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DESMISTIFICANDO AS ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS ENTRE OS SABERES DA ARTE E DA CIÊNCIA

Sustentabilidade é um conceito discutido há décadas, e a aplicação dessa temática sempre foi um objetivo desafiador em todos os âmbitos e também na educação. Segundo a UNESCO, a educação requer mudanças para que possamos viver juntos de forma sustentável, para que essas mudanças impactem no futuro de todos.

Ao pensarmos em sustentabilidade, há diversas dúvidas e também paradigmas que precisam ser esclarecidos. Viver no mundo atual e levantar questionamentos acerca de como preservar a natureza é um grande desafio. Dessa forma, através da união das disciplinas de Arte, Ciências e Projetos, os alunos do 7º ano encontraram uma ótima solução para informar à população sobre as espécies exóticas existentes no nosso país, contribuindo com a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS).

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Inicialmente, os discentes realizaram pesquisas para compreender melhor os conceitos de espécies nativas e exóticas. Dentro das espécies exóticas, realizaram a diferenciação entre espécies exóticas invasoras e espécies exóticas não invasoras, percebendo a necessidade de monitoramento dessas espécies para que não representem uma ameaça à biodiversidade local.

A fim de resolver esse desafio, os alunos realizaram desenhos de observação das espécies e fizeram registros textuais sobre características e estruturas percebidas nas espécies animais e vegetais, com as quais tiveram contato no período de elaboração do projeto. Essas observações foram organizadas em um fanzine científico.

O fanzine científico é um tipo revista de publicação alternativa, realizada de forma independente sobre um determinado assunto, objeto ou arte e voltado para fãs do mesmo conteúdo. Há dois tipos de produção de Fanzines: os impressos, geralmente feitos em papel sulfite, e os e-zines, sites que possuem a mesma finalidade e filosofia de um Fanzine" (MAGALHÃES, 1993).

Com o intuito de possibilitar aos alunos novas formas de aprendizagem, o fanzine foi apresentado nas aulas de Arte como um suporte alternativo de registro. Como parte do processo criativo, os alunos utilizaram folhas sulfite, aprenderam a costurar o próprio fanzine com agulha e barbante e, após confeccionarem a estrutura da revista, começaram o treino do olhar para cada detalhe das espécies observadas.

Também como parte das aulas de Arte, foi apresentada como referência aos alunos a artista botânica Margaret Mee, que realizou mais de 400 registros de diferentes espécies da flora brasileira. A técnica da aquarela, junto do uso do lápis de cor e do lápis grafite, foi utilizado pelos discentes para o registro visual e, além disso, eles utilizaram a colagem de materiais coletados nos campos como parte do Fanzine.

Como resultado, o desenvolvimento desse artefato foi enriquecedor e esclarecedor para os alunos que, por intermédio da teoria com a prática e as vivências dentro e fora da sala de aula, concretizaram de maneira inovadora a busca pela preservação e conscientização da sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MAGALHÃES, Henrique. O que é Fanzine. Coleção primeiros passos, nº 283 São Paulo, Brasiliense, 1993.

Unesco. Disponível em: https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/ education-sustainable-development. Acesso em 13 de outubro de 2022.

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