














“O MOMENTO é muito importante no País. Temos de colocar o Brasil no cenário das tecnologias da informação e da comunicação. É uma oportunidade rara de transformá-las em políticas públicas”, destacou Francisco Barbosa, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE) e presidente-executivo da Associação Brasileira de Entidades Estaduais e Públicas de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP-TIC), ao abrir o 52° Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública (SECOP), realizado em Brasília. Barbosa também ressaltou o tema escolhido para 2025: “Transcendência significa ir além das barreiras burocráticas para colocar o cidadão no centro.”
A transformação digital é um projeto de país e não uma pauta setorial. O SECOP apontou cinco compromissos como pacto federativo digital:
“A
cidadão no centro; inclusão e território; soberania e desenvolvimento; integridade e cibersegurança; e pessoas e capacidade. Para chegar a todos eles, foram apresentadas três formas de viabilização: o financiamento inteligente, as compras de impacto adotando modelos de resultados e catálogos de padrões e um ambiente regulatório claro. “O Brasil está pronto para dar um salto, temos talentos e criatividade. Transcender para nós é menos hype e mais valor público”, enfatizou.
A abertura do SECOP 2025 contou com a presença de diversas autoridades governamentais. Frederico de Siqueira Filho, ministro das Comunicações, falou sobre ações de sua pasta para apoiar o setor público e fortalecer a infraestrutura nacional de conectividade e também destacou o alinhamento com o setor produtivo. “A pauta do
pauta do Ministério dialoga com fabricantes e a iniciativa privada que atuam no Brasil. A expansão da infraestrutura é um impulso para a economia e para a inclusão digital.”
FREDERICO SIQUEIRA FILHO Ministro das Comunicações
“Temos visto estados avançando para videomonitoramento, e como fazer isso respeitando as leis e regras?”
CLÁUDIO CASTRO Governador do Rio de Janeiro
“Temos de colocar o Brasil no cenário das tecnologias da informação e da comunicação. É uma oportunidade rara de transformá-las em políticas públicas.”
FRANCISCO BARBOSA Presidente da ETICE e presidente-executivo da ABEP-TIC
Ministério dialoga com fabricantes e a iniciativa privada que atuam no Brasil. A expansão da infraestrutura é um impulso para a economia e para a inclusão digital.”
Não se faz mais gestão pública sem tecnologia, mas, conforme salientou Cláudio Castro, governador do estado do Rio de Janeiro, é importante debater limites. Sua preocupação diz respeito à conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). “Temos visto estados avançando para videomonitoramento, e como fazer isso respeitando as leis e regras?” Castro também compartilhou que ter estabelecido uma secretaria estadual de transformação digital mostra a importância que o RJ tem dado à pauta da tecnologia.
“A digitalização dos serviços do estado e o fortalecimento dos sistemas de gestão foram
fundamentais para tornar Minas Gerais exemplo de governança e serviço ao cidadão”, ressaltou, em vídeo, Romeu Zema, governador de Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, o destaque é um portal que reúne a maior parte dos serviços ofertados à população. Eduardo Leite, governador do estado, contou que o enfrentamento das enchentes foi feito por meio de mapas e georreferenciamento identificando as áreas atingidas. “Isso nos possibilitou liberar recursos para a população afetada após uma semana”, disse. Ele comentou também sobre o uso de inteligência artificial generativa visando antecipar quais crianças têm maior chance de evasão escolar e destacou a assistente virtual GurIA.
Melhorar a eficiência da gestão pública por meio da tecnologia também foi destaque da fala
“A digitalização dos serviços do estado e o fortalecimento dos sistemas de gestão foram fundamentais para tornar Minas Gerais exemplo de governança e serviço ao cidadão.”
ROMEU ZEMA
Governador de Minas Gerais
“[A tecnologia] nos possibilitou liberar recursos para a população afetada [pelas enchentes] após uma semana.”
EDUARDO LEITE
Governador do Rio Grande do Sul
“Não é mais concebível pensar qualquer gestão pública sem colocar como pilares a inovação, a tecnologia e a ciência.”
RAFAEL FONTELES Governador do Piauí
de Rafael Fonteles, governador do Piauí. “Dado que estamos na era do conhecimento, não é mais concebível pensar qualquer gestão pública sem colocar como pilares a inovação, a tecnologia e a ciência”, assinalou. Segundo ele, o Piauí hoje está avançando para ter 50% de cidadãos com carteira digital até o fim deste ano.
“Inclusão digital e fortalecimento do serviço público sempre com foco no cidadão; que o Acre continue avançando”, disse o deputado Nicolau Junior, representante do governador do estado, Gladson Cameli, durante o SECOP. Ele enfatizou que o Acre estar entre os três finalistas do prêmio ABEPTIC enche o governo de orgulho e disse que o estado trilha o caminho da transformação digital, eficiência administrativa e centralidade no cidadão.
“Queremos cada vez mais a transformação
dos serviços públicos em serviços digitais”, complementou Luiz Fernando Záchia, presidente da Procergs e presidente do conselho de associadas da ABEP-TIC.
