Vol. 3, N.º 4/2024

Page 1


PROJETOS DE EXTENSÃO E PESQUISA

PATRIMÔNIO NATURAL CACHOEIRA DO IFTO

VISITA

TURISMO PATRIMONIAL E SOCIOAMBIENTAL: ENTREVISTA

DESAFIOS DO TURISMO POTENCIALAMEAÇADO

FOTOGRAFIA PONTOS TURÍSTICOS

Vol. 3, Nº. 4/2024

Expediente

Coordenadora do Projeto

Márcia Ney Pessoa Extensionistas

Lucas Arruda Ramalho

Pedro Henrique Gomes Paiva

Sophia Barbosa Mendes

Thaís Silva Quirino

Wilson Rodrigues de Lima Jr Convidados

Ana Claudia Macedo Sampaio

Andreia Bernardes de Oliveira

Eduardo Carvalho Dias

Juliana Maria Araújo Alves

Mara Marchetti

Santiago Fernandes Carvalho

Shirley Cintra Portela de Sá Peixoto Revisão

Márcia Ney Pessoa

Pedro Henrique Gomes Paiva

Editoração/Projeto Gráfico

Wilson Rodrigues de Lima Jr Execução de Entrevistas

Márcia Ney Pessoa

Wilson Rodrigues de Lima Jr. Fotógrafo convidado

Hiroyuki André @isogaihiro23 Fotografia da Capa

Cris Marques - Rio Azuis, Aurora/TO Fotografia da Contracapa

Cícero Bezerra - Poço do Paraíso, Lavandeira/TO

Comunidade & Campus é uma publicação digital do Projeto de Extensão Revista Digital Comunidade & Campus nº 4, aprovado pelo Edital n º 14/2024/REI/ IFTO

ISSN 2965-7512

Periodicidade anual

E-mail: revistacomunidadeecampus@gmail com

Nesta edição, convidamos você a explorar os espaços do turismo do Sudeste do Tocantins, região das Serras Gerais, entremeada por extensos rios (além do menor rio da América Latina, o rio Azuis) e belíssimas paisagens que unem natureza e patrimônio. Nossa equipe preparou matérias e imagens que apresentam contextos e paisagens exuberantes, que justificam o tema principal da publicação atual: o ecoturismo. Nosso objetivo é mostrar que visitar esta região pode ser uma experiência enriquecedora para o corpo e para a mente. Trazemos entrevistas exclusivas com professoras do curso de Tecnologia em Turismo Patrimonial e Socioambiental da UFT de Arraias/TO e com um guia turístico experiente de nossa região, que revelou histórias e curiosidades de sua prática profissional. Abordamos, também, os desafios para se construir um turismo sustentável, refletindo sobre práticas que respeitem o meio ambiente e as comunidades locais. Dispusemos, no centro da edição, um mapa com a identificação dos principais pontos e uma lista com agentes e empresas que prestam serviços turísticos nas Serras Gerais. Exibimos, na sessão fotográfica, capturas profissionais que ilustram como nosso cenário paisagístico é único. E, por fim, selecionamos dicas culturais que, nesta edição, enfocam eventos, serviços e produtos turísticos da região.

Boa leitura e boa viagem!

Comunidade & Campus

EXTENSIONISTAS

Márcia Ney Pessoa. Professora / IFTO

"A verdadeira viagem de descoberta não consiste em conhecer novas paisagens, mas em contemplar o universo através de novos olhos " Marcel Proust

Thaís Silva Quirino

Estudante / IFTO

"O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano " Isaac Newton

Sophia Barbosa Mendes

Estudante / IFTO

"Não é porque o céu está nublado que as estrelas morreram " Chico Buarque

Wilson Rodrigues de Lima Jr

Professor / IFTO

"O [verdadeiro] artista ajuda o mundo revelando [verdades] místicas " Bruce Nauman

Lucas Arruda Ramalho

Professor / IFTO

"Somos poeira de estrela "

Carl Sagan

Pedro Henrique Gomes Paiva

Professor / IFTO

“Aquilo que escuto eu esqueço. Aquilo que vejo eu lembro. Aquilo que faço eu aprendo.”

Confúcio

PROJETOS DE EXTENSÃO E PESQUISA

O IFTO promove ações que garantem a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. A divulgação desses projetos é essencial para que a comunidade possa usufruir do que vem sendo desenvolvido nos diversos campos científicos, técnicos e culturais Os projetos em execução no Campus Dianópolis em 2024 são:

PROJETOS DE EXTENSÃO

Implantação da unidade demonstrativa de plantas forrageiras: o campo agrostológico como sala de aula. Coordenadora: Ana Rafaela Bezerra Cavalcante de Sousa. Objetivo: Implantar e disponibilizar uma unidade demonstrativa de plantas forrageiras “Campo Agrostológico” para atender demandas de professores, estudantes, comunidades quilombolas e produtores rurais de Dianópolis e região, fomentando a troca de saberes entre o meio acadêmico e o saber popular

Museu Municipal Manoel Aires Cavalcante de Dianópolis, TO - Fase 4 Coordenador: Wilson Rodrigues de Lima Jr Objetivo: Elaborar sistematização total do acervo por meio da criação de Livros de Tombo, tomando notas para a definição de orientações para a gestão municipal de cultura

Revista Digital Comunidade & Campus N.º 4 Coordenadora: Marcia Ney Pessoa Objetivo: Publicar, em site próprio, a edição número 4 da "Revista Comunidade & Campus", construída coletivamente e em diálogo com as comunidades interna e externa para divulgação artística, científica, cultural e cidadã.

Competições de robótica para aumento de interesse no estudo de computação

Coordenador: Lucas Arruda Ramalho Objetivo: Utilizar programação e robótica como agente lúdico de divulgação dos cursos de computação

Atendimento das demandas por tecnologia e produção no desenvolvimento de ações de extensão na Associação de Mulheres do Bairro da Pontinha. Coordenador: Eduardo Carvalho Dias. Objetivo: Capacitar profissionalmente 20 mulheres em situação de vulnerabilidade social com vistas à inserção no mundo do trabalho, considerando as demandas levantadas pelo IFTO - Campus Dianópolis através da realização de um diagnóstico no Bairro da Pontinha, com foco na produção orgânica e sustentável, na economia solidária, no empreendedorismo, cooperativismo e na comercialização de produtos

Resíduos da bananeira na alimentação animal. Coordenadora: Leidiane Reis Pimentel Objetivo: Utilizar resíduos da bananicultura na alimentação de animais zootécnicos

Divulgação e promoção do turismo na região sudeste do estado do Tocantins. Coordenador: Eduardo Carvalho Dias Objetivo: Analisar as potencialidades turísticas dos recursos naturais locais, da identidade cultural e das atrações turísticas da região sudeste do estado do Tocantins

Manual prático de calagem e adubação do produtor de coco. Coordenador: Ezequiel Lopes do Carmo. Objetivo: Disseminar as técnicas da calagem e da adubação da cultura do coqueiro, por meio da metodologia ativa aplicada aos alunos do curso Técnico em Agropecuária e elaboraração de manual prático com o passo a passo da calagem e adubação para o produtor de coco

Trilha Modelagem Matemática Colégio João D'Abreu - Ensino de TDICs. Coordenador: Lucas Arruda Ramalho Objetivo: Aplicar o ensino de TDICs e ferramentas digitais no apoio da Trilha Modelagem Matemática

Acolher para promover o fortalecimento à saúde mental de jovens do Ensino Médio. Coordenadora: Taciana de Melo Fernandes Objetivo: Utilizar a sala de aula como instrumento para auxiliar no processo de autoconhecimento, resiliência, autoconsciência e autocontrole em adolescentes do Ensino Médio.

