J O R N A L
D O Mala Direta Básica
Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Abril a Junho de 2019 - EDIÇÃO 52ª
JÁ ESTÁ EM VIGOR NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA A atualização do CEM foi um processo de quase três anos de discussões e análises e entrou em vigência no dia 30 de abril.
Pág. 12 e 13
Fiscalização Departamento de Fiscalização constatou
Além da Medicina
que única Unidade de Saúde da Comu-
Médica se dedica à pintura óleo
nidade da Barata, em Alto Alegre, está
sobre tela há 10 anos.
sucateada.
Pág. 17
Pág. 14
Declaração de Óbito A emissão da Declaração de Óbito é uma importante ferramenta que permite a coleta de dados para estatísticas vitais e epidemiológicas.
Pág. 7
B
oa Vista, a capital mais setentrional
amor à profissão, e que não fazem greve
do país, lida com muitas dificulda-
e nem se postam em frente ao Palácio do Governo fazendo reivindicações?
des por conta de sua geografia, difícil acesso, entre outros. Dentre os vários problemas existentes no Estado, a saú-
Que funcionários são esses que
de é um dos maiores e há anos vem
trabalham muitas vezes mais de 24
pedindo socorro.
horas por dia, embora cansados, por não terem quem os substitua? Que se
A dificuldade enfrentada pela saú-
excede em cafezinho e vivem expostos
de perpassa pela falta de profissionais e
ao stress? Que funcionários são estes
medicamentos, e podemos até afirmar
que embora já tenham cumprido sua
que há uma absoluta incompetência
jornada de trabalho contratada são
e irresponsabilidade das gestões, que
obrigados a deixar compromissos pes-
saem e entram com tal velocidade que impedem o enfrentamento dos problemas.
Rosa de Fátima Leal de Souza Presidente do CRM-RR
soais e os raros momentos com a família e retornarem ao hospital para cobrir plantão por não haver profissionais na escala? Que funcionários são esses
Neste caos da saúde, vejo os médicos lutando de forma
que sofrem violência verbal, e as vezes até física de familiares e
heroica para manter um atendimento de qualidade à população,
pacientes, que são achincalhados nas redes sociais por pessoas
enquanto gestores do Estado, das unidades hospitalares e a
que não conhecem as nuances de sua profissão?
PALAVRA DA PRESIDENTE
própria mídia tem jogado de forma aviltante a população contra aqueles que lutam contra esta irresponsabilidade administrativa,
Que funcionários são esses que fazendo tudo isto, ainda tem
culpando os médicos por todas as mazelas que ocorrem na saúde,
sua idoneidade suspeitada por gestores hospitalares? Estes fun-
e reforçamos que não temos culpa disto.
cionários públicos tão sacrificados, achincalhados e tão expostos ao stress são os médicos, os heróis anônimos de Roraima neste
Queremos lembrar que os médicos são funcionários públi-
caos em que vive a saúde.
cos, igual a todos os outros. Mas, que funcionários são estes que deixam suas famílias nos finais de semana e feriados para esta-
O Conselho Regional de Medicina de Roraima tem imenso
rem nos hospitais amenizando o sofrimento de desconhecidos?
orgulho em representar e agradecer a estes médicos heróis, pois
Que funcionários são esses que mesmo com o atraso de
atividades com dignidade e amor, sublimando suas emoções em
diante de todas estas intempéries, eles continuam realizando suas salários por dois meses continuam exercendo suas atividades por
EXPEDIENTE Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima
EDITOR-CHEFE Anderson Cesar Dalla Benetta COMISSÃO EDITORIAL Anete Maria Barroso de Vasconcelos Rosa de Fátima Leal de Souza JORNALISTA RESPONSÁVEL Marta Gardênia Barros – DRT/RR 502 DIAGRAMAÇÃO David Eugene IMPRESSÃO Gráfica Ioris TIRAGEM 1500 exemplares
Av. Ville Roy, 4123, Canarinho, Boa Vista, Roraima Tel.: (95) 3623-1542 Fax: (95) 3623-1554 E-mail: crmrr@portalmedico.org.br Site: www.crmrr.org.br Facebook: facebook.com/crmrr Instagram: crm_roraima
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CRM-RR
DIRETORIA Presidente: Rosa de Fátima Leal de Souza 1ª Vice-Presidente: Blenda Avelino Garcia 2º Vice-Presidente: Domingos Sávio Matos Dantas 1º Secretário: Anderson Cesar Dalla Benetta 2ª Secretária: Anete Maria Barroso de Vasconcelos 1ª Tesoureira: Nympha Carmen Akel Thomaz Salomão 2º Tesoureiro: Douglas Henrique Teixeira 1º Corregedor: Marcelo Henrique de Sá Arruda 2º Corregedor: Bruno Miana Caiafa COMISSÃO DE ASSUNTOS POLÍTICOS Membros: Álvaro Túlio Fortes; Blenda Avelino Garcia; Douglas Henrique Teixeira; Juliano Medeiros Lima; Laerth Macellaro Thomé. COMISSÃO DE CONTROLE INTERNO Membros: Alexander Vasconcelos Blanco; Marcilene da Silva Moura; Ricardo Oliveira de Carvalho; Ana Carolline da Silva e Silva (servidora) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA Coordenadora: Blenda Avelino Garcia Membros: Alexandre Salomão de Oliveira; Bruno Miana Caiafa; Bruno Thiago de Oliveira Cruz Pinto; Edson Rodrigues Bussad; Marilza Bezerra Martins; Peter Coutinho Melo; Roberto Carlos Cruz Carbonell. COMISSÃO DE LICITAÇÃO Membros: Domingos Sávio Matos Dantas; Adriana Albuquerque (servidora); Marcelo Cabral (servidor); Sorahyda Monteiro de Alencar (servidora).
favor da saúde da população!
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO Coordenador: Domingos Sávio Matos Dantas Presidente: Blenda Avelino Garcia Membros: Anderson Cesar Dalla Benetta; Edson Rodrigues Bussad; José Antônio do Nascimento Filho; Jucineide Vieira Araújo; Nympha Carmen Akel Thomaz Salomão; Ricardo Oliveira de Carvalho; Roberto Carlos Cruz Carnonell; Rosa de Fátima Leal de Souza.
REPRESENTANTES NO COMITÊ DE MORTALIDADE MATERNA Membros: Valéria Cristina Nascimento Silva
COMISSÃO DO MÉDICO JOVEM Coordenador: Bruno Miana Caiafa Presidente: Peter Coutinho Mello Membros conselheiros: Andréa Giordana dos Passos Araújo; Bruno Thiago Oliveira Cruz Pinto; Guilhermina Modesto Jacó Membros não conselheiros: Daniella Karina Congo Thomé; José Ferreira Buttenbender; Simon Thomaz Salomão.
