Cidade em Revista Edição 55

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Centro de Oftalmologia e Bem-estar

Rua Harrison José Borges, 652 Centro - Campo Mourão - PR 44.

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ÍNDICE

EXPEDIENTE

editora A. D. Munhós Coletty - Editora Publicação da Editora Rua. São Josafat, 1418 CEP: 87302-170 Campo Mourão PR

74 - Festas & Eventos Boda - Jhenifer e Fernando Medeiros

Telefones 44. 3523-2115 | 9.9978-4242 Email cidadeemrevista@gmail.com ccoletty@gmail.com Jornalista Resonsável Cidinha Coletty - MT/PR 8715 Revisão Cida Freitas Departamento Jurídico Dr. Dirceu Jacob de Souza OAB/PR 55.947 Diagramação Agência BENN

05/06 - Casa das Fraldas tem novo presidente

18/19 - Prêmio Profissional Destaque 2018

Colaboradores Arnaldo Mauro Beth Ecker César Dallabrida Junior Cida Freitas Dirce Bortotti Salvadori Marco Aurélio Dias Maria Joana Titton Calderari Nelci Veiga Mello Roberto Recinella Vicente Estanislau Ribeiro Fotos Editoriais Banco de Imagens Cidinha Coletty

80/81 - Baile da Maçonaria

67 - Troféu Cooperativas Orgulho do Paraná

86/90 - Dicas de Leitura A Contra Pardida

Deus é Fiel 4

Circulação Distribuição dirigida

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44/45 - Meu nome nos órgãos de restrição ao crédito.

/cidadeemrevista CIDADE EM REVISTA


Fundação Casa das Fraldas tem novo presidente: Roberto Leitner A diretoria da Fundação Casa das Fraldas São José, de Campo Mourão, reuniu-se em 11 de março de 2019 para definir o novo presidente da entidade. Marta Kaiser Leitner, que há 10 anos foi a idealizadora do projeto de responsabilidade social e que sempre esteve à frente da entidade, faleceu em 28 de fevereiro. O advogado Juscelino Fernandes da Costa, que é o vice-presidente e seria automaticamente o sucessor, alegou que estava impossibilitado de assumir a presidência até o final da gestão da atual diretoria. Por unanimidade, os participantes da reunião apontaram o nome do advogado Roberto Olivier Leitner, esposo de Marta Kaiser Leitner, que sempre participou das atividades da Casa das Fraldas, para ocupar a presidência e dar continuidade aos trabalhos.

‘‘Indicado por unanimidade pela diretoria, o esposo da idealizadora do projeto, Marta Kaiser Leitner, aceitou o convite’’.

Depois de ressaltar o que representava a Casa das Fraldas para a esposa recémfalecida, Roberto Leitner aceitou o convite. Porém, enfatizou que assumia o cargo diante do compromisso de se manter os princípios que sempre nortearam o projeto, além de pedir aos demais integrantes da diretoria apoio na condução das atividades.

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A diretoria da Fundação Casa das Fraldas São José agora está assim constituída: Presidente - Roberto Leitner; Vicepresidente – Juscelino Fernandes da Costa; secretária – Salete Doneda; Maria da Conceição Montans Baer e Paulo Cesar Gomes (conselheiros). A diretoria executiva é composta por Roberto Leitner (presidente), Salete Doneda (secretária), Bem Hur Roberval Teixeira Berbet (tesoureiro), Nestor Ocimar Bisi, Nobutochi Kimura e Luiz Carlos Feitoza (membros efetivos do Conselho Fiscal), Eloi Ricardo Cobbe Bonkoski, Itamar Zeni e Antônio Luiz de Matos (suplentes do Conselho Fiscal). A instituição tem quatro sócios beneméritos: Associação Comercial e Industrial (Acicam), Centro Universitário

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Integrado, Unimed/Regional de Campo Mourão e a Coamo Agroindustrial Cooperativa. Mas a ação é apoiada pelo Poder Judiciário, clubes de serviços, empresas e várias outras instituições. Produção A Fundação Casa das Fraldas produz, em média, 15 mil fraldas descartáveis geriátricas por mês. Além de atender a demanda de várias entidades não governamentais – como o Lar dos Velhinhos Frederico Ozanan e o Hospital Santa Casa, por exemplo - a entidade também fornece kits de fraldas para aproximadamente 400 pessoas carentes que necessitam do produto e que vivem em situação de carência. Cidinha Coletty


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MÃES MOMENTO DE GRATIDÃO E HOMENAGENS Sempre que esta data se aproxima, me vêm à mente histórias tristes e conflitantes de negação de maternidade. Não faço referência à negação de filhos, mas sim, de progenitoras pelos filhos que geraram. Indago porque algumas mães não conseguem deixar de lado seus interesses egoístas por prazeres e coisas e, cumprir seu verdadeiro papel, de amor e dedicação por aqueles que sempre precisam disso para tornarem-se pessoas saudáveis e, também, felizes. Claro que, não ignorando aquelas que estão à margem da dignidade humana em termos de recursos e apoio. Quantos filhos buscam, ansiosamente, o amor das avós, tias, madrinhas e/ou mães de amigos, por sentirem a ausência da própria mãe!

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Mas...não é para estas que devemos dedicar a importância da data. Para elas, apenas um apelo de reflexão pois, os filhos crescem e se vão. Fica apenas a saudades daquele ambiente alegre, barulhento e bagunçado que, num breve espaço de tempo, propiciou a vivência do papel de mãe. A mãe que queremos homenagear é aquela que, mesmo amando intensamente consegue dizer um NÃO, preparando o filho para a vida e seus dissabores. Também sabe enxugar as lágrimas de sua criança e plantar esperanças. Consegue encorajar seus filhos para voarem em busca de seus sonhos e projetos. Sabe como ponderar nos momentos de conflitos, agindo como uma verdadeira diplomata. T


Também abre a porta de sua casa para os amigos dos filhos, procurando, deste modo, conhecê-los para melhor orientálos. Não se limita ao papel de mera serviçal, mas, procura estar informada e acompanhar o desenvolvimento do mundo atual para, deste modo, estar apta e merecer a confiança dos filhos. Igualmente, não diz sim a tudo que entra em seu lar. Mas, tem palavras sábias para conter o que na realidade seria uma deturpação da vida cristã.

É uma mulher ética e zelosa que busca o equilíbrio emocional para garantir a harmonia dos seus. Tais qualidades nem sempre são fáceis de serem cultivadas, mas, são imprescindíveis num lar que prima por paz e harmonia. Vivemos em uma sociedade onde a mulher foi forçada a se profissionalizar em razão de questões econômicas e necessidades impostas pela cultura do consumo.

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Tornou-se quase impossível a dedicação única à atividade doméstica. O homem que, historicamente, ocupava a função de provedor, nem sempre consegue, sozinho, suprir as necessidades econômicas da família. Isto envolveu o desempenho auxiliar da mulher no projeto de manutenção familiar. O que não foi de todo ruim, mas gerou conseqüências. O tempo que seria dedicado aos filhos tornou-se limitado. Grande parte disto foi tercerizado. Surgem as pré-escolas, as babás, o deixar com a vovó, etc.. Tal fato não é recente, porém muito mais comum no hodierno.

Resultante a isto vimos surgir manifestações preconceituosas. Há os que dirigem à mulher menções de responsabilidade sobre a delinqüência presente na sociedade, ou mesmo, sobre a desestruturação familiar. Sempre há busca de culpados para justificar as mazelas sociais. Na realidade, para este problema, as causas são muito mais numerosas. Penso que, não basta uma mãe passar o tempo integral em casa se não consegue sequer dialogar com seus filhos. O tempo não é o fator de maior importância, mas sim, a qualidade do tempo passado em família. O amor ao trabalho, a responsabilidade, dedicação, competência, relacionamentos, tudo poderá servir de exemplo na educação dos filhos. Podemos transmitir a eles que a essência da homenagem não são os presentes representados por objetos, mas o carinho, a gratidão, a felicidade e realização pessoal dos mesmos. O presente é apenas um mimo que ela também merece.

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Unimed Campo Mourão

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Em 2019 completamos 30 anos de conquistas. A maior delas, a sua tranquilidade.

Ao longo da nossa história, sempre nos dedicamos ao máximo para oferecer aos nossos beneficiários os melhores cuidados em todas as situações. Para estarmos presentes sempre que preciso, investimos cada vez mais em Recursos Próprios, que hoje integram o Hospital Unimed Unidade Centro, o Espaço Saúde, o Setor de Oncologia e o Pronto Atendimento Unimed. Chegar aos 30 anos de Unimed Campo Mourão reflete a satisfação de cada um dos nossos beneficiários, pois só assim podemos atravessar gerações sempre crescendo.

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Campo Mourão

Para a mãe que ama seus filhos, o maior presente é vê-los realizados e preparados para a vida. É saber que se tornaram verdadeiros cidadãos e cidadãs. É vê-los crescer no amor de Deus e estarem prontos para também constituírem famílias e desenvolverem um trabalho responsável e benéfico à comunidade que compõem. Toda mãe se realiza quando participa de todas as etapas de crescimento da vida de seus filhos, conseguindo proporcionar a eles ambiente saudável e feliz. Ser mãe é, verdadeiramente um privilégio de doação. Beth Ecker

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Lembro-me como se fosse hoje dos tempos de outrora. Família grande, todos começavam a trabalhar muito cedo. Eu comecei aos treze anos, meu irmão também. Era normal naquela época, mas nem por isso deixávamos de estudar. Na verdade, fiquei durante um ano afastada da escola para poder trabalhar, mas ao completar quatorze anos passei a estudar à noite para trabalhar durante o dia, inclusive aos sábados, até a hora em que houvesse clientes na loja. No domingo, único dia que me restava, ajudava nas tarefas de casa. Depois do almoço, eu tirava para brincar com minhas amigas: pular corda, conversar sobre nossos sonhos, comentar sobre nossas frustrações de adolescente, íamos aos sítios da redondeza, a pé, com a desculpa de buscar frutas, mas era mais para estar junto do grupo.

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TEMPOS & TEMPOS Cida Freitas


Como nasci em 1950, aos quatorze anos eu vivi o movimento de 1964. Meus pais ficavam ansiosos, falava-se em guerra e eu morria de medo. Na escola, o assunto era meio proibido, a professora de OSPB comentava sem dar opinião. Mas, tudo se acomodou e vi os militares no poder. Ordem e progresso era o que mais se ouvia e a escola passou a levar a sério o “Momento Cívico”. Foi a época do “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Essa frase causou furor em alguns, que a exemplo de hoje, falavam mal de tudo, criticavam o País, mas queriam ficar. Um direito, não é? Mas quem quer direitos precisa cumprir deveres, certo? Os anos foram passando e a “liberdade” que se queria foi ganhando força. Sem questionar, sem entender, os jovens foram se enfileirando em prol de uma democracia que desse total liberdade aos brasileiros.

