Juventude, Artes e Ideias | Olhão | Ano V | #58 | OUT’17

OLHÃO ANO V | # 58 | OUT17 DIA 01 COM O JORNAL

O OLHANENSE | DISTRIBUIDO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs

SÉRGIO PEREIRA ARTISTA 3D p. 07

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

02 | PATRIMÓNIO

Joaquim Parra Professor de História

Iniciou-se mais um ano letivo. Assistiu-se uma vez mais à corrida aos materiais e manuais escolares. As ofertas das grandes superfícies são uma tentação para os miúdos e um pesadelo para os pais: os cadernos, dossiês, esferográficas, pontas de feltro etc, etc de marcas brancas e mais baratos são ostracizados pela pequenada que olha apenas para as marcas e heróis só deles conhecidos. E que dizer dos manuais (ou projetos, como agora se chama)? Longe vão os tempos em que a uma disciplina correspondia um livro, que já incorporava perguntas sobre a matéria, esquemas e

resumos, um caderno, que habilidosamente dava para todas as disciplinas, um lápis e uma caneta. Hoje, a cada disciplina correspondem: o manual, o caderno do aluno, o caderno de atividades, a aula digital e… e… tudo aquilo a que, pomposamente, dão o nome de pack.

Tudo somado equivale a vários kilos, que uma vez introduzidos na mochila, dão ao jovem estudante aquele aspeto de montanhista a escalar o Evareste, todo curvado para a frente (pois se se puser direito, o mais certo é cair para trás).

Curiosamente, de todo este carrego, há um livrito que hoje parece ter desaparecido das mochilas (e até do conhecimento).

Era uma coisita minorca, suficientemente pequeno para ser escondível e consultado sem dar muito nas vistas. O seu conteúdo era uma autêntica enciclopédia das aflições e só de se

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

PATRIMÓNIO | 03

falar nele, percorria-nos um arrepio pela espinha, já que era para ser sabido na ponta da língua, caso contrário, era certo e sabido que iríamos ter um encontro de 1º grau com o terror da sala de aula: a régua. Estou a falar da TABUADA. Nesse livrito de meia dúzia de páginas estava condensado o essencial da matemática e da geometria, e até havia espaço para algumas curiosidades e conhecimentos para o dia a dia. Nela encontrávamos a escrita e leitura dos números, as ordens e classes, as operações fundamentais da adição, subtração multiplicação e divisão, as tabuadas de somar, subtrair, dividir e claro, a de multiplicar, a numeração romana, os diferentes tipos de moeda, dias da semana, as unidades de tempo, as medidas dos arcos e ângulos, o diâmetro e o raio, figuras e sólidos geométricos, as

unidades de comprimento, agrárias, de volume, de capacidade de massa, as equivalências etc.

Ao que parece, o criador/inventor da primeira tabuada teria sido Pitágoras (pergunta o aluno: esse não é um jogador de futebol brasileiro?), filósofo e matemático grego do séc. VI a.C. e o nome teria origem nas tábuas de cálculo que se utilizariam nas trocas comerciais. A Tabela de Pitágoras permite efetuar todas as operações de multiplicação existentes na tabuada tradicional.

Atualmente ela (a tabuada) ainda anda por aí, mas a memorização já não é bem vista, procurando-se que o aluno chegue aos resultados através de “processos menos dolorosos e mais lógicos” se bem que, para o pessoal da minha geração, esses processos se tornem quase incompreensíveis. Além disso a calculadora e,

mais recentemente, o telemóvel, resolvem qualquer aflição (menos as dos professores de Matemática).

Mas tempos houve em que a tabuada foi rainha. E prova disso era a importância que se dava às capas das mesmas. Se olharmos para as imagens, facilmente identificamos as do período do Estado Novo. Termos como Nacional, Império, Portugal, Lusitos e Lusitas ou imagens nacionalistas como a figura de Camões, Mocidade Portuguesa, o escudo de Portugal, os padrões dos descobrimentos ou a figura superior do Sr. Professor são bem marcantes. Também há imagens onde se pretende passar a mensagem da importância do saber, mostrando crianças felizes a brincar e a aprender os números. E nem os cadernos escolares escapavam a carregar na contra capa a dita cuja.

Quem não se lembra da música? Agora da letra…

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

04 | PATRIMÓNIO

PROGRAMA EDUCATIVO DO MUSEU PARA 2017/2018 O Museu Municipal propõe para o ano letivo de 2017/2018 um programa educativo com um conjunto de diversas atividades, visitas acompanhadas e projetos especiais. As atividades foram cuidadosamente pensadas de acordo com as características dos vários públicos, valorizando a proximidade com a história local e com o património cultural, fomentando momentos de encontro, reflexão e construção de conhecimentos.

SOMBRA CUBISTA A partir das técnicas utilizadas nas sombras chinesas as crianças edificam, através de elementos tipológicos da arquitetura cubista, uma paisagem urbana da zona histórica de Olhão.

O MEU PEQUENO LIVRO DE HISTÓRIAS DE OLHÃO Propomos fazer uma viagem no tempo com uma visita ao Museu. Desde a ocupação Romana até aos dias de hoje vamos tentar perceber quais os momentos mais importantes na história de Olhão. Para que fique tudo registado cada criança irá fazer um pequeno livro para levar para casa.

OFICINA DE AZULEJOS O património azulejar patente nas casas da nossa cidade possui grande qualidade e marca a paisagem urbana. Para ficarmos a conhecer um pouco melhor esta realidade propomos uma visita às ruas vizinhas do Museu. Posteriormente cada criança fará o registo de um azulejo.

ERA UMA VEZ… No Museu ouvem-se histórias de pescadores, de redes e de muito peixe.

VISITAR E DESENHAR O que vês no Museu? As peças são antigas ou recentes? Para que servem?

Contam uma história? Munidos de um caderno e com um lápis na mão as crianças são convidadas a percorrerem as salas e a desenharem as peças que mais gostam e as peças que menos gostam.

OS ROMANOS AQUI TÃO PERTO A partir de objetos de uso quotidiano do tempo dos Romanos, como uma agulha de coser redes, um unguentário ou uma ânfora vamos colocar várias questões acerca desses objetos. Qual o seu nome, para que serviam, que forma têm e de que materiais são feitos. Haverá alguma relação com os objetos que usamos no nosso dia-a-dia?

O ICOM (International Council of Museums) define Museu da seguinte forma: "... é uma Instituição que está "ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, pesquisa, comunica e expõe o património material e imaterial da humanidade e de seu meio ambiente para fins de educação, estudo e fruição.”

Com estes "Encontros" o Museu Municipal de Olhão pretende ir ao encontro dos princípios sugeridos pelo ICOM e assim divulgar junto da comunidade de professores os recentes estudos científicos referentes ao património cultural do concelho de Olhão.

UMA AULA NO MUSEU

DE CUBO EM CUBO SE FEZ OLHÃO O que é uma casa? Porque é que uma casa precisa de janelas e portas? Muitas casas fazem um bairro? O que é um bairro? Vamos procurar as respostas para estas perguntas e recriar os bairros da Barreta e do Levante.

ENCONTRO COM PROFESSORES

O MUSEU VAI À ESCOLA Procuramos com esta atividade sensibilizar as crianças para a importância do Museu. O que é um Museu? Para que serve? O que existe num Museu?

Tomando como cenário uma ânfora romana, um bioco ou uma maqueta de uma casa cubista, convidamos o professor a trazer a sua turma e a usufruir do espaço do Museu para dar "Uma aula no Museu".

O MENINO DOS OLHOS GRANDES No largo do Carolas as crianças vão ouvir uma lenda e brincar nas ruas mais antigas de Olhão.

DESCOBRIR OLHÃO Como era a nossa cidade no ano em que começou a ser construído o edifício do Compromisso Marítimo? Sabias que a Igreja abriu ao público sem estar acabada? E que os pescadores estavam proibidos de construir casas de pedra e cal em Olhão? Vamos descobrir e conhecer o Centro Histórico de Olhão.

Para informação e marcação de atividades: museu@cm-olhao.pt Telefone: (+351) 289 700 103 Horário: terça-feira a sábado das 10h às 12h30 e das 13h30 às 17h00 Todas as atividades carecem de marcação prévia.

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

DESPORTO | 05

PSP DE OLHÃO VOLTA A PROMOVER DIA EUROPEU SEM CARROS SOLIDÁRIO Aproveitando o mote da Semana Europeia da Mobilidade, que decorreu de 16 a 22 de setembro, e da Semana Europeia do Desporto, entre 24 e 30 de setembro, a PSP de Olhão organizou, com o apoio da Câmara Municipal, o Dia Europeu Sem Carros Solidário.

A iniciativa decorreu no domingo, 24 de setembro, entre as 09h00 e as 13h00, no Jardim Pescador Olhanense.

A organização pretendeu que, acima de tudo, fosse um evento repleto de atividade física e diversão, com uma marcha com dois percursos, de 5 e 8 quilómetros, e um passeio de BTT de 15 quilómetros.

Para além disso, os participantes foram brindados com outras atividades, como aulas de spinning, pilates, dança, artes marciais e andebol.

Para os mais pequenos, houve uma fun zone, de forma a permitir aos pais participarem nas atividades.