REPRESENTANTES NO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE Efetivo: Marcilene da Silva Moura Suplente: Silvia Mariane Vasconcelos dos Santos
COMISSÃO PERMANENTE DE PATRIMÔNIO Membros: Douglas Henrique Teixeira; Adriana Albuquerque (servidora); Antonio Neto (servidor); Juscelino Felix (servidor); Sorahyda Monteiro de Alencar (servidora). COMISSÃO DE REGISTRO DE ESPECIALIDADES Coordenadora: Anete Maria Barroso de Vasconcelos Presidente: Marcos Antonio Chaves Cavalcanti de Albuquerque Membros: Bruno Figueiredo dos Santos; Tao Machado; Valéria Cristina Nascimento Silva.
REPRESENTANTES NO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE Efetivo: Mareny Damaceno de Sousa Suplente: Bruno Thiago de Oliveira Cruz Pinto
REPRESENTANTES NO CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE Efetivo: Álvaro Túlio Fortes Suplente: Anete Maria Barroso de Vasconcelos REPRESENTANTES NO SUL DO ESTADO Membros: Áthila Ferreira Bessa; Francisco Cláudio Linhares de Sá Filho CONSELHEIROS FEDERAIS DE RORAIMA Efetivo: Wirlande Santos da Luz Suplente: Alexandre de Magalhães Marques ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Marta Gardênia Barros ASSESSORIA JURÍDICA Allan Kardec Lopes Mendonça Filho
PRESTANDO CONTAS Caros Colegas,
passa a ser do médico que realiza o procedimento”.
Dia 30 de setembro próximo, estará encerrando o meu
Membro efetivo da Comis-
mandato como representante
são Nacional Pró-SUS, Comissão
dos médicos roraimenses no
de Assuntos Políticos, Comissão
Conselho Federal de Medicina.
de Integração dos Médicos de
Foram 5 anos de muito trabalho
Fronteira e Comissão de Saúde
nas votações de Pareceres, Re-
Suplementar.
soluções, Relatoria de Processos Éticos-Profissionais e audiências
Como membro da Comis-
na Câmara dos Deputados e
são de Assuntos Políticos (CAP)
Senado Federal.
fizemos análises de cerca de mil Projetos de Lei e participamos de cerca de duzentas audiências
Éticos-Profissionais julgados em
com parlamentares. Essas ativi-
Câmaras de Julgamento e 7 que
dades serviram para firmar junto
foram julgados pelo Plenário da
aos parlamentares a posição das
Casa. Participei de 35 Sessões
Entidades Médicas com relação
Plenárias Ordinárias e 10 Sessões
aos projetos analisados e que es-
Extraordinárias. Participei ainda
tão em tramitação no Congresso
de 86 Ações Administrativas em
Nacional.
CONSELHEIRO FEDERAL
Fui relator 46 Processos
Comissões e Câmaras Técnicas, mais de 40 eventos promovidos
Aproveito para agradecer
pelo CFM, além de acompanhar
o voto de confiança que me foi
seis Encontros Nacionais de En-
Wirlande da Luz Conselheiro Federal
tidades Médicas.
dado pelos médicos roraimenses e pelos Conselheiros dos demais
de exames complementares que con-
Estados da Federação.
Tive a honra de representar
figurem ato médico sem solicitação
o CFM em 8 atividades externas.
do profissional médico. Nos casos de
Desejo boa sorte e um bom
Fui autor do parecer que afirma
demanda espontânea, a responsabi-
trabalho aos nossos próximos
“não ser permitida a realização
lidade profissional sobre o paciente
representantes.
“COMO MEMBRO DA COMISSÃO DE ASSUNTOS POLÍTICOS (CAP) FIZEMOS ANÁLISES DE CERCA DE MIL PROJETOS DE LEI E PARTICIPAMOS DE CERCA DE DUZENTAS AUDIÊNCIAS COM PARLAMENTARES”.
CRM-RR
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Enfermaria da Emergência do HCSA Marcia Terezinha Baroni de Moraesa*, Alberto Ignácio Olivares Olivaresb, c, Alexandre Madi Fialhoa, Fábio Correira Maltaa, Sergio da Silva e Mouta Juniora, Romanul de Souza Bispob, Alvaro Jorge Vellosod, Gabriel Azevedo Alves Leitãoa, Carina Pacheco Cantellic, d, Johan Nordgrene, Lennart Svensone Marize Pereira Miagostovicha José Paulo Gagliardi Leitea Laboratory of Comparative and Environmental Virology, Oswaldo Cruz Institute, Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Avenida Brasil, 4365-Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brazil b Federal University of Roraima, Research Center Roraima Health Observatory (ObservaRR), Avenida Capitão Ene Garcês, 2413-Aeroporto, Boa Vista, RR, Brazil c Post-Graduate Program in Parasite Biology, Oswaldo Cruz Institute, Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Avenida Brasil, 4365-Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brazil d Department of Viral Vaccines and Department of Quality Control, Immunobiological Technology Institute (BioManguinhos) – Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Avenida Brasil, 4365-Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brazil e Division of Molecular Virology, Department of Clinical and Experimental Medicine, Linköping University, 581 85 Linköping, Sweden
ARTIGO CIENTÍFICO
a
RESUMO
Os antígenos do grupo Histo-sanguíneo (HBGA) são fatores genéticos do hospedeiro associados à suscetibilidade ao rotavírus (RV) e norovírus humano (HuNoV), os principais agentes etiológicos da gastroenterite aguda viral (GEA) no mundo. O gene FUT2 expressa á enzima alfa-1,2-L-fucosiltransferase é importante para a expressão do HBGA no intestino, e também fornece uma composição do perfil fenotípico obtido através de mutações que ocorrem em populações com diferentes histórias evolutivas; como tal, pode ser considerado um marcador genético da população. A fenotipagem de Lewis e secretor do HBGA foi realizada, com 352 amostras de saliva coletadas de crianças de três meses a cinco anos nascidos na Amazônia (Brasil, Venezuela e Guiana Inglesa) apresentando GEA ou IRA, sendo esta última considerada, controle. As crianças fenotipadas como secretoras foram 323, correspondendo a 91,80%. Destes, 207 (58,80%) tinham um perfil Le (a + b +) (secretor fraco). Os perfis de HBGA foram igualmente encontrados em crianças com GEA e IRA. O rs1047781 do gene FUT2 não foi detectado no DNA de células da saliva com um perfil Le (a + b +). No entanto, mutações ainda não descritas no gene FUT2 foram observadas. A distribuição do SNP (Polimorfismos de Nucleotídeo Único) no gene FUT2 das amostras analisadas foi muito semelhante à des-
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CRM-RR