“Brasil, ame-o ou deixe-o”.

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Com a opinião pública a favor, os pseudos- brasileiros, “vítimas” do sistema conseguiram derrubar o governo militar e então se assentar no “trono”. Tudo parecia bem, a vontade do povo foi satisfeita. Nós, os brasileiros, dormimos um sono tranqüilo porque o Brasil passou a ser o país livre da força militar, todos podiam fazer o que bem quisesse, virar a noite

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nas festas, fazer sexo à vontade, os valores patrióticos foram deixados de lado porque, cantar o hino nacional, respeitar os símbolos nacionais era coisa de militar, então não podia. O tempo foi passando, os frutos de um tempo de libertinagem só apareceram bem mais tarde:


filhos sem pai, violência, educação superficial, pessoas chegando ao Ensino Superior sem saber escrever, movimento pró-aborto, presos com todas as regalias, salário por estarem presos, visitas íntimas, celulares nas celas que ninguém sabia como passavam; presos comandando milícias... E o brasileiro trabalhador, honesto, sendo obrigado a pagar todas essas farras com seu suado salário. Se atrasar um dia o imposto, a multa e os encargos fazem um buraco em seu orçamento. Se quiser escola de qualidade, precisa pagar porque as públicas, embora muitos professores se dediquem e deem tudo de si pela missão que escolheu, esbarram no sistema viciado e falido que não mira na qualidade, mas nos números de aprovação ainda que no meio dos aprovados estejam muitos que deveriam ser reprovados. Se quiser atendimento à saúde com um pouco de dignidade, precisa pagar porque o sistema público de saúde não oferece condições de trabalho aos profissionais: CIDADE EM REVISTA

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falta estrutura física nos hospitais, faltam medicamentos, faltam pessoas capacitadas para os serviços, falta tudo. Se quiser ter segurança em casa, é preciso colocar cerca elétrica, pagar monitoramento e assim mesmo as pessoas se sentem inseguras devido à quantidade de assaltos, roubos e arrombamentos que a mídia não se cansa de mostrar. De repente a “ficha cai” e se percebe que aquela liberdade de que se falava tinha outra cara e outra intenção. Abriram-se portas para um futuro que não queríamos experimentar, mas agora estamos nele. Só então fomos pesquisar quem eram aquelas “vítimas do sistema” que afrontaram os militares e assumiram o poder. Que decepção! Não eram jovens sonhadores, românticos que queriam um país igual para todos. Eram baderneiros, assaltantes de banco e até assassinos... E agora?

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“Política não se discute”, tenho que responder: Política não apenas se discute, estuda-se, participa-se.

Agora, minha geração que ajudou a derrubar os militares pede a volta deles para que se restabeleça a ordem, para que nossas crianças sejam protegidas dos malfeitores, para que todos possam ter acesso à escola pública de qualidade; para que a saúde seja prioridade; para que os presos cumpram sua pena sem vantagens e, após se reintegrem à sociedade como pessoas de bem; para que se lute pelo direito à vida e não para matar inocentes gerados pela insensatez e irresponsabilidade dos incautos; para que sociedade possa respirar sem medo. Com isso aprendi que quando alguém fala: “Política não se discute”, tenho que responder: Política não apenas se discute, estuda-se, participa-se. Caso não seja assim, o tempo mostrará o preço da omissão, do comodismo, da ignorância.

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Prêmio Destaque Profissional 2018 O Crea-PR - Regional Maringá realizou em dia 27 de março encontro da classe e durante o evento foram entregues os certificados referentes às indicações ao Prêmio Destaque Profissional 2018 - Regional Maringá nas categorias: Educador Destaque, Profissional Destaque e Carreira Destaque. O Presidente da AREACM Engenheiro Civil Eguimar Amorim Maciel de Souza recebeu o certificado das mãos do presidente do CREAPr, Engenheiro Civil Ricardo Rocha de Oliveira, a honraria da indicação de Carreira Destaque, esta feita pelo Senge-Pr. As indicações ao Prêmio são feitas pelas Entidades de Classe nas categorias Carreira e Profissional Destaque, e pelas Instituições de Ensino na categoria Educador Destaque. Os premiados são escolhidos por meio de eleição, na qual participam coordenadores de cursos, presidentes de entidades de classe, inspetores e conselheiros do Crea-PR. Criado em 2014 com objetivo de dar ainda mais foco à valorização profissional, o Prêmio já reconheceu uma centena de profissionais em diversas regiões do estado, indicados nas áreas da engenharia, agronomia e geociências.

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A iniciativa permite a identificação de valores morais e éticos que contribuíram ou venham a contribuir com a melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços ofertados à sociedade, além de identificar comportamentos que serviram ou poderão servir de exemplo para nortear ações de indivíduos e/ou organizações.

HOMENAGEADO O Engenheiro Civil Eguimar é formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1984, Especialista em Engenharia e Segurança no Trabalho pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) em 2.002, e Mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade do Oeste do Paraná (UNIOESTE), em 2.005. História Presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos da Região de Campo Mourão (AREA-CM) por três mandatos, promovendo junto com a diretoria o enaltecimento da profissão e promovendo a qualificação dos associados. Foi também Conselheiro Titular da Câmara de Engenharia Civil do CREA-Pr em 2.002. Trabalhou por cinco anos na Prefeitura de Campo Mourão no setor

de planejamento, onde atuou na elaboração de projetos e captação de recursos. Atualmente trabalha na Companhia de Habitação do Paraná (COHAPAR), exercendo o cargo de Engenheiro Civil há 20 anos, sendo responsável pela construção de diversos conjuntos habitacionais e casas rurais destinados à população de baixa renda do Estado do Paraná. Nesse período fez a execução de 1.600 casas de conjuntos habitacionais, com uma área total de cerca de 60.000 m2 de área construída e também executou cerca de 400 casas em diversos pontos na área rural totalizando 9.500,00 m2 de área construída. É membro titular do Conselho da Cidade de Campo Mourão (CONCIDADE) desde a sua fundação, em 2.015. Neste Conselho são discutidas e aprovadas as alterações do Plano Diretor, Código de Postura e Lei de Zoneamento do município. Cidinha Coletty

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POSSE NA ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS.

Noite ímpar, Silvia Novaes Fernandes é o mais novo membro da Academia Mourãoense de Letras. Escritora, poeta, professora e amante da boa culinária, antes de sua eleição para a AML, a nova acadêmica já participava ativamente da Associação Mourãoense de Escritores (AME). Silvia publicou “Um pouco de mim”, “Confidências ao Meio Dia” e em 2018, lançou nova obra, esta dedicada ao público infanto-juvenil, mas que interessa e prende a atenção também de adultos - “O Nasquimi Dourado e outras histórias”- um livro adorável, leve, interessante e muito bem escrito. Além dessas obras Silvia escreveu Haicais e recebeu prêmios em concursos de poesia, o último deles em Campo Mourão,

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em 2017, com um poema no qual explora sua relação com a cidade; “História sem fim”. Contribuiu também para a Antologia “Caminhos “in”versos e prosa VII”, da Associação Mourãoense de Escritores, de 2018, com uma poesia “A Poesia e a Cidade” é uma prosa “Mãe África”. Dinâmica, ativa e participativa na sociedade mourãoense, Silvia é uma pessoa de um entusiasmo contagiante. Alegre, sorridente, de uma simplicidade e leveza que conquista amigos. Em seu Blog Prosa, Poema e Pastel (https://prosapoemapastel.w--ordpress.com/), define a si mesma como: “mineira de nascimento, curitibana de coração, atualmente residindo em Campo Mourão”. Diz também: “Sou poeta, mãe, avó e cozinheira nas horas vagas. Esse é um espaço para compartilhar com vocês experiências culturais e culinárias”. E essa simpática mineira de Machado, filha de pastor, professor, escritor e poeta e mãe professora de música e pianista, dos quais herdou o gosto pela Literatura, pela escrita e pela música, faz isso: mistura palavras e emoções, tecendo belas tramas


textuais, tanto em prosa, quanto em verso, enquanto mistura ingredientes mágicos de sua culinária, criando belos e saborosos pratos para brindar seu grande número de amigos e seguidores. Eleita para a Academia Mourãoense de Letras em 2018, dia 23 de março de 2019 Silvia Novaes Fernandes tomou posse da cadeira de número 2, numa noite emocionante, que teve a feliz contribuição musical do afinadíssimo casal Larissa Guimarães e Diego Salvetti, de Peabirú, que encantou aos presentes com um belo repertório de música italiana, nos brindando ao final com o Hino de Campo Mourão, magistralmente apresentado. A cadeira número 2 tem como Patrono Nelson Bittencourt do Prado, fundador Francisco Irineu Brzezinski e primeiro ocupante Agenor Krul. Com o falecimento de Agenor Krul, declarou-se a vacância da ca-

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deira e procedeu-se ao processo de eleição de um novo membro para ocupá-la e Silvia Novaes Fernandes foi eleita. Como é de praxe, todo novo acadêmico discursa na sequência da posse. Em seu discurso de posse, Silvia disse “ tudo o que escrevo é muito simples e a poesia não é feita com palavras difíceis, ela é uma conversa que tenho com o leitor como se estivéssemos nessa minha cozinha saboreando um café”. E nos brindou com uma bela reflexão, ao relacionar o ato de cozinhar e produzir fome com a antecipação dos sabores produzida pelos aromas dos pratos, com o ato de ensinar, citando um texto do grande mestre Rubem Alves: “A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome. Nós professores temos que despertar a fome pelo conhecimento em nossos alunos, como faz o bom cozinheiro quando deixa a porta da cozinha aberta para que aromas possam percorrer pela área de jantar e fazer o estômago dos frequentadores sentir fome”. Para Silvia,

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o que esperam de nós é que, como membros da academia Mourãoense de Letras e como educadores, “possamos levar essa fome pelo saber, pela leitura, pela literatura”. E, realmente, a nova acadêmica definiu com maestria o principal objetivo da Academia Mourãoense de Letras, traduzindo seus significados: “criar a fome pela leitura e pela escrita, entusiasmar pelo saborear da literatura, da cultura”. Conforme consta em seu Estatuto, a Academia Mourãoense de Letras - fundada, em 21 de maio de 2002, é uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos e tem por finalidade “o cultivo, a preservação e a divulgação de vernáculo e da literatura, nos seus aspectos cientifico, histórico e artístico, podendo participar de iniciativas úteis ao desenvolvimento cultural de Campo Mourão, do Paraná e do Brasil”. Assim, é com alegria e entusiasmo que a Academia Mourãoense de Letras dá as boas-vindas a Silvia Novaes Fernandes, na certeza de que ocupará a cadeira de número 2 com o mesmo brilhantismo, compromisso e honra que seus antecessores. Parabéns, Silvia é parceira da Cidade em Revista! Fabio Alexandro Sexugi - Presidente. Dirce Bortotti Salvadori - Vice-presidente.