Compreendendo o pensamento empreendedor. Coordenador: Theylor Sousa Santos Objetivo: Compreender os fundamentos, processos e desafios de se empreender e sua importância para a mercado de trabalho

Divulgando nossa realidade para a comunidade e futuros calouros. Coordenadora: Raissa Cristina Ferreira Costa Objetivo: Promover divulgação científica e institucional e elaboração de pesquisa, com fim de comunicar para comunidade civil e institucional temáticas consideradas importantes para os participantes em relação a instituição IFTO Campus Dianópolis e seu curso Técnico em Agropecuária.

Divulgando a Astronomia nas redes: experiência de criação de páginas de divulgação científica. Coordenador: Pedro Botelho Rocha Objetivo: Desenvolver grupos de criação de conteúdo audiovisual e divulgação científica nas redes sociais do Instagram e YouTube, produzindo e disseminando vídeos sobre Astronomia

Produção e divulgação de material educativo sobre manejo fitossanitário na agricultura e descarte de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Coordenador: Elysson Marcks Goncalves Andrade. Objetivo: Produzir e divulgar materiais educativos sobre manejo fitossanitário na agricultura e descarte adequado de embalagens vazias de defensivos agrícolas para divulgação no IFTO Campus Dianópolis e em eventos, empresas, internet e outros meios, atingindo principalmente agricultores e demais pessoas ligadas ao público do setor agrícola na região do Sudeste do Tocantins

PROJETOS DE PESQUISA

Levantamento da diversidade de abelhas (Hymenoptera, Apidae) no Campus do IFTODianópolis. Coordenadora: Vanessa Carolina de Sena Correia.

Avaliação do potencial fungicida de própolis no controle da Fusariose do abacaxizeiro em pós-colheita. Coordenador: José Alberto Ferreira Cardoso

Panorama da apicultura tocantinense. Coordenadora: Vanessa Carolina de Sena Correia

Cultivo de Sorgo Forrageiro submetido a adubação orgânica no Sudeste do Tocantins. Coordenador: Elysson Marcks Goncalves Andrade.

Desenvolvimento da Couve sobre diferentes doses de calcário. Coordenador: Ezequiel Lopes do Carmo

Utilização da Moringa oleifera como alternativa para alimentação animal durante a seca: influência da altura de corte na qualidade bromatológica da silagem de Moringa. Coordenador: José Alberto Ferreira Cardoso

Uso de culturas de cobertura como estratégia de manejo em sistemas de produção de milho. Coordenador: Marcos Euzebio Nunes.

Investigando aplicações do cálculo diferencial e integral nas Ciências Agrárias. Coordenador: Elismar Dias Batista

Estudo de equações diferenciais aplicada ao modelo epidemiológico (SEIR) na dinâmica da epidemia da dengue no estado do Tocantins. Coordenador: Elismar Dias Batista

Potencializadores de herbicidas como ferramenta no controle químico de capim amargoso (Digitaria insularis L.). Coordenador: Marcos Euzebio Nunes.

Diversidade de abelhas visitantes das flores de Citrus em pomares de laranjeiras e limoeiros. Coordenadora: Vanessa Carolina de Sena Correia

As informações destas páginas foram cedidas pela Coordenação de Pesquisa, Extensão, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica do Campus Dianópolis - IFTO Contato para outras informações sobre pesquisa e extensão: copex.dianopolis@ifto.edu.br.

Álgebra Linear e Cálculo Diferencial aplicado a Ciências de Dados e Aprendizado de Máquina. Coordenador: Elismar Dias Batista.

Produção de compostos orgânicos dos materais particionados de cigarros apreendidos e seus efeitos sobre plantas ornamentais. Coordenador: Ezequiel Lopes do Carmo.

Grau de bem-estar relativo a aves de postura comercial na fase de recria em diferentes taxas de lotação Coordenador: Rafael Pereira Barros

Efeito da interação abelha-flor na produção de frutos em cultura de laranja (Citrus sinensis L. Osbeck) Coordenadora: Vanessa Carolina de Sena Correia

Influência de compostos orgânicos sobre os atributos agronômicos de alface cultivada no sudeste tocantinense. Coordenador: Ezequiel Lopes do Carmo.

Uso de polímeros hidroretentores na propagação a campo da Mandioca (Manihot esculenta Crantz). Coordenador: Marcos Euzebio Nunes.

Avaliação do efeito da taxa de lotação no desempenho de aves de postura comercial na fase de recria Coordenador: Rafael Pereira Barros

Qualidade e perfil sensorial de hidromel produzido de forma não convencional Coordenador: Mateus Melo da Silva.

Uso de extratos vegetais do Cerrado como emolientes em formulações de fitocosméticos. Coordenador: Mateus Melo da Silva.

Caracterização da atividade apícola no estado do Tocantins Coordenadora: Vanessa Carolina de Sena Correia

Controle alternativo da Fusariose do abacaxizeiro e caracterização morfológica, molecular e patogênica dos agentes etiológicos. Coordenadora: Dheime Ribeiro de Miranda.

Prolismental: intervenção promotora do letramento em saúde mental em adolescentes no contexto escolar Coordenadora: Sidiany Mendes Pimentel

Ética e responsabilidade digital na sociedade da informação: desafios e implicações para a educação Coordenador: Delfim Dias Bonfim

Ancestralidade e resistência: As mulheres do Quilombo Poço Dantas e a preservação dos saberes e fazeres tradicionais. Coordenadora: Maria Livia Rodrigues Valadares.

Caracterização da apicultura na região Sudeste do Tocantins Coordenadora: Vanessa Carolina de Sena Correia

Orçamento participativo como um instrumento de gestão democrática: uma proposta para o Instituto Federal do Tocantins. Coordenador: Bruno Oliveira Santos.

As informações desta página foram cedidas pela Coordenação de Pesquisa, Extensão, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica do Campus Dianópolis - IFTO. Contato para outras informações sobre pesquisa e extensão: copex dianopolis@ifto edu br

ACESSO A

ÁGUA POTÁVEL

É DIREITO DE TODO CIDADÃO

Se sua residência não é abastacida por rede de água tratada ou sofre de intermitência no abastecimento, o que faz com que sua família consuma água de poço, cisterna, mina ou córrego, é direito seu fazer a desinfecção da água para consumo humano por meio do Hipoclorito de Sódio 2,5% Esse produto é distribuído gratuitamente nos postos de saúde Solicite a seu Agente de Saúde

TURISMO PATRIMONIAL E SOCIOAMBIENTAL

A Universidade Federal do Tocantins (UFT) – Câmpus de Arraias – criou, em 2013, o Curso de Tecnologia em Turismo Patrimonial e Socioambiental como forma de qualificação profissional em desenvolvimento sustentável numa perspectiva que alinha o crescimento econômico ao progresso de igualdade social e preservação do patrimônio natural e cultural Convidamos duas professoras do curso, Profª Drª Ana Claudia Macedo Sampaio e Profª. Drª. Shirley Cintra Portela de Sá Peixoto, para um diálogo sobre o desenvolvimento do turismo no Sudeste do Tocantins

Ana Claudia M Sampaio é Doutora em Geografia, Mestra em Turismo, Especialista em Gestão do Patrimônio Cultural e em Consultoria em Turismo e Graduada em Gestão Turística

Comunidade & Campus: Professoras, qual a importância do Curso de Tecnologia em Turismo Patrimonial e Socioambiental para Arraias e para a nossa região?

Ana Claudia: O curso vem atuando na região desde 2016, colaborando com inúmeras frentes de desenvolvimento do turismo, como consultoria para atrativos, municípios e associações, ofertando cursos diversos para além da graduação, realizando eventos com vários formatos, apoiando a configuração de uma cadeia produtiva do turismo regional e a consolidação espaços de governança como os conselhos municipais de turismo e os fóruns estaduais e regionais de turismo. Podemos dizer que o curso é um elo de uma corrente em prol do turismo na região e que sempre atuamos com a perspectiva da força do coletivo e da regionalização.

