Architecture University in Trondheim, Norway

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ARKITEKTURHØGSKOLE Este projeto consiste no desenvolvimento de uma faculdade de arquitetura na cidade de Trondheim, Noruega, a partir das demandas propostas pelo concurso internacional do Elementary e UNI Competitions, as quais põem em questionamento as problemáticas dos nossos ambientes estudantis que se apresentam como incompatíveis com as premissas professadas ao longo da formação acadêmica. Dessa maneira, entendendo o curso como inconvencional, complexo e criativo, torna-se essencial que nossas universidades sejam igualmente capazes de sustentar essa grade curricular tão diversa e intensa, tendo como conhecimento a importância da espacialidade arquitetônica nas sensações e trocas humanas. Nesse sentido, tornou-se necessário, ainda mais, estudar o sítio a ser projetado, visto que a Noruega possui uma cultura, clima, topografia e costumes sociais bastante diferentes dos brasileiros. Trondheim, mais especificamente, é caracterizada pela sua considerável população estudantil, pelo Rio Nidelva que corta o centro da cidade, pelo seu porto e por sua tipologia arquitetônica tradicional de telhados inclinados e revestimentos de madeira. O lote em estudo, apesar de ser localizado um pouco afastado do centro, apresenta tais características, ainda, de forma expressiva. É, por sua vez, considerada uma região majoritariamente residencial com vazios oriundos das práticas de agricultura durante a formação urbana. Com base no entendimento do entorno, percebeu-se a tamanha importância e o grande impacto que a universidade teria em seu contexto imediato, podendo, ainda, atuar além do âmbito educacional, funcionando como conector ao se propor como um espaço de integração com a comunidade local. De início, desenvolveu-se um programa de necessidades o qual consiste em atividades que se mostram como essenciais para o aprendizado

dos futuros arquitetos para melhor entendimento e setorização funcional. Dividiu-se as atividades em quatro categorias – público, educacional, recreativo e administrativo. O primeiro apresenta espaços como o auditório e a biblioteca, em que esta, pode ser utilizada também pelos habitantes de Trondheim. O educacional, por sua vez, consiste em salas de aula e pequenos auditórios destinados às cadeiras teóricas, salas de atelier, laboratório de construção e a empresa júnior, por exemplo, além de um espaço para exibição de trabalhos acadêmicos localizado adiante da entrada principal. A implementação da empresa júnior no programa representa o desejo dos alunos de se aproximar de sua comunidade e de experienciar situações profissionais do mundo real ainda como estudantes, tornando-se imprescindível no desenvolvimento acadêmico. A parte administrativa, como o nome já diz, expressa ambientes como a copa, sala de arquivos e salas de funcionários e corpo docente. Por fim, entendendo a necessidade dos alunos de arquitetura de se movimentar para manter a saúde física e mental, o recreativo contém uma quadra poliesportiva, academia e uma pista de skate na área externa. Posteriormente, ao estudar o funcionamento dos ambientes e a volumetria, resolveu-se fragmentar o bloco inicial e deslocá-los de modo que um ficasse mais próximo da rua e outro do habitacional estudantil, respeitando os afastamentos de 3 metros e o gabarito máximo de 15 metros requeridos pela legislação local. Tendo o conhecimento da baixa incidência solar durante maior parte do ano, trazer maiores possibilidades de aberturas nas fachadas se tornou essencial e as esquadrias de vidro duplo escolhidas garantem o isolamento térmico tão essencial para o clima norueguês. Reentrâncias e saliências foram desenvolvidas para trazerem dinamicidade ao volume e ao programa, além de resultar numa espacialidade interessante que expressa

até mesmo o “jeitinho brasileiro” personificando quem o pensou. Tendo por consequência, portanto, o ambiente inspirador, que aguça a criatividade e incita a percepção do espaço construído, em que se aplica o “ver e aprender”. Para atrair ainda mais os raios solares, elaborou-se dois átrios – um em cada bloco -, onde os ambientes puderam se voltar para tais. Tal decisão influencia, positivamente, na comunicação das atividades e tornam-se pontos focais de encontro. O refeitório, por exemplo, pela sua natureza de conexão, foi posto estrategicamente no centro de um deles. Quanto a materialidade, escolheu-se respeitar as origens do país local e suas tradições ao utilizar madeira nas fachadas como material principal, colaborando com a sustentabilidade e com a perpetuação da identidade local. As ripas marcam a fachada e as esquadrias e, a partir de seu movimento irregular e do encontro transversal das mesmas, cria-se uma dinamicidade no acabamento das quinas. Para sustentar tal estrutura imponente, hastes de aço de 3mm de diâmetro perfuram as ripas verticalmente e, ainda, outra sustenação metálica é soldada na alvenaria para complementar a primeira solução. Por fim, entendendo a importância da superfície da coberta como lugar de apreciação da vista e de socialização, desenvolveu-se um teto jardim no segundo pavimento de modo que os estudantes, o corpo docente, funcionários e a própria comunidade pudesse usufruir do espaço em dias favoráveis. O projeto, dessa maneira, consiste em um programa humano, funcional e específico para o aluno de arquitetura que visa o aprendizado criativo e multidisciplinar, apresentando, ainda, uma espacialidade arquitetônica que coincide com as premissas estudadas durante o curso e instiga a procura por um melhor ensino.

VERTICAL CIRCULATION

ADMINISTRATIVE

PUBLIC

ENHET EDUCATIONAL

E

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO ATELIER DE PROJETO VII ALUNAS: CATARINA TAI E MARIA EDUARDA CORDEIRO UNIVERSIDADE DE ARQUITETURA DE TRONDHEIM

N

RECREATIONAL

H

E

T


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Architecture University in Trondheim, Norway by Catarina Tai - Issuu