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USANDO O LADO NEGATIVO DA FORÇA O titulo do artigo com certeza lhe chamou a atenção nesses dias quando o comportamento politicamente correto vem se alastrando indiscriminadamente calando assim muito da opinião inteligente que poderíamos ter em nossa vida social e profissional. Todos acreditam que não estão à altura de suas emoções e que somente devem cultivar as boas. Mas eu lhe pergunto: O que seria das boas se não existissem as más emoções? O ser humano tende a se render à simplicidade da dualidade: yin e yang; claro e escuro; bom e mau; certo e errado; verdade e mentira; direita e esquerda; céu e inferno; amor e ódio. Entre o preto e o branco existem diversos tons de cinza e é neles que a vida acontece. A sociedade impõe comportamentos utópicos que impedem o desenvolvimento pessoal já que estigmatiza muito as emoções.

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Não existe emoção boa ou ruim. O que existe é como você reage diante de cada uma delas e como vai utilizá-las para atingir os seus objetivos Das quatro emoções básicas alegria, medo, raiva e tristeza, apenas uma é considerada positiva. Isso significa que usamos mais o lado negativo da força do que imaginamos. Temos que aprender a importância das emoções negativas, pois a falsa ideia de que devemos estar sempre felizes está nos fazendo muito mal. A eterna busca da felicidade está nos levando justamente para o destino contrário, à infelicidade. A disseminação desenfreada da cultura da positividade e otimismo está enfraquecendo emocionalmente as pessoas que acreditam que sentimentos “ruins” não são saudáveis. Ao contrário do que imaginamos, esses sentimentos são essenciais para o amadurecimento e o aproveitamento total da experiência de crescimento humano.

''A ETERNA BUSCA DA FELICIDADE ESTÁ NO S LEVANDO JUSTAMENTE PARA O DESTINO CONTRÁRIO, À INFELICIDADE''.

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Diversos estudos comprovam que ao tentar fugir do sofrimento, acabamos sendo menos produtivos e eficazes aumentando ainda mais nossa fragilidade emocional e resultados alcançados. Enfraquecemos psicologicamente quando, em busca desenfreada pela felicidade, evitamos o desconforto. Temos que abraçar o incômodo das emoções negativas, enxergando-as como um aspecto natural e até útil para nossa vida. Ou seja,aprendendo a usar o lado negativo da força. Algumas pesquisas descobriram que o sentimento de culpa funciona como um freio moral que auxilia a moldar o caráter nos tornando assim indivíduos mais conscientes. Por exemplo: Pessoas que sentem culpa têm menos probabilidade de praticar atos ilícitos como roubar, consumir drogas, infringir as leis de trânsito e etc.

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O que você quer proteger?

Ralph Waldo Emerson dizia que “Uma boa raiva produz um excelente discurso”. As pessoas são naturalmente agressivas e isso não significa que elas são necessariamente más. Temos que aprender a lidar com a raiva, pois ela gera a energia necessária para nos fazer sair da zona de conforto, mostrar como somos capazes de agir e assim atuar com eficiência na busca de boas soluções. A raiva pode então ser uma aliada que dará um empurrão para continuar a seguir em frente. Ter medo ajuda a fortalecer o seu desempenho. Ninguém gosta de sentir medo, mas em doses moderadas ele nos ajuda a desenvolver os talentos e habilidades dos quais temos dúvidas se possuímos. Funciona mais ou menos assim: O medo aparece quando não nos sentimos seguros quanto a alguma atividade ou acontecimento

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nos obrigando a nos preparar melhor para enfrentar determinada situação assim fomentando a reflexão, procurando a ajuda de outras pessoas, acelerando o desenvolvimento pessoal e assim nos preparando para aceitar as mudanças que estão por vir. A tristeza desenvolve o autoconhecimento. Tristeza é a prova da ignorância sobre si mesmo. Quando nos conhecemos muito bem, conseguimos gerenciar nosso equilíbrio emocional e mental não permitindo que sejamos reféns da tristeza, mas usando-a como bússola para descoberta do que realmente está nos incomodando e assim podermos elaborar a causa da tristeza. A tristeza é como uma febre, apenas o sintoma, mas não a causa da enfermidade. Então aprendamos a usar o termômetro da tristeza para diagnosticar o que realmente está causando a dor e assim acharmos o remédio (atitude) necessário para o restabelecimento.

Então, a tristeza é uma ótima oportunidade de descobrir algo novo sobre nós mesmos proporcionando o nosso desenvolvimento emocional. Nenhum dos sentimentos acima é agradável, mas todos eles proporcionam a oportunidade de crescimento pessoal. Uma pessoa alegre não deseja mudar nada ao seu redor ou em si mesma, mas aquela triste, com medo ou com raiva fará de tudo para mudar esses sentimentos e, se souber usar a própria força, com certeza evoluirá. Abracemos nossa emoções negativas e aprendamos a usar o lado negativo da força. Roberto Recinella, escritor rrecinella@rrecinella.com.br

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Pertences que não nos pertencem... * Vicente Estanislau Ribeiro Na vida da gente, desde pequeno até à idade adulta, sempre procuramos, na medida do possível, melhorar as nossas condições, quer pessoal quer profissionalmente. É uma verdadeira e acirrada competição, já se iniciando no ato da reprodução, na concepção de um novo ser; e depois, literalmente, em sociedade, sendo na escola, na vida amorosa, no trabalho e no decorrer da vida. E, cada vez mais, por exigência do mundo e do mercado globalizado em que vivemos, somos obrigados a acompanhar os seus movimentos e tendências. Na escola se tenta alcançar o grau mais esperado da educação, o tão sonhado nível superior e, às vezes, não basta. É preciso uma especialização, um mestrado e até mesmo, um doutorado.

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Paralelamente, há ainda, os cursos de aperfeiçoamento e aprendizagem para oxigenar os nossos conhecimentos, além das conhecidas palestras motivacionais. Tudo para não ficarmos à margem da modernização, da revolução compulsória, imposta pela implacável necessidade, que nada mais é do que se atualizar, nesse mundo tipicamente atroz.

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No trabalho, é outro embate, só se sobressai, e com justiça, aquele que tem um melhor estudo e capacitação ou quem, infelizmente, usa do tradicional, “corrimão da vida”, que nada mais é, o famoso “puxa-saco”.


Com isso, no decorrer de nossas vidas, as pessoas vão se enveredando e acumulando certificados, diplomas, congratulações, honrarias, troféus, medalhas, títulos e homenagens. Não deixa de ser válido. Quem não gosta de ter um reconhecimento em vida, de ser lembrado, de ser valorizado, de ser homenageado por alguém ou por alguma instituição? Às vezes, conforme o lugar em que chegamos, nos deparamos junto a parede, com muitos quadros dos objetos acima citados. Com raríssimas exceções, no fundo, todos gostamos de elogios, é inerente ao ser humano, faz parte do processo.

Toda essa parafernália de coisas tem prazo de validade. Como tudo tem nessa vida! A começar pela nossa existência terrena. Já presenciei, e não aconteceu uma só vez, quando alguém querido da nossa comunidade se vai, não é tão incomum assim, passados alguns meses, e nem é preciso tanto; eu mesmo, recebi em minhas mãos, objetos particulares como já citados (diplomas, fotos, troféus...) que foram jogados fora, inclusive em caçamba. Alguém passou, viu e recolheu e, tratando-se de cidade pequena, acaba chegando até nós, por conta do que gostamos de fazer, quer escrevendo ou preservando coisas antigas, resgatando um pouco a memória da cidade e da sua gente.

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Outros pertences são rasgados, queimados, destruídos e ninguém fica sabendo. Por que isso acontece? Que fenômeno é esse? Talvez seja a cultura de nosso povo, de não ter a peculiar tradição de resguardar a identidade e a memória. Sem dúvida, os familiares seriam o alicerce e proteção disso tudo. Porém, em se tratando de família, sobretudo nora, genro, sem falar nos próprios filhos que às vezes, são os primeiros a desprezar e desfazer das coisas pessoais que o “ente” querido guardou, conservou com tanta afeição ao longo da vida.

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As buscas frenéticas são sempre os bens de valor, fora disso, nada tem importância ou muito significado. As brigas familiares são quase certas. Não há acordo de jeito algum. Se tiver patrimônio, aí a coisa piora, é disputa certeira, para saber quem leva ou fica com a melhor parte. E, se não tiver bens, o sururu é o mesmo, é discussão por panela de pressão, máquina de costura, o tacho de cobre, a cristaleira, e assim vai... Pois é, corremos tanto, atrás de tantas coisas e para quê? Para chegar no final, a nossa vida ser transformada simplesmente em um pedaço de papel, chamado “Certidão de Óbito”.


Esse documento vai perambular nas mãos de muitas pessoas, mais por interesses outros do que por saudades. Os nossos pertences pessoais que lutamos, primamos e acumulamos por tanto tempo, ficarão enjeitados e até terceirizados pelo caminho, por gente que, em vida, mal chegamos a conhecer. Finalizando, como bem diz o artista plástico, Telomar Florêncio “Um dia seremos apenas um retrato na estante de alguém. Depois, nem isso”. * Vicentinho é Secretário de Planejamento do Município de Jacarezinho, PR.

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“Feliz é a mulher que te deu à luz e te amamentou!” (Lucas, 11, 27).

Maria Joana Titton Calderari

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Essa exclamação só pode partir de uma mulher que, como Maria, passa pelas dores das mães, o parto, a amamentação e descobre a felicidade na maternidade. Lucas conta que do coração da multidão emerge essa exclamação incontida de uma mulher anônima... Ela fala de gestação, de crescimento, daquela bênção universal, que é ninar com amor o lado concreto da vida, curvar-se sobre ela, alimentá-la, ajudar uma existência a desenvolver-se. Nos evangelhos há poucos relatos da fala das mulheres. Elas expressamse com gestos, com a fé que busca o conforto de tocar de forma sensível, emocional, desarmada. As mulheres do Evangelho dedicam-se ao serviço de forma discreta, sem a preocupação de brigar pela liderança ou estar sempre um passo à frente.