Shirley: A meu ver, a importância do curso Turismo Patrimonial e Socio-ambiental está no conhecimento e na valoração do patrimônio cultural e natural por parte dos docentes do curso sobre o sudeste tocantinense. Capacitálos é uma forma de mudar as visões de mundo em que vivem O nosso curso traz na essência o empreendedorismo no turismo, a gestão nos negócios turísticos e o planejamento, formando, assim, a tríade para o desenvolvimento do turismo sustentável no estado do Tocantins

Shirley Cintra P de Sá Portela é Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia, Mestra em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia e Graduada em Turismo

C&C: Qual a importância da educação ambiental, patrimonial, para turistas em destinos de ecoturismo/turismo socioambiental? E como isso deve ser feito? Ana Claudia: Tanto a educação ambiental quanto a patrimonial são motes de atuação para nossas ações, pois compreendemos que ambas são instrumentos importantes de comunicação das quais o turismo não deve abrir mão. Em regiões como a nossa, composta em parte por grupos invisibilizados, essa educação é utilizada para combater desinformações sobre modo de vida dos povos tradicionais como quilombolas, sensibilizar sobre temáticas relativas à preservação do meio ambiente e comunicar regras sociais de determinados festejos e saberes tradicionais O curso está configurando uma área dentro do Câmpus de Arraias para exemplificar um modelo de utilização da educação ambiental no turismo, mas, mais importante do que realizar de um jeito certo, é compreender que podemos utilizar o turismo como fonte não apenas de geração de emprego e renda, mas também de troca entre os indivíduos e o meio.

Shirley: A educação ambiental não está apenas na separação dos resíduos: é ensinado a ir além, para um pensamento mais amplo, onde se forma o pensamento crítico voltado para a sustentabilidade do empreendimento turístico Esse novo modo de

pensar deve envolver a preservação da cultura local, o patrimônio natural e arquitetônico, bem como as comunidades tradicionais e urbanas Sabemos que o público-alvo do ecoturismo é diferenciado, sendo de fácil entendimento sobre a conservação e a preservação ambiental. Partindo desse princípio, a sensibilização ambiental sobre as orientações de boas práticas sustentáveis nos locais de visitação se torna um conhecimento a mais para o turista.

C&C: Quais estratégias vocês recomendam para alavancar o turismo em nossa região de maneira sustentável, minimizando os impactos ambientais?

Ana Claudia: O caminho passa pela inclusão da comunidade no processo, incentivando e mobilizando pessoas nos municípios a participarem das decisões ou, pelo menos, das discussões sobre o turismo, pois quanto mais pessoas entendendo sobre e quais serão as consequências de ações adotadas visando apenas o enriquecimento imediato de poucos, melhor se combatem os impactos.

C&C: Considerando o ecoturismo na região, qual é o melhor equilíbrio entre organização, infraestrutura e sustentabilidade nos pontos turísticos? Ou seja, como equilibrar o crescimento econômico com a preservação do meio ambiente no turismo?

O turismo pode afetar negativamente e positivamente os municípios, isso depende de como ele vai ser organizado.

Existem inúmeras formas de alcançar isso, e que vêm sendo desenvolvidas em outras regiões, temos apenas que entender que o turismo pode afetar negativamente e positivamente os municípios, isso depende de como ele vai ser organizado e de quais ações são prioritárias para cada localidade

Shirley: As estratégias para o desenvolvimento do turismo no Sudeste do Tocantins encontram-se travadas na falta de conhecimento por parte do poder público e da iniciativa privada Esses poderes precisam dar credibilidade para essa atividade econômica, social e de baixo impacto ambiental, com investimentos na infraestrutura e capacitações na atividade do turismo Em segundo lugar, mas não menos importante, é fomentar e investir nas frentes de trabalho e na cadeia produtiva do turismo. As definições de políticas públicas seriam um bom caminho para iniciar essa mudança no modo de ver o turismo

Shirley: O egresso do curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental tem capacidade e habilidade na gestão do turismo sustentável com o foco nas peculiaridades de cada local; conhece a fragilidade do bioma, que, se usado de forma não sustentável, perderá aquele recurso natural e, como consequência, o próprio atrativo turístico O egresso tem conhecimento dos fatos da agressão ambiental e social e de como ocorre a insustentabilidade e das suas consequências sociais, ambientais e econômicas. O equilíbrio está nos pilares da sustentabilidade, que é um dos maiores dilemas humanos deste século. É nessa encruzilhada que a humanidade precisa responder qual caminho quer seguir e o nosso trabalho é tentar colaborar com o equilíbrio local, para dar uma resposta ao global

Ana Claudia: Existe uma discussão acadêmica antiga sobre as possibilidades de equilibrar tudo isso no turismo, mas só acredito que isso é possível num contexto em que os limites foram estabelecidos de forma dialogada e com fiscalização pública constante, pois estamos falando de mercado que tem por finalidade o lucro e que se não for devidamente cobrado e sensibilizado sobre o assunto, não teremos grandes resultados Existem inúmeras práticas de sustentabilidade e modelos de gestão que conseguem atingir um equilíbrio, contudo, é necessária uma regulação pública e do estado, bem intencionada e esclarecida

C&C: Quais são os principais desafios enfrentados pelas comunidades do Sudeste do Tocantins ao desenvolverem projetos de turismo?

Ana Claudia: Os desafios são muitos, mas o principal é encontrar o equilíbrio entre o apoio das políticas públicas de fomento ao turismo na região e a atuação profissional do mercado turístico É necessário ter em mente que desenvolver o turismo significa atuar em conjunto com diversos outros profissionais e áreas, além de valorizar a cultura e o meio ambiente como pilar essencial para atrair turistas de diversas localidades. Nesse caso, a inclusão da comunidade no processo é regra, logo, um dos maiores desafios para as comunidades é garantir a participação social nas reuniões, a mobilização em prol de objetivos comuns e a colaboração coletiva, o que torna o resultado mais sólido e efetivo para a região É necessário contratar profissionais da área para acompanhar tais processos.

Devemos sempre buscar ser agentes de transformação e nisso todos os parceiros são bem-vindos.

Shirley: Penso que a falta de apoio e investimento A universidade cumpre o seu papel no ensino, extensão e pesquisa, entretanto, o investimento, o fomento e apoio para o profissional de turismo cabem, neste primeiro momento, ao Estado Já formamos muitos alunos que têm qualificações, capacitações e habilidades para diversas áreas do turismo É importante afirmar que esses profissionais precisam desse incentivo para mostrar a capacidade que têm para desenvolver o turismo sustentável

C&C: Que tipo de parcerias ou colaborações seriam benéficas para promover um turismo mais inclusivo em nossa região, priorizando a população local?

Shirley: As parcerias estão na colaboração entre o poder público, a iniciativa privada, as universidades, as comunidades tradicionais, os profissionais do turismo e as comunidades urbanas. A parceria deve destinar a cada um sua obrigação e dever. O Fórum de turismo

deliberativo é muito importante para essa parceria, pois se torna um local para discussões, conhecimento, debates, ações e validações, para saber onde o desenvolvimento do turismo precisa melhorar, ou mesmo para saber onde está dando certo e errado

Ana Claudia: Com certeza, a prioridade deve ser a população local, não apenas como possível mão de obra contratada, mas também como liderança, sendo donos dos atrativos e serviços turísticos, participando dos conselhos municipais, intervindo nas escolhas e direcionamentos das políticas públicas Para isso, acredito que as instituições de ensino têm um papel fundamental nesse processo, pois, muitas vezes, nossa presença na região exige que extrapolemos o nosso papel de ensino

Devemos sempre buscar ser agentes de transformação e nisso todos os parceiros são bem-vindos, como prefeituras, coletivos de mulheres, associações, ONG’s, todos aqueles que atuam de alguma maneira na região em diferentes esferas de poder C&C: Como as mudanças climáticas afetam o turismo patrimonial/socioambiental e o que a educação acadêmica tem feito dentro dos cursos de turismo nesse sentido?

