relatório de Fiscalização do ano de 2018 3 Hospitais

Hospital Geral de Roraima (Ato de Interdição Ética), Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré (Ato de Interdição Ética) e Hospital Coronel Mota.

1 Laboratório Público

LAPER/RR.

1 Hemocentro

HEMORAIMA.

Munícipio de Amajari

1 Centro de Saúde.

Estabelecimentos privados

94 fiscalizados.

2 Denúncias

Exercício Ilegal da Medicina (supostos médicos venezuelanos – atendendo especialidades de oftalmologia e dermatologia).

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CRM-RR

9


Nova Diretoria e Conselheiros tomaram posse em outubro No dia 1º de outubro, os 40 Conse-

tesoureira), Douglas Teixeira (2º tesou-

lheiros do Conselho Regional de Medi-

reiro), Marcelo Arruda (1º Corregedor) e

cina de Roraima (CRM – RR), eleitos em

Bruno Caiafa (2º Corregedor).

CONSELHO

agosto deste ano, tomaram posse para a nova gestão de 5 anos – 2018/2023.

De acordo com Rosa Leal, é uma

A cerimônia aconteceu no auditório da

honra e um desafio ser presidente do

instituição e reuniu médicos, familiares

CRM Roraima, depois de vários anos

e autoridades.

exercendo o papel de Conselheira na Instituição. “Há muitos anos, os CRM’s

Na mesma solenidade, a diretoria

deixaram de ser um órgão apenas judi-

que comandará o CRM – RR nos próximos

cante e assumiram papéis importantes,

30 meses também foi empossada. A pre-

principalmente para a sociedade. Lu-

sidente escolhida em votação pelos 40

tamos e trabalhamos para zelar pela

Conselheiros foi a médica pediatra Rosa

ética médica, oferta de uma saúde de

Leal, que na gestão passada atuou como

qualidade para a população e capacita-

a 2ª vice-presidente e coordenadora de

ção dos nossos médicos. Não é fácil ser

Fiscalização.

presidente desta importante instituição,

POSSE

ainda mais com a situação precária que Os demais componentes da diretoria

enfrenta a saúde. Mas, daremos conti-

são: Blenda Avelino Garcia (1ª vice-presi-

nuidade ao excelente trabalho realizado

dente), Domingos Sávio Matos Dantas (2º

e continuaremos a lutar por uma saúde

vice-presidente), Anderson César Dalla

mais digna para a população e com mais

Benetta (1º secretário), Anete Vasconce-

condições de exercício da Medicina”,

los (2ª secretária), Nympha Salomão (1ª

disse Rosa.

O trabalho realizado no Conselho Regional de Medicina de Roraima é realizado por um corpo de Conselheiros eleitos a cada cinco anos. Cada gestão é composta por 40 conselheiros, sendo 20 efetivos e 20 suplentes. O presidente é eleito pelos conselheiros. Depois da eleição, é realizada uma Sessão Plenária o qual são escolhidos dois presidentes, sendo que o primeiro atua nos 30 primeiros meses e o segundo nos últimos dois anos e meio. A primeira presidente eleita foi a Pediatra Dra. Rosa Leal e a próxima a Pediatra Dra. Blenda Avelino Garcia.

Hélio Holanda

O novo corpo conselhal do CRM – RR para os próximos 5 anos 10 CRM-RR


NOVOS CONSELHEIROS Gestão 2018/2023

Alexandre Salomão de Oliveira CRM/RR 814

Infectologista – RQE 223; MBA Saúde Pública e Administração Hospitalar; Ex-Secretário Adjunto e Titular de Saúde de Roraima; Diretor Técnico do Hospital Lotty Iris; Infectologista do HGR.

Alexsander Vasconcelos Blanco CRM/RR 1043

Clínica Médica; Hematologista; Coordenadora da Agência Transfusional do HGR; Hematologista da UNACON/RR e do HEMOCENTRO/RR Andréa Giordana dos Passos Araújo

Anete Maria Barroso de Vasconcelos CRM/RR 890

CRM/RR 817

CRM/RR 1748

Cristiane Greca de Born

Ginecologista e Obstetra – RQE 53; Medicina Fetal RQE 534; Ex-Diretora Geral do HMINSN; Plantonista do HMINSN; Obstetra da Ala de gravidez de alto risco do HMI