Já Samuel Nascimento, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração (CONSAD), fez um apelo ao ministro das Comunicações para estruturar um grande acordo nacional para soluções tecnológicas de serviços públicos. “No contexto da transição da reforma tributária, estamos construindo as tecnologias necessárias para os novos tributos e também debatendo uma reforma administrativa no Congresso. Esses temas têm de caminhar juntos. Precisamos garantir mecanismos de cofinanciamento que mantenham as capacidades dos estados para a transformação digital”, frisou. •
“Queremos cada vez mais a transformação dos serviços públicos em serviços digitais.”
LUIZ FERNANDO ZÁCHIA
Presidente da Procergs e presidente do conselho de associadas da ABEP-TIC
“Precisamos garantir mecanismos de cofinanciamento que mantenham as capacidades dos estados para a transformação digital.”
SAMUEL NASCIMENTO Presidente do CONSAD
Compromissos da ABEP-TIC para com a Sociedade Brasileira
Período 2025/2026
Associação Brasileira de Entidades Estaduais e Públicas de Tecnologia da Informação e Comunicação SECOP 2025 - 52º Seminário Nacional de TIC para Gestão Pública Brasília, 6 e 7 de agosto de 2025
A Associação Brasileira de Entidades Estaduais e Públicas de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEPTIC), instituição que há quase cinco décadas dedica-se ao fortalecimento da cooperação entre suas associadas e à promoção da excelência em tecnologia da informação no setor público brasileiro, apresenta à sociedade esta Carta de Compromissos para o biênio 2025/2026.
Reunidos em Brasília, durante o 52º Seminário Nacional de TIC para Gestão Pública (SECOP 2025), sob o tema “Transcendência”, reafirmamos nossa convicção de que transcender é transformar visão em governança e governança em valor público. É com essa perspectiva que assumimos, perante a sociedade brasileira, compromissos concretos e mensuráveis que orientarão nossas ações nos próximos doze meses.
Desde nossa fundação em 1977, a ABEP-TIC tem sido protagonista na construção de um Estado mais eficiente, transparente e próximo do cidadão. Nossa missão de “promover a cooperação entre as associadas e participar efetivamente na formulação de políticas públicas de TIC, nas diversas esferas governamentais, visando ao fortalecimento da informática pública como instrumento de gestão, prestação de serviços e cidadania” encontra nesta Carta sua expressão mais atual e ambiciosa.
O momento histórico que vivemos, marcado pela aceleração digital, pela emergência da inteligência artificial e pelos desafios crescentes de cibersegurança, exige de nós uma postura proativa e responsável. A transformação digital do Estado brasileiro não pode ser apenas uma modernização tecnológica; deve ser uma revolução na forma como o poder público se relaciona com a sociedade, sempre pautada pelos princípios da ética, transparência e responsabilização.
NOSSOS COMPROMISSOS PARA 2025/2026
1. IA COM GOVERNANÇA: ÉTICA E TRANSPARÊNCIA NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Compromisso: Publicar protocolos de desenvolvimento e adoção de IAno setor público,alinhando ética, transparência e responsabilização.
A ABEP-TIC compromete-se a liderar a construção de um framework ético e transparente para o desenvolvimento e implementação de soluções de inteligência artificial no setor público brasileiro. Nosso foco será estabelecer diretrizes claras que garantam que toda aplicação de IA no governo seja pautada pelos mais altos padrões éticos e de transparência. Para alcançar esses resultados, os trabalhos serão conduzidos pela Comissão de Inteligência
Artificial da ABEP-TIC, que atuará de forma colaborativa com especialistas, representantes de governos estaduais e municipais e parceiros estratégicos. A Comissão será responsável por coordenar estudos técnicos, promover consultas públicas, elaborar guias orientativos e propor mecanismos de governança que assegurem a responsabilidade, a segurança e a confiabilidade das soluções de IA adotadas no setor público. Para garantir a efetividade deste compromisso, estabeleceremos parcerias com universidades, centros de pesquisa e organizações internacionais especializadas em ética em IA. Promoveremos também programas de capacitação contínua para servidores públicos, garantindo que as equipes responsáveis pelo desenvolvimento e operação de sistemas de IA possuam as competências necessárias para sua implementação responsável e eficaz.
2. DADOS COMO POLÍTICA DE ESTADO:
SEGURO
Compromisso: Consolidar modelos de interoperabilidade e catálogos de dados compartilháveis entre esferas,com segurança e proteção à privacidade.
Os dados governamentais são ativos estratégicos do Estado brasileiro, fundamentais para decisões públicas eficazes e capazes de gerar grande valor social quando bem gerenciados e compartilhados. A ABEP-TIC reconhece que a transformação digital do Estado exige uma política nacional de dados que promova a interoperabilidade e o compartilhamento seguro entre os entes federativos. Nosso compromisso é construir um ecossistema de dados aberto, seguro e eficiente, com respeito à privacidade dos cidadãos. Para isso, estabeleceremos padrões técnicos e metodológicos que eliminem silos de informação, garantindo integração entre sistemas públicos. A interoperabilidade proposta vai além da compatibilidade técnica: inclui aspectos semânticos, organizacionais e legais, com o uso de metadados, ontologias e protocolos que viabilizem o fluxo seguro de dados.
