Folha do Batel Março/Abril 231

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Pessoas que já contraíram COVID19 podem doar o plasma do seu sangue, ajudando aquelas pessoas que ainda se encontram doentes Página 05

ESPECIAL ENFERMAGEM Entrevista com profissionais da área Página 09

CURITIBA | PARANÁ Distribuição dirigida nos bairros: • Batel • Bigorrilho • Ecoville • Seminário • Centro • Março / Abril de 2021

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Voluntários em hospitais se reinventam durante pandemia através de visitas virtuais por meio de robôs a distância estão entre as iniciativas adotadas no isolamento social para cuidar de vidas Página 06

Coronavírus em humanos e pets: entenda as diferenças Página 07

Conheça e participe das Campanhas: Doe Solidariedade e Vamos Dividir Página 10

COVID 19: qual a data prevista para você tomar a vacina? Página 11

Entrevista com o autor do livro Felippy Strapasson: História Concisa dos Bairros de Curitiba Página 14

Na foto Luiz Henrique palhaço Barba Negra Foto: @gatovoadorestudio

Confira plataformas de aulas gratuitas para estudar on line e dicas de livros que trazem esperança Página 15


Folha do Batel

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EDITORIAL

O Reconhecimento da profissão Enfermagem

A pandemia do novo coronavírus causou mudanças na rotina de toda a população, principalmente dos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente no combate à COVID-19. Os enfermeiros tem trabalhado fortemente para salvar vidas e ajudar a conscientizar população sobre a importância da prevenção, com a dedicação que sempre tiveram à profissão. Esses profissionais da saúde são os grandes guardiões que defendem a sobrevivência da humanidade. E em um momento tão difícil quanto esse pelo qual passamos, são os nossos enfermeiros e enfermeiras que fazem a linha de frente na batalha contra o COVID-19. A enfermagem é uma das profissões mais importantes dentro de um hospital. Diariamente esses profissionais vivenciam e participam ativamente em situações de vida ou morte. São esses profissionais os principais responsáveis pelo cuidado do paciente, e suas atividades incluem a comunicação entre médicos e pacientes, administração de medicamentos e realização de curativos. Eles também são responsáveis por prestar os primeiros atendimentos e acompanhar a recuperação dos pacientes, realizam exames preliminares, monitoram o quadro de saúde, atualizam prontuários, previnem infecções hospitalares, preparam exames e separam instrumentos para cirurgias. Mais do que isso, são esses profissionais que fazem os hospitais, clínicas particulares e postos de saúde funcionarem. Partindo desse viés temas abordados nessa edição estão ligados a saúde e ao gesto de ajudar o próximo : como o ato de doar sangue e voluntários que se vestem de palhaços e enviam mensagem através dos robôs para os doentes hospitalizados . Conheça e participe das Campanhas : Doe Solidariedade e Vamos Dividir. Faça a sua parte em prol de quem precisa !!! Confira a entrevista com o autor Felippy Strapasson autor do livro: História Concisa Dos Bairros De Curitiba: Do Abranches Ao Xaxim além das dicas de leitura de livros que te traz um mais de fé e esperança em dias melhores! Boa leitura! Celina Ribello

Expediente Razão Social: Celina Susy Pires Ribello ME Jornalista Profissional: Celina S. P. Ribello - CRTE /PR | Habilitação: 8221 Diretora Executiva: Celina S. P. Ribello Rua Paulo Gorski, 1818 CNPJ: 07478063/0001-05 Fone: 3274- 0104 / 4199602-2284 www.jornalfolhadobatel.com.br | contato@jornalfolhadobatel.com.br Diagramação: Tatiana Carla de Souza Distribuição: Dirigida e Gratuita | Periodicidade: Mensal As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião do jornal.

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FÉ E ORAÇÃO

Nossa Senhora da Luz Padroeira de Curitiba A escolha de Nossa Senhora da Luz como padroeira de Curitiba foi dos primeiros povoadores, especialmente do paulista Francisco Soares do Vale, membro de uma conhecida família de São Paulo, que teria se desentendido com o governador da Capitania e, vendo-se obrigado a fugir, veio parar nos campos de Curitiba, e depois de mandar trazer sua família, que veio acompanhada da família de Lourenço Rodrigues de Andrade e Francisco Seixas, fez morada às margens do Rio Atuba, onde já estavam assentados alguns faiscadores do ouro de aluvião (buscado nos rios e riachos). Junto do Atuba surgiu a Lenda da Fundação de Curitiba, que conta que a imagem de Maria todos os dias amanhecia virada para onde hoje é a Praça Tiradentes. Os povoadores decidiram então se mudar para a região, pedindo ao Cacique Tindiquera da tribo dos Tinguis que lhes indicasse o local adequado. O cacique, então, fincou uma vara no chão, exclamando Core-etuba (“muito pinhão”), e ali os povoadores se organizaram, onde hoje é o marco-zero da cidade, construindo uma pequena capela dedicada à Virgem da Luz dos Pinhais por volta de 1654, construída de pau-a-pique e coberta com telhas goivas, onde se venerava a primeira imagem. A origem da Catedral Metropolitana de Curitiba remete a 1668, onde uma pequena igreja de pau a pique foi edificada no local, hoje Centro Histórico de Curitiba, com a denominação de Igreja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Em 1693 instalou-se em suas dependências a Câmara Municipal, a fim de eleger as primeiras autoridades municipais. No dia 29 de março do mesmo ano foi oficializada a fundação da Vila de Nossa Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais de Curitiba. Anos mais tarde essa pequena construção deu lugar a uma igreja maior, em pedra e barro, cuja conclusão ocorreu em 1721. Esta por sua vez foi demolida entre os anos de 1875 e 1880, para finalmente ser edificada a atual catedral, cujos trabalhos ocorreram entre 1876 e 1893. Em 1894, a igreja recebeu o título de Catedral. Cem anos mais tarde, em 7 de junho de 1993, a Catedral foi elevada ao grau de Basílica Menor, em reverência à Nossa Senhora da Luz

dos Pinhais, a santa padroeira da capital paranaense. “Nossa cidade completa hoje 328 anos. Terra abençoada pela Luz dos Pinhais, terá sua comemoração de aniversário somente em nossos corações. Sejamos resilientes, solidários, responsáveis e, sobremaneira, inteligentes. #IssoVaiPassar Pela intercessão de nossa padroeira Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e nosso Senhor Jesus Cristo, com ânimo, fé e esperança já enxergamos a #LuzNoFimDoTúnel. Parabéns , Curitiba! Nós, seus filhos, te amamos!” Palavras do Prefeito Rafael Greca Oração à Nossa Senhora da Luz Ó Senhora da Luz, dona de todas as graças, cobre-nos com o teu manto resplandecente, pois tu és a luz que nos guia pelas trevas e, pela tua imensa misericórdia, nos dás força e alento para seguir o nosso rumo, que nos leva até a ti, ó Cheia de Graça. Nossa Senhora, pelo Espírito Santo iluminada, Mãe de Nosso Senhor, nossa fonte de luz,

tu és a nossa força e o nosso caminho e nos proteges por entre montanhas e vales, pelos desertos e ilhas, no sofrimento e na tortura, nas perseguições que sofremos. Ó Nossa Senhora da Luz, nossa Mãe, cobre-nos com a tua interminável glória e continue a iluminar o nosso caminho com a tua interminável e Divina Luz, que outra coisa não queremos ver, senão as maravilhas da tua presença. Ó Nossa Senhora da Luz, Mãe de Deus, ajuda-nos, com a tua bondade infinita, a enfrentar todos os perigos e tentações, para que com a tua preciosa ajuda, sigamos nosso caminho com a tua luz e longe da escuridão das trevas. Amém!


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Profissionais da Saúde e jornalistas são homenageados pela Câmara de Curitiba Por José Lázaro Jr. Nesta data de 7 de abril são comemorados, simultaneamente, o Dia Mundial da Saúde, em alusão à criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), e o Dia dos Jornalistas Profissionais no Brasil, para lembrar o assassinato do médico Libero Badaró, que na época do Império fundou um jornal para denunciar temas de interesse público encobertos pelo governo central. Ambas as datas foram celebradas, em plenário, pelos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). “Este é o segundo ano consecutivo que comemoramos o Dia Mundial da Saúde em meio a uma pandemia. E talvez essa data nunca tenha sido tão importante quanto agora. Quero reforçar a minha admiração aos profissionais da Saúde, principalmente àqueles que atuam na linha de frente do combate à pandemia, que com compromisso e com responsabilidade, se empenham diariamente para salvar vidas”, desejou Alexandre Leprevost (SD), vice-presidente da CMC. Também Tico Kuzma (Pros), presidente do Legislativo, e Noemia Rocha (MDB), presidente da Comissão de Saúde da CMC, reforçaram o desejo de força aos profissionais. “Por ser a data de criação da OMS, desejamos em oração saúde a todas as nações”, disse a vereadora. Dalton Borba (PDT) aproveitou para sugerir à Prefeitura de Curitiba que reforce a campanha de conscientização da população, para que ela seja orientada a aumentar os cuidados pessoais e o distanciamento social no enfrentamento da pandemia de coronavírus. DIA DO JORNALISTA Os vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD) e Herivelto Oliveira (Cidadania) parabenizaram os colegas de profissão pela data, lembrando aos vereadores que, se eles conseguem embasar as discussões em fatos e dados, isto muito se dá graças ao trabalho de jornalistas, que pesquisaram, apuraram e checaram aquelas informações. “Muita gente não percebe que, para o flagrante da festa clandestina aparecer no jornal da manhã, um repórter cinematográfico passou a noite inteira trabalhando. É uma profissão que eu tenho orgulho, tanto que fiz questão dela ser incluída no meu nome parlamentar”, disse Barros. “As informações só chegam porque os jornalistas trabalham 24 horas por dia. Vamos imaginar uma sessão nossa em que a gente não use nenhuma informação recebida de algum veículo [de imprensa. A gente rodaria em círculos e contaríamos a nossa própria história, pois para saber a história do outro a gente precisa dos veículos de comunicação”, completou Oliveira, reforçando a homenagem do colega aos jornalistas que desenvolveram a covid-19, “por estarem na linha de frente”, e que em razão disso faleceram. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgou na terça-feira, 6 de abril, véspera do Dia do Jornalista, novos dados do dossiê “Jornalistas vitimados por Covid-19”, referentes ao primeiro trimestre de 2021, colocando o Brasil como o país com o maior número de mortes pelo novo coronavírus no mundo. De acordo com levantamento elaborado pelo Departamento de Saúde da FENAJ, a partir de notícias e de acompanhamento pelos Sindicatos da categoria no país, 169 jornalistas morreram entre abril de 2020 e março de 2021. O dossiê também mostra que, em três meses de 2021, o número de mortes supera todo o ano de 2020, quando foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Este ano, são 86 vítimas, percentual 8,6% maior que no total de 2020. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Em razão da pandemia, as sessões da CMC tem ocorrido por vídeoconferência

