74ª Edição Nacional – Jornal Chico da Boleia

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Ano 07 - Edição 74 - Fevereiro 2018

Peterbilt incorpora na linha mais um gigante das estradas A UltraLoft, nova cabine para longas distâncias do 579 foi desenvolvida com sugestões dos caminhoneiros

Pág. 04 Rodovia Tamoios passa a oferecer wi-fi ao usuário O acesso é exclusivo para a comunicação entre os usuários e a concessionária e tem como objetivo agilizar a prestação de serviços, informações e atendimentos.

Pág. 11 Mercedes-Benz inicia 2018 com bom desempenho nas vendas de caminhões A Mercedes-Benz inicia o ano de 2018 movimentando de forma expressiva o mercado de caminhões, ônibus e comerciais leves.

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EDITORIAL política e econômica que o Brasil vive. Neste início de ano já tivemos duas coletivas de imprensa com duas das principais montadoras de caminhões do país e o bom é que as duas estão bem otimistas e com bons números em dezembro e janeiro apontando para uma expectativa de crescimento na ordem de 30%.

Pela tradição o ano começa agora. Será?

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ompanheiros e companheiras do tapete negro da estrada, dizem que no nosso amado Brasil as coisas só andam depois do carnaval! Eu procuro não acreditar nisso, se não vamos ter que esperar passar a Copa do Mundo e depois as eleições para “começar o ano”. Mas daí já estaremos em dezembro e nada! Deixemos isso para quem gosta enrolar que não é o nosso caso. No Carnaval deste ano, a Escola de Samba Rosas de Ouro homenageou os caminhoneiros com seu samba-enredo e fez um desfile muito bonito em São Paulo. Infelizmente, isso não foi suficiente para a escola ganhar o título do grupo especial. No Rio de Janeiro, as Escolas de Samba que ficaram em 1ª e 2ª lugar levaram para a avenida enredos bem críticos a realidade

O otimismo impera, como de costume o agronegócio vem para quebrar novos recordes, e isso mantem parte da frota de caminhões em movimento. A indústria começa a reagir fazendo que outro nicho do mercado comece a se movimentar. Durante o primeiro grande evento do ano, o CONET & INTERSINDICAL, realizado em Natal – RN, no início do mês de fevereiro, ficou evidente que o grande nó do nosso setor continua sendo a discussão do Marco Regulatório do Transporte. Isso é preocupante pois pode, de uma hora para outra, mudar as regras do jogo e nos pegar de calças curtas. Vejam a instituição de mais um documento que se mostra inócuo diante de tantos outro. Talvez mais uma lei possa não melhorar o setor conforme as expectativas apresentadas. Para além da questão do marco regulatório, durante o evento foram debatidos

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA outros assuntos importantes para o nosso setor, como os custos e tarifas do transporte e o dispositivo de identificação eletrônica. Os detalhes do evento estão na nossa reportagem principal. Como já disse em outras ocasiões temos que fazer acontecer sem esperar que a parte política se resolva, até porque nossos setores políticos tem se mostrado cada vez menos capazes de resolver qualquer coisa de forma rápida e satisfatória. Por isso, nós temos que nos organizar e fazer acontecer. Imagine se o pessoal do agronegócio fosse esperar as coisas se resolverem para plantar ou colher? Nem é bom pensar! Cabe a cada um de nós arregaçar as mangas e fazer o que tem que ser feito. Companheiros e companheiras, estamos já no segundo mês de um ano que promete ser de muitas lutas. Queremos agradecer a todos que nos dão uma audiência maravilhosa seja lendo nossos jornais, acessando nosso site ou nos acompanhando pelas redes sociais. Queremos agradecer aos nossos patrocinadores que acreditam que, mais que publicidade, o importante é informar com precisão. Um abraço, Chico da Boleia Orgulho de ser caminhoneiro

EXPEDIENTE TIRAGEM: 50.000 exemplares Nacional DIRETORA-PRESIDENTE: Wanda Jacheta EDITOR-CHEFE: Chico da Boleia chicodaboleia@chicodaboleia.com.br COORDENAÇÃO E REVISÃO: Larissa J. Riberti imprensa@chicodaboleia.com.br DIAGRAMAÇÃO E ARTE: Pamela Souza marketing@chicodaboleia.com.br FOTÓGRAFOS: Matheus A. Moraes Murilo de Abreu PUBLICIDADE: marketing@chicodaboleia.com.br

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PAPO DE BOLEIA

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ChICO DA BOLEIA RESPONDE

ESCREVA! ENVIE SUA OPNIÃO, DICAS E SUGESTÕES

Pesquisa da NTC&Logística aponta 16,95% de defasagem do frete

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FONTE: NTC | FOTO: Divulgação Internet

NTC&Logística divulgou na quinta-feira, dia 1, o Índice de Variação do INCT, após pesquisa realizada em parceria com a ANTT. A pesquisa envolveu 2.495 empresas de transporte rodoviário de cargas em todo o Brasil e traz um panorama de 2017. “Apesar da pequena recuperação do frete em 2017, essa não foi suficiente para recompor a defasagem acumulada nos últimos anos”, afirma Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística.

tos e 12,49% nas distribuidoras), depois as majorações de salários, que chegaram a 4,50%, aumento das despesas administrativas da ordem de 3,55%, manutenção (1,94%), preço dos pneus novos (7,56%) e preço dos veículos (8,60%). “O setor de transporte rodoviário de carga foi fortemente atingido pela situação econômica do Brasil dos últimos quatro anos. As empresas transportadoras lutaram para se adaptar à nova realidade do mercado, reduzindo custos, diminuindo de tamanho, cedendo a exigências e, principalmente, reduzindo o frete.”, afirma José Hélio Fernandes, presidente da NTC&Logística.

Entre os números apresentados, foi analisada uma defasagem de 20,60% nos fretes de carga lotação e 13,95% “As dificuldades do período para carga fracionada. também prejudicaram muito a E faz uma recomendaDe acordo com a pescobrança dos demais componentes ção. “Orientamos o transquisa, 62% das emportador para que faça presas entrevistadas tarifários. Neste caso, é imprescindível que sejam cobrados de forma suas contas e adeque sua tiveram queda no fatuadequada”, explica Valdívia. remuneração aos desafios ramento e 47,6% dimique estão por vir e encontre nuíram de tamanho. “As junto com os contratantes o dificuldades do período equilíbrio comercial necessário, também prejudicaram muito a sobretudo neste momento, sob pena de cobrança dos demais componentes se verem diante de situações de difícil e tarifários. Neste caso, é imprescindível que onerosa solução em suas operações”, ressejam cobrados de forma adequada”, explisalta. ca Valdívia. Com a crise, toda a cadeia produtiva foi afetada e o pagamento do frete ficou prejudicado. 52,4% das transportadoras estão com fretes a receber em atraso, o que significa, em média, que as empresas demoram 25,9 dias para receber o pagamento. Como consequência disso, 40,6% delas estão com parte da frota parada e 29,3% sofrem com alguma ação trabalhista. Os fatores que mais contribuíram para esta situação em 2017 foram, em primeiro lugar, os aumentos dos custos, em especial o do combustível (9,44% nos pos-

E-MAIL: chicodaboleia@chicodaboleia.com.br FACEBOOK: facebook.com/chicodaboleia

PERGUNTA André: Como faço para recorrer ou quem poderia ser indicado para defender? Já paguei a multa com o desconto, é possível ainda recorrer? CB: André, depois que se paga a multa, não há mais como recorrer. Caso você te-

nha outros problemas com multas e queira recorrer e se defender, quem fará a sua defesa é o Sindicato da cidade na qual seu RNTRC está registrado. Por isso, recomendamos que você procure a entidade que te representa e peça mais informações. Caso você tenha alguma dificuldade nessa busca, nos procure novamente e vamos investigar para você.

