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UIRA MUN
interesse de um país, busca uma solução que atenda ao máximo os membros envolvidos na situação, baseados no consenso e na “linha vermelha” de cada país.
Os modelos de simulação estão pautados nas orientações da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO), que promove a cultura da paz, da democracia e da cooperação mundial através do fortalecimento da educação escolar da qual o colégio é signatário (UNESCO, 2015). Além disso, em 1948, a Assembleia das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a educação é um direito humano e deve promover a plena expansão da personalidade humana e promover a compreensão, tolerância e amizade entre as nações e deve promover as atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz (UNESCO, 2015). As simulações baseiam-se, também, na Agenda Educação 2030, especialmente o objetivo 4 que prevê a garantia fundamental da educação enquanto um bem público instituidor da paz, da diversidade cultural, do desenvolvimento sustentável e das igualdades sociais e de gênero (UNESCO, 2016a).
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O modelo de simulação da ONU apresentase como uma metodologia capaz de alcançar os objetivos elencados acima, pois abordam temas que preocupam as nações e a população global. Assim, as discussões estimulam a solidariedade, o respeito e a empatia em relação às diferentes sociedades. Além disso, desenvolvem competências e habilidades e permitem conhecer melhor assuntos de grande relevância internacional e das organizações internacionais, no que se refere a própria estrutura da organização bem como as normas jurídicas e seu peso nos contextos nacionais e internacionais.
Com a intenção de implementar as práticas pedagógicas convergentes com o Programa da ONU, promoveu-se no Colégio a 6a edição do UIRAMUN - A simulação da ONU do Colégio Uirapuru. A simulação é composta por alunos dos 9º ano do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio, que são direcionados aos comitês de interesse quando fazem a inscrição, Nesse momento, o aluno escolhe o país que representará na simulação. Após a inscrição, com os comitês definidos, os alunos recebem um guia de estudos com as orientações sobre a documentação que deve ser preparada para o dia das discussões. Ao mesmo tempo, para que os alunos tenham uma posição mais fiel e oficial do país a ser representado, reuniões mensais são feitas juntamente com os professores de ciências humanas.


Para iniciar oficialmente o evento, realizado nos dias 19 e 20 de Agosto, realizamos uma palestra de abertura. A convidada foi a embaixadora Irene Vida Gala, que trabalhou em vários países do mundo, principalmente no continente africano e atualmente trabalha no escritório do Itamaraty em São Paulo. Sua palestra foi pautada em conhecer melhor o continente africano. Assim, contribuiu para que os alunos enxergassem o continente africano a partir de suas potencialidades como desenvolvimento tecnológico, sede de empresas estrangeiras e estabilização pósconflitos. Assim, a visão sobre o continente africano deixa de ser de um continente assolado pela guerra, disputas étnicas, com elevados índices de analfabetismo e passa a ser uma visão de um continente que está superando a maior parte dos problemas que surgiram nos processos de colonização edescolonização.
Após a palestra de abertura, os alunos foram direcionados para o credenciamento e, em seguida, para os comitês de discussão. Este ano os comitês escolhidos pelos alunos foram o Conselho de Segurança da ONU que discutiu a guerra civil na Etiópia; o Conselho de Segurança Histórico que permitiu aos alunos voltarem nos anos 1980 para discutir a guerra das Malvinas e o comitê da ONU Mulheres que discutiu a violência obstétrica no mundo. Ao final das discussões os alunos escreveram, para cada comitê, uma resolução.




Para os alunos, participar de uma simulação do Conselho de Segurança significa colocar todo o conhecimento adquirido em Ciências Humanas na prática, buscando encontrar o consenso em relação a um problema e buscar soluções relacionadas ao coletivo, pois a Organização das Nações Unidas tem capacidade jurídica para que direitos e deveres sejam respeitados e implantados de acordo com a legislação vigente. Portanto, as simulações das organizações internacionais são verdadeiros laboratórios das ciências humanas para elaboração de discursos e defesas de política externa. É importante ressaltar que, o Brasil faz parte da ONU e suas ações e resoluções interferem direta ou indiretamente no dia a dia da população brasileira. Além disso, a ONU-Brasil reconheceu oficialmente o evento do Colégio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Educação para a cidadania global: preparando os alunos para os desafios do século XXI. Brasília: UNESCO, 2015.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Educação para a cidadania global: tópicos e objetivos de aprendizagem. Brasília: UNESCO, 2016a
