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Entre risadas miúdas, olhares curiosos e pequenos gestos cheios de descobertas, nasceu este livro, um abrigo de lembranças e ternuras. Aqui, cada página guarda o pulsar suave do cotidiano vivido, em 2025, no Berçário Uirapuru. O despertar sonolento de manhãs cheias de luz, o aconchego do colo que embala o sono, o sabor das primeiras experiências à mesa, o toque cuidadoso nas rotinas de higiene, e o encanto das brincadeiras que fazem o tempo dançar devagar.
Este é um livro feito de momentos simples, mas imensos. São memórias que respiram afeto, que florescem em cada sorriso compartilhado e em cada gesto de cuidado. Cada fotografia, cada traço e cada palavra são fragmentos de um ano vivido com amor, paciência e muitas descobertas, um tecido delicado de infância, tecido de muitas mãos e corações.
Ao folhear estas páginas, convidamos você a revisitar instantes que, embora pequenos, são eternos. Os passos dados com curiosidade, os sons que se transformaram em palavras, as descobertas, os animais do Quintal, as aulas de música, as histórias e os olhares que aprendem o mundo. Mais do que um registro, este é um livro, é uma celebração, do crescer, do cuidar e do amar.
Porque é no cotidiano, em sua poesia simples e verdadeira, que se escreve a mais bonita das histórias, a do começo da vida.
Uirapuru Bebê/2025
Gabriela Plens (Coordenadora Pedagógica)
Talita Silva (Orientadora Educacional)



Sobre a grama, o mundo se abre diante de Henrique com a mesma quietude que ele carrega no olhar.
Sério e atento, ele segura o cavalo de plástico, como quem observa um mistério que ainda não tem nome. Por um instante, volta o rosto para o adulto que o acompanha, um olhar
firme, profundo, que diz muito sem dizer palavra alguma.
Logo, seus olhos retornam ao cavalo, seguindo cada detalhe: a forma, as patas, a crina imóvel que ele parece estudar com cuidado de quem descobre devagar.
Ali, entre o silêncio da grama e a concentração do olhar, Henrique cria seus primeiros enredos.
Histórias que não precisam de som, apenas do gesto sereno de quem explora o mundo no seu próprio tempo.
Uma poesia miúda nascida da seriedade curiosa com que ele observa, toca e imagina.





Henrique se inclina sobre o chão emborrachado, sentindo cada textura sob as mãos como quem descobre um novo terreno.
Entre utensílios espalhados, encontra uma forma de bolo e começa a batucar, explorando sons que dançam pelo espaço.
Então, seu corpo se vira em direção ao adulto que o acompanha, buscando o olhar que compartilha o encantamento, transformando cada gesto em descoberta e alegria.

Henrique segue sua rotina de sono com tranquilidade.
Quando o cansaço chega, entrega-se ao colo do adulto e, em seguida, é cuidadosamente colocado no colchão, com o corpo relaxado e à vontade. Embalado pelo cuidado e atenção, adormece com suavidade, mergulhando em um descanso sereno e seguro.




O olhar de Henrique se fixa no adulto que o acompanha, atento e curioso, como quem busca compartilhar silenciosamente cada descoberta e cada pequeno encanto do momento.





Entre sabores, texturas e encantamentos, Henrique encontra no mundo um campo silencioso de descobertas.
No verde, ele estende o dedinho e toca a cesta de brócolis, percorrendo seus relevos frescos como quem visita um pequeno jardim escondido.
Explora devagar, depois olha para o adulto com um sorriso miúdo e um brilho curioso que ilumina o instante.
Logo em seguida, seu rosto retorna à seriedade tão própria dele, um olhar firme e observador, como se quisesse compreender cada segredo que as cores escondem.




No amarelo, a cena se abre ao seu redor como um sol espalhado pela mesa, maracujá, laranja, banana e melão compõem um pequeno universo luminoso.
É o melão que captura sua atenção.
Ele o pega com cuidado, experimenta pela casca, sente a textura e o perfume, deixando seu olhar curioso investigar cada detalhe.

No vermelho, o encanto ganha sabor.
Henrique explora o morango com as mãos pequenas, leva-o aos lábios e se delicia com o gosto doce que desperta um sorriso discreto, quase escondido.
A melancia, vibrante e suculenta, completa a descoberta, ele a experimenta com prazer, deixando que o vermelho fresco escorra devagar, enquanto seus olhos brilham diante da nova sensação.
E, assim, em cada cor que encontra, Henrique descobre um pouco mais do mundo, e um pouco mais de si, em cada toque, cada sabor e cada pequeno encantamento.




Um olhar atento.
Quem será esse que o observa de volta?
Sentado diante do espelho, Henrique se vê e estuda o próprio reflexo, sério, concentrado, como quem encontra um pequeno mistério guardado na superfície brilhante.
Ele observa cada detalhe, reconhece-se devagar, num silêncio cheio de curiosidade.
E então, de repente, a seriedade que sempre o acompanha se desfaz.
Um sorriso lindo se abre, um sorriso inteiro, como se ele descobrisse ali, no outro lado do espelho, um amigo feito da mesma luz que brilha em seus olhos.
Nesse instante leve, o espelho deixa de ser só reflexo e vira encontro, o começo do encantamento de Henrique consigo mesmo.






