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FRUTO

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ITAMAR BORGES ASSUME A SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Odeputado estadual Itamar Borges assumiu no dia 1º de junho, a gestão como secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com a missão de fortalecer o agro paulista. Francisco Matturro é o secretário-executivo da Pasta Estadual. “Agradeço a Deus, minha família e a todos que me apoiaram para que eu chegasse até aqui, em particular ao governador João Doria e o vice-governador Rodrigo Garcia pelo convite para assumir essa missão de trabalhar pelo agro, pelo produtor e pelo setor. Trabalhar por São Paulo e também ajudar nosso País na construção de um agro mais forte e pujante que cuide do fortalecimento interno e o apoio para o crescimento externo”, afi rmou Itamar. A sua primeira reunião contou com a participação de representantes de entidades do setor, que fazem parte do Fórum Paulista do Agronegócio. Na abertura, Itamar Borges reafi rmou que pretende continuar com sua fi losofi a de trabalho baseada no diálogo, buscando formar consensos. Para o secretário, exigências colocadas na legislação de última hora só servem para prejudicar a atividade e estimular o confronto. Seguir o que a legislação determina é fundamental; no entanto, uma escuta cuidadosa ao setor contribui para uma jurisprudência mais robusta.

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O primeiro dia do secretário também teve reuniões com o ex-ministro Ro-

Itamar Borges Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

berto Rodrigues. Itamar ainda recebeu associados às entidades de pesquisadores, técnicos e assistentes agropecuários, entre outros profi ssionais do agro.

METRITE PUERPERAL AGUDA: UMA DOENÇA DE CARÁTER EMERGENCIAL!

As infecções uterinas são geralmente causadas por bactérias inespecífi cas e causam grande prejuízo para a produção leiteira. Dentre as principais infecções uterinas em bovinos, podemos citar: Metrite puerperal aguda, Piometra, Endometrite clínica e Endometrite subclínica.

A metrite puerperal aguda ocorre geralmente na primeira semana pós-parto. Está relacionada com retenção de placenta, partos difíceis e partos gemelares. Ocorre com maior frequência em vacas com escore de condição corporal abaixo de 2 ou acima de 4.

Caracteriza-se pelo aparecimento agudo de sinais de toxemia ou septicemia, febre alta, depressão e anorexia com queda severa da produção de leite, além de descarga uterina aquosa e fétida.

O diagnóstico é simples, histórico de parto recente, com sinais de toxemia e descarga uterina fétida. Recomenda-se que as vacas doentes sejam examinadas para excluir a possibilidade de mastite aguda, deslocamento do abomaso, pneumonia, peritonite ou qualquer outra enfermidade sistêmica.

Mas, afi nal, como o útero se contamina com bactérias?

A verdade é que toda vaca apresenta contaminação bacteriana no útero!

Antes, acreditava-se que a contaminação bacteriana do útero ocorria no momento do parto e do pós-parto, mas hoje em dia se sabe que o útero, mesmo antes da gestação, e durante a mesma, já possui uma fl ora bacteriana. Então, por que uma vaca desenvolve doença e outras, não? Provavelmente devido ao tipo e quantidade dessa contaminação. Além disso, o sistema imunológico do animal interfere nisso. Assim, a doença é resultado de um equilíbrio entre contaminação e sistema imunológico.

O tratamento para a metrite puerperal aguda é a administração sistêmica de antibióticos. É indicado o uso de antiinfl amatórios não esteroides e, se necessário, recomenda-se a utilização de uma terapia de suporte mais agressiva, inclusive fl uidoterapia intravenosa ou oral.

Em muitas fazendas adota-se a prática do exame periódico de todas as vacas, duas vezes ao dia nos primeiros 10 dias pós-parto. Todas as vacas são examinadas, a temperatura e o teor de cetonas na urina são mensurados, o leite é examinado para verifi car a presença de sinais de mastite, a motilidade do rúmen é confi rmada e as fezes são avaliadas.

Recomenda-se que todas as vacas com temperatura corporal acima de 39,5 ºC sejam tratadas com antibiótico por via parenteral. Em casos graves, pode ser necessária a fl uidoterapia. Não há indícios, de que a infusão intrauterina de antibióticos ou antissépticos tenha alguma utilidade, especialmente quando se avalia o desempenho reprodutivo posterior, podendo ser prejudicial.

A maioria das vacas, quando tratadas no momento certo, se recupera rapidamente da metrite puerperal aguda. Muitos distúrbios no período periparto têm relação entre si e, assim como a metrite puerperal aguda geralmente ocorre após retenção de placenta, ela própria representa um fator de risco para complicações posteriores, tais como formas crônicas de endometrite, mastite, deslocamento do abomaso, cistos ovarianos e mesmo o aborto na gestação seguinte. A metrite puerperal aguda aumenta o risco de infertilidade e descarte.

RICARDO PAULINO DE OLIVEIRA

Médico Veterinário CRMV/SP nº 22.290

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