Jornal da Manhã 15.05.2012

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Enfoque

Jornal da Manhã

ESPAÇO INTERATIVO FISCAL David Antonio dos Santos Contador CRC/RS 32.540 Perito Contábil Delegado CRC/RS

SALÁRIO MÍNIMO REAL AINDA ESTÁ LONGE DO IDEAL O salário mínimo nacional nunca esteve tão próximo do salário considerado ideal pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que é de R$ 2.329,35 mas ainda está longe de ser o ideal. Esse valor é 2,7 vezes maior que o salário mínimo vigente (R$ 622,00) a menor relação verificada na série histórica. No fim do ano passado, ele era 3,3 vezes maior. O salário mínimo que atende as necessidades do trabalhador é estipulado pelo Dieese levando em consideração o preço de itens básicos de alimentação, como arroz, feijão, carne, farinha e leite, moradia, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Os valores levam em conta as necessidades de uma família de dois adultos e duas crianças, considerando que o trabalhador deve sustentar essa família apenas com o seu salário. Ou seja, quando, em uma mesma família, pai e mãe trabalham, o salário mínimo ideal para cada um em abril teria ficado em cerca de R$ 1.165,00 reduzindo ainda mais a relação entre o necessário para suprir as necessidades básicas de uma família e o piso nacional. O que mais tem pesado no aumento do poder de compra do salário mínimo, de acordo com o Dieese, são os reajustes do piso nacional.Indexado pela inflação de 2011 e pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior, ele cresceu 14,1% em janeiro deste ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), normalmente utilizado para corrigir salários, fechou o ano de 2011 em 6,08%. Em abril deste ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado em 12 meses ficou em 4,88%. Ao mesmo tempo, o salário ideal sofreu leves oscilações nesse período, ficando, em abril, no mesmo valor apontado em dezembro do ano passado (R$ 2.329,35). Enquanto a inflação em 12 meses recuou 1,2 ponto percentual e o mínimo nacional cresceu 14%, os gastos básicos de um trabalhador não se alteraram, segundo o Dieese, de dezembro para cá. A soma desses três fatores fez com que o quociente entre mínimo ideal e mínimo vigente atingisse neste ano a mínima histórica de 3,7. Isso significa que o mínimo ideal para o trabalhador brasileiro é 2,7 vezes maior que o salário mínimo de R$ 622,00 que é pago hoje. Para quem tem uma renda mais baixa, o ganho certamente está mais atrelado ao salário mínimo, cujos aumentos reais têm sido, em geral, maiores do que no restante da economia. Nessa faixa de consumo entram bens de menor valor, especialmente os itens da alimentação. Segundo o Dieese, a alimentação pesa mais de 35% no conjunto das necessidades básicas de um trabalhador que o salário mínimo ideal deveria suprir. O aumento do salário mínimo ideal do Dieese está diretamente atrelado à evolução dos preços da Cesta Básica Nacional, que é calculada pela entidade. A inflação tende a continuar em aceleração. O INPC, que capta melhor a evolução de preços para a classe mais baixa, deve se elevar em 2012, mantendo a pressão sobre o salário mínimo necessário do Dieese. E nesta terça inicia o VII SIMPÓSIO DE CONTABILIDADE DO MERCOSUL, com seu encerramento na sexta-feira com o SEMINARIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DO CRC/ RS.Teremos a presença do presidente do CRC/RS, Contador Zulmir I. Breda e a vice-presidente do CFC Contadora Ana Tércia. Sejam todos convidados, profissionais da contabilidade e estudantes de contábeis.

Terça-feira, 15 maio de 2012

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NOVIDADE ORIENTAL

Toyota lança no mercado japonês o ‘kei car’ Pixis Epoch

Preços não passam de US$ 10 mil. Segmento, que exige motor de até 660 cc, só existe no Japão Negócio rentável no Japão, os quadrados e compactos “kei cars” desde o ano passado voltaram a receber investimentos importantes das montadoras japonesas. O mais novo lançamento da categoria a receber linhas modernosas é o Toyota Pixis Epoch, que é, na verdade, produzido pela divisão Daihatsu. Os “kei cars” fazem sucesso no Japão porque pagam menos taxas e atendem a um público bastante específico: idosos e jovens que acabaram de tirar a habilitação. É considerado “kei car” um veículo com motor de até 660 cilindradas, 3,4 m de comprimento e 1,48 m

de largura, segundo a resolução na lei japonesa atualizada em 1998, que aumentou as medidas aceitas e acrescentou 110 cc ao limite de motorização. Assim, o Toyota Pixis Epoch vem equipado com motor de 660 cc e acoplado a uma transmissão automática continuamente variável (CVT). Há opção de tração dianteira ou nas quatro rodas. Em ambas as configurações, o Pixis Epoch possui um sistema stopstart que ajuda a reduzir emissões que, neste modelo, estão abaixo dos rigorosos padrões estabelecidos pelo governo do Japão. O carro mede apenas 3,39 m de comprimento, 1,47 m de largura e 1,5 m de altura, mas oferece um

interior relativamente espaçoso, além de um estreito raio de giro de apenas 4,4 m, o que facilita as

manobras. Os preços variam de 795.000 a 1,22 milhão de yen, ou seja, não passa de US$ 10 mil.

