Cidade em Revista - Edição 50

Page 23

Como assim? Bem, entenda: Como não usei a minha passagem de Ida ao Rio, o “sistema” entendeu que “Se ela não foi, ela não volta.” Simples assim. 37 horas já haviam se passado. Tive o impulso de correr ao banheiro, sentar no chão e chorar. E a razão me trazendo à realidade: - Vá, besta, vá lá chorar! Aí mesmo que não vai embora! Eu estava muito cansada. Foi o momento mais difícil da viagem. Sentia-me muito longe de casa ainda. Enquanto aguardava na fila da Gol, fui comprando uma passagem pela Azul. Eu tinha 30 minutos até que o avião saísse dali. Comprei entrei na fila e quando fui despachar a mala, minha compra não aparecia no sistema da Azul. Perdi o voo. Corri para a Gol novamente. Não tinha passagem do Rio até São Paulo, apenas de São Paulo até Maringá.

Foi nesse momento que um anjo da Avianca ouviu meu suplício e me disse que tinha uma vaga no avião da companhia até São Paulo, mas não era ali. Era no Galeão. E ainda me disse: - Você tem uma hora em Guarulhos para descer, pegar a mala e embarcar; podemos adiantar o check in. Você quer? Seja o que Deus quiser. Nem dinheiro para o taxi eu tinha. Corri até um caixa eletrônico dentro do aeroporto, peguei o primeiro taxi e falei: - Toca o pau, temos 30 minutos para eu chegar ao Galeão. O radical que não fiz em Queenstown aproveitei no Rio. Trocando em miúdos, deu tudo certo. Viajar é uma das melhores experiências da vida, mas voltar para casa não tem preço. Quando avistei aquela planície, o milho crescendo imparcial... Aquele “amontoadinho de prédios”, minha querida Campo Mourão, tive uma real alegria de me sentir em casa. Protegida. Meu lugar é e sempre será aqui. Disso não tenho dúvida.

R. São Josafat, 1435 4º Andar Sala 404 Edifício Adhara - Campo Mourão - PR 44. 98404.8478


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.