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Lucas no capítulo 8, 1-3 nos apresenta a elas: “E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens”.

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Exatamente como os Doze, as mulheres “estavam com” Jesus, faziam Dele o seu destino. Mas o texto acrescenta algo que só lhes diz respeito: “Elas serviam”. Na gramática de Jesus não existe verbo mais nobre nem mais religioso do que este: Servir. As mulheres ouvem atentas as palavras de Jesus, sem que grandes perguntas ou comentários saiam de suas bocas, pois não era costume, no âmbito cultural do primeiro século, dar ouvido ao que as mulheres pensavam.


Não vemos nenhuma mulher questionar sobre seu lugar no céu, sobre quem é o maior. Nenhuma o questiona sobre sua autoridade ou começa a discutir a legalidade dos atos de misericórdia. Nenhuma tenta envolvê-Lo em artimanhas para desmerecer suas ações, seu poder... Normalmente, nas praças a voz das mulheres não é ouvida, ou é percebida trêmula como a da mulher hemorroíssa: “Então a mulher, vendo que não conseguiria passar despercebida, veio tremendo e prostrou-se aos seus pés. Na presença de todo o povo contou por que tinha tocado nele e como fora instantaneamente curada.” (Lc 8, 47). Silenciosas, as várias personagens femininas de Lucas são unidas pelas lágrimas.

A viúva de Naim, a pecadora, as mulheres de Jerusalém - todas choram. E, provavelmente, à sua maneira, também a mulher curvada, a mulher procurando a moeda ou a hemorroíssa. Pelas lágrimas extravasam suas emoções, conflitos, alegrias, solidão e feridas, como todas nós, mulheres. As lágrimas são nosso mais alto brado, embora silencioso, falam que Deus se encarna em nossas vidas, em nossos fracassos, em nossos encontros. Nos Evangelhos, Cristo também chora, carrega sobre si a nossa condição, torna-se um de nós e, por isso, nossas lágrimas são incorporadas às dele. Ele as recolhe e assume todas as lágrimas do mundo, como deve ter assumido as de sua mãe Maria aos pés da cruz e de todas as mães do mundo.

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Que Ele abençoe todas as mães-Marias neste mês especialmente dedicado a ela, e lhes dê forças para enxugarem as lágrimas e recomeçar e cumprirem seu papel de mãe. Para o papa Francisco “uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral.” “Não somos órfãos, somos filhos da Igreja, somos filhos de Nossa Senhora, filho de nossas mães.” Um abençoado dia das mães a todas! Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso PUC majocalderari@yahoo.com.br

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Você nunca andará sozinho *Marco Aurélio Dias

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Você já se fez a pergunta: “o que me faz humano?”. Se ainda não se fez essa pergunta, questione-se por algum tempo sobre isso. Somos uma espécie dentre milhões de outras espécies, mas algumas coisas nos fazem diferentes. Somos frágeis ao nascer, temos racionalidade, adoecemos emocionalmente, temos consciência que vamos morrer, etc. Mas entre essas e outras questões, uma das que mais me chamam a atenção é o fato de sermos habitados por um Outro. O que isso quer dizer? O fato de sermos sujeitos grupais, étnicos, simbólicos, subjetivados ... Tudo isso se deve a ação de outros sujeitos sobre nós e em nós.

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Não faculdade ouvi com frequência um saudoso professor chamado Pedro Paulo Rodrigues, dizer “gente se faz de gente”. Um senhorzinho muito carismático chamado Sigmund Freud já havia dito algo como isso a um século atrás, disse ele: “o ego é um precipitado de catexias objetais abandonadas”. Em outras palavras, o nosso Eu é o resultado dos investimentos afetivos que fizemos nas pessoas e que recebemos delas. Em síntese: SOMOS A HISTÓRIA DAS NOSSAS RELAÇÕES. Portanto, o que chamamos de alma, mente, psiquismo, é fruto de toda a nossa vida.


You’ll Never Walk Alone (Você nunca andará sozinho) é o título de uma música e o hino de um time da Inglaterra chamado Liverpool. E me parece muito interessante essa frase, pois ela simboliza um princípio fundamental de ser humano: VOCÊ NUNCA ANDARÁ SOZINHO, SEMPRE LEVARÁ O OUTRO(s) DENTRO DE VOCÊ. Quem você carrega dentro de si (?) pode determinar a sua vida. **Marco Aurélio Dias Psicólogo Clínico - CRP 08/21538 *Especialista em Psicoterapia Psicanalítica *Especializando na Clínica Freud -Lacaniana Telefone: 9 9832-7964

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Meu nome foi inscrito indevidamente nos órgãos de restrição ao crédito. O que devo fazer? César Dallabrida Junior

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De acordo com pesquisas realizadas em Julho de 2018 pelo SERASA[1], o número de consumidores que se encontravam inadimplentes na época atingiu 61,8 milhões de brasileiros. A referida pesquisa constatou que 40,3% da população encontrava se inadimplente, sendo que a maior incidência ficou na faixa etária de adultos entre 36 e 40 anos. Diversos motivos podem levar um indivíduo a ser inscrito nos órgãos de restrição ao crédito, destacando-se, por exemplo, a dificuldade financeira vivenciada pelo mesmo em determinado período. Acontece que muitas pessoas são inscritas indevidamente nos referidos cadastros, o que é considerado um ato ilícito, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, é válido destacar que existem várias formas de verificar se seu nome está ou não inscrito no rol de maus pagadores.

Como sugestão, você pode entrar no site do SERASA e fazer seu cadastro para consultar seu próprio CPF de forma gratuita. Eventualmente, caso seu nome seja inscrito indevidamente por alguma empresa no SERASA (ou mesmo em outro cadastro de inadimplentes), a sugestão é que você consulte um Advogado para que o mesmo analise sua situação e tome as medidas judiciais cabíveis. Dentro desse contexto, vale acrescentar que os Tribunais Superiores têm entendido que o ato de inscrever indevidamente uma pessoa no rol de maus pagadores, configura o dano moral, surgindo-se, portanto, o dever de indenizar e reparar o ato ilícito (desde que não haja nenhuma outra negativação), especialmente determinando-se a retirada do nome do cadastro. Salienta-se ainda que não há dano moral quando a pessoa é considerada um devedor reincidente.

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É válido frisar, por fim, que cada situação deve ser analisada com muita cautela, uma vez que nenhum caso é igual ao outro, ou seja, existem semelhanças e diferenças nos processos. Portanto, caso você perceba que seu nome foi inscrito indevidamente nos órgãos de restrição ao crédito, procure um Advogado de sua confiança para estudar o caso e lhe auxiliar na solução do problema. César Dallabrida Junior Advogado e Professor Mestre em Ciências Jurídicas. cesard.jr@hotmail.com. [1] Número de inadimplentes chega a 61,8 milhões e bate recorde, diz Serasa. Globo G1, São Paulo/SP, 19/07/2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/07/19/numero-de-inadimplentes-chega-a-618-milhoes-e-bate-recorde-diz-serasa.ghtml. Acesso em: 09/05/2019.

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Bicho do Paraná não, De Campo Mourão!

Mais do que ninguém eu, meu irmão e minha mãe ouvimos a história do inicio de Campo Mourão. Nelsinho Teodoro conta que quando chegou as terras aqui eram improdutivas e tomadas pelos “3 S”; Saúva, sapê e samambaia. Mas o que chama a atenção nesta historia ou nas tantas outras que ele conta não é o fato de ser um grande contador de histórias da região, mas sim os caminhos trilhados e a sua ajuda no desenvolvimento da cidade que tanto ama. Nelsinho foi filho de pioneiro, ajudou ao lado da família a criar o prato típico da cidade, o carneiro no buraco. Ajudou ao lado de 78 amigos pioneiros e produtores rurais a colocar o plano de José Aroldo Gallassini de criar o que viria a despretensiosamente vir a ser chamada hoje de “A maior cooperativa da America Latina”. Também é o Nelsinho que pertence a lista dos vice-presidentes da Federação da Agricultura do estado, sendo um dos amigos e homens de confiança do empresário e produtor Agide Meneguetti.

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Também é dele o cargo, diria que quase vitalício, de presidente do Sindicato Patronal Rural de Campo Mourão. Sem falar nas honrarias é condecorações recebidas nos seus 79 anos de vida. Nelsinho é um homem de família, orgulha-se de seu sobrenome, e do que ajudou a criar para Campo Mourão, homem este que manteve um casamento de mais de 40 anos e criou e educou dois filhos.

Muitas vezes as quais eu e meu irmão não entendíamos seu empenho e dedicação em defesa do município e seus interesses, defesa essa sempre de forma ferrenha. Mas uma coisa a vida e o tempo nos ensinou. Hoje tanto eu como meu irmão somos empresários, em ramos diferentes, mas podemos dizer que somos bem sucedidos. Graças aos ensinamentos sobre ética, responsabilidade, respeito e honra ensinados pelo Nelsinho Teodoro e nossa mãe e sua esposa Sonia Pessa de Oliveira. Este texto é mais uma homenagem, uma condecoração, uma honraria a este homem, que me criou, que me educou e que tem o nosso amor. Que tanto orientou e brigou por Campo Mourão e hoje é respeitado por todos. Um bicho do que um dia veio a ser só mato, um bicho de Campo Mourão. Matéria escrita em 10 de Maio de 2019 Luiz Sergio / Cidinha Coletty

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Caminhadas na natureza

Afinal, a prática não restringe idade, pode ser realizada em qualquer hora do dia e não é preciso dispor de alguma habilidade especial, apenas disposição. Há quem adore caminhar, mas não suporte praticar caminhada na esteira ou, então, não aprecie caminhar sem ter companhia para conversar. Para resolver estes dois casos existe uma solução simples: participar de grupos de caminhada.

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‘‘Campo Mourão conta com grupo de caminhantes, a caminhada está na lista das atividades físicas mais democráticas.’’ Seja em regiões metropolitanas ou em cidades interioranas, está cada vez mais fácil encontrar grupos que promovem caminhadas periódicas. Em Campo Mourão, um grupo com mais de 150 pessoas estão participando das “Caminhadas na Natureza”, evento que tem como objetivo estimular, divulgar e promover o desenvolvimento rural, sendo realizado aos domingos nas cidades da Comcam. A próxima Caminhada na Natureza vai ser realizada no dia 14, domingo, em Nova Cantu. A intenção é aumentar a participação dos mourãoenses nas caminhadas. “Nosso trabalho objetiva o incentivo de uma vida saudável e no tratamento da depressão e prevenção ao suicídio para aqueles que nos procuram”, explica Karina Legnani, uma das coordenadoras do Amigos da Caminhada de Campo Mourão.