crita em populações asiáticas, incluindo tribos indígenas. Palavras-chave: Antígenos do grupo histo-sanguíneo; Saliva; secretora fraca; Polimorfismos de Nucleotídeo único Introdução: A gastroenterite é a segunda maior causa de morte em menores de cinco anos, com 530 mil mortes a cada ano (OMS, 2018). Os antígenos Secretor e Lewis do HBGA são fatores de susceptibilidade à infecção por Norovírus Humanos (HuNoVs) e Rotavírus A (RVA); principais agentes causadores de GEA. A identificação do perfil HBGA em populações é de grande importância (Monedero et al. 2018; Munnink e van der Hoek, 2016). O gene humano FUT2 define o status Secretor e Lewis de cada indivíduo sendo um marcador genético das populações. Objetivos: Definir o perfil Secretor e Lewis do HBGA de crianças de 3 meses a 5 anos da região Amazônica com GEA; identificar polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) do gene FUT2. Relacionar perfil HBGA/SNPs com gastroenterites e SNPs detectados com SNPs asiáticos. Desenho do estudo: 352 amostras de saliva coletadas de janeiro de 2016 a outubro de 2017 (crianças entre 3 meses a 5 anos) apresentando GEA ou IRA (grupo controle) nascidas na região amazônica do Brasil, Venezuela e Republica Federativa da Guiana Inglesa, atendidas no Hospital da Criança. Método: Fenotipagem por ELISA com anticorpos monoclonais (mAb) contra α-A, α-B), Lea, Leb e com lectina para enzima alpha (1,2) fucosyltransferase. PCR touchdown para amplificação da região codificante do gene FUT2 e região 3’ não codificante. Sequenciamento nucleotídico dos amplicons. Resultados: 323 (91,80%) crianças apresentaram perfil secretor, dessas 207 (58,80%) foram secretoras fracas (Sew) Le (a+b+). 29 crianças (8,2%) foram não secretoras. O SNP A385Tdo gene FUT2 não foi detectado nas crianças Sew, porém mutações ainda não descritas foram
detectadas: não sinônimas C327T, C446T, C723A, A724T, C736A e sem sentido A325T, C501T, C519T, C585T, A855T. Os perfis de HBGA foram iguais em crianças com GEA e controle. Discussão e conclusões: A alta frequência do perfil secretor detectado em crianças com GEA, e o perfil HBGA em amostras e controle, indica que crianças secretoras são mais susceptíveis a GEA e ressalta a importância da detecção dos agentes virais causadores de GEAs, pois são responsáveis por 30 a 70% dos casos. A baixa frequência de crianças não secretoras foi similar a mundial. O perfil Sew foi encontrado nas amostras estudadas e têm exclusivos da população asiática. SNPs já identificados nas populações asiáticas e nas amostras estudadas corroboram a ancestralidade entre os dois grupos.
REFERÊNCIAS:
Monedero, V., Buesa, J., Rodríguez-Díaz, J., 2018. The
interactions between host glycobiology, bacterial microbiota, and viruses in the gut. Viruses 10, 1–14. https://doi. org/10.3390/v10020096. Munnink, B.B.O., van der Hoek, L., 2016. Viruses causing gastroenteritis: the known, the new and those beyond. Viruses 8, 42. https://doi.org/10.3390/v8020042. OMS, 2018. Diarrhoeal Disease. Fact Sheet. http://www. who.int/mediacentre/factsheets/fs330/en/, Accessed date: 1 July 2018.
AGRADECIMENTOS:
Os autores reconhecem os pequenos do Hospital da Criança Santo Antônio de Boa Vista-RR e seus pais por fazerem este estudo possível. Ao prof. Dr. José Francisco Luitgards Moura, coordenador do ObservaRR, por seu apoio ao Projeto e seus ensinamentos sobre cultura indígena. Bruno Baroni de Moraes e Souza pela revisão em inglês.
ARTIGO CIENTÍFICO
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
matrículas abertas o ano inteiro
kumon kumo KUMON mundo
•Matemática•inglês •português•japonês Unidade Boa Vista Centro
3623-5478
CRM-RR
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CRM – RR visita escritório da Unicef/Roraima No dia 4 de julho, a 1ª vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR), Blenda Garcia participou de uma reunião no escritório da Unicef em Roraima. Estiveram presentes ainda a presidente da Sociedade Roraimense de Pediatria (SRP), Adelma Figueiredo e a Coordenadora da Unicef para toda Amazônia, Anyoli e Ewerton, o responsável pelo Setor de Saúde e Nutrição Unicef /RR.
NFORMAÇÃO
O objetivo da reunião, segundo contou Blenda Garcia, foi estreitar os laços entre o CRM-RR, a SRP, a Universidade Federal de Roraima e o trabalho da UNICEF realizado em Roraima, em especial no tocante às crianças e adolescentes migrantes/refugiadas . As pediatras Blenda Garcia e Adelma Figueiredo, também, são professoras do curso de Medicina da UFRR e se colocaram à disposição para contribuírem na elaboração de treinamentos e capacitação dos monitores que atendem às crianças migrantes dentro e fora dos Abrigos, em especial uma capacitação sobre “Aleitamento Materno e Alimentação e Hábitos Saudáveis do nascimento aos 2 anos de vida”. Outro assunto, tratado na reunião foi a cooperação de alunos do curso de Medicina no levantamento e compilação
o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria”, disse Blenda. Outro evento que haverá cooperação é no 5º Ciclo Saúde, que capacita profissionais da saúde de toda a Rede de Atenção Básica com a garantia e premiação do Selo Unicef.
Em setembro haverá um Fórum regional sobre crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade dos dados sobre o estado nutricional das crianças e adolescentes, bem como a possibilidade da aplicação de um questionário qualitativo às adolescentes grávidas. A primeira presidente Blenda Garcia propôs parceria por meio do Departamento de Educação Médica do CRM-RR para realização de um Fórum Regional sobre as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “Pretendemos realizar este Fórum em setembro deste ano. Os levantamentos, estatísticas e proposições servirão para levar material didático e científico mais refinado ao Fórum de Pediatria do Conselho Federal de Medicina, que ocorrerá na cidade de Porto Alegre/RS simultaneamente com
FÓRUM O Fórum do CFM terá este ano como tema principal “Crianças e Adolescentes em situação de vulnerabilidade”, com 3 mesas-redondas : Segurança do paciente pediátrico; Crianças e Adolescentes Refugiados (o caso Roraima) e Crianças e Adolescentes Indígenas. A pediatra Blenda Garcia, representante de Roraima na Câmara Técnica de Pediatria do CFM, estará como responsável e Coordenadora da Mesa-Redonda sobre a população Pediátrica refugiada em Roraima, que terá como subtemas : 1.
Panorama Roraima e Resposta Humanitária na saúde ( Como é e como deveria ser ); 2. Estado Nutricional de crianças e adolescentes migrantes em RR; 3. Gravidez na adolescência entre a população migrante; 4. Casuística do atendimento nas Unidades de Saúde de Boa Vista dos Refugiados venezuelanos.
