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Jornal da Manhã | Ijuí, 23 de abril de 2013

Proposta normatiza regras para uso do soro do leite Está disponível para consulta pública, na página do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), instrução normativa que estabelece os padrões de identidade e qualidade do soro de leite destinado ao comércio nacional e internacional. O regulamento proposto fixa critérios para uso do soro na produção de alimentos. A norma de 1985 apenas estabelecia regras para o transporte, já que o soro era pouco aproveitado na indústria alimentícia e a maior parte descartada como resíduo industrial. O novo regulamento atualiza regras importantes e estabelece novos critérios. Um deles permite que a indústria de laticínios receba soro de outros estabelecimentos, algo que não era possível anteriormente. O soro do leite ou soro doce é extraído durante o processo de fabricação do queijo e similares.

O produto possui, em sua com- Consultas Públicas. As sugestões Departamento de Inspeção de posição, proteínas de alto valor devem ser encaminhadas, por Produtos Animais (DNT/CGPE/ biológico que, cada vez mais, são escrito, para a Divisão de Nor- DIPOA), ou para o endereço eleutilizadas pela indústria alimentí- mas Técnicas da Coordenação trônico consultpublica.dilei@ cia. Essas proteínas são aproveita- Geral de Programas Especiais do agricultura.gov.br. das na fabricação de bebidas lácteas, achocolatados, compostos lácteos e suplementos alimentares de atletas. A consulta pública possibilita a participação da sociedade na tomada de decisão das ações governamentais, tornando o processo mais democrático e transparente. Os anteprojetos são colocados à disposição da população, por períodos variados e que podem ser prorrogados, para sugestões e comentários. As contribuições são analisadas e, se consideradas pertinentes, acatadas na versão final. O Projeto de Instrução Normativa está disponível no endereço eletrônico www.agricultura.gov. Soro do leite ou soro doce é extraído durante o processo de fabricação do queijo br, no link Legislação, submenu, e similares

Fórum debate lei de regulamentação de unidades armazenadoras A Casa Rural – Centro do Agronegócio promove nesta quartafeira, no auditório da Farsul, a 34ª etapa do Fórum Permanente do Agronegócio sobre a Certificação de Unidades Armazenadoras de Grão, item previsto na Instrução Normativa 41 do Ministério da Agricultura, com base na Lei 9.973 /2000, que torna obrigatória a medida. De acordo com o superintendente da Casa Rural, José Alcindo de Souza Ávila, o assunto é de interesse da cadeia produtiva e tem o objetivo de explicar e debater a aplicação da normativa, que estabelece condições técnicas e operacionais necessárias para a qualificação da estocagem e conservação de produtos agropecuários. “Esta é a nossa função,

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do Sistema Farsul e da Casa Rural, promotora do evento, esclarecer e orientar adequadamente os produtores rurais”, argumenta José Alcindo. Um dos principais impedimentos para as unidades que não estiverem enquadradas na IN 41 é a de prestar serviços de armazenagem de estoques governamentais ou de receber produtos de operações realizadas pela Conab. “Aqueles que estiverem certificados poderão estocar para o governo federal, o que gera uma remuneração compensadora”, acrescenta o superintendente da Casa Rural. Outro ponto destacado pelo dirigente é que os armazenadores que têm acesso a mercados internacionais devem buscar a

José Alcindo de Souza Ávila, superintendente da Casa Rural com Rafael Borges Bueno, da Superintendência Nacional de Armazenagem da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, de Brasília. - Por que certificar as unidades armazenadoras, com Rodrigo Rizzo, da GeAgro – Consultoria em Gestão do Agronegócio. - A certificação e os reflexos na qualidade e no valor dos grãos, com o professor Moacir Cardoso Elias, do LabGrãos, departamento da Universidade Federal de Pelotas-UFPEL. Programação - Programas de apoio à arma- Abertura do Fórum, com Carlos Sperotto, presidente do Siste- zenagem – Sistema financeiro. - Mesa redonda, debate e quesma Farsul, às 13h45. - Sistema nacional de certifica- tionamentos, com a participação ção de unidades armazenadoras, do público. certificação. “Ter um produto de qualidade estocado é um passo importante para os negócios internacionais”, ressalta José Alcindo. As inscrições para o fórum já estão abertas e podem ser feitas pelo site da Casa Rural (www. casaruralrs.com.br) ou da Farsul (www.farsul.org br). Os interessados também podem realizar as inscrições por telefone, ligando para Casa Rural (51 3221.6460).

A história das sementes Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura

A expansão das fronteiras agrícolas do Brasil é muito recente, no máximo em 40 anos multiplicamos por cem a produção e a produtividade de nossas lavouras. Na década de 60-70 ainda estávamos exportando gaúchos para colonizar o resto do estado do Paraná e já invadindo Mato Grosso do Sul. Este processo de expansão não foi fácil como parece nos dias de hoje. Existiam deficiências de toda ordem, mão de obra,maquinário, insumos e o principal de todos os problemas era a falta de sementes. Simplesmente não existia quantidade nem qualidade, muito menos pesquisa de variedade adaptadas para novas áreas abertas. O Rio Grande Do Sul foi o celeiro no fornecimento de sementes para que este processo de expansão chegasse ao que chegou nos dias de hoje. O nosso Estado era chamado de armazém a céu aberto, principalmente pelo clima favorável fresco, ideal para conservação das sementes que tinham que ficar armazenadas da colheita até o próximo plantio. Esse problema de conservação de sementes era agravado quando surgiam novas fronteiras em estados com temperaturas ainda mais altas. Nas próximas colunas, vamos falar como a pesquisa interferiu nesse processo.

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