Henrique recebe o alimento como quem acolhe um gesto de amor. Cada colherada vem acompanhada de cuidado, de tempo, de presença. O adulto oferece o sabor e, junto dele, o afeto que sustenta, não apenas o corpo, mas também o vínculo.
Entre olhares, pausas e pequenas expressões, nasce um diálogo silencioso, o de confiar, o de ser cuidado, o de crescer em segurança. A alimentação se torna mais que rotina, é um encontro, é cuidado que nutre, é carinho que passa de mão em mão até chegar ao coração pequeno que aprende, dia após dia, a se sentir acompanhado no mundo.

Henrique encontra os animais como quem abre uma porta silenciosa para o encantamento.




A ratinha, ali na mão do adulto, prende seu olhar atento, ele a observa sério e curioso, acompanhando cada mínimo movimento.
Quando o mini jabuti, tão pequeno que cabe na palma de sua mão, se aproxima, Henrique estende o bracinho com delicadeza.
Com o jabuti apoiado em sua pele miúda, ele o observa profundamente, como se aquele instante revelasse um segredo do mundo só para ele.

Henrique observa atentamente a palma da mão coberta de areia colorida, concentrado em tirar grão por grão, como se cada gesto revelasse algo novo para sentir.

Em um cenário onde a natureza inventada ganha vida, Henrique segura uma folha seca nas mãos e olha para os pés que se cruzam, curioso com o gesto.
Ele pega um punhado de palha e joga para trás, enquanto os braços acompanham o voo leve dos fios.
Na natureza inventada, até o simples lançar de palha vira descoberta e alegria.








A água chega morna, dançando sobre a pele e convidando ao aconchego. Entre conversas, respingos e olhares atentos, o banho se transforma em um momento de encontro, um diálogo entre quem cuida e quem é cuidado.
Cada toque, cada gesto de delicadeza, é também um gesto de amor. No calor das mãos que sustentam e na suavidade da água que envolve, Henrique descobre o prazer do cuidado, a segurança do colo, o aconchego que habita o cotidiano. Mais do que higiene, o banho é encontro, é linguagem sem palavras. Nos olhares trocados, no toque suave e no riso que escapa, nasce a confiança e cria-se o vínculo. Um banho que limpa o corpo, mas também alimenta o coração.



Sobre a grama, o mundo se abre em pequenos encantamentos para Henrique, cercado pelos bichinhos de plástico que parecem esperar por sua atenção.
Sua mão repousa sobre a bola, despertando sua atenção.
Logo, um sorriso surge no rosto, iluminando o instante.
Com cuidado, ele pega a bola, transformando o gesto simples em descoberta e alegria.
No brincar, Henrique cria pontes entre sentir e imaginar, poesia que nasce do toque, do olhar e da própria curiosidade.

Henrique vai ao encontro de Nando, o Bode do Quintal que visita o berçário.
Ele engatinha, aproximando-se
devagar, atento ao pequeno amigo que passeia pelo gramado.
No toque do corpo com a natureza, nasce o encanto do encontro, simples e cheio de descoberta.







Ao folhear o livro ACasa, Henrique coloca a mão sobre a página com os animais e observa atentamente, curioso, como quem lê sem palavras.
Passa os dedos sobre as ilustrações, explora formas e cores, deixando que cada cena conte sua própria história.
Folheia devagar, absorvendo cada detalhe com olhar e toque, construindo memórias sensíveis. Entre páginas e gestos atentos, Henrique inicia seu próprio caminho pelo universo dos livros, onde cada folha é um convite ao encantamento.





Entre ritmos, gestos e pequenos encantos, Henrique se entrega à musicalização com curiosidade e brilho no olhar.
O pandeiro repousa em suas mãos, e ele toca, explora, gira, experimentando cada som que emerge, descobrindo a magia que a música traz.
O chocalho vibra e Henrique ergue os braços, sentindo a energia do som percorrer seu corpo, acompanhando o ritmo com alegria e surpresa.
A cada instante, o espaço se enche de sons e descobertas. Henrique se permite ousar, explorar, experimentar, encontrando na música uma forma de se expressar e de se maravilhar com cada gesto e cada nota. Assim, entre movimentos, sons e olhares atentos, ele transforma o encontro em um território de pura poesia, onde a curiosidade e a alegria infantil se encontram e dançam juntas.

Henrique pega um pedaço de cenoura e mergulha na bacia cheia da tinta feita com ela.






Com os dedos segurando o pedaço, mexe a tinta como se fosse uma colher, observando o movimento que se forma a cada gesto.
Mexendo e remexendo, curioso e atento, ele descobre cores e texturas, encantado com a sensação de criar e explorar o mundo com as próprias mãos.






Com a marcha agora mais firme, Henrique avança pelo espaço guiado pelo brilho das bolhas que flutuam ao seu redor. Ele ergue os braços com entusiasmo, as mãos abertas como quem deseja tocar o próprio ar colorido. Cada bolha que sobe desperta nele um olhar curioso, e Henrique segue tentando alcançá-las, passo após passo, num misto de esforço e encanto.
Mesmo quando elas estouram antes do toque, ele continua, persistente e alegre, como se cada tentativa fosse parte da brincadeira. Ali, entre braços estendidos e risos leves, Henrique descobre a alegria de perseguir o que dança no ar e, nesse movimento, deixa o corpo falar de coragem, curiosidade e crescimento.



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