Shirley: Essa nova realidade, a emergência climática, é parte da atualidade global Nesse movimento climático é fácil para se observar e ensinar como o turismo é afetado pela falta de chuva, pela queima da vegetação, ou mesmo pelo excesso de chuvas nos meses em que deveria fazer o sol Os futuros turismólogos têm conhecimento desse colapso ambiental e de como isso pode afetar o desenvolvimento do turismo global e local. Parece ser trágico falar sobre o colapso em que a avidez de uns colocou a todos neste dilema

Ana Claudia: [As mudanças climáticas] influenciam na preparação dos profissionais que estão à frente do processo do turismo, desse modo, buscamos compreender melhor os impactos e como tem se dado o enfrentamento das comunidades que mais sofrem com a injustiça climática para que possam refletir e ajudar a encontrar soluções para problemas que não estão tão distantes assim do nosso dia a dia

C&C: Apontando para o futuro do Sudeste do Tocantins, na opinião de vocês, quais seriam as medidas que devemos tomar na atualidade para que o turismo na nossa região se desenvolva da melhor forma, em médio e longo prazo?

Ana Claudia: Primeiro, entender o que é o turismo de fato, pois falta essa compreensão para os gestores e empresários do setor; depois, profissionalizar a atuação pública do turismo em nível estadual, pois a cada ciclo do programa de regionalização, o Ministério do Turismo exige cada vez mais dos municípios. Logo precisamos investir em ações mais estruturantes e, por fim, implementar um sistema de governança regional com leis e favorecimento de práticas sustentáveis.

Shirley: Penso que devemos cuidar. Cuidar da preservação e da conservação de áreas naturais, do patrimônio cultural e cuidar das pessoas envolvidas no processo, pois são elas que protegem e conservam o ambiente natural. Com relação ao turismo, já foi dito, é necessário investir e acreditar nele, pois temos pessoas com capacidade para o desenvolvimento do turismo sustentável na região.

C&C: A equipe da revista agradece a disponibilidade e se sente honrada em entrevistá-las!

PATRIMÔNIO

"CACHOEIRA DO IFTO"

Curso de água e nascente da reserva do Campus Dianópolis

A Cachoeira do IFTO, localizada no município de Dianópolis, no estado do Tocantins, é uma das belezas naturais que encantam quem visita a região. A cachoeira encontra-se dentro da Área de Proteção Ambiental do Parque Municipal da Cidade de Dianópolis, cujo objetivo é preservar um espaço de relevante interesse ecológico e sustentável. O nome da cachoeira faz referência ao Instituto Federal do Tocantins (IFTO). A cachoeira é um convite à contemplação da natureza e ao turismo ecológico, com suas águas cristalinas que despencam em uma queda sinuosa, formando uma piscina natural, ideal para um banho refrescante.

A região ao redor da cachoeira é rica em vegetação típica do Cerrado, oferecendo uma experiência imersiva na flora local Há presença de diversas espécies de plantas e animais que fazem parte desse bioma. Inserida no Planalto Central Brasileiro, mais especificamente na porção leste do estado do Tocantins. A estrutura geológica é caracterizada por formações rochosas formadas principalmente por metamorfismo e sedimentação. Essas rochas são características de terrenos mais antigos, que sofreram processos erosivos ao

longo de milhões de anos, moldando o relevo e criando as condições para o surgimento de cachoeiras e outros acidentes geográficos

A Cachoeira do IFTO é um ótimo destino para quem busca tranquilidade, lazer ao ar livre e contato mais próximo com a natureza Além disso, o local é de fácil acesso para quem está em Dianópolis, o que torna a visita prática e agradável Ao redor da cachoeira é possível realizar atividades como trilhas, fotografias e, claro, o banho nas águas geladas e revigorantes Para quem visita a cidade, esse é um dos atrativos imperdíveis, principalmente para os amantes de ecoturismo e aventura. A cachoeira também serve como ponto de encontro para moradores locais e turistas, sempre proporcionando um ambiente tranquilo e de conexão com o meio ambiente.

Em resumo, a Cachoeira do IFTO em Dianópolis é uma maravilha natural que reflete a essência do Tocantins: paisagens exuberantes, rica biodiversidade e o acolhimento típico do interior Seja para um passeio rápido ou para um dia de lazer, a cachoeira é uma excelente escolha para quem quer conhecer e vivenciar a beleza do estado.

Observações importantes para quem tem o interesse de conhecer a cachoeira

A instituição tem demonstrado preocupação com a conservação desse ambiente devido ao aumento do fluxo de visitantes, o que vem provocando degradação ambiental Atualmente, a trilha que leva à cachoeira carece de infraestrutura adequada, apresentando vários trechos com rochas soltas, sem suportes como corrimãos ou cordas, além da ausência de placas interpretativas A trilha é classificada com nível de dificuldade de moderado a alto, devido à inclinação acentuada, sendo mais apropriada para visitantes com bom preparo físico A área é um importante destino para o ecoturismo, uma modalidade de turismo voltada para a interação com a natureza

DESAFIOS TURISMO: POTENCIAL AMEAÇADO

Potenciais pontos turísticos podem estar ameaçados antes mesmo de serem reconhecidos O avanço da exploração econômica predatória do Cerrado tocantinense compromete a biodiversidade, os recursos hídricos e as comunidades locais O ecoturismo pode ser um fator de proteção ambiental

É essencial refletirmos sobre os desafios que precisam ser superados para que o turismo possa se desenvolver de maneira sustentável e integrada no sudeste tocantinense. No entanto, os resultados dessas reflexões somente serão eficazes se houver o reconhecimento das ameaças reais ao turismo sustentável. É necessário ação política das comunidades que pretendem se desenvolver por meio de uma economia limpa e autodeterminada

Apesar da região turística das Serras Gerais apresentar boa infraestrutura de acesso rodoviário, faltam análises detalhadas de outros recursos que podem concorrer para o desenvolvimento do turismo Exemplos de levantamentos que devem estar sempre atualizados e compartilhados com os atores envolvidos são: caracterização e quantidade de hospedagens e restaurantes, formatação de produtos turísticos pela iniciativa privada e associação da identidade cultural das localidades aos produtos e serviços do turismo. Pontos de concentração dessas informações são ainda precários, pois não há

Centro de Atendimento ao Turista em muitas cidades

É necessário avaliar e mapear os atrativos naturais com possibilidades para a prática de ecoturismo e identificar sinais de degradação ambiental nesses atrativos, visando formar um banco de informações que possam ser utilizadas para fomentar o desenvolvimento do turismo local. Esses dados devem ser geridos

por instituição competente para divulgação dos serviços de experiências turísticas de forma a privilegiar a economia local. Passo importante nesse sentido foi a publicação do SEBRAE “Inventário da Oferta Turística e Planejamento Turístico de Dianópolis” em 2022 A partir daí, surge a demanda de um cadastro criterioso embasado em pesquisas nos locais, seus atrativos culturais e ambientais, focando nas demandas de mercado, identificando agentes e empresas e verificando se são viáveis operacionalmente Há anos o Brasil vem sofrendo com a perda de significativas áreas naturais e de sua biodiversidade, seja pelo desmatamento desenfreado para substituição da vegetação nativa por pastagens e monoculturas, seja pelos grandes incêndios ocorrentes durante o período de estiagem, dentre outras ameaças. O principal desafio para a prática do turismo na região do Sudeste do Tocantis é a flexibilização legal na aquisição e destino de áreas do Cerrado para o uso predatório. Abrir precedente para a ocupação da monocultura extensiva, como a da soja, às margens do rio Manoel Alves, é um risco que ameaça não só o turismo e a biodiversidade do Cerrado local, mas também a vida das pessoas das comunidades que dependem da água do rio Pesquisas mostram que o uso de herbicidas, fungicidas e inseticidas (agrotóxicos), muitos proibidos na União Europeia (UE), Suíça, Austrália e Canadá, tem crescido nas monoculturas no Brasil e afetado

16 Comunidade Campus

as águas dos rios, cachoeiras e poços (inclusive artesianos) Essa triste realidade já está em curso no Tocantins Esses produtos químicos já são encontrados na distribuição de água encanada no Brasil inteiro e em grande parte dos municípios do Tocantins.