Um abraço, Chico da Boleia


FIQUE POR DENTRO

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Peterbilt incorpora na linha mais um gigante das estradas

A UltraLoft, nova cabine para longas distâncias do 579 foi desenvolvida com sugestões dos caminhoneiros FONTE: Estradão | FOTO: Peterbilt

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ais espaço interno livre, piso totalmente plano, compartimentos adicionais para armazenamento e maior área de estar são apenas alguns dos benefícios que os condutores encontrarão no novo Peterbilt 579 UltraLoft, apresentado pela fabricante de Denton, no Texas. Se ficou mais confortável para o condutor, também o dono da frota irá gostar. Segundo a companhia, os engenheiros conseguiram melhorar a aerodinâmica em 2%, o que proporciona uma economia de 1% em comparação com a cabine tradicional do 579. A menor resistência ao ar se deve ao conceito de design integral usado na construção do caminhão, no qual a cabine e os acessórios aerodinâmicos são praticamente parte de uma peça única. De acordo com representantes da fabricante, o novo 579 UltraLoft é resultado da colaboração de operadores de transporte e principalmente motoristas. Foram ouvidos em torno de 400 profissionais das estradas durante o desenvolvimento para saber o que funcionaria ou não na nova versão do modelo. “Os clientes pediram um produto que oferecesse mais espaço disponível, mas também eficiência e economia”, disse Kyle Quinn, gerente geral da Peterbilt Motors e vice-presidente sênior da Paccar. “Estou confiante de que os motoristas abraçarão completamente esta nova casa longe de casa.”

Na área de descanso, a cabine UltraLoft oferece 2 m³ para armazenamento, dentre prateleiras e armários. Inclui ainda um beliche (opcional), sendo a cama a de cima dobrável, o que permite dobrar a capacidade para guardar objetos. As camas, aliás, contam casos a parte. De acordo com a fabricante, são as maiores do mercado dos Estados Unidos, com 2,2 metros de comprimento, a debaixo, e 2 m, a de cima, ambas com pouco mais de um metro de largura.

Há espaço para uma TV grande no final do beliche inferior | FOTO: Peterbilt

Tomadas de energia também não faltam ano interior da UltraLoft, desde as de 12 volts, como as de 110 volts, além de portas USB bem posicionadas para facilitar acesso. Os motoristas certamente apreciarão o espaço adicional para a instalação de um TV de 32 polegadas e a presença de prática mesa de jantar ou de trabalho. A nova versão do 579 é uma reação da fabricante frente às novas opções de veículos para longas distâncias rodoviárias apresentadas por rivais como Freightliner, Navistar, Mack e Volvo. O 579 UltraLoft, como os outros modelos da fabricante, conta com amplas possiblidades de configuração, do tipo de chassi aos eixos. Para o trem de força, o transportador pode escolher motores Paccar de 13 litros que geram de 380 a 500 cv associados a uma caixa de transmissão automática. No portfólio também há opções de motores a gás natural fornecidos de Cummins. O Peterbilt 579 UltraLoft está programado para entrar em produção a partir de julho, na fábrica de Denton.

Uma escada dobrável oferece fácil acesso ao beliche superior do modelo 579 UltraLoft.


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REPORTAGEM

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CONET & INTERSINDICAL debate marco regulatório e custos do TRC. Evento reuniu especialistas que também apresentaram pesquisa sobre os fatores que influenciaram na defasagem do frete. Redação Chico da Boleia com informações NTC & Logística e revista Valor

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ntre os dias 01 e 04 de fevereiro, foi realizado na cidade de Natal, o CONET & INTERSINDICAL, tradicional evento organizado pela NTC & Logística. Tendo como anfitrião o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas Rio Grande do Norte (Setcern), o encontro reuniu especialistas do transporte rodoviário de cargas para debateram questões relevantes para o setor como o marco regulatório e o impacto da reforma trabalhista. Na abertura do evento, compuseram a mesa o presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, o vice-presidente da NTC&Logística, Urubatan Helou, o presidente do SETCERN, Sebastião Segundo, o presidente da ABTC, Pedro Lopes, a coordenador da COMJOVEM Nacional, Ana Carolina Jarrouge, a secretária de mobilidade urbana de Natal, Elequicina Santos, e o superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Norte, Marcelo Montenegro. Nas apresentações realizadas durante o Fórum, Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística, apresentou o Índice de Variação do INCT. Em seguida, Lauro Valdívia, assessor técnico da mesma entidade, revelou a pesquisa de mercado realizada em parceria com a ANTT. A pesquisa envolveu 2.495 empresas de transporte rodoviário de cargas em todo o Brasil e aponta o cenário no primeiro semestre de 2017. “Apesar da pequena recuperação do frete em 2017, essa não foi suficiente para recompor a defasagem acumulada nos últimos anos”, afirma Lauro.

Ainda foram apresentados números sobre a defasagem do frete e os problemas relacionados aos custos e tarifas do transporte rodoviário. Entre os dados analisados, foi constatada uma defasagem de 20,60% nos fretes de carga lotação e 13,95% para carga fracionada. De acordo com a pesquisa, 62% das empresas entrevistadas tiveram queda no faturamento e 47,6% diminuíram de tamanho. “As dificuldades do período também prejudicaram muito a cobrança dos demais componentes tarifários. Neste caso, é imprescindível que sejam cobrados de forma adequada”, explica Lauro. Com a crise, toda a cadeia produtiva foi afetada e o pagamento do frete ficou prejudicado. 52,4% das transportadoras estão com fretes a receber em atraso, o que significa, em média, que as empresas demoram 25,9 dias para receber o pagamento. Como consequência disso, 40,6% delas estão com parte da frota parada e 29,3% sofrem com alguma ação trabalhista.

ro lugar, os aumentos dos custos, em especial o do combustível (9,44% nos postos e 12,49% nas distribuidoras), depois as majorações de salários, que chegaram a 4,50%, aumento das despesas administrativas da ordem de 3,55%, manutenção (1,94%), preço dos pneus novos (7,56%) e preço dos veículos (8,60%). “O setor de transporte rodoviário de carga foi fortemente atingido pela situação econômica do Brasil dos últimos quatro anos. As empresas transportadoras lutaram para se adaptar à nova realidade do mercado, reduzindo custos, diminuindo de tamanho, Situação - Afirmaram que estão pior que antes

cedendo a exigências e, principalmente, reduzindo o frete.”, afirmou José Hélio. E faz uma recomendação: “orientamos o transportador para que faça suas contas e adeque sua remuneração aos desafios que estão por vir e encontre junto com os contratantes o equilíbrio comercial necessário, sobretudo neste momento, sob pena de se verem diante de situações de difícil e onerosa solução em suas operações”. O quadro abaixo traz um resumo da situação atual e um comparativo com os períodos anteriores: jan/16

ago/16

jan/17

ago/17

jan/18

71%

74%

82%

62%

52%

- Não aumentaram ou deram desconto no frete

64%

81%

90%

91%

82%

- Recebem abaixo do custo (NTC)