CRM/RR 1160

Douglas Henrique Teixeira CRM/RR 939

Bruno Figueiredo dos Santos CRM/RR 1047

Cynthia Dantas de Macedo Lins

Medicina de Família e Comunidade – RQE 76; Professora do Curso de Medicina da UFRR; Preceptora da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da UFRR; Médica da Atenção Básica Municipal; Segunda Secretária do CRM/RR

Ortopedista e Traumatologista RQE 503; Membro Titular da SBOT; Preceptor da Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia do HGR; Coordenador do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HCSA

Ginecologista e Obstetra – RQE 1121; Medicina Fetal RQE 75 ; Mestre em Ciências da Saúde; Obstetra do HMI e do CRSM; Professora do Curso de Medicina da UFRR;

CRM/RR 1121

Médico; Fundador e Coordenador da Central Estadual de Transplante; Master em Doação e Transplante pela ONT/Espanha; Diretor do PSFE/PAAR – HGR; Segundo Tesoureiro do CRM/RR

Álvaro Túlio Fortes CRM/RR 749

Áthila Ferreira Bessa CRM/RR 1265

Médico; Administrador; Especialista em Medicina do Tráfego; Ex-Secretário Municipal de Saúde de Pacaraima; Ex-Secretário Municipal de Saúde de Alto Alegre; Ex-Secretário Adjunto de Saúde de Roraima

Anestesiologista – RQE 191; Ex-Diretor Clínico do Hospital de Caracaraí; Ex-Diretor Técnico e Administrativo do Hospital Regional Sul; Ex-Coordenador do Serviço de Anestesiologia do HCSA; Professor do Curso de Medicina da UFRR; Anestesiologista do HGR, HMINSN, HCSA e do Hospital Regional Sul

Anderson Cesar Dalla Benetta CRM/RR 1052

Blenda Avelino Garcia CRM/RR 613

Anestesiologista – RQE 579, Clínica Médica – RQE 580; Coordenador do Serviço de Anestesiologia do HGR; Anestesiologista do HGR e HLI. Caio Silveira de Lacerda

CRM/RR 1025

CRM/RR 1742

Débora Maia da Silva CRM/RR 760

Clínica Médica – RQE 342; Professor do Curso de Medicina da UFRR; Médico do Ministério da Saúde

Pediatra – RQE 240; Membro da Câmara Técnica de Pediatria do CFM; Professora do Curso de Medicina da UFRR; Pediatra do HMINSN; Pediatra da rede municipal; Ex-Presidente do CRM/RR; Primeira Vice-Presidente do CRM/RR

Geriatra – RQE 155; Geriatra do HGR.

Bruno Thiago de Oliveira Cruz Pinto

Médica; Ex-Diretora Técnica do HCSA; Ex-Secretária Adjunta de Saúde de Boa Vista; Plantonista da UTI-Pediátrica do HCSA e do berçário do HMINSN

Cirurgião Oncológico – RQE 508; Mestre em Ciências da Saúde; Ex-Diretor Técnico do HGR; Coordenador da UNACON/ RR; Cirurgião Oncológico da UNACON/RR; Primeiro Secretário do CRM/RR

Infectologista – RQE 92; Diretor Clínico do HGR; Plantonista do PAAR/HGR; Segundo Vice-Presidente do CRM/RR.

Domingos Sávio Matos Dantas CRM/RR 1217

Cirurgião Geral – RQE 101; Professor do Curso de Medicina da UFRR; Cirurgião Geral do HCSA e do Hospital Regional Sul

Residente em Ginecologia e Obstetrícia do HMINSN;

Edson Rodrigues Bussad

Francisco Claudio Linhares de Sá Filho

Guilhermina Modesto Jacó

CRM/RR 345

CRM/RR 1417

CRM/RR 1806

CRM-RR

11

POSSE

Bruno Miana Caiafa

Cirurgião Geral – RQE 168; Cirurgião Vascular – RQE 169; Atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular; Mestre em Cirurgia Endovascular; Cirurgião Vascular do HGR e HCM; Segundo Corregedor do CRM/RR

Cirurgião Geral – RQE 501; Cirurgião Cardiovascular – RQE 502; Preceptor da Residência Médica em Cirurgia Geral do HGR; Cirurgião Geral/ Cardiovascular do HGR, HCSA e do Hospital Unimed.


