Central - #2

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EXPEDIENTE

:: Diretor Editorial Diego Almeida diego@centralskatemag.com.br :: Editor Fotografia Diego Almeida :: Redação Evaldo Oestreich evaldo@centralskatemag.com.br :: Staff Fotografia Diego Almeida, Victor Oliveira, Frederico Augusto, Guilherme Alves, Paulo Tavares, Jhon Douglas, Alex Seabra, Elias Pereira & Ewerton Pereira :: Colunistas Eduarda Metzker, Estefania Lima & Evaldo Oestreich :: Colaboraram nessa edição: Foto: Renan Agá, Rafael Vato, Yoann Kim, Johan Verstappen,T.Thomas, Samuel Pires, Bruno Ribeiro & Léo Barreto Texto: Daniel Labaig, Renata Oliveira & Ewerton Pereira :: Comercial contato@centralskatemag.com.br :: Editor Portal Rodrigo Marcel rodrigomarcel@centralskatemag.com.br :: Periodicidade Bimestral :: Para anunciar contato@centralskatemag.com.br

As matérias e fotos publicadas não refletem necessariamente a opnião da revista e sim de seus autores.



ARtE: JHON DOuGlAs

DE SKATISTA PRA SKATISTA. ASSIM É CRIADA A CENTRAL.


:: CAPA Daniel Labaig - Ollie Foto: Johan Verstappen

:: fACEbOOK.COm/CENtRAlsKAtEmAG


:: 10

DIVA DA VEZ

:: 22

FOCO CENTRAL

:: 32

freestyle

TATI ALMEIDA

IGOR CALIXTO

a rua é minha tela jean siqueira

:: 47

RUA CENTRAL

:: 70

intercâmbio

:: 86

um rolê por campão

daniel labaig

cAMPO GRANDE



Foto: Victor Oliveira

Tatiane Almeida, Fortaleza – CE 20 anos de idade 4 anos de skate Patrocínio: Bomber Skate Shop Apoio: Simple Skates


TATI ALMEIDA A DIVA DA VEZ foto: Victor Oliveira e Renan Agá // texto: Renata Oilveira

Ela é nordestina “arretada” e não mede esforços para conquistar o que quer. Atualmente tem um vídeo filmado em brasília – Df e está com o joelho machucado, o que não a impede de estar envolvida com o skate de alguma forma.



O que te motivou a andar de skate? Tati - Já tinha interesse em andar, por ter visto um amigo que andava, depois de um tempo conheci outros amigos e tive a oportunidade de aprender, colava na sessão deles para andar no skate deles, depois me doaram um skate. E assim foi surgindo motivações para que eu começasse a realmente andar. E nesse início quais as principais dificuldades que você enfrentou? Tati - A dificuldade foi que nunca ninguém da minha família me apoiou, muitos falavam que era uma fase e meu pai nunca gostou , dizia que skate era pra homens, ele escondia meu skate, dizia que ia por no lixo e falava muito quando eu me machucava. Minha mãe foi mais de boa, nem discordava e também não apoiava, ficou neutra. Como era cena no skate feminino quando você começou a andar? E o que mudou atualmente? tem mais meninas no rolê? Tati - Tinha umas 4 a 5 meninas em Fortaleza e apenas uma categoria nos campeonatos. hoje em dia temos duas categorias o Feminino 1 e 2. O número de praticantes cresceu muito, deve ter umas 20 meninas andando e o nível está subindo mais e mais. Depois da categoria Feminino 2 muitas meninas começaram a andar e participar dos campeonatos e agora todas estão se reunindo com freqüência, coisa que era muito difícil antigamente.