67%

71%

72%

79%

67%

- Tiveram diminuição no faturamento

76%

77%

84%

71%

62%

- Não recebem Frete valor

31%

30%

69%

70%

70%

40%

67%

79%

80%

79%

- Não recebem GRIS - Prazo médio de recebimento do frete

34,3 dias 35,4 dias 25,9 dias 26,7 dias 25,9 dias

- Tem frete a receber em atraso

84%

86,3%

44,2%

54,7%

52,4%

- Valor médio do frete em atraso

13%

13,3%

14,9%

14,3%

7,7%

48,5%

50,3%

48,3%

47,2%

46,3%

-x-

82,4%

36,4%

33,0%

29,0%

75,7%

65,4%

52,8%

38,7%

40,6%

José Hélio Fernandes, presidente Ntc & Logística

- Tributos em atraso

Os fatores que mais contribuíram para esta situação em 2017 foram, em primei-

- Existência de ações trabalhistas - Possuem veículos parados


REPORTAGEM Especialistas opinam sobre o marco regulatório e as expectativas para o ano de 2018. Apesar do cenário pouco promissor apresentado em 2017 e os dados sobre o alto custo do transporte no Brasil, os especialistas reunidos durante o Conet & Intersindical acreditam numa melhora dos índices de desenvolvimento do setor para este ano. Dentre os assuntos que estiveram em pauta durante o evento, o marco regulatório do setor e a implantação do Dispositivo de Identificação Eletrônica foram os mais comentados. Sobre o primeiro assunto, as opiniões se dividem. Alguns acreditam que o marco regulatório pode ser um agente transformador importante para que o setor possa retomar seu crescimento. No entanto, outros especialistas opinam que a nova lei vai burocratizar em demasia o setor. Já sobre o dispositivo, há uma discordância geral em torno a sua instalação obrigatória. Chico da Boleia, conversou com Afrânio Kieling, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul, que relatou com empolgação as discussões promovidas. Para Afrânio, o TRC é um setor de muitas divergências sobre as pautas, mas só a unificação dos envolvidos no debate é o caminho para o fortalecimento. O Presidente do Setcergs ainda lembra que é preciso construir soluções em conjunto. “Neste tipo de evento que corre por todo o Brasil se vê muita ideia boa, por isso é tão importante continuarmos com este tipo de trabalho.”, frisou. Sobre o marco regulatório, Afrânio afirmou que, desde o início das discussões, a SETCERGS vem trabalhando para a resolução do assunto. “Quando realizamos uma edição desse evento em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, foram criadas propostas para mais de 80 emendas, das quais foram aprovadas quase 30. Sem dúvidas esse foi um evento que se tornou um marcou na história do setor”, lembrou. Chico da Boleia ainda perguntou à Kieling sobre o que ele acha da instituição do Documento Eletrônico de Transporte (DTe) como instrumento para caracterização da operação de transporte rodoviário de cargas. Assim como outras lideranças do setor Afrânio Kieling repudia a implantação do documento, pois já existe o manifesto eletrônico de cargas. “Não há a necessidade de se criar o dispositivo. É certo

que este documento vai ter um custo para o transportador. O setor já não aguenta mais receber “penduricalhos” que oneram a operação de transporte. Estamos lutando para tornar nossas operações mais enxutas, mas infelizmente o governo vem jogando nas costas do setor sua inoperância”, ressaltou. Afrânio ainda disse que espera um ano de 2018 movimentado para o setor. “Desde o ano passado observamos um crescente no TRC, porem também houve uma desmobilização de alguns grupos. Precisamos voltar a nos mobilizar. Estes fóruns como a CONET & INTERSINDICAL mostram que as perspectivas são de melhora.”, afirmou o presidente do SETCERGS.

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA que já existe não atende suficientemente bem ao escopo de fiscalização da ANTT, todas as entidades sindicais, federações e entidades de grau superior deveriam trabalhar juntas para fazer com que o manifesto eletrônico possa suprir as necessidades da ANTT quanto a fiscalização eletrônica. Isso nos isentaria de um custo ainda maior”, opinou. Na opinião de Urubatan Helou, um dos fundadores da Braspress e vice-presidente da NTC & Logística, o marco regulatório implica em burocracias para os transportadores. Como empresário do setor, ele ainda acredita que as pessoas estão esperando que a legislação regule o mercado, o que pode ser uma esperança infundada. “Na verdade, todos aqueles que postulam o marco regulatório imaginam que se fará a regulagem do mercado através da legislação, mas, legislação não regula mercado, o que regula mercado é capacidade e competência”, afirmou. Helou ainda opina que o marco regulatório deveria ter sido pensado como uma extensão da já existente lei 11.442/2007, que aborda o transporte rodoviário de cargas por terceiros e suas responsabilidades.

Flávio Benatti, presidente da Federação das Empresas de Cargas de São Paulo (FETCESP) também conversou com Chico da Boleia. Ele acredita que o ano de 2018 tem condições de ser promissor, justamente por isso, o CONET & INTERSINDICAL, é o tipo de evento que dá a oportunidade de discutir questões tarifarias e outros assuntos relevantes para a tomada de decisão de agentes importantes do setor. De acordo com Benatti, outro ponto muito importante discutido no fórum foi o fim da cobrança obrigatória do imposto sindical patronal. “O evento proporcionou a possibilidade das entidades sindicais trocarem experiências e criarem meios para buscar a sobrevivência das mesmas”, argumentou. Sobre o marco regulatório, uma das principais pautas do evento, Benatti afirmou que a FETCESP entende que este a discussão vem avançando e que houve algumas melhorias em pontos do relatório que foi aprovado recentemente. “Evidentemente que nem todos ficaram satisfeitos, mas nós temos que trabalhar para apoiar esse marco tão importante do nosso setor”, afirmou. Já com relação ao Documento Eletrônico de Transporte (DT-e), Flávio Benatti expressou que tanto ele quanto a entidade são contra. “Se o manifesto eletrônico do frete

Histórico do marco regulatório Em dezembro do ano passado, foi aprovado na Câmara dos Deputados o marco regulatório do transporte rodoviário de cargas. O projeto de lei, de relatoria da deputada Christiane de Souza Yared (PR/ PR), tramitava no legislativo desde 2016 e continua dividindo opiniões. De um lado, empresários do setor buscam a regulamentação e o respaldo legal para a terceirização do transporte de cargas; do outro, caminhoneiros autônomos temem que a legislação possa implicar em restrições dos direitos sociais. A versão do texto da lei aprovada em dezembro é o resultado de uma revisão proposta pela própria relatora do projeto inicial e que foi analisada pela Comissão Especial do Transporte Rodoviário de Cargas (PL 4860/16). O parecer contendo o resultado da análise das mudanças foi relatado pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) e apresentado em sessão em outubro do ano passado, antes da aprovação do marco. Em linhas gerais, o marco regulatório estabelece regras para o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, sobre o transporte de carga própria e para os seguros para o setor. Também endurece as penas impostas