Os catálogos de dados que desenvolveremos serão plataformas inteligentes, com metadados que informem qualidade, proveniência e restrições de uso, permitindo acesso seguro e auditável entre esferas de governo. Tecnologias de segurança como criptografia, controle de acesso e anonimização serão aplicadas para garantir conformidade legal e proteção à privacidade.
Sabemos que a política de dados depende também de mudanças culturais. Por isso, promoveremos capacitação em gestão de dados, frameworks de governança e comunidades de prática. Além disso, buscaremos alinhamento com iniciativas internacionais como a Open Government Partnership e a International Association for Open Data, fortalecendo o papel do Brasil como referência global em dados públicos.
Compromisso: Promover arquiteturas abertas, portabilidade e evitar lock-in,garantindo resiliência e continuidade.
A soberania digital é um dos grandes desafios da era contemporânea. Para o Brasil, garantir o controle sobre suas infraestruturas tecnológicas é essencial para a segurança nacional, a autonomia estratégica e o desenvolvimento sustentável. A ABEP-TIC está
comprometida com a construção de uma estratégia de computação em nuvem governamental que una inovação, eficiência e independência tecnológica.
Defendemos uma arquitetura multicloud inteligente, que integre nuvens públicas, privadas e híbridas, com ênfase em padrões abertos, interoperabilidade e portabilidade. Essa abordagem busca evitar a dependência de fornecedores específicos, garantir a resiliência dos serviços públicos e fortalecer o ecossistema nacional de tecnologia.
A segurança será um eixo transversal da estratégia, com proteção em múltiplas camadas, desde os data centers até a criptografia dos dados. Também promoveremos parcerias nacionais e internacionais, capacitação técnica e incentivos à indústria local, assegurando que a soberania digital seja construída de forma colaborativa, resiliente e alinhada às melhores práticas globais.
Compromisso: Elevar a maturidade com SOC cooperativo, gestão de vulnerabilidades,resposta a incidentes e capacitação contínua para equipes técnicas e de negócio.
A cibersegurança é um dos pilares da soberania nacional e da continuidade dos serviços públicos. Diante do aumento constante das ameaças digitais, a ABEPTIC assume o compromisso de fortalecer a maturidade cibernética das entidades públicas brasileiras por meio de uma estratégia robusta, colaborativa e adaptativa.
Adotaremos uma abordagem integrada que combine proteção de infraestruturas críticas, capacitação de pessoas, processos bem definidos e tecnologias avançadas. O destaque será a criação de um Centro de Operações de Segurança (SOC) cooperativo, que atuará como um hub compartilhado de monitoramento, inteligência e resposta a incidentes, beneficiando entidades de todos os portes.
Nossa estratégia incluirá detecção em tempo real baseada em IA, gestão contínua de vulnerabilidades, playbooks padronizados para resposta a incidentes e exercícios de simulação. A capacitação será contínua e abrangente, voltada tanto para técnicos quanto para gestores públicos, promovendo uma cultura organizacional em que a segurança é responsabilidade de todos.
5. EXPERIÊNCIA DO CIDADÃO: SERVIÇOS PÚBLICOS CENTRADOS NAS PESSOAS
Compromisso: Redesenhar serviços críticos usando linguagem simples,omnichannel,acessibilidade e indicadores de satisfação.
A efetividade da transformação digital do Estado brasileiro será medida pela qualidade da experiência do cidadão. A ABEP-TIC compromete-se a liderar essa mudança, colocando as necessidades e limitações da população no centro do desenho e da entrega de serviços públicos digitais.
Adotaremos metodologias de design centrado no usuário para redesenhar serviços com base em linguagem simples, integração entre canais e foco na jornada completa do cidadão. A estratégia omnichannel garantirá consistência em todos os pontos de contato, digitais ou presenciais.
A acessibilidade será tratada como requisito essencial. Vamos atender a toda a população — com atenção especial aos grupos vulneráveis — por meio de soluções técnicas acessíveis, inclusão digital e parcerias com organizações da sociedade civil.
Os compromissos assumidos nesta Carta não podem ser cumpridos apenas pela ABEP-TIC e suas entidades associadas. Requerem o engajamento ativo de toda a sociedade brasileira: cidadãos, organizações da sociedade civil, setor privado, academia e demais esferas de governo.
Convocamos os cidadãos a participarem ativamente dos processos de transformação digital, fornecendo feedback sobre os serviços públicos, participando de consultas públicas e exercendo seu direito de acompanhar e cobrar o cumprimento destes compromissos.
Convidamos as organizações da sociedade civil a se engajarem como parceiras na construção de um Estado mais transparente, eficiente e próximo do cidadão,
contribuindo com sua expertise e representando os interesses dos grupos mais vulneráveis da sociedade.
