Revista Gestão In Foco Ed. 54

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ANO XII / NÂş 54 - Julho A setembro DE 2014

Para onde ir? O difĂ­cil caminho para o crescimento das empresas brasileiras

Governo amplia Simples Nacional para empresas de serviço

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EDITORIAL

Confirp Conselho Editorial: André Ferreira Cristiano Moreno Ettore Delgado Daniel Santos Deivid Barros Júlio Rodrigues Lucélia de Faria Silva Marcos Martins Richard Domingos Rogério Batista Sudré Rosana Santana Tatiane Santos Thiago Barbosa Vagner Lima Welinton Mota Redator e Jornalista Responsável: Paulo Fabrício Ucelli MTB -30.326

Serviço de Atendimento ao Cliente Confirp (SAC): 11 5078 3005 sac@confirp.com ou www.confirp.com

.ponto inicial comunicação Editor e Redator-chefe: Paulo Fabrício Ucelli Diretor de Arte: Álvaro Gouveia Revisão: Jéssika Lopes Editor-chefe: Richard Domingos

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A Revista Gestão In Foco é uma publicação da Confirp Consultoria Contábil produzida pela ponto inicial comunicação. Todos os direitos reservados. Todas as imagens utilizadas nesta edição são de reprodução. Esta publicação poderá ser reproduzida total ou parcialmente, desde que a fonte seja corretamente citada.


Carta Ao LEITOR

A

idministrar uma empresa no país não é uma missão simples, é preciso muita disposição, capacitação e perseverança. Mas o que leva a tantas dificuldades? Nesta edição da revista, buscamos mostrar um pouco dos geradores dos problemas que os empresários enfrentam.

Para isso, buscamos os principais nomes do país em diversas áreas para que esses pudessem dar um parecer sobre os problemas que emperram o crescimento e desenvolvimento das empresas. Contudo, mais do que apenas mostrar os problemas, buscamos também mostrar alternativas para uma mudança que leve ao crescimento. Contudo, a empresa tem muito mais a oferecer aos leitores, mesclando cada vez mais temas sérios, para tomadas de decisão assertivas, com dicas de bem estar e lazer, pois todo executivo também merece se divertir. E, como sempre, estamos abertos para receber suas críticas e sugestões, porque o que há de mais importante para nós é você, leitor. Boa leitura! Richard Domingos Editor-chefe e diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil

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índice ÍNDICE

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CAPA

Para Onde IR? O difícil caminho para o crescimento das empresas brasileiras O chavão de que o Brasil é o país do futuro já foi e continua sendo muito utilizado, contudo, atualmente, se percebe, por outro lado, a existência de uma força maior que parece impedir o crescimento do país.

TRABALHISTA

MARKETING participando de associações sua empresa se torna referência

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Navegar é preciso

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mas, afinal, o que é substituição tributária?

TRIBUTÁRIA

LAZER

19 22

jogue-se nessa aventura

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lei das domésticas: penalização para empregadores já começou

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TRIBUTÁRIA

SAÚDE

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32 36 TRIBUTÁRIA

BEM ESTAR 16

Normas regulamentadoras: mais que obrigação, uma garantia

Fumar não faz bem aos negócios

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Demonstra s de tributos para consumidores só em 2015


VIAGENS

Myanmar - um destino cheio de mistérios

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Conhecido como um dos destinos mais misteriosos e inexplorados do mundo, o país exala beleza e charme com sua exuberante natureza de florestas virgens, montanhas nevadas e relaxantes praias.

fique por dentro societária

46 48

empresas do lucro real poderão utilzar prejuízos pagamento de dívidas

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dica de livro: Rápida e devagar

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Dica de Restaurante: Restaurante micaela

Recursos humanos 53 52

o novo perfil dos profissionais de recursos humanos

tributária 53 54

Simples nacional é ampliado para setor de serviços

dica online: empreendemia

58 59

60 58

dica de teatro: Cazuza - Pro dia nascer feliz

DICA DE Evento: HSM expomanegement 2014 7


TECNOLOGIA MARKETING

Participando de associações, sua empresa se torna referência As indicações se tornaram naturais no dia a dia das pessoas, sejam físicas ou jurídicas. Particularmente na área da prestação de serviços, independente do segmento, nunca tivemos tanta dificuldade em contratar um profissional ou uma empresa, pois é fato que o anonimato permeia muitas relações de trabalho. 8

Hoje, existe um volume de prestadores de serviços e as promoções são inúmeras. O universo de produtos disponíveis no mercado com uma acessibilidade comercial, empréstimos, juros baixos, a avalanche de propagandas que invadem as nossas vidas, a facilidade da compra e o conjunto de fatores que faz com que tenhamos acesso a diversos produtos e


formação de equipe, em planejamentos administrativos e financeiros e outros itens, porém, as empresas inteligentes têm reforçado cada vez mais a ligação com os seus clientes, parceiros e profissionais. Isto justamente para manter a referência de uma empresa”, conta Rosa Sborgia, sócia da Bicudo Marcas e Patentes e diretora do Grupo Alliance, que garante indicações seguras. Ela conta que participar do grupo é muito interessante, pois garante muitas indicações, já que faz com que ele se torne referência em seu ramo de atuação. “É comum, nos dias atuais, profissionais buscarem pela referência da empresa ou do profissional que pretende contratar, e a referência acaba sendo a porta de entrada de qualquer negociação”, conta Sborgia. O Grupo Alliance foi criado em 2003 justamente pela necessidade de filtrar empresas que podem ser recomendadas a clientes, uma vez que as suas associadas são referências de empresas.

serviços, nunca antes visto, tem exigido muita atenção dos compradores de produtos e/ou serviços. Daí a necessidade da indicação. Mas será que só a indicação nos dias atuais basta? Ou é preciso um pouco mais, ou seja, a referência? “A referência ou recomendação é reconhecida como o ato de confiar a alguém a obtenção de informações de terceiros. As empresas têm investido muito em novas tecnologias, em

Assim, o Grupo vem obtendo resultados bastante significativos para as empresas participantes por diversos motivos, principalmente a simplicidade. Para que isso ocorra, basta a união de organizações sérias em torno de objetivos em comum. “A formação desses grupos são de grande importância nos tempos atuais, pois eles se tornam um filtro de referência para as indicações que serão realizadas. Mas é importante que se tenha critérios na hora de montar esses grupos. As empresas devem estar dentro do mesmo conceito ético, para não haver problemas”, explica Celso Bazzola, da diretor da Bazz Consultoria de RH, que também faz parte do Grupo Alliance . 9


MARKETING

Um ponto a ser destacado nessas parcerias é a facilidade com que as empresas fecham novos contratos a partir das indicações. “Hoje, algumas empresas do Grupo Alliance estão obtendo um retorno acima de 50% de fechamento de contratos a partir das indicações, o que faz com que um novo leque de trabalho se abra”, analisa Bazzola, que acrescenta que sua empresa tem a grande maioria dos clientes vindos de indicações. “O Grupo Alliance acredita que a parceria entre empresas é estabelecida quando o único motivo da indicação é a segurança de que seu cliente será atendido por empresas que tenham responsabilidades em sua conduta. Não há vantagens financeiras para quem indica, pois, se assim fosse, estaríamos diante de uma relação comercial”, detalha o diretor da Bazz.

Cuidados na hora de entrar e criar um grupo Um consenso entre os participantes desses grupos é que, antes de fazer parte ou criar essas alianças, os empresários devem ter muito cuidado para não entrar em uma barca furada. O principal risco é entrar em grupos que não fazem alianças comerciais. 10

Diferentemente desse perfil, são os grupos constituídos por empresas tradicionais ou pessoas renomadas eticamente, os quais visam fomentar bons negócios e, consequentemente, elevar o nível de produtos e serviços à sociedade em geral, ensejando indicações de confiança. “Para as empresas que querem participar de um grupo desse tipo, primeiramente, é fundamental que se tenha em mente o que se buscará com essas parcerias, ou seja, o objetivo principal/filosofia do respectivo associativismo; posteriormente, deve-se buscar referências tanto do grupo em si como também dos seus participantes, ou no mínimo, dos seus líderes”, alerta Rosa Sborgia, complementando que esses tipos de associações só obtêm sucesso a partir da confiança e credibilidade profissional dos seus participantes. “Para conhecer melhor o grupo que pretende participar, sugerimos que o interessado vá a reuniões sem vínculos efetivos com a associação, para ter melhores referências do mercado em que o grupo atua”, acrescenta a diretora da Bicudo, alertando que muitas pessoas utilizam desses grupos com interesse políticos, o que não é interessante para as empresas.