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Para facilitar a organização dos Amigos da Caminhada de Campo Mourão, foi criado no aplicativo WhatsApp, um grupo onde acontece a divulgação das agendas das Caminhadas da Natureza, além de promover a interação dos membros. Para Karina Legnani, “é um domingo diferente. Enfrentamos estradas, asfalto, chuva, lama e damos muitas risadas. Todas as edições das Caminhadas na Natureza são concluídas com sucesso e muitas fotos para a nossa galeria”. As ações do grupo contam com o apoio da empresa Expresso Nordeste e da Prefeitura de Campo Mourão. Esse apoio é fundamental para continuar nossos trabalhos. Cidade em Revista é parceira do esporte. Cidinha Coletty Jornalista, empresária, fotógrafa


DO DIA EM QUE O FIM DO MUNDO FOI ANUNCIADO. Dirce Bartotti Salvadori

Aos seis anos, minha prima e eu éramos as companhias da avó pra todas as suas aventuras: visitar uma comadre ou uma amiga num sítio ou chácara “próximo” da cidade, o que significava de quatro e cinco quilômetros de caminhada; levar uma criança pra benzer; buscar alguma planta do campo pra fazer um chá; buscar frutas para as compotas; buscar milho pro curau e a pamonha... A avó sempre tinha um motivo pra passear, principalmente no campo. Andar pelos pastos, nos campos, era uma delícia. Um pouco caminhávamos, outro tanto corríamos, nos adiantando à avó, pra deitar na relva e descansar enquanto ela não nos alcançava. Depois rolávamos nas muitas encostas ou breves descidas nos recortes da serra onde a grama viçava. Os passeios no campo eram os nossos preferidos. Mas havia outros!

Certo dia, acordei às sete horas da manhã, com as vozes agitadas da avó e da minha mãe, que conversavam, na porta da cozinha de nossa casa. Quando apareci, a avó perguntou se eu queria ir no cemitério com ela logo depois do almoço. A prima que estava com a avó, foi logo contando que era pra ver uma criança de duas cabeças que estava exposta, com sua mãe morta, no necrotério do cemitério local. O bichinho da curiosidade imediatamente me mordeu e eu não conseguia falar em mais nada. E as perguntas vieram em borbotões, mas um “cala a boca, menina” me pôs de sobreaviso, pois a mãe, que sempre aprovava nossos passeios com a avó, desta vez reagiu indignada, explicando que ver algo assim iria impressionar a mim e a minha prima. A avó fez de conta que não escutara o que a mãe dizia e explicou que levaria a mim e a minha prima com ela na visita que faria, à tarde, ao cemitério. CIDADE EM REVISTA

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Eu só repetia: - deixa eu ir mãe, deixa eu ir. A contragosto a mãe acabou cedendo. Depois do almoço, num lindo dia de sol, com céu azul e brisa fresca, característica dos dias de primavera no vale, a avó, Mazé e eu nos colocamos a caminho do cemitério, com a curiosidade aguçada pelo fenômeno novo e desconhecido. Queríamos saber da avó os detalhes todos deste acontecimento e embora ela também não os conhecesse, conjecturava que certamente era um dos anúncios do fim do mundo. O cemitério era longe e repentinamente, enquanto caminhávamos, o clima se modificou. O céu azul se tornou nublado e escuro, nuvens cinzentas e pesadas se constituíam sobre nossas cabeças. O vento levantava a areia da rua que nos fustigava os olhos. O dia se tornou escuro e o ar pesado e frio. Caminhamos as duas últimas quadras até o cemitério usando as mãos pra proteger os olhos e as saias do vento e da areia.

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Mas a avó não quis retornar. Chegamos ao cemitério e havia uma longa fila de homens, mulheres e crianças que se apresentaram para ver o fenômeno e nem a mudança repentina no clima os demovia, embora colocasse no olhar de todos as marcas do medo. As mulheres conversavam em voz baixa e já chegara ao ouvido delas que uma das cabeças da criança era loira e a outra morena e que a face de ambas tinha arranhões, o que inundou a cabeça de todas de criativas hipóteses: - a mulher traíra o marido, que era moreno, com um homem loiro e Deus a castigara revelando assim o seu pecado; a mulher desejara ter um filho loiro, mas o marido era moreno e por isso Deus também a castigara; as crianças brigaram entre si pelo direito de uma cabeça sair primeiro que a outra; aquilo que acontecera era um sinal de Deus do final dos tempos e aquela brusca mudança climática era uma amostra do Seu desagrado; talvez aquele acontecimento fosse um sinal do anticristo. Curiosas, boquiabertas, mas também assustadas, minha prima e eu vimos chegar a nossa vez de contemplar os motivos de tanta conversa. Jamais me esqueci daquelas imagens: uma mulher jovem, talvez menos de trinta anos, jazia, com semblante sofrido, ao lado de uma criança, embrulhada em mantas, com as duas

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cabeças expostas, ambas as cabeças traziam a face marcada por arranhões. Uma das cabeças portava um cabelo escuro e encaracolado e a outra, cabelos loiros, também encaracolados. Todos que passavam ao lado do caixão se persignavam com os olhos esbugalhados frente ao assustador fenômeno. Ao lado do caixão, um homem jovem, muito triste e abatido, observava o desfile de visitantes e com um gesto de cabeça agradecia aos que lhe dirigiam a palavra, esquecido da criança triste que se mantinha ao seu lado. Eu soube depois que só eu vira esta criança ao lado do homem. Cumprida a missão que a avó se propusera, corremos para casa, amedrontadas tanto com o prenúncio de um definitivo cataclismo, predito e reconhecido pelas pessoas que presenciaram o fenômeno da criança de duas cabeças, quanto pelas possibilidades da chegada do anticristo, ali ventilada, como punição pelos pecados humanos. Dirce Bartotti Salvadori

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Ar-condicionado o dia todo faz mal? As vias respiratórias podem ficar irritadas e a pele seca com uso O ar-condicionado, ao deixar o ambiente mais frio, também acaba retirando umidade do local. Com o ar seco, as vias aéreas são afetadas e acabam irritadas. A pele também sofre com o ar-condicionado e pode ficar ressecada, o que aumenta a sensibilidade e a chance de irritações.

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Umidificadores de ar, consumo de muita água e soro fisiológico nasal são algumas das soluções possíveis. Para a pele, cremes e loções hidrantes dão conta do recado. Segundo Alessandra Romiti, coordenadora de cosmiatria da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), o ideal é a aplicação de uma a duas vezes por dia. “O melhor é fazer pela manhã, porque aí já faz a proteção toda do rosto, com hidratante e protetor solar.” O choque térmico é outro ponto a se levar em conta quando se pensa em ar-condicionado, principalmente para quem é alérgico.

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“Transitar do calorão para um local climatizado costuma desencadear crises em quem sofre com rinite, bronquite e outras ites”, afirma Fernanda Miranda, pneumologista e diretora de comunicação da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia). A higienização dos filtros do ar-condicionado, que acumulam poluentes, fungos e bactérias, é outra preocupação necessária. “A pouca manutenção do equipamento contribui para a proliferação de vírus, como o da gripe”, diz Miranda. É preciso também estar atento ao ar em carros, que deve ter os filtros substituídos a cada seis meses, caso a pessoa more em cidades grandes.


A JANELA DE CHUMBO Arnaldo Mauro

O próximo! chama a secretária. No visor do computador aparece o número 19.851, digitado sobre um programa cujo disquete faz as perguntas de rotina em inglês. Separando aquele tomógrafo, no centro de uma sala tamanho quase padrão, uma parede de concreto, uma porta lateral de aço e uma janela de vidro de chumbo, funcionando como visor. Do lado externo, operando o computador e analisando as imagens, uma técnica e o médico que dirige os exames. A janela pumblificada mostra a entrada de uma pequena menina e sua mãe. O fichário registra a idade: 7 anos. Ela veio de longe, à procura de recursos modernos, inexistentes nos ca-

fundós do Mato Grosso. No seu prontuário, os sinais e sintomas que justificaram o pedido de exame: estrabismo súbito, há aproximadamente dez dias, dor de cabeça moderada e nada mais. A pequenina é deitada na mesa automática do aparelho, sua cabeça fixada por uma faixa de velcron, envolvendo-a do occipto à frontal, como uma tiara, impedindo movimentos que atrapalham o exame. Tudo ocorre silenciosamente. Estamos na semi-obscuridade e as falas, entre um lado e outro, ocorrem pelo inter-comunicador do aparelho. Trata-se de uma menina loura, olhos azuis, delgada, de gestos delicados.

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O rosto lindo lembrando uma pequena Angélica. Braços e pernas magros, mãos finas, dedos alongados. Uma menina bonita e meiga, aparentemente normal, exceto o detalhe do leve estrabismo. A mãe, bem vestida, mas de aparência simples e humilde, está coberta pelo colete protetor de chumbo, e a tudo responde solícita, ora sorrindo, ora com gestos delicados auxiliando no melhor posicionamento da filha para o exame. É simplesmente uma mãe e seus cuidados com os filhos. A mesa é posicionada. O Tilt marca 10º no corte sagital do crânio. Uma fina luz, tal uma régua, centraliza o local do primeiro corte: do epicanto ao meato auditivo, iniciando a varredura praticamente na base do crânio. A mãe olha em nossa direção, mas nada vê, além de borradas silhuetas e pequenas luzes coloridas.

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Esboça um sorriso. Talvez de preocupação ou pela entrega total de sua filha à máquina, ou a Deus ou, quem sabe, seja apenas o sorriso inocente de quem não crê em tragédias. Uma luz amarela acende no painel. A poderosa ampola de RX está preparada para trabalhar. Um dedo delgado de mulher aperta suavemente o botão para o primeiro corte. Um sibilo agudo e de pouca intensidade penetra nossos ouvidos, demorando poucos segundos e cessando, ao mesmo tempo que a luz amarela volta a brilhar. No monitor, observamos o corte número um do crânio da pequenina. Uma fria lâmina sensível penetrou impiedosamente, primeiro pela tábua óssea, depois seccionando totalmente o cérebro e a tudo que encontrou no seu trajeto.