Chamamos o setor privado a colaborar como parceiro estratégico na inovação tecnológica, respeitando os princípios de soberania digital e interesse público que orientam nossa ação.
Solicitamos à academia que continue produzindo conhecimento científico e formando profissionais qualificados para os desafios da transformação digital do Estado.
E conclamamos as demais esferas de governo a adotarem abordagens similares, criando uma rede nacional de compromissos pela excelência em governo digital.
Ao assumirmos estes compromissos perante a sociedade brasileira, a ABEP-TIC reafirma sua vocação histórica de liderança na modernização do Estado e sua determinação em contribuir para a construção de um Brasil mais justo, eficiente e democrático.
Sabemos que os desafios são grandes e que o caminho não será fácil. Mas temos a convicção de que, trabalhando juntos e mantendo o foco no interesse público, podemos transformar a relação entre Estado e sociedade, criando um modelo de governo digital que seja referência mundial.
Transcender é transformar visão em governança e governança em valor público. É esse o compromisso que assumimos hoje e que orientará todas as nossas ações nos próximos doze meses.
Que esta Carta de Brasília 2025 marque o início de uma nova era na administração pública brasileira, uma era em que a tecnologia esteja verdadeiramente a serviço do cidadão e do bem comum.
Brasília, 7 de agosto de 2025
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENTIDADES ESTADUAIS E PÚBLICAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - ABEP-TIC
Em nome de todas as entidades associadas e dos milhões de brasileiros que dependem dos serviços públicos digitais
Esta Carta de Compromissos foi elaborada durante o 52º Seminário Nacional de TIC para Gestão Pública (SECOP 2025), realizado em Brasília nos dias 6 e 7 de agosto de 2025, com a participação de representantes de todas as entidades associadas à ABEP-TIC e membros da sociedade civil.
www.abep-tic.org.br
O PILAR HUMANO é crucial para maior aproveitamento da inteligência artificial e da evolução da computação, conforme apontaram os executivos que debateram no painel Transcendência: ir além dos limites atuais da tecnologia, da computação e da própria percepção humana: o compromisso da ABEP-TIC
Para Guto Niche A, educador, pesquisador e gestor brasileiro, doutor e mestre em Educação pelo programa de pós-graduação em Educação da PUC-RS, é preciso focar no desenvolvimento humano. “Falamos de IA, enquanto a inteligência humana fica em segunda instância. A IA para potencializar o humano tem de encontrar um humano letrado”, assinalou. “Não bastam as tecnologias serem exponenciais, se o uso for linear. Só vão justificar se as pessoas souberem quais problemas resolver”, acrescentou Wesley Vaz B , secretário de Gestão de Informações para o Controle Externo no Tribunal de Contas da União (TCU).
Isso passa por entender que as tecnologias que já estão consolidadas não resolveram todos os problemas, porque eles são tratados da mesma maneira que o eram anteriormente. A culpa, defendeu Vaz, não é da tecnologia. “Às vezes, pensamos em fazer algo mirabolante e esquecemos
do básico”, pontuou Marcelo Cornélio C, diretorpresidente da Prodest/ES e vice-presidente de inovação da ABEP-TIC. Segundo ele, o Espírito Santo já vive a “era do papel zero no governo” e, em 2022, foi iniciada uma jornada para apoiar os municípios na transformação digital com aporte do estado.
Cornélio reconhece que, mesmo com o avanço da tecnologia, existem casos de muito consumo ruim. “Temos de buscar evolução, fidelizar o cidadão, criando experiência boa para ele consumir mais o serviço. E empatia é enxergar o cidadão como centro do que temos de trabalhar, porque é ele quem paga o imposto e quer a contrapartida”, disse.
A quantidade de tecnologias que se sobrepõem pede uma integração das plataformas digitais com as múltiplas camadas de atendimento ao consumidor. “Para o futuro, precisamos pensar objetivamente em evitar exclusão. Muito mais que pensar em conectar as tecnologias mais velozes, precisamos ter empatia”, ressaltou Mauro Farias D , advogado, administrador, ex-titular da Secretaria do Estado de Transformação Digital – RJ e especialista em Transformação Digital no setor público. “A grande tecnologia para o futuro da administração pública, a grande ferramenta em que a tecnologia precisa apostar para o futuro é empatia, colocar-se no lugar do cidadão, como facilitar a vida dele, como se aproximar dele e não atrapalhá-lo”, acrescentou.
Cada cidadão ter um estado para chamar de seu é uma utopia desejável. “Falamos de cidadão como se fosse uma coisa só, mas é individual e cada um espera algo do estado; temos de individualizar as demandas e considerar as especificidades de cada um”, finalizou Wesley Vaz, do TCU. •
ESPECIALISTAS TARIMBADOS deram o tom das discussões no painel Os desafios e oportunidades do uso da Inteligência Artificial no Setor Público Brasileiro. Participaram do debate André Sucupira E , diretor-jurídico de Governança e Inovação da Prodesp e coordenador da Comissão de Inteligência Artificial da ABEP-TIC; Marcio Cesar Pereira F, subsecretário de Tecnologia da Informação do Estado de Goiás; Welsinner Brito G, superintendente de Arquitetura Corporativa, Plataforma e Nuvem do Serpro; Manuella Ribeiro H, coordenadora de projetos de pesquisa TIC no Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br); e Felipe Cruz I, gerente de Soluções
Digitais da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com mediação de Melina Ferracini de Moraes J , pesquisadora em IA e consultora jurídica da Comissão de IA da ABEP-TIC.
