Livro Agenda Bahia 2011

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sustentabilidade

Inovar para competir O Brasil está despertando para uma realidade que há muito faz parte da política industrial dos países desenvolvidos e de emergentes: para competir no mercado global, é preciso inovar, criar produtos, melhorar os já existentes, desenvolver novos processos de produção. O Global Innovation Index de 2011 – ranking de uma das maiores escolas de negócios do mundo, a Insead – aponta o Brasil na 47ª posição, ficando atrás, na América Latina e Caribe, do Chile e Costa Rica. O top do ranking é ocupado em 2011 pela Suíça, seguida pela Suécia e Cingapura.

37ª

é a posição do Brasil em produção científica

Nos últimos seis anos, o governo brasileiro tem tomado uma série de medidas para incentivar o desenvolvimento tecnológico e a inovação, criando legislação específica e disponibilizando financiamento para as empresas. A avaliação geral de especialistas é de que ainda é pouco, mas de qualquer forma representa um bom começo para estimular a competitividade brasileira. Até mais importante do que isso, porém, é o surgimento de uma cultura da inovação que, aos poucos, vai se introduzindo nas universidades e no meio empresarial, estabelecendo uma articulação entre esses dois universos. “Antes, um acadêmico brasileiro que fizesse pesquisa para empresas estava ‘vendendo a universidade’. Eram dois mundos separados”, diz Cristina M. Quintella, coordenadora de Inovação da Pró-Reitoria de Pesquisa, Criação e Inovação da Ufba. Segundo ela, agora já começa a haver consciência da necessidade de conectar a pesquisa acadêmica às necessidades do mercado. Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), completa frisando a importância de o Brasil criar a chamada economia da proximidade.

47ª

é a posição do Brasil no ranking mundial sobre inovação. Perde para países como Chile e Costa Rica

“Nas universidades americanas há um enorme estímulo para que os professores busquem viabilizar relacionamentos fora da academia, com empresas que realizam pesquisas. Aqui, há uma lacuna no desenvolvimento de projetos voltados para a pesquisa aplicada, pré-competitivos, que possam ser levados ao chão da fábrica”, analisa. Lucchesi diz que, a fim de contribuir para mudar esse quadro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), junto com o BNDES, está implementando a ação Mobilização Empresarial pela Inovação, com o objetivo de sensibilizar a alta direção das empresas para o desafio de inovar e realizar

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