Revista Brasil Paraolímpico n° 23

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Brasileiro Open de Hipismo Paraolímpico acont ece em São Paulo Competição, que contou com a presença de atletas da China e da Argentina, é qualificatória para o mundial da modalidade Por Leandro Ferraz

Força, t écnica e

muita concent ração

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Bom nível do Campeonato Brasileiro de Halterofilismo indica possibilidades de medalha no Parapan Por Luciana Pereira Eles são valentes. Chegam a levantar 100kg nas competições. Mas o halterofilismo paraolímpico não é só uma questão de força. Exige técnica e concentração apurada dos atletas. A modalidade, que estará no Parapan-Americano do Rio em 2007, teve em Uberlândia, nos dias 11 e 12 de novembro, a etapa 2006 do Campeonato Brasileiro, com a participação de 46 homens e nove mulheres. O Campeonato serviu de base para a formação da equipe paraolímpica brasileira que representará o país nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007. Os seis primeiros atletas masculinos e dois femininos do ranking brasileiro, após o campeonato, já estão pré-convocados para a competição. A lista final será definida após mais uma seletiva, que deve ser realizada em abril de 2007. “Queremos levar de 12 a 15 atletas para o Parapan. Temos possibilidades de pódio, talvez até de primeiro lugar”, diz, entusiasmado, o coordenador-técnico da modalidade, Júnior Ferreira. Alexsander Whitaker, que representou o país em Atenas-2004, é atualmente o primeiro do ranking brasileiro da modalidade e uma das possibilidades brasileiras de medalhas no Parapan. No feminino, Maria Luzineide, de Natal, é a primeira do ranking seguida pela goiana Joselene Alves. O Campeonato também é válido para solicitação e renovação da Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte, um benefício criado para atender os atletas de alto rendimento que ainda não possuem patrocínio.

A equipe de Brasília foi o destaque do Campeonato Brasileiro Open de Hipismo Paraolímpico, realizado de 6 a 10 de dezembro, em Salto de Pirapora/ SP, com a presença de atletas da China e da Argentina. Além de vencer por equipe, os atletas do Distrito Federal conquistaram vitórias em todas as classes. Marcos Alves, o Joca, foi o campeão da categoria Ib e ficou em primeiro lugar geral, com quase 73% de aproveitamento. “O índice técnico da competição foi bastante alto, com algumas notas melhores até do que no Aberto da Bélgica”, comenta Marcela Pimentel, técnica da seleção brasileira e diretora de equitação especial da Federação Hípica de Brasília. Disputado em setembro, o Aberto da Bélgica foi o penúltimo evento qualificatório para Pequim 2008. Na ocasião, três atletas atingiram o percentual mínimo de 60% de aproveitamento, o que torna o Brasil elegível para a próxima paraolimpíada. A última competição antes de Pequim será o mundial da Inglaterra, em julho de 2007. E o Brasil levará quatro atletas. “Além deste brasileiro de dezembro, em São Paulo, haverá mais uma competição nacional em abril de 2007 para definirmos a equipe do país no mundial”, explica Marcela. Resultados na colocação individual Ia – Vera Mazzilli (66,200%), Paulo Menezes (65,600%) e Sergio Oliva (65,300%) Ib – Marcos Alves (72,952%), Davi Mesquita (68,476%) e Daniel Loeb (52,857%) II – Simone Vieira (61,818%), Alex Queiroz (59,364%) e Sebastião Neto (57,273%) III – Dante Rodrigues (65,360%), Patrício Guglialmellé - ARG (61,920%) e Jefferson (45,440%) No hipismo, os atletas são divididos em cinco graus, de acordo com a mobilidade: Ia, Ib, II, III e IV. Quanto maior o comprometimento, menor o grau do atleta.


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