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A BOTÂNICA NO ENSINO MÉDIO: UMA ABORDAGEM TEÓRICO-PRÁTICA
Conhecendo a Botânica
A palavra Botânica vem do grego botané, que significa "planta", que deriva, por sua vez, do verbo boskein, "alimentar", sendo considerada o ramo das Ciências Biológicas que estuda as plantas.
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O que, a princípio, aprendemos na escola sobre Botânica diz que todas as formas de vida dependem direta ou indiretamente das plantas. Se os vegetais não existissem sobre a Terra, a sobrevivência de todas as espécies animais seria impossível. Isso se deve ao fato das plantas realizarem fotossíntese, processo gerador do desenvolvimento da planta, tornando-a fornecedora de alimentos, assim como de oxigênio para todos os seres vivos.
A Botânica é apreciada desde a época da monarquia brasileira, tanto por Pedro I quanto pelo seu filho, Pedro II (imperadores do Brasil). Ambos tornaram-se mecenas do valioso trabalho de naturalistas europeus, como Carl Friedrich Philipp von Martius, cujas expedições e pesquisas renderam, entre outras notáveis contribuições científicas e artísticas, uma das obras botânicas mais importantes do mundo, a Flora Brasiliensis.
Muitas expedições científicas foram realizadas no Brasil com intuito de conhecer a flora devido a sua grande diversidade. Os pesquisadores consideravam de extrema importância o contato visual e manual das espécies vegetais, a fim de traduzir em suas obras uma contribuição científica retratando o ambiente, a história e os costumes de nossos povos. Alexander Von Humboldt, Martius e Saint-Hilaire, foram pesquisadores que optaram pelas expedições, pelo simples fato de “ver com os próprios olhos" e, assim, produzir ciência in loco.

Devido a toda a sua importância, a Botânica até o início do século XX era reconhecida como Scientia amabilis, desde os tempos de Carolus Linnaeus (século XVIII), que foi o criador do termo. Foi nesse mesmo século, que o estudo dos vegetais tornou-se diversificado e especializado, considerando que até o final do século XIX, a Botânica era um ramo da medicina. Hoje em dia, contudo, é uma disciplina científica importante e com muitas subdivisões (Raven et al, 2007).
A Botânica moderna enfoca os estudos dos vegetais de maneira mais abrangente que os estudos meramente biológicos e de aproveitamento alimentar e terapêutico dos recursos vegetais. Dessa forma, é possível observar uma interdisciplinaridade, com outras ciências como a geologia, a geografia e a meteorologia, as quais também se apóiam no saber botânico. Além disso, as relações que se estabelecem entre o mundo vegetal e os fósseis, por meio de vestígios de plantas que viveram na Terra em eras passadas, assim como pelos grãos de pólen de tais espécies, favorecem o estudo da palinologia, considerado fundamental para a compreensão do processo evolutivo dos seres vivos e, ao mesmo tempo, fornecedor de informações sobre o aspecto da crosta terrestre em épocas pré-históricas. Outro exemplo de área que utiliza a parceria das plantas é a genética, cujo ponto de partida foi a enunciação das leis da hereditariedade pelo monge austríaco Gregor Mendel, o qual estudou diversas variedades de ervilhas, conduzindo os pesquisadores a uma das áreas do conhecimento científico de grande interesse: a engenharia genética. de poluentes de ambientes terrestres, aquáticos e, até mesmo, aéreo, por meio de estratégias desenvolvidas pelas próprias plantas. Outro ponto importante, que visa a melhoria ambiental, assim como a qualidade de vida dos seres humanos, está na produção de biodefensivos agrícolas criados por meio de metabólitos secundários vegetais, com o intuito de

O uso das plantas no cotidiano refere-se a aspectos econômicos, sociais e ambientais.
A Botânica aplicada está alinhada às crescentes necessidades humanas, tanto na alimentação como nas aplicações médicas, têxteis, industriais e como fonte de energia renovável. Além disso, a utilização de plantas como descontaminantes de dejetos tóxicos tem importante papel no ramo da biorremediação, o que favorece a extração combater insetos ou plantas daninhas, os quais são capazes de prejudicar o desenvolvimento de cultivares (Oliva, 2006).