ELEIÇÃO
Duas chapas concorrem à vaga de Conselheiro Federal No dia 5 de junho, encerraram as inscrições para o registro das chapas de candidatos que desejavam concorrer a vaga de conselheiro federal efetivo e suplente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR). Duas chapas foram inscritas: Projeto Dignidade Médica (Carlos Patrick Araújo da Silva e Samir de Araújo Xaud) e Ética e Compromisso (Domingos Sávio Matos Dantas e Nazareno Bertino Vasconcelos Barreto). A eleição acontecerá no dia 28 de agosto. A votação será presencial, das 8h
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CRM-RR
às 20h, na sede do CRM – RR. Não haverá votação pelos Correios. As normas pertinentes ao processo eleitoral estão disponíveis no site do Conselho Federal de Medicina (www.portalmedico.org. br) e no site www.crmrr.org.br, do CRM – RR. O voto é obrigatório e secreto para os médicos que estejam em gozo de seus direitos políticos e profissionais, inscritos primária ou secundariamente no CRM – RR, e quites com o pagamento de suas anuidades. Para as pessoas com mais de
70 anos é facultativo. Será aplicada a multa prevista em lei para o médico que não votar, salvo justificativa ou impedimento a ser declarado até 60 dias após o encerramento da eleição. Já, o médico inscrito em mais de um Conselho Regional deverá votar em pelo menos um deles. O mandato para conselheiro federal, efetivo e suplente tem duração de cinco anos e é meramente honorífico. A posse dos candidatos eleitos acontecerá no dia 1º de outubro em Brasília, na sede do CFM.
É dever do médico preencher corretamente a Declaração de Óbito com relatório médico. Em mortes naturais a DO deve ser preenchida pelo médico assistente do paciente ou substituto/plantonista ou aquele designado pela instituição, e em pacientes sob acompanhamento domiciliar pelo médico da Estratégia de Saúde da Família. Em casos de ausência de assistência médica a DO deve ser preenchida pelo SVO (Serviço de Verificação de Óbito) e na ausência deste pelo médico do serviço público mais próximo. Em mortes não naturais a DO deve ser preenchida pelo IML, e em locais sem IML qualquer médico que seja investido pela autoridade policial ou judicial (ad hoc), e nestes casos o médico não pode ser negar a esta tarefa se assim lhe for determinado. As causas da morte a serem anotadas na DO são todas as doenças, os estados mórbidos ou as lesões que produziram a morte ou contribuíram para mesma, além das circunstâncias do acidente ou da violência que produziram essas lesões. O médico deverá declarar as causas da morte anotando
apenas um diagnóstico por linha. Para preencher adequadamente a DO, o médico deve declarar a causa básica do óbito (doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal) em último lugar estabelecendo uma sequência, de baixo para cima, até a causa terminal ou imediata. Na parte seguinte, o médico deve declarar outras condições mórbidas pré-existentes e sem relação direta com a morte, que não entraram na sequência causal declarada anteriormente. Quanto às causas da morte o Primeiro Secretário do CRM –RR, Anderson Dalla Benetta, afirma que esta é parte mais importante da DO, e a que é mais comumente é preenchida errada. “Um dos erros mais comuns é colocar na primeira linha das causas da morte a parada cardiorrespiratória, e esta não é causa da morte e sim modo de morrer. Outro erro muito comum é colocar apenas falência múltipla de órgãos como causa da morte. Este é um diagnóstico impreciso, e caso seja relatado como causa da morte, deve vir acompanhando pelas outras causas que o motivaram.O Ministério da Saúde possui um guia de preenchimento que deve ser lido por todos os médicos, pois explica como preencher de forma correta as causas da morte exemplificando com diversos casos clínicos”. Paciente transferido entre instituições deve ser acompanhando de relatório médico e sua não emissão é ilícito ético punível pelos CRM´s. E caso o paciente venha a óbito em trânsito este relatório pode subsidiar ao médico que recebe o paciente para que emita a DO. Caso uma DO seja preenchida errada não deve ser dispensada, deve-se anotar na mesma “anulada” e devolver ao serviço epidemiológico local que dará as providências cabíveis. E se o médico perceber que emitiu DO errada após ser emitida a Certidão de Óbito pelo cartório, deve procurar um advogado que entrará com pedido judicial para retificação da DO.
O guia pode ser acessado pelo seguinte link: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ pdf/2015/agosto/14/Declaracao-de-Obito-WEB.pdf
CRM-RR
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DECLARAÇÃO DE ÓBITO
A atual declaração de óbito (DO) foi implantada pelo Ministério da Saúde em 1976, e tem a função legal que permite a emissão da Certidão de Óbito e também é importante ferramenta que permite a coleta de dados para estatísticas vitais e epidemiológicas que subsidiam políticas públicas de saúde. Constitui ato médico devendo ser preenchido todos os campos e com letra legível, e indicar a sequência correta das causas da morte. Além disso, é proibido ao médico assinar DO em branco, assinar sem constatar pessoalmente o óbito, usar termos vagos para indicar as causas da morte, cobrar pela emissão e emitir DO falsa, sendo todos essas situações puníveis pelos CRM´s de acordo com o Código de Ética Médica. A DO deve ser emitida em todos os óbitos, bem como para crianças nascidas vivas e que morrem em seguida e em óbitos fetais (idade maior igual de 20 semanas ou peso igual ou maior de 500 gramas ou estatura maior ou igual a 25 centímetros). Peças anatômicas amputadas são sepultadas apenas
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Acompanhamento de obra
CRM-RR
9
MÉDICO JOVEM
Hélio Holanda
Durante dois dias médicos e acadêmicos de medicina participaram das palestras do I Fórum Roraimense de Integração do Médico Jovem
Conselho Regional de Medicina de Roraima realizou o I Fórum de Integração do Médico Jovem Durante os dias 24 e 25 de maio, inú-
tratar doenças, mas tem outras coisas que
a Comissão do Médico Jovem. “Os dois
meros acadêmicos de medicina e médicos
não aprendemos no curso, como a ética
dias foram muito proveitosos, com temas
estiveram reunidos no auditório do Centro
médica, preenchimento de prontuário e de-
importantes para o profissional, tanto pela
de Ciências da Saúde, na Universidade Fe-
claração de óbito. Estas e outras questões
ótica prática e de como gerir uma carreira
deral de Roraima, no I Fórum de Integração
que são importantes para a carreira foram
com sucesso”.
do Médico Jovem.
debatidas durante o Fórum”, contou Peter. Para a acadêmica de medicina, Bianca
O evento foi realizado pela Comis-
Ainda de acordo com Peter, o evento
Quintella, “o Fórum foi um grande passo
são de Integração do Médico Jovem, do
foi satisfatório. “Por ser o primeiro Fórum
para a Educação Médica roraimense. Não
Conselho Regional de Medicina de Ro-
da Comissão, tivemos uma boa participa-
só por demonstrar que Roraima está em
raima (CRM – RR). Segundo o Presidente
ção. Pretendemos realizar outros eventos
consonância com os eventos organizados
da Comissão, Peter Coutinho, o objetivo
e criar uma cultura de envolvimento dos
pelo Conselho Federal de Medicina, mas
do Fórum era capacitar e informar os
médicos mais jovens e residentes. Esses
também pela representatividade para a
médicos com assuntos prevalentes na
momentos são boas oportunidades de
demografia médica brasileira. Hoje, com
profissão e que são importantes para
troca de experiência e aprendizado”, co-
o crescente número de médicos jovens,
nortear os profissionais.
mentou Peter.