Boneless Big Spin Foto: Victor Oliveira


Viagens, amigos, machucado o que o skate te trouxe até hoje de bom e de ruim também? Tati - Através do skate conheci meu namorado, tive a oportunidade de conhecer lugares e novas pessoas, criar um ciclo de amizade pelo o Brasil e de ruim algumas torções e dores. Você está com o joelho machucado nesse momento, como foi que aconteceu o acidente e como está sendo a recuperação? Tati - Fui fazer uma apresentação na inauguração do centro de convenções, a qual eu fui varar uma gap, e cair com o peso na perna esticada sem amortecer o joelho, tive uma torção que no momento estou tratando em casa, pois tenho que fazer uma ressonância magnética para avaliar se rompi algum ligamento ou se será preciso apenas fisioterapia para eu poder voltar a atividade normal do skate! Mas sinto melhoras, espero não passar por cirurgia, porém se preciso passarei para poder voltar a andar de skate.


F/S Rock Slide Foto: Victor Oliveira

Recentemente você fez uma viagem à brasília, a qual lhe rendeu um vídeo e inúmeras histórias, nos conte sobre o vídeo, como foram as filmagens, a recepção da galera de lá e o que você mais curtiu? Tati – Então, assim que cheguei participei do united Banks e consegui ganhar o desafio feminino que foi feito, que era pular mais skate em extensão, consegui pular 9 skates. Comecei a andar nos picos de rua, e filmar algumas imagens e nelas resultou em uma torção no tornozelo. Passei uma semana tratando para poder aproveitar o tempo que tinha e com o tornozelo torcido filmei a maioria das imagens que foram muito poucas devido a essa torção, porque ainda sentia dor ao andar de skate. Mas fui super bem recebida, tiro pela vibe do united Banks, fiz muitas amizades, conheci pessoas que estavam de passagem por BSB e pessoas que já moravam lá! Tive a oportunidade de ser Flow da Simple, que é uma marca de Goiânia, Cidade que fica umas 2 horas de Brasília. Curti muito andar na madruga na pista do núcleo Bandeirante, costume o qual não tenho na minha cidade de andar de skate na madrugada.



Ollie Foto: Renan Agรก


B/S Feeble Grind Foto: Victor Oliveira

O que você acha que deveria melhorar no mercado do skate para as meninas? Tati - incentivo e valorização de algumas marcas, para que as meninas se motivem a andar e puxem o nível e que possibilite a profissionalização, porque viver do skate já é difícil e para as meninas está mais difícil ainda. Você tem essa vontade de se profissionalizar? Tati - Sim. é meu sonho e pretendo realizá-lo! O que você tem a dizer para as meninas que estão lendo essa matéria? Tati - que procurem motivação de onde não tem, é difícil andar de skate, mas quando acreditamos com foco e fé, tudo se torna possível, é só uma questão de opinião e de vontade. tem alguma mania, superstição antes do rolê? Tati - Tenho mania de chegar e andar, rs, porque deveria me alongar antes e não faço isso na maioria das vezes. Quer agradecer alguém? Tati- quero agradecer ao meu namorado Victor Oliveira, a Bomber Skate Shop, Renan Agá Simple Skates, a Renata Oliveira e Estefânia Lima.


Drop Foto: Victor Oliveira




JEAN SIQUEIRA:

A RUA É A MINHA TELA

foto: Diego Almeida // texto: Eduarda Metzker



Jean Siqueira, Jean Siqueira, Jean Siqueira. Este nome martela e se repete em minha mente antes mesmo de começar a escrever essa matéria, ou de conhecer o artista que se apresenta pelo tal nome. Quando finalmente decidi que faria a minha primeira tatuagem – mais uma de minhas afirmações que se vão num sopro de um vento qualquer -, tive em resposta a satisfação e a unanimidade cuiabana: Jean Siqueira. Tímido e atencioso, o artista de 30 anos e de berço cuiabano, me recebeu em seu atual estúdio onde trabalha em parceria com outros artistas: o Arcanjo Cuiabá. nos sentamos em frente ao ventilador (bem-vindos a Cuiabá), e, o que antes se estabelecia como uma séria entrevista, se transformou em um clima agradável e informal, em meio à uma trilha sonora que variava entre o reggae e o hip hop, e em irreverências que exibiram a então oculta personalidade brincalhona de Jean, o que facilitou com que o artista revelasse a sua história, os seus caminhos, o seu skate, e, é claro, a sua impressionante arte.