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VIAGEM

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Mya


anmar Um destino cheio de mistĂŠrio

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VIAGEM Conhecido como um dos destinos mais misteriosos e inexplorados do mundo, o país exala beleza e charme com sua exuberante natureza de florestas virgens, montanhas nevadas e relaxantes praias, combinadas com heranças de cidades anciãs e sítios arqueológicos extraordinários com templos, stupas e diversos monumentos de Budha, revelando uma cultura milenar. Abrigando 135 grupos étnicos diferentes, nos quais a maioria segue o budismo como cultura principal, sendo praticado junto com a adoração dos nats (espíritos). Os meninos de famílias budistas devem tornar-se noviços e monges, mesmo que seja por pouco tempo, então, é normal encontrar novatos aspirantes a monges ,enquanto se passeia em qualquer lugar. A população é muito hospitaleira e recebe os turistas calorosamente, devido a isso, dizem que as melhores boas-vindas asiáticas vêm deste magnífico país. Um pacote de viagem para esse país pode variar de U$ 680,00 por três dias a U$ 8.740,00, em um pacote de 18 dias que inclui Malásia, Myanmar e Cingapura via Dubai. Veja os principais passeios que podem ser feitos no local Mandalay Mandalay é a capital cultural e econômica de Myanmar, localiza-se às margens do rio Ayeryarwaddy. É a segunda maior cidade do país e foi fundada para atender a uma antiga profecia, em 1857. A antiga capital, que era Amarapura, foi, então, transferida para Mandalay, com todas suas construções sendo carregadas em carriolas e nas costas de elefantes. O 14

antigo palácio real, construído a partir de grandes pilastras de madeira, foi tomado em 1886 pelos ingleses e transformouse em quartel para suas forças armadas. Na Segunda Guerra Mundial, foi a vez dos japoneses tomarem o local e, num bombardeio dos aliados, verem o palácio desaparecer. Bagan Bagan é um dos sítios arqueológicos mais extraordinários sítios arqueológicos da Ásia, apenas comparado com o Parque Arqueológico de Angkor, que conta uma outra história de Myanmar com stupas e templos, muitos deles ainda em bom estado. Bagan existe como civilização desde o século II, mas esperou até o século XI para o início da sua idade de ouro. Entre esse século e o XIII, foram construídos mais de 13.000 templos, pagodas e outras construções religiosas. A Bagan de hoje é um pouco dessa civlização que passou. A vantagem desse sítio arqueológico está na ausência de obstáculos aos olhos. De qualquer lugar, podem ser vistas a maior parte das construções dentro da área. Entre os templos, encontram-se o de Ananda, construído em 1091, se ergue a 51 metros de altura. O ouro com o qual foi coberto é de 1990, em comemoração ao nongentésimo aniversário de sua construção; o Dammayangyi, o maior


templo de Bagan; e o Mahabodhi, uma réplica exata, porém menor, do templo Bodhi (da Figueira), em Bodh Gaya, na Índia, onde o Buda teria se iluminado. Yagon Também conhecida como Ragoon, a cidade possui alguns dos mais impressionantes patrimônios arquitetônicos e uma herança religiosa espiritual, como a incrível Pagoda Shwedagon. Sagaing Capital do Império no século XIV, a cidade é coberta por pagodas e monastérios e é conhecida como um dos lugares mais pacíficos pelos budistas para estudos e meditação. Os principais atrativos são a Padamyazedi Pagoda, o U Min Thonze Caves Pagoda e o Tilawkaguru Cave Temple. Amapura “A Cidade da Imortalidade” era o centro de reformas Budistas, bem como ensinamentos, durante o Império do Rei Bagyidaw. A cidade é também conhecida hoje como Taungmyo, que significa Cidade do Sul, relacionada a Mandalay. Ava A cidade, que também é conhecida como Innwa, era a Cidade Real do Império de Shan Prince. A cidade possui belíssimos monastérios e pagodas como o Maha

Aungmye Bonzan, a famosa e incrível Snake Pagoda, a Bagaya Kyaung e a marca do lugar, a Innwa Tower. Inle Lake Este lago de água doce fica entre as montanhas do Estado Shan. Um passeio pelo lago dá incríveis vistas de paisagens, pescadores e comunidades que beiram o lago para regar suas plantações. Dicas para Viagem IDIOMA Birmanês MOEDA A principal moeda usada em Myanmar é o Kyat. FUSO HORÁRIO Myanmar está 6h30 a mais do que o Brasil. GASTRONOMIA Os pratos de Myanmar são elaborados basicamente com arroz acompanhado de carne ou verduras. Os temperos mais usados são pimenta, cebola e azeite. Um prato bem conhecido no país é Mohinga: uma espécie de sopa de macarrão de arroz, normalmente tomado durante o café da manhã.

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bem - estar VIAGEM

Navegar é preciso! O velho sonho de muitas pessoas de ter uma embarcação aquática não está mais tão distante para os brasileiros. Sendo que, nos últimos anos, esse mercado vem crescendo consideravelmente. O câmbio e a falta de linhas de crédito para o setor já não prejudicam mais o consumidor que pensa em comprar seu primeiro barco. Um novo cenário, com valores mais convidativos na hora de adquirir um barco, está atraindo a atenção de empresários e outros aficionados. Mas como escolher a embarcação a ser adquirida? Antes da decisão da compra, mas com a certeza que você passará a 16

fazer parte do grupo de navegadores deste oceano maravilhoso que banha a costa brasileira, visite as revendas e colha informações sobre assistência técnica no território nacional, seja a embarcação nacional ou importada. Decida se você quer uma embarcação com cabine ou de proa aberta, à vela ou motor, usada ou nova. Você pode obter mais informações nos sites dos estaleiros. Seguem algumas dicas importantes: 1 - Com quem você deve comprar o barco: não faça surpresa para a esposa, filhos, noiva ou namorada. Curtam essa


fase juntos. Vale gastar esse tempo e planejarem esse sonho. Os detalhes da embarcação podem ser decididos juntos e isso poderá evitar futuros desentendimentos. 2 - Comprar antes ou depois do verão: após o verão, você pode conseguir um preço melhor, no entanto, os estaleiros não fazem estoque e, se comprar após outubro, você pode correr o risco de não usar a embarcação nas férias de verão. Escolha no inverno e reserve com um revendedor para garantir sua diversão nas férias.

3 - Onde comprar: você pode recorrer a um Broker, que tem pessoas especializadas para auxiliá-lo na escolha e orientar detalhes que você nem tinha pensado. Caso queira comprar sozinho, leia muito, converse com amigos que tenham barco e frequente Iate Clube e Marinas. Isso vai ajudá-lo com muitas informações sobre o mercado náutico. 4 - Qual o tamanho da embarcação: o melhor tamanho é aquele que cabe no seu bolso e vai satisfazer sua família. Compre um barco que vá lhe dar segurança. Lembre-se que é sua primeira embarcação e você vai ganhando confiança à medida 17


que usa e aprende com ela. Não compre algo que vai lhe dar frustração. Curta seu barco. Os maiores podem vir depois. 5 - Novo ou usado: um barco novo terá design mais moderno, você sabe a procedência e pode ser montado do jeito que quiser, desde a marca e modelo de motor, até detalhes de tapete ou capota. Já os usados, têm um preço menor e já vêm equipados com os acessórios, o que pode ser bom quando não se sabe bem o que comprar. Se estiver em dúvidas sobre a procedência, consulte um despachante para obter informações e um engenheiro naval pode atestar o estado do casco. Essa análise não é cara e pode lhe dar confiança. 6 - Vela ou motor: veleiros requerem mais experiência de navegação e são mais lentos, não possibilitando visitas a vários locais no mesmo dia. O barco a motor pode lhe dar mais agilidade e prática de esportes náuticos, como wakeboard, ski, mergulho, etc., mas tem um custo mais elevado devido à manutenção do motor. 7 - Mar ou rio: as embarcações para rio tem o “V” do casco menos acentuado possibilitando menor arrasto, melhor desempenho e um motor menor. Já para uso no mar, o ângulo “V” do casco deve ser maior para que tenha um desempenho bom no corte das ondas. 8 - Uso com família ou sozinho: sempre uma embarcação para uso com a família trará mais satisfação e, para esse caso, escolha um barco que lhe proporcione conforto. Se desejar, pode ser cabinada e com banheiro, veleiro ou de proa aberta. Caso queira uma embarcação para velocidade e competição, as de modelo offshore são as ideais. 18

9 - Como pagar: lanchas novas podem ser parceladas via banco e financeiras com taxa de juros baixas. Já, para os usados, é mais recomendável o pagamento à vista, pois as taxas para embarcações usadas (assim como carro) são mais altas. Não se esqueça que você sempre vai querer comprar algo mais para dar seu toque na embarcação. Então, não gaste tudo na compra. Guarde um pouco para essa fase que, além de necessária, é muito prazerosa. 10 - Para dormir ou apenas passear: para passear, escolha uma lancha confortável que acomode bem todos os passageiros e tenha espaço para acessórios, som, sacolas, etc. Para dormir, prefira os de modelo cabinado ou veleiro. Lembrando que, para pernoite somente parte dos ocupantes terão espaço para dormir. 11 - Tipo de proa: você pode optar por proa aberta ou fechada. Proa aberta permite melhor visual e tráfego na embarcação, já proa fechada possibilita que você passe a noite no mar e tem mais abrigo para objetos pessoais. 12 - Tipo de motor: motores de popa são um pouco mais baratos, tem fácil acesso para manutenção e deixam mais espaço livre na embarcação. Motores de centro-rabeta são silenciosos, dão mais estabilidade e tem durabilidade maior. Esses podem ser diesel ou gasolina. (Consulte tipos de motor). 13 - Combustível: para esportes como ski, motores a gasolina têm melhor desempenho, pois têm arrancada rápida. Motores a diesel têm melhor autonomia e consumo. Os motores a gasolina são mais baratos, no entanto, os a diesel levam vantagens na manutenção.


14 - Transportar ou guardar: caso seu barco tenha menos de 6 metros, você poderá transportá-lo, mas, se o peso total for superior a 750Kg, a carreta deve ter freios. Lembre-se que a carreta que transporta a embarcação normalmente é feita de alumínio ou ferro e a carreta de uso diário para descer na água é de madeira e sem rolamentos para aumentar a durabilidade. Se não quiser transportar ou a embarcação for grande ou pesada, você poderá deixá-la em marina ou iate clube, onde há marinheiros especializados que, após uso, lavarão o barco e farão tratamento no motor, aumentando a sua durabilidade. 15 - Onde guardar: marinas têm boa infraestrutura para manutenção e marinheiros especializados. Já garagens náuticas são próximas a água e com pouca infraestrutura. São, na maioria das vezes, um bom e seguro local para deixar o barco.