O afrouxamento da regulação para facilitar a implantação de minerações também pode trazer sérios impactos negativos ao turismo nas Serras Gerais. A exploração minerária tende a degradar paisagens e reduzir o apelo turístico de áreas preservadas, comprometendo atividades sustentáveis que dependem do cenário e equilíbrio ambiental

Isso é fruto do conflito entre interesses econômicos imediatistas e conservação de atrativos essenciais ao turismo

Essas práticas, além de prejudicarem o turismo, possivelmente afetarão as pequenas cadeias produtivas rurais que poderiam ser acolhidas no desenvolvimento do turismo sustentável e inclusivo na região A degradação ambiental e a perda de recursos naturais limitam oportunidades de geração de renda e desestruturam planejamentos da economia do turismo. Isso evidencia a necessidade da criação de políticas que equilibrem exploração econômica e preservação ambiental

A criação de Unidades de Conservação (UCs) pode auxiliar a conservação da biodiversidade, da paisagem e dos espaços de turismo e lazer Pesquisadores apontam que áreas protegidas podem conservar não só a bio-

diversidade, mas também a cultura, os saberes locais e ajudam no desenvolvimento socioambiental e econômico Para esses estudiosos, o incentivo ao turismo em áreas protegidas proporciona valorização e divulgação dos atrativos naturais, promovendo sua sustentabilidade Existem experiências turísticas que estão muito associadas aos ambientes naturais e às UCs, como é o caso de práticas relacionadas ao ecoturismo em suas diversas modalidades: observação de vida silvestre (de aves, por exemplo), turismo científico, vivências e estudo do meio, fotografia de natureza, trekking, cicloturismo, canoagem, camping e intercâmbio cultural com as comunidades locais, entre outras. Essas são apenas algumas das inúmeras possibilidades de atividades de baixo impacto desenvolvidas nas UCs e que estão para além da proteção e conservação da fauna e flora.

Mas para que isso aconteça é necessário que as comunidades se organizem, se manifestem e participem da vida política do seu município e do estado. A organização é essencial.

Pessoas organizadas em coletivos, associações, cooperativas, com representantes em Conselhos Municipais e Estaduais são a base para o enfrentamento do problema do uso predatório e do monopólio dos recursos naturais e para a construção de soluções mais ecológicas Muitos dos potenciais turísticos naturais, principalmente os ainda não conhecidos, podem estar em risco agora, neste momento.

VISITA GUIADA

Guia turístico e empreendedor do turismo desde a década de 1990, Santiago Fernandes Carvalho é um exemplo de perseverança e paixão pelo turismo do Sudeste do Tocantins Fomos recebidos por ele e por sua esposa, a também empreendedora, Wanessa Kely B. Gomes, para uma entrevista temática desta edição.

Wilson Rodrigues de Lima Jr

Comunidade&Campus: Santiago você está trabalhando como Guia Turístico há quanto tempo aqui na região?

Santiago: Na verdade a gente é pioneiro

Iniciamos essa atividade turística aqui com meu irmão e mais uns amigos por volta de 1992, 1995. A gente começou a fazer os primeiros levantamentos de potencialidades, dos rios Aí veio depois a atividade do rafting, que nasceu através do meu irmão, Valtércio, que também é um entusiasta e propulsor do turismo aqui das Serras Gerais.

C&C: E o rafting é o quê?

Santiago: Descida de bote nos rios Hoje a gente tem a atividade do boia cross Porque chegaram aí algumas hidrelétricas, então a gente perdeu um pouco da força de vasão de alguns rios e hoje a atividade continua com trilhas, banhos de cachoeira, cavernas etc

C&C: Quais são os pontos com que você está trabalhando agora como guia?

Santiago: Temos atuado em toda a região, desde o município de Aurora do Tocantins, Dianópolis, Novo Jardim, Rio da Conceição, Pindorama, Almas e também dentro do Parque Estadual do Jalapão. A gente pega toda essa região das Serras Gerais e também temos atuação nos fervedouros, nas dunas

C&C: Quais os pontos turísticos mais tradicionais?

Santiago: Assim, temos inúmeros Banhos em águas cristalinas, corredeiras, rios, cachoeiras, trilhas, montanhas, cavernas... O que a gente tem atuado nas nossas atividades hoje? Atualmente temos trabalhado um turismo de experiência dentro dos ambientes naturais,

não só ir lá tomar o banho de cachoeira Mas é para onde esse rio corre, que floresta é essa, essa montanha que montanha é essa É uma vivência, uma experiência, dentro daquele ambiente de selva e Cerrado, de mata fechada, de caminho aquático. Então, é vivenciar uma nova modalidade que seria um turismo de experiência dentro do ecoturismo. C&C: Sobre os potenciais que você acredita que ainda não são tão conhecidos e que o turista precisa conhecer...

Santiago: Lugares tem inúmeros Alguns deles ainda que nem funcionam e que a maioria está em propriedades particulares. Podemos citar um sítio arqueológico [Novo Jardim] com pinturas rupestres A gente tem trabalhado lá essa experiência de uma vivência educacional com a pré-história das Serras Gerais, os primeiros habitantes. Tem aqui a trilha do Vale Encantado, com a Cachoeira da Ré Inclusive foi cenário de reportagem O Globo Repórter visitou a nossa região, essa cachoeira rara no mundo. É um percurso de 4,5 km em meio à floresta com transição dos biomas Com plantas da Caatinga, da Floresta Amazônica, trilha aquática, com a predominância do Cerrado Você tem paredões calcários, cavernas, tudo dentro desse mesmo complexo que a gente chama de Vale Encantado Temos o alto da serra, a Fortaleza dos Guardiões, que é o platô das Serras Gerais, com um cenário fantástico, magnífico, que a gente se surpreende cada dia que vai lá. É uma vegetação típica do Cerrado de Altitude, que vem sendo estudado esse Cerrado aí,

que é o Cerrado Rupestre. Ele é característico de altitudes acima de 800m Então a gente tem um território repleto de bonsais aqui no meio do Brasil Central Bonsai natural Além da cordilheira da serra, com conglomerados, rochas raras de um cenário de quando tudo nesse Brasil Central era coberto por águas Um cenário bacana, a Fortaleza dos Guardiões Lá já tem uma trilha também de 3 km e pouquinho, no alto da serra. Costuma se apresentar um belíssimo final de tarde, com o pôr do sol A gente tem uma trilha que interliga esses pontos, Fortaleza dos Guardiões até a Lagoa da Serra, que é o cartão postal lá do outro lado lá, já Rio da Conceição. Já temos uma trilha georreferenciada, porém não em operação É uma trilha mais longa, por dentro da montanha, com grau de dificuldade um pouco mais alto, de 15 a 16 km. Sai na madrugadinha pra chegar lá antes do sol esquentar É uma potencialidade que queremos trabalhar, treinar mais pessoas para entrar nas atividades E no mais, a gente está repleto de rios, cachoeiras, trilhas, florestas, montanhas, tudo em volta de nossas Serras Gerais. É um circuito bem bacana, que vai até o município de Pindorama, com a Lagoa do Japonês, Natividade, com o centro histórico, joias artesanais Cada lugar tem o seu diferencial. E, com isso, temos experiências diferentes dentro desses lugares, independente de ser uma arquitetura colonial ou se é uma floresta ou uma caverna A gente trabalha essa experiência dentro de um turismo educacional, com informações, com a participação do visitante dentro desses lugares simbólicos do Tocantins C&C: Quais seriam os maiores obstáculos para o desenvolvimento profissional do guia turístico?