bRINCANDO DE fAZER ARtE na infância, Jean, que passava a maior parte do seu tempo com a sua avó, descobriu as ilustrações que se encontravam nos livros que esta lia, e, por diversão, passou a observar e recriar estes desenhos. Começou então, com o tempo e a prática, a modificar as ilustrações que antes eram copiadas, e desenvolveu a criatividade tão expressa e marcada nas características de seus tão singulares traços. Brincando de copiar e recriar, despertou, desde cedo, o interesse e a paixão pela arte e o que com esta pode ser criado. Jean afirma que passou o período de sua adolescência se divertindo nas ruas, e, foi na rua que foi convidado por um amigo a conferir um campeonato de skate que estava acontecendo na capital. Este foi o primeiro contato de Jean com o universo skatista, e com os diversos caminhos que a arte se expõe neste, tais como a tatuagem e o grafite – que instantaneamente chamaram a atenção do nosso artista.


A CultuRA uRbANA Afirmando que não existem barreiras e padrões que impeçam a arte de ser idealizada de toda e qualquer maneira, Jean construiu o seu primeiro skate, unindo e montando peça por peça que resgatava e restaurava de outros instrumentos e elementos utilizados em skates que encontrava pelas ruas da capital cuiabana. Foi então, aos 15 anos de idade, que Jean encontrou no skate e no movimento que este engloba, a seriedade e a particularidade em que a arte se apresenta: além das exposições elitistas e fechadas que negam o acesso público de uma massa sedenta de cultura; Além de quatro paredes que se restringem a indivíduos “sorteados” para admirar a arte que se esconde, que se lucra, que se vende. Jean se encantou com a arte pura, crua, que se expõem nos muros esquecidos das cidades que silenciam as cores, as idéias e os pensamentos. O grafite e a pintura a óleo proporcionaram a Jean a liberdade de sublimar, de permitir que a mente voe ao criar, recriar e inventar. Por onde passa, o artista entrega a sua marca aos muros que o convidam a se expressar – artista consciente, faz arte onde já não há mais vida, trazendo cor, expressão, cotidiano, luz e pensamento de volta à rotina das ruas.



A PElE QuE HAbItA Já completamente entregue e apaixonado por todas as formas e maneiras de se fazer arte, Jean foi então apresentado à arte que habita na pele: a tatuagem. O estilo New School que antes Jean ressaltava no grafite, passou a ser exposto nas tatuagens que aplicava nas frutas como forma de treinamento. Em apenas quatro meses já começou a tatuar profissionalmente, sendo indicado por outros tatuadores veteranos que o apoiaram incondicionalmente. Em seis meses atuando na profissão, abriu o seu primeiro estúdio de tatuagem. A tatuagem é o principal ganha-pão do artista. A demanda em seu estúdio é crescente, e em todas as rodas de conversa em que me atrevo a participar o seu nome é citado em indicação de um trabalho perfeccionista, profissional e exemplar. Jean Siqueira é graduado em Artes Visuais, técnico em Conservação e Restauro de objetos de madeira policromados, e esculturas de gesso e barro cozido, e, aprimorou-se em Estrutura de Pinturas de Cavalete e Conservação Preventiva pela universidade Federal da Bahia. Ministrou também o curso de gravura para menores da periferia no Centro Comunitário do bairro Jardim umuarama.

INVIsÍVEIs Invisíveis é o nome dado à Exposição Coletiva de Graffiti Art que acontecerá durante todo o mês de novembro, onde Jean Siqueira estará expondo a sua arte ao público junto a outros artistas da região. O local da exposição será no Museu de Cultura Popular da universidade Federal de Mato Grosso, das 08:00 às 19:00 horas.





