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Rua das crianças e a espiral do conhecimento

Após o reconhecimento do espaço, aproveitamos uma das narrativas do Micromundo para convidar nossas crianças a pensarem em um espaço para elas. Como seria a rua das crianças se não houvesse restrições para criá-la ? Em vez de um banco comum para sentar, um puff gigante, cheio de água, ou espuma. Haveria espaços como parques para animais de estimação ou playgrounds com equipamentos diferentes? E a natureza que nos cerca? Para que isso fosse possível, reservamos um espaço em nosso Quintal, onde as crianças pensaram e criaram um espaço delas, com base em suas observações e conceitos adquiridos durante as aulas. Antes de partirmos para a atividade mão na massa construímos um projeto, utilizando material reciclado e os conceitos sobre sólidos geométricos, previamente trabalhados em nossas aulas de Matemática.

BUARQUE, Chico. A cidade ideal. In: Os Saltimbancos, 1977

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O cotidiano escolar proporciona uma reflexão sobre a construção das representações espaciais, como essa que realizamos, facilitando a localização de objetos, e conferindo aos alunos a possibilidade de ler, interpretar e comunicar posições de deslocamento, através da leitura de uma placa de trânsito, ou da criação de uma legenda que representa um determinado local. Percepções como direção e trajetória auxiliam na representação de um movimento, além de ampliar a visão do aluno em relação às dimensões espaciais menores, como uma maquete e a sala de aula, ou maiores, como o quarteirão, o bairro ou a cidade.

A socialização e a combinação da vivência do aluno, em seu conhecimento prévio sobre as situações apresentadas, relacionam o conteúdo proposto a tudo o que ele observa e absorve enquanto cidadão, as ações propostas sistematizam o conteúdo e preservam as informações e experiências obtidas ao longo de sua trajetória educacional.

Eu e o mundo

Como já entendemos que os mapas possibilitam o registro dos elementos da paisagem, bem como nossa localização no espaço geográfico, partimos para a leitura deles em diferentes ambientes: físico e virtual. Identificamos e reconhecemos as legendas, seu contexto histórico, seus continentes e nosso planeta em relação ao Sistema Solar, com a ajuda de simuladores, em nossas aulas de Ciências.

As práticas pedagógicas unidas às metodologias de ensino contemplam a apropriação dos conceitos geográficos e confirmam a função do papel do ensino na vida do aluno reflexivo, que é sujeito de sua história e de seu aprendizado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e a construção de conhecimentos. 8ª ed. Campinas: Papirus, 1998.

MOREIRA, Igor. A construção do espaço global. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2008.

CALLAI, H. C.; ZARTH, P. A. O estudo do município e o ensino de História e Geografia. Editora UNIJUÍ, 1988.

BUARQUE, Chico. A cidade ideal. In: Os Saltimbancos. Gravadora Phonogram/Philips, 1977.

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