é necessário que eles estejam cada vez mais inseridos nos espaços representa-
“Quando o acadêmico sai da uni-
A presidente do CRM – RR, Rosa
versidade, sabemos lidar com paciente,
Leal considerou o evento um marco para
10 CRM-RR
tivos, como os conselhos, e isso ainda ocorre pouco”.
PROGRAMAÇÃO DO PRIMEIRO DIA FOTOS: Hélio Holanda
A médica Katherine Wilt abordou o tema “Mercado de Trabalho: Cenário atual e perspectivas”.
A primeira noite foi encerrada com a palestra Auto Liderança para o médico do futuro, ministrada pelo administrador Hiran Lima.
PROGRAMAÇÃO DO SEGUNDO DIA
A Presidente do CRM – RR, Rosa Leal falou sobre “Prontuário Médico: Como preencher e Implicações Legais”.
A importância do bom preenchimento da Declaração de Óbito foi o tema do médico oncologista e Primeiro Secretário do CRM – RR, Anderson Dalla Benetta.
O psiquiatra Arthur Danilla, de São Paulo – SP, falou da Saúde Mental do Médico Jovem.
O médico infectologista Mauro Asato encerrou o Fórum com o tema a Responsabilidade Civil e Ética do Médico Residente e do Preceptor. CRM-RR
11
MÉDICO JOVEM
O médico oncologista Allex Jardim da Fonseca proferiu a palestra “Fundamentos éticos: preparação para o recém formado e médico residente”.
Novo Código de Ética Médica está em vigor O respeito à autonomia do paciente,
Para facilitar a compre-
inclusive na fase da terminalidade da vida;
ensão das novas diretrizes,
a preservação do sigilo profissional na
o novo texto mantém o
relação entre médico e paciente; o direito
mesmo número de capí-
de o médico exercer a profissão de acordo
tulos, que abordam prin-
com sua consciência; e a possibilidade de
cípios, direitos e deveres
recusa de atender em locais com condições
dos médicos. Entre as
precárias, que expõem ao risco pacientes
principais novidades está
e profissionais são alguns dos pontos
o respeito ao médico
previstos no novo Código de Ética Médica
com deficiência ou do-
(CEM) que entrou em vigência no dia 30
ença crônica, assegu-
de abril deste ano.
rando-lhe o direito de exercer suas ativida-
CAPA
A atualização do CEM foi um processo
des profissionais nos
de quase três anos de discussões e análi-
limites de sua capacidade e também
ses que atualizaram a versão anterior que
sem colocar em risco a vida e a saúde
vigorava desde abril de 2010 (Resolução
de seus pacientes. dicina, o novo Código de Ética Médica
CFM Nº 1.931/2009). Os debates, que foram abertos à participação de toda a categoria
Também ficou definido que o uso das
manteve a proibição do uso do placebo
médica – seja por meio de entidades ou
mídias sociais pelos médicos será regula-
de maneira isolada em experimentos,
pela manifestação individual dos profis-
do por meio de resoluções específicas,
quando houver método profilático ou
sionais – permitiram modernizar o texto
o que valerá também para a oferta de
terapêutico eficaz.
anterior, incorporando artigos que contem-
serviços médicos à distância mediados
plam mudanças decorrentes de avanços
por tecnologia.
O novo Código de Ética Médica pode ser acessado pelos links: portal.cfm.org.br/
científicos e tecnológicos, assim como novos contextos na relação em sociedade.
No âmbito das pesquisas em me-
images/PDF/cem2019.pdf e cem.cfm.org.br.
CONFIRA ALGUMAS DAS NOVIDADES DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA DIRETRIZ O novo código transfere a regulação da telemedicina e do uso das mídias sociais para resoluções avulsas, passíveis de frequentes atualizações, impondo ao médico a obrigatoriedade do respeito às normas emanadas pelo CFM. Garante respeito ao médico com deficiência ou doença crônica, garantindo suas atividades profissionais nos limites de sua capacidade e segurança do paciente
REFERÊNCIA NO CÓDIGO Cap. V Art. 37 § 1º O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina. § 2º Ao utilizar mídias sociais e instrumentos correlatos, o médico deve respeitar as normas elaboradas pelo Conselho Federal de Medicina.
É direito do médico: Cap. II XI – É direito do médico com deficiência ou com doença, nos limites de suas capacidades e da segurança dos pacientes, exercer a profissão sem ser discriminado. É vedado ao médico:
Nas pesquisas, manteve a vedação ao uso de
Cap. XII Art. 106 Manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas em se-
placebo isolado
res humanos que usem placebo de maneira isolada em experimentos, quando houver método profilático ou terapêutico eficaz.
12
CRM-RR
Cap. XII Art. 101 § 1º No caso de o paciente participante de pesquisa ser criança, adolescente, pessoa com transtorno ou doença mental, em situação de diminuição de sua Criou normas de proteção de sujeitos partici-
capacidade de discernir, além do consentimento de seu representante legal, é necessário
pantes em pesquisa vulneráveis
seu assentimento livre e esclarecido na medida de sua compreensão. Cap. XII Art. 105 É vedado ao médico: Realizar pesquisa médica em sujeitos que sejam direta ou indiretamente dependentes ou subordinados ao pesquisador.
Nas pesquisas, passou a permitir o acesso a prontuários, sem TCLE, em estudos retrospectivos quando autorizados por comissões de ética em pesquisa em seres humanos
Cap. XII Art. 101 § 2º O acesso aos prontuários será permitido aos médicos, em estudos retrospectivos com questões metodológicas justificáveis e autorizados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) ou pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
Institui a obrigação da elaboração do sumário
Cap. X Art. 87 § 3º Cabe ao médico assistente ou a seu substituto elaborar e entregar
de alta e entrega ao paciente quando solicitado.
o sumário de alta ao paciente ou, na sua impossibilidade, ao seu representante legal.
Agora, quando for requisitado judicialmente, deve encaminhar cópias do prontuário sob sua guarda ao juízo requisitante.
Cap. X Art. 89 § 1º Quando requisitado judicialmente, o prontuário será encaminhado ao juízo requisitante.