FOCO CENT

IGOR CA texto: Victor Oliveira


TRAL:

ALIXTO

Nome: Igor Calixto Idade: 23 anos Natural: Brasilia-DF Tempo de Skate: 10 Anos PatrocĂ­nio: Simple Skates, Rogue Apparel, Funhouse skateshop e Swisher Gang Bang Griptape


S/S Heelflip Foto: Victor Oliveira

Como começou sua historia no skate? De uma forma bem natural e pelo principal motivo no qual o skate ainda está presente em minha vida: pelas amizades! Alguns amigos da escola andavam e eu sempre pedia o skate emprestado. Já estava aprendendo algumas manobras básicas quando meu pai me presenteou com um skate. O que o skate representa na sua vida? Toda a minha história. O Skate me deu uma nova perspectiva do mundo e foi responsável por formar o meu caráter. Creio que o skate está um passo à frente da sociedade, se você parar pra pensar: ditamos tendência em moda, música, arte e abrange diversos ares que muitas vezes não conseguimos dimensionar. Sem contar o “Lifestyle” do skate que é uma coisa única. Jamais quero abrir mão de todo o conhecimento adquirido, o contato com outras culturas, a tão conhecida “Vivência” me faz buscar sempre mais disso.


Conte um pouco como foi essa correria de 15 meses em que você foi duas vezes a barcelona, acabou conhecendo outros países e cidades no brasil. Surgiu quando fui convidado para ter uma parte no video “Malako” do Adonis Perfeito, assim que surgiu a proposta comecei a estudar mais sobre vídeo partes, pois estava decidido que não queria simplesmente fazer mais uma parte convencional. Percebi que grandes vídeo partes contam com imagens em muitos lugares diferentes, tem que viajar bastante e skatistas do mundo todo viajam a Barcelona para coletarem imagens de suas vídeo partes. Assim em 2011 comecei a viajar para diversos lugares do Brasil e no meio do ano comprei minha passagem pra Barcelona sem muito planejamento. (não cometam o mesmo erro) A primeira vez é aquela coisa de sonho realizado, e a adaptação com o choque da primeira viagem internacional. Consegui trazer um bom conteúdo depois de três meses pela Europa, voltei ao Brasil com a promessa de que voltaria no ano seguinte mais preparado e sabendo o que queria fazer. nesse ano conversei com as marcas que me patrocinam e mostrei a eles o que pretendia, eles me deram sua confiança e a viagem saiu como havia planejado (em alguns aspectos melhores). O vídeo “Malako” foi lançado sem minha parte em maio desse ano, porque decidi que o material ainda não me satisfazia. Voltando a Europa pude deixar a parte ainda mais completa e agora estou no processo de finalização dessa parte na qual tenho me empenhado da melhor forma. Aguardem. O que você aprendeu nessas viagens e trouxe de bom na bagagem? Acho que o principal foi a exigir cada vez mais de mim e não esperar muito das pessoas. Tenho isso como um lado positivo. Outras questões da hora, como aperfeiçoar o meu inglês e espanhol. E o mais importante: fiz boas amizades que vou levar para o resto da vida

B/S noseblunt Foto: Victor Oliveira



Se não fosse o skate talvez seria mais um telespectador alienado ou estaria estudando para passar em algum concurso público, assim sufocando minha capacidade de querer sempre mais.

Nollie Backside Heelflip Foto: Victor Oliveira

Como você vê o skate lá fora e aqui no brasil? uma coisa importante que pude notar é que o mercado do skate na Europa passou por uma forte crise e está tentando se reerguer. Muitas pessoas me perguntam porque eu não tentei ficar e viver do skate por lá. Não posso dizer que isso é ilusão, mas posso afirmar que temos um grande mercado aqui no Brasil, basta cada um fazer a sua parte. Os europeus não possuem o mesmo feeling dos “Braza”, vejo a maioria dos moleques andando muito aqui, não só porque amam. O skate é como o futebol no país e muitos vêem a oportunidade de viver andando de skate, batalhando diariamente tendo o pensamento que a vida depende disso. na Europa os skatistas andam por diversão, amam o lifestyle do skate, por maior que seja a crise, eles tem uma base familiar ou o próprio governo disponibiliza uma boa qualidade de vida, por isso quase todos andam muito de skate porque tem menos motivos para se preocuparem, acesso fácil a materiais de qualidade e sem falar nos picos. nós somos uma das maiores potências do skate mundial e estamos caminhando para uma evolução significativa. Cada vez mais skatistas estão montando suas empresas e isso é ótimo, mas não basta só a visão do skate, tem que ser uma fusão de conhecimentos por isso minha dica é que montem sim suas empresas mas também busquem todo tipo de informação e conhecimento, não basta só ter vontade de fazer, todo mundo necessita de materiais de qualidade sejam eles em produtos ou mídia. Entre essas suas viagens, quais os melhores picos que você já andou e por quê? não é nenhuma novidade que Barcelona seja um paraíso para se andar, e era lá que tinha o famoso spot do Port Forvm,as Bordas de metal despencando, amo esse lugar por toda sua composição! Mas ainda assim, sempre estou em um relacionamento sério com o bancário em Brasília! (risos)