Na visão de Felipe Cruz, o primeiro desafio é entender onde a IA se insere, qual é a necessidade do cidadão brasileiro e como vamos transformar a realidade dele antes de escolher uma ferramenta de inteligência artificial. “O maior desafio é sobre a qualidade dos dados. Não há algoritmo que funcione bem com dados que não são confiáveis”, assinalou Cruz.
Para Welsinner Brito, é a partir de uma infraestrutura nacional de dados de qualidade e confiável que a inteligência artificial atuará. “Partimos da construção das soluções dos dados para ter modelos e IA. Quem vai prover a capacidade de processamento de armazenamento será a nuvem do governo, que nos permitirá escalar isso e ter as tecnologias de inteligência artificial”, disse.
A estratégia do Serpro é colocar IA nas soluções para dar ao cidadão mais qualidade de serviços. A empresa conta com aceleradores parceiros que ajudam a suprir a necessidade de engenheiros de IA e cientistas de dados e tem uma camada
de governança em cima de tudo. Os modelos de IA, desde os tradicionais, como preditivos, de classificação, biométricos, de visão computacional, como também os de inteligência artificial generativa, de Large Language Models (LLMs), visam atender melhor os clientes do Serpro. “Estamos trabalhando com parceiros para ter IA generativa soberana com dados e informações brasileiras para sair da dependência de ter apenas modelos internacionais e termos domínio da tecnologia”, afirmou Brito.
Buscar tecnologia brasileira é o foco da vez, acrescentou Melina Ferracini de Moraes. E, para isso, investir em capacitação, gestão e segurança dos dados é essencial. “Mas não conseguimos realizar, se não tivermos fomento ao desenvolvimento dos sistemas. Fomentar vai além do aculturamento, é preciso acionar atores estratégicos e pessoas para criar ecossistema potente para a produção de sistemas de inteligência artificial”, enfatizou a moderadora.
Goiás, por exemplo, implementou seu marco regulatório com o objetivo de incentivar o desenvolvimento da inteligência artificial no estado. “O pensamento foi como podemos desenvolver e reter talentos para o estado ter posicionamento relevante em IA”, contou Marcio Cesar Pereira, explicando que há várias linhas de apoio, como o agronegócio, open source e sandbox de regulação, além de investimento em infraestrutura e treinamento.
“Estamos adquirindo a infraestrutura que vai contemplar um data center que usará como maior fonte de energia o biocombustível que usa bagaço da manufatura do etanol. E tem o desenvolvimento
das pessoas que vão consumir esta infraestrutura”, assinalou, citando como exemplo um programa de capacitação que será lançado em conjunto com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Visando entender o grau de maturidade de utilização de IA por parte dos estados, a ABEPTIC está criando o Índice de Maturidade de Inteligência Artificial. André Sucupira explicou que a meta é fomentar políticas públicas, criando parâmetros de desenvolvimento. “O Índice, em um primeiro momento, é uma fotografia, mas depois passará a ser vivo. Vamos monitorar para saber o que precisa desenvolver de capacidades nos estados”, detalhou.
Dados da pesquisa TIC Governo 2025, realizada pelo Cetic.br, apontam que muito precisa ser feito, conforme enumerou Manuella Ribeiro. O poder que vem se destacando é o Judiciário, em que quase 70% dos órgãos já estão usando alguma aplicação de inteligência artificial. Com relação à capacitação de IA na área de tecnologia da informação, entre os órgãos federais, 60% dos respondentes tinham realizado capacitação, contra 80% no Judiciário e 26% no nível estadual.
Os principais motivos citados para o baixo uso da IA nos níveis federal e estaduais foram, em primeiro lugar, a falta de pessoas capacitadas para usar as tecnologias e, em seguida, não ser prioridade para o órgão ou falta de interesse. “Custo, privacidade e ética foram pouco citados como barreira. Os desafios incluem pensar em capacitação, contratação, ações de sensibilização para os tomadores de decisão e casos reais de uso para mostrar a utilidade da tecnologia”, detalhou Ribeiro. •
A ADOÇÃO cada vez maior de tecnologias como videovigilância e inteligência artificial está remodelando as políticas de segurança pública em todas as esferas. Mas alguns desafios ainda precisam ser enfrentados, como a necessidade de mais verba e a capacitação dos servidores para usar novas ferramentas. Esses temas foram debatidos no painel Como a tecnologia está redesenhando a segurança pública. “Hoje, não podemos mais falar em segurança sem falar em tecnologia. Não posso colocar uma dupla de PMs em cada esquina, então, precisamos da tecnologia, mas temos de saber quais são as necessidades e se a IA vai atender às necessidades na ponta”, disse Leandro Silva de Sousa k, capitão da polícia militar e coordenador de tecnologia da informação e comunicação da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará.