DIREITOS DOS MÉDICOS ASSEGURADOS PELO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA DIRETRIZES
REFERÊNCIA NO CÓDIGO Cap. II I – Exercer a medicina sem ser discriminado por questões de religião, etnia, cor, sexo, orientação sexual,
Exercício da medicina
nacionalidade, idade, condição social, opinião política, deficiência ou de qualquer outra natureza.
sem discriminação
XI – É direito do médico com deficiência ou com doença, nos limites de suas capacidades e da segurança dos pacientes, exercer a profissão sem ser discriminado. X – O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou
explorado
religiosa. III – Apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros.
Exercício da profissão
IV – Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não
em condições
sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais.
adequadas
V – Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência. IX – Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.
Exercer a medicina conforme sua consciência
Princípios Fundamentais Cap. V Art. 36 § 1° - Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho profissional, o médico tem o direito de renunciar ao atendimento, desde que comunique previamente ao paciente ou a seu representante legal, assegurando-se da continuidade dos cuidados e fornecendo todas as informações necessárias ao médico que o suceder.
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CRM-RR
13
CAPA
Trabalho não pode ser
Única Unidade de Saúde da Comunidade do Barata está sucateada Fotos: Marta Gardênia
O Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR) esteve no dia 18 de junho, na Comunidade Indígena Barata, localizada a 72 km de Boa Vista, na terra indígena Barata/ Livramento, Região do Taiano, no município de Alto Alegre do Estado de Roraima. A população de quase 675 indígenas, dados repassados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste de Roraima, conta com dois locais para atendimento médico, que são: a Unidade Mista Bom Samaritano e o Clube de Mães da Comunidade do Barata (local provisório, cedido pela comunidade), que está sob respon-
ESTADO A FORA
sabilidade do DSEI-Leste e conta com um profissional do Programa Mais Médicos.
O mobiliário da Unidade Mista Bom Samaritano está sucateada
Na Unidade Mista Bom Samaritano,
locais para pronto-atendimento médico,
responsabilidade do Governo Estadual, o
observação clínica e até quartos de enfer-
atendimento médico acontece duas vezes
marias para internação de patologias de
por semana. Segundo o diretor da unidade,
baixa complexidade. No entanto, inexistem
para o local são disponibilizados dois mé-
recursos humanos disponíveis (médicos e
dicos, no entanto, no dia da vistoria apenas
equipe de enfermagem), todo o mobiliário
um médico estava regularmente prestando
encontra-se velho, sucateado e sem a mí-
atendimento à população.
nima condição de uso, além do mais grave a falta de praticamente todos os medica-
De acordo com a coordenadora do
mentos e insumos médico-hospitalares
Departamento de Fiscalização, Blenda
obrigatórios para o funcionamento do
Garcia, foi lamentável constatar o estado
local”, relatou Blenda.
de precariedade que se encontra a Unidade Mista Bom Samaritano, única unidade de saúde da Comunidade Indígena Barata.
Como ocorre com todos os locais vistoriados pelo CRM – RR, o relatório de fiscalização foi devidamente encaminhado
“Durante a nossa vistoria verificamos
para gestores (estadual e coordenação do
que existe um bom espaço físico, com
DSEI-leste) e demais órgãos fiscalizadores.
Os atendimentos do DSEI-Leste acontecem no Clube de Mães cedido pelos moradores da Comunidade
SESAU
14
Segundo nota-reposta enviada pela Assessoria de Comunicação
mente esclarecemos que o prédio pertence ou pertencia à Diocese
da Secretaria Estadual de Saúde, a Unidade Mista Bom Samari-
e que no início da gestão anterior manifestou - se a vontade de
tano foi abastecida no dia 11 de julho com medicamentos. Quanto
reformar o referido estabelecimento, porém conforme orientação
à estrutura do prédio foi informado que a área pertence à União,
de gestores da época não seria possível realizar tal manutenção
ou seja, é um patrimônio Federal. “Porém após busca ativa na
predial devido o mesmo ser patrimônio histórico e a única forma
Unidade Hospitalar, não localizamos qualquer documentação que
de melhorar sua estrutura seria através de restauração, o que seria
sinalize a doação do prédio para o patrimônio Estadual. Oportuna-
oneroso aos cofres públicos”.
CRM-RR
Fiscalização FISCALIZAÇÃO/EDUCAÇÃO MÉDICA
Atendendo uma solicitação do Conselho
Indígena Barata).
Federal de Medicina, o Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina
Além dos locais públicos, o Departamento
de Roraima (CRM – RR) realizou nos meses
de Fiscalização realizou 05 vistorias para Reno-
de maio e junho, inspeção em 20 Unidades
vação de Certificado de Regularidade Pessoa
Básicas de Saúde.
Jurídica, 02 vistorias para Primeira Inscrição Pessoa Jurídica, 02 denúncias, uma no corpo
Das 20 Unidades Básicas de Saúde
de bombeiros e outra referente ao atendimento
fiscalizadas, 11 foram em Boa Vista, 04 no
médico oftalmológico em local inadequado e
município do Cantá, 01 em Iracema e Muca-
“venda casada” entre médico e ótica vendedora
jaí, e três em Alto Alegre (na Comunidade
de lentes corretivas.
Educação Médica Continuada Eventos da Educação Médica Continuada realizados até o final de junho:
I Simpósio Materno de Cuidados Infantis (21 e 22 de fevereiro) Curso de Reanimação do Recém Nascido (19 e 20 de fevereiro) Curso de capacitação de para determinação de morte encefálica. (21 e 22 de março) Fórum Roraimense de Integração do Jovem Médico (24 e 25 de maio) Serão Cientifico (05 de junho). Curso de Radiologia e Imagem (contínuo) II Curso de Eletrocardiograma (27,28 e 29 de junho)
CRM-RR
15
ESTATÍSTICA DA CORREGEDORIA REFERENTE DE 01 MARÇO A 30 DE JUNHO DE 2019 COMPOSIÇÃO DA CORREGEDORIA
Dr. Marcelo Henrique de Sá Arruda - 1º Corregedor Dr. Bruno Miana Caiafa - 2º Corregedor
PROCESSOS ÉTICO-PROFISSIONAIS INSTAURADOS
03
JULGADOS
04
RECURSO AO CFM
00
EM TRAMITAÇÃO
23
CORREGEDORIA/REGISTRO
SINDICÂNCIAS INSTAURADAS
161
JULGADAS
22
RECURSO AO CFM
01
EM TRAMITAÇÃO
185
PARECER CONSULTA INSTAURADOS
-
APRECIADOS P/ PLENO
-
EM TRAMITAÇÃO
00
CONSULTAS INSTAURADOS
-
APRECIADOS P/ PLENO
-
EM TRAMITAÇÃO
00
RELATÓRIO DO SETOR DE REGISTRO MÉDICO E PESSOA JURÍDICA REFERENTE DE 12 DE MARÇO A 30 DE JUNHO DE 2019
PESSOA FÍSICA Inscrição Principal (primeira inscrição)
5
Iscrição por Transferência (médicos de outros estados )
4
Inscrição Secundária (médicos com mais de uma inscrição)
5
Reinscrição (médicos que retornaram ao CRM-RR)
7
Inscrição Provisório (inscrição por até noventa dias no CRM-RR)
6
Total de inscrições no período de 12/03/2019 a 30/06/2019
27
Médicos que solicitaram transferência para outros estados
13
Médicos ativos até o dia 30/06/2019
914
PESSOA JURÍDICA
16
CRM-RR
Inscrição por Registro ( é a inscrição de direito privado que é cobrada as anuidades)
8
Inscrição por Cadastro ( é a inscrição de utilidade pública que é isenta de anuidades)
0
Cancelamento de Inscrição por Registro (a pedido da clínica/consultório etc...)
