“As oficinas geraram um produto riquíssimo, porque elas são a leitura de quem vive a cidade, de quem vive os problemas. O plano vai ser resultado disso, porque é a leitura desse olhar em todos os níveis, desde o morador e o comerciante até de quem apenas trabalha em Salvador, associado à análise técnica”, explica a coordenadora técnica do plano, Tânia Scofield, que é presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Segundo Tânia, a maioria das sugestões dos moradores foi “abraçada” pela prefeitura. Entre as mais frequentes, também se destacaram os pedidos por me-
ESTAMOS ANALISANDO COMO DAR MAIS AUTONOMIA A CADA BAIRRO, PARA QUE A PESSOA POSSA RESOLVER MAIS QUESTÕES ONDE VIVE E NÃO PRECISAR PEGAR SEMPRE ÔNIBUS SILVIO PINHEIRO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE URBANISMO
lhorias na saúde e na segurança. Para Tânia, o Salvador 500 pode tratar de violência de uma forma que não seja isolada. “E mesmo com o aumento em 50% na implantação de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) nos últimos dois anos, a questão da saúde também é um problema para eles”.
polos de empregos e serviços nos bairros Quanto à mobilidade, Tânia destaca a dificuldade que os moradores das três ilhas de Salvador (Ilha dos Frades, Ilha de Maré e Ilha de Bom Jesus dos Passos) encontram para chegar à cidade. “Eles têm muitos problemas internos, como a questão da articulação com Salvador. Eles sugeriram alternativas até como a possibilidade de ter um barco com horários certos de saída, como já acontece no sistema de transporte de ônibus”, conta. Já para o sistema de transporte coletivo, ela também ressalta que deve ser feito de maneira integrada
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