Homenagem de Banksy a profissionais de saúde atinge recorde de US$ 20 milhões em leilão Os lucros da venda serão usados para “financiar projetos de bem-estar para funcionários e pacientes Uma pintura de Banksy que mostra um menino brincando com uma boneca de enfermeira transformada em super-heroína foi vendida no dia 23 de maio por cerca de US$ 20 milhões, estabelecendo um recorde para um leilão do artista de rua britânico. “Game Changer”, apresentada em maio de 2020 no Hospital Universidade de Southampton, homenageou os trabalhadores da linha de frente do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) em meio à sua luta contra a pandemia de Covid-19. A obra de arte em preto e branco mostra um menino erguendo uma enfermeira de braço esticado e usando uma capa, enquanto super-heróis tradicionais como Batman e Homem-Aranha aparecem em uma lata de lixo. Graças à entidade Caridade dos Hospitais de Southampton, os lucros da venda serão usados para “financiar projetos de bem-estar para funcionários e pacientes e distribuídos a uma comunidade mais abrangente de provedores de serviços de saúde tanto dentro do NHS quanto em setores de caridade”, disse a casa de leilões britânica Christie’s. Uma reprodução da pintura será pendurada no hospital, acrescentou a casa de leilões. Em um leilão da Christie’s transmitido ao vivo, a pintura foi vendida por £

14,4 milhões (US$ 19,85 milhões). Taxas adicionais arredondaram o preço para £ 16,75 milhões, um recorde mundial para uma obra de Banksy, de acordo com a Christie’s. A obra havia sido avaliada entre £ 2,5 milhões e £ 3,5 milhões. “Banksy é um artista extraordinário que é um barômetro constante do sentimento nacional”, disse Katharine Arnold, codiretora de arte contemporânea e do pós-guerra da Christie’s, em um comunicado. Uma imagem da obra também foi publicada na página de Instagram de Banksy com a legenda “Quem Vira o Jogo”. A executiva-chefe do hospital, Paula Head, disse: “Tenho muito orgulho de revelar esta obra de arte incrível, ‘Pintando para Santos’, criada por #Banksy como um agradecimento a todos que trabalham com e para o NHS e o nosso hospital”. “Um pano de fundo inspirador para parar e refletir nesta época sem igual”, acrescentou ela no Twitter. Não se trata do primeiro trabalho de Banksy inspirado pela Covid-19. No ano passado, ele publicou imagens de seus ratos de estêncil característicos correndo enlouquecidos em um banheiro acompanhadas pelo comentário: “Minha esposa odeia quando eu trabalho em casa”. Fonte : ForbesLife, Negócios


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Com queda nas doações de sangue, Hemepar pede ajuda à população Pessoas que já contraíram o COVID19 podem doar o plasma do seu sangue, sendo um potencial no tratamento para aquelas pessoas que ainda se encontram doentes . O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) registrou uma queda de 13% no número de doadores entre fevereiro e março no Estado. Essa redução implica em 33% do estoque de distribuição, considerando que cada bolsa de sangue pode produzir até quatro hemocomponentes. “Embora estejamos enfrentando a pandemia da Covid-19, precisamos lembrar que os traumas não param de acontecer, as transfusões continuam sendo necessárias e as doações de sangue são a única maneira de conseguirmos atender os 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos do Paraná que recebem bolsas de sangue da hemorrede”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

COMO DOAR O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano. O agendamento das doações pode ser feito no site da Secretaria de Estado da Saúde. SEGURANÇA O Hemepar segue protocolos de segurança para prevenção da Covid-19 como o agendamento e recepção de oito pessoas a cada meia hora para evitar aglomerações, utilização de álcool gel 70% e profissionais que atuam no atendimento devidamente paramentados. Pessoas vacinadas contra a Covid podem

doar sangue, esclarece Hemepar. QUEM TOMOU VACINA PODE DOAR? Pessoas imunizadas contra a Covid-19 podem fazer doações de sangue normalmente, desde que aguardem o período estipulado para cada tipo de vacina. A Coranovac/ Butantan estabelece um prazo de 48 horas após o recebimento para que o cidadão possa fazer doação de sangue, e a AstraZeneca/Fiocruz pede o intervalo de sete dias para a doação. Hemepar busca doação de plasma de pacientes que tiveram Covid-19

PLASMA HIPERIMUNE Pessoas que já se recuperaram da Covid-19 podem ajudar outros pacientes de uma forma bastante simples: doando plasma. Um dos componentes sanguíneos, justamente a parte líquida do sangue, o plasma de pacientes que tiveram a doença pode concentrar uma grande quantidade de anticorpos que agem no combate à infecção. É o chamado plasma hiperimune ou plasma convalescente. Para isso, o paciente recuperado precisa esperar até 45 dias do diagnóstico do RT-PCR ou 30 dias após o fim dos sintomas. Também é necessário agendar a coleta no Hemepar. O uso do plasma (parte líquida do sangue) para combater o novo coronavírus tem dado resultados animadores no Paraná. O projeto-piloto desenvolvido pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) permite a utilização do líquido como procedimento experimen-

tal no combate ao vírus. O experimento consiste em utilizar o plasma convalescente coletado de pacientes que se recuperaram da doença e utilizar em novos infectados. “Os pacientes já estão recebendo estes plasmas e estamos tendo resultados positivos em relação a esta terapia”, revelou a chefe da Divisão de Hemoterapia do Hemepar, Renata Pavese Segundo Renata, a injeção de plasma já com os anticorpos de quem se recuperou da infecção permite a criação de uma barreira protetora em quem recebe o sangue. O objetivo é evitar que a doença tenha um agravamento e, em muitos casos, a necessidade de uma transferência para unidade de terapia intensiva (UTI). “O plasma não oferece a cura, mas minimiza o agravamento. Evita que paciente vá para uma UTI, por exemplo”, explicou ela. A diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza, faz um apelo à população.

“Precisamos da colaboração de todos que estejam aptos a doar. Façam o agendamento no site ou por telefone na unidade mais próxima e doem sangue para que possamos continuar salvando vidas”. Endereço: Tv. João Prosdócimo, 145 - Alto da XV, Curitiba Telefone: 0800 645 4555 https://www.saude.pr.gov. br/Pagina/Doacao-deSangue

Chefe da Divisão de Hemoterapia do Hemepar, Renata Pavese


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Voluntários em hospitais se reinventam durante pandemia Visitas virtuais por meio de robôs e confecção de máscaras a distância estão entre as iniciativas adotadas no isolamento social reinventasse. “Com a pandemia, a presença dos voluntários foi evitada. Mas, a nossa vontade de ajudar os pacientes que estavam lá dentro foi maior do que toda essa situação. Então nós mudamos e adaptamos as atividades para que cada voluntário pudesse contribuir de forma remota, na segurança do seu lar”, revela. E, se nesse momento está proibido o contato físico entre as pessoas, os robôs entraram em cena para aproximar voluntários e pacientes virtualmente. Desde maio de 2020, o ROBIOS é o novo integrante do Cajuru. Com um tablet na altura da cabeça, o robô sai pelos corredores levando os voluntários de forma remota até os pacientes. São mais de 320 voluntários que atuam no hospital, desde grupos de palhaços, músicos e até cachorros que agora, por causa da pandemia, fazem suas apresentações à distância com o auxílio do robô ROBIOS. Em cinco meses de trabalho fazendo as visitas com o robô três vezes por semana, foram em média 2100 atendimentos em quartos com os grupos de palhaços e cerca de 60 com os músicos, além das visitas diárias para os pacientes nas UTIs. Para Nilza, essa é uma forma de levar alegria para os pacientes e ainda diminuir a saudade dos voluntários. “As pessoas que estão internadas sentem falta desse cuidado, dessa atenção e carinho. Quando os voluntários chegavam, a alegria era contagiante. E agora, com o ROBIOS, nós podemos levar esse conforto para os pacientes de forma segura. Sem falar que os próprios voluntários sentem falta desse contato no dia a dia”, revela. Uma Outra forma de manter os voluntários ativos mesmo com as restrições, foi a produção de máscaras de proteção. Cerca de 76 mil máscaras foram confeccionadas e distribuídas para pacientes internados, familiares, acompanhantes, visitantes

e funcionários dos setores administrativos. “Como tínhamos essa necessidade de ter mais máscara, e tudo era muito caro, o hospital resolveu comprar o tecido para que a gente ajudasse a confeccionar. E, com isso, nós criamos o grupo de costureiras Mãos Que Transformam. Um grupo ficava encarregado de pegar os tecidos no hospital e levar até a casa dos voluntários. Quando prontas, traziam as máscaras para o hospital e, então, a gente distribuía entre as equipes”, diz Nilza. COMO AJUDAR O processo é simples para quem deseja doar parte do seu tempo e se tornar um voluntário no Hospital Universitário Cajuru. Basta agendar uma entrevista por meio do telefone (41) 32712990 para que a equipe possa avaliar o candidato e ver qual atividade se encaixa de acordo com o perfil e disponibilidade de horários. Os voluntários também participam do projeto “Acolha Novos Voluntários” que ajuda os candidatos a conhecerem as missões e valores do hospital. Já quem não tem disponibilidade e mesmo assim quer contribuir, existem diversas formas de colaborar com o hospital: boleto bancário, depósito em conta corrente ou por meio da conta de energia elétrica (Copel). Empresas também podem fazer suas doações e deduzi-las até o limite de 2% do seu Lucro Operacional Bruto, confira mais informações no site http:// www.hospitalcajuru.org. br/doacao/ ou pelo telefone (41) 4042-8374. SOBRE O HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU O Hospital Universitário Cajuru é uma institui-