Custos para manter um barco Não pense que os gastos de um barco se limitam a sua compra, eles estão muito além. Para se ter ideia, ter um barco significa ter um lugar para guardá-lo. Esse custo fixo varia de marina para marina, mas sai, em média, R$ 50 por pé do barco. Isto é, um barco de 30 pés exigirá pagamento mensal de R$ 1.500. Não se esqueça de prevê-lo no orçamento. Lembrando que, se pernoitar em outra marina, saiba que uma taxa de visita será cobrada para que você possa utilizar a infraestrutura local. Outros custos que não podem ser esquecidos como manutenção e principalmente combustível. Pense bem neste quando for escolher o motor da embarcação. Um barco de 16 pés, com motor de 50 hps, consome, em média, 12 litros de gasolina por hora, enquanto que um barco de 36 pés, com dois motores de 320 hps, chega a usar 140 l/h.

Fonte – Web Marinas 19


LAZER

Sabe aquela sensação de liberdade objetivada por muitas pessoas? Então, tem como você se jogar para ela de maneira bem mais fácil do que pensa e, o principal, de maneira segura. Pode parecer loucura, mas é isso que se conquista saltando de paraquedas. Para quem acredita que paraquedismo não é um esporte e sim um ato de insanidade, é legal conhecer esse ambiente. Você verá que ele é tão saudável ou até mais do que o de outros esportes, trazendo também ensinamentos para a vida dos empresários. “Além de um belo remédio contra o estresse do dia a dia, penso que o esporte ajuda a desenvolver a capacidade de concentração e, principalmente, 20

proporciona prática em situações de pressão, que requerem decisão rápida com análise de muitas variáveis”, conta Felipe Soares, praticante e empresário da Redex. Só quem já saltou é que pode descrever essa sensação, já que desde o primeiro salto essa é uma das experiências mais marcantes da vida de uma pessoa, constituindo uma das melhores recordações e proporcionando histórias que serão narradas ao longo dos anos. Por mais que muitos achem um esporte complicado de praticar, pode se afirmar que a parte mais complexa em realizar essa aventura é tomar a decisão de fazer.


Mesmo ganhando mais prazo, eSocial continua assustando

Porque, depois, a maioria das pessoas se pergunta o motivo de não ter tomado essa iniciativa há mais tempo. “Iniciei em 1998 por incentivo do meu irmão que já era paraquedista. Relutei muito, pois ‘não queria morrer’. Era o meu discurso. Na realidade, por falta de informação, acreditava ser um esporte de louco. Foi fazer o primeiro salto para me viciar. Hoje, tenho pouco mais de 2.500 saltos e sou instrutor de salto duplo, embora em longa fase de licença. Já fizeram salto duplo comigo: minha esposa, minha mãe, alguns familiares e diversos amigos”, conta Felipe Soares.

Para quem ainda não se acha preparado para um salto sozinho, uma boa pedida é o famoso salto duplo, que também é bastante divertido. Nesse, a pessoa também sente a sensação de saltar de um avião a mais de 3000 metros de altura e cair a uma velocidade de aproximadamente 200 Km/h. A vantagem é a facilidade, com apenas 10 minutos de treinamento, se está pronto para saltar acoplado a um instrutor experiente, em um paraquedas especial para saltos com duas pessoas. Além da emoção de quase um minuto em queda livre, o passageiro pode ter a sensação de pilotar o paraquedas durante um voo que dura cerca de 5 minutos. 21


Para quem quer saltar sozinho, normalmente se utiliza o sistema AFF, que já coloca o futuro paraquedista em queda livre logo no primeiro salto. Contudo, todo o curso totaliza sete saltos, durante os quais o aluno terá a supervisão direta do instrutor, inclusive durante a queda livre. Também faz parte do treinamento de 8 a 10 horas de curso teórico. Esse sistema de aprendizado é interessante, já que se aprende a dominar a posição de queda livre, comandar o paraquedas, iniciar e parar curvas, dentre outros pontos. Ao saltar de paraquedas, deve ter em mente que esse é um esporte de aventura seguro que é praticado a uma escala mundial e, se outras pessoas o fazem e conseguem, também se pode fazer. Deve lembrar-se que o risco é mínimo e que, ao fazê-lo, será sempre com a máxima adrenalina. “No início da prática, o sentimento predominante é medo com um pouco de êxtase. Com o desenvolvimento no esporte, a sensação mais presente é certamente o prazer, alegria, felicidade plena”, conta Felipe. Para quem deseja iniciar no esporte, ele recomenda procurar uma escola profissional e filiada à Confederação Brasileira de

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Paraquedismo. “Há inúmeras escolas de qualidade no Brasil e eu já trabalhei em algumas delas. Meus amigos, quando me pedem indicação de onde saltar, indico a escola Paraquedismo Boituva - http:// paraquedismoboituva.com.br/. Para lá que eu vou assim que voltar a saltar, o que deve acontecer no próximo trimestre”. Sobre os custos, se comparados aos esportes mais populares, realmente são altos. Contudo, demanda de uma estrutura bem maior e, quando analisamos o prazer proporcionado, é praticamente de graça. Há de se considerar que é um esporte que depende de avião e equipamentos de altíssima tecnologia e qualidade, fatos que contribuem para o custo relativamente alto. Para se ter ideia um salto duplo custa, em média, de R$300,00, já, para um curso individual, o custo será maior, pois pagará o teórico e por cada salto. Outros lugares para saltar: Campinas (SP) Azul do Vento – (19) 32460455 www.azuldovento.com.br São Paulo Escola Brasileira Paraquedismo – (11) 32633023 www.ebparaquedismo.com.br

de


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CAPA

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Obstáculos para o crescimento

das empresas brasileiras

Aplicativos conquistam O peso que a ineficiência brasileira tem o mercado e executivos para o desenvolvimento das empresas O chavão de que o Brasil é o país do futuro já foi e continua sendo muito utilizado, contudo, atualmente, se percebe, por outro lado, a existência de uma força maior que parece impedir o crescimento do país. A situação vem se agravando ainda mais nos últimos meses, quando diversas questões estão levando a um crescimento muito abaixo do esperado e um horizonte preocupante.

inflação. Todos no governo parecem confortáveis com uma inflação que não ultrapasse o limite superior da meta, de 6,5%, quando se deveria mirar o centro, de 4,5%. A alta de juros e a inflação mais elevada contribuem negativamente para o desempenho da economia, pois reduzem a disposição dos consumidores em se endividar e diminuem o apetite dos empresários para investir”.

Segundo o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, as projeções não são positivas. “O cenário pós-Copa deve ser caracterizado pela confirmação do desempenho medíocre da economia em 2014 – baixo crescimento, inflação alta e crescente déficit externo. No front político, o destaque óbvio são as eleições. A julgar por pesquisas recentes, a presidente Dilma enfrenta um favoritismo declinante para sua reeleição. As chances da oposição aumentam”.

O desânimo vem sendo em todos os setores. Para se ter uma noção, recentemente, a agência de notação financeira Fitch divulgou que a previsão de crescimento do Brasil sofreu baixa, de 1,9% para 1,5% refletindo o baixo crescimento da economia e a contração no investimento e no consumo das famílias no primeiro trimestre.

O ex-ministro alerta que muito dessa dificuldade vem da inoperância de nosso atual Governo. “O cenário de inflação exige uma ação mais firme da política monetária. A interrupção do ciclo de alta da Selic, decidida recentemente pelo Banco Central, foi uma demonstração adicional da tolerância em relação à

Na análise, a Fitch argumenta que neste país sul-americano “o crescimento econômico registou meros 0,2% em cadeia no primeiro trimestre e lembra que “a contração no investimento de 2,1% e no consumo das famílias de 0,1% são as principais causas para a performance abaixo do potencial”. O cenário de preocupação também é apontado na pesquisa de conjuntura 25


Maílson da Nobrega

Indicadores Sebrae-SP, segundo a qual o faturamento real das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas registrou queda de 1,2% em abril, na comparação com igual mês de 2013. O recuo foi acompanhado de uma acentuada deterioração das expectativas dos empresários: em maio, 26% deles disseram esperar piora na atividade econômica nos próximos seis meses, o maior pessimismo desde o início da série histórica, em maio de 2005. Em maio do ano passado, a parcela dos que acreditavam nessa possibilidade era de 10%. Além da inflação e dos juros, a menor confiança dos empresários é influenciada por dúvidas relacionadas às eleições deste ano e a um possível racionamento de energia elétrica. Soma-se a esses fatores o menor ritmo da atividade econômica, que afeta diretamente o desempenho das MPEs, extremamente dependentes do mercado consumidor interno. Quais os reais problemas que impedem o Brasil de crescer? Na busca de desvendar os motivos que impedem o crescimento consistente do país, fomos buscar especialistas em diversas áreas do mercado para que avaliassem a situação e como melhorar.

