Juventude, Artes e Ideias | Olhão | Ano V | #55 | JULH’17

OLHÃO ANO V | # 55 | JUL17 DIA 01 COM O JORNAL

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PAULO GAGO

ARTISTA p.11

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 55 | JUL’17

02 | PATRIMÓNIO

Joaquim Parra Professor de História

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PATRIMÓNIO | 03

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04 | LETRAS

UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA (V18) João Pedro Baptista Músico

Goreti Ferreira Escritora

Não sou entendido em fogos florestais, e muito menos tenho conhecimento de ataque aos mesmos. Não mais do que consigo ver na televisão ou ler nos jornais.

Tenho horror de bombeiros, ambulâncias e carros de emergência médica.

Portanto não saberei atribuir culpas a ninguém do que se passou em Pedrógão.

Tenho alguns conhecimentos de como acender um fogareiro ou uma lareira, mas sei que não é fácil. Cada vez que o faço aquilo apaga-se sempre...

Sei que não temos a capacidade de resolver seja o que for. O país é todos os anos fustigado pelas chamas. Os enten-

ENGLISH PLEASE...

(V06)

É SUPOSTO - É suposto? Ai sim?

A roupa que depois de muito insistir consegue que o pai compre, as sapatilhas de marca que crava à mãe, o cabelo sempre perfeito e claro, o sorriso e o olhar: arrasam!

A natureza ajudou e não foi avara na altura, nem no porte e muito menos nos traços do rosto. Podia ter alguma coisa

didos atribuem culpas, e as beatas de Facebook verborreiam coisas que acham que sabem.

Não resolvemos os fogos, como não resolvemos a justiça, a saúde e a educação. Os pilares da sociedade estão corroídos com negociatas e interesses. O meio ambiente, que não é posto em consideração como um desses pilares, sendo remetido a umas "zonas" e "parques" naturais. Esses também, no olho das grandes empresas.

No momento que estamos nas bocas do mundo, onde temos listas de pessoas importantes que vêm viver para Lisboa, música e futebol. Não conseguimos proteger o que é nosso. Não compramos nada, já estava lá antes de muitos de nós.

As florestas que teimamos em não proteger, os rios que teimamos em poluir, o oceano que damos sem piedade à exploração. E isto porquê? Porque sabemos que no final das contas, tudo não vai passar de uma conversa de café, de umas trocas de comentários no Face-

book, continuamos com as palmas nos olhos, voltados para o canto com uma bifana e uma mini na mão. Acompanhado por televisão feita na sanita.

Mas calma! Nem tudo é mau! Não temos terrorismo (ainda), porque até esses sabem que o que cá fizessem iria ficar em águas de bacalhau. Sem importância, sem nada de mais a acrescentar.

Façamos agora correntes humanitárias, vamos dar agora dinheiro para os bombeiros, vamos dar-lhes creme de queimaduras! Mas só depois de se queimarem, vamos dar-lhes meios de combate, mas só depois do combate. É o que fazemos!

A única coisa que não podemos fazer é dar-lhes vida depois desta acabar. Nem a eles, nem a quem morreu (e à data da entrega deste texto continua a contagem) preso num carro, rodeado por pura força devastadora.

assimétrica, um dente torto, uma cicatriz, qualquer coisa! Mas não, é mesmo bonito, perfeito, tudo lhe fica bem e onde quer que vá, leva atrás olhares e suspiros femininos. Nem sei como consegue andar com tanto lastro… Mas até o andar tem pinta e toda a confiança do mundo marcou no GPS o caminho até ao filho da mãe!

Grande sorte ser assim, bolas! Bem melhor do que ser normal como eu. Nem sei porque anda sempre comigo… Mas ainda bem que anda. É o meu melhor amigo, ensina-me uns truques com as miúdas (que não resultam) e às vezes até se queixa que está farto de tanto assédio. Mas é só às vezes…

A resposta dela chamou-me a atenção: - Okay, okay, mas eu não.

Ele não quer saber das aulas, vai-se safando no limite, mas com as miúdas não há limites: ele tem uma lista! Não, não é

mental, já me mostrou: uma lista para não perder a ordem. E elas esperam pela sua vez para andar com ele!

- Por acaso não…

Nunca lhe tinha visto aquela expressão no rosto, indescritível. E ela insistia: - Yes, I’m sure!

Agora nem expressão tinha no rosto, todo ele era espanto: - Just because, não há motivo! És lindo mas não me atrais, that’s all…

Abriu-se um buraco no chão e toda a confiança se lhe afundou, com o estilo, o sorriso e o olhar (que nunca falhavam) atrás: - Não quero saber das outras, que façam bom proveito: you’re just not my type baby…

Uma tampa! A inglesa giraça deu-lhe uma tampa! Não acredito! Acho que nem ele! É suposto? Pois… Parece que sim.

Esperemos que acabe rápido. E que se resolva com mais eficácia que a que estamos habituados !

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LETRAS | 05

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06 | EVENTOS

FESTAS DA CIDADE 2017 | OLHÃO AO VIVO As Festas da Cidade, para além dos habituais concertos no Jardim Pescador Olhanenses, esta edição com Marco Paulo e Baby Lores & Luis, voltaram a contar com a iniciativa Olhão ao Vivo que, este ano, se realizou no Coreto, num ambiente de Street Food. Ao longo de 4 dias, atuaram no Olhão ao Vivo, 17 projetos musicais, originários de Olhão, a convite do Município, em colaboração com a Associação Correntes de Ar. Dia 16: Marco Paulo

Dia 15: Baby Lores & Luís

12 variedades de Street Food

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EVENTOS | 07

Escolinhadohelder

Escola ACF - Domingos Caetano

Bandas da Casa

DJ Digui

Beatriz Caixinha

Filipe Martins

Wilson Severino

33LM

Caleidoscópio

M90

Drum School

mod’ROCK

Dea Noctis

Miguel Nugas

The Black Teddys

Contra Corrente

Trackable

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08 | DESPORTO

TRAVESSIA A NADO FAROL - OLHÃO Mário Neco voltou a vencer, no Dia da Cidade, a Travessia a Nado Farol - Olhão, numa organização do próprio, em colaboração com a ACDCBR. À chegada do vencedor, alguém gritou do público: "Aquele moce?! Aquele moce nasceu dentre d'água!" - Aquele "moce" era Mário Neco, um "moce" de 69 anos, que venceu a prova e que quando lhe perguntaram se estava cansado respondeu: “Nããão! Eles é que não me deixaram, que eu agora fazia a volta!”