NOVOS CONSELHEIROS Gestão 2018/2023

José Antonio do Nascimento Filho

Ginecologista e Obstetra – RQE 296; TEGO; Especialista em Ultrassonografia Geral – RQE 295; Especialista em Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia – RQE 297; Ginecologista do HMINSN

Marcelo Henrique de Sá Arruda

POSSE

CRM/RR 1243

Marcos Antônio Chaves Cavalcanti de Albuquerque

Jucineide Vieira Araújo CRM/RR 580

CRM/RR 221

Ortopedista e Traumatologista RQE 550; Ex-Diretor Técnico e Ex-Diretor Clínico do HCSA; Coordenador do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HGR; Preceptor da Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia do HGR; Primeiro Corregedor do CRM/RR

CRM/RR 1641

CRM/RR 1530

12

CRM-RR

Laerth Macellaro Thomé CRM/RR 735

CRM/RR 743

Pediatra – RQE 171; Saúde da Família – RQE 44; Diretora Geral do HCSA; Plantonista da UTI-Pediátrica do HCSA

Marcilene da Silva Moura

Mareny Damasceno de Sousa

CRM/RR 957

Marilza Bezerra Martins

CRM/RR 807

CRM/RR 146

Pediatra – RQE 80; Intensivista Pediátrico – RQE 575; Coordenador Médico da UTI Pediátrica do HCSA; Conselheiro Fiscal da Sociedade Roraimense de Pediatria; Professor do Curso de Medicina da UFRR.

Residente em Clínica Médica do HGR; Plantonista do PAAR/HGR, HCSA e HLI.

Pediatra – RQE 258; Perita Médica – RQE 257; Ex-Presidente da Associação Roraimense de Pediatria; Primeira Tesoureira do CRM/RR Nympha Carmen Akel Tomaz Salomão

Peter Coutinho Mello

CRM/RR 108

Ricardo Augusto Iosimuta Loureiro

CRM/RR 1893

CRM/RR 1003

Infectologista – RQE 96; Mestrando em Ciências da Saúde; Plantonista da UTI 1/HGR; Infectologista do SCIH/ HGR; Professor do Curso de Medicina da UFRR. Roberto Carlos Cruz Carbonell

Rômulo Ferreira da Silva

CRM/RR 1350

CRM/RR 266

Médica; Diretora Clínica do Pronto Atendimento Cosme e Silva; Médica Plantonista do Pronto Atendimento Cosme e Silva.

Silvia Mariane Vasconcelos dos Santos

Juliano Medeiros Lima

Psiquiatra – RQE 8768; Ex-Secretário Adjunto de Saúde de Boa Vista; Fundador e Coordenador Geral do SAMU Estadual; Emergencista de psiquiatria do HGR; Ex-Presidente do CRM/RR

Pediatra – RQE 276; Neonatologia – RQE 277; Ex-Diretora do HCSA; Ex-Presidente da Associação Roraimense de Pediatria; Ex-Auditora da Unimed; Ex-Coordenadora Regional de Imunobiológico Especiais; Neonatologista do HMINSN

Cardiologista – RQE 165; Ecocardiografia; Diretor Técnico da JDC Clínica Cardiológica; Cardiologista do HGR e CDI; Prestador de serviços no Hospital Unimed e HLI. Ricardo Oliveira de Carvalho

Radiologista – RQE 443; Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia; Radiologista do HGR e Clínica Neuroscan.

Médica; Ex-Coordenadora Clínica do PAAR/HGR; Ex-Diretora Clínica do HGR; Diretora Geral do HGR.

Cirurgião Geral; Bacharel em Direito; Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia, e da FEBRASGO; Ultrassonografista do HGR e da Clínica Albuquerque

CRM/RR 138

Clínica Médica – RQE 395; Pneumologista – RQE 394; Mestre e Doutora em Ciências da Saúde; Ex-Diretora Geral do HGR; Professora do Curso de Medicina da UFRR; Coordenadora do Serviço ] de Pneumologia do HGR.

CRM/RR 1246

Pediatra – RQE 298; Neonatologista – RQE 299; Plantonista da UTI Neonatal do HMINSN.

Rosa de Fátima Leal de Souza CRM/RR 223

Ginecologista e Obstetra – RQE 125; Título de Colposcopia-SBPTGI; Coordenadora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HMINSN.

