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Graduação

O programa que elegeu a Diretoria da FEA-RP, em 2018, previa medidas emergenciais que versavam desde a reestruturação curricular dos cursos, a resolução de um passivo judicial, até a regulamentação de atividades acadêmicas complementares. Para isso, contou com o incansável empenho da Comissão de Graduação, composta pelo Prof. Dr. Eliezer Martins Diniz (Presidente) e pelo Prof. Dr. Luciano Nakabashi (Vice-Presidente). Não obstante, além dos desafios a serem enfrentados, em 2020 fomos surpreendidos pela pandemia de covid-19 que exigiu uma resposta rápida e eficaz para a continuidade das atividades da graduação. Para isso, com auxílio da Seção Técnica de Informática da FEA-RP, docentes e alunos puderam se valer de plataformas que possibilitaram a adoção de novas metodologias de ensino e aprendizagem capazes de proporcionar a manutenção da qualidade do ensino inerente à Universidade de São Paulo e o isolamento determinado pelas autoridades médicas.

De acordo com as diretrizes da gestão 2018-2022 da Pró-Reitoria de Graduação e da atual Diretoria da FEA-RP, a Comissão de Graduação foi responsável por coordenar e viabilizar um processo de modernização em todos os cursos da unidade, com a reestruturação curricular dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Economia e Economia Empresarial e Controladoria, por meio de novos projetos político pedagógicos pautados em conteúdos lecionados nos principais centros de referência em cada área. Nesse processo de reestruturação, houve ao mesmo tempo uma mudança do curso de Economia para o período diurno e do curso Economia Empresarial e Controladoria para o noturno, este último renomeado a partir de 2021 como Finanças e Negócios. A reestruturação do curso de Economia Empresarial e Controladoria demandou maior empenho, pelo fato de envolver a negociação entre dois departamentos da unidade, visando a uma nova concepção de curso e um novo perfil para o egresso. No processo de reestruturação dos cursos, a Comissão de Graduação procurou atuar no sentido de estabelecer prazos e facilitar a consecução das reformas, bem como direcionar a negociação entre as partes. Para

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Reestruturação curricular de todos os cursos da FEA-RP

isso, chegou a intermediar reuniões inclusive com o Pró-Reitor de Graduação e representantes da Divisão Acadêmica e da Procuradoria Geral. As reestruturações curriculares foram implementadas em 2022 em consonância com as novas diretrizes das Atividades Acadêmicas Complementares regulamentadas pela USP, que entraram em vigor no mesmo ano.

A Comissão de Graduação contribuiu para que o problema judicial envolvendo o curso Economia Empresarial e Controladoria fosse devidamente equacionado, juntamente com o esforço conjunto da Diretoria, da Coordenação de Curso e das chefias de departamentos. A ação judicial foi cumprida rigorosamente e as devidas providências foram implementadas. Dessa forma, a partir do ano de 2023 serão oferecidas disciplinas de complementação para que os diplomados pelo curso ECEC, com habilitação em Contabilidade, obtenham adicionalmente o diploma do curso de Ciências Contábeis. Essas disciplinas serão oferecidas de forma híbrida, com tecnologia de transmissão disponibilizada pela FEA-RP. O conjunto de medidas busca a recapacitação dos formados na habilitação em Ciências Contábeis para que possam obter o registro profissional junto ao seu conselho, como determinado judicialmente.

Resolução do problema judicial do curso Economia Empresarial e Controladoria

Enfrentamento do período de pandemia

Com o início da pandemia, surgiram os desafios relacionados ao início das aulas e à necessidade de sua estruturação na modalidade on-line, o mais rápido possível, de maneira que todos os alunos pudessem ter acesso às aulas e conteúdos didáticos para a realização de atividades avaliativas e provas. Além disso, por meio da aplicação de questionários e indicação de estudantes, foi realizado um levantamento dos alunos que apresentavam dificuldade de acesso à internet, bem como daqueles que não tinham computador para acesso ao conteúdo remoto das aulas. Para isso, por meio de uma atuação conjunta, envolvendo a Diretoria e a Seção Técnica de Informática da unidade, foram cedidos temporariamente computadores da unidade a esses alunos de maneira que tivessem condições de igualdade para o acompanhamento das aulas e assim a estratégia de aulas na modalidade on-line fosse a mais bem-sucedida possível, dadas as restrições impostas pela pandemia.

