Almada Boletim Municipal nº 220 - outubro 2015

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Vereadora Amélia Pardal

«É importante que se qualifique o património edificado, mas também o espaço público» No mês em que Almada comemora pela primeira vez o Dia Municipal da Igualdade, a responsável pelas Obras, Planeamento, Administração do Território, Desenvolvimento Económico e Arte Contemporânea fala sobre o Plano Municipal para a Igualdade de Género, a criação de mais uma Área de Reabilitação Urbana em Porto Brandão, e dos planos de pormenor da Fonte da Telha, da Quinta do Guarda-Mor e do novo Centro Terciário da Charneca de Caparica

Almada (A) – No domínio do ordenamento do território está em curso, até 12 de novembro, o período de discussão do Plano de Pormenor da Fonte da Telha. De que forma se pretende transformar aquele território? Amélia Pardal (AP) – A Fonte da Telha é um território desordenado. No âmbito do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) somos obrigados a proceder a um conjunto de alterações naquele território. A Câmara assumiu a liderança deste processo que envolve diversas entidades públicas com jurisdição na Fonte da Telha, desenvolvendo-se um estudo de caracterização e em seguida elaborando uma proposta de plano de pormenor. Este plano pretende circunscrever a zona de habit ação, garantindo que a comunidade piscatória, a que trabalhou e a que ainda lá vive, se mantenha, assim como um conjunto de atividades económicas ligadas também à pesca, apoios de praia e restauração. Pretende-se agir garantindo a prevenção dos riscos naturais, a preservação de espécies, e que aquela comunidade, enquanto entidade histórica cultural, se mantenha com essa sua riqueza e diversidade. Todas as entidades que estão envolvidas têm de se responsabilizar por este processo. É um processo longo, que implica um grande investimento. Seria importante que neste novo quadro comunitário fossemos capazes de encontrar, em conjunto, poder local e poder central, financiamento para a intervenção na Fonte da Telha. Temos programada uma sessão pública para o início de novembro.

A – Em discussão pública está também o Plano de Pormenor de Reconversão Urbanística da Quinta do Guarda-Mor, na Sobreda. Quais as principais intervenções propostas por este documento estratégico? AP – Trata-se de uma Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) construída de forma desordenada e desqualificada em muitas dimensões, com alguns constrangimentos, nomeadamente ao nível da Rede Ecológica Nacional, cuja reconversão exigia um plano de pormenor. Este plano reconverte aquele território ordenando o edificado, qualificando as vias, criando áreas verdes tratadas e espaços de utilização


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