A lâmina, fria e quente, invisível, quente de energia, na dialética polaridade dos contrários, onde a dualidade dos irrequietos elétrons, frios e quentes ao mesmo tempo, na sua quase suicida colisão com o muro metálico da ampola, produzem outra forma de energia: a Radiação X. ondas eletromagnéticas que penetram impunes nas mais secretas regiões do cérebro. As agora disciplinadas ondas, cumprem fielmente, como um cão de guarda, a sua missão. Pelas estruturas do cérebro, atravessando vasos sangüíneos, dura-mater, pia-mater, substância cinzenta, ventrículos cerebrais, aquedutos, cerebelo, quarto ventrículo.... Tornando-se, quase milagrosamente, numa sombra visível, às vezes borrada, outras nítidas, expondo, dissecando os giros cerebrais.

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A invisível Onda/Visível, Sombra encontraria a Invisível, Misteriosa Alma? Outro sibilo e novamente a luz amarela. Nosso devaneio filosófico é interrompido. A implacável e laboriosa lâmina continua seus cortes. A mãe mantém o ar solícito e o sorriso nervoso esboçado nos lábios. A pequenina, sem entender o que lhe está ocorrendo, permanece inerte, cooperativa, no silêncio passivo de quem se entrega a seu destino. Subitamente, algo de densidade diferente se revela junto ao quiasma ótico, próximo à fossa supra-selar. Novo corte e a sombra alienígena aumenta de tamanho. Mais alguns cortes e o tumor se revela: neuroblastoma? Astrocitoma malignos? Não importa. Inoperável, inexorável. Somente a quimioterapia ou radioterapia. Sua localização, no centro do

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cérebro, área extremamente sensível, impede qualquer ação cirúrgica. Em devaneio, imaginamos aquele ser indefeso, que mal começou a tomar noção e conhecimento do mundo, aquele rosto lindo, aqueles lábios, aquela boca, aqueles olhos azuis, os cabelos louros, suavemente ondulados, abundantes. Tudo destruído em poucos dias pela quimio/radioterapia. O exame termina. A mãe sorri. Ampara sua filha com comovente delicadeza. Como a um frágil cristal a coloca de pé e, pela porta que entraram, saem, para nunca mais serem vistas. Através da Janela de Chumbo só resta a Máquina, à espera do próximo número. Longe dali, em algum consultório médico, a verdade nua e cruel se revelará ao abrir-se o envelope, portador do VEREDICTO. E a mãe e o pai terão seus corações e almas dilacerados.


A Mãe Natureza, usando Manto Negro, olhos vendados, surda a qualquer súplica, a qualquer lamento, aprontou mais uma “injustiça”. Consumatus est. E a insensível, hierárquica e, ao mesmo tempo, anárquica natureza já havia pré-julgado e condenado à morte aquele indefeso ser. Agora apenas nos cabe imaginar o Remédio-Veneno dos homens sugando aquela flor; secando-a, pétala por pétala, deformando-a pouco a pouco. Arrancando, impiedosamente seus cabelos na vã esperança da salvação. O câncer alienígena irradiará seus brotos para o resto do cérebro e corpo, instilando seu veneno na circulação, alterando o metabolismo, ocasionando a dor cruel. A indefesa menina-flor apenas terá o direito das lamúrias, da dor e afagos lacrimejantes de seus entes queridos e, silenciosamente voltará à matéria Inerte, à Cinza, ao Pó. Presidente Prudente, 1991. Arnaldo Mauro CIDADE EM REVISTA

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O Namorado Perfeito Nelci Veiga Mello

A imagem do rapaz a deslumbrou. Era alto, pele clara, olhos azuis e os cabelos inacreditavelmente cinza. O reflexo do sol os deixava meio verdes e essa impressão remetia a algo muito familiar – antiga visão ao redor da mesa da cozinha. Algo antevisto, incômodo, martelando em algum lugar da memória. As dúvidas se dissiparam no grude dos olhos. Não demorou estavam namorando. Acostumou-o mal. Meu lindo daqui, meu príncipe dali. Ele acabou acreditando. E ela valsando nas próprias palavras. Ao redor da mesa da cozinha pactuou-se: era mesmo o príncipe encantado. Moço melhor, não existia. A moça havia tirado a sorte grande.

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Ele era perfeito, o enviado. Depois de tantos desencontros fora premiada pelo acaso. Um homem para o resto de seus dias. Seria um bom chefe de família, interessado em progredir, fazer a vida e, mais que tudo, um bom pai e marido extremado. As amigas repetiam: - essa menina é sortuda, como pode? Assim, as coisas foram postas e se cristalizaram. O futuro se descortinava sem surpresas ao redor da mesa da cozinha. A moça conheceu os pais dele e mostrou seu lado mais educado e gentil. Gostaram dela e os parentes distantes vieram para conhecê-la. Quase um ano se passou entre idas e vindas, apresentações, cafés da tarde, almoços e jantares.


Entre os programas, o recheio dos passeios de bicicleta, caminhadas pois se passariam o resto de seus dias juntos, era mister preencher o tempo. Ela comprou uma bicicleta. Pedalar juntos nos finais de tarde era delicioso. Depois voltariam e todos tomariam o café da tarde na mesa da cozinha. Num desses passeios, o moço muito cortês, colocou a bicicleta dela no porta malas do carro. Lá dentro havia uma ferramenta que fez um talho no selim da bicicleta. Selim novinho em folha, primeiro uso. Quando a moça percebeu, decepcionou-se, mas não reclamou. Ele disse que não era nada e esqueceu o assunto. Naquele café da tarde, ao redor da mesa, havia estranhamento no olhar da moça.

Percebeu que o moço, quando comia, abaixava os olhos para o prato de uma forma conhecida. Não olhava para os lados e segurava o talher encaixado na palma da mão, com o polegar e o indicador fechados no início do cabo, quase no espaço dos dentes do garfo ou na conchinha da colher. Comia de cabeça baixa. Breve relance. A imagem do selim avariado ainda a perseguia, mas a conversa ao redor da mesa da cozinha embalou o esquecimento. No dia dos namorados, recebeu uma orquídea cor de rosa. Envolta num enorme arranjo de papel crepon cor de rosa. Imitava uma cesta e, na alça, entre cipós, grudava-se um arremedo de o passarinho amarelo.

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O espalhafato ficou de lado e ela o beijou em agradecimento, sacudindo as sombras do desagrado. Afinal era seu príncipe e ninguém tinha nada com isso – se o papel era crepon cor de rosa, se o passarinho empalhado era um estrupício, refletia. Mas as refeições são servidas várias vezes todos os dias. E todos se sentavam à mesa da cozinha. Um dia alguém teve um estalo: - já sei com quem ele se parece – com papai. É sim! Olhe a cor do cabelo, cinza esverdeado, a cor da pele! Até o jeito de comer e segurar o garfo.

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É o mesmo. Igualzinho a papai. Ah! Mas eu sabia. Eu sabia que ele parecia com alguém. A moça desconsertou-se. Não é que parecia mesmo!!! Divertiram-se, enumerando as aparências. No encontro seguinte, ao se despedir, desagradou-a o perfume do rapaz. O beijo de despedida foi um rápido selinho. Naquela noite demorou a dormir. Uma indefinível angústia a atormentou. argumentava para si mesma que um estado puro de tranquilidade não existia. Nem felicidade. Tudo passaria com o nascer do novo dia. O namorado convidou-a para passear, ver vitrines, comprar-lhe um presente. Ela suspirou aliviada, poderia escolher algo de seu agrado. Não encontraram. Encontraram algo parecido, mas não exatamente no modelo desejado. Ela explicou-lhe tintim por tintim como queria o presente – marca, cor, tamanho, desenho. Ele entendeu e esqueceu. E o cheiro do rapaz a incomodar cada vez mais. Ele se sentia inseguro, angustiado. Ela, tão bonita, alegre, despertava olhares quando caminhava. Mordia-se de ciúmes. Passou a ligar várias vezes ao dia, mesmo durante o trabalho da moça. Ela dizia não, não ligasse em horário de trabalho. Uma tarde ela se atrasou. Ele ligou e ela explicou que não terminara ainda o serviço. Ele disse que não era hora de serviço e que ela estava mentindo. Afinal, onde estava até aquela hora? A ira tomou conta da moça. Subiu a raiva aos borbotões, de fonte primitiva e desconhecida, dique rompido. Deixou-o falando sozinho. Passada a crise, ele pediu mil desculpas, chorou, agarrou-se às pernas dela, soluçou perdão. A moça olhando com os olhos dos outros, em seus botões repetia - perfeito. Tinha tirado a sorte grande, não encontraria rapaz melhor que ele. Esperaria e o tempo curaria a ferida. Mas o cheiro dele não mudava e a moça começou a sentir dores no corpo e insônia.

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Nos seus angustiados devaneios pensava: se tiver que casar com ele me mato. Mesmo assim ia ao seu encontro. Achava que tinha obrigação, ele era seu príncipe, seu lindo e chegara para ocupar todos os dias dela. Uma tarde, caminhando logo atrás dele teve a certeza da revelação: até o jeito de caminhar era igual ao de seu pai. Apenas lhe disse que não a procurasse mais. Não gostava dele nem de seu cheiro. Ele estrebuchou, chorou, suplicou. Telefonou mil vezes e não foi atendido. Nunca mais. Nelci Veiga Mello Academia de letras de Campo Mourão Academia de Letras de Teófilo Otoni

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Ricardo Calderari é homenageado com o troféu Cooperativas Orgulho do Paraná

O diretor-secretário da Coamo, Ricardo Accioly Calderari, engenheiro agrônomo e um dos pioneiros no uso do plantio direto na região de Campo Mourão, foi homenageado durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Ocepar, em 01 de abril 2019, em Curitiba. Ele recebeu o troféu “Cooperativas Orgulho do Paraná”, em reconhecimento ao trabalho realizado na diretoria da entidade, em defesa dos interesses do cooperativismo paranaense. Quem entregou a homenagem foi o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, eleito para compor a próxima diretoria da Ocepar, gestão 2019/2023.