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a empresas e caminhoneiros envolvidos no roubo de cargas. E traz inovações, como a possibilidade de contratação de serviços de transporte de cargas por aplicativos. Assim, a lei amplia a contratação de seguros aplicáveis ao transporte, sendo ampliadas as coberturas hoje obrigatórias, incluindo-se o seguro contra desvio de cargas e o de responsabilidade sobre terceiros. De acordo com reportagem publicada na época pela revista Valor, o marco regulatório também obriga agricultores que transportam carga própria a realizar um cadastro na Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). No entanto, por demanda de ruralistas como Mauro Pereira (PMDB-RS), esse cadastro será “simplificado” A lei ainda aprimora dispositivos referentes aos pontos de parada e descanso dos trabalhadores, além endurecer as penas para os crimes de roubo e receptação praticados contra prestadores do serviço de transporte rodoviário de cargas. Ainda de acordo com a revista Valor, o relator, Nelson Marchezelli (PTB-SP), retirou do artigo 2º o trecho que estipulava que o transporte rodoviário de cargas é uma atividade comercial que ocorre "em regime de livre concorrência". Segundo as informações a retirada de tal artigo teria sido resultado das pressões de caminhoneiros. O projeto que seguiu para apreciação no Senado define sete categorias econômicas para o transporte de carga, a maioria já existente. São elas: Transportador Autônomo de Cargas (TAC); Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC); Cooperativa de Transporte Rodoviário de Carga (CTC); Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas de Pequeno Porte (ETPP); Transportador Rodoviário de Carga Própria (TCP); Operador Logístico (OL); e Empresa de Transporte de Valores (ETV). Também estabelece “categorias complementares”:: Motorista de Transporte Rodoviário de Cargas (MTRC), que nada mais é que o caminhoneiro empregado e que agora terá de ser cadastrado na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); o Responsável Técnico (RT); a Gerenciadora de Risco de Transporte Rodoviário (GRTR); a Empresa de Atendimento a Emergências (EAE); a Instituição de Meios de Pagamento Eletrônico de Frete (IPEF); a Empresa de Vale Pedágio (EVP); e a Operadora Eletrônica de Frete (OEF). Redação Chico da Boleia com informações NTC & Logística e revista Valor.



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SCANIA BRASIL APOSTA NA RETOMADA EM 2018 Marca projeta alta no mercado, com previsão de até 30% de crescimento nas vendas de caminhões acima de 16 toneladas 4

FONTE: Scania | FOTO: Divulgação Internet

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onfiante em uma melhora na economia nacional e em bons resultados, a Scania, referência mundial em soluções para um transporte sustentável, aposta na recuperação e um balanço positivo no mercado de caminhões em 2018. De acordo com as previsões da marca, o resultado do segmento acima de 16 toneladas, que compreende os veículos semipesados e pesados, deverá superar as 40 mil unidades. Essa quantidade representa aumento de 30% em relação ao resultado de 2017. “Há um reaquecimento da economia com o aumento da confiança do consumidor, devido ao descolamento do cenário político. Temos uma melhora gradativa do mercado e contamos com alguns fatores que poderão ser decisivos para um ano melhor, como a baixa dos juros e uma renovação da frota Euro 5, adquirida no auge do mercado entre 2012 e 2014”, explica Roberto Barral, vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil. No caso de ônibus rodoviários a previsão é de um aumento de vendas de 10% em relação a 2016. Para os urbanos, as vendas devem permanecer no mesmo patamar. “Estamos marcando nossa atuação com uma postura firme e forte, devido aos nossos produtos que entregam o melhor resultado como retorno do investimento do cliente. Nosso crescimento em 2017 foi acima do mercado e esperamos por outro resultado positivo neste ano”, celebra Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Ônibus da Scania no Brasil.

Trajetória com foco no cliente A Scania entrega para o transportador brasileiro pacotes de soluções que envolvem desde produtos e serviços até o motorista, com o objetivo de reduzir o custo da operação. Atenta às tendências de conectividade e do uso inteligente de dados, oferece soluções inéditas para o setor de transportes, posicionada um passo à frente dos concorrentes, com o compromisso de proporcionar a melhor eficiência e rentabilidade do setor ao transportador. “Sabendo do grande objetivo da Scania, que é continuar ao lado de nossos clientes, podemos afirmar que os bons resultados das vendas dos nossos caminhões e ônibus serão impulsionados pelo compromisso na parceria com o transportador, dando suporte para que obtenham cada vez mais eficiência e rentabilidade nas operações e oferecendo soluções completas em serviços e conectividade. Continuaremos em direção a um setor de transporte mais sustentável”, completa Barral. Campeões de vendas Em 2017 o R 440 ganhou o título de maior venda do ano na indústria de caminhões, de acordo com o ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). No período foram 3.033 unidades emplacadas, liderando em sua faixa de atuação, com 16% do mercado de pesados. Além disso, o modelo também conquistou a primeira

colocação de vendas no mercado, levando em conta todas as categorias de veículos comerciais, sendo o mais vendido de toda a indústria.

– houve alta de vendas e de participação de mercado. A Scania vendeu 36% a mais do que em 2016 (4.245 unidades), em um mercado que cresceu 9%. No segmento dos pesados, que teve a briga mais intensa O R440 também foi o campeão de 2016, pela liderança da indústria, a marca vendeu na categoria dos pesados, com 1.905 4.901 unidades. Alta de 38% em relação unidades. “O grande diferenaos 3.542 modelos comercializacial desse modelo está no dos de janeiro a dezembro de “Há um reaquecimento alto desempenho e no 2016. Enquanto o mercado da economia com o aumenbaixo consumo de cresceu 23%. Foi o maior to da confança do consumidor, combustível, resulcrescimento entre as mardevido ao descolamento do cenário tando no mais efi- político. Temos uma melhora gradativa cas de caminhões. A Scaciente custo por quinia teve Market Share do mercado e contamos com alguns lômetro rodado do fatores que poderão ser decisivos para de 26% em 2017 contra mercado”. 23% de 2016. Nos semium ano melhor, como a baixa dos juros e uma renovação da frota Euro pesados, as 853 unidades 5". Roberto Barral. Somando todas vencomercializadas pela marca das do R 440 desde o propiciaram um acréscimo de lançamento do veículo, em 21%, no comparativo com os 703 2012, já são quase 28 mil unidaveículos de 2016, e foram na contrades vendidas, tornando o modelo o mais mão da queda de 7% da categoria.“ Foi o comercializado da história da Scania no maior índice de crescimento da categoria. Brasil, ultrapassando o lendário T 113. Ficamos pela primeira vez em quinto lugar No mercado de ônibus a solução rodoviá- no total e estivemos muito perto da quarta ria 8x2 para carrocerias de até 15 metros colocação no acumulado. A participação vem puxando uma tendência. A logística subiu de 4,7% para 6%”, explica Barral. As de transporte e a nova regulamentação das vendas para o agronegócio representaram linhas interestaduais estão levando os em- cerca de 25% de todo o volume vendido de presários a escolherem modelos mais ren- caminhões rodoviários em 2017. táveis. Em 2017, a Scania conquistou 40% de participação neste nicho de motorização Ônibus traseira com motores acima de 300 cavalos, ficando entre as líderes do segmento. O ano de 2017 trouxe ótimos resultados para a divisão de ônibus da Scania. Com Retrospectiva 2017 522 unidades vendidas, entre urbanos e rodoviários, a marca alcançou crescimento de Segundo dados da Anfavea, no acumu- 80% durante os dozes meses em relação ao lado de janeiro a dezembro, a empresa desempenho de 2016. Nesse mesmo interemplacou 5.754 caminhões. Em todas as valo, a média de crescimento do mercado categorias em que atua, acima de 16 tone- ficou em 4%. ladas, – caminhões semipesados e pesados


