Juventude, Artes e Ideias | Olhão | Ano IV | #47 | OUT’16

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO IV | # 47| OUT‘16

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS DIA 01 COM O JORNAL

O OLHANENSE | DISTRIBUIDO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs casajuventude@cm-olhao.pt

PEDRO ÁGUAS ARTES

| OLHÃO

P.08

ARQUIVO MUNICIPAL DE OLHÃO

Festas de Nossa Senhora do Rosário

contudo, atualmente as festas resumem-se apenas à missa solene e à procissão, as quais irão este ano decor-

No nº 70 do Jornal Correio Olhanense de 1923 são-nos

rer no próximo dia 9 de outubro, por ser o domingo mais

descritas as festas de Nossa Senhora do Rosário, em

próximo de dia 7.

Olhão. Eram festas muito importantes para os homens do

É interessante referir também que podiam ser sócios

mar pois, como se pode ler no artigo, “entre os pescado-

todos os indivíduos, de bons costumes, de ambos os

res o culto da Virgem do Rosário é o maior, o mais santo”.

sexos, maiores de 21 anos, ou não sendo maiores, que

Antigamente no dia 7 de outubro, dia da festa, era feriado,

apresentassem autorização paterna.

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PATRIMÓNIO 03

NAQUELE TEMPO...

Joaquim Parra Professor de História

O PIROLITO

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LETRAS 04

UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA

uma cunha no corte inferior e um corte direito no de cima, para que a rebarbadora não ficasse com o disco preso. A premeditação do crime é óbvia visto

AUTOR DO MÊS BIBLIOTECA MUNICIPAL DE OLHÃO

usarem uma máquina sem fios, o que leva a pensar que estes mestres do crime pensaram em todos os detalhes para levarem a cabo a sórdida tarefa.

João Pedro Baptista Músico

Até o facto de saberem que ninguém os ia chatear.

Os cortes indicam que pelo menos uma hora dispensaram na tarefa. Ora, todos sabemos que há horas

UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA V11

em que a cidade TODA adormece. E o facto de não haver uma única testemunha desta vil violação ao

Ontem pelas minhas deambulações pela praça -

maior marco Olhanense, faz-me pensar que são

sim... Não é o mercado. Aqui chama-se praça! - Re-

mesmo artífices do roubo. Porém, há algo que me

parei que esta tinha sido alvo da pior forma de visita,

assusta e que deita todas estas conclusões por ter-

a dos amigos do alheio.

ra. Se estes meliantes sabiam tanto da praça, desde

Não é de estranhar, visto ser um sítio bastante inte-

que ferros cortar, até à hora morta da cidade, porque

ressante para quem se acha capaz roubar a quem

raio o fizeram no Domingo? Sabendo que nesse dia

tenta ganhar a vida de forma honesta. Contudo, e

não houve mercado? E sabendo que maior parte

tendo em conta a minha experiência em análise de

das toldas fecham na Segunda?

assaltos vinda das mais variadas séries de televisão,

Depois foram ao canto da Bela. E em óbvia frustra-

desde Poirot ao CSI. Consegui descobrir factos de-

ção, perdem a classe de se usar maquinaria e arre-

veras interessantes.

messam uma pedra ao vidro para poder entrar. Li-

Primeiro, a grade de ferro forjado foi cortada com

gando também a televisão para um pouco de entre-

recurso a uma rebarbadora e não com um corta

tenimento.

unhas. Quem cortou, sabia o que fazia visto ter feito

Já não os fazem como antigamente...

PETER CAREY

03:00 DA MANHÃ

Petra Martins Blogger

QUEM FOI QUE DISSE...

A ausência de palavras

até ao resto das nossas vidas

Peter Carey nasceu na Austrália em 1943,

Quem foi que disse

vivendo atualmente em Nova Iorque. É con-

que era fácil sabermos quem somos

siderado um dos escritores mais importantes

Foi um alguém que não pertence aqui

de língua inglesa, sendo que a sua obra divi-

a este mundo cheio de incertezas

de-se entre livros de não ficção, contos, livro

e perguntas que nos afogam

infantil e, na sua maioria, romance. Venceu

dia após dia

por duas vezes o Booker Prize com os ro-

num turbilhão de pensamentos

mances Óscar e Lucinda e A verdadeira his-

quase que esquizofrénicos.

tória do bando de Ned Kelly, este último tam-

Quem pertence a este mundo

bém premiado com o Commonwealth Writ-

ainda não conhece metade ou um terço

ters Prize em 2001.

daquilo que é.

mostra a quantidade exuberante de pensamentos que nos vão cá dentro.

A ARTE DE NÃO ME OUVIR

Não é fácil desistir.

Aliás, desistir é um grande ato de coragem.