O evento teve um cariz solidário e, na presente edição, foram angariados apoios para combater as doenças oncológicas, pelo que a totalidade dos fundos obtidos nas inscrições foram doados à Associação Oncológica do Algarve.

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

06 | LETRAS

João Pedro Baptista Músico

UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA (V21)

Há uns meses atrás o meu Tio, Sebastião Coelho apresenta-me a sua candidatura à Câmara de Olhão e pede-me para ser mandatário da mesma.

VOTAR?... TÁS PARVO OU QUÊ?

(V10)

Goreti Ferreira Escritora

- Votar? Política? Tás parvo ou quê?

- Parvo, eu? Porquê? Por dizer que acho que ir votar é um dever?

- Fogo, és mesmo crominho, marrão!

- Se calhar sou. Mas não gasto o meu tempo a escolher a roupa, nem a tratar do cabelo, isso garanto não…E quando tiver idade vou votar. Até lá…

- Opá cala-te! Votar não serve de nada!

A coisa está complicada. Olha que dois…. A inglesa anda atrás do marrão que ainda não percebeu que ela gosta dele. O giraço anda atrás dela e ainda não percebeu que não tem hipótese.

Pelo meio, pegam-se o dois a discutir politica! Isto é surreal! E a malta toda a assistir:

Aceito - com algumas reservas - o seu pedido dizendo que o ajudo sem qualquer problema. Desde então tenho prestado um pouco mais de atenção à cena política local.

Qual não é o meu espanto quando verifico que esta não existe. Existe sim, mas nas redes sociais.

Cá fora dão canetas, isqueiros, flyers, apresentam-se como profetas que nos vão resolver problemas etc...

E nós receando seja o que for, aceitamos de uns e de outros estas promessas e brindes. Não aproveitamos o facto de ter alguém à nossa frente que eventualmente vai ter um cargo importante e decisivo para questionar, para indagar acerca do futuro da nossa cidade.

Já na aldeia informática é um bate boca sem fim.

Ódio puro destilado através de perfis falsos. Mau Português, má imagem e mau ambiente.

Discute-se o futuro da nossa cidade como se discute futebol, ninguém quer saber de contas, a não ser que vão pagar.

Ninguém quer participar a não ser que seja para ganhar.

Depois há gente que fica de fora, só lê, não comenta porque não vai valer a pena, ou porque se perdeu no meio de tanta roupa suja, tanta verborreia...

Tenho assistido de perto a isto tudo e deixa-me desiludido esta forma de pensar e de estar que já estamos acomodados. Ninguém se está para chatear, nem para mudar nem para ficar como está. Já nada interessa.

Este texto sairá depois das autárquicas.

Espero que haja um vencedor - Olhão...

- Estive a ver o debate sim, e tu? A jogar no computador, na net ou a engatar miúdas, aposto….

- Pois claro, só podias, tu és superior aos outros, tens a mania que és inteligente…

-Hey, stop it! Enough! Já chega! Anda Carlos, let’s go, ele é um ignorante, um big big fool!

Agora é que o caldo entornou: a inglesa tomou o partido do marrão! Nunca pensei, ela andava sempre ali muito neutra, a ser cortejada por todos, mas há muito tempo que eu a topei… sempre a olhar para o Carlos, sempre a ver por onde ele anda… O tonto nem se apercebe que ela está apanhadinha por ele, mas agora…

- A sério, será assim tão estúpido achar que votar é um dever? Que lá por sermos jovens devemos estar informados sobre o que se passa no país? Que o nosso voto um dia fará a diferença? Vai haver eleições e aquele

parvo só se preocupa com o penteado e com a próxima namorada…

- No, not stupid my dear, não é nada estúpido! Eu concordo contigo. E admiro a tua inteligência!

- Sabes, há 43 anos houve uma revolução em Portugal, o 25 de Abril, antes disso não havia liberdade, o meu avô chegou a estar preso por manifestar as suas opiniões em público sabias? E este vaidoso chama-me crominho porque me interesso pelo destino do meu país?

- Forget it, esquece isso dear. Anda, vamos sair da escola, vamos dar uma volta. Let’s have some fun!

E pronto! Vão sair juntos da escola!

Estava a ver que não, mas teve que ser ela tomar a iniciativa. Bendita discussão por causa das eleições! Vou mas é pegar na guitarra e ir para casa que por hoje chega de aulas. E se o Carlos não aproveitar a oportunidade com a inglesa… é bem parvo!