Pixis Epoch é o mais novo 'kei car' da Toyota

Benefícios da convivência entre cães e humanos Estudos científicos provam que, de todos os animais domésticos, os cães fazem parte da maioria e dos mais desejados, seguido de perto pelos gatos. A convivência com os animais traz muitos benefícios também para as crianças. Além de ensiná-las a respeitar os animais, uma pesquisa científica feita na Suécia, com 1649 crianças a partir de sete anos, concluiu que as donas de animais de estimação desde o primeiro ano de vida estavam menos sujeitas a asma e rinite alérgica. Os cães também ajudam na recuperação de crianças com distúrbios psicológicos, por satisfazerem a necessidade de contato físico. Já nos adultos, é comprovado que eles trazem benefícios fisiológicos e psicológicos. Um estudo publicado no American

Journal of Cardiology mostrou que o convívio com animais ajuda a controlar o estresse, diminui a pressão arterial e reduz o risco de problemas cardiovasculares. Pacientes hipertensos com animais, quando em situações de estresse, apresentam pressão arterial mais baixa do que aqueles que não têm pets. Ter um cão também leva a uma redução dos níveis de triglicérides, colesterol, melhor recuperação e maior taxa de sobrevivência a infartos do miocárdio, menor incidência de doenças, maior bem estar psicológico, maior taxa de recuperação de doenças psiquiátricas e aumento do cuidado pessoal e da autoestima. Os animais também melhoram o estado emocional das pessoas, principalmente os idosos, pelo fato de se deixarem

tocar e acariciar, e por aumentar a interação social dessas pessoas quando elas saem com eles para passear. Nos EUA, um estudo concluiu que: “a convivência com animais de estimação proporciona uma oportunidade de melhorar a saúde. Um animal pode se tornar um estímulo para fazer exercícios físicos e reduzir a ansiedade. Animais de estimação também são uma fonte de contato e conforto físico e podem reduzir a solidão e a depressão. E, ao levar um animal para passear, a pessoa perde peso e melhora sua condição cardiovascular.” Segundo um artigo publicado da revista Journal of Personality and Social Psychology, em termos gerais, pessoas que possuem cães “têm mais qualidade de vida e conseguem resolver melhor diferenças individuais do que as

que não têm animal de estimação”. Isso porque a sensação de alegria ao interagirmos com nosso cão libera neurotransmissores e hormônios capazes de relaxar, colaborar com nosso bem-estar, controlar a pressão sanguínea e até mesmo melhorar nosso sono.

Estudos provam que cães trazem benefícios para adultos e crianças

Método identifica jovem em risco de desenvolver bipolaridade Pesquisadoras brasileiras criaram um método capaz de identificar adolescentes com risco de desenvolver transtornos de humor. O trabalho, divulgado na revista PLoS One, utiliza imagens do cérebro obtidas por ressonância magnética funcional para prever a probabilidade de que um jovem desenvolva doenças psiquiátricas com até 75% de acerto. Com o prognóstico seria possível pensar formas de atenuar, remediar ou, até mesmo, evitar o aparecimento do transtorno, aponta Letícia de Oliveira, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela realizou a pesquisa durante seu pós-doutorado no King's College, em Londres. Hoje,

realiza o mesmo tipo de pesquisa no País, inclusive com outros tipos de doenças neurológicas e psiquiátricas. "É realmente um trabalho pioneiro", aponta Janaína Mourão Miranda, do University College London (UCL). Janaína trabalhou com Letícia no King's College. Hoje, está montando uma equipe para pesquisar o tema com dinheiro da Fundação Wellcome Trust. As imagens utilizadas no estudo foram colhidas há cerca de quatro anos, nos Estados Unidos, e enviadas à Inglaterra para o estudo. À época, eram todos adolescentes saudáveis, que tiveram suas imagens cerebrais coletadas enquanto visualizavam faces

com conteúdo emocional - como medo, felicidade ou apatia. Os pesquisadores tiveram acesso à evolução clínica dos voluntários que participaram da pesquisa. "Por isso, percebemos que, quanto maior era o grau de certeza da resposta do programa que analisava as imagens, maior era a chance dessas pessoas terem desenvolvido, na vida real, transtornos psiquiátricos", aponta Janaína. Lee Fu-I, do Programa de Atendimento de Transtornos Afetivos na Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (IPq-USP), analisou o trabalho e elogiou. Disse que é um achado

importante e que abre caminho, mas ainda não é um diagnóstico. "O que se detectou é que o cérebro de pessoas com risco de desenvolver doença (porque tinham carga genética para transtorno bipolar) têm um mecanismo de funcionamento diferente daqueles que não tinham o risco. Mas não dá para dizer ainda se esse resultado é específico para o transtorno bipolar ou se ocorre, por exemplo, na maioria dos transtornos psiquiátricos." Para ter essa certeza, explica, é preciso ter uma amostra muito grande de filhos de pacientes. Além disso, eles todos têm de apresentar o mesmo tipo de transtorno bipolar.


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