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Projeto susta norma que exige exame toxicológico de motoristas profissionais

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FONTE: Camara | FOTO: Divulgação Internet

Câmara dos Deputados analisa proposta com o objetivo de cancelar a portaria do Ministério do Trabalho que obriga empregadores a incluir no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) dados sobre exames toxicológicos realizados por motoristas profissionais contratados ou desligados da empresa (Portaria 945/17).

a contraprova caso o exame aponte o uso de substâncias tóxicas. Dados estatísticos

Mauro Lopes, no entanto, afirma que o Caged é um banco de dados para estatísticas sobre movimentações no mercado de trabalho e informalidade. Os dados toxicológicos, portanto, não estão alinhados com No Projeto de Decreto Legislativo (PDC) o objetivo desta ferramenta. E que o Con781/17, o deputado Mauro Lopes (PMDB- gresso não deu ao Ministério poder para -MG) argumenta que o Ministério do Tra- impor a exigência. balho extrapolou o poder que tem de regulamentar as leis com a nova exigência “Não há na portaria qualquer justificativa e propõe que o Congresso use suas prerro- sobre a relevância do fornecimento desses gativas para sustar a norma. Ele argumenta dados para a consecução dos objetivos do que a exigência pode colocar em risco o Cadastro, o que permite especular, em rasigilo sobre as informações dos motoristas. zão do conteúdo da informação solicitada, que o verdadeiro objetivo do órgão é envolA norma do Ministério começou a valer ver-se no credenciamento de laboratórios e em 13 de setembro de 2017. Obriga em- acompanhar seus métodos e procedimenpresas a custear os exames dos motoristas tos, além de acompanhar os seus responcontratados e dos demitidos e incluir no sáveis. Ora, trata-se de interesse alheio aos banco de dados governamental o número objetivos do Caged e ilegítimo, em razão do exame toxicológico, o CNPJ do labo- da falta de previsão legal”, justificou. ratório, a unidade federativa do Conselho Regional de Medicina e o número do CRM Tramitação do médico. A proposta precisa ser analisada pelas coA regra vale para motoristas profissionais missões de Trabalho, de Administração e de veículos de pequeno e médio portes, de Serviço Público; e de Constituição e Jusônibus urbanos, metropolitanos e rodoviá- tiça e de Cidadania. Também depende de rios e de cargas em geral, que terão direito aprovação do Plenário.

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ANTT realiza primeiras autuações contra empresas que não emitiram PEF e Vale Pedágio

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FONTE: Contábeis | FOTO: Divulgação

ano de 2018 começou pesando no bolso para algumas empresas de transporte e logística do Brasil. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicou nesta terça-feira (23/01) no Diário Oficial da União (DOU) autuações para as empresas que não cumpriram a resolução do pagamento eletrônico de frete (PEF) e vale pedágio obrigatório. Essas multas são retroativas e referentes as fiscalizações realizadas de 2013 a 2016. Por mais que a fiscalização esteja cada vez mais efetiva, muitas empresas não estão em conformidade e ainda fazem uso da carta-frete, proibida há mais de 10 anos. Empresas de pequeno, médio e grande porte, sem exceção, estão na lista pelo descumprimento da resolução 3.658 (CIOT) e 2.885 (Vale-Pedágio). As multas podem chegar a R$ 10 mil e depois de notificadas as empresas tem até 90 dias para regularizarem as pendencias. Em 2014, das 107.087 empresas fiscalizadas 2.878 foram multadas por PEF e 2.829 por vale pedágio. Em 2015, o número de empresas fiscalizadas aumentou para 109.373, sendo 2.550 notificadas pelo PEF e 1.640 por vale pedágio. Em 2016, o número de operações de transporte fiscalizadas cresceu ainda mais indo para 114.705, foram lavrados 3.877 autos de vale pedágio e 4.503 de PEF. Segundo o analista de produto da NDD, Julio Floriani, as fiscalizações estão cada vez mais assertivas, já que a ANTT tem cruzado os dados de Manifesto Eletrônico de Documentos (MFD-e) da SEFAZ. “A ANTT recebe essas informações de forma eletrônica e consegue fazer a conciliação de maneira automática, já que os dados do CIOT vão no manifesto. Por este motivo aumentou a preocupação das empresas sobre essa obrigatoriedade”, informa.

R$ 12 bilhões em frete sonegados por ano Ainda é difícil estimar os dados do mercado de transporte e logística no Brasil, já que muitas empresas continuam na informalidade. Uma pesquisa da Deloitt estimou que cerca de R$ 12 bilhões em frete são sonegados por ano no País. Segundo o diretor comercial da NDD, Anderson Locatelli, mesmo sendo difícil de estimar precisamente em números quanto as empresas dentro da lei movimentam, acredita-se que seja algo em torno de R$ 110 bilhões a R$ 120 bilhões. “É um segmento com muita oportunidade e arrisco dizer que nosso maior concorrente é a informalidade. As autuações da ANTT tem conscientizado as empresas a procurarem recursos para se prevenirem, conhecemos clientes que começaram a usar ferramentas antes mesmo de serem pegos e outros que procuraram soluções depois de um susto”, conta Locatelli. Aliando obrigatoriedade com automação Grande parte das empresas encontraram na tecnologia uma forma de ficar dentro das regulamentações. É o caso da Cooperativa de Transportes Valelog, ela atende cerca de 8 estados brasileiros e possui uma frota de mais de 250 caminhões. “Geramos nosso PEF e CIOT através da solução nddCargo da NDD. Nós trabalhávamos com programas gratuitos, mas sempre tínhamos falhas, o sistema travava e para não atrasar a saída do caminhão muitas vezes deixávamos de fazer. Com essa ferramenta de automação, ganhamos em praticidade, rapidez e agilidade, tanto que assumimos a geração do CIOT dos nossos embarcadores e conseguimos oferecer esse serviço a eles”, relata o presidente da ValeLog Adelar Steffler.


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Rodovia Tamoios passa a oferecer wi-fi ao usuário O acesso é exclusivo para a comunicação entre os usuários e a concessionária e tem como objetivo agilizar a prestação de serviços, informações e atendimentos. FONTE: Transportes | FOTO: Divulgação