Veja os principais pontos levantados pelos especialistas: 26

Burocracia que emperra o crescimento O mais renomado jurista brasileiro Ives Grandra Martins, não tem dúvida ao apontar a burocracia como sendo o maior problema que impede o crescimento do país. “Desde 1991, a estrutura e os gastos da Federação não cabia dentro do nosso PIB. Assim, mesmo com todo esforço para que haja um aumento na arrecadação tributária, não é suficiente para sustentar essa grande estrutura que se montou. Isso faz com que tenhamos capacidade menor de investimento do que qualquer país emergente”. Grandra cita como principal exemplo a nossa estrutura federal de Ministérios. “Hoje, o país possui 37 ministérios com direcionamentos de verbas e estrutura montada, o que proporciona altos custos, enquanto países como Estados Unidos, França e Alemanha têm apenas 15 ministros. O PT montou no país uma estrutura para alocar seus parceiros, o que gera gastos muito excessivos”. Enquanto o governo tenta, de maneira desordenada e sem planeamento destravar o ambiente de negócios, o País perde espaço nos rankings internacionais de competitividade. Mais um dado preocupante é que, entre 2012 e 2013, o Brasil caiu da 48ª para a 56ª posição no Relatório Global de Competitividade


do Fórum Econômico Mundial. Assim, para os especialistas, ou o Brasil elimina todos esses processos ou esses processos eliminarão o país. Complexidade tributária A cada dia útil são editadas no Brasil 46 normas tributárias nos três níveis de administração; só os municípios são responsáveis por 60% desse volume. Assim, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), por ano, portanto, pessoas e empresas passam a conviver com 12 mil novas leis sobre impostos. E o mais incrível é que a maior parte dessas leis acabam sendo revogadas ao longo do tempo. Das 291 mil normas tributárias editadas no país desde a Constituição Federal de 1988, apenas 7,5% ainda estavam em vigor em 2012. “Está na hora da população cobrar melhor aplicação dos impostos. O volume de recurso é grande. O problema é o retorno, que é pior do que em países como Argentina e Uruguai, que têm cargas menores, mas oferecem melhores serviços”, destaca o presidente do IBPT, João Eloi Olenike. Segundo ele, “se o cidadão paga caro por impostos, ele tem direito à educação, segurança, saúde, habitação e boas estradas sem pagar pedágio”.

A solução para essa situação seria a desburocratização da máquina e uma reforma tributária, como aponta o ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf. “A situação atual no Brasil é de alta carga tributária, que, além de cara, é burocrática, complexa e tem alto custo de administração por parte das empresas. É preciso que o governo tenha a coragem de fazer uma reforma tributária ampla, profunda, que desonere e simplifique o sistema, tanto para as empresas quanto para as pessoas”. Para ele, isso seria possível se de um lado se planejasse o ritmo da queda da carga tributária ao longo do tempo, de forma escalonada, e de outro melhorasse a eficiência do setor público para que o governo possa fazer mais com menos recursos. Contudo, segundo Ives Granda, essa não é a intensão do governo. “Quando o governo não atrapalha a economia, ele já faz muito, mas não é isso que ocorre no país. Para se ter ideia da inoperância do governo, fui chamado junto com outros especialistas para pensar em uma alternativa tributária para o país e desenvolvemos 12 anteprojetos para serem apresentados e que buscavam uma nova realidade nessa área. Trabalhamos sem receber nada desde setembro de 2012 para montar esse material, que não foi sequer apresentado. Enquanto nosso governo atual não alterar

Alencar Burti 27


a mentalidade, não sairemos do lugar”. Baixa produtividade do trabalhador brasileiro A produtividade e a qualificação de mão de obra também são problemas que emperram o país. O trabalhador brasileiro rende ridiculamente pouco, na média. Uma pesquisa de produtividade recente, realizada no mundo inteiro por uma consultoria com sede em Nova York, mostra que, dos 122 países pesquisados, o Brasil ocupa apenas a posição 81. Mas isso não é o pior, pois a pesquisa também mostrou que um trabalhador brasileiro leva quase seis dias para fazer o que um americano leva apenas um. Segundo o economista-chefe do The Conference Board, Bart Van Ark: “Chega uma hora em que a economia só consegue crescer se as pessoas ficarem mais produtivas. E, nesse ponto, o Brasil tem decepcionado”. Também pesa muito a falta de qualificação dos nossos profissionais. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que somente 18% dos trabalhadores que buscam emprego no país têm algum tipo de qualificação. São cerca de 7,5 milhões de trabalhadores sem qualquer qualificação ou experiência.

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graves problemas estruturais nos modelos adotados, que não formam pessoas com qualidade, o que produz profissionais despreparados para determinadas realidades econômicas e sociais que o país atravessa.

“Estes dados revelam uma verdadeira tragédia nacional, que é a desqualificação de uma parte considerável da força de trabalho. Isto não é ruim apenas para estes profissionais, mas também para as empresas, que enfrentam mercados cada vez mais competitivos, inclusive competindo com produtos importados, sem o suporte de uma mão-de-obra preparada para atuar com qualidade”, assinala Ralph Arcanjo Chelotti, Presidente da ABRH- (Associação Brasileira de Recursos Humanos).

“Além da falta de educação e de programas estruturais voltados a qualificação do profissional nas escolas, a legislação trabalhista impede a competição no ambiente de trabalho e o tratamento desigual para trabalhadores de alta performance, além de trazer encargos enormes para empresas como estabilidades multas para dispensa de trabalhadores que não desempenham suas atividades em alta performance. O excesso de proteção impede o desenvolvimento, o desafio”, analisa Richard Domingos, diretor executivo do Confirp Consultoria Contábil.

Essa falta de qualificação é reflexo das sérias falhas educacionais do país, com

“É preciso deixar as empresas investirem de modo mais consistente em qualificação


Ainda ligado aos trabalhadores, outro entrave muito grande que o país enfrenta é uma lei trabalhista no mínimo arcaica. As relações trabalhistas do país ainda são reguladas por uma legislação criada em 1943, no então governo do presidente Getúlio Vargas, dessa data para hoje, muito pouco se alterou. As dificuldades dos empregadores é muito grande, principalmente pelo engessamento das relações trabalhistas ao demonstrar um paternalismo antiquado. Isso cria um ambiente que assusta empresários e investidores, pois deixa comprometida a competitividade das empresas. São cerca de 2 milhões de ações judiciais trabalhistas apresentadas anualmente nos tribunais do trabalho.

Ives Gandra

de profissionais, pois elas saberão orientar esses investimentos para aqueles setores onde há grande demanda por pessoal qualificado, sem que existam profissionais no mercado. Exemplo claro disso é a premente necessidade de pessoal para o setor petrolífero, o que está obrigando as empresas do setor a investirem em cursos de capacitação para formar seus quadros, que inexistem no Brasil”, assinala Chelotti. Contudo, de nada valerá o esforço sem que hajam os investimentos na base e é nesse ponto que estamos pecando, com uma cada vez maior precariedade das escolas. “O Governo atual não tem um real projeto para educação e distribuição de renda, até o tão aclamado Bolsa Família (verba dada às famílias que mantém os filhos nas escolas), nada mais é do que uma cópia do Bolsa Escola que foi criado durante o Governo Fernando Henrique Cardoso. Legislação trabalhista antiquada

A insegurança jurídica criada pela legislação trabalhista complexa e a burocracia é uma reclamação constante dos empresários, conforme o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro. Outro problema é que a lei, na maior parte das vezes, é pró-trabalhador, deixando os contratantes numa posição de verdadeiro refém. “Cria-se uma imagem de que o empregador sempre é bandido e o empregado é o explorado. Ocorrem excessos baseados em uma verdade que nem sempre reflete a realidade”. A solução, segundo o presidente do SebraeSP, Alencar Burti, também passa por complexas mudanças. “Temos trabalhado firmemente para obter as mudanças essenciais na legislação trabalhista, que envolvem a revisão e adoção de formas modernas de contratação de empregados, a regulamentação da figura da terceirização de mão de obra, tão importante para as pequenas empresas, e a flexibilização legal das formas de pagamento dos benefícios trabalhistas aos empregados das micro e pequenas empresas, respeitando a vontade das partes e a realidade dos pequenos negócios”.

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Problemas político-econômicos do atual Governo O problema maior na visão dos especialistas entrevistados, no entanto está no modelo de gestão pelo qual o país é governado atualmente. “Hoje, não vejo no país um projeto econômico consistente, o atual Governo só age com medidas paliativas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, parece um alquimista que fica tentando criar algo novo sempre com a mesma fórmula. Infelizmente, no país hoje não se tem um projeto de longo prazo”, alerta Ives Granda. “A presidenta Dilma mantém uma máquina esclerosada, que vai fazendo com que o país não se torne interessante, os investidores não querem correr riscos. Ao contrário do que dizem, não há má vontade dos empresários, o que ocorre na verdade é que existe o medo de se investir onde não tem projeto. Os empresários estão sendo mal tratados pela Dilma, que por sua vez demonstra uma aversão ao lucro”, complementa. Mailson da Nóbrega concorda com essa visão: “O desânimo tem a ver com o baixo crescimento, a excessiva intervenção do governo na economia, a queda na imprevisibilidade – crucial para a tomada de decisões – e a menor qualidade da política econômica, particularmente os malabarismos financeiros e a contabilidade criativa na gestão fiscal, que sinalizam certa imprudência nessa área. Tudo isso influencia o ambiente de negócios e contribui para inibir decisões de investir”. Contudo, ele ainda acredita em um panorama positivo. “Felizmente, o país não está à beira do abismo, nem corremos o risco de uma trajetória como a da Argentina e da Venezuela. O que deve ser feito é consensual para a maioria dos analistas: restabelecer a credibilidade da política econômica, o compromisso com uma inflação baixa e o retorno a uma 30

política fiscal responsável e transparente; abandonar o controle de preços de combustíveis, energia elétrica e outros; acelerar a concessão dos serviços públicos de infraestrutura e promover as reformas que elevem a produtividade, flexibilização da relação trabalhista, reforma tributária e o potencial de crescimento da economia. Este último ponto depende de vencer uma agenda complexa, politicamente difícil, que exige forte liderança política, exatamente o ingrediente mais em falta neste momento”. Enfim por mais, que a situação não seja das mais positivas para o país, ainda se pode observar claramente caminhos para reverter esse cenário, todavia, mais do que apenas ações econômicas, as reais mudanças se darão com mudanças na estrutura política do país, que passa invariavelmente pelo nosso processo eleitoral.