Atualmente temos trabalhado um turismo de experiência dentro dos ambientes naturais, não é só ir lá e tomar banho de cachoeira...

Santiago: É uma profissão fantástica. Porque a gente ama o que faz Iniciamos isso gostando de ir para a natureza, então, transformamos em profissão. A atividade do guia não é meramente só ir levar o visitante na cachoeira, mas sim contar a experiência do lugar, fazer com que o visitante se deslumbre

com a nossa região, com que há de mais bonito que a natureza deixou E a profissão de guia é muito boa, eu falo assim, ao longo de 20 anos que a gente vem se capacitando, participando de vários treinamentos, juntando outros conhecimentos regionais, de pessoas de idade, investindo também em conhecer o lugar Como é que eu vou falar de um lugar que eu não conheço? Como é que eu vou levar alguém lá? Então fomos também nos capacitando nesse sentido de conhecer todos esses atrativos da região Tá faltando bastante guia [turístico] Na região são poucos, apesar de 20 anos que a gente vem lutando, tentando convencer nossos jovens a vir para essa atividade. Mas o fluxo ainda é baixo. Se você não tem fluxo, como eu vou fazer um curso de guia, se não tem cliente? É onde a gente se apega com as agências. Hoje tem uma agência local aqui em Dianópolis que faz essa parceria, que é a WS Turismo. Onde eu colaboro, junto de outros guias Essa agência tem outras parcerias em outros lugares Eu faço também, de maneira autônoma, parcerias que fazem o Circuito do Jalapão, Palmas, de agências da Bahia, de Goiás, de São Paulo. Quando chega demanda aqui na nossa região, a gente faz toda essa operação do circuito que foi proposto pela agência Hoje o guia, sem a agência, ele está fadado ao fracasso. A gente precisa das agências para vender o circuito e gerar emprego e renda na nossa região O que tem acontecido é que muitos visitantes têm vindo, descem no aeroporto, alugam um carro e vêm sozinhos, desprezando esse profissional, que é o condutor local A função do guia não é só levar a pessoa para ir tomar banho de cachoeira, mas é contar a história, é arrumar uma vaga no hotel de repente, que o cliente não agendou ainda. Orientar qual é o melhor horário para visitar aquele lugar, qual é o melhor dia da semana, contar a história da região, qual foi a trajetória de crescimento desse lugar. É a gente fazer parte da vida do visitante aqui na nossa cidade. A gente é um cartão postal aqui da nossa região, do nosso

estado É trazer o visitante para uma experiência nova. Ele vive lá nos grandes centros, às vezes, num cotidiano de estresse, de trânsito, de trabalho Então, a função do guia, às vezes, é ser amigo, psicólogo, médico O visitante vem para uma purificação mental, espiritual, vivenciar aqui, na nossa região, esses lugares fantásticos.

C&C: O que você acha que é importante pra quem vai ler a revista e que quer conhecer nossa região, o que você orienta? Santiago: Venham! Eu falo assim, às pessoas da nossa região, comecem a conhecer o quintal da nossa casa Primeiro, nós moradores, nós cidadãos, nós acadêmicos, nós alunos, nós autoridades, precisamos fazer o dever de casa. Aos nossos jovens: estamos de portas abertas pra acolher, receber, passar informações A gente tem autorização pra entrar nas propriedades de maneira ordenada Algumas são fechadas com chave, cadeado, devido a essa [falta de] ordenação, pra não ser de qualquer maneira, uma visita predatória E você vai lá e joga lixo Como existem vários lugares aí na região, que são lindos, fantásticos, mas quando chega o final de semana você acha lixo pra caramba, são os próprios moradores que, às vezes, não têm consciência ecológica Que sejamos multiplicadores do ecoturismo sustentável Se a gente não acolher a preservação, não fica sustentável. E pra ser sustentável precisa das pessoas participando, trabalhando e gerando as divisas para o próprio município

Que sejamos multiplicadores do ecoturismo sustentável. Se a gente não acolher a preservação, não fica sustentável.

Eu sou espeleólogo também, fiz estudos de cavernas e alguns levantamentos O guia tem que ter várias atividades Tem o guia especialista em floresta, em trilha, em cachoeira e a gente vai agregando isso ao longo dos anos. Temos um pouco de especialidade em rochas, minerais, prospecções geológicas Essa caverna específica teve um início de um fluxo desordenado e acabou tendo algumas pichações. A gente ficou triste pra caramba porque o cara escreveu lá do lado da pintura de mais de 5 mil anos Mas essa informação [datação] tá ainda em pesquisa aí há mais de 20 anos e não temos o retorno. Mas é um lugar fantástico e precisa de cuidado. Já houve algumas pesquisas de fauna específica de cavernas, ela foi mapeada e já até saiu num documentário, na revista SBE Notícias, que é da Sociedade Brasileira de Espeleologia. Quando conhecemos a caverna, já havia tido uma escavação, isso há uns 20 anos Então, a gente tem aqui uma concentração de pinturas

As mais próximas agora vão ocorrer na Serra do Lajeado [Palmas], lá vai ter uns paredões com bastante inscrições, com grandes concentrações É preciso que nossos jovens comecem a conhecer isso para uma perspectiva futura. O turismo é um mecanismo que traz recursos de fora para abastecer a economia local E isso favorece todo mundo

C&C: E a relação do turismo com o poder público?

C&C: Já teve episódio de você chegar em um ponto turístico específico, por exemplo a Caverna Imperial, chegar lá e encontrar o ambiente depredado?

Santiago: Alguns anos atrás, houve algumas pichações É uma caverna, um lugar fantástico, simbólico, acredito ser um dos principais sítios arqueológicos aqui da nossa região. E aí houve um início de um fluxo desordenado, mas temos visitado lá e monitorado A fazenda nos deu essa autorização de uso, de visita ordenada, de acompanhamento às pinturas rupestres.

Santiago: É bem complicado esses dois pilares O turismo depende das ações públicas, da iniciativa privada e das pessoas

Do comércio local, das agências e dos guias. Mas o poder público precisa dar suporte e subsídio A gente não tem tido esse suporte

Os cargos das secretarias [de turismo], às vezes, são ocupados não por uma pessoa técnica, que conhece o assunto, mas por pessoas que fizeram parte de uma campanha política Então, de modo geral, no estado do Tocantins, temos esses profissionais que ocupam esses cargos, mas não conhecem o 20 Comunidade Campus

Acima à esquerda: Santiago com turistas na Cachoeira da Ré, em Dianópolis Acima à direita: turista na Lagoa da Serra, no município de Rio da Conceição. Abaixo à esquerda: Santiago e Wanessa testam o balão em Dianópolis Abaixo à direita: uma das trilhas aquáticas realizadas por Santiago em turismo de experiência. Fotografias: Santiago Carvalho.

assunto. Ou, às vezes, deixa de abastecer os sistemas de informação do município Pois existe uma plataforma estadual que é abastecida através dos municípios E aí não abastecem essas informações nos sites oficiais. Então, quem tá sendo prejudicado? O próprio município, porque essas informações não estão lá disponíveis O turista fala: "vou ir pra Dianópolis" E aí, quando chega lá no site do estado do Tocantins, o que é que tem em Dianópolis? ...Então, essa parte pública é deficiente de modo geral no estado, mas a gente tem que fazer o dever de casa O poder público precisa buscar as pessoas protagonistas do turismo, do artesanato, e não as pessoas do artesanato, do turismo que estão lá sofrendo, tentando sobreviver [que devem buscá-lo] O papel do poder público é encontrar essas pessoas e dar suporte Atualmente não temos visto esse papel vindo do poder público, para nos abraçar, nos apoiar

C&C: E o balonismo?

