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Aleitamento Materno: direitos e proteção ao bebê
Este ano, a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, em inglês), escolheu o tema “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham”. Dentre os objetivos, a campanha visa informar as pessoas sobre as perspectivas dos pais trabalhadores com relação à amamentação e paternidade, mas também quer fundamentar a licença remunerada e o suporte no local de trabalho com como ferramentas importantes para facilitar a amamentação. Além disso, é meta da campanha neste mês do “Agosto Dourado” envolver as pessoas e organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação no trabalho.
Na prática, a Campanha deste ano chama a atenção para a licença-maternidade de 180 dias, o incentivo à implantação de salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho, disponibilização de creches nas empresas ou próximas ao local e extensão da licença-paternidade para 20 dias.
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A presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dra. Rossiclei Pinheiro, entende que é fundamental envolver governos, sistemas de saúde, empresas e comunidades para desempenharem seus papeis na promoção da autonomia das famílias e na manutenção de ambientes favoráveis ao aleitamento materno na vida profissional pós-pandemia.
Os pediatras salientam que o leite materno deve ser a única fonte de alimento do bebê até os seis meses de idade. Após esse período de vida, deve ser complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais e sempre respeitando o desejo da mãe
No documento intitulado “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno”, a Organização Mundial de saúde destaca os benefícios para a saúde do bebê: redução de risco de doenças, diarreia, infecções respiratórias e alergias. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado pelo Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2019 e março de 2020, revelou que menos da metade das crianças brasileiras menores de seis meses de vida (45,7%) foram amamentadas exclusivamente com leite materno. O Unicef, que é o braço da ONU para a infância, complementa que amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal, aquela que acontece até o 28º dia de vida.
Antes mesmo de se tornarem mães, as gestantes devem buscar apoio especializado com profissionais de saúde durante o pré-natal para esclarecer dúvidas relacionadas à amamentação e assim terem mais tranquilidade na hora de oferecer o peito ao recém-nascido. Para isso, as gestantes também podem contar com os profissionais capacitados que atuam em unidades de leite humano. No âmbito da 20ª Regional de Saúde de Toledo, que abrange 16 municípios, o Hospital Bom Jesus, que atende pelo Sistema Único de Saúde, conta com esse serviço.
O Unicef acrescenta que o leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter. “É de fácil digestão e promove um melhor crescimento e desenvolvimento, além de proteger contra doenças. Mesmo em ambientes quentes e secos, o leite materno supre as necessidades de líquido de um bebê. Água e outras bebidas não são necessárias até o sexto mês de vida. Dar ao bebê outro alimento, que não o leite materno, aumenta o risco de diarreia ou outra doença”, alerta em seu site. “O aleitamento materno protege bebês e crianças pequenas de doenças perigosas. O leite materno é a primeira ‘vacina’ do bebê”, completa.