Cirurgião Geral – RQE 551; Cirurgião Torácico – RQE 552; Mestre em Ciências da Saúde; Cirurgião Torácico da UNACON/RR, do HGR, HCM e HCSA. Tao Machado

Oftalmologista – RQE 320; Especialista em Medicina do Tráfego – RQE 319; Mestre em Administração da Prática Oftalmológica; Professor do Curso de Medicina da UFRR; Diretor da Clínica Oculistas Associados de Roraima; Oftalmologista do HCM

Ortopedista e Traumatologista - RQE 470; Vice-Diretor Clínico do HGR; Coordenador da Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia do HGR.

Valéria Cristina Nascimento Silva

Vitor Manuel Montenegro da Costa

CRM/RR 688

CRM/RR 868


CRM e OAB promoveram o ciclo de palestras para discutir judicialização da Saúde Hélio Holanda

No dia 12 de novembro, no auditório do CRM – RR, o cenário crescente da judicialização da saúde foi o tema do o I Ciclo de Palestras de Direito Médico e da Saúde em Roraima. O evento foi uma parceria da instituição com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RR).

Para o presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB/RR, Rommel Lucena, para um primeiro evento em parceria, o ciclo de palestras superou em muito as expectativas. “Quer pela organização, qualidade das palestras e dos palestrantes mas, especialmente, pela participação e interesse do público que esteve presente, que participou ativamente na formulação de comentários e perguntas aos painelistas”. PALESTRANTES Os palestrantes foram o desembargador Mozarildo Cavalcanti, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, que falou sobre a “Judicialização da Saúde no Estado de Roraima”. O segundo palestrante, o advogado Tadahiro Tsubouchi, é vice-presidente da

C

M

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CY

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matrículas abertas o ano inteiro

kumon kumo KUMON mundo

Evento reuniu médicos, advogados e estudantes de Medicina e Direito Comissão Nacional de Direito Médico do Conselho Federal da OAB, abordou o tema “Os impactos da Judicialização da Saúde na Administração Pública”. Já, o médico especialista em Oncologia, Allex Jardim, apresentou a palestra “Morrer com Dignidade”. RELAÇÃO DE EVENTOS DO PROGRAMA EMC NO ANO DE 2018 1. Simpósio de Pediatria 2. II Curso Intensivo de Eletrocardiograma 3. I Curso de Semiologia e Farmacologia Cardiovascular 4. Curso de Manejo Clinico de Malária Grave 5. Seminário sobre o Comportamento e Desenvolvimento Infantil 6. Curso de Manejo Clinico 7. Capacitação em Atendimento e Diagnostico de Sarampo. 8. Dia Mundial da Não Violência Contra

a Mulher 9. Curso Roraimense de Diagnóstico de Morte Encefálica 10. III Assembleia Regional - Norte 1 11. Simpósio “Informando para transformar, conhecendo a Distrofia Muscular” 12. Passei, e agora? 13. Dia Mundial da Psoríase 14. III Encontro Roraimense Estudantil de Saúde Pública e Educação em saúdeERESPE 15. 12 Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva 16. I Simpósio Roraimense de Anestesiologia 17. I Workshop Roraimense de Habilidades Médicas 18. VII Simpósio de Medicina Tropical e II Fórum de Arboviroses do Estado de Roraima. 19. III Setembro Amarelo 20. Simpósio de Nefrologia Pediátrica

•Matemática•inglês •português•japonês Unidade Boa Vista Centro

3623-5478

CRM-RR

13

EDUCAÇAO MÉDICA CONTINUADA

Para a presidente do CRM – RR, Rosa Leal, o evento foi proveitoso e futuramente haverá outras parcerias com a OAB/RR. “Com este trabalho conjunto, médicos e advogados saíram ganhando em conhecimento e atualização sobre temas importantes que a cada dia tem se visto mais. É preciso estar por dentro da legislação e qualificado para as novas demandas que surgem nesta área”.


Baile dos Médicos 2018

EVENTO

A 15ª Edição do Baile dos Médicos aconteceu dia 20 de outubro, no Espaço Le Jardin.

14

CRM-RR


Ederson Brito

Dr. Frutuoso Lins Médico e Vice-Governador

para termos mais eficiência, eficácia e transparência em toda gestão pública em geral. Precisamos melhorar a gestão, pois recurso tem.