Santiago: Como profissional, eu tive que ir me capacitando como guia para várias modalidades. Hoje sou credenciado pra pesca esportiva, tenho Arrais (ARA), que é uma carteira para pilotar barco, jet ski. Começamos no rafting e no boia cross e hoje a gente é credenciado pela Marinha pra exercer uma atividade de pesca esportiva e esportes aquáticos. Também dentro das qualificações, fui estudar, minha formação é em Gestão de Meio Ambiente E pra agregar ao turismo, fomos para o transporte [aquático] de passageiros. E a nova capacitação que a gente tem aí é a de piloto de balão de ar quente. Então, um piloto dos esportes aéreos agora também Um pouco de cada modalidade: na floresta, na água e no céu O balonismo é uma atividade surpreendente a todo momento. É espetacular aqueles balões gigantescos Hoje já estamos aí com o nosso Já fizemos o primeiro festival aqui em Dianópolis, participamos em Palmas Tivemos uma outra participação num evento em Araguaína com o balão. E as Serras Gerais, a gente tá aí lutando pra que tenham também essas atividades ao ar livre um pouco mais avançadas Temos pontos fantásticos, a Fortaleza dos Guardiões, que fica no alto da serra, a nossa Capadócia Tocantinense.

Um cenário lindo, fantástico que faltava balão. A ideia surgiu da gente mesmo aqui, nós, moradores Quais são as outras atividades que precisam ser implementadas pra atrair turismo? Então, fomos nos capacitar em São Paulo, no Rio Grande do Sul, que também é uma boa referência Os festivais de balonismo têm crescido bastante no mundo inteiro É a atividade que mais fomenta o turismo no mundo, são os festivais de balonismo. E com isso, estamos estudando nossa região pra esses voos, por cima de cachoeiras, pelos altos das montanhas As nossas cidades são pequenas, têm bastantes lugares aí de decolagem e aterrissagem. No balão a gente ainda está assim: vamos esperar mais alguns meses Mas estamos engatilhados pra que já se realize o 3º festival com vários balões

C&C: Agradecemos a sua colaboração e desejamos boa sorte nos seus empreendimentos no nosso turismo!

Ana Beatriz, filha de Santiago e Wanessa, operando o balão Fotografia: Santiago Carvalho

RUÍNAS

MUSEU - PATRIMÔNIO HISTÓRICO - ARQUITETURA RELIGIOSA - RUÍNA

ARQUITETURA COLONIAL - CULINÁRIA - SERRA DE NATIVIDADE

TRILHAS - CACHOEIRAS - ETC

LAGOA DO JAPONÊS - ARTESANATO - PRAIA PARAÍSO

RIO BAGAGEM - RIO DAS BALSAS

PRAIA E ILHA DE APINAJÉ - RIO MANOELALVES - RIO SÃO VALÉRIO

FLUVIAL - ARQUITETURA HISTÓRICA - CACHOEIRAS: DO ENGENHO / DO CATOÁ / ESMERALDA / DO RIO PRATA / ÁGUAS LINDAS E CANJICA

ARQUITETURA RELIGIOSA - RUÍNA COLONIAL - MUSEU - RIO PALMA

ETC RIO PALMA - RIO PARANÃ - PRAIA - FESTAS POPULARES: ROMARIA

CÂNION ENCANTADO - CACHOEIRAS: CORTINA / URUBU REI / DOS PELADOS / DO PORTAL / DA CAPIVARA - TRILHAS - GEOLOGIA: CIDADE DAS PEDRAS / ARCO DO SOL- ESTAÇÃO ECOLÓGICA - ETC

ESTAÇÃO ECOLÓGICA - RIOS: MANOELALVES / DO PEIXINHO - LAGOA DA SERRA - BALNEÁRIO MUNICIPAL - CACHOEIRAS: BREJO LIMPO / CAVALO QUEIMADO / CIPÓ / FUMAÇA - BOIA CROSS - MIRANTE - ETC

MUSEU - FESTAS POPULARES - ARQUITETURA HISTÓRICA

ARTESANATO - FORTALEZA DOS GUARDIÕES - LAGOA BONITAGRUTA VALE ENCANTADO - CACHOEIRAS: DA LUZ / DA RÉ - ETC

ARTESANATO DE CAPIM DOURADO - GRUTA IMPERIAL - SÍTIO ARQUEOLÓGICO - RIBEIRÃO DO SALTO - ETC

RIO PONTE ALTA - BALNEÁRIOS: CLUBE DO POVO / RIBEIRÃO BONITO - RUÍNA MURO DE PEDRAS - ETC

ARQUITETURA HISTÓRICA - ARTESANATO - SERRA DE TAGUATINGA FESTAS POPULARES: CAVALHADA - RIO SOBRADO - CACHOEIRA DO REGISTRO - POÇO DOS AMORES - ETC

RIO AZUIS - RIO PALMA - RIO SOBRADO - GRUTA DO SABIÁ BALNEÁRIO DOURADAS - ETC

RIO PALMA - CACHOEIRAS: BARTOLOMEU / BACUPARI / DA HIDROMASSAGEM - POÇOS: AZUL / DO PARAÍSO - PRAIAS: DO PUÇÁ / DO PEQUIZEIRO / DOS BURITIS - TRILHAS - ETC

MUSEU - FESTAS POPULARES - ARQUITETURA COLONIAL E

RELIGIOSA - RUÍNAS COLONIAIS - CACHOEIRAS: RODA D'ÁGUA / CONQUISTA / DO ESCORREGA / DOS MACACOS - RIO ARRAIAS

AGÊNCIAS DE TURISMO, GUIAS E OUTROS SERVIÇOS

ALMAS/TO

CÂNION ENCANTADO ECOTURISMO E AVENTURA

Experiências completas de excursões

@canionencantadooficial https://www.canionencantado.com.br/

GILVANE ELIAS (Alminha)

Guia turístico / Telefone: 63 9 9288 8894

VALE DOS PÁSSAROS / Telefone: 63 9 9277 8452

Turismo de vivência/Pousada/Restaurante/Camping/Trilhas/Cachoeiras @pousadaseudavi

AURORA DO TOCANTINS

ESCORREGA DO BETINHO / Telefone: 63 9 9296 9938

Camping/Restaurante/Pousada @escorregadobetinho

ESTÂNCIA JACKELINE / Telefone: 62 9 9695 4601

Camping/Pousada/Restaurante rural @estanciajackeline

RIO AZUIS TURISMO / Telefone: 63 9 9281 1031

Agência de turismo @rioazuisturismo

DIANÓPOLIS/TO

BRASIL CENTRAL AVENTURAS / Telefone: 63 9 926

Agência de ecoturismo e operadora oficial da Lagoa B @brasilcentralaventuras / @lagoabonitaoficial

SANTIAGO FERNANDES CARVALHO

Guia turístico / Telefone: 63 9 9299 0790

W/S TURISMO SERRAS GERAIS / Telefone: 63 9 92

Agência de turismo/Viagens @wanessa kely

RIO DA CONCEIÇÃO/TO

SERIEMA ECOTURISMO / Telefone: 63 9 9201 7207 @seriemaecoturismo https://seriemaecoturismo com br/ TAGUATINGA/TO

ANDREIA BERNARDES

Turismóloga/Gestão de turismo/Roteiros personalizad @deinhaturistando

E-mail: abo bernardes@hotmail com

EXPLORA BRASIL / Telefone: 63 9 9250 7012

Guia local/Assessoria de turismo/Serras Gerais/Rio Az @explora brasil oficial

Para mais contatos e informações consulte o site turism ou o cadastro de prestadores de serviços turísticos: cadastur.turismo.gov.br/

LAGOA DA SERRA

ALMAS CACHOEIRA CORTINA

no Rio Manoel Alves

RIO DA CONCEIÇÃO BOIA CROSS

DICAS CULTURAIS

CULINÁRIA

AMOR PERFEITO - TIA NANINHA de Natividade/TO.