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Rodovia dos Tamoios (SP-99), que liga o Litoral Norte paulista ao Vale do Paraíba, será a primeira do País a contar com cobertura de rede Wi-Fi ao longo de toda a sua extensão – 74 quilômetros. A tecnologia já está à disposição dos usuários no trecho de planalto e com operação assistida no trecho de serra, onde também entrou no ar a rádio exclusiva da rodovia com informações e dicas de trânsito, boletins sobre as condições da via, notícias e programação musical. Na segunda fase do projeto, a ser concluída até 30 de março, haverá operação em toda a extensão da rodovia sob administração da Concessionária Tamoios e novos serviços serão disponibilizados, como acesso às imagens das câmeras. As inovações na Tamoios estão sendo inauguradas pelo Governador Geraldo Alckmin, que concedeu a primeira entrevista da programação da Rádio Tamoios. Há previsão, ainda, de instalação de Wi-Fi dedicado em outros 1.200 quilômetros de rodovias paulistas ainda esse ano, além do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas (SP 021) dentro do cronograma de concessão. O Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo é pioneiro em exigir a implantação de rede sem fio – inclusive onde não há sinal de telefonia móvel ou rádio, em todos os novos contratos de concessão, inaugurando uma nova era de prestação de serviços aos usuários das rodovias paulistas. A instalação da rádio web da Tamoios é uma das obrigações contratuais da concessionária, mas foi implantada junto com a cobertura Wi-Fi

para alinhar o modelo à tecnologia prevista nos contratos da 4ª Etapa do Programa, iniciada no ano passado. Conexão na Tamoios A rede Wi-Fi será exclusiva para a comunicação entre os usuários da rodovia e a concessionária a fim de agilizar a prestação de serviços de informações e atendimentos – complementando o sistema de telefonia 0800, assim como o acesso à Rádio Tamoios. Para utilizar, os interessados já podem baixar em smartphones e tablets o aplicativo “Rodovia Tamoios”. Incialmente, o sistema opera com duas funcionalidades: Botão S.O.S. que estabelece contato de voz direto com o Centro de Controle Operacional da rodovia para comunicar panes, acidentes e outras emergências e acesso à Rádio Tamoios, com boletins de trânsito, alertas sobre eventuais ocorrências que causem interdição ou lentidão na via, música, notícias e dicas de segurança viária. A Rádio e o Centro de Controle funcionam 24 horas por dia. Quem não tiver o aplicativo instalado e precisar usar o S.O.S., basta se conectar no Wi-Fi da rodovia e, imediatamente, aparecerá o Botão S.O.S. na tela – lembrando que esse é só um dispositivo a mais para acionamento de socorro, já que a rodovia é inteiramente monitorada por 79 câmeras que cumprem essa função, além das equipes que circulam o trecho 24 horas por dia nos veículos de inspeção de tráfego.

Estrutura

Rádio Artesp Informa

Para viabilizar essas novidades, foram instaladas 612 antenas em 153 pontos de difusão de Wi-Fi ao longo da rodovia – o suficiente para garantir 100% de cobertura entre São José dos Campos (km 11,5) e Caraguatatuba (km 83,4). Além disso, foram instaladas 128 placas informando sobre o “S.O.S. via Wi-Fi”. O mesmo sistema deverá funcionar nos trechos da rodovia que estão atualmente em construção: a nova pista do trecho de serra da Tamoios e os Contornos de Caraguatatuba e São Sebastião. Considerando as novas pistas, o investimento total para implantação do Wi-Fi e da rádio será de R$ 9,7 milhões.

Além das notícias e informações produzidas pela concessionária, a Rádio Tamoios também contará com conteúdo compartilhado pela web rádio Artesp Informa, da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pela fiscalização os 8,3 mil quilômetros de rodovias estaduais concedidas. Diariamente, a equipe de rádio da Agência grava e disponibiliza ao menos quatro boletins por hora com informações sobre trânsito, operações especiais, eventuais desvios e interdições, além de dicas sobre segurança e liberações de novas obras. Somente no ano passado, foram produzidos mais de 11 mil boletins que são ouvidos tanto online quanto por meio das diversas rádios que reproduzem o conteúdo em sua programação ampliando o alcance da informação. Novas Concessões Paulistas Os novos contratos, firmados no ano passado, já tornaram obrigatório que as concessionárias Entrevias (Lote Rodovias do Centro Oeste Paulista) e ViaPaulista (Lote Rodovias dos Calçados) façam os investimentos necessários para disponibilizar a rede sem fio também em suas rodovias que abrangem 1.200 quilômetros de pistas nas regiões de Araraquara, Barretos, Bauru, Central, Franca, Marília e Ribeirão Preto. Além disso, a concessão do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas (SP 021) também terá Wi-Fi. Parte inferior do formulário.


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Mercedes-Benz inicia 2018 com bom desempenho nas vendas de caminhões A Mercedes-Benz inicia o ano de 2018 movimentando de forma expressiva o mercado de caminhões, ônibus e comerciais leves. FONTE: Mercedes-Benz | FOTO: Divulgação

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ontra a corrente dos que dão como fato o ditado popular de que no Brasil o ano começa apenas depois do Carnaval, a Mercedes-Benz do Brasil registrou movimento atípico nas vendas do primeiro mês de 2018, dando continuidade à demanda positiva que a montadora atendeu em dezembro.

ter apetite ou não. Mas o que temos visto até agora, é que tudo está sob controle. O Banco Mercedes vem recebendo uma série de solicitações e de análises de crédito maiores que no ano passado. Temos novas modalidades de financiamento, o CDC ficou super atrativo, quase que com o mesmo custo do Finame, dependendo do porte da empresa, e o leasing operacional Entre janeiro e dezembro, agora é uma verdade, pode ser a empresa comercializou acessado por qualquer um”, mais de 6.200 veículos avalia Leoncini. O índice "Tudo indica que o mercado comerciais, sendo cerca de inadimplência dos frode caminhões deverá fcar entre 63 de 3.985 ônibus, 1.073 tistas também vem caincaminhões e 1.154 mil e 65 mil unidades: a taxa de juros do, segundo ele, desde o comerciais leves. Isto ajuda, a Selic com previsão de queda segundo semestre do ano ajuda, a inflação sob controle ajuda considerando apenas os passado. e a geração de carga ajuda." negócios fechados que Roberto Leoncini. receberam autorização “Achamos que para vedos clientes para divulgaículos comerciais será um ção porque, segundo Roberto ano bastante interessante. Se a Leoncini, vice-presidente de veneconomia continuar desse jeito, teredas, marketing e peças e serviços para ca- mos vários desafios, mas diferentes do deminhões e ônibus da Mercedes-Benz do safio do ano passado que era o de encontrar Brasil, as vendas realizadas foram ainda clientes. Este ano o desafio será de como maiores. “Há muito tempo não tínhamos atender os clientes”, diz Leoncini. um janeiro como este”, comenta o executivo. A expectativa é de que o movimento do mercado em 2018 seja puxado pelos ôniEsse cenário sinaliza uma projeção de bus escolares, porque há licitações que aincrescimento do mercado em 2018 de até da podem acontecer, além dos rodoviários 15% para o segmento ônibus e de até 30% e urbanos. em caminhões, afirma o executivo. “Tudo indica que o mercado de caminhões deveCaminhões rá ficar entre 63 mil e 65 mil unidades: a taxa de juros ajuda, a Selic com previsão de No segmento de caminhões, a motivação queda ajuda, a inflação sob controle ajuda vem do movimento de renovação de frota e a geração de carga ajuda. O que poderia em áreas como as do agronegócio (grãos atrapalhar essa projeção é a saúde de crédi- e cana-de-açúcar, logística (eletroeletrônito dos transportadores porque o banco pode cos, bebidas e carga industrial), transporte