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SAÚDE LAZER

Fumar não faz bem para os negócios 32


Nunca o ato de fumar esteve tão fora de moda! Se do início até quase o fim do século passado esse ato era charmoso, nos tempos atuais, mais do que blasé fumar está se tornando um problema para os profissionais. E isso por diversos motivos, dentre os quais se destacam problemas relacionados à saúde e até mesmo queda da produtividade. Para se ter ideia do problema do tabagismo em uma empresa, recentemente a revista Tobacco Control apresentou resultado de uma pesquisa da Universidade do Estado de Ohio. Nela se constata que um fumante custa, em média, quase US$ 6 mil, ou seja, mais de R$13 mil a mais por ano nas empresas, em comparação com um profissional que não fuma. Este prejuízo para empresas foi calculado com base em dados do absenteísmo dos trabalhadores em função de consultas médicas diante de doenças, perda de produtividade nas tarefas habituais e as inúmeras pausas para fumar durante a jornada diária. No Brasil, o quadro não se altera tanto, sendo que ainda temos uma pesada legislação sobre o tema que estabelece diversas limitações de espaço para os fumantes. Assim, hoje, se observa a existência muitas vezes de discriminação aos fumantes, o que não surte o resultado esperado, sendo que o caminho mais correto para empresas é reconhecer que o tabagismo é uma doença crônica reconhecida, com tratamento bem estabelecido por meio de da abordagem cognitiva, comportamental e farmacológica. O primeiro ponto a ser levado em conta é que as empresas não podem discriminar um profissional por ser fumante. Pela legislação trabalhista, se um profissional estiver apto a disputar um cargo e for dispensado da seleção por ser fumante, ele pode entrar com uma ação em juízo pedindo indenização por danos morais

e discriminação. Além disso, a empresa ao divulgar que não aceita candidatos fumantes, também pode sofrer sanção do ponto de vista trabalhista, já que seria discriminação, inconstitucional e ilegal, inclusive com autuação administrativa e representação perante o Ministério do Trabalho, com pagamento de multa. Porém, não há como impedir que esse ponto seja utilizado contra um fumante em um processo seletivo, já havendo casos da empresa excluir do recrutamento profissionais fumantes. Mesmo assim, a correta postura perante o tema em um ambiente de trabalho é que haja promoção de campanhas de conscientização e prevenção do tabaco, além do desenvolvimento de programas de saúde para encorajar os empregados a cessarem o vício. Para aqueles que não fumam, parar de fumar pode parecer algo simples. Basta querer. A nicotina é uma droga, ela vicia. Fumar é uma doença. A cura requer, quase sempre, auxílio de profissionais de saúde. Existem os que não sintam a necessidade de utilizar pastilhas, emplastos ou medicação receitada por médico, mas a maioria necessita. O indivíduo fumante tem que ter a consciência de que precisa parar de fumar para ter uma vida melhor. Ter a consciência que esse vício mata, faz mal à sua saúde e de seus familiares e amigos que fumam passivamente. Esse é o primeiro passo rumo à cura. Fumar não é gostoso, não acalma, não emagrece. Portanto, tanto as áreas de RH das empresas como parentes e amigos de fumantes tem a obrigação de nunca desistir de fazer com que essas pessoas abandonem o vício de fumar, incentivando-os e ajudando-os no processo difícil da desintoxicação. Quando isso ocorrer, quando essa pessoa tiver uma melhor qualidade de vida, certamente os resultados serão sentidos 33


SAÚDE nas empresas. Segundo o médico dr. Dráuzio Varella, um caminho para empresas é criar grupos de apoio para discutir suas motivações e dificuldades no combate ao vício. Esses precisam ter no máximo 20 pessoas, para que não se torne impessoal demais, e contar apenas com voluntários que realmente queiram participar. Os requisitos para implementar o programa são poucos e baratos. Ele diz que o fundamental é ter um médico e um psicólogo dedicados a atender o grupo, além de uma sala onde os participantes possam se reunir com privacidade. Em encontros semanais, os fumantes contariam porque desejam largar o cigarro e compartilhariam experiências de sucesso e fracasso na tentativa de evitar o fumo. Aos poucos, os profissionais de saúde que supervisionam o grupo também avaliariam caso a caso se é preciso indicar remédios ou procedimentos de apoio, como o uso de gomas de nicotina.

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Quer parar de fumar? Veja alguns dados para refletir São cerca de 4.720 substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro que trazem risco à saúde. Além das mais conhecidas, como nicotina e monóxido de carbono, a fumaça do cigarro contém substâncias radioativas como polônio 210 e cádmio (aquele das baterias dos carros). Mas você pode argumentar...: “Muitas pessoas fumam e não adoecem. Outras não fumam e adoecem”. O importante é entender o que é se expor a riscos. Por exemplo: se você atravessar uma rua movimentada de olhos fechados, poderá chegar ao outro lado sem se machucar mas o risco de ser atropelado é bem maior do que se você atravessar de olhos abertos na faixa de pedestres. Da mesma forma, se você fuma, está se arriscando mais do que aqueles que não fumam.


O que acontece de bom se você parar? Estatísticas revelam que os fumantes, comparados aos não fumantes, apresentam risco: 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão; 5 vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar; 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral

Além desses riscos, as mulheres fumantes devem saber que: • o uso de anticoncepcionais associado ao cigarro aumenta em 10 vezes o risco de sofrer derrame cerebral e infarto; • grávidas fumantes aumentam o risco de ter aborto espontâneo em 70%; perder o bebê próximo ou após o parto em 30%; o bebê nascer prematuro em 40%; ter um bebê com baixo peso em 200%.

Ao parar de fumar, o corpo da pessoa vai recebendo benefícios constantes. Veja só: A pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal g Após 2 horas Não há mais nicotina circulando no seu sangue Após 8 horas

g

O nível de oxigênio no sangue se normaliza g Após 12 a 24 horas Seus pulmões já funcionam melhor Após 2 dias

g

Seu olfato já percebe melhor os cheiros e o seu paladar já sente melhor o sabor da comida g Após 3 semanas Você vai notar que sua respiração se torna mais fácil e a circulação melhora Após 1 ano

g

O risco de morte por infarto já se reduziu à metade g Após 5 a 10 anos O risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram Fonte – INCA

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TRABALHISTA

Normas Regulamentadoras, mais que obrigação, uma garantia!

Frequentemente, vemos regras e leis criadas pelo Governo que ocasionam muitas reclamações por parte das pessoas e que, posteriormente, a opinião se reverte, pois passam a ter a real percepção da importância que tiveram. Um exemplo típico desse fato são as Normas Regulamentadoras do trabalho. Quando foram criadas em 1994, ocorreu um verdadeiro pânico por parte dos empresários, pois, além de determinar que todas empresas deveriam ter serviços de médicos do trabalho também estabelecia regras e orientações, com o objetivo de evitar a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho, dentre outros problemas que possam ocorrer. “Lembro que, quando foram implantadas as normas, houve uma grande correria e muitas críticas a essas novas necessidades, todavia, com o passar do tempo, os empresários já perceberam que os benefícios seriam muito grandes para eles, pois possibilitariam grande segurança na hora da contratação e do desligamento e reduziriam consideravelmente os índices de problemas de saúde que resultam em faltas e redução do rendimento”, conta Tatiana Gonçalves, a diretora executiva da Moema Assessoria, que presta consultoria para empresas em relação a esses pontos. A diretora da Moema conta que hoje já são mais de 36 normas. Contudo, as empresas não são abrigadas a seguir todas. “A necessidade da NR dependerá 36

do ramo de atuação da empresa, assim é fundamental que as empresas se atentem a esse tema e busquem a assessoria adequada, pois, caso contrário, além de multas, poderão ter outros prejuízos no futuro”. Muitas das normas tem impacto direto no ambiente de trabalho, o que o torna mais seguro e também mais apto para o trabalhador. As vezes são pequenos detalhes que diferenciam a empresa de enfrentar um sério problema trabalhista que trará prejuízos ou de ter um ambiente saudável em que se obtenha maior lucro. O mesmo ocorre na hora da admissão e demissão de um funcionário, pois seguindo as normas regulamentadoras e fazendo tudo de forma adequada, terá muito mais segurança jurídica perante às leis trabalhistas. Uma recomendação para qualquer companhia em relação a esta questão é sempre contratar uma empresa de confiança sobre o tema. A assessoria de uma empresa de Medicina e Segurança do trabalho competente e preparada possibilitará que se esteja legalizado (obedecendo às Leis Trabalhistas e Previdenciárias) e amparado (diante de uma eventual reclamação trabalhista). Fora isso, também se terá a proteção e prevenção aos funcionários, evitando que se machuquem ou adoeçam, diminuindo, assim, as faltas no trabalho (absenteísmo). Também aumenta-se a motivação dos colaboradores com medidas como:


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como: treinamentos, cursos, melhorias do seu posto de trabalho (Ergonomia) e correção dos problemas na Organização do Trabalho. Os reflexos dessas melhorias estão diretamente ligados ao aumento da produtividade e dos lucros da empresa. Ainda, empresas e indústrias que investirem em Medicina e Segurança do Trabalho e diminuírem acidentes e doenças do trabalho, terão um FAP (fator acidentário de prevenção) menor e diminuirão os gastos da empresa com encargos trabalhistas. (Ergonomia) e correção dos problemas na Organização do Trabalho.

Mudanças com o eSocial A implementação do eSocial nas empresas também está trazendo sérias consequências para as empresas no

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tocante às normas regulamentadoras. Isso porque no sistema estará centralizada a entrega de todas as declarações, resumos para recolhimento de tributos oriundos da relação trabalhista e previdenciária, bem como informações relevantes acerca do contrato de trabalho, além de inserir informações referentes à saúde e segurança do trabalhador. Com isso, segundo Tatiana Gonçalves, além das informações às quais os profissionais de RH já tem familiaridade, alguns outros conceitos serão introduzidos na rotina diária destes profissionais, que antes ficavam centralizados apenas nas áreas de Segurança e Medicina do Trabalho, se existentes na empresa.