0
Da emergência/urgência para telas e pincéis PAISAGENS E NATUREZA O quadro pintado “As Hortênsias” fica logo na entrada na casa, onde há inúmeros outros decorando o ambiente e anunciando que ali mora uma artista. De acordo com Patrícia, ela gosta de pintar paisagens, flores e tudo o que remete a um sentimento bucólico. natureza. Quando eu saio para estes lugares, tiro foto das paisagens que eu acho bonitas, minha inspiração é a natureza e o que eu vivi na infância”. Fora o quadro “As Hortênsias”, outra obra preferida de Patrícia é a “A Fazenda Ourinho de Deus”, um de seus primeiros quadros, pintado com muito carinho e dedicação para presentar os pais. “Eu pintei a fazenda que cresci e que existe até hoje. Foi um presente que dei a meus pais e está em Goiás – GO. Meus tios amaram tanto o quadro que me pedem para fazer das suas fazendas”.
Formada em 2005 e com residência em Clínica Médica e Medicina de Urgência, Patrícia sempre trabalhou no setor de emergência/urgência e na UTI do Hospital Geral de Roraima (HGR). Hoje, coodernadora da Coordenadoria Geral de Atenção Especializada da SESAU. Para relaxar da exaustiva rotina, que envolve uma longa carga horária de trabalho, ela lembrou-se da pintura e dos desenhos em papéis - paixão do tempo de criança - e comprou por um site da Internet algumas revistas que ensinavam a técnica de pintura óleo sobre tela. Depois de algumas lidas, ela resolveu praticar e desde então se passaram 10 anos e mais de 30 telas pintadas. “Quando criança eu pintava muito em papéis, e algumas pedras do jardim onde morava. Em 2009 comprei umas revistas que ensinavam a técnica óleo sobre tela e comecei a pintar. Este momento que pratico aos finais de semana me traz paz, faz com que eu relaxe e desconecte de tudo”, contou Patrícia. Dos mais de 30 quadros pintados alguns fazem parte da decoração da casa, outros foram presenteados a amigos e familiares, e alguns vendidos.
O quadro “As Hortências” é a primeira tela pintada pela médica
Fotos: Marta Gardênia
Em casa, no conforto do lar, Patrícia pinta seus quadros
As obras são usadas para decorar a casa “Sempre tem algum colega me pedindo ou um familiar. Não gosto de vender, gosto de presentear. Ainda me sinto insegura, mesmo com muitas pessoas elogiando o meu trabalho”, contou Patrícia. Todo artista tem uma inspiração e os da Patrícia são o francês Claude Monet, considerado um dos mais importantes pintores da Escola Impressionista e o mineiro José do Rosário, que tem como principal fonte de inspiração, a paisagem e a gente mineira. A técnica de pintura óleo sobre tela utiliza tintas a óleo, aplicadas com pincéis, espátulas e outros meios, sobre telas de tecido, superfície de madeira ou outros materiais. CRM-RR
17
ALÉM DA MEDICINA
“Eu faço trilha e sempre estou na
Nascida em Goiânia – GO e criada no interior de Goiás, na fazenda dos pais, a médica Patrícia Renovato desde criança sonhava em ser médica e amava pintar em papéis. No ano de 2000, ela veio de férias a Roraima para visitar o namorado, aproveitou a oportunidade para fazer o vestibular para Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Passou na prova e por aqui constituiu família, carreira e a atividade de pintar na infância tornou-se um hobby. É casada com o economista Márcio Freitas, com o qual tiveram três filhos: Juan, Guilherme e Maria Eduarda.
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CRM-RR
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CFM é contra o Revalida simplificado ARCUR – SUL
“Não pode haver simplificação do
simplificada de diplomas dos países signa-
Revalida. Qualquer que seja a origem do
tários do acordo ARCUR-SUL. Na ocasião, a
Durante a audiência pública, o pre-
médico, seja do Canadá ou da Bolívia, ele
conselheira afirmou que o CFM é contrário
sidente substituto do Instituto Nacional
deve se submeter à mesma prova. Até por-
ao ARCUR-SUL, mas é a favor de uma
de Estudos e Pesquisas Educacionais
que se um médico brasileiro for trabalhar
maior regularidade do Revalida, com duas
Anísio Teixeira (Inep), Camilo Mussi, e o
em outro país terá de se submeter a um
edições anuais, e que o candidato aprovado
subchefe da Divisão de Temas Educa-
exame”, argumentou a conselheira federal
na primeira fase do teste, mas reprovado
cionais e Língua Portuguesa do Minis-
Rosylane Rocha, em audiência pública re-
na segunda, possa fazer apenas a segunda
tério das Relações Exteriores, Francisco
alizada no dia 26 de junho, na Comissão de
prova numa edição futura do Revalida.
Figueredo de Souza, explicaram como
Relações Exteriores e Defesa Profissional
está o acordo Arcur-Sul, que pretende
da Câmara dos Deputados. Na ocasião, a
O CFM também defende o Revalida nos
simplificar a revalidação de diplomas
conselheira também argumentou que o
mesmos moldes aplicados hoje pelo Inep,
entre os países do Mersosul. O acordo,
Brasil vai conseguir fixar o médico no in-
com uma prova escrita e outra prática, e que
no entanto, ainda precisa da ratificação
terior do país quando criar uma carreira de
a autarquia está disposta a assumir a aplicação
do Congresso Nacional. Dois represen-
Estado e oferecer condições de trabalho.
da prova, com a supervisão do Inep. “Temos
tantes dos médicos formados no exte-
experiência com o Sistema de Acreditação das
rior também falaram na audiência: Sílvia
Rosylane Rocha representou o Conse-
Escolas Médicas (Saeme), que inclusive já re-
Soares e Gustavo Ramiro.
lho Federal de Medicina (CFM) em audiên-
cebeu certificação internacional, e poderemos
cia promovida para debater a revalidação
contribuir com o país”, argumentou.