Pela primeira vez, um médico

3- Como será sua atuação como vicegovernador?

ocupará uma cadeira no Poder Executivo como vice-governador. O ginecologista, Frutuoso Lins foi eleito para o mandato de 2019-2022 para comandar o

O que eu tenho conversado com o go-

Estado juntamente com o gover-

vernador é que eu participe diretamente

nador eleito Antônio Denarium.

das decisões de governo. No dia a dia eu não vou ficar esperando que ele precise

Frutuoso é cearense, natural de

se ausentar para que eu possa atuar.

Crateús, chegou a Roraima em

Quero ajudar o governador a administrar

2006 juntamente com a esposa,

Roraima.

que também é médica, Cynthia

4- Como será conciliar o cargo de vicegovernador com a profissão de médico?

Lins. Além de médico concursado, é dono de uma Clínica de Mastologia. Já foi diretor do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré.

por três dias no meu consultório e de dia estarei atuando como vice-governador.

1-Como iniciou a sua trajetória política?

A Medicina é inerente a mim. Já, o papel político é o povo que está me dando esta oportunidade.

Começou com trajetória social, há seis anos a minha empresa tem um atendimen-

5 – E os que os médicos de Roraima podem esperar de outro médico que estará ocupando um cargo importante no Executivo Estadual?

to social voltado para as comunidades mais distantes da área de Boa Vista. Diante de tudo que víamos, começamos a nos perguntar porque a saúde não melhorava. Então, coloquei o meu nome para ser candidato a Deputado Estadual. O meu partido se coligou com o partido do Antônio Denarium e recebi o convite pra ser o vice-governador formando a chapa com ele.

2- Como o senhor analisa o caos na saúde do Estado de Roraima?

O médico Frutuoso Lins entrou na política depois de anos realizando trabalhos sociais

Vamos trabalhar com muito afinco. Não paramos nenhum minuto depois da campanha, estamos estudando muito para melhorar o Estado. Eu tenho a confiança e a certeza de que vai da certo. Estamos trilhando o caminho da justiça, da ho-

manda fazer em apenas 9, o que dá mais

nestidade e da transparência. Por eu ser

Tivemos seis secretários de saúde

celeridade. Pensando nesta celeridade e

médico, é claro que eu quero olhar mais

neste mandato, não dá tempo de in-

transparência que não há hoje em nenhu-

pela saúde. Eu tenho muito a contribuir,

serir a política para funcionar. Cada

ma Secretaria, não porque não queria ser

pois sempre fui gestor público. O recado

um tem uma maneira diferente de ver

transparente, é que o processo ainda é

que dou aos meus colegas é que vamos

os problemas da saúde. Outro fator

físico. Estamos com o propósito firme de

continuar trabalhando muito, porque é o

é que os processos da Secretaria de

fazer uma revolução digital, modernizar

que sabemos fazer, com reconhecimento,

Saúde precisam mudar, um processo

e colocar os processos eletrônicos para

valorização, serei um parceiro incondi-

de licitação antigamente era em 14 e 15

que tenha mais agilidade e transparência.

cional da classe médica e do Conselho

atos, o manual do Tribunal de Contas

Queremos implantar programas digitais

Regional de Medicina de Roraima.

CRM-RR

15

ENTREVISTA

Eu continuo trabalhando. À noite estarei


Diretor de Comunicação anuncia mudanças O novo diretor de Comunicação do CRM – RR Anderson Dalla Benetta, que também é o 1º Secretário da instituição, anunciou que uma das metas da nova gestão é aprimorar a comunicação com os médicos de Roraima por meio dos diversos canais já existentes, como: site, redes sociais e WhatsApp. Uma das primeiras ações foi a reformulação do informativo trimestral do Conselho. “É com imensa satisfação que fizemos algumas mudanças para torná-lo mais dinâmico, moderno e próximo da classe médica roraimense. Teremos seções fixas em todas as edições, publicaremos

NOVO JORNAL

os resultados de setores como a Corregedoria”. As principais novidades neste informativo são a página “Estado Afora”, “Médico Jovem”, “Artigo Científico” e “Além da Medicina”. A partir desta edição, segundo

anunciantes. Há algumas ressalvas no que

A próxima edição sairá em março de

explicou Anderson, também haverá espaço

se refere a quem poderá anunciar. Os es-

2019, os médicos que têm sugestões de

destinado à publicidade.

clarecimentos podem ser obtidos com a

matérias, entrevistas ou artigos para serem

jornalista responsável pela Comunicação

publicados podem entrar em contato pelo

do CRM”.

e-mail crmrr@portalmedico.org.br.