Usar inteligência no planejamento da operação é fundamental para saber onde alocar o efetivo, conforme acrescentou Bilmar Angelis l, coronel da PM e secretário-executivo de gestão integrada da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal. Na mesma linha, Orlando Morando Júnior m, secretário municipal de segurança urbana
de São Paulo, afirmou que cada vez mais tecnologias serão implementadas.
Morando Jr. usou como exemplo o Smart Sampa, sistema de monitoramento de segurança. “É uma plataforma que possibilita, através da IA, em fração de segundos, ler uma face e cruzar a informação. Quando temos acima de 92% de confiança na imagem, fazemos o despacho”, detalhou, completando que desde a implantação 1.600 foragidos foram recuperados e feitas 3 mil prisões em flagrante. O Smart Sampa conta com 31 mil câmeras conectadas ao programa, sendo 20 mil delas oriundas da iniciativa privada. Com vídeo, acrescentou Angelis, amplia-se a capacidade do estado de vigiar uma área maior. “A população cresce e o efetivo da PM, não”, disse.
Será necessário adequar o perfil dos servidores? Para Joedson Camilo de Oliveira n, diretor de tecnologia da informação e comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), é necessário buscar letramento de seus servidores para usar bem os recursos e ter capacidade de operacionalizar e consumir a informação. “Temos apenas 13 mil homens e, se não fizermos uso de tecnologia, o êxito fica comprometido.” •
O P Q R S T
A CAPTAÇÃO de recursos pode ser um desafio para o setor público. Nesse processo, os órgãos de controle podem ser aliados, conforme salientou Lara Brainer O, coordenadora-geral de governança da estratégia da Advocacia-Geral da União, em painel que debateu o tema. “O controle não pode ser tido como seu inimigo. O problema é só procurar o controle quando não tem mais solução ou, pior, ser procurado por ele”, enfatizou, aconselhando os gestores públicos a usarem os órgãos de controle como apoio.
No painel Os Desafios dos CIOs: Da captação de recursos à entrega de soluções à sociedade, Paulo Eduardo Sellera P, diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde do Ministério da Saúde, ressaltou a importância do Estudo Técnico Preliminar (ETP) para qualquer contratação. “Recomendo que o ETP não seja feito rapidamente, mas bem elaborado, com ampla pesquisa de mercado ou mesmo do que já está sendo feito por outro órgão. É importante que o processo seja alinhado com o plano de contratação do órgão e alinhado ao plano-diretor de TIC”, disse. Camilo Mussi Q , subsecretário de Tecnologia da Informação do Ministério da Agricultura e Pecuária, acrescentou que o ETP norteia, mas as empresas vão cotar seus preços com base no termo de referência. “Quem conhece o produto
são as empresas. Não há problema em chamar as empresas para conversar. Estamos fazendo licitação de quatro salas-cofre com Service Level Agreement (SLA) diferentes, tamanhos diferentes”, contou.
Além disso, a ideação de um produto é bem onerosa, conforme apontou Marco Antonio Fragoso de Souza R, subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério da Educação (MEC). “Temos parceiros estratégicos e empresas como Serpro, Dataprev e Telebrás nos ajudam a desenhar junto com soluções de mercado a melhor estratégia. Com isso, tentamos encurtar muito o tempo de entrega e implementar soluções em meses, algo que levaria dois, três anos.”
O presidente da Telebrás, André Leandro Magalhães S, salientou que a entrega do serviço e do produto tem de estar adequada ao que foi planejado e em conformidade ao requisitado. Por fim, Julio Signorini T, consultor de cibersegurança do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destacou que um grande desafio no setor público é a qualificação da mão de obra. “O mercado aquecido tem exigido muita força de trabalho e absorvido os melhores profissionais. É desafiador competir com o mercado privado, mas tenho enxergado que o setor público tem acordado para valorizar talentos. Tem de preparar os colaboradores para que tenhamos frutos a colher”, finalizou. •
GUERRAS DA IA já estão em andamento, e Estados Unidos e China batalham para liderar o domínio global da tecnologia. Nessa corrida, pontos críticos emergem, como capacidade energética e semicondutores. “Ainda estamos na parte fundamental do que acredito que será a história geopolítica do século 21 – e a verdade subjacente por trás dessa história é que tecnologia é sinônimo de dominância e de tudo o que importa para a soberania de uma nação. Sua economia, sua influência global e sua segurança estão a jusante da tecnologia. Isso sempre foi verdade”, disse Nina Schick, CEO da Tamang Ventures, autora, empreendedora e especialista em IA. O avanço da inteligência artificial está trazendo novos exponenciais de crescimento que ultrapassam – longe – a Lei de Moore. A Lei de escala de IA aponta um tipo de novas regras que ditam o progresso tecnológico. “Em 1965, quando Moore fez essa previsão, o chip médio tinha 64 transistores. Agora, em 2025, tem mais de 200 bilhões de transistores”, enfatizou. Na última década, quando o aprendizado profundo realmente começou a se tornar o modo dominante de progresso da IA, passouse a ter um novo modelo baseado no número de parâmetros ou na sua complexidade, juntamente com a quantidade de dados com os quais ele é treinado e a quantidade de hardware de computação necessária para isso. O papel de escalonamento da IA aponta para um salto na capacidade: enquanto a AlexNet [arquitetura de rede neural convolucional] foi lançada com 60 milhões de parâmetros em 2012, pouco mais de uma década depois, chegamos ao GPT 4, que tem mais de 1,7 trilhão
de parâmetros. “As leis de escalonamento da IA estão definindo a nova lei do progresso. A Lei de Moore previu uma duplicação do poder computacional a cada 18 a 24 meses. A Lei de Escalonamento da IA está dobrando a cada seis meses. Então, ela está progredindo três vezes mais rápido que a Lei de Moore”, assinalou.