Nollie Hard Heelflip Foto: Victor Oliveira


Como você vê essa relação da capital brasília e o skate? Brasília tem buscado como nunca um espaço ao pequeno sol das capitais do skate e temos ótimos recursos como bons skatistas e ótimos picos. Cada vez mais têm surgido pessoas com uma boa visão para acrescentar. Brasília é sinônimo de “Business” e não poderia ser diferente no skate. isso tem tanto seu lado positivo quanto o seu lado negativo, e o resultado será a colheita de tudo o que plantarmos. sei que você tem uma boa relação com a música. Conte mais pra gente como surgiu e suas referencias. é verdade. Sou um pesquisador insaciável, mais precisamente na área da Black Music. isso surgiu desde muito novo, a música tem um poder impressionante de mexer com o emocional da pessoa. quando criança eu já ia para a escola com os fones. Passei pelo walkman, diskman até chegar nos iPod‘s. Todos retidos por alguma professora por eu estar escutando em sala de aula. (risos) Escuto música praticamente 24 horas, quando estou na sessão escuto músicas que empolgam a andar mais rápido e embalar com vontade, pra isso tenho minha playlist de Rap mais comercial. quando estou em casa, geralmente estou trabalhando em algum projeto e gosto de escutar coisas mais calmas e bem produzidas, mais puxadas pro R&B. E minhas referências vem das origens de cada gênero, escuto bastante Soul & Funk dos anos 70 tanto internacional quanto nacional, mas tenho estudado e buscado bastante coisa nacional. A música brasileira é muito rica, sou fã do Tim Maia e da Banda Black Rio, internacional tem The Stylistics, Gill Scott heron e por ai vai. Tenho planos de um dia ter mais tempo para estudar produção musical, ter um quarto lotado de disco e um som alto pra eu ficar “moçado” escutando música o dia todo. se não fosse skatista, o que estaria fazendo? Se não fosse o skate talvez seria mais um telespectador alienado ou estaria estudando para passar em algum concurso público, assim sufocando minha capacidade de querer sempre mais. Desculpe a grande massa, é só a forma que enxergo o caminho das águas. Mas talvez se tivesse sorte de escapar desse sistema, teria encontrado a musica pelo caminho ou a arte.


B/S Crooked Popover Foto: LĂŠo Barreto



Flip F/S Rock slide Foto: T.Thomas


F/S Feeble Grind Foto: LĂŠo Barreto


S/S Backside Tail Slide Foto: Renan Agá

E a “Rua é nossa casa”? fala um pouco mais desse vídeo! Esse é um projeto de vídeo da Simple Skates, “A Rua é nossa casa” é uma campanha que retrata o cotidiano do skatista de viagens e sessões constantes pelas ruas, o titulo faz uma analogia a isso. Esse é o primeiro vídeo da marca com toda a equipe, estava previsto para o fim desse ano. Lançarmos o teaser 01 da minha viajem a Barcelona, mas a marca encontra-se em uma fase de reestruturação da equipe. A Simple está formando um novo time para o vídeo que com certeza vai ser pesado. Agradecimentos: quero agradecer primeiro a Deus pelo o caminho que Ele me proporcionou escolher e por todas as obras que Ele me permitiu contemplar. Meu pai e todas as pessoas mais próximas. Ao meu amigo Felipe Gustavo pela inspiração e força, aos meus patrocinadores por darem crédito ao meu trabalho e suporte para que eu continue andando de skate. A todos que estão presentes comigo nas sessões, todos que me filmaram para contribuir para minha vídeo parte. Fernan Origel, Raul Garcia, Paulo Macedo, Barcelona Family. Léo Barreto Thomas Teixeira , Rena Agá e Victor Oliveira pelas fotos da matéria e a revista Central pelo espaço. OBRiGAhhh