Silvio Renan - Diretor de Peças e Serviços ao Cliente, Ari Gomes de Carvalho - Diretor de MKT & Vendas Caminhões , Mercedes-Benz Brasil e Chico da Boleia

de combustíveis, químicos, mineração e madeira. Entre os negócios fechados em janeiro está a venda à Raízen, fabricante de etanol de cana-de-açúcar, de 300 Actros para transportar combustível na Divisão Shell e de 233 Axor para operações fora de estrada, na colheita de cana-de-açúcar. Somente para a Raízen, considerando uma outra venda de 524 caminhões feita em julho do ano passado, a Mercedes já comercializou 1.057 extrapesados em seis meses. Em Minas Gerais, a montadora vendeu à empresa D’Granel, 86 Axor para o transporte de produtos siderúrgicos e 14 Actros para carregamento de granéis sólidos para siderurgia, cimenteiras, mineradoras e celulose. Para a Expresso Nepomuceno, foram comercializados em janeiro 80 caminhões Axor para o transporte de cana-de-açúcar e madeira. No mesmo mês, a montadora fechou negócios com a Transjordano, de 52 Actros para levar combustível; com a

Log Brasil, de 35 Actros para transporte logístico; e com a Breda, de 23 Axor para operações de cana-de-açúcar, num total de 110 extrapesados negociados para diferentes aplicações. Os negócios fechados em dezembro começam a se concretizar agora. A montadora começou a entrega dos 150 Actros que vendeu à Transoeste no ano passado, para o transporte de grãos no Centro-Oeste. Neste caso, a Mercedes usou seu braço de compra e venda de seminovos, a SelecTrucks: pegou do cliente 150 caminhões de outras marcas que foram substituídos pelos novos Actros. No mesmo mês foram vendidos 100 Actros para renovação de frota da Transportadora Risa, produtora de soja no Maranhão. O extrapesado Actros foi o mais vendido pela empresa no ano passado, com 1.498 unidades emplacadas entre modelos on e off-road, um aumento de aproximadamente 66% sobre o ano anterior. Considerando apenas os Actros rodoviários, o crescimento de vendas foi superior a 70%.


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LEI DO CAMINHONEIRO REDUZIU O RENDIMENTO DESSES PROFISSIONAIS Pesquisa realizada na Esalq mostra que leis não alteram perfil dos caminhoneiros no País; Rendimento e escolaridade baixos prevalece FONTE: Farming Brasil | FOTO: Divulgação Internet

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o Brasil, cerca de 2 milhões de caminhoneiros percorrem as estradas diariamente. A responsabilidade de entregar a carga em perfeitas condições, com prazo definido, muitas vezes a milhares de quilômetros do ponto de partida, não é proporcional à qualidade de vida a que estão submetidos esses profissionais, segundo estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq). Os caminhoneiros apresentam perfil educacional e socioeconômico reduzidos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD-IBGE) do ano de 2015. “Este número de profissionais representa 3,4% da população economicamente ativa de homens no Brasil”, diz o economista Lucas Lima, autor de uma pesquisa que analisa o perfil socioeconômico dos motoristas de caminhão no Brasil. “Também investigamos o efeito da Lei do descanso, que passou a vigorar no ano de 2012, e da Lei do caminhoneiro, que entrou em vigor em 2015, sobre a jornada de trabalho, o rendimento e a formalização do trabalho dos motoristas de caminhão.” O estudo foi desenvolvido no programa de pós-graduação em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq), com orientação da professora Ana Lucia Kassouf, do departamento de Economia, Administração e Sociologia e contou com apoio da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

“Para estes trabalhadores, há grande evidência científica das mais diversas áreas, tanto no Brasil quanto no exterior, dos diversos problemas que enfrentam. Tais problemas envolvem fundamentalmente acidentes e transtornos de saúde, decorrentes, principalmente, de estresses causados pelas jornadas de trabalho exaustivas e pela distância e tempo que os caminhoneiros permanecem longe de amigos e familiares”. De acordo com o pesquisador, isso pode levar a externalidades negativas graves. “Entre outros efeitos, podemos ter o aumento do número de acidentes nas rodovias do País.” Perfil socioeconômico O trabalho envolveu, primeiramente, elencar variáveis que identificassem os motoristas de caminhão no Brasil, assim como suas características individuais e socioeconômicas, tais como sexo, etnia, região onde reside, nível de escolaridade, rendimento, horas trabalhadas e formalização. “Assim, realizamos a análise descritiva dessas características tanto por regiões do Brasil, quanto no período contemplado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD-IBGE), entre os anos de 2002 a 2015”. Os dados mostram que 80% dos caminhoneiros possuem entre 30 a 60 anos; 85% ganham entre um a três salários mínimos; 58% trabalham com carteira assinada e 27%, por conta própria; 58% têm Ensino Fundamental completo e 35%, Ensino Médio completo; 43% traba-

lham mais do que a lei determina (44 horas semanais). Efeito da Lei do Caminhoneiro Sobre o efeito da “Lei do descanso”, que passou a vigorar no ano de 2012, e da “Lei do caminhoneiro”, a qual entrou em vigor em 2015, sobre a jornada de trabalho, o rendimento e a formalização do trabalho dos motoristas de caminhão, a pesquisa observou as variáveis rendimento, número de horas trabalhadas na semana e a probabilidade de ter carteira assinada. “Notamos, para 15 meses após a vigência da legislação, redução de cerca de uma hora para a jornada de trabalho semanal dos caminhoneiros. Contudo, um dos efeitos adversos da vigência da lei foi a diminuição do rendimento desses profissionais em aproximadamente R$ 70,00”. Autônomos A Esalq divulgou que outro ponto importante dessa análise ao longo do tempo foi constatar que os caminhoneiros que trabalham por conta própria apresentam média de rendimento mensal muito acima do que

os caminhoneiros sobre outros contratos de trabalho para todo o período com o qual trabalhamos. “Uma das formas de racionalizar essa diferença é pensar no fato de que os motoristas por conta própria podem não levar em consideração diversos custos quando reportam seu rendimento à PNAD”, diz o pesquisador. “Estes custos envolvem fundamentalmente a própria aquisição do caminhão que utilizam para trabalhar, o qual, muitas vezes, é pago a partir de longos parcelamentos. E também há a depreciação do veículo ao longo do tempo, bem como sua manutenção.” Os resultados revelam, segundo o pesquisador, evidências com dados de representatividade nacional, para a necessidade de mudanças, elaboração e a implementação de leis regulamentadoras. “Uma das contribuições dessa pesquisa é auxiliar uma análise dos possíveis efeitos de leis trabalhistas no mercado de trabalho de motoristas de caminhão no Brasil, como também apresentar evidências para a elaboração e a implementação de nova legislação”, afirma.


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DICAS DO TRECHO

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Nunca deixe o ABS desligado

O ABS não compromete a durabilidade do sistema de freio e é mais um recurso para auxiliar a condução e tornar frenagens mais seguras