Ao mesmo tempo, o preço da inferência está em queda livre: para milhão de tokens, em 2021, era de US$ 60 dólares e caiu, em 2024, para US$ 0,06 dólares, ou 99,9% mais baixo. Isso transforma a IA em commodity industrial. “Eu a chamo de inteligência industrial, porque o que vemos agora é a expansão das capacidades da IA e o início do processo industrial pelo qual essa inteligência se tornará barata e abundante, como uma mercadoria para alimentar tudo.”
Para além da promessa econômica, as aplicações da IA estão reescrevendo o futuro da defesa e da segurança. E também reorganizando a cadeia de suprimentos e a corrida para acesso à produção de terras raras. “As capacidades de manufatura altamente qualificadas precisam estar em território soberano por razões de segurança nacional”, ressaltou. •
O ALERTA foi claro: “Quem estiver vivendo como vivia em 2024 já está atrasado”. Assim Gil Giardelli, estudioso de inovação e economia digital, começou sua palestra no SECOP 2025. O pano de fundo é que o custo com inteligência artificial caiu drasticamente, viabilizando grandes saltos de produtividade. “Tudo que foi comentado em filmes de ficção científica e livros está virando realidade. A economia da IA é a maior janela de prosperidade da nossa geração”, assinalou. Giardelli foi professor convidado na Universidade de Stanford, MIT e Imperial College. No MediaX da Stanford, pesquisou o impacto da inovação, o futuro do trabalho em tempos de IA, robôs e humanoides, e a transformação digital nos negócios.
Trata-se do fim da era digital, da quarta revolução industrial e da era da informação para dar entrada à sociedade global do conhecimento. Na economia do conhecimento, salientou Giardelli, o mundo navega em múltiplas crises, com a China na liderança e, pela primeira vez desde a década de 1980, os investimentos em segurança têm a maior proporção desde a Guerra Fria.
“Vivemos em uma era pós-inovação, póssmartphone e pós-IA, com as startups dando lugar a deeptechs, que têm base tecnológica sólida e base de pensamento também. Mas não está nascendo nada do Hemisfério Sul”, apontou, acrescentando que a Indústria 5.0 – na qual se trabalha a distância e com colaboração humanomáquina – migra para Indústria 6.0 com fábricas inteligentes, sustentáveis e autônomas.
Para viver nessa nova era, é preciso focar em uma educação que seja à prova de robôs, ensinando o que máquinas não podem aprender, sabendo fazer o que a máquina nunca vai conseguir. “Habilidade do século 21 é a serenidade, e ser sereno é a coisa mais complexa. O petróleo do século 21 se chama criatividade”, pontuou.
Nesse cenário, entra ainda a computação quântica. “A economia da inteligência artificial vai ter um impacto nos próximos dez anos muito grande de reconfiguração econômica e política.
O que nós estamos vendo hoje é uma nova revolução industrial, mas agora feita de chips, de muita inteligência. Também estamos no limiar do que seria a grande fronteira da supremacia quântica; aí, se a IA já deixou bagunçado, a computação quântica vai mudar absolutamente tudo”, destacou.
A descoberta das tecnologias quânticas completa cem anos em 2025. Ainda que aplicações práticas estejam em estudo, quando ela virar realidade, o impacto será enorme. “Primeiro que todo o nosso conceito de cibersegurança vai ser colocado de pontacabeça, mas, mais do que isso, nós teremos fronteiras de conhecimento que pareciam impossíveis com os modelos atuais de computadores”, assinalou Giardelli. •
Assista à entrevista em vídeo com Ellen Gera, da ETIPI - Piauí
Assista à entrevista em vídeo com Cleberson Gomes, secretário do MTI - Mato Grosso
Assista à entrevista em vídeo com Roberto Reis, diretorpresidente da ProdemgeMinas Gerais
Assista à entrevista em vídeo com Antonio Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br
Assista à entrevista em vídeo com Paulo Roberto da Silva, secretário de Administração do Acre
Assista à entrevista em vídeo com Alexandre Cialdini , secretário de planejamento e gestão do Ceará
Assista à entrevista em vídeo com Luciano Charlita, especialista sênior de transformação digital do Banco Mundial
Assista à entrevista em vídeo com Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm América Latina
Índice de Oferta de Serviços Públicos Digitais dos Governos Estaduais
O ÍNDICE de Oferta de Serviços Públicos
Digitais dos Governos Estaduais e Distrital (IOSPD), promovido pela ABEP-TIC, avalia, de forma consistente e comparável, o grau de transformação digital das unidades federativas, compondo o Pilar de Eficiência da Máquina Pública no Ranking de Competitividade dos Estados, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Nesta 6ª edição do prêmio, Piauí e Rio Grande do Sul dividiram o primeiro lugar. A iniciativa conta com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Além de reconhecer as melhores práticas, o Índice estimula uma cultura de governança digital, essencial para modernizar os serviços públicos e ampliar o acesso da população a soluções digitais de qualidade.