ção filantrópica com atendimento 100% SUS. Está orientada pelos princípios éticos, cristãos e valores do Grupo Marista. Vinculado às escolas de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), preza pelo atendimento humanizado, com destaque para procedimentos cirúrgicos, transplante renal, urgência, emergência, traumas e atendimento de retaguarda a Pronto Atendimentos e UPAs de Curitiba e cidades da Região Metropolitana. VAMOS JUNTOS ESPALHAR AMOR! Letícia Witzki fundadora e presidente da Associação Semeando Amor, uma organização sem fins lucrativos que realiza visitas em ambientes hospitalares através da arte da palhaçaria, com atividades artísticas e culturais.“Com a pandemia, nossas visitas presenciais precisaram ser suspensas, mas o Hospital pensando em uma maneira de dar continuidade no voluntariado, nos convidou para fazer parte do projeto Robios, visitas através de um robô conduzido por um colaborador do hospital. “Nesse período de isolamento, se fazer presente mesmo que seja virtualmente, é muito essencial. E nós do Semeando Amor estamos dispostos a continuar semeando amor e alegria por onde passarmos, mesmo que seja através da tela de um celular ou até mesmo de um robô. A iniciativa do hospital em manter esse contato é muito importante, pois assim, o voluntariado continua seu trabalho de maneira segura, mas sem deixar de lado o amor e a ternura que esse trabalho exala”, relata Leticia .

A voluntária Amanda Stankoski, palhaça Poesia, nas sextas-feiras se transforma pela tela do Robios, transmitindo graça, amor e afeto para com os pacientes e colaboradores do hospital. “Somos gratos ao hospital pela confiança e parceria com o trabalho do Semeando Amor, para que juntos possamos continuar espalhando a semente da fé, da esperança e do amor!”, comenta Amanda. A pandemia nos trouxe muitas restrições, isolamento e solidão para muitas pessoas. Pensando nisso, nós do Semeando Amor pensamos em uma maneira de conectar as pessoas através de mensagens de vídeo, transmitidas através dos nossos palhaços. Temos como propósito espalhar amor e abraçar o mundo de alguém. Esse projeto se chama Plantãonildo! Como ele funciona? Em nosso site você faz o pedido de mensagem para quem desejar e nós gravamos a mensagem e enviamos para essa pessoa através do whatsapp, os vídeos são exclusivos e gratuitos. Outra iniciativa nesse momento, sem poder visitar presencialmente os hospitais, retomamos o projeto Semeando Cartas - cuidando de quem cuida,

para espalhar através da escrita, gratidão, afeto e apoio aos profissionais do hospital. No ano de 2020 entregamos 3600 cartas para os colaboradores dos hospitais Cajuru, Marcelino, São José dos Pinhais e Nossa Senhora das Graças, e nessa edição de 2021 as cartas serão entregues aos colaboradores do Hospital das Nações. QUE TAL ABRAÇAR ALGUÉM ATRAVÉS DA ESCRITA? Sua carta precisa conter: - Sua apresentação (nome e cidade) - Ser digitada e enviada no corpo do e-mail para cartas@gruposemeandoamor.com.br - Não destinar para uma profissão especifica, pois todos os colaboradores desde equipe de limpeza, profissionais da saúde, equipe de segurança, admistrativo, estarão recebendo uma carta. - A mensagem a ser repassada é sobre conforto, esperança e gratidão. - A data de envio para as cartas é até dia 25 de abril. @gruposemeandoamor www.gruposemeandoamor.com.br www.instagram/gruposemeandoamor

Foto: @gatovoadorestudio

Com a pandemia do coronavírus, a busca por ações sociais aumentou desde ano de 2020. Uma pesquisa divulgada pelo Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), ainda antes do encerramento do ano, já indicava que o volume de doações dobraria no ano passado, em comparação com 2019. O estudo também apontou que houve uma mobilização maior para ajudar com recursos ações na área da saúde, principalmente no combate à Covid-19. Especialistas em ação social apontam essa mobilização como um legado da pandemia que deve se expandir nos próximos anos. Mas e para quem tinha no contato e nas visitas in loco as principais ferramentas de ajuda? O ano de 2020 foi certamente de reinvenção para esses apaixonados pelo voluntariado. O aposentado Márcio Zeni é voluntário do Hospital Universitário Cajuru há 15 anos e conta que a presença de um voluntário, com toda a sua energia e atenção, é uma forma de diminuir o estresse e os traumas que muitos pacientes têm durante o período de internação. “A presença de voluntários comprometidos com a humanização do atendimento, com tempo, olhos e ouvidos à disposição, serve para diminuir o estresse do paciente. Esse olhar para o ser humano, com carinho e respeito transmite ao paciente maior segurança e conforto. É para isso que dedicamos nosso tempo e nossas energias”, diz. Mas, durante o período de isolamento social, o trabalho dos voluntários em ambiente hospitalar foi suspenso para preservar a saúde dos envolvidos e, com isso, a conversa, a animação e as risadas passaram a fazer falta nos quartos e corredores dos hospitais. A coordenadora do voluntariado do Hospital Universitário Cajuru, Nilza Maria Brenny, conta que nesse momento foi preciso que o trabalho se

Letícia Witzki palhaça Pipoca Michelli Barcelos palhaça Amarelinha


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Prefeitura lança a campanha Doe Solidariedade para arrecadar alimentos

Foto: Daniel Castellano / SMCS

Coronavírus em humanos e pets: entenda as diferenças (*) Por Karin Botteon, Coordenadora Técnica Especialista da área de Pets da Boehringer Ingelheim Saúde Animal

Evento de lançamento da campanha Doe Solidariedade no Salão Brasil da Prefeitura de Curitiba com a presença do Prefeito Rafael Greca e representantes da FAS e do Supermercado Condor

A Prefeitura de Curitiba lançou nesta quarta-feira (14/4) a campanha Doe Solidariedade para arrecadar alimentos não-perecíveis e roupas masculinas que serão entregues às mais de 30 mil famílias que vivem em situação de extrema pobreza na cidade e a pessoas em situação de rua. As doações poderão ser feitas pela população em órgãos municipais, lojas dos supermercados Condor e Festval e também em drive-thrus que serão instalados em toda a cidade. Durante o evento, feito com medidas preventivas de combate à covid-19, o prefeito Rafael Greca recebeu a primeira doação para a campanha. São 60 toneladas de alimentos do Condor Super Center que garantirão 6.200 cestas básicas. Os alimentos serão entregues pela Fundação de Ação Social (FAS) a famílias atendidas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). “Essa campanha que lançamos hoje é o terceiro pilar do edifício da solidariedade social e da segurança alimentar em Curitiba, que passa pela comida em casa, garantida pelo auxílio alimentar emergencial e pelas 150 mil cestas básicas da merenda escolar, que se soma aos Restaurantes Populares e às três Mesas Solidárias”, explicou o prefeito.

DOE SOLIDARIEDADE O presidente da FAS, Fabiano Vilaruel, destacou que as doações para a campanha Doe Solidariedade poderão ser feitas nos 39 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), nos dez Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), nas dez Ruas da Cidadania e no Disque Solidariedade, onde será instalado um drive-thru. Quem preferir também poderá fazer doações nas 22 lojas dos supermercados Condor e nas 11 lojas dos supermercados Festval. DRIVE-THRU A Prefeitura terá ainda drive-thrus em vários pontos da cidade. O cronograma com endereço, dia e horário serão divulgados ao longo da campanha. O primeiro deles será no próximo sábado (17/4), em frente ao Mercado de Orgânicos, da Rua da Paz, 608, Centro. A implantação de drive-thrus tem o objetivo de facilitar e proteger os doadores neste momento de pandemia. A ideia é que as pessoas cheguem e façam as doações sem precisar sair dos seus carros. Todas as pessoas que estiverem trabalhando na arrecadação estarão usando máscara e álcool em gel. Veja quais são os pontos de coleta no link http://fas.curitiba.pr.gov.br/ doesolidariedade

A pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus SARS-CoV-2, vem causando preocupação em todo o planeta. E a busca por informações sobre como se prevenir e quais medidas tomar ao ser diagnosticado é crescente, percebe-se que muitos tutores demonstram preocupação com seus pets e procuram saber se eles também podem se infectar, ou transmitir o vírus. Sobre isso, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviaram pareceres de que não há evidências significativas de que os animais possam transmitir o Covid-19. Os coronavirus fazem parte de uma grande família de vírus, a Coronaviridae e que podem acometer tanto animais quanto seres humanos. Existem 4 gêneros pertencentes a família Coronaviridae, os Alphacoronavirus, Betacoronavirsus, Gammacoronavirus e os Deltacoronavirus, sendo que cada gênero pode levar a diferentes doenças, em diferentes espécies de animais. Embora no passado alguns Betacoronavirsus que afetaram os seres humanos tais como SARS-CoV, responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Grave inicialmente diagnosticada na China, em 2002, e o MERS-CoV, responsável pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio, surgida em 2012 na Arábia Saudita tenham sido associados a algumas espécies animais, até o momento a OMS e a OiE não encontraram evidencias da origem animal para o SARS-CoV-2, o Covid-19, agente da atual pandemia e isto está ainda em investigação para detectar se alguma espécie animal é reservatório do vírus. Ressalta-se que os cães e gatos, também podem ser acometidos por outros Coronavírus, sendo os mais conhecidos, aqueles do gênero Alphacoronavirus, diferentes dos que causam o Covid-19 e que não são transmitidos a seres humanos. O coronavirus entérico canino (CCoV), por exemplo, causa gastroenterite canina, infectando as células do intestino. A vacina contra essa doença já existe e está presente nas vacinas múltiplas conhecidas como V8 e V10, recomendada por veterinários. Já o Coronavírus felino (FCoV) causa outra doença nos gatos, conhecida como peritonite infecciosa felina e para qual não há vacina no Brasil. Dadas as devidas diferenças citadas acima, os tratamentos não são os mesmos para os diferentes tipos de Coronavírus. Com o receio crescente da população devido à pandemia do Covid-19, surgiram relatos de pessoas à procura de vacinas para os Alphacoronavirus, que atacam apenas os animais, solicitando as vacinas V8 e/ou V10, para aplicarem nelas mesmas e se imunizarem. É importante reforçar que estas vacinas

são exclusivas para cães e não há segurança clínica no uso das mesmas em seres humanos. A recomendação é que, em caso de dúvidas sobre quais medidas tomar neste período de pandemia, as pessoas procurem seus médicos. No entanto, notícias recentes sobre 2 cães e de 1 gato testados positivos para o Covid-19, além de resultados preliminares de um trabalho noticiado pela revista Nature sobre a possibilidade da infecção pelo vírus em gatos e furões, criaram grande preocupação tanto em médicos-veterinários quanto em tutores destes Pets. Porém, é importante elucidar, que ainda é cedo para conclusões a este respeito e que a orientação continua a ser a mesma de antes, tanto a OiE, quanto a OMS reforçam que pessoas infectadas pelo Covid-19 evitem o contato com seus animais de estimação e mantenham as mesmas boas práticas de higiene. Até porque não temos evidências de que em condições naturais, os pets possam realmente adoecer em decorrência do Covid-19 e principalmente não há evidências científicas de que mesmo se ocorrer uma infecção nestes animais, de que eles possam transmitir a doença para outros animais ou para seres humanos. Toda essa questão reforça a importância da prevenção na saúde dos animais. Normalmente, muitos tutores não realizam check-ups em seus filhos de quatro patas e não diagnosticam e tratam corretamente algumas doenças. A Boehringer Ingelheim Saúde Animal reforça a importância da realização de check-ups frequentes em animais de companhia, assim como a vacinação correta para prevenção de doenças graves, como a cinomose e a raiva. Para manter um lar saudável, é importante que todos na casa estejam com a saúde em dia. Karin D. Botteon é médica veterinária, formada pela Universidade Estadual de Londrina, residência em Clínica Médica de Pequenos Animais pela UNESP - Campus de Botucatu - e mestrado pela Universidade de São Paulo pelo depto de cirurgia e anestesiologia de pequenos animais. Atuou durante 10 anos como especialista em clínica médica de cães e gatos em hospitais privados em São Paulo e região, com enfoque nas áreas de medicina felina e medicina transfusional.


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12 de maio - Data de nascimento de Florence Nightingale é o dia do enfermeiro Quem está doente precisa de cuidados médicos, mas isso não significa o trabalho exclusivo dos doutores em medicina. Para ajudar os médicos a cuidar dos enfermos, uma categoria profissional tem um papel decisivo: a dos enfermeiros, que têm no dia 12 de maio o dia internacional que comemora sua profissão. A data lembra e homenageia o nascimento da britânica Florence Nightingale uma pioneira da enfermagem moderna, que nasceu em 12 de maio de 1820. Nightingale foi uma jovem que se rebelou contra o papel submisso que as mulheres exerciam na sociedade de sua época destinadas ao casamento e à maternidade. Por isso, ela se tornou enfermeira (profissão normalmente exercida por freiras). Ela se destacou por organizar e chefiar uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias que partiram para o front da Guerra da Crimeia (1853-1856) onde tratavam dos soldados feridos. Depois, na volta a seu país natal, também desenvolveu grandes esforços para melhorar as condições de tratamentos médicos dados a pobres e indigentes. Além disso, foi ela quem lutou para dar à atividade um caráter profissional, fundando a Escola de Enfermagem do Hospital St. Thomas, que depois

Florence Nightingale receberia seu nome. Lá foram lançadas as bases do ensino de enfermagem e de lá saíram as primeiras enfermeiras diplomadas. No Brasil, entre 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, que relembra outra mulher que se dedicou à mesma profissão, pioneiramente, em nossa terra: a baiana Ana Néri (Ana Justina Ferreira Néri) Nascida em 13 de dezembro de 1814, Néri morreu em 20 de maio de 1880. Foi uma mulher de posses, que deixou uma vida tranquila para servir voluntariamente como enfermeira na Guerra do Paraguai (1865-1870), cuidando dos soldados brasileiros na frente de batalha. Enquanto acompanhante, que cuidava dos enfermos, a enfermagem

existe desde a Antiguidade. Tornou-se uma prática não profissional durante a Idade Média e era desenvolvida por religiosas, principalmente, como uma forma de sacerdócio. Só depois da atividade de Florence Nightingale a atividade receberia status profissional. Inicialmente feminina, a profissão hoje é exercida por ambos os sexos. No Brasil, a formação de pessoal de enfermagem para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e, posteriormente, às atividades de saúde pública, principiou com a criação, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Por se tratar da maior categoria profissional de Saúde, e a única presente durante 24 horas ao lado do paciente, a Enfermagem tem um papel fundamental na detecção e avaliação dos casos suspeitos de Corona Vírus. No mudo todo, enfermeiros e enfermeiras enfrentam longas jornadas de trabalho e arriscam a própria vida para conter a epidemia. Muitos abriram mão de suas folgas, férias e descanso. Dos mais de 200.000 óbitos pela covid-19 registrados pelo Ministério da Saúde no Brasil até janeiro de 2021 , 500

ocorreram enquanto lutavam na linha de frente do combate à doença. Este é o total de enfermeiras, técnicos, auxiliares de enfermagem e obstetrizes que morreram em 2020 e 2021 em decorrência do novo coronavírus —trinta deles apenas em janeiro deste ano, de acordo com dados do Cofen ( Conselho Federal de Enfermagem). O Brasil responde por um terço do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da categoria, um dado alarmante tendo em vista que sem eles, salvar vidas nos hospitais todos os dias se torna uma tarefa hercúlea. O dado global mais recente sobre letalidade da covid-19 entre profissionais da área foi divulgado em novembro pelo Conselho Internacional da categoria, e dava conta de 1.500 mortos em 44 países —a cifra já deve ter sido superada. “O fato de que o número de enfermeiros e enfermeiras mortos na pandemia seja similar aos que faleceram na I Guerra Mundial é chocante”, afirmou Howard Catton, chefe-executivo da entidade durante a divulgação do relatório de óbitos, fazendo um paralelo entre a atual crise sanitária e um dos conflitos mais violentos da história humana. FRASES DE FLORENCE NIGHTINGALE A Enfermagem é uma arte; e

para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes! Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos. Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda. Escolhi o branco porque quero transmitir paz. Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber. Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida! Fonte: Da Página 3 Pedagogia & Comunicação


MARÇO/ABRIL /2021

Saúde- profissão Enfermagem Rodrigo Schwanke, 46 anos, atualmente como Responsável Técnico Coordenador de Enfermagem e do Setor Operacional da empresa Homedical Atenção Domiciliar.

Atende pacientes totalmente acamados , dependentes de cuidados de enfermagem, que estão em reabilitação clínica, com necessidade de atendimentos de equipe multidisciplinar de saúde, que fazem uso de ventilação mecânica, tratamento de cuidados paliativos, atendimentos para tratamentos de medicação endovenosa, curativos especiais. Formado em 2005 pela Universidade Uniandrade, atua na área há 16 anos, experiência de psiquiatria, dependência química e geriatria . “A escolha da minha profissão se deu pelo apreço no cuidado com o próximo que iniciou através de um momento anterior a minha formação em que trabalhei em um consultório de geriatria na função de auxiliar de contabilidade. No decorrer desta jornada recebi um convite para atuar como circulante de consultório aonde iniciei meu contato direto com os pacientes idosos e a partir desse momento tive a certeza do meu amor pelo cuidado ao próximo e pela enfermagem”, relembra Rodrigo. Sobre os desafios na pandemia: ”Tivemos que intensificar os cuidados para prevenir o risco de transmissão aos nossos pacientes e profissionais e garantir a manutenção dos materiais, medicamentos e equipamentos tendo em vista a escassez desses insumos no mercado causado pela alta demanda na pandemia da COVID”. “Nesse momento de sofrimento que as famílias veem enfrentando, o maior desafio é poder transmitir a confiança, a segurança, empatia, esperança e o sorriso às pessoas enfermas e as suas famílias através do cuidado humanizado”, diz Rodrigo. O momento de maior reconhecimento da minha profissão é perceber que através do cuidado humanizado, o semblante de calma , confiança e o sorriso se destacam no rosto dos idosos que estão sobre os meus cuidados”, finaliza o coordenador Rodrigo.