As atividades relacionadas aos estágios realizados por alunos da FEA-RP foram incorporadas pela Seção de Apoio Acadêmico. Isso incluiu os procedimentos de orientação às partes interessadas (empresas e discentes), conferência e tramitação da documentação dos estágios e suporte às instâncias responsáveis pela análise e acompanhamento dos mesmos.

Tabela 1 – Número de estágios iniciados no período de 2018 a 2021

Ano

Número de estágios iniciados

2018 2019 2020 2021

Total

230 341 328 428

1.327

Comissão de Orientação e Acolhimento

A Comissão de Orientação e Acolhimento (CAO) foi criada em 2016 e desde então conta com a participação efetiva da Profa. Dra. Roseli da Silva, sua idealizadora e atual presidente. Seu início foi marcado por uma defesa de gênero e no transcorrer dos anos subsequentes passou a abordar questões relacionadas à saúde mental, suicídio, uso e consumo de substâncias, respeito à diversidade e em questões que interfiram de alguma forma na vida acadêmica e social na universidade. Atualmente, o objetivo da comissão coaduna com parte do escopo de atuação da recém-implementada Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento (PRIP), no sentido de “estabelecer uma relação entre as políticas de inclusão, pertencimento e diversidade com a excelência universitária”. Assim, a CAO funciona como um porto seguro, um canal de recebimento de relatos de violação dos direitos humanos, acolhimentos de denúncias de assédio de quaisquer naturezas, agressão física e/ou verbal, discriminações de gênero e de orientação sexual, entre outros.

No período de 2018 a 2022, a Diretoria da FEA-RP realizou e financiou várias ações com a CAO, como seminários, programas de prevenção a problemas de saúde mental, o #tamojunto e o FEA-RP Experience que oportunizaram atividades que buscaram trazer o aluno para mais perto da faculdade, ainda que de maneira remota devido à pandemia de covid-19. Dentre essas atividades, destaque para a elaboração de uma cartilha em conjunto com os profissionais do Centro Integrado de Terapias Baseadas em Evidências (Citebe), disponibilizada no site da FEA-RP em: https://issuu.com/fearpusp/docs/e-book_tamojunto_alunos. Durante a gestão, foi criada no Bloco C da unidade, uma sala de acolhimento reservada para atendimento de alunos, servidores e docentes. Paralelamente, criaram-se canais específicos de atendimento com o COPI, órgão da Prefeitura do campus USP de Ribeirão Preto, por meio do Centro de Orientação Psicológica (Copi), serviço de atendimento psicológico realizado por psicólogos e estagiários da FFCLRP. Além disso, a Fundace contratou junto à FEA-RP, um psiquiatra para orientar o corpo de gestores da unidade em problemas relacionados à saúde mental envolvendo a comunidade, especialmente os graduandos. Esse psiquiatra atuou em diversos casos encaminhando e discutindo possibilidades institucionais e terapêuticas que foram importantes para orientar a política de acolhimento, sobretudo voltadas à saúde mental. Além disso, houve tratativas com a Fundace no sentido de serem financiadas atividades artísticas relacionadas à saúde mental, que culminaram com a criação de um grupo de teatro ligado às atividades da CAO e relacionado com as temáticas de acolhimento, integração e pertencimento, e que será implementado no 2º semestre de 2022. A CAO ainda propôs a criação de um espaço de “descompressão” voltado a docentes e servidores técnicos e administrativos, muito comum em grandes empresas, destinado ao descanso e à leitura. O espaço que será inaugurado conta com mobiliário próprio e está localizado em uma área arejada entre os blocos C1 e C2. Além disso, a comissão idealizou o espaço de descanso para os profissionais terceirizados da unidade que está localizado no subsolo do Bloco B2, e que foi mobiliado com sofás, tapetes, pufes, armários adequados para guardar objetos pessoais (lockers), de modo a humanizar a relação com o grupo terceirizado e valorizar essa importante categoria de profissionais.

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