Reconhece os estados com maior desempenho na digitalização dos serviços públicos oferecidos à população.
1º . Rio Grande do Sul e Piauí
2º . Rio de Janeiro
3º . Acre
4º . Goiás
5º . Mato Grosso
Destaca os estados com maior evolução em relação à edição anterior.
1º . Amazonas
2º . Distrito Federal
3º . Ceará
1º . Rio de Janeiro
2º . São Paulo
3º . Minas Gerais, Mato Grosso, Acre, Rio Grande do Sul e Piauí
Prêmio ABEP-TIC de Excelência em Governo Digital
INICIATIVAS DE transformação digital no setor público foram destaque no Prêmio ABEP-TIC de Excelência em Governo Digital, edição 2025. As empresas ganhadoras demonstram que investir em tecnologia é investir em cidadania, colocando o Brasil na vanguarda do governo digital.
PRÊMIO ABEP-TIC DE EXCELÊNCIA EM GOVERNO DIGITAL
Premiação máxima do concurso
Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) – projeto “Ecossistema Digital como Estratégia de Resposta e Reconstrução em Contexto de Calamidade no RS”
1º . Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge) –projeto “A Transformação Digital da Gestão dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE)”
2º . Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – projeto “Novo Cadin”
3º . Defensoria Pública do Estado do Paraná – projeto “Ecossistema Digital Colaborativo com Data Lake e IA”
1º . Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) – projeto “Ecossistema Digital como Estratégia de Resposta e Reconstrução em Contexto de Calamidade no RS”
2º . Secretaria de Estado da Saúde de Goiás – projeto “Interoperabilidade de Exames Laboratoriais com HL7® FHIR®: Prova de Conceito para Integração de Hemogramas na Rede Pública de Saúde de Goiás”
3º . Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) –projeto “Aplicativo Poupatempo.SP.GOV.BR”
GOVERNO ABERTO
1º . Diretoria de Normas e Sistemas de Logística/Secretaria de Gestão e Inovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos – “Projeto API de Compras – “Compras.gov.br”
2º . Secretaria-Geral da Presidência da República – projeto “Brasil Participativo: a plataforma de participação social do Governo Federal”
3º . Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais – projeto “Balanço Cidadão: Transformando Dados Fiscais em Informação Acessível”
GOVERNANÇA DIGITAL
1º . Secretaria de Estado de Administração do Acre – projeto “Projeto Reuse Acre: Otimizando a Gestão de Bens Patrimoniais e Sustentabilidade Ambiental”
2º . Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) – projeto “Preditor de Evasão Escolar”
3º . Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA/SEMA-BA) –projeto “Sistema Integrado de Fiscalização da Vegetação Nativa”
1º . Universidade Estadual de Ponta Grossa e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná – projeto “Talento Tech – Inclusão Digital para o Desenvolvimento”
2º . Governo do Estado de Pernambuco – projeto “Programa Mães de Pernambuco: Inteligência de Dados a Serviço da Primeira Infância”
3º . Governo Federal – projeto “Contrata+Brasil: Inclusão Produtiva, Eficiência e Transformação Digital”
1º . Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) –projeto “Diário Oficial do Estado de São Paulo, com jornada digital de publicação e acesso”
2º . Prefeitura de São Paulo e Prodam-SP – projeto “Simplifica AI”
3º . Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) – projeto “Identidade Fácil RS: Revolucionando o Acesso à Documentação”
Além das seis categorias principais, o Gov.Digital 2025 também reconheceu iniciativas em prêmios especiais.
O PRÊMIO VALOR PÚBLICO foi concedido ao projeto “A Transformação Digital da Gestão dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE)”, da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).
O PRÊMIO VALOR SUSTENTABILIDADE E ODS destacou o projeto “Talento Tech – Inclusão Digital para o Desenvolvimento”, desenvolvido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná.
O SECOP 2025 – 52º Seminário Nacional de TIC para Gestão Pública é uma iniciativa da ABEP – Associação Brasileira de Entidades Estaduais e Públicas de Tecnologia da Informação e Comunicação, que congrega todas as empresas estaduais de TIC do País.
Evento realizado nos dias 6 e 7 de agosto em Brasília/DF.
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