Deborah Bee 44 anos, proprietária do Espaço Deborah Bee Estética Humanizada em Curitiba.

Atualmente a enfermeira de formação Deborah atende pessoas que buscam bem estar através de terapias e tratamentos estéticos naturais, pacientes oncológicos, mulheres na menopausa, alérgicos, celíacos, idosos. Nascida na em São Paulo , onde trabalhou por 18 anos na área administrativa desde escriturária até concierge hospitalar, passando por vários hospitais como Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, Sepaco, ICESP, paralelamente tinha seu pequeno salão de beleza e atuava como cabeleireira e maquiadora, em 2012 após um câncer de mama, decidiu buscar qualidade de vida e morar em Curitiba onde reside há 8 anos Trabalhou em mais 2 hospitais na capital paranaense, Santa Cruz e Hospital da Plástica . Depois de perder o emprego em 2015 decidiu empreender e voltar a estudar. Formada pela universidade Tuiuti , fez cursos na área da beleza e saúde. “Descobri os malefícios de algumas substâncias nos cosméticos e os benefícios de outros, Nas minhas pesquisas para o meu TCC publiquei algo realmente específico para mulheres com câncer de mama. Foi a partir dai que decidi abrir um espaço de estética humanizada em Curitiba onde utilizo apenas cosméticos veganos e orgânicos, atendo pessoas que buscam tratamentos naturais de beleza , pessoas com algum problema de pele, mulheres na menopausa, e aquelas que estão passando pela quimioterapia e radioterapia. Meu maior incentivo foi descobrir como ajudar as mulheres em tratamento oncológico e resgatar assim a auto estima delas”, relata Debora Bee.

Folha do Batel | PÁGINA 09

Déborah Lopes Rodrigues, 43 anos, administradora da Salut Care em Curitiba.

Formada em Enfermagem há 20 anos na profissão, sendo 15 deles atuando em vários hospitais de São Paulo como a Beneficência Portuguesa, Hospital Bandeirantes dentre outros. Por 14 anos na área lecionou aulas nos cursos técnicos de enfermagem também na capital de São Paulo. Seus pacientes são pessoas de assistência domiciliar desde cadeirantes , pessoas com necessidade de administração de dieta controlada , medicação sonda e cuidados dos idosos. “Na pandemia o maior desafio para os profissionais de enfermagem é o risco de contaminação , muitas vezes pela falta da paramentação adequada . A área de enfermagem é a base do sistema de saúde e muitas vezes com uma sobrecarga de trabalho, atendendo muitos pacientes ao mesmo tempo, além do atendimento da família desse paciente , em levar informações e satisfações do estado da saúde , falta uma remuneração mais adequada, no Brasil também falta reconhecimento do valor do profissional no mercado de trabalho em relação aos profissionais do exterior. Esse foi um dos motivos que me fez sair da enfermagem hospitalar e montar meu consultório de home care, porque assim consigo dar uma assistência mais personalizada aos meus pacientes”, relata Deborah Rodrigues. “O maior reconhecimento é o obrigado sincero que você recebe não somente nas palavras mas aquele que vem dos olhos e do coração. Quando você vê um paciente que você cuidou se recuperando isso é gratificante , a missão do cuidar na enfermagem vem pra alguns dessa forma , não em apenas pela remuneração e oportunidade de trabalho”, comenta. “Esse cuidar na enfermagem mesmo fazendo a profissão com amor tem que ter um certo cuidado, não podendo sofrer na convalescença das pessoas , por exemplo no falecimento de um paciente , que é um processo natural nascer, crescer e morrer, meu alerta para os profissionais como professora sempre foi para que não sofra com esse processo natural da vida. Ao mesmo tempo não faça da sua profissão num automático mas sim que haja compaixão. Que somente escolha a profissão quem tem o dom de cuidar do próximo”, finaliza Deborah .


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MARÇO/ABRIL /2021

Confira plataformas de aulas gratuitas para estudar on line O ensino remoto ganhou muita força nos últimos meses e as opções de conteúdos educacionais em formato digital estão cada vez mais acessíveis A disseminação e evolução vertiginosa dos formatos digitais de educação possibilitaram o acesso a atividades e conteúdos de maneira inimaginável há algumas décadas. Aulas, textos, exercícios e todo o tipo de material de apoio sobre os mais variados assuntos pedagógicos, acadêmicos e instrutivos podem ser acessados em apenas um click. Tudo isso torna-se ainda mais importante em um momento global em que o distanciamento social é necessário. Nem mesmo o investimento financeiro é um fator limitante para quem quer aproveitar a segurança e flexibilidade de incrementar o currículo com uma nova capacitação sem sair de casa, já que é possível encontrar opções completas de qualidade disponíveis gratuitamente ou com valores bem acessíveis. Mas se o problema é encontrar entre tantas alternativas a melhor opção para dar início ao estudo remoto, aqui vai uma lista de 3 ferramentas online de empresas brasileiras com cursos exclusivos. Confira: Kultivi: Considerada uma das principais plataformas de ensino do país, a curitibana Kultivi (www.kultivi.com) é uma ótima opção para quem busca ensino a distância de qualidade e gratuito. A startup oferece mais de 80 cursos em diferentes áreas, entre elas idiomas (inglês, espanhol, francês, italiano e alemão) carreira e negócios, e medicina, além de atividades voltadas ao Enem, OAB e demais concursos – ao todo, soma mais de 5 mil aulas distintas. Atualmente, a Kultivi conta com mais de 1 milhão de alunos inscritos em seus cursos, com cerca de 80 mil usuários acessando a plataforma diariamente. Todos os cursos são desenvolvidos e ministrados por especialistas em cada segmento e oferecem certificado de conclusão. I Hate Flash: As aulas do coletivo de fotografia I Hate Flash, as Flashclasses, surgiram, há alguns anos, com a ideia de um colaborador ajudar o outro ensinando o que soubesse. Uma troca de conhecimentos e experiências variadas. No início de 2020, surgiu a vontade de

Mario Cesar Simoes -Programa Festas Cristiane Lissoni - Zoli Eventos Fernanda Rosa- Instituto Anjo Azul Jefferson L Manoel- JM Drone

ampliar o projeto e a equipe foi estimulada a indicar pessoas da periferia para participar. Na sequência, foram abertas inscrições para quem fosse de baixa renda participar gratuitamente. Hoje, são 130 pessoas participando, entre jovens de periferia e colaboradores do coletivo. Atualmente, o coletivo está com inscrições abertas para as aulas de “produção de conteúdo em celular”. São quatro encontros online com a diretora de fotografia e criadora de conteúdo audiovisual, Érica Pascoal. Dentro do tema, Pascoal vai abordar Ferramentas do Instagram e reels, roteiro, enquadramento, composição, iluminação, direção de arte, som, edição e aplicativos. O módulo completo custa R$ 130 e todo o valor será revertido para a manutenção do projeto. As inscrições para as Flashclasses estão disponíveis no site www.sympla.com.br e mais vagas para pessoas de baixa renda serão abertas ao longo do ano e divulgadas no site oficial do coletivo www.ihateflash. net e via Instagram (@ihateflash). SEBRAE Com a pandemia da Covid-19, diversos empreendedores começaram a ter dificuldades em seus negócios. As adversidades eram muitas: períodos de fechamento de lojas e serviços não essenciais; adaptação repentina à nova realidade de atendimento remoto; demandas vindas, em sua grande maioria, de maneira digital e não mais presencial, entre outras mudanças. Pensando nisso, o SEBRAE lançou diversos cursos online e gratuitos, entre eles p “Master Digital: O Marketing Digital Descomplicado”, ministrado sócio fundador da agência

de marketing digital Stardust Digital, Cezar Lima. O curso “Master Digital: O Marketing Digital Descomplicado”, dividido em quatro módulos, pode ser encontrado por meio do link https://comunidadesebrae. com.br/course/master-digital-o-marketing-descomplicado. DE HARVARD À OXFORD: CONFIRA OS MELHORES CURSOS ONLINE GRATUITOS Há uma série de cursos online gratuitos de Harvard, Oxford e de outras universidades de ponta — como Yale, Princeton e MIT — disponíveis na internet. Eles podem ser feitos a qualquer momento, contanto que você tenha um computador e uma conexão com a rede. A Fundação Estudar lançou recentemente o CC50, versão em português do curso CS50. Conhecido por ser o curso mais popular da universidade Harvard, comandado pelo professor David Malan, o CS50 é um curso de introdução à ciência da computação. O CC50, que pode ser acessado gratuitamente pelo site do Estudar Fora, é a versão em português do curso. Os cursos estão disponíveis na plataforma HarvardX, uma seção do site edX dedicada às disciplinas da instituição estadunidense. No total, há mais de 100 cursos online gratuitos de Harvard disponíveis na plataforma. Por meio deste link, https:// www.edx.org/school/harvardx, ocê consegue ver todos os cursos que estão disponíveis. Em todos os casos, os cursos podem ser realizados gratuitamente. Em alguns deles, no entanto, o estudante que concluir o curso pode pagar uma taxa para receber um certificado de conclusão da universidade.