Café colonial e biscoitos artesanais assados em forno a lenha. A loja conta ainda com geleias, doces e licores, além de uma série de souvenirs e semijoias.

Aberta todos os dias, das 7h às 19h.

Praça da Matriz, s/n.º - Centro, Natividade - TO.

CEP: 77370-000

Instagram: @amorperfeitotiananinha

Site: https://www.amorperfeitotiananinha.com.br/

ROMARIA

ROMARIA DO SENHOR DO BONFIM de Natividade é uma manifestação de fé e tradição que reúne milhares de fiéis todos os anos. Realizada em agosto, a celebração combina ritos religiosos, como missas e procissões, com expressões culturais locais, criando uma atmosfera única de devoção e celebração. Visite o Santuário do Senhor do Bonfim, ponto central das festividades. Os romeiros saem de Natividade e vão a pé até o povoado Bonfim, um percurso de 23km, fazendo suas preces e agradecimentos. O dia 15 de agosto, culminância da festa, é feriado no estado.

MUSEU

MUSEU

HISTÓRICO

E CULTURAL DE ARRAIAS/TO.

A inauguração do MHCA ocorreu em 2013 e desde então desenvolve atividades como: cursos, oficinas e exposições O acervo é composto por aproximadamente 300 objetos, organizado em seis coleções: objetos do lar; objetos do trabalho; saberes e fazeres; numismática, bem como imagens e documentos. Praça da Matriz, n. 01, Centro, Arraias/TO. 77330-000. Site: https://projetomhca wordpress com/

As CAVALHADAS DE TAGUATINGA/TO são um espetáculo tradicional que mistura religiosidade, história e arte. Inspiradas nas batalhas medievais entre cristãos e mouros, as encenações envolvem cavaleiros em trajes coloridos, que realizam combates simbólicos em uma exibição cheia de coreografia e emoção. O evento, realizado durante as festas de Nossa Senhora da Abadia, é uma oportunidade única para vivenciar o patrimônio cultural da região e mergulhar na rica tradição de fé e celebração comunitária. Período: 1ª quinzena de agosto.

CAVALHADA FESTEJO

O FESTEJO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO E DE

SANTA ANA de Chapada da Natividade/TO é uma celebração religiosa e cultural que combina fé, tradição e comunhão comunitária. Realizado em julho, o evento reúne missas, procissões, danças típicas e as tradicionais folias, em um cenário de rara beleza natural e histórica. É uma oportunidade imperdível para vivenciar a espiritualidade e as manifestações culturais da região. Dias 26 e 27 de julho

PLATAFORMA DE MAPAS LIVRES

A OpenStreetMap (OSM) é uma plataforma colaborativa de dados geográficos, similar ao Google Maps, porém de uso em licença livre e sem estar atrelado aos fins comerciais das BigTecs. A OpenStreetMap fornece dados de mapa para milhares de sites, aplicativos móveis de GPS e dispositivos de hardware. Qualquer pessoa tem a liberdade de usar os dados para qualquer fim, inclusive turístrico, desde que credite a autoria do OpenStreetMap.

HORÓSCOPO BIOLÓGICO

NOSSO HORÓSCOPO NÃO PREVÊ O FUTURO, MOSTRA ACONTECIMENTOS DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA.

CÂNCER

Em 1º de julho comemora-se o nascimento de Sir Arthur Tansley (1887), que introduziu o conceito de ecossistema na biologia moderna. Esse conceito reflete as inter-relações biológicas que, em bilhões de anos, trouxeram equilíbrio também para você, canceriano.

Em 14 de agosto é comemorado o aniversário de Louis Pasteur (1822). Dia dos leoninos abusarem de seu poder de transformação e inovação. Como Pasteur, vocês podem encontrar soluções criativas para os desafios da saúde e do bemestar.

Virginiano nascido em 7 de setembro, não se esqueça de que seu aniversário também é o Dia da Amazônia. Preocupe-se em preservar a natureza, pois não há pátria sem meio ambiente. Este é o momento de rever seus hábitos e fortalecer seu compromisso com a sustentabilidade.

*Atenção: Estas páginas fazem uma paródia das previsões astrológicas, comuns em jornais e revistas A Biologia e a astrologia são áreas completamente diferentes e não devem ser confundidas

ÁRIES

No dia 7 de abril comemoramos o Dia Mundial da Saúde. Nesta data, mas não somente nela, cuide do corpo e da mente. Sempre é momento de adotar hábitos mais saudáveis e buscar equilíbrio emocional. Aproveite a energia para fortalecer sua rotina e priorizar o bem-estar!

DESCUBRA UM POUCO MAIS SOBRE A TRAJETÓRIA DA BIOLOGIA!

TOURO

Apesar da Terra não ter nascido no dia 22 de abril, é nesta data que se comemora o seu dia. Nesta data, taurino, aproveite para abandonar seus planos de viajar para Marte e reconecte-se com o seu planeta. Este, sim, merece cuidados e investimentos.

GÊMEOS

22 de maio é o Dia Internacional da Biodiversidade, data celebrada para aumentar a conscientização sobre sua importância para o equilíbrio ecológico.

Geminianos, explorem novas ideias para ampliar suas conexões e experiências com a diversidade biológica do planeta.

Se o seu signo não apareceu aqui, espere a próxima publicação de Comunidade & Campus

ESTA PUBLICAÇÃO FOI PRODUZIDA POR MEIO DE RECURSOS DO EDITAL N º 14/2024/REI/IFTO E DO PROGRAMA DE BOLSAS DE PROJETOS DE EXTENSÃO VOLTADOS À ARTE E CULTURA - PBEX SOFTWARES UTILIZADOS: SCRIBUS 1 5 5 / INKSCAPE 0 92 / KRITA 5 1 1 / LIBREOFFICE 6 4 7 2 TODAS AS FONTES USADAS SÃO DA FAMÍLIA TIPOGRÁFICA SEM-SERIFA DE USO ABERTO 100% PRODUZIDA EM SOFTWARE LIVRE

ATRIBUIÇÃO CC BY-NC-SA 4 0

ESTA LICENÇA PERMITE QUE OS REUTILIZADORES DISTRIBUAM, REMIXEM, ADAPTEM E DESENVOLVAM O MATERIAL EM QUALQUER MEIO OU FORMATO

APENAS PARA FINS NÃO COMERCIAIS E DESDE QUE A ATRIBUIÇÃO SEJA DADA AO CRIADOR SE VOCÊ REMIXAR, ADAPTAR OU DESENVOLVER O MATERIAL, DEVERÁ LICENCIAR O MATERIAL MODIFICADO SOB TERMOS IDÊNTICOS

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.