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O Mourãoense Jair Elias cumpre agenda com autoridades na Capital

O historiador Jair Elias dos Santos Júnior esteve recentemente cumprindo diversos compromissos na Capital do Paraná. Todas as visitam objetivam conseguir apoio para o desenvolvimento de um novo projeto, que busca resgatar a memória e preservação de um dos principais símbolos do Paraná. Com a finalidade de apresentar o projeto “Palácio Iguaçu: coragem de realizar de Bento Munhoz da Rocha Neto”, iniciativa aprovada pela Lei Rouanet, o historiador esteve reunido com o vice-governador, Darci Piana, e com o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slaviero. Além deles, Jair Elias esteve com o ex-governador, Orlando Pessuti, diretor administrativo do BRDE (Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul). Durante as audiências com o vice-governador e com o vice-prefeito de Curitiba, ambos foram presenteados com a obra “Campo Mourão: a construção de uma cidade”, lançada em setembro do ano passado. 68

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Segundo Jair Elias, “o projeto busca trazer a memória e preservar o Palácio Iguaçu, que é o símbolo do Paraná. E que foi palco dos grandes acontecimentos da história política do Estado”. O historiador aponta ainda que o prédio “também é uma importante referência da arquitetura paranaense e um legado de uma geração que fez história”. Entre as etapas do projeto apresentando, está o desenvolvimento de um livro, ampliado e revisto, e uma exposição itinerante pelas principais cidades do Paraná. Além de um documentário mostrando a história do Palácio desde a sua inauguração em 19 de dezembro de 1954, no governo de Bento Munhoz da Rocha Neto. A iniciativa é coordenada pelo Núcleo de Mídia e Conhecimento, de Curitiba, e pela Nova História Pesquisas Históricas, de Campo Mourão. Acompanharam as visitas do historiador Jair Elias nos Palácios Iguaçu e 29 de março, o empresário Fábio Chedid Silvestre, do Núcleo de Mídia e Conhecimento, e o diretor da Nova História, William Moser.

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Verduras podem auxiliar no

controle da degeneração macular Condição é a causa mais frequente de cegueira acima dos 65 anos Verduras verdes podem ajudar a controlar a evolução da degeneração macular relacionada à idade, a causa mais frequente de cegueira em pessoas acima dos 65 anos. Couve, escarola, espinafre e brócolis, segundo o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), têm zeaxantina e luteína, que são antioxidantes e pró-vitamina A. Estudos relacionam a baixa concentração dessas substâncias no organismo à degeneração macular. A mácula é a parte da retina responsável pela visão de detalhes e cores. Os sintomas iniciais da degeneração macular são visão embaçada e distorção das imagens.

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Levando-se em conta não só esses sintomas, mas também a idade, o CBO recomenda que pessoas acima dos 50 anos façam visitas anuais ao oftalmologista para exame de fundo de olho. O tratamento da degeneração macular busca reduzir o edema da mácula com medicamentos e injeções intraoculares. Se algumas dietas ajudam, outras podem atrapalhar. Alimentos e suplementos com cálcio —que para portadores de osteoporose têm potencial benéfico—, podem ser prejudiciais para o quadro de degeneração macular relacionada à idade, como informam no Jama Ophthalmology deste mês Alana K. Tisdale e colaboradores. Por isso, principalmente para idosos, orientações médica e nutricional com profissionais da área são importantes.


Happy Hour de Negócios, Projeto da Câmara da Mulher

Dezenas de empresárias e gestoras de negócios de Campo Mourão, além de outros convidados, foram recepcionados pela Empreendedora Destaque/2018 Edilaine Maria de Castro na noite de 25 de março. O projeto Happy Hour de Negócios foi realizado nas dependências do Espaço Sou Arte. A atividade faz parte das ações desenvolvidas pela Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Campo Mourão e Região (Cmeg) e o projeto tem o apoio do Sindicato Empresarial do Comércio (Sindicam) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio).

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O Espaço Sou Arte foi escolhido para sediar o evento porque a diretora executiva da empresa que há 15 anos atua na área cultural, Edilaine Maria de Castro, conquistou o Prêmio Empreendedora Destaque/2018, outorgado pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac e a Cmeg Paraná. A entrega foi realizada no Centro de Convenções do Hotel Sesc Caiobá, no litoral do Paraná. A abertura do Happy Hour de Negócios teve apresentação de parte do elenco do Espaço Sou Arte em uma coreografia em homenagem à mulher. Na sequência, a presidente da Câmara da Mulher de Campo Mourão, Ester de Abreu Piacentini, detalhou o calendário de atividades da entidade para os próximos meses e destacou a crescente participação das mulheres no meio empresarial. Também discorreu sobre a relevância do Prêmio Empreendedora Destaque e enalteceu a trajetória de sucesso de Edilaine Maria de Castro, além de falar sobre a atuação do Espaço Sou Arte não apenas no Paraná, mas em vários outros estados brasileiros e até em países vizinhos. Presença das diretoras Claudia Oliveira, Cidinha Coletty, Cristina Schreiner Mota, Giselta Silva, Lucilene Araújo, Sonia Regina Afonso.

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A Homenageada Edilaine Maria de Castro, a Empreendedora Destaque de Campo Mourão e Região/2018, discursou em seguida sobre suas origens, contou passagens importantes da sua vida, lembrou de desafios superados e deu ênfase a importância e significado da conquista do Prêmio Empreendedora Destaque. “Foi o reconhecimento da comunidade onde me criei e a escolha para receber o importante prêmio teve um significado especial. Afinal, foi o reconhecimento de um trabalho de anos, não apenas meu, mas de toda uma equipe”. A empresária também anunciou que não poderia estar presente à cerimônia de entrega da premiação, em razão de compromisso profissional em Santa Catarina contratado há mais de um ano. Visivelmente emocionada, Edilaine Castro comunicou que na entrega do Prêmio Empreendedora Destaque seria representada pela mãe, a professora aposentada Antônia Maria de Castro.

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BODA DA TEMPORADA JHENIFER E FERNANDO Momento impar dos noivos Jhenifer C. Emer de Medeiros e Fernando A. de Medeiros Machado com linda cerimônia religiosa no Santuário N. Sra. Aparecida, tendo os padrinhos de aliança a avó do noivo Dalva Araci Lopes Medeiros e o irmão da mesma, Victor. A festa foi maravilhosa, celebrando a união do casal na Fazenda Santa Helena de propriedade da família. Aos nubentes, os nossos votos de felicidades!! Fotos: Joel Rossi

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FESTA DE ANIVERSÁRIO, OITO ANOS NO ESTILO LOL As encantadoras irmãs Letícia a Rebeca comemoraram aniversário arrasarando, vestidas igual as bonequinhas LOL, a febre do momento. A tarde foi animada recebendo os amiguinhos com brincadeiras na cama de bolinha, pula-pula, pintura no rosto, e outras atrações. Participo há 8 anos das comemorações, parabéns aos pais Regiane e Celso Ramos, recebendo-nos com carinho.

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ISABELA FESTEJOU 4 ANOS Linda de viver Isabela comemorou 4 anos com festa da Minnie Rosa. Com bom gosto e muita alegria dos amiguinhos, este motivo é uma das tendências dos aniversários do momento, a festa da Minnie rosa. Felicidades dos pais médicos Oftalmologistas Jussara e Marcelo Brito e a irmã Ana Beatriz. Parabéns Isabela, Jesus te Abençoe!!

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PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DO INÁCIO DE PAOLIS Linda de viver Isabela comemorou 4 anos com festa da Minnie Rosa. Com bom gosto e muita alegria dos amiguinhos, este motivo é uma das tendências dos aniversários do momento, a festa da Minnie rosa. Felicidades dos pais médicos Oftalmologistas Jussara e Marcelo Brito e a irmã Ana Beatriz. Parabéns Isabela,

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Colação de Grau Unicesumar

A equipe Unicesumar Campo Mourão, representada por sua gestora Profa. Cida Freitas, sente-se honrada e feliz por entregar para Campo Mourão e Região profissionais de diversas áreas do conhecimento após bela e festiva Colação de Grau. Parabéns aos novos graduados!

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BAILE DE ANIVERSÁRIO - 65 ANOS DA LOJA MAÇÔNICA LUZ DO ORIENTE 1ª Nº 11 Noite da gala! Ah, foi maravilhosa, mais uma edição de sucesso do baile de aniversário da Loja Maçônica Luz do Oriente. Glamour e referência ao bom gosto, menu caprichado com bebidas a vontade o tempo todo. Ao som da Banda Café Society, a noite seguiu alegre em companhia de amigos. Parabéns a organização impecável em cada detalhe. Reportagem completa no site www.cidinhacoletty.com.br

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As coisas são simples, mas não são fáceis.

*Roberto Recinella

Muitas coisas ruins acontecem diariamente ao nosso redor no mundo, basta ligar a televisão ou abrir o jornal que somos imediatamente bombardeados por tragédias e desespero, notícias ruins sempre atraíram mais atenção, com isso acabamos sendo contaminados pelo caos da globalização Mas não se deixe envolver somente por estes acontecimentos em vez de concentrar-se neles, tenha esperança no futuro. Pense em quantos avanços já houve. Talvez o futuro nos reserve a cura das doenças, o fim da violência, a diminuição da pobreza e da fome. Se você tiver esperança, sentirá estímulo e contribuirá para as mudanças. Se sua perspectiva for pessimista, achará que não adianta fazer nada e perderá o ânimo, e o mundo a sua volta ficará pior ainda. Mas não adianta sermos apenas reativos, o desafio é sermos proativos, catalisadores de mudanças. Deveria existir alguma lei no universo em que um homem deva, pelo menos uma vez em toda a sua vida, reconsiderar o ca-

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soas que quebraram paradigmas em suas épocas modificando a o conceito de verdade daquele período, Galileu Galilei provou definitivamente a teoria do heliocentrismo, em que o Sol e não a Terra era o centro do sistema solar, Santos Dumont de que um objeto mais pesado do que o ar poderia voar. Algumas delas mudaram realmente o mundo, mas a maioria simplifica diariamente a vida de milhões de pessoas apenas com suas ideias. Herb Kelleher, Presidente da Soutwest Airlines, conta que, quando a companhia teve início em 1971 (ela foi fundada com a premissa de manter as coisas simples), usava passagens de caixa registradoras que tinham a aparência de bilhetes de ônibus. Os clientes escreveram e reclamaram disso: Eles as jogavam no lixo por acidente em virtude de sua aparência insignificante; Seus animais de estimação as comiam; Eles a lavavam com seus jeans por esquecimento. Foi feita uma proposta para instalar um sistema de passagens

minho que escolheu para si mesmo. Rever a sua jornada. Porque temos tanto medo da mudança? Talvez por termos sido criados na ambiguidade, tais como: cooperação x competição, verdade x mentira, curto x longo prazo, certo x errado, com isso para ganhar é preciso que alguém perca. Está tudo errado. Entre o preto e branco temos diversos tons de cinza, não existe verdade absoluta. Antoine de Saint-Exupéry disse que “O progresso do homem não é mais do que uma descoberta gradual de que suas perguntas não têm significado”. Cristóvão Colombo foi um dos maiores exploradores da história, e é amplamente reconhecido como um dos primeiros europeus a liderar uma frota de navios até a América. Naquela época acreditava-se que o mundo era plano e que a expedição de Colombo estava fadada ao fracasso, pois chegaria ao final do mundo, muito pelo contrario, Colombo surpreendeu a todos provando que o mundo era redondo. Existem centenas de exemplos de pes-