Veja exemplos abaixo: Exposição a fatores de riscos e medidas de controle: passa a ser


obrigatório o registro das condições de trabalho do empregado, indicando a prestação de serviços em condições insalubres e/ou perigosas, além da descrição da exposição a fatores de riscos e respectivas medidas de controle. Faz-se ainda necessário que, empresas cujos funcionários exerçam atividades insalubres ou perigosas, mantenham em arquivo o Laudo de Insalubridade ou Periculosidade, emitido por Engenheiro em Segurança do trabalho, registrando os riscos e percentuais a serem pagos aos trabalhadores. ASO – Atestado de Saúde Ocupacional / PCMSO: Todo empregado deve submeter-se aos exames médicos ocupacionais, sendo estes obrigatórios na admissão, na demissão e periodicamente no curso

do vínculo empregatício. A admissão e demissão do funcionário somente conseguirá ser registrada no sistema com o lançamento dos dados do ASO do funcionário. Os exames periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e de monitoração pontual deverão ser cadastrados pontualmente, quando da sua realização, havendo um layout do sistema específico para estes eventos. Além dessas informações, passa a ser obrigatório o lançamento do responsável pela monitoração biológica da empresa – Médico Coordenador do PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Desta forma, todas as empresas deverão se regularizar no tocante à documentação exigida pelo MTE em Medicina e Segurança do Trabalho.

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TRIBUTÁRIA

Mas, afinal, o que é Substituição Tributária?

A complexidade tributária no Brasil já é muito alardeada por todos os empresários, que, por vezes, não entendem a sistemática ou mesmo quando entendem necessitam fazer complexas contas para tomada de decisões acertadas em relação aos seus produtos. E um dos pontos que ocasiona maior complexidade na cabeça de contadores e administradores é a Substituição Tributária ou ICMS-ST. Esse sistema não é recente, foi criado como forma de combater a sonegação e a informalidade das empresas. Foi uma iniciativa dos Estados, entre as décadas de 70 e 80. Em 1993, essa norma passou a fazer parte da Constituição por meio de uma emenda, sendo então adotada por todas as unidades da federação. Para Welinton Mota, diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, a substituição tributária nada mais é do que uma técnica de arrecadação, que desloca a responsabilidade pelo pagamento do tributo. “O substituto tributário paga o tributo devido pela operação do substituído”. 40

Assim, simplificadamente, a Substituição Tributária é quando o Estado cobra o imposto da venda do comerciante antes, ou seja, no momento em que a mercadoria sai da indústria. É importante ter em mente que somente a lei pode colocar um produto sob a substituição tributária. Isso faz do varejista o contribuinte substituído, porque foi substituído pela indústria ou pelo atacadista. Já o contribuinte substituto será o receptor do dinheiro na fonte, que é a indústria ou atacadista. A taxa de imposto sobre os produtos das empresas que não se enquadram no regime do Simples Nacional varia, mas, geralmente, fica em torno de 18%. “Esse instrumento fiscalizador antecipa a arrecadação aos cofres públicos, em contrapartida, obriga um desembolso financeiro antecipado para os contribuintes. Dessa forma, os estabelecimentos substitutos (fabricantes ou importadores) sofrem um desembolso financeiro praticamente imediato pela antecipação do recolhimento do


ICMS devido pelo substituído (clientes varejista ou atacadistas), e o prazo para recebimento dos valores das vendas são normalmente muito superiores ao vencimento do ICMS retido na substituição”. O diretor acrescenta que: “além do aspecto temporal, relacionado com o prazo para recolhimento do imposto, devemos considerar o risco financeiro que reside na realidade das empresas, já que a garantia de recebimento das substitutas estará sempre ameaçada pelas diversas variáveis econômicas das empresas substituídas. Sendo que o fato gerador do recolhimento do imposto presumidamente ocorrerá no futuro, ou seja, não se sabe quando ocorrerá”. Por outro lado, o diretor acrescenta que o mecanismo é um duro golpe nos sonegadores, que não têm mais como omitir os tributos devidos na venda de um produto. Além disso, a incidência de tributo permanece a mesma e a substituição tributária facilita também a fiscalização, pois centraliza a responsabilidade.

do preço presumido de venda e do preço de venda da indústria. Com isso foi tirada uma grande vantagem das empresas do Simples. Sem o ICMS-ST, o comércio varejista comprava, estocava, o consumidor adquiria e somente naquele momento o comerciante pagaria o imposto incidente sobre a mercadoria, e assim as despesas das empresas aumentam e a competitividade cai. Assim, para empresas do Simples, há a possibilidade de estorno. Se o imposto foi cobrado na fonte, a possibilidade de ressarcimento existe se não acontece a venda – por causa de furto ou algum incidente impeditivo. A própria Constituição garante que o comerciante receba de volta. Outra possibilidade de estorno é se a venda ocorrer para uma empresa de outro Estado. A definição dos valores do imposto incidente sobre cada produto no varejo é responsabilidade do governo. Essa tabela é criada para determinar o preço de mercado, sendo feita por meio de uma pesquisa de mercado realizada pela Fazenda.

Problemas para empresas do Simples Nacional Um dos problemas da Substituição Tributária é relacionado às empresas que integram o regime diferenciado de arrecadação, chamado de Simples Nacional, sendo que o ICMS dessa categoria varia de 1,25% a 3,95%, dependendo da taxa de faturamento da empresa. Todavia, com a Substituição essas empresas pagarão a mesma taxa que as demais. Assim, a cobrança não será sobre o faturamento da empresa e, sim, sobre a margem, que é a diferença 41


TRABALHISTA

Lei das Domésticas penalização para empregadores já começou

Entre muitas idas e vindas do governo e a falta ainda da regulamentação de muitos pontos relacionados à Lei das Domésticas, uma coisa é certa, as penalidades para quem não se adaptou vigora desde agosto deste ano. A lei já está em vigor fazendo com que o trabalhador doméstico passe a ter os direitos equivalentes aos dos demais do regime CLT, com garantias legais que preveem o estabelecimento de jornada de trabalho, o pagamento de horas extras, 42

dentre outros. Contudo, as penalidades só foram sancionadas recentemente. A preocupação é grande, porque é pequeno o número de empregadores que estão se ajustando a essa nova realidade, o que ocasiona um grande risco trabalhista e financeiro. O pior é que vem crescendo o número de diaristas, em decorrência do aumento de demissões. Principais pontos sobre o tema levantados pela Confirp:


Quem precisa registrar o empregado? A pessoa física que contratar trabalhador para prestação de serviço em sua residência de forma contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou família será configurado “empregador doméstico” e, por sua vez, deverá registrar seu empregado. Uma vez que prestado o serviço de forma contínua a este mesmo empregador, configurará o vínculo empregatício.

Passo-a-passo para fazer o registro É orientado que seja celebrado o contrato de trabalho, podendo o empregador inclusive optar pelo contrato de experiência, que terá validade máxima de 90 (noventa) dias, para avaliar o seu contratado. Neste contrato, deverá constar os dados do empregador doméstico (nome completo, CPF e endereço), do empregado doméstico (nome completo, CTPS/Série, endereço, função, data de admissão, horário de 43


FISCAL trabalho – não pode ser superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro horas) semanais –, dias de trabalho de trabalho e salário). Além do contrato, é obrigatório o registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, desde o primeiro dia de trabalho, mesmo que esteja no período de experiência, informando na página “contrato de trabalho” os dados do empregador doméstico (patrão), data de admissão, função, valor e forma de pagamento (mensal/hora), cabendo ao patrão ao final do preenchimento, opor sua assinatura na CTPS e devolvê-la ao empregado doméstico no prazo de 48 horas. Havendo contrato de experiência, na página de anotações gerais deverá constar esta informação, informando ainda o prazo final da experiência.

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Também é necessário obter o número do NIT (Número de Identificação do Trabalhador) ou PIS para que seja possível o recolhimento do INSS deste empregado doméstico. Não tendo nenhuma destas inscrições, o empregado doméstico poderá cadastrar-se pelo site da Previdência Social - www.mpas.gov. br, pelo telefone 135 ou em uma Agência da Previdência Social. Punição para quem não registrar Os empregadores domésticos terão a possibilidade de pagamento de multa em caso de infração, que equiparam-se às previstas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Assim, quem não registrar em carteira a contratação, terá de pagar multa de R$ 402,53 (378,28 UFIR´S), por funcionário não registrado. A justiça do trabalho poderá dobrar o valor da


multa julgando o grau de omissão do empregador, como no caso da falta de anotações relevantes, tais como Data de Admissão e Remuneração na CTPS do empregado. A elevação da multa, no entanto, poderá ser reduzida, caso o empregador reconheça voluntariamente o tempo de serviço e regularize a situação do seu empregado - uma forma de estimular a formalização. Obrigações do empregador com o registro • Preencher devidamente os recibos de pagamento dos salários, inclusive adiantamentos, sejam mensais ou semanais, solicitando assinatura do(a) empregado(a) no ato do pagamento, o qual deverá ser feito, o mais tardar, até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido (artigo 459, § 1º, CLT). Quando a admissão ocorrer no curso do mês, efetua-se o pagamento proporcional aos dias trabalhados, no prazo referido, tomando-se os meses seguintes por inteiro. • O pagamento do salário deve ser feito, em dia útil e no local do trabalho, em dinheiro ou mediante depósito em conta bancária, em estabelecimento próximo ao local do trabalho (artigos 465, 463, e 464, parágrafo único, da CLT). • Preencher devidamente os recibos referentes ao pagamento de férias e 13º salário. • Fornecer ao(à) empregado(a) via do recolhimento mensal do INSS. Regras ainda não regulamentadas Enquanto não é regulamentada a PEC das Domésticas, os empregados deverão aguardar para gozarem dos benefícios, tais como: FGTS, Seguro Desemprego,

adicional noturno, Salário Família e Seguro contra acidentes. Aumento de custos para empregadores Ao mesmo tempo em que se torna um benefício ao empregado doméstico, se torna um ônus para os patrões, pois o FGTS, que hoje é opcional, se tornará obrigatório, fazendo com que todos os patrões passem a recolher a alíquota de 8% (oito por cento) sobre o salário do doméstico, inclusive se houver hora extra e o adicional noturno pago ao seu empregado, além do pagamento do seguro acidente doméstico. Para facilitar a vida dos empregadores A necessidade de registros de empregados domésticos certamente trarão dificuldades para empregadores, o que aumentará com o eSocial – é um projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Com isso, para muito empregadores, será interessante a terceirização desses serviços, tendo diversos no mercado que buscam facilitar esse registro. Exemplo é o Confirp em Casa, que supri toda esta demanda gerada pela PEC das Domésticas, bem como atende aos requisitos do eSocial. Isso porque a lei traz uma série de dificuldades para os contratantes, sendo necessário o constante acompanhamento às modificações que estão ocorrendo, para não pena de ficarem expostos a penalidades e contingências trabalhistas e é isso que o Confirp em Casa possibilita.