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

TALENTO | 07

SÉRGIO PEREIRA ARTISTA 3D

Sérgio Pereira, nasceu em julho de 1972, em Olhão. Começou a desenhar em criança. “Quando entrei para a escola primária os colegas elogiavam os meus trabalhos, o que me deu mais gosto pela arte de personagens.”, revela. Mais tarde, já no ciclo preparatório, dedicou-se ao modelismo e à escultura tradicional, também desenhava fotos de familiares e amigos em grafite. Sérgio conta-nos que levou alguns anos “neste ritmo até conhecer um software chamado Zbrush, há uns 4 anos atrás. Neste software trabalha-se com técnicas de escultura e pintura tradicional, o que ficou mais fácil para a minha evolução e aprendizagem visto que já tinha alguma experiência no tradicional.” Há 2 anos atrás conheceu o Miguel Mendonça (capa do J de fevereiro de 2015), também um artista de Olhão, que ainda hoje é uma das suas referências, inspiração e um grande apoio.

“Ensinou-me algumas técnicas de iluminação que usei para aplicar no 3D. Apresentou-me uma referência extraordinária que me inspirou, o extraordinário Frank Frazetta, criador do Conan The Barbarian, entre outros personagens famosos usados no cinema.” Mais tarde, conheceu o Igor Nunes Silva (capa do J de outubro de 2015), também de Olhão, e também uma das suas referências que lhe mostrou “um caminho diferente para estimular a imaginação.” A nível da escultura digital Sérgio segue Hossein Diba, um artista da Turquia.

Já teve dois trabalhos no topo da página do A rtstation, “o que é uma grande honra para todos os artistas do género, ou seja, o melhor prémio que se pode ter dentro do 3D!” Neste momento dá aulas de escultura digital online, trabalha nos seus próprios projetos 3D e também é mariscador “nesta nossa bela Ria Formosa!”

No futuro pensa fazer um curso de Retopologia, Rigging e Baking, “para aprender a preparar os personagens para Cinema e Jogos digitais.”

Sérgio conta-nos ainda que, “para o futuro gostava de fazer uma formação para poder dar aulas de Escultura Digital num nível mais profissional, visto que trabalhar para uma empresa de Cine ou Games é algo um pouco stressante, devido aos prazos a cumprir!”

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 58 | OUT’17

08 | ÚLTIMA

» Áh-lá a bebedêra dele?!

Móce, Janica, tás derminde?

Jady Batista Coordenadora Editorial J

praticadas no clube, tais como a Pesca Desportiva.

Na sua regular atividade desportiva, a coletividade tem cerca de 90 atletas federados, distribuídos pelas seguintes modalidades: Vela Ligeira, Canoagem e Pesca Desportiva.

O Grupo Naval de Olhão organiza anualmente diversas provas de âmbito regional, nacional e para os associados: Prova de Vela ligeira, de âmbito regional; Prova de Vela/ Catamarans, de âmbito nacional; Provas de Vela/IOM’S, de âmbito regional de nacional; Torneio de Snooker

GRUPO NAVAL DE OLHÃO

O Grupo Naval de Olhão foi fundado há 78 anos, mais precisamente a 25 de Janeiro de 1939, por iniciativa de alguns olhanenses com uma grande paixão pelas atividades náuticas, com o objetivo de dotar condignamente o Concelho de Olhão de um clube de atividades desportivas diretamente ligadas ao mar, em geral, e à Ria Formosa, em particular, no sentido de proporcionar às camadas jovens uma prática desportiva saudável e educacional, bem como oferecer à sua população em geral um pólo social de encontro e convívio, eis a realidade do Grupo Naval de Olhão ao longo de décadas.

Contando atualmente com cerca de 1.500 sócios a quem são prestados uma série de serviços de apoio para as suas embarcações de recreio, o Grupo Naval de Olhão tem a sua sede social implantada num terreno concessionado pela Docapesca e situada na Avenida 5 de Outubro, junto ao Porto de Pesca de Olhão. A par desta realidade há a considerar as suas escolas de iniciação aos desportos náuticos para jovens, como são os casos da Vela e da Canoagem, para além de outras modalidades desportivas

Iniciativa:

Colaboração:

» Derminde? É c’alguém consegue dermir, cu o barulhe que tás fazende!

Inter-Sócios; Convívio de Pesca Desportiva Alto Mar; Tertúlia aos Atuns.

A nível de prémio, destacamos: 2006 – Campeão do Mundo / Individual Pesca Desportiva Alto Mar; 2007/2008 – Campeão Nacional DART 18 / Catamarã; 2010 – Campeão Mundial de Pesca / Clubes; Em dezembro de 2016 foram eleitos os novos órgãos sociais do Clube para o triénio 2017/2019, sendo constituídos por 18 elementos, distribuídos pela Mesa da Assembleia Geral (3), Direção (12) e Conselho Fiscal (3).