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A MÚSICA E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Você já parou para pensar o que é uma aula de música no âmbito escolar?

Para muitos, não existe aula de música que não seja o professor e o aluno, cada um com o seu instrumento.

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Esse texto tem como objetivo esclarecer tal informação referente aos recursos e possibilidades de construção do conhecimento através do ensino musical.

O que se pergunta a um filho a respeito da aula de música que aconteceu hoje no colégio?

1 - Filho, aprendeu novas musiquinhas?

2 - Hoje você tocou flauta?

3 - Brincou bastante na aula de música?

Analisando os fatos, conclui-se que esses ingredientes estão inseridos no contexto musical, porém, não para por aí.

Quando pensamos em música, abrimos um leque de possibilidades para tal recurso, desde o corpo, o movimento, a escuta, a descoberta de gêneros, a história cultural do nosso ou de outros povos, a diversidade de instrumentos musicais, a construção de instrumentos alternativos, o processo de criação, de composição, a projeção do som, as alturas sonoras, as intensidades, a variedade de timbres, o canto de um pássaro, entre tantos outros.

Para tal processo de desenvolvimento, a música se encaixa em uma diversidade imensa de projetos em várias áreas pedagógicas com o intuito de compor uma linguagem que destaque determinada informação.

Que tal usarmos a música na educação infantil para indiretamente incentivarmos as crianças a se expressarem interpretando um animal, ou emitindo o mugido de um leão, andando na ponta dos pés com o corpo esticado bem alto como uma girafa, ou no tempo de uma tartaruga? Podemos dizer que esses são ingredientes para o processo de comunicação entre os demais alunos sendo construído a partir da imitação.

No fundamental, quando se trata de uma atividade de Língua Portuguesa, o Cordel por exemplo, porque não alimentar nos alunos o poder da criação, da combinação de palavras e dizeres que conta a história de um povo ou de uma determinada cultura?

As variações linguísticas são abordadas no Fundamental II, o que se encaixa perfeitamente em uma linguagem musical dinâmica que contextualiza tal assunto, envolvendo histórias e diferentes períodos.

Em uma aula de Física do Ensino Médio, por que não usar um instrumento musical para analisar a projeção sonora de acordo com a intensidade aplicada às cordas de tal instrumento?

Esses são pequenos exemplos de uma gigantesca variedade de inserção musical em diversos projetos educacionais.

Muito além de uma aula de música, é o ato de musicalizar, ou seja, o ato de converter em música aquela informação que por vezes ficou despercebida.

A música é uma ferramenta muito poderosa, pois tem a possibilidade de encorajar, auxiliar, unir, criar, expressar e comunicar.

Quando proporcionada essa possibilidade aos educandos, a compreensão pelo som, pelo instrumento e tal importância se dará, significando aquilo que antes era irrelevante. A música que era "curtida", passa a ser "discutida", analisada através de suas sonoridades e linguagem.

O que é uma boa música? O que é uma música bem elaborada?

Qual é a diferença entre a harmonia de um Rock e a harmonia de um Samba?

Por que a Bossa Nova surgiu a partir da influência do Jazz Americano?

Podemos dizer que o duelo de rimas na música Caipira, ou na música Nordestina contribuiu com o duelo de MCs da atualidade?

O ato de musicalizar, independente da idade, tem o poder de tornar pessoas mais curiosas, questionadoras, conhecedoras e mais humanas.

É por este motivo que o Uirapuru investe nesta prática educacional, acreditando no poder de transformação através das diversas linguagens artísticas.

Platão dizia que “a música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”.

A música está em todos os lugares e, ao mesmo tempo, todos os lugares estão na linguagem musical.

Viva a música!

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