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PROJETO VIDA SAUDÁVEL: DISCUTINDO SOBRE CIGARRO ELETRÔNICO
Embora tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para combater o uso dos cigarros convencionais, seu uso se popularizou, especialmente entre os jovens.
Faz-se necessária a compreensão dos prejuízos à saúde pela sua utilização para podermos falar sobre o assunto.
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Os dispositivos eletrônicos para fumar, incluindo os cigarros eletrônicos, são proibidos desde 2009 no Brasil, conforme uma resolução da Anvisa (RDC 46/2009).
A proibição inclui a comercialização, a importação e a propaganda desse tipo de cigarro. Segundo a diretoria da própria Agência Sanitária, estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos está relacionado com aumento do risco
O uso do cigarro eletrônico tem aumentado muito nos últimos anos no Brasil. Este assunto, que é muito preocupante, já se tornou motivo de discussões com os alunos do 8º e 9º anos do nosso Colégio em 2022.
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vape ou e-cigarretes, têm um formato similar a um cigarro, mas também podem vir em forma de caneta ou parecidos com um pen drive. Funcionam por meio de uma bateria que esquenta um líquido interno, geralmente, utilizando mistura de água, aromatizante, nicotina, propilenoglicol e glicerina vegetal. O dispositivo é tragado pela boca e cria uma fumaça branca e sem cheiro ou com um cheiro que se dissipa rapidamente no ar.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta que, apesar de proibido no Brasil, o cigarro eletrônico já está na quarta geração e seu uso vem crescendo em ambientes de festa, bares e restaurantes, principalmente por jovens. Seus efeitos na saúde já são comprovados. O equipamento gera partículas ultrafinas que conseguem ultrapassar a barreira dos alvéolos pulmonares e ganhar a corrente sanguínea, fazendo o corpo reagir com uma inflamação. Muitas vezes, quando a inflamação acontece na parede do endotélio, que recobre as artérias, ele pode ser lesionado e deflagrar eventos cardiovasculares agudos, como infarto e síndrome coronariana aguda. A nicotina também tem influência no coração, porque aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.


Isso no leva à uma pergunta:
Se a comercialização é proibida e sua utilização faz mal à saúde, por que pessoas compram e utilizam?
Esta foi uma das várias perguntas que os alunos fizeram em sala de aula. Muitos afirmaram que não faz sentido a sua utilização se faz tão mal assim.
Parece simples, não é?
Na verdade não é simples, pois a disseminação de falsas informações e propagandas pela internet acabam confundindo as pessoas.
Por estes motivos, antes mesmo de dizer não a qualquer tipo de droga, devemos, com argumentação teórica e respaldo científico, apresentar os danos fisiológicos, sociais e emocionais com a utilização de qualquer substância comprovadamente deletéria. Devemos acreditar no potencial da informação e da educação para conseguir combater tudo isso.
É imprescindível discutir isso com a comunidade estudantil para que, desde cedo, tenha o conhecimento sobre o que está acontecendo na atualidade, para que no futuro os adolescentes e jovens não não sejam pegos desprevenidos e experimentando algo que “parece moda” e que, na verdade, acaba fazendo mal à saúde.
Esta conscientização não deve ser somente no Colégio e sim discutida e observada em toda sociedade, inclusive dentro de nossas casas.