RUA

CENTRAL foto: Johan Verstappen



Carlos Eduardo DUDU - S/S B/S Heel Flip - Cuiabรก/MT Foto: Diego Almeida



Fabio Carvalho - B/S Fifty - Brasília/DF Foto: Renan Agá



Samuel Jimmy - F/S Nose Grind - BrasĂ­lia/DF Foto: Victor Oliveira


Breiner Leal - F/S Smith Grind - Goi창nia/GO Foto: Frederico Bibi


Vinicius Barbosa - F/S Crailslide - BrasĂ­lia/DF Foto: Rafael Vato


Lehi Leite - S/S F/S Flip - Curitiba/PR Foto: Rafael Vato


Ythalo Cardoso - Nollie Heel Flip - Goi창nia/GO Foto: Elias Pereira



Pedro Caldas - F/S Smith Grind - Taguatinga/DF Foto: Rafael Vato



Alber Leandro - Nollie Nose Slide - BrasĂ­lia/DF Foto: Paulo Tavares


Dennes Ferreira - 360 Flip - BrasĂ­lia/DF Foto: Samuel Pires


Pedro Dezzen - S/S Hard Flip - Brasília/DF Foto: Renan Agá


Thiago Casseta - B/S Ollie - Goi창nia/GO Foto: Frederico Bbi


Gabriel - Lien to Tail- BrasĂ­lia/DF Foto: Alex Seabra


Mario Dias - Heelflip - Ă gua Boa/MT Foto: Bruno Ribeiro


Salatiel Faria - S/S F/S Noseblunt - Cuiabรก/MT Foto: Raphael Moraes


Robson Formiguinha - Ollie - Cuiabรก/MT Foto: Jhon Douglas


Willian Arrelaro - Flip Big Spin - BrasĂ­lia/DF Foto: Paulo Tavares


Leonardo Neitzke - B/S Crooked - Cuiabรก/MT Foto: Diego Almeida


Alex Guimar찾es - Nollie Flip - Goi창nia/GO Foto: Elias Pereira



INTERCĂ‚MBIO

DANIEL LABAIG texto: Daniel Labaig Release/Diego Almeida Entrevista


No final dos anos 80 luiz Daniel labaig ganhou o primeiro skate de seu padrinho cujo presente daria as primeiras bases de equilibrio, fazendo batidas (batidinhas) Em 1992 começou a fazer contatos com alguns skatistas para montar um skate com nose e tail e foi na praça barao do rio branco em Caceres que começou a fazer as primeiras sessões com os locais . Alguns anos depois Caceres tinha um grupo de skatistas de nível e uma amizade saudável que resultou em uma viajem para Cuiaba em 1996 para um campeonato num supermercado na avenida fernando Côrrea. A Partir deste compeonato as conexões se fortaleceram para o skate mato-grossensse, foram bons anos de pura diversão em Cuiaba com o verdadeiro street skate onde cada um tinha seu estilo e novas manobras surgiam.


Ollie Foto: Yoann Kim



f/s blunt slide foto: Johan Verstappen


Com o passar dos anos as conexões entre cuiaba e campo grande também foram positivas e as fronteiras foram cada vez aumentado. Como seus amigos de sessão Daniel labaig decidiu se mudar para Curitiba no final dos anos 90 Participou em alguns campeonatos, mas lhe faltava algo em meio a toda aquela competição, a necessidade de andar de skate livremente, buscar a rua para as sessões. felizmente encontrou o o famoso terminalzinho para deficientes, se tornado local do pico. E começou a filmar com os streeteiros da cidade. Paralelamente formaram uma marca, a Amanita skate, trabalhou na contruçao de alguns obstáculos na drop dead , com crianças da Periferia dando aulas de skate e diversos outros empregos e estudos . No final de 2007 deixou Curitiba pra se aventurar em Paris, frança com a intenção de conhecer novas culturas, novos picos, aprender uma nova língua. Atualmente Daniel continua, viajando, trabalhando, terminando sua formação em marcenaria, fazendo fotos e vídeos de skates com seus amigos e todo dia aprendendo algo.