“Seguindo orientações do Conselho Federal de Medicina, abrimos espaço para

Anuidades 2019 O Conselho Federal de Medicina pu-

Até 28 de fevereiro de 2019, no valor

blicou a Resolução Nº 2.185/2018, fixando

R$ 727,50 (setecentos e vinte e sete reais

valores das Anuidades para o Exercício

e cinquenta e centavos).

de 2019.

A ANUIDADE DA PESSOA JURÍDICA po-

A ANUIDADE PARA PESSOA FÍSICA

derá ser paga até 31 de janeiro de 2019, de acor-

será de R$ 750,00 (setecentos e cinquen-

do com as classes de capital social. O patamar

ta reais), que poderá ser paga até 31 de

mínimo é R$ 750,00 (setecentos e cinquenta

reais) e o máximo R$ 6.000,00 (seis mil reais). Os pagamentos efetuados após 31 de janeiro de 2019, para pessoa jurídica, sofrerão os seguintes acréscimos: multa de 2% e juros de 1% ao mês. A íntegra da Resolução No. 2.185/2018 está no site www.cfm.org.br.

Março de 2019. Os pagamentos efetuados após 31 de Março de 2019, para PESSOA FÍSICA, sofrerão os seguintes acréscimos: multa de 2% e juros de 1% ao mês.

ANUIDADE – PESSOA FÍSICA 2019 Pagamento dia 31/01/2019

R$ 712,50

Pagamento dia 28/02/2019

R$ 727,50

Pagamento dia 31/03/2019

R$ 750,00

Do pagamento com desconto para Pessoa Física: Até 31 de Janeiro de 2019, no valor R$ 712,50 (setecentos e doze reais e cinquenta centavos).

16

CRM-RR


Doutora das Mulheres e das Roseiras Com 20 anos de formação em Gine-

das Roseiras” e um canal no youtube, o

cologia e Obstetrícia, a médica Márcia Mon-

qual ela ensina todos os cuidados e téc-

teiro perdeu as contas de quantos partos

nicas necessárias para o bom desenvolvi-

realizou. Ela nasceu em Roraima e é filha

mento da rosa. Ela também comercializa,

de roraimenses, formada pela Universidade

doa para sorteios em igrejas e na escola

Federal do Pará há mais de 20 anos (na

dos filhos, troca com outros apreciadores

época não havia o curso de Medicina no

da planta.

adolescentes, há alguns anos ela passou a

- Juntamente com algumas colegas

dividir a alegria e o prazer de trazer vidas

de trabalho, fizemos uma compra pela in-

ao mundo com o cuidado à plantas, espe-

ternet. Como a maioria perguntava como

cificamente as roseiras do deserto.

eu preparava a terra e plantava, fiz um vídeo e coloquei num grupo privado de whatsap. Mas, uma amiga publicou no fa-

roseiras do deserto. Quando eu trabalha-

cebook uma parte das dicas e as pessoas

va em Rorainópolis passava dez dias lá.

passaram a perguntar sobre o restante do

Ao retornar a Boa Vista, todas as minhas

vídeo. Assim iniciei um canal no youtube

plantas tinham morrido, menos os cactos,

para quem tivesse interesse. E quanto ao

palmeiras e as rosas do deserto. Com isso

apelido de “Doutora das Roseiras” surgiu

fui me interessando, pesquisando sobre

quando duas pacientes no corredor da

elas, comecei a me dedicar aos cuidados

Maternidade me chamaram assim.

e a reprodução desta planta. FOTOS: Hélio Holanda

A rosa do deserto é totalmente diferente da rosa que é bem comum nos jardins

dos para que elas não morram e que embora tenha uma rotina corrida com trabalhos em diferentes turnos e plantões, ela usa as folgas para realizar as manutenções necessárias. No verão, as roseiras são aguadas de 3 a 4 vezes por semana, por exemplo. Quando há muito trabalho, ela chama uma pessoa para ajudá-la.

A paixão pelas roseiras é, também, um escape do dia a dia corrido e estressante, ainda mais com o caos que se encontra a saúde publica. - Quando estou com as minhas

brasileiros. Pertencente à família das sucu-

plantas eu sinto uma tranquilida-

lentas, a espécie é originária da região Sul

de enorme. Você chega em casa

da Arábia e África Oriental, regiões secas

cansada, encontra tudo bagun-

e quentes.