FONTE: Printec Comunicação | FOTO: Divulgação Internet

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odos os motoristas sabem que, para reduzir a velocidade, trocar a marcha no momento certo evita o desgaste do sistema de freio. Isto é verdade. Entre os caminhoneiros, há ainda quem ache que o sistema de freio antitravamento de rodas (Anti-Lock Braking Systems – ABS) gasta mais a lona de freio do veículo. Não é verdade que o ABS aumente o desgaste da lona, porque o ABS não interfere em nada na vida útil desse componente. O desgaste do sistema de freio ocorre especialmente pelo uso excessivo da força de frenagem. Outro mito em relação ao ABS é o de que ele provocaria superaquecimento do freio, o que afeta a durabilidade do sistema. Não acredite, pois o ABS não é responsável pelo superaquecimento. O ABS serve para reduzir a força de frenagem somente na iminência de ocorrer travamento de roda. Nas demais condições de uso, o sistema de freio convencional funciona da mesma forma e o ABS monitora, atuando sobre o sistema somente em situação de risco. Em função destes mitos, motoristas passam a acreditar que o melhor é desligar o ABS. “Para não comprometer a durabilidade do sistema de freio, nunca deixe o ABS desligado”, diz Osmar Lopes, coordenador de assistência técnica e treinamento da WABCO e responsável pela WABCO Academy América do Sul. Por realizar eletronicamente o controle da pressão do freio, o ABS contribui para o adequado funcionamento do sistema, incluindo partes mecânicas ou não. O ABS faz com que diminua o desgaste

dos pneus, contribuindo para reduzir o custo da operação Desconhecimento sobre as funções que o sistema realiza automaticamente e todas as funcionalidades são os principais problemas de campo em relação ao ABS. O motorista ainda tem muitas dúvidas e, às vezes, nem sabe como funciona o ABS. Após quase quatro anos da obrigatoriedade do ABS no Brasil, ainda há casos de motoristas e até mecânicos que desligam o ABS ou algum dos sensores que captam a velocidade, por exemplo. A WABCO, fornecedora global líder em tecnologias e serviços que melhoram a segurança, a eficiência e a conectividade de veículos comerciais, recomenda: não desligue o ABS. Em caso de dúvida, consulte um profissional em uma Service Partner, rede de 160 postos de serviços, com mecânicos treinados em sistemas de freios de veículos comerciais. Manter o sistema de freio funcionando e com a manutenção em dia é fundamental para a segurança no trânsito. Isto é simples, basta seguir as instruções do fabricante do veículo para realizar as manutenções preventivas, feitas com peças originais e nas oficinas credenciadas. Antes de pegar a estrada, certifique-se de que todos os sensores estejam devidamente conectados nas rodas, os cabos espirais também conectados e preste atenção aos sinais luminosos. O ABS é mais um recurso para auxiliar a condução. A tecnologia proporciona frenagens mais seguras. No sistema antitrava-

O ABS faz com que diminua o desgaste dos pneus, contribuindo para reduzir o custo da operação

mento de roda, a principal função é garantir a segurança e também a dirigibilidade durante as frenagens independentemente das condições da pista (se está com óleo, água ou sujeira, por exemplo). O monitoramento do controle da pressão do freio é realizado todo o tempo em que o veículo estiver em movimento e sempre que o motorista acionar o freio de serviço – o que pode ser feito pisando no pedal ou usando a válvula de freio do reboque. Por meio dos componentes do ABS, a pressão pneumática liberada será controlada de maneira a garantir a eficiência do freio, evitando o travamento e assegurando a dirigibilidade, por contribuir na mitigação de derrapagens e do efeito L ou efeito-canivete (giro da parte traseira do semirreboque sobre o cavalo em frenagens bruscas). Normalmente, a distância necessária até a parada total do veículo com segurança também pode ser reduzida. Além de maximizar a eficiência do freio, uma vantagem importante para o caminhoneiro ou frotista é que, comprovadamente, o ABS faz com que diminua o desgaste dos pneus, contribuindo para reduzir o custo da operação. As soluções de ABS da WABCO estão presentes mundialmente em caminhões, ônibus e semirreboques, com suspensão pneumática ou de molas, inclusive para veículos especiais como rodotrens, bitrens e

demais configurações brasileiras. A WABCO também fabrica sistema eletrônico de freio (Electronic Braking System – EBS) para semirreboques, além de um conjunto de tecnologias inteligentes e inovações de produto que ajudam a tornar os veículos comerciais mais seguros e eficientes. São produtos imprescindíveis para segurança veicular, para conforto e eficácia do motorista e para a eficiência no transporte de passageiro ou carga. A WABCO Academy tem o objetivo de manter veículos comerciais operando com o desempenho de segurança máxima ao longo de toda a vida útil. Atua de perto prestando suporte a toda a cadeia produtiva, com treinamentos que reúnem conhecimentos e habilidades para manter os veículos econômicos e seguros na estrada. Ensina a usar softwares, hardwares e equipamentos necessários para realizar trabalhos de diagnóstico em sistemas WABCO. Para o mercado de reposição, oferece duas modalidades de cursos no Brasil. Os cursos presenciais podem ser realizados em Sumaré, no interior do estado de São Paulo, ou nas instalações do cliente. Na modalidade e-learning, traz a facilidade do ensino a distância, via o site myWABCO. O curso de freio convencional, um dos mais procurados, é básico para a aprendizagem de mais tecnologias relacionadas a freios.


ENTRETENIMENTO

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PALAVRAS CRUZADAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br Categoria; classe As de Júlio César foram: “Até tu, Brutus?” (Hist.)

A partir deste ano a Copa Truck passará a ser um campeonato brasileiro, porem

Uma das novidades para 2018 é a chegada do Mercedes-Benz Challenge ao evento. A categoria correrá ao lado da Copa Truck em oito etapas, ficando de fora apenas de Buenos Aires.

Letra puxada no sotaque caipira

Tipo de prova de cursos de idiomas

Tecido usado no estofamento de móveis

Chá, em inglês

Fator que desvaloriza o carro Interrupção Parque (?), ponto turístico carioca

Notícia passada pelo fofoqueiro Rua, em francês Prefixo de oposição em "anticristo" (Gram.) Parente do elefante, extinto há 4 mil anos

Mostra o cartão vermelho, no futebol Estudante em treinamento profissional

BANCO

"Roupa suja se (?) em casa" (dito)

Interjeição de alegria Isaura Garcia, cantora

Único ambiente isento de insetos Letra inicial de produtos da Apple

Jogos que você já conhece em um

NOVO formato Acabamento em Espiral

+

Capa Dura de 75 jogos

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Solução X D I Q U I M I N Q U A T U R A E R G S I S T E T A M E E M J D R U E A M U T E N M A R T R O R I A R I O

A

manterá o sistema bem sucedido de copas regionais utilizado em 2017. Serão quatro copas e a grande final, que consagrará o campeão brasileiro no dia 2 de dezembro, em Curitiba.

Tipo de decote Mutante de HQs Cada artigo da lista de compra

Continua fazendo aquilo que já fez

FONTE: Copa Truck | FOTO: Fabio Davini

pós uma temporada de estreia marcada por novidades, a Copa Truck se prepara para o início de mais um ano de disputas em 2018. O campeonato terá início no próximo dia 25 de março, no Autódromo de Cascavel (PR). O pré calendário, foi divulgado em novembro do ano passado.

(?) de Cambridge, título de Kate Middleton Estatística variável na pesquisa eleitoral

3/erg — rue — tea. 4/lage. 5/ígnea. 6/mamute. 7/paragem. 12/margem de erro.

Roberto Thomé, jornalista esportivo Metal da bateria de celulares (símbolo)

Adeptos do ramo minoritário do Islã

T E I T U P I N L O N G T R I G N E I N E MA U S O A P R A G A A G E L M O R B I T A G

Grande Final será disputada no dia 2 de dezembro, em Curitiba

Mecanismo de relógios de ponteiro

L A VA R A E S

Copa Truck abre temporada 2018 em Cascavel

Terra (?): o Brasil (pop.) Afastada; distante A rocha formada pelo resfriamento do magma Ave do cerrado

© Revistas COQUETEL


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Ribeirão Preto/SP Marg. Dir. Rod. Anhanguera, km 305 Setor Leste | F: (16) 3965-8282

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