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O QUE OS MEUS OLHOS PODEM VER?
Planeta, Elliot e Bráulio, na aventura noturna, compartilharam grandes experiências com as crianças do infantil 3. Novas experimentações e descobertas foram surgindo na imensidão de possibilidades que tem em nosso céu, como as fases da lua, o sol e a lua no mesmo céu durante o dia, as diferentes formas e cores com o céu nublado e o céu chuvoso, contribuindo de forma significativa para cada observar do céu.

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A criança é um ser em contínuo movimento. Este estado de eterna transformação física, perceptiva, psíquica, emocional, e cognitiva promove na criança um espírito curioso, atento, experimental. Seu olhar aventureiro espreita o mundo a ser conquistado. Vive em estado de encantamento diante dos objetos, das pessoas e das situações que a rodeiam. A descoberta vem mesclada com o desejo de posse, como se proclamasse: “O que é meu é eu”
(DERDYK, 2020, p. 19).
Por meio de inúmeras observações, foi perceptível o desenvolvimento das crianças em relação à linguagem, à escuta, à imaginação, aos questionamentos e, principalmente, ao olhar curioso para o novo. Ficando evidente o protagonismo das crianças por meio das suas falas:
Aluno 1: Eu vi essa nuvem em casa, mas não saiu na minha foto!
Aluno 2: No meu céu tinha azul escuro, mas depois só tinha azul claro.
Aluno 3: Eu achei um arco-íris depois que a chuva foi embora, tia!
Em cada momento as crianças observavam o céu e traziam suas percepções para serem compartilhadas em roda, cada relato refletia o interesse e as expectativas feito pelas crianças.
E vocês acham que as observações pararam por aqui? Não! Elas foram além do que os olhos podiam ver… Foram em busca de ressignificar o que já haviam visto, e com as vivências precisavam concretizar toda essa experiência. acolher o mundo inteiro da criança, as suas expectativas, os seus planos, as suas hipóteses e as suas ilusões. Significa não deixar passar, como se fosse tempo inútil, o tempo que a criança dedica às atividades simbólicas e lúdicas, ou o tempo empregado para tecer as relações “escondidas” com outras crianças (STACCIOLLI, 2013, p. 28).
A partir desse momento os registros foram surgindo. Com os olhos aguçados nas infinitas transformações do céu, as crianças representaram o que estavam apreciando de uma forma artística, criando as suas próprias pinturas.
Tivemos momentos para representar um dia chuvoso, podendo vivenciar um ambiente preparado com sons de chuva, trovões e raios, cheiro de terra molhada, remetendo à uma memória afetiva, também pudemos representar o lindo arco- íris, após um dia de chuva. Em um dos momentos contamos com a participação da família, para garantir um belo momento de observar o céu ao entardecer, uma experiência riquíssima trazida pelas nossas crianças, foram imensuráveis oportunidades que garantimos uma aprendizagem com significado e sentido para as crianças do infantil 3.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil / Edith Derdyk. - 3. ed. - São Paulo: Panda Educação, 2020. 160 pp.
EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Leila& FORMAN, Georg. As cem linguagens da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 158 p.
FRIEDMANN, Adriana; LAMERIÃO, Luiza; LEVY, Ana Paula; ECKSCHMIDT, Sandra; FARIAS, Vanda. Olhares para as crianças e seus tempos: caminhos, frestas, travessias. Cachoeira Paulista, SP: Passarinho/ Diálogos Embalados, 2022. 312 p. :il.
STACCIOLI, Gianfranco. Diário de acolhimento na escola da infância. Campinas: Autores Associados, 2013.