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TRIBUTÁRIA

Nova prorrogação

Demonstração de tributos para consumidores só em 2015 Depois de enormes dificuldades dos empresários em se adequarem à necessidade de exibir os valores pagos em tributos para os consumidores em função do complexo sistema tributário do país, o Governo Federal voltou atrás e prorrogou para 2015 as penalizações para quem não cumprir essa nova exigência. Assim, até o fim desse ano a fiscalização será feita apenas para orientar os empresários. A nova regra estabelece que em toda venda ao consumidor de mercadorias e serviços terão que constar, nos documentos fiscais ou equivalentes emitidos, o valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda. “É a segunda vez que o Governo Federal prorroga o prazo dessa lei que seria muito benéfica para os consumidores. Quando a lei foi aprovada no ano passado as empresas brasileiras ganharam um ano de prazo para se ajustarem a essa exigência. Isso só demonstra a complexidade de nosso sistema tributário e também 46

a falta de planejamento”, contesta o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota. Segundo ele, apesar dos benefícios da lei, já era de se imaginar a prorrogação, em função da falta de regulamentação por parte do governo e a dificuldade em encontrar esses dados por parte do empresariado, demonstrando mais uma vez o desencontro de informações ao qual nosso mundo tributário está exposto. “O que aconteceu é que as empresas tiveram um bom tempo para se adequarem e muitas se aproveitaram, principalmente as de maior porte. Contudo, pelo que observamos, principalmente as micro e pequenas, tiveram grande dificuldade, especialmente porque o Governo não tinha regulamentado as regras dessa nova realidade”, explica o diretor da Confirp, que acrescenta que a lei tem o lado positivo que deve ser exaltado, pois o consumidor terá uma visão mais clara do quanto paga de tributos na aquisição de cada mercadoria, o que também possibilita que possa exigir com maior propriedade seus direitos.


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tecnologia SOCIETÁRIA

Empr

do lucro real p prejuízos no paga Uma boa notícia para as empresas do lucro real com débitos tributário é que o Governo Federal já regulamentou o artigo 33 da Medida Provisória nº 651/2014, que permite a utilização de prejuízo fiscal para quitação antecipada de parcelamentos federais. Assim, com as regras claras, fica definido que as empresas do lucro real poderão utilizar créditos próprios decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL (Contribuição Social

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sobre o Lucro Líquido) para a quitação antecipada de saldos de parcelamentos de tributos vencidos até dia 31 de dezembro de 2013, junto à Receita Federal e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). “É uma ótima notícia para essas empresas, contudo, é importante que se esteja atento às regras desse benefício do Governo, para ver se realmente se tem a possibilidade de arcar com as condições estabelecidas”, conta o diretor tributário


resas

poderão utilizar amento de dívidas da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos. A quitação antecipada de parcelamentos que contenham débitos vencidos está condicionada ao cumprimento do pagamento em dinheiro, até o dia 28 de novembro deste ano, o valor equivalente a, no mínimo, 30% (trinta por cento) do saldo devedor de cada modalidade de parcelamento a ser quitada. Além disso, deve ser feita a quitação integral, do saldo remanescente do parcelamento mediante

a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL, na mesma data. Um ponto importante ressaltado por Domingos é que é vedado o pagamento parcial de saldos de parcelamentos. Assim, nos casos nos quais os créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base negativa da CSLL sejam insuficientes para quitar os saldos de parcelamentos, a diferença deverá, obrigatoriamente, ser quitada em sua totalidade. Outro ponto 49


importante é que de parcelamentos federais que contenham débitos vencidos neste ano não poderão utilizar esse benefício. Para a realização dos cálculos poderão ser utilizados os créditos próprios de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL apurados até o fim de 2013 e declarados à Receita Federal até 30 de junho deste ano, sendo que o valor do crédito a ser utilizado será determinado com a aplicação das alíquotas de 25% e de 9% sobre o montante do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da CSLL. Como dito anteriormente, o pagamento mínimo em dinheiro é de 30% e a quitação antecipada dos parcelamentos será formalizada mediante apresentação do requerimento, até o dia 28 de novembro de 2014, na unidade de atendimento integrado da Receita do domicílio tributário do contribuinte. Para quem quiser utilizar esse crédito

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para pagamento do parcelamento do Refis da Copa (caso já tenha aderido), deverá quitar até o dia 28 de novembro a antecipação de 5%, 10%, 15% ou 20% previsto no programa. É que os 30% incidem sobre o saldo do parcelamento, após descontada a antecipação. Quitação Para todas as empresas que aderirem ao programa, a quitação será formalizada mediante apresentação do RQA (Requerimento de Quitação antecipada), até o dia 28 de novembro de 2014, na unidade de atendimento integrado da RFB e da PGFN do domicílio tributário do contribuinte.


O RQA deverá ser: a) precedido de adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), a ser realizada no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) da RFB; b) formalizado em modelo próprio, conforme o órgão que administra o parcelamento, em nome do estabelecimento matriz, pelo responsável perante o CNPJ;

c) apresentado em formato digital, assinado eletronicamente e autenticado com o emprego de certificado digital. Pagamento suspenso Outros pontos bastante relevantes, destacados pelo diretor da Confirp, são que o requerimento do contribuinte suspende a necessidade do pagamento das parcelas até a análise dos créditos pleiteados. Nesse período o contribuinte poderá obter a certidão positiva com efeitos de negativa, desde que não existam outros impedimentos à sua obtenção. O prazo para análise dos créditos indicados para a quitação será de 5 anos e na hipótese dos créditos não serem aceitos, no todo ou em parte, haverá 30 dias para que se faça o pagamento à vista do saldo remanescente do parcelamento, observando-se que a falta do pagamento de implicará rescisão do parcelamento e prosseguimento da cobrança dos débitos remanescentes, conforme lei de regência do parcelamento.

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tecnologia RECURSOS HUMANOS

O NOVO PERFIL DOS PROFISSIONAIS DE RECURSOS HUMANOS O perfil do profissional de Recursos Humanos, que surgiu no início dos anos 70, foi se modificando com o tempo, recebendo os impactos das mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas no decorrer dos anos. A Área de Recursos Humanos se viu obrigada, graças à abertura de mercado, a focar suas ações no desenvolvimento de pessoas, remuneração, tecnologia da informação, comunicação, clima, competências e muitas outras; porém, atravessaram momentos dramáticos de reengenharia, downsizing e da terceirização realizada com parceiros, que posso chamar de aventureiros, sem qualquer expertise na operação. Hoje, o mercado exige destes profissionais um perfil estratégico dentro das organizações, voltadao efetivamente para a gestão de pessoas e equipes, contribuindo para os resultados das empresas, a partir de uma consciência 52

de que, sem pessoas qualificadas e motivadas, a organização jamais terá sucesso. As características deste profissional devem incluir competências nas áreas técnicas internas de RH como: administração de pessoal, benefícios, relações trabalhistas, tecnologia e entendimentos das leis. Incluem-se também as atividades de planejamento; recrutamento; seleção; treinamento; avaliação de desempenho; competências e potencial; desenvolvimento de lideres; remuneração. Conhecer profundamente o core business da empresa é fundamental. Sua atuação deve estar pautada como agente conciliador, que, por meio de sua habilidade e conhecimento tecnológico dará suporte e estrutura para a evolução dos colaboradores de diversos níveis da empresa em busca de resultados. Não podemos deixar de citar a necessidade do conhecimento em legislação trabalhista,


que, por muitas vezes, oneram as empresas, mesmo que este trabalho seja distribuído para empresas parceiras especializadas em questões específicas.

está preparado para realizar projetos que visam o desenvolvimento de seus colaboradores e, em consequência, os bons resultados de sua empresa?

Nos anos 90, após a abertura do mercado internacional, as empresas, para atingirem um nível maior de competitividade, passaram a perceber que o fator humano seria o maior diferencial ou causador das mudanças, visando alcançar resultados. A partir disto, a atuação dos Recursos Humanos passou a ser fundamental no avanço do desenvolvimento profissional, passando a valorizar as pessoas dentro de um processo de performance, ganho por resultado, meritocracia.

Você, como profissional de recursos humanos, já realizou projetos que objetivam alcançar bons resultados para empresa, por meio de do comprometimento e motivação dos colaboradores?

