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omercadosegurador
Brasileiro
vem enfrencando nos dltimos anos um grave problema: o roubo e furto de cargas, aliado ks fraudes, que consumiram nos ramos Transportes, Responsabilidade Civil Transportador Roubo de Carga (RCTRC) e Responsabilidade
Civil Facultative Desvio de Carga(RCFDC)alguns miihares de reais.
Fazendo um comparative entre 1994 e 2000, no ramo Transportes o premio total foi de R$ 131.612 mil em 1994 e de R$ 238.285 mil em 2000. A sinisrralidade em 1994 foi de 74,42%, e de 66,30% em 2000. Mas o que nos espanta 6 o niimero de empresas seguradoras que estao operando o seguro: 92 em 1994 e 68 em 2000. No ramo RCTRC, o premio total foi de R$ 152.466 mil em 1994 e de R$ 222.568 mil em 2000. E o RCF-DC
Roubo e Furto DE CargaUma VisAo do Mercado
Liicio Antonio Marques{*) lucio@aplubinf.coin.br
feturou R$ 60.382 mil em 1994 eR$ 130.321 mil em "^2000.
So no Estado do Rio de Janeiro, o roubo e furto de carga salta de 3,6 por diaem 1995/1996 para 9,3em 2000.
Isso nos leva k constata9ao de que, em 1999, o mercado segurador brasileiro registrou receita de premios recebidos de R$ 528 milhoes,dos quais 80,78% pages em indeniza^oes, af inciufdas as carteiras de RCTRC e RCF-DC, sendo que, em 2000, a receita de premios recebidos foi de R$ 592 milhoes, dos quais 70,49% em indeniza^oes.
Das 134 companhias que operam no Brasil somente40 opera com seguro de transportes, e com pregos muito alto.
Torna-se bastante claro que precisamos fazer alguma coisa no sentido de mudar esta calamidade. Precisamos achar o receptador,o maior interessado no roubo e fUrto de carga. Existe, sem sombra de diivida, uma rede de comerdaiizagao do produto roubado e essa mercadoria transita pelo pals.
Nos ultimos 8 anos tivemos um crescimento de aproximadamente 750% no mimero de ocorrSncias, chegando k casa dos R$ 100 milhoes.
No tocante ^fraudes. virios tipos sao praticados, seja quando adulteram a gasolina, vendem o produto com conivancia de algum posto ou entram com reclama9ao de roubo na Delegacia Especializada para receberem o seguro da carga.
E 85% do roubo e furto de carga estao concentrados na regiao Sudeste.
Estes numeros, Indices, valores mostram que,alem de ter subido o pre^o do seguro em detrimento da quantidade de ocorrencias, as empresas de transporte foram ainda mais oneradas, pois tiveram que fazer um gerenciamento de risco que nao 6 fun9ao delas, adotando, al4m do seguro, mecanismos de rastreamento via sat^lite, escolta e outros que elevaram suas despesas em mais ou menos 12%. E nao e so isso. Em levantamento de 1994 a 2000,apenas 72 seguradoras em m^dia fizeram seguro de transporte, sendo que em 1995 havia 121 companhias e, em 2000, 68, quase a metade. Em RCTRC e RCF-DC, a mddia de 1994 a 2000 cai para 64 e 48 empresas,respectivamente.
AMm disso, preocupa o mercado de seguros a procedencia de algumas mercadorias, principalmente remedies e produtos alimentkios, que podem trazer series prejufzos a popula9ao, pois o consumidor nao tern o mi'nimo conhecimento de onde vieram, se estavam bem armazenados, podendo estar com a validade vencida.
Deveria ser criado nao s6 um banco de dados, mas um servi9o de inteligencia, ja usado hoje por alguns setores da polkia, no sentido de buscar os receptadores, que sao OS grandes viloes desta pratica criminosa.
Al^m disso, queremos fazer algumas sugestoes que reputamos de grande importancla para a redu9ao destas • ocorrencias:
1) forma9ao de barreiras nas principals safdas do Estado do Rio deJaneiro,atravds de trailers, com cancelas e sistema de lombadas;
2)implanta9ao de servi9o de inteligencia na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cargas;
3) cria9ao de banco de dados com participa9ao de Sindicarga, Serj, Polkia Rodoviaria Federal, Secretaria de Estado da Fazenda,Secretaria de Seguran9a;
4)realiza9ao de intercambio nosEstadosda regiao Sudeste -Rio de Janeiro,Sao Paulo, Minas Gerais e Espi'rito Santo — da Secretaria de Seguran9a (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cargas) e das Secretarias de Fazenda, com troca de informa9oes e procedimentos adotados;
5)cria^ao deservigo de inteligenda fis cal, como ja 6 feito pela Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro;
6) realiza^ao de convenio entre o Sindicarga e o Departamento de Identifica^o Civil para cadasrramento de todos OS motori$tas que trabalham no \ setor e cria^ao de banco de dados;
7) forma^ao de pequeno Grupo de Trabalho que envolva os vdrios orgaos interessados,para cobrar providencias que devem set tomadas pelos diversos setorei^ envolvidos;
8)impIementa9ao de raecanisraos de controle nos caminhoes,como modificar rotas, informar as mesmas so no momento da safda, colocar o nome do motorista nos conhecimentos de embarque e nas notas fiscais quando o volume permitir ou nas cargas de maior valor, colocar nos vidros a foto do motorista com os dados do mesmo. No caso de o motorista set subs-titui'do i ditima hora, fornecimento pela transportadora de documento para ser mostrado em caso de verifica^ao.