Fonte: CFM
NACIONAL
Uso de cadeirinhas em veículos reduziu em 33% o número de crianças vítimas do trânsito Dados epidemiológicos con-
automóveis caiu um terço nos últimos
Trânsito (Contran). Trata-se de uma
firmam o efeito positivo do uso de
oito anos. No mesmo período, tam-
regra fundamental para aumentar a
cadeirinhas e outros dispositivos es-
bém houve queda de quase 20% na
segurança nas vias e rodovias e, sobre-
pecíficos para o transporte de crian-
quantidade de vítimas fatais, nesta
tudo, para proteger a vida e a saúde
ças. Após o advento dessa exigência,
faixa etária.
das crianças com menos de dez anos
em 2008, menos crianças têm sido
de idade”, ressaltou a presidente da
levadas à internação ou morrido por
Os números foram analisados
conta de acidentes de trânsito. Essas
pelo Conselho Federal de Medicina
constatações reforçam a posição dos
(CFM), em parceria com a Associa-
críticos ao Projeto de Lei 3267/2019,
ção Brasileira de Medicina de Tráfego
O tema mereceu o repúdio da
enviado pela Presidência da República
(Abramet) e a Sociedade Brasileira de
SBP que, logo após o anúncio do PL,
ao Congresso Nacional, e que prevê,
Pediatria (SBP). As entidades encami-
divulgou nota – juntamente com a
em um de seus artigos, o fim das pena-
nharão os resultados para análise da
Abramet e outras entidades – exter-
lidades aos condutores que deixarem
Comissão Especial criada no âmbito
nando sua preocupação com o fim
de observar essas regras.
da Câmara dos Deputados para ana-
das punições aos condutores que não
lisar a proposta.
transportem menores em cadeirinhas
Pelos números oficiais, desde que a cadeirinha passou a ser obrigatória,
SBP, Luciana Rodrigues Silva, uma das críticas à proposta.
de segurança. O assunto também deve EFEITOS POSITIVOS
ser discutido pela Câmara Técnica de
com previsão de multa e inclusão de
“As informações falam por si só.
Medicina do Tráfego, do CFM, que
pontos na carteira dos infratores, o
Os dados oficiais, que saíram das ba-
recentemente elaborou uma cartilha
número de crianças com até nove
ses do Ministério da Saúde, permitem
focada nesse tema.
anos internadas em estado grave
verificar os efeitos positivos da Reso-
após se envolverem em acidentes de
lução nº 277, do Conselho Nacional de
Fonte: CFM
CRM-RR
19
Membro da Câmara Técnica de
Foto: Hélio Holanda
Dr. Arthur Danila
mente em quantidade de horas, mas na intensidade emocional da relação médico-paciente. Em um cotidiano sobrecarregado física e emocionalmente,
Psiquiatria do Conselho Federal
não é raro encontrar médicos cujo
de Medicina
estilo de vida não valorize o cuidado com a própria saúde.
O psiquiatra Arthur Hirschfeld
O equilíbrio entre vida profissional e pessoal seria a chave do sucesso para uma vida mais leve?
Danila esteve no dia 25 de maio, no I Fórum Roraimense do Médico Jovem, organizado pelo Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM – RR). Ele tem viajado pelo Brasil palestrando
Eu diria que o equilíbrio é a solução para
sobre Saúde Mental do Médico.
boa parte dos problemas na vida. No caso da medicina, equilibrar a vida pro-
Além de atender em consultório
fissional e pessoal é fundamental para
particular, Arhur é psiquiatra do
que ambas as vidas possam ser vividas
Programa de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, Coordenador do Serviço de Acolhimento Integrado do Núcleo de Apoio
ENTREVISTA
ao Estudante da Faculdade de Medicina da USP e Membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Federal de Medicina.
A sobrecarga de trabalho, segundo Arthur Danila, atinge a saúde mental do médico da população geral, no Brasil e no mundo. No entanto, por estarem em contato intenso e frequente com pacientes em condições drásticas de saúde, e muitas vezes em equipamentos de saúde pública em más condições de infraestrutura e suporte, esses
“Saúde mental pode ser um luxo na vida contemporânea”
profissionais acabam apresentando estatísticas aumentadas de adoecimento psíquico quando comparados à população geral.
de forma satisfatória. Alguns estudos já demonstram que casamentos entre médicos estão mais suscetíveis a separações. Uma das razões encontradas é a falta de diálogo, associada à intensa carga-horária destinada atividades profissionais em detrimento de mais momentos para construção do relacionamento. Certamente, famílias saudáveis constroem e sustentam profissionais saudáveis em sua atividade profissional médica, e vice-versa.
Embora seja mais comum entre estudantes
O uso de “tarjas pretas” sem um acompanhamento profissional pode piorar alguns problemas de saúde mental?
Eu diria que ter saúde mental pode ser um
de medicina e residentes, a depressão afeta
Um dos grandes gargalos da busca por
luxo na vida contemporânea. A vantagem
12% dos médicos e até 19,5% das médicas,
ajuda médica entre estudantes de medi-
desse luxo é que ela é extremamente
prevalências similares à da população geral.
cina, residentes e profissionais médicos,
acessível, desde que o indivíduo faça sua
Porém, estima-se que cerca de 400 médicos
é a possibilidade de conseguir medica-
parte na busca ativa da construção des-
cometem o suicídio por ano nos Estados
ções de uso controlado por colegas, sem
sa saúde mental, por meio da prática de
Unidos, o que equivale a dizer que, naquele
a devida e formal prescrição médica por
esportes, de uma dieta saudável, de um
país, um médico se suicida por dia. Tais taxas
um médico assistente do caso. Essas
sono com duração e qualidade adequa-
de suicídio são mais de duas vezes as da
medicações podem ser usadas tanto
dos, com práticas de manejo de estresse
população geral - 28-40/100 mil médicos vs
para induzir o sono, em casos de insônia,
e promoção de resiliência e mantendo
12.3/ 100 mil indivíduos no geral).
ou para mascarar a sonolência diurna e
Ter saúde mental pode ser considerada uma riqueza na atualidade?
relacionamentos interpessoais saudáveis.
Quais são os principais transtornos e síndromes que os médicos apresentam?
permitir o trabalho em sobre jornada.
humana, os médicos estão sujeitos ao
Há pesquisas que revelam quais os principais motivos dos profissionais da saúde estarem adoecendo psiquicamente?
adoecimento psíquico, tendo-se como
De maneira geral, a carga horária de
sem o correto endereçamento e cuidado
pressupostos os dados epidemiológicos
trabalho dos médicos é intensa, não so-
dessas condições.
Os médicos estão sujeitos ao adoecimento psíquico? Como qualquer extrato da população
20 CRM-RR
Em qualquer uma dessas condições, o indivíduo em uso de medicações psicotrópicas e de uso controlado sem acompanhamento profissional pode perpetuar as condições de prejuízo a qualidade de vida e a saúde mental,
Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Maio a Junho de 2019 - 52ª edição
Published on Aug 5, 2019
Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima | Maio a Junho de 2019 - 52ª edição