Com a mudança de atuação, a área de Recursos Humanos deve contar com parceiros operacionais para realização dos processos pertinentes à processamento de folha de pagamento, seleção e treinamentos, ficando o direcionamento estratégico por conta do profissional de RH da empresa. O profissional de Recursos Humanos, por meio de suas habilidades e sua nova característica, poderá direcionar e valorizar a capacitação e evolução humana voltando para obtenção de resultados e por meio de técnicas e ferramentas que mensurem a necessidade da formação técnica para os colaboradores alcançarem resultados satisfatórios. Após a exposição das tendências de mercado em relação aos profissionais ligados aos Recursos Humanos, levo os senhores a uma reflexão sobre esta área em sua empresa ou ao próprio profissional, fazendo as seguintes perguntas:

Se isto nunca ocorreu, é hora de direcionar suas ações para este perfil, pois o mercado tende a ser veloz e, principalmente, seus concorrentes. A falta de políticas bem definidas de recursos humanos poderá levar a empresa perder grandes talentos para o mercado e a busca de contratar um novo talento e sua capacitação envolvem custos diretos e indiretos. Aos profissionais de Recursos Humanos que não observam esta tendência, dificilmente poderão criar planos de contingência que visam à retenção e desenvolvimento desses e aos resultados da empresa. A estes profissionais, sugiro atualizar-se, ao invés de doar seus esforços para o trabalho que não traz resultados (operacional). Foque na estratégia e desenvolva ferramentas que tragam retorno a organização. Aos empresários que ainda não investiram em seus profissionais de Recursos Humanos, direcionem parte de seu capital para desenvolvê-lo ou convidem empresas ou profissionais que possam mudar esta realidade. Prof. Celso Eduardo Diretor Executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH

O profissional de Recursos Humanos 53


TRIBUTÁRIA

Simples Nacional é ampliado para setor de serviços

O regime de tributação das micro e pequenas empresas universaliza o acesso do setor de serviços ao Simples Nacional, mais conhecido como Supersimples, que foi ampliado para o setor de serviços. Contudo, apesar de ser vendida como uma grande melhoria para as empresas que passarão a poder se encaixar nesse 54

sistema, é necessário ainda algumas preocupações antes das empresas optarem por esse regime tributário. “Realmente existirá um benefício que será a simplificação do sistema tributário, sendo que as empresas terão que recolher apenas um tributo praticamente, frente


aos inúmeros atualmente. Entretanto, a mordida continuará sendo pesada, já que o percentual do Supersimples será alto, o que ocasionará até mesmo o aumento da carga tributária em alguns casos”, explica Welinton Mota, diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil. Entenda essa ampliação “Agora, o principal critério para inscrição no Simples Nacional será o faturamento anual (atualmente, R$ 360 mil para as microempresas e R$ 3,6 milhões para as pequenas) e não mais a atividade das empresas”, acrescenta o diretor da Confirp. Se a Lei entrar em vigor, além de um número muito maior de empresas poderem aderir ao sistema simplificado de tributação, também ocorrerão outras vantagens, como estabelecimento de um mecanismo mais racional para a substituição tributária e diminuição da burocracia para as micro e pequenas

empresas. O que é o Simples Nacional “O Simples Nacional, ou Supersimples, é um regime simplificado de pagamento de tributos que beneficia as micro e pequenas empresas. Para aderir, além da limitação de faturamento, era fundamental que a atividade da empresa possibilitasse, e é isso que está alterando. Contudo, as empresas também não poderão aderir se os sócios possuírem impedimentos”, detalha Mota. Para as empresas que faturam pouco o programa é muito vantajoso, além de ter o benefício da simplificação dos processos. Com o Simples Nacional, as micro e pequenas empresas tem que fazer o recolhimento de oito impostos – , seis federais, um estadual (ICMS) e um municipal (ISS) - por meio de uma única guia. Só é excluída a contribuição previdenciária.

Veja algumas categorias que podem aderir ao Simples Nacional Medicina; Veterinária; Laboratórios; Enfermagem; Odontologia; Psicologia; Psicanálise; Terapia; Ocupacional;

Acupuntura; Podologia; Fonoaudiologia; Nutrição; Vacinação; Bancos de leite; Fisioterapia; Advocacia; Arquitetura;

Engenharia; Medição; Cartografia; Topografia; Geologia; Corretagem; Jornalismo; Publicidade. 55


fique por dentro

Dica online

Empreendemia No ar desde o final de 2009 e criado por um grupo de jovens empreendedores de Campinas (SP), o Empreendemia é uma rede social que funciona como uma provedora de ferramentas focada em micro e pequenas empresas. Com uma interface extremamente amigável, é possível criar rapidamente uma página para a empresa e já entrar em contato com possíveis clientes e fornecedores. O site permite também a interação entre empresas na forma de troca de cartões virtuais. Atualmente, o Empreendemia conta com mais de 25 mil empresas que utilizam a ferramenta e que já fizeram mais de 262 mil trocas de cartões. Com conteúdo voltado para empreendedores, o Blog Saia do Lugar é um complemento dos serviços oferecidos pelo Empreendemia. Atualmente, o blog recebe mais de 200 mil visitas por mês, sendo que metade já são empresários e 40% pretendem abrir uma empresa em até dois anos. Endereço - http://www.empreendemia.com.br/

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Dica de livro

Rápido e Devagar - Duas formas de pensar Daniel Kahneman Sinopse - Este livro transformará a maneira como você vê o mundo! Nesta obra, o autor nos leva a uma viagem pela mente humana e explica as duas formas de pensar: uma é rápida, intuitiva e emocional; a outra, mais lenta, deliberativa e lógica. Kahneman expõe as capacidades extraordinárias – e também os defeitos e vícios do pensamento rápido e revela o peso das impressões intuitivas nas nossas decisões. Comportamentos tais como a aversão à perda, o excesso de confiança no momento de escolhas estratégicas, a dificuldade de prever o que vai nos fazer felizes no futuro e os desafios de identificar corretamente os riscos no trabalho e em casa só podem ser compreendidos se soubermos como as duas formas de pensar moldam nossos julgamentos. Sobre o autor - Daniel Kahneman, nascido em Israel em 1934, é professor emérito de psicologia da Universidade de Princeton e professor emérito de psicologia e relações públicas da Woodrow Wilson School of Public and International Affairs de Princeton. Recebeu o Prêmio Nobel da Economia em 2002 pela sua obra pioneira com Amos Tversky sobre os processos de tomada de decisão. Título: Rápido e Devagar Subtítulo: Duas Formas de Pensar Editora Objetiva 57


Dica restaurante

Restaurante Micaela O embrião do Restaurante Micaela surgiu há mais de 30 anos nas tardes ensolaradas da cidade de Avaré, no interior de São Paulo. Na beira do fogão, vó Adriana, filha da bisa Micaela imigrante espanhola das Ilhas Canárias, passava para nosso chef Fábio Vieira, ainda criança, os segredos e a paixão pela cozinha – mas ele ainda nem sabia disso. Essa curiosidade cresceu e aos poucos ele foi se dando conta de que só seria possível se realizar pessoal e profissionalmente dentro da cozinha. Hoje, ele usa esses ensinamentos e o livro de receitas da avó com as mais modernas técnicas gastronômicas para a criação do cardápio. Endereço: Rua José Maria Lisboa, 228 - Jardins São Paulo

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NEGÓCIOS

Dica de teatro

Cazuza — Pro dia nascer feliz, o musical no Teatro Procópio Ferreira O espetáculo “Cazuza — Pro dia nascer feliz, o musical” está em cartaz em São Paulo depois de rodar o país. A apresentação retrata a personalidade singular do cantor e compositor e mostra, sem pudor, sabores e dores que pontuaram sua meteórica carreira, de apenas oito anos, por meio de 31 canções, executadas por sete músicos e 16 atores, numa equipe de 80 pessoas. Aloísio de Abreu, contemporâneo de Cazuza, é responsável pelo texto, que traz o ator e cantor Emílio Dantas em uma atuação surpreendente na pele do personagem tema. Este promete ser um retrato mais detalhado do astro, contando com a ampla pesquisa. O autor descobriu as batalhas do cantor ao imergir em histórias incríveis para construir “Cazuza — Pro dia nascer feliz, o musical”. Os eventos acontecem em ordem cronológica, todos são pontos de virada, na peça e na vida de Cazuza: a descoberta do teatro, o gosto pelo rock, o momento em que resolve cantar, montar uma banda, se profissionalizar, o estouro, as brigas, a mudança no estilo de sua obra, o estrelato solo, a descoberta da doença e a urgência poética no fim das forças. Serviço “Cazuza — Pro dia nascer feliz, o musical”: Até 26/10 Quinta e sexta, às 21h Sábado, às 17h30 e 21h30 Domingo, às 18h Ingressos: R$ 50 a R$ 180 Teatro Procópio Ferreira Endereço: Rua Augusta, 2823 – Cerqueira Cesar – São Paulo/SP 59


Dica de evento

HSM EXPOMANAGEMENT 2014 O poder da vanguarda e o legado do management na liderança das novas organizações Novos líderes, novos tempos As grandes ideias e visões que definem o mundo não têm idade. Estão presentes em todas as áreas e sua essência transformadora vai muito além das fronteiras corporativas. Apoiados por líderes globais em áreas tão distintas quanto espiritualidade e negócios, política e esporte, confrontamos a força histórica de ideias com o que há de mais inovador no mundo corporativo, em um panorama que olha para o passado com a óptica do presente e prepara para as perspectivas do futuro. Esse é o ponto de partida para a HSM ExpoManagement 2014, um evento que traz com exclusividade os maiores experts do management em uma programação excepcional, no maior encontro de liderança e gestão do mundo. Data: 3, 4 e 5 de novembro de 2014 Local: Transamérica Expo Center Rua Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo – SP Mais informações e inscrições (11) 4689-6666 | eventos@hsm.com.br 60


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