çado, tenho dois filhos adolescentes que não ajudam muito e

Márcia possui uma média de 500

serto lhe renderam o apelido de “Doutora

estabelecer uma rotina de cuida-

ALÉM DA MEDICINA

- Faz uns seis anos que conheci as

resse e o cuidado pelas roseiras do de-

Quem tem plantas é preciso

se desenvolvam. Marcia contou

Estado de Roraima). Casada e mãe de dois

plantas contando com as mudas. O inte-

ROTINA

Algumas rosas do deserto ficam parecidas com uma pequena árvore devido as suas grandes raízes

eu resolvo não esquentar com isso: vou molhar, podar, ver o que cada plantinha precisa e fico muito feliz. Aliás, esta atividade melhora o relacionamento conjugal, com os filhos, o trabalho. É algo que me faz muito feliz.

Há seis anos, Márcia divide a rotina na Maternidade com os cuidados com as roseiras do deserto

Para quem ainda tem dúvidas sobre cuidar de plantas, aí vai o conselho: -Vale a pena ter plantas em casa. É preciso muita paciência, você vai acompanhar todas as etapas, vai vê-la crescer, abrir a primeira flor, é um presente maravilhoso.

CRM-RR

17


ESTATÍSTICA DA CORREGEDORIA – CRM/RR/2018 COMPOSIÇÃO DA CORREGEDORIA

Dr. Marcelo Henrique de Sá Arruda - 1º Corregedor Dr. Bruno Miana Caiafa - 2º Corregedor

SINDICÂNCIAS 1 - INSTAURADAS

29

1.1 - JULGADAS

58

1.2 - EM TRAMITAÇÃO

53

CORREGEDORIA/REGISTRO

PROCESSOS ÉTICO-PROFISSIONAIS 2 – INSTAURADOS

6

2.1 – JULGADOS

12

2.2 – EM TRAMITAÇÃO

22

RELATÓRIO DO SETOR DE REGISTRO MÉDICO PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA REFERENTE AO ANO DE 2018

PESSOA FÍSICA Inscrição Principal (primeira inscrição)

44

Iscrição por Transferência (médicos de outros estados )

20

Inscrição Secundária (médicos com mais de uma inscrição)

15

Reinscrição (médicos que retornaram ao CRM-RR)

13

Inscrição Provisório (inscrição por até noventa dias no CRM-RR)

16

Total de inscrições no período de 04/01/2018 a 12/12/2018

108

Médicos que solicitaram transferência para outros estados

52

Médicos ativos até o dia 12/12/2018

919

PESSOA JURÍDICA

18

CRM-RR

Inscrição por Registro ( é a inscrição de direito privado que é cobrada as anuidades)

12

Inscrição por Cadastro ( é a inscrição de utilidade pública que é isenta de anuidades)

1

Cancelamento de Inscrição por Registro (a pedido da clínica/consultório etc...)

1


Comissão Médico Jovem debaterá assuntos importantes para a carreira do recém-formado Os jovens médicos de Roraima contam, agora, com a Comissão de Integração do Médico Jovem, o objetivo é integrar, acolher e capacitar os profissionais que estão saindo do curso de Medicina e os que estão em início de carreira. De acordo com o sub-corregedor do CRM – RR e coordenador da Comissão, Bruno Caiafa, a Comissão de Integração do Médico Jovem é recente, foi criada em 2016 pelo Conselho Federal de Medicina e tem muito trabalho pela frente. “O cenário profissional para o médico mudou muito nas últimas décadas. O estue tratar doenças, mas não aprende quase nada sobre o Código de Ética e outras

Os médicos Peter Mello e Bruno Caiafa planejam diversos eventos para 2019

habilidades hoje indispensáveis como empreendedorismo, inovação e tecnologia”,

em 2019 pelo programa de Educação Mé-

pertinentes, mas que também veja outras

enfatizou Bruno.

dica Continuada.

possibilidades. Por isso, entre os eventos previstos abordaremos assuntos como a

Para atender todas estas demandas, o

“Queremos que o recém-formado

abertura e administração de consultório,

presidente da Comissão Peter Mello listou

esteja ciente do que pode sofrer caso

finanças e o uso correto das redes so-

uma série de eventos que serão realizados

não esteja alinhado com as condutas

ciais”, disse Peter.

CRM-RR

19

MÉDICO JOVEM

dante de medicina aprende a diagnosticar


20 CRM-RR

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