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PALCO | 09

MOCÉ MÓ E ALDO LIMA O Auditório Municipal encheu mais uma vez para receber a GORDA. A dupla João Evaristo e Joaquim Parra apresentaram-se em cena com um novo trabalho - Móce Mó - mas não vieram sozinhos, fizeram-se acompanhar de Aldo Lima.

Móce Mó é um projeto que nasceu AQUI, no J, como BD. Mais tarde passou para formato vídeo e no final do ano passado subiu pela primeira vez ao palco, num espetáculo conjunto com Herman José, no Solrir.

Com o Auditório esgotado e muitas pessoas que não tiveram oportunidade de ver o trabalho, a dupla ofereceu-se para apresentar uma parte do espetáculo na Feira do Livro, no Jardim Patrão Joaquim Lopes.

SEMANA DA CRIANÇA E DO AMBIENTE A edição de 2017 da Semana da Criança e do Ambiente teve como ao tema “A Minha Terra, O Meu Planeta”, uma organização conjunta da Autarquia e da Ambiolhão, que assinala anualmente o Dia Mundial da Criança e o Dia Mundial do Ambiente.

Durante quatro dias, o Jardim Pescador Olhanense transformou-se num parque infantil gigante para receber a visita das mais de 3 mil crianças dos jardins de infância e 1º ciclo do concelho.

Não faltaram os insufláveis, palhaços, malabaristas, teatro, e os mais pequenos tiveram, ainda, oportunidade de desfrutarem de passeios a bordo do Caíque Bom Sucesso e da lancha da Autoridade Marítima.

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10 | GALERIA

OLHÃO COM HISTÓRIA Avenida da República | Org: Museu Municipal de Olhão

LENDAS VIVAS D’OLHÃO Algarve Outlet

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TALENTO | 11

PAULO GAGO ARTISTA

Paulo Gago, nasceu em 1982, em Lisboa mas considera-se natural de Olhão/Pechão, tal como a sua família.

Desde cedo começou a desenhar a carvão.

Frequentemente desenhava super heróis de banda desenhada, o que o fez tomar consciência da anatomia humana e deu-lhe a perceção de um género de posturas que contrastavam com a postura natural das pessoas, no dia-a-dia.

“Um dia chego a casa da escola e tinha uma enorme caixa à minha espera. Era material de pintura, vários tipos de tinta, paleta, cavalete, conjuntos de lápis e pincéis. Fiquei maravilhado.

Tinha que aprender a utilizar tudo aquilo!

Tornei-me aí um artista autodidata.” Revela.

Do desenho a carvão passou para a pintura e pondera agora iniciar-se na escultura. É um apaixonado pela arte clássica dos grandes mestres, de que destaca William Turner.

Confessa “perder-se” no Louvre ou a National Gallery.

“Tenho que agradecer todo o apoio que tenho recebido ao longo da vida, da família e amigos, colegas de escola, até de pessoas que viam por acaso um desenho meu e me incentivavam a não desistir, que estava a nascer um artista… Era um miúdo, ficava todo contente!

Apesar deste apoio que menciono, nenhum foi tão grande e aliás, um ponto de viragem na minha arte, como o da minha mãe.

Vejo hoje a minha arte não só como uma evolução das capacidades mas também uma evolução da pessoa, cada obra de arte tem algo do artista, e uma das coisas que posso salientar é o meu gosto por retratar a minha terra - Olhão.

Quando aos seus objetivos para o futuro, Paulo Gago afirma : “tenho alguns objetivos, mas nunca finais, pois não considero que haja limite na arte. É um processo pessoal, íntimo e evolutivo. Neste momento estou a trabalhar em dois novos temas, e simultaneamente num quadro “definitivo” para a minha coleção de “Olhão”.”

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12 | ÚLTIMA

» Moce, má tu na tens frie, só com esse panezinhe de rede no corpe?

» Frie? Moce, eu sô tã pobre que nem frie tenhe!

Jady Batista Coordenadora Editorial J

CAPO CENTRO DE ARTES DE PINTORES OLHANENSES

O CAPO inaugurou, como já vem sendo tradição, a exposição coletiva dos seus alunos, no Dia da Cidade, 16 de junho, na galeria da Biblioteca Municipal de Olhão. A exposição, que esteve patente até dia 30 de junho reuniu trabalhos de diferentes estilos, mas todos de excelente qualidade.

“O Centro de Arte de Pintores Olhanenses é um grupo de pintores de Olhão, sob a alçada da Junta de Freguesia de Olhão e dinamizado pelo Mestre Tó Leal” Assim está descrito o CAPO-Centro de Artes de pintores Olhanenses, na sua página de facebook, onde podem acompanhar a grande dinâmica deste Centro, criado pela Junta de Freguesia de Olhão, há 27 anos, onde transparece a boa relação entre os seus cerca de 40 pintores de que dele fazem parte, e onde é bem visível o talento dos pintores e a qualidade das obras produzidas.

Iniciativa:

Colaboração: