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MEU CORPO NO ESPAÇO

Professora:Fernanda Slonik

Iniciamos uma roda de conversa pautada na seguinte pergunta disparadora: "Seu corpo pode ser um ponto de referência?", e com a conexão dos conhecimentos prévios e os conhecimentos adquiridos anteriormente os alunos refletiram e discutiram sobre.

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(LUCKESI, 1984, p. 49).

A BNCC prevê que a área de Ciências Humanas contribui para que os alunos desenvolvam a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contextualização marcada pelas noções de tempo e espaço, conceitos fundamentais da área.

Considerando este pressuposto, os alunos do 2º ano, a partir do estudo sobre o espaço geográfico, percorreram o entorno do Colégio Uirapuru seguindo um roteiro, que orientava-os sobre a posição do corpo para que pudessem observar, refletir e discutir sobre as placas de sinalização, o material de que é feito a calçada, os pontos de referência e a vegetação presente. Na sequência, completaram um mapa registrando os itens observados, como as características do percurso e os pontos de referência.

"Meu corpo não pode ser um ponto de referência, pois ele se movimenta e, com isso, nunca estará em um mesmo lugar para ser um ponto de referência", Aluno 1.

"Eu acredito que meu corpo pode ser um ponto de referência, porque posso dizer que meu amigo B está na minha frente",

Aluno 2

Na verdade, a curiosidade ingênua que, ‘desarmada’, está associada ao saber do senso comum, é a mesma curiosidade que, criticizando-se, aproximando-se de forma cada vez mais metodicamente ao objeto cognoscível se torna curiosidade epistemológica (FREIRE, 2000, p. 106).

Partindo das reflexões dos alunos, propusemos a leitura de textos que esclarecessem, a partir da teoria, a pergunta disparadora e, em paralelo, disponibilizamos a obra "Crianças Brincando", de Fátima Couras, para que, em grupo, realizassem a análise da obra e respondessem as questões relacionadas ao ponto de referência, evidenciado a uma criança (alteração realizada pela professora).

Tornando a aprendizagem lúdica e prazerosa, seguimos para a prática. Na Praça Uirapuru, anunciamos a brincadeira "Meu corpo no espaço". Para tal ação dividimos os alunos em duplas e orientamos que ficassem de frente para seu colega. Na sequência a professora realizava comandos como, levante seu braço esquerdo ou flexione a perna direita e durante a brincadeira os alunos começaram a perceber que a posição do corpo interfere em seu movimento em relação ao outro.

Após esta ação os alunos foram convidados a realizar um caça-charada, cujo prêmio final seria um material que auxiliaria ainda mais nesta aprendizagem. Os alunos seguiram até o Espaço Cultural, encontraram a bibliotecária, que disponibilizou aos alunos as instruções a serem seguidas para encontrar o prêmio. De forma coletiva, seguiram as instruções e encontraram os seguintes materiais: Geoplano, massinha, post-it e elásticos coloridos.

Neste momento, a professora direcionou os alunos para a sala de vidro no Espaço Cultural e os organizou em quatro fileiras. Na sequência disponibilizou massinha de modelar para que as crianças criassem seu próprio avatar, em seguida disponibilizou o geoplano para que posicionasse o avatar no centro, com quatro elásticos coloridos os alunos marcaram no geoplano os colegas que estavam em seu entorno (à frente, atrás, ao lado direito e ao lado esquerdo) e para finalizar escreveram no post-it o nome do colega representado e o posicionaram junto com o elástico.

A experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação (GUIMARÃES, 2009, p. 198).

Ao final da atividade, brincadeira e estudo os alunos compreenderam que "Um referencial é o corpo ou lugar a partir do qual as observações de fenômenos diversos são feitas. Ao mudar o referencial, a percepção dos fenômenos também muda. O referencial pode ser entendido como o ponto de vista de um observador colocado em determinado lugar no espaço" (Joab Silas).

Torna-se visível a aprendizagem significativa dos alunos quando se alia teoria e prática, ao passo que o conhecimento transcende os muros escolares fazendo conexões com o cotidiano, aguçando a curiosidade e o pensamento crítico e investigativo.

"Crianças Brincando" de Fátima Couras https://www.catalogodasartes.com.br/obra/ DUDABDzz/

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LUCKESI, C. et all. Fazer universidade: uma proposta metodológica, São Paulo: Cortez, 1984.

JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é referencial?" Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola. uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-referencial.htm. Acesso em 15 de agosto de 2022.

GUIMARÃES, Cleidson C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova na Escola. Vol. 31, n° 3, 2009.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 24 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/

JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é referencial?" Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola. uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-referencial.htm. Acesso em 30 de janeiro de 2023.

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