Campanha Vamos Dividir? Doe uma cesta básica em sua 2ª edição Em 2020, a empresa ZOLI EVENTOS by Cris Lissoni juntamente com o Instituto ANJO AZUL e o PROGRAMA FESTAS idealizaram a campanha VAMOS DIVIDIR? DOE UMA CESTA BÁSICA, a campanha consistia na doação de qualquer valor junto a uma conta bancária onde a soma dos valores arrecadados eram convertidos em compras de cestas básicas auxiliando famílias que estavam com dificuldade financeira devido a quarentena do COVID 19. Com o valor arrecado, contribuído por inúmeros empresários e pessoas físicas foi possível atender mais de 800 famílias cadastradas pelo Instituto que receberam as cestas para suprir a necessidade de suas casas. Foram 39 toneladas de alimentos arrecadados. Em 2021, a campanha volta em sua 2ªedição e pede novamente a colaboração de todos, mas desta vez serão beneficiados os Profissionais de Eventos que já estão há mais de 1 ano sem trabalho e também mães e pais solos que possuem

deficientes em casa. A empresa ZOLI EVENTOS BY Cris Lissoni, Instituto ANJO AZUL e o PROGRAMA FESTAS também contam com mais um parceiro do meio do segmento de festas, JOSÉ LUIZ KARAM do Studio Karam Fotografias que está à frente de alguns movimentos cujo foco é beneficiar os profissionais do segmento que se encontram impossibilitados de trabalharem devido ao isolamento social. Para você colaborar, basta transferir para o PIX – CNPJ 30567706000109, o valor que estiver ao seu alcance, a somatória dos valores arrecadados serão convertidos nas compras das cestas básicas. O pouco ou muito da sua contribuição farão diferença na mesa de muitas famílias. Unidos com certeza seremos mais fortes e vamos vencer esta batalha. PARA MAIS INFORMAÇÕES pode entrar em contato por meio do whatsapp 41 992663450 ( ZOLI EVENTOS).


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VACINAÇÃO COVID-19

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Coronavírus: quando você deve tomar a vacina, se nova previsão do Ministério da Saúde se confirmar Após sequência de adiamentos, vacinação de adultos não prioritários só deve acontecer no segundo semestre de 2021; jovens com menos de 25 anos devem ficar para 2022, mas a previsão tem mudado constantemente Por Matheus Magenta, BBC O governo federal brasileiro já contabiliza no papel mais de 500 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, quantidade suficiente para imunizar a população inteira e contar com uma sobra do bem mais disputado no mundo hoje. Mas a realidade atual do Brasil é marcada por falta de vacinas, lentidão na aplicação de doses disponíveis, atrasos em entregas previstas dentro e fora do país e consequências da demora do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em comprar imunizantes. A previsão divulgada pelo Ministério da Saúde já mudou cinco vezes em março, por exemplo, sempre reduzindo o número de doses a serem distribuídas nas próximas semanas e adiando cada vez mais entregas. O cronograma atual do Ministério da Saúde prevê a entrega de 154 milhões de doses no primeiro semestre de 2021, considerando apenas vacinas aprovadas pela Anvisa: Coronavac, AstraZeneca-Oxford e Pfizer. Isso seria suficiente para vacinar todas as pessoas dos grupos prioritários. “Com o pé no chão, até o meio do ano você vai ter uma vacinação provavelmente de quem tem mais de 60 anos e provavelmente pode avançar um pouco mais na faixa dos 50 anos, incluindo também outros profissionais em risco. É isso que nós vamos ter até o meio do ano. Estamos falando de 40 ou 50 milhões de pessoas. E 100 milhões de doses de vacinas”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em entrevista ao jornal Valor Econômico em 4 de abril de 2021. Um estudo recente da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) apontou que que Brasil precisa vacinar 2 milhões por dia para controlar pandemia em até um ano. Especialistas apontam que o país teria capacidade para imunizar mais de 1 milhão de pessoas por dia, como fez na pandemia de H1N1 em 2009. Em março, no entanto, a taxa de vacinação diária tem variado de 22 mil a 500 mil doses. O governo federal até agora distribuiu 43 milhões de doses para Estados e municípios. Do total, 21,1 milhões já foram aplicadas, sendo 16,4 milhões como primeira dose.

Até atingir o patamar necessário para conter mortes e infecções, há quatro obstáculos importantes para as 563 milhões de doses previstas para este ano pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. São eles: 68 milhões de doses são de vacinas ainda não aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): a indiana Covaxin, a russa Sputnik e a belga Janssen. Sem a aprovação desses imunizantes, a vacinação brasileira continuará até junho dependente das duas opções atuais: AstraZeneca-Oxford (Fiocruz) e Coronavac (Butantan). O governo Bolsonaro recusou sucessivas ofertas da Pfizer para comprar milhões de doses. Quando decidiu adquiri-las, entrou no fim de uma fila de dezenas de países e só deve receber um volume significativo no segundo semestre. O ritmo lento da vacinação aponta, segundo pesquisadores da UFJF, que o Brasil só deve ter 70% da população vacinada no fim de 2022, patamar que pode conter consideravelmente o espalhamento da doença. “Espero ter sido claro e bem transparente sobre um cronograma previsto. Porque é impressionante quando você apresenta um cronograma previsto e as pessoas perguntam: o cronograma está alterando. O cronograma é para ser alterado, quando a farmacêutica não entrega, a linha de produção para, quando acontece qualquer dificuldade na legalização das doses”, disse Pazuello a jornalistas. O Instituto Butantan, por exemplo, informou que só consegue assegurar ao cronograma até abril. Depois dessa data, “a entrega de doses está condicionada à chegada de IFA (matéria-prima da vacina importada) para que o Butantan possa realizar o envase,

rotulagem e embalagem das doses”. A Fiocruz apresentou um cronograma bem parecido com o do Ministério da Saúde para entrega mensal da AstraZeneca-Oxford, e se prepara produzir e entregar ao governo 1 milhão de doses por dia. As duas instituições brasileiras, que somam 350 milhões de doses previstas pelo governo federal, têm enfrentado sucessivos atrasos nas entregas previstas por diversos motivos, principalmente a demora do envio de doses e matéria-prima importados da China e da Índia. Ambas se preparam para produzir integralmente as vacinas e garantir autonomia nacional, mas isso só deve acontecer entre o segundo semestre de 2021 (Fiocruz) e o primeiro semestre de 2022 (Butantan). Governos estaduais passaram também a agir para ampliar as doses disponíveis no país. Um exemplo envolve as 37 milhões de doses da Sputnik V contratadas pelo consórcio de governadores do Nordeste. Essas vacinas seriam repassadas ao governo federal, que ficará responsável pelo pagamento e pela distribuição proporcional para todos os municípios brasileiros, e não apenas da região Nordeste. Mas essas vacinas, ainda não aprovadas, nem entraram na previsão do Ministério da Saúde. A União Química, farmacêutica brasileira que fechou um acordo com o governo russo para fabricar e distribuir a vacina Sputnik V no Brasil e na América Latina, começou a produção da vacina no país, em projeto piloto, e diz que poderá produzir 8 milhões de doses por mês após o aval da Anvisa. O grupo prioritário é subdividido em 29 categorias, entre elas idosos, adultos com comorbidades, profissionais de saúde, pes-

soas em situação de rua, presos, trabalhadores do setor de educação, agentes de segurança, motoristas de ônibus e caminhoneiros. Para vacinar esse grupo inteiro, portanto, seriam necessárias 154 milhões de doses. Considerando as vacinas já aprovadas pela Anvisa, esse montante estaria disponível até junho deste ano, se não houver atrasos na entrega, fabricação ou distribuição. Por outro lado, o Brasil tem mantido um ritmo de vacinação que corresponde à metade das doses distribuídas. Ou seja, aplicou até agora 21 milhões das 43 milhões enviadas para Estados e municípios. A cada 10 doses aplicadas atualmente, 8 são da Coronavac, criticada e boicotada por meses pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou a cancelar a compra desse imunizante. A diferença entre o número de doses distribuídas e aplicadas no Brasil se explica em parte à necessidade de reservar uma quantidade como segunda dose, e uma eventual escassez poderia afetar a imunidade dos vacinados. Para tentar acelerar a vacinação, o governo federal recomendou utilizar essas reservas como primeira dose porque fornecedores garantiram as entregas. Mas essa mudança de orientação federal ainda não surtiu efeito no ritmo de vacinação, e, diante da escassez e de atrasos, é provável que muitos gestores mantenham a política de reservar doses para a segunda aplicação semanas depois da primeira. A eficácia contra a covid só é garantida semanas depois da aplicação da segunda dose. Se essa proporção de vacinas distribuídas/aplicadas se mantiver ao longo do ano, a imunização dos grupos prioritários pode se estender até setembro de 2021 no Brasil. Em linhas gerais, a ordem segue três momentos. 1. idosos e profissionais de saúde; 2. adultos com comorbidades; 3. profissionais de categorias profissionais essenciais. A cidade de São Paulo, levou o mês de março inteiro para vacinar apenas idosos de 70 a 79 anos. O grupo mais numeroso entre os prioritários é o de adultos de 18 a 59 anos com comorbidades (ou doenças pré-existentes), entre elas diabetes, síndrome de Down, fibrose cística, hipertensão, cirrose hepática, cardiopatias

e pessoas com obesidade mórbida (IMC acima de 40).Essa fatia representa quase 18 milhões de pessoas e corre mais riscos de morrer de covid-19 ou desenvolver a forma grave da doença. “O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para meados de 2022. As consequências são inomináveis”, afirmam banqueiros, empresários e economistas em carta aberta com críticas ao governo Bolsonaro e propostas para a pandemia . Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de habitantes com idades de 18 a 59 anos no país totaliza 125 milhões de pessoas. Cerca de 40 milhões delas estão no grupo prioritário. Ainda não está claro como transcorreria a vacinação para esse grupo, mas ela deve seguir os mesmos moldes atuais (adotados inclusive em outros países, como o Reino Unido). As pessoas seriam divididas também em faixas etárias e imunizadas em ordem decrescente, com os jovens em torno de 18 anos por último. “Nós temos 37 mil salas de vacinação no Brasil, que podem vacinar até 2,4 milhões de brasileiros todos os dias. Esse é o objetivo”, afirmou o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em audiência na Câmara dos Deputados em 31 de março de 2021. Além dos quase 85 milhões de adultos não prioritários, devem ser vacinados também os menores de idade, que somam cerca de 48 milhões, segundo o IBGE. Atualmente, eles não estão listados entre aqueles que receberão a vacina, dada a falta de estudos de segurança e eficácia dos imunizantes com essa faixa etária e a incidência menor de covid-19 grave entre essas pessoas dessa faixa etária. Mas há estudos em andamento no país com vacinas para menores de idade, e os resultados têm sido promissores.Dado o ritmo de vacinação do país, é provável que os imunizantes sejam aprovados para essas faixas etárias até chegar a vez deles na fila da vacinação, a princípio no primeiro semestre de 2022.