b/s tail slide foto: Johan Verstappen


Você tem fama de ser “forfun” e grita até hoje durante as sessões “skate or die” (risos), essas características de skate por diversão, mas você já pensou em se profissionalizar? Andar de skate sempre foi e será uma diversão, claro que quando a gente quer voltar uma manobra a coisa se torna séria, pois é um desafio com você mesmo, uma manobra diferente pode se dizer que é um degrau a mais para o teu nível de skate. E com a experiência sobre as rodinhas acho que qualquer skatista se torna profissional, nao importa o nível que ele tenha e sim o conhecimento de até onde o skate pode te levar!


oto: Yoann Kim

Acredita que não se familiarizou com os campeonatos devido aos obstáculos? sabemos que até escorre uma lágrima do olho do rapaz quando encontra uma bordinha ou palquinho nas sessões (risos) Aqui na França eles não param de construir skateparks, skateplazas, e de vez enquanto vou com meus amigos mas sinceramente, raramente me sinto a vontade! Pois esses espaços nao me dão a mesma liberdade que quando estou na rua, ou seja encontrar um obstáculo diferente, enfim, é incomparável. B/S nose Slide Foto: Yoann Kim



B/S Flip Foto: Johan Verstappen


Hoje você construiu uma vida em Paris. Tem família, filho e amigos, mas tem planos de voltar para o brasil? Pretendo fazer uma ponte aérea entre Brasil e França, pois a relação entre esses dois países são positivas Quais outros picos pensa em andar de skate futuramente? Oha, ontem mesmo consegui andar num pico no centro de paris e até deu pra fazer umas manobrinhas (risos). Penso em viajar conhecer outros países como estados unidos ou a Ásia. Mas por enquanto estou focalizado na minha formação em fabricação de moveis. sua história foi construída metendo a cara para a vida, sabemos que nada veio as suas mãos com facilidade, tem algum recado para passar para quem sonha em viver do skate? Eu penso que skate serve como passaporte para outras finalidades, ou seja, continue fazendo algo paralelo, sobretudo estudando, adquirindo conhecimentos, experiência numa profissão e ao mesmo tempo continue andando de skate Algum recado pra galera? é um imenso prazer ser entrevistado por uma revista da minha terra. hey Galera assim que o tempo estiver bom, um rolezinho para atualizar as manobras! E em seguida tomar um aperitivo.

hé les gars des qu’il fera beau, une petit session pour mettre a jour les tricks ! Et en suite une apéro.


Tranfer B/S Tail Slide Foto: Johan Verstappen


F/S Grind Foto: Johan Verstappen


B/S Crooked Foto: Yoann Kim

Ollie Foto: Johan Verstappen


UM ROLÊ POR

CAMPÃO

texto: Ewerton Pereira / foto: Ewerton Pereira



Campo Grande

, capital em desenvolvimento acelerado surgindo todos os dias novos picos skataveis, uma mescla de novos picos e tradicionais torna Camp達o um dos lugares mais produtivos na arte de andar na rua e produzir exelentes imagens. Confira algumas imagens de Camp達o.

marcelo mattioli - f/s Grind


Rodrigo Tutui - F/S Noseslide


maurio serrou - f/s flip


Paulo Galera - F/S Blunt Slide


Raphael Sanches - Heelflip Nose Slide


Willian Benites - F/S Flip


Elio Angelo - Nollie F/S Tail Slide


Eduardo Dudu - B/S Grab


:: SAIU NA SESSテグ E FEZ UMA FOTO LEGAL? MANDE PARA CENTRAL! contato@centralskatemag.com.br


Bruno Ribeiro - F/S Shove-it Água Boa/MT

André Marquez - Hard Flip Brasília/DF


WWW.CENTRALSKATEMAG.COM.BR


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