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computadorizado de bilhões de dólares a fim de corrigir os problemas. Durante a discussão, um de nossos vice-presidentes sugeriu que, simplesmente modificássemos as caixas registradoras que imprimissem “ISTO É UMA PASSAGEM” atravessando na parte superior de cada pedaço de papel emitido pelas máquinas, e assim fizemos. O problema foi resolvido. Ter uma ideia é mais simples do que implementá-la. Jack Welch, Ex-Presidente da General Eletric, diz que os líderes reais não precisam de desordem. As pessoas devem ter autoconfiança para serem claras, precisas, terem certeza de que toda pessoa de sua organização - do mais alto ao mais baixo escalão - compreenda o que a empresa está procurando alcançar. Porém, não é fácil. Não se pode acreditar quão é difícil é para as pessoas serem simples, o quanto temem ser simples. Elas se preocupam com a suposição de que, se forem simples, as pessoas as considerarão sim-

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plórias. Na verdade, sem dúvida, é exatamente o oposto. Pessoas claras e diretas são as mais simples. “Tudo é mais simples do que podemos imaginar e, ao mesmo tempo, mais intrincado do que poderíamos conceber”, dizia Goethe. Em entrevista para a revista HSM Management em abril de 2001, Edward de Bono, a principal autoridade no campo do pensamento criativo, inovação e do ensino do pensamento enquanto competência específica, igualmente reconhecido pelo desenvolvimento da técnica dos Seis Chapéus do Pensamento (Six Thinking Hats) e DATT (Direct Attention Thinking Tools) dando origem ao conceito de Pensamento Lateral, palavra que consta do Dicionário de Língua Inglesa de Oxford, em uma de suas últimas obras “Simplicity”, fala da simplicidade como uma questão estratégica. Diz que “sem simplicidade, acontecem pelo menos duas coisas: Primeiro, a vida se torna mais complexa e as pessoas mais ansiosas. Segundo, não estaremos em condições de tirar vantagem de tudo o que o desenvolvimento tecnológico oferece. Portanto, a simplicidade se transformará em valor-chave ou central, ou seja, como projetar alguma coisa para que seja simples”. De que adianta comprar um super celular com centenas de funções se apenas 5% das pessoas conseguem usar mais de meia-dizia dúzia das funções? Assim, se comparamos um ser humano á um aparelho eletrônico qualquer descobriremos que também possuímos centenas de funções e que apenas 5% das pessoas sabem explorar, as demais desperdiçam seu potencial. Henry Peter Broughman descreve de forma perfeita como a educação influencia tanto no potencial humano, seja na vida pessoal ou na organizacional do indivíduo. “A educação torna a pessoa fácil de ser liderada, mas difícil de ser conduzida, fácil de se governar, mas impossível de escravizar”. CIDADE EM REVISTA

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O conhecimento é o óleo que lubrifica as engrenagens do potencial pessoal, sem ele tudo emperra. Desde o autoconhecimento, necessário para ter consciência de seus talentos e limitações, somente assim você terá condições de desenvolver o seu potencial. Imagine que sua meta seja ser um piloto de Fórmula 1, mas se você não souber dirigir, isso se tornará impossível. Deve-se fazer um diagnóstico transparente das competências e incompetências pessoais para que assim cada um elabore a sua estratégia de desenvolvimento. A partir do diagnóstico pessoal é você poderá buscar o conhecimento restante que lhe falta, e será através dele que seu crescimento será sustentado. A simplicidade advém do conhecimento, sem ele tudo a sua volta se torna complexo e difícil, imagine-se analfabeto:

Como você iria interagir com o mundo ao seu redor? Claro que este é um exemplo extremo, mas quantas coisas no seu dia a dia são fáceis por você ter o conhecimento de entendê-las e tornam-se difíceis quando você não o possui. Dirigir um carro hidramático, programar a atualização de um programa de computador, ler uma carta náutica, preparar a receita de um “Coq au vin” *, realizar uma cirurgia cardíaca, limpar os vidros de um arranha-céus e dezenas de outras atividades são corriqueiras para alguns e impossíveis para outros, o que as define como simples ou difíceis é puramente o conhecimento. Simples ou difícil? Depende do seu conhecimento, logo, depende de você. * Coq au vin é um prato típico da culinária francesa, feito à base de carne de galo cozida no vinho tinto. Roberto Recinella, escritor

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DICAS DE LEITURA José Aroldo Gallassini Uma Visão Compartilhada

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obra é de autoria do jornalista, escritor e palestrante Elias Awad, e foi motivada pelo propósito de Gallassini partilhar um pouco da sua experiência, empreendedorismo e cooperativismo mostrando o que foi realizado e deu certo, o que alcança o sucesso e a aprendizagem nesses anos todos. Além de contar um pouco da sua trajetória empresarial e também sua origem e relata sua opção de vida pela agricultura e cooperativismo, e o compromisso com os associados da Coamo. O propósito de partilhar um pouco da sua experiência, empreendedorismo e cooperativismo mostrando o que foi realizado e deu certo, o que alcança o sucesso e a aprendizagem nesses anos todos, motivou Gallassini a ter sua biografia escrita por meio do livro José Aroldo Gallassini – “Uma Visão Compartilhada”, a inspiradora trajetória do presidente da maior cooperativa agrícola da América Latina”.

Autor: Elias Awad Nº de Páginas: 240 Assunto: Autoajuda Ano: 2018

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Já Te Disse Adeus, e Agora, Como Te Esqueço? “Como sobreviver depois que o amor acaba? Quem nunca passou por uma desilusão amorosa? Pelo fim de um relacionamento que nos deixa sem chão? Neste novo livro, Walter Riso examina o luto afetivo, suas características, etapas e armadilhas correntes, e como fazer para tornar mais leve esse processo. Com toda sua experiência de terapeuta cognitivo, ele dá dicas para que se possa transformar este sofrimento atroz em algo útil. Afinal, uma separação é uma crise, e todas as crises também significam novas oportunidades.

Autor: Walter Riso Nº de Páginas: 192 Assunto: Autoajuda Ano: 2018

A Casa da Floresta

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s brumas de Avalon, clássica releitura do mito arturiano sob a perspectiva feminina, é a obraprima da autora Marion Zimmer Bradley. Ao longo dos anos após a escrita do primeiro volume, Bradley se dedicou aos demais romances do chamado Ciclo de Avalon, do qual A Casa da Floresta foi o segundo título a ser publicado. Nos primeiros anos do Império Romano nos territórios da Britânia, os druidas e sua religião seguem duramente massacrados e perseguidos pelas legiões de César. Após a destruição da Casa das Mulheres na sagrada ilha de Mona, as sacerdotisas, que juraram proteger os ritos ancestrais de sabedoria, cura e magia consagrados à Deusa, buscam refúgio em um novo santuário: a Casa da Floresta.

Autor: Marion Zimmer Nº de Páginas: 416 Assunto: Literatura Internacional Ano: 2018 88

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Corações Quebrados

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om mais de um milhão de leituras no Wattpad, chegará às livrarias brasileiras o segundo volume da Série QUEBRADOS. CORAÇÕES QUEBRADOS aborda a depressão, o luto e a deficiência física. Entre as dores da perda e a incapacidade de seguir em frente, Emília vive os seus dias numa clínica. Está estagnada. É nesse inferno pessoal que ela conhecerá Diogo, alguém que também foi vitimado por uma tragédia.Será que é possível dois corações quebrados encontrarem a felicidade? Numa sociedade onde a nossa aparência continua a valer mais do que a essência, é difícil continuar a jornada da vida quando tudo nos é arrancado. Passamos os dias a olhar a capa das pessoas.

Autor: Sofia Silva Nº de Páginas: 344 Assunto: Literatura Internacional Ano: 2018

SE NÃO FOSSE O CABRAL

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m homem sem impedimento moral, sem pudores, disposto a tudo para enriquecer. Este livro-reportagem reconstitui a trajetória de Sergio Cabral Filho, do vereador travestido de idealista até poderoso governador do estado do Rio, preso pela Operação Lava Jato depois de ser acusado de receber milhões de propinas para fechar contratos públicos. “Se não fosse o Cabral – A máfia que destruiu o Rio e assalta o país” traça o retrato de uma geração de políticos, parceiros de Cabral num dos maiores esquemas de corrupção na história do nosso país. Um livro sobre o Brasil da promiscuidade entre os interesses públicos e privados, do fisiologismo político, do tráfico de influências, da corrupção impune.

Autor: Tom Cardoso Nº de Páginas: 312 Assunto: Biografia Ano: 2018

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STARS - AS ESTRELAS ENTRE NÓS “Anna Todd é a autora da série best-seller internacional After. Ela sempre foi uma leitora ávida e decidiu escrever suas próprias histórias, pelo celular, na plataforma Wattpad. A série After tornou-se a mais lida do Wattpad no mundo. A edição impressa da série foi publicada em 2014, traduzida para mais de 30 línguas e atingiu mais de 8 milhões de exemplares vendidos. Anna Todd foi primeira na lista dos mais vendidos na Itália, Alemanha, França e Espanha. Atualmente, Anna e seu marido moram em Los Angeles. “

Autor: Anna Todd Nº de Páginas: 304 Assunto: Romance Ano: 2018

A Contrapartida “O que poucas pessoas têm em mente é que Cultura, no sentido mais amplo da palavra, não se restringe apenas ao entretenimento. O objetivo maior e primeiro da Cultura é nos transformar em pessoas melhores, agregando novos conhecimentos e percepções sobre nós mesmos, os outros e o entorno em que vivemos - é isso que A Contrapartida faz. A sua leitura nos proporciona uma série de profundas e valiosas reflexões sem, contudo, deixar o entretenimento e o suspense de lado.

Autor: Uranio Bonoldi Nº de Páginas: 344 Assunto: Literatura Nacional Ano: 2016

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Dr.

Silvio Augusto Coletty

PEDIATRIA E ALERGIA

CRM | 4889

27 de Julho Dia do Pediatra

Parabéns

Para quem cuida dos pequenos com amor e dedicação.

R. São Josafat, 1418 - Sl 26 Centro Médico - Campo Mourão - PR

44. 3523-2115 scoletty@gmail.com


Seu corpo em harmonia.

Av. Cap. Índio Bandeira, 341 | Campo Mourão - PR

44. 3523-2720 | 44. 3523-8119 | 44. 9 9806-0246


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