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Gastronomia

Turismo rural é uma boa opção para fugir de aglomeração na pandemia

Receitas da fazenda •Frango com Quiabo Receita de Frango com Quiabo sensacional feito com sobrecoxas de frango ensopadas com quiabo e MAGGI Caldo de Galinha Ingredientes 1 quilo de sobrecoxa ou coxa de frango sem pele suco de meio limão 500 g de quiabo em pedaços 3 colheres (sopa) de óleo 1 cebola em rodelas 1 tomate sem pele e sem sementes, picado 1 xícara (chá) de água fervente 2 tabletes de MAGGI® Caldo Galinha

Pesquisas recentes indicam que os brasileiros querem voltar a viajar, entretanto, ainda estamos em uma pandemia e aumento no números de casos de Covid-19 em diversas regiões do Brasil liga o sinal de alerta. Por isso, mesmo se a ideia for curtir uma folga ou as férias em família em locais com pouca aglomeração, é preciso cuidado. “Tem que pensar na viagem que você vai fazer antes de escolher. Deve escolher um destino que você vai poder ter momentos maravilhosos com a sua família, que sejam bons do começo ao fim, e depois também! Tem que levar em conta que é um situação global, não só local ou nacional. É uma coisa maior e não temos

poder sobre isso”, comenta o turismólogo Tiago Lopes. Com a pandemia as viagens regionais se tornarão mais frequentes, são as viagens mais curtas e próximas , como ótimos hotéis fazenda, cachoeiras , cavalgadas , entretenimento open air. As motivações de viagens e as expectativas do turista têm se atualizado diante da pandemia da Covid-19. Os viajantes têm buscado com maior frequência destinos com segurança, controle de higienização, em ambientes abertos e associados à ideia de saúde. Nesse contexto, o turismo rural se destaca como uma opção viável. A expectativa é de que as pessoas passem a procurar por destinos mais curtos, de 50km a 300km, que possam ser realizados por famílias em carros particulares. Destinos rurais, conectados com a natureza, isso deve movimentar o turismo de agora em diante “O Turismo Rural desponta como um dos setores mais relevantes no contexto do pós-pandemia, impulsionado pelas preferências dos consumidores por viagens de curta distância e atividades ao ar livre”, afirma o MTur em nota. “Esse tipo de turismo tem aspectos muito importantes como a geração de uma alternativa de renda para o campo, a manutenção da população no entorno rural e a contribuição para o desenvolvimento local”, diz secretário de Desenvolvimento e Competitividade no Turismo, William França .

Modo de preparo Em um recipiente, coloque o frango e regue com o suco de limão. Reserve. Em uma panela, aqueça uma colher (sopa) de óleo e refogue bem os quiabos. Retire-os da panela e reserve. Na mesma panela, aqueça o restante do óleo e doure os pedaços de frango por cerca de 15 minutos. Junte a cebola, o tomate e refogue um pouco mais. Adicione a água fervente e os tabletes de MAGGI Caldo, mexendo bem para dissolvê-los. Deixe cozinhar com a panela destampada, por aproximadamente 10 minutos. Acrescente o quiabo reservado e deixe cozinhar por cerca de mais 5 minutos, sacudindo a panela de vez em quando.

•Pamonha Doce Ingredientes: 12 espigas de milho verde 200ml de água (se for bater no liquidificador) 1 pitada de sal 2 xícaras de açúcar 1 xícara de coco ralado fino Palhas de milho para a embalagem Modo de Preparo: Com a ajuda de um ralador de cozinha, rale as espigas de milho ou se preferir corte os milhos rente ao sabugo e bata no liquidificador com um pouco de água. Em seguida adicione o coco, o sal, o açúcar e misture bem. Coloque a massa na palha de milho e amarre-a bem Encha uma panela grande com água e ferva bem. Depois que estiver fervendo a água, vá colocando as pamonhas uma por uma. DICA: Para a pamonha doce não se desmanchar, a água deve estar realmente fervendo. Deixe cozinhar por cerca de 40 minutos. Com a ajuda de uma escumadeira, vá retirando as pamonhas. Deixe em um local fresco até esfriar.


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ENTREVISTA: FELIPPY STRAPASSON HOY

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História Concisa dos Bairros de Curitiba: Do Abranches ao Xaxim A obra História concisa dos bairros de Curitiba: do Abranches ao Xaxim busca abrir os conhecimentos do(a) leitor(a) sobre a história local, apresentando a importância de cada bairro de Curitiba para a formação de uma das metrópoles mais importantes do Brasil. Além de apresentar uma sucinta análise histórica, social, econômica e organizacional dos bairros curitibanos, o livro traz uma relação entre a Curitiba do passado e a Curitiba do presente; entre tempo e espaço; entre história e sociedade; entre cultura e identidade. A fundamentação teórica assinala um diálogo entre autores ímpares da historiografia curitibana e paranaense, buscando a reflexão do(a) leitor(a) como parte integrante da sociedade e da história. Nesse contexto, levou-se em consideração a ideia de mostrar o conceito de bairro em uma perspectiva histórica, social e geográfica, além da particularidade da história regional, um ramo imbuído na história nacional e tão pouco discutido atualmente. No decorrer da obra, o(a) leitor(a) encontrará a interlocução entre texto e imagem,

representada por pequenos mapas que mostram a exata localização de cada bairro dentro de Curitiba, e também a evolução da cidade ao longo do tempo, reforçando o convite ao(à) leitor(a) para assumir o papel de sujeito de sua própria história, incorporando a autonomia em participar da realidade na qual estamos inseridos. SOBRE O AUTOR: FELIPPY STRAPASSON HOY Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2018) e é pós graduando em História Contemporânea e Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Tem experiência na área de História, com ênfase em História e Direitos Humanos e História Regional. Folha do Batel - Na obra ‘História Concisa dos Bairros de Curitiba’ você reuniuinformações e análise histórica, econômica e geográfica dos bairros de Curitiba. Como foi esse laboratório e fontes de pesquisas? Felippy: Aqui em Curitiba, temos um paraíso para historiadores e pesquisadores que é a Casa

da Memória. 90% dos documentos analisados e as fotos que na obra contém vem de lá. Visitei também o acervo de algumas igrejas e museus, o Arquivo Público, o IPPUC, a seção paranaense da Biblioteca Pública e coletei alguns dados do IBGE. FB - Como surgiu a cidade de Curitiba? Qual o marco zero e o primeiro bairro da cidade? - Felippy: Ao longo do século XVII, várias expedições percorreram o sul do Brasil. Uma dessas expedições, organizada por Eleodoro Ébano Pereira, se instalou as margens do rio Atuba, buscando ouro de aluvião. Ali fundaram um povoado no qual chamaram de Vilinha. Isso faz do local onde estão os atuais bairros do Atuba e do Bairro Alto, o mais antigo da cidade. Em 1654, os exploradores se transferiram para onde hoje é a Praça Tiradentes. Lá, um cacique dos campos de Tindiquera havia dito ‘Curi’ ‘Tiba’ que significa “aqui muito pinhão”. No dia 29 de março de 1693, Mateus Leme fundava a Vila de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Dali Curitiba começou a se desenvolver. Por isso, a Praça Tiradentes é considerada o marco zero da cidade, pois foi dali que ela deu o ponta pé inicial no seu desenvolvimento. Em relação e comparação a outras cidades do mundo como você vê o desenvolvimento urbano da cidade de Curitiba

nesses 328 anos? Com toda certeza, Curitiba é uma cidade que avança sempre. Claro, como toda cidade tem também seus problemas de cunho social, ambiental e etc. O desenvolvimento urbano é a compreensão das políticas urbanas que garantem o bem-estar dos cidadãos. Na essência dessas políticas urbanas, a cidade deve ser concebida como o lugar de relação entre os cidadãos. Nessa dinâmica toda, a política urbana tem um propósito de controle social, preocupação ambiental, planejamento territorial e integração das estruturas físicas e funcionais. Nota-se que a partir de 1950/1960, Curitiba vai crescendo e trazendo para si esse propósito. Desenvolvimento urbano passa a ser uma necessidade. Em 1965 temos a criação do IPPUC, que deve monitorar e coordenar esse desenvolvimento. Tudo isso é fruto de uma preocupação que vem desde o final do século XIX, com a eleição

do urbanista Cândido de Abreu. Mais tarde isso vai sendo aprofundado com os escritos do Plano Agache de 1943. Alfred Agache estabeleceu diretrizes para o desenvolvimento de Curitiba. Vejo que Curitiba, assim como as melhores cidades do mundo em desenvolvimento urbano - Copenhague, Nova York, Medellín – defendeu e continua defendendo esse propósito de uma política urbana atrelada ao crescimento da cidade e qualidade de vida dos cidadãos. FB - Sobre suas pesquisas, comente sobre a história do bairro do Batel, as famílias pioneiras: Felippy: Antes de falar da história, vamos falar do significado do nome. Batel é um pequeno barco, com capacidade para poucas pessoas. Consta nos escritos do historiador Francisco Negrão que, na metade do século XIX, um batel regressava da festa do Divino Espírito Santo de São José dos Pinhais para Curitiba e tombou por causa do desnível do terreno alagadiço da região. Por muito tempo, esse batel ficou abandonado e acabou dando o nome para o bairro. A região que hoje é o bairro já era conhecida no século XVIII pela Estrada do Mato Grosso (atual Avenida do Batel), que ligava Curitiba aos Campos Gerais. No XIX, por ser um local considerado afastado do centro da capital e bastante sossegado, grandes famílias ligadas ao ramo

ervateiro instalaram suas moradias ali. A principal delas foi a família Gomm, de imigrantes ingleses. Henry Gomm, empresário transportava erva-mate de Antonina para Curitiba, enquanto sua esposa Isabel Withers Gomm, desempenhou um papel importante para o estado, fundando a Cruz Vermelha em 1917. A família Burgel também marcou presença fundando a Padaria Batel em 1913. Ricardo Burgel assumiu o comando do estabelecimento após a morte de seu pai. Sírio-libaneses também deixaram sua marca. Elias Bittar, cônsul da Síria no Paraná e em Santa Catarina adquiriu uma casa no Batel em 1935 (a casa é o atual consulado do Paraguai na rua Benjamim Lins). A filha de Elias, Ângela Bittar casou-se com o libanês João José Zattar, cuja casa foi construída ao lado da casa de seu pai (atual Centro Europeu). FB - Você tem feitos novas pesquisas? Quais os novos projetos? Felippy: Atualmente tenho me dedicado a pesquisar a história dos municípios que compõe a região metropolitana de Curitiba. Não podemos imaginar Curitiba como uma coisa única no espaço e os rios como uma separação. A história de Curitiba está imersa na de São José dos Pinhais, Colombo, Araucária, Almirante Tamandaré e etc. Trago a história desses municípios em pequenos vídeos colocados em minhas redes sociais.


MARÇO/ABRIL /2021

LIVROS

Folha do Batel | PÁGINA 15

Confira indicações de livros com temas e histórias que trazem esperança No universo literário, muitas são as narrativas capazes de driblar o peso de dias difíceis e injetar ânimo e coragem para seguir em frente A pandemia do novo coronavírus não apenas modificou completamente a dinâmica do mundo, como também impactou nos sentimentos das pessoas. Diante de tantas dores, perdas e indefinições, tornou-se um desafio diário encontrar alegria e esperança no cotidiano. Felizmente, o mergulho na arte neste momento pode proporcionar experiências com capacidade de transformar perspectivas, injetando doses de ânimo e vontade de superar os desafios. O vasto campo da literatura, por exemplo, oferece inúmeras histórias cujo foco é trazer à tona trajetórias de determinação, coragem e fé, no presente e no futuro. Abaixo, confira a seleção que preparamos que abraçam essa temática. Inspire-se! O PODER DA ESPERANÇA- SEGREDOS DO BEM-ESTAR EMOCIONAL Praticar exercícios físicos e ter uma dieta balanceada são hábitos que trazem bem-estar e melhoram a saúde, como sabemos. Ainda assim, estamos sujeitos a doenças que podem afetar qualquer parte do corpo. Mas o que fazer quando a doença não pode ser localizada? Como agir quando o sofrimento e a angústia estão lá dentro, causando feridas invisíveis e profundas? Quem não sofre com traumas e perdas irreparáveis? Quem nunca se sentiu esmagado pelo estresse? Quem nunca carregou o terrível peso da culpa ou lutou contra as amarras dos vícios? Quem nunca perdeu noites de sono por causa de uma ansiedade inexplicável? Esses são problemas cada vez mais comuns neste mundo agitado, exigente e confuso. Pessoas sob tensão emocional prolongada sofrem danos à saúde, tornando se pouco a pouco disfuncionais tanto nos relacionamentos quanto no trabalho. Autores: Julián Melgosa Espanhol , formado em Psicologia pela Universidade de Madri, é doutor em Psicologia Educacional pela Universidade Andrews. Membro da Sociedade Britânica de Psicologia Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Teologia pelo Unasp. Trabalha como editor na Casa Publicadora Brasileira e atualmente é responsável pela revista Vida e Saúde. “IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO”, DE AILTON KRENAK Presença na Bienal Internacional do Livro do Ceará, no ano passado, o pensador indígena Ailton Krenak traz, neste livro, a urgência de pensar a humanidade como algo integrado à natureza, capaz de reconhecer, por exemplo, que um rio que está em coma é também o nosso avô. Assim, a cada página, ele nos transporta para a ideia de que o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear a marcha insensata em direção ao abismo. Breve, mas de uma relevância enorme, a obra nos faz querer experimentar, de forma consciente, o prazer de estar vivo, de dançar e de cantar. MEU QUINTAL É MAIOR DO QUE O MUNDO”, DE MANOEL DE BARROS Poesia para também fornecer esperança e acalanto. Nesta coletânea de poemas de um dos mais aclamados autores brasileiros, somos convidados a mergulhar num mundo de lembranças há muito esquecidas, especialmente do período da infância. Com uma linguagem atenta a modificar palavras, tornando-lhe dispositivos ainda mais especiais de encontro e partilha, Manoel de Barros desfaz os sentidos e realidades pré-estabelecidos que nos engessam para nos dar asas e voar onde ninguém chegou. Nestes tempos de reclusão, ler o poeta das miudezas é atestar que, de fato, um quintal pode ser maior que o mundo.

O LIVRO AINDA EXISTE ESPERANÇA É um resgate em nosso subconsciente da nossa própria fé, no qual vivemos diversos conflitos entre nós mesmos, e muitas vezes pelo caminhar da carruagem da vida questionamo-nos “ainda existe esperança para o mundo?” ou “ainda existe esperança para mim?”.Todos corações angustiados fazem e refazem essas perguntas diariamente, tenha certeza muitas pessoas sofrem, se você busca resposta para entender certas coisas que lhe acontece, em toda sua vida , tenha a certeza de que “ainda existe esperança” mas corra atras hoje, pois a vida não espera para sempre. Um livros cristão que faz várias referências bíblicas . Não importa qual seja a situação, sempre existe esperança, porém, a esperança deve ser colocada em oração .”Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor” (jeremias 17:7). A esperança é mais de uma atitude mental e positiva é o olhar confiante que possibilita ver além da realidade visível. Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como espera?” (Romanos 8:24). Salmos 55:22 Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado Salmos, 27:14 - Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor. “Venham a mim todos vocês que estão cansados de carregar suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso.” Mateus 11: 28 “A LIVRARIA MÁGICA DE PARIS”, DE NINA GEORGE O romance conta a história de Jean Perdu, um livreiro parisiense que sabe exatamente o livro que cada cliente deve ler para amenizar os sofrimentos da alma. Assim, vende exemplares como se fossem remédios. Contudo, o único sofrimento que Jean não consegue curar é o próprio: uma desilusão amorosa que o atormenta há 21 anos. Sua amada partiu enquanto ele dormia, deixando apenas uma carta. Tudo muda quando, num verão, ele resolve sair do lugar em que mora para partir numa trajetória rumo à felicidade. Leitura prazerosa e repleta de detalhes, “A livraria mágica de Paris” é excelente pedida para acreditar num amanhã melhor e possível.

“PODE CHORAR, CORAÇÃO, MAS FIQUE INTEIRO”, DE GLENN RINGTVED E CHARLOTTE PARDI (COMPANHIA DAS LETRAS, 2020) Uma das realidades mais difíceis que passamos a lidar com a pandemia do novo coronavírus diz respeito à frequência de mortes pela doença e o modo como passamos a nos despedir de entes queridos, distante dos moldes tradicionais. Este livro infantil – voltado, porém, para todas as idades, dada à profundidade de sua temática – fala, de maneira singela e poética, sobre como encarar a partida das pessoas que amamos. Quatro crianças descobrem um jeito quando a Morte aparece na casa da avó delas. Essa figura tão assustadora se mostra uma gentil admiradora da vida, mostrando aos pequenos a importância e a beleza de conseguirmos nos despedir de quem gostamos na hora que ela chegar. Um verdadeiro antídoto para encarar a existência de modo diferente e lidar com os desafios que ela impõe. O MUNDO PÓS-PANDEMIA Já não há dúvidas: nosso tempo se dividirá entre o antes e o depois da Covid-19. De fato, dificilmente houve acontecimento tão determinante neste século quanto a pandemia, e as consequências das recentes ações políticas, sanitárias e econômicas ainda mal começaram a ser vislumbradas. O que, portanto, devemos esperar para nosso futuro e o futuro das próximas gerações? Uma transformação drástica em tudo o que é humano? Ou apenas o retorno do mundo tal como ele sempre foi? O que se sabe é que uma previsão bem fundamentada não pode passar ao largo deste livro. Afinal, nomes de peso aqui se reúnem para opinar sobre as principais esferas da atuação humana, levando em consideração cada uma de suas complexidades e dilemas. Transitando da arte e do humor ao poder judiciário e à economia, estas páginas constituem o que há de mais qualificado a respeito do mundo que nos espera.


Folha do Batel

PÁGINA 16

MARÇO/ABRIL /2021

NÃO DESCUIDE. A NOVA VARIANTE DO CORONAVÍRUS É AINDA MAIS TRANSMISSÍVEL. ATENÇÃO PARA OS SINTOMAS: NARIZ ESCORRENDO PERDA DE OLFATO E PALADAR DOR DE GARGANTA

TOSSE

FEBRE

DOR DE CABEÇA DIFICULDADE PARA RESPIRAR NÁUSEAS, VÔMITOS E DIARREIA

Caso tenha algum deles, faça isolamento domiciliar e ligue para a Central de Atendimento no 3350-9000.

PROTEJA VOCÊ E OS OUTROS

Use máscara

Mantenha distanciamento social

Higienize as mãos


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