Sou tão livre quanto posso, e tão presa como nunca

Vale tudo

quis. Sou tão escrava de mim própria ao ponto de

menos desistir de nós próprios.

não me suportar mais. Pena não conseguir estar

Vale tudo

longe de mim quando estou sozinha comigo mesma,

menos deixar de tentar conhecer quem somos.

mesmo falando de mim para mim, quase nunca me

Conhecer o nosso próprio ser,

ouço. E tenho quase sempre a sensação que já não

Pode consultar toda a bibliografia do autor

É uma luta constante,

me escuto mais. Talvez a minha voz já não seja tão

existente na Biblioteca através do catálogo

Talvez uma procura inacabável

alta quanto aquilo que Eu queria que fosse.

online: www.cm-olhao.pt/pt/catalogo-online

POESIA A SUL POESIA A SUL POESIA A SUL POESIA A SUL POESIA 21 SEX

17H30 | Cantaloupe

24 SEG

Leituras 18H00 | Salão Nobre da CMO

Por Raquel Zarazaga e Mario Rodriguez

Apresentação de livros

Sessão Inaugural Apresentação do Encontro por António Pina, Presidente da Câmara Municipal de Olhão, aos jornalistas e a convidados

18H30 | Galeria Sul Sol e Sal

A Poesia e o Ensino

Oito Livros de Oito Poetas 20H00 |

Poesia Erótica à Mesa Mediante inscrição

Inauguração de Exposições - Desenho de Joana Rosa Bragança (Portugal) - Escultura de Alberto German (Espanha) » Jantar Volante

22H30 | Cantaloupe

Espectáculo por Napoleão Mira (Portugal) Receita a favor da ADAPO 23H30 | Cantaloupe

22 SÁB 15H00 | Museu Municipal

The Waste Land, de T. S. Elliot O Grande Poema do Séc. XX

19H15 | Galeria Sul, Sol, Sal José Luís Rua Nacher (Espanha) e Eladio Orta 26 QUA 18H00 | Galeria Sul, Sol, Sal

23 DOM

Apresentação de livros

11H00 | Cantaloupe

João Pereira e Pedro Tavares (Portugal), Said Trigaoui (Marrocos)

Poesia com vista para o mar - Apresentação de

19H30 | Galeria Sul, Sol, Sal

Apresentação de livros

Poesia e Música

João Miguel Pereira (Portugal),

Adília César e Marco Mangas

Jam Session

21H30 | Auditório Municipal de Olhão

Poesia e Música

25 TER 18H00 | Galeria Sul, Sol, Sal

18H45 | Salão Nobre da CMO

19H30 | Auditório Municipal de Olhão

18H00 | Cantaloupe

17H00 | Mercado Municipal

Filme Howl (Uivo)

Teatro Com Te-atrito (Portugal)

Projecção do Filme: Howl (Uivo) de Allen Ginsberg, pelo Clube de Cinema de Olhão

17H30 | Mercado Municipal

22H00 | Cantaloupe

Poesia e música Palestra com Teresa Rita Lopes (Portugal)

João Pereira e Eduardo Patarata (Portugal)

18H30 | Cantaloupe

27 QUI

Jazz. Bebop. Hardbop

Palestra por Fernando Cabrita 16H00 | Museu Municipal

19H30 |

Leituras no Mercado Por Rogério Cão (Portugal) e Fernando Cabrita

Homenagem a Casimiro de Brito (Portugal) nos 55 anos da Poesia 61 - A Geração de 1961 e a Nova Poesia Portuguesa. Participação de Casimiro de Brito e Maria João Cantinho (Portugal)

Em 2015 foi assim...

Um dos muitos momentos de leituras e partilhas, durante a primeira edição do poesia a Sul, em 2015

A SUL POESIA A SUL POESIA A SUL POESIA A SUL POESIA A SUL 12H30 | Galeria Sul, Sol , Sal

Poesia vivida, de Mallarmé ao Twit Palestra de François Louis Blanc (França)

15H30 » 18H00 | Cantaloupe

Conversas de Museu 22H30 | Cantaloupe

Poesia com vista para o mar

16H00 » 19H15 | Arquivo Rosa Mendes 28 SEX

13H00 | Almoço - Brinde poético a Emílio Duran (Espanha); Homenagem a Florindo de Sousa (Portugal), o Poeta da Rua

Apresentações

- 15H30 | A poesia de Maria Dolores Guadarrama e de Manuel Moya - 16H15 | A poesia de Chi Trung, Pedro Jubilot e Cláudio Guimarães dos Santos e de Fernando Cabrita

17H00 | Cantaloupe

18H30 | Salão Nobre da CMO

Poesia com vista para o mar

Sessão de Encerramento

A poesia de José Sarria (Espanha), Chi Trung e de Maria Dolores Guadarrama

- Encontro com os poetas participantes pelo Presidente da Câmara - Actuação do Grupo Coral da Confraria do Medronho de Monchique - Encerramento

18H00 | Auditório Municipal de Olhão

A Poesia e a Crítica

19H15 | Auditório Municipal de Olhão

Debate com Pedro Ferré (Portugal), Fernando Cabrita,

Homenagem a Rafael Vargas

Moderação de Adriana Nogueira (Portugal)

Manuel Gahete, José Sarria, Fernando Cabrita, Mario Rodriguez » 20H15 | Jantar volante

20H40 |

Poesia à Mesa

21H00 | Auditório Municipal de Olhão

Leituras A partir das 19H00 | Cantaloupe

23h00 | Cantaloupe

Poesia e música

21H30 | Auditório Municipal de Olhão

Sessão de João Pereira

Terra Chã Música, Canto e Dança

Albert Cirera - Saxo Tenor e Soprano; Marco Mezquida - Piano; Marko Lohikari - Contrabaixo Oscar Domenech - Bateria

Companhia de Dança Contemporânea de Évora 00H00 | Olhão Antigo

Passeio Pedonal

00H00 | Olhão Antigo

Passeio Pedonal

Diariamente Poesia na Escola e nos Lares Visita de poetas às escolas e lares e conversa com autores

29 SÁB 30 DOM 11H00 » 12H30 | Galeria Sul, Sol , Sal

Apresentação do livro

10H30 | Ria Formosa

Passeio pela Ria No Caíque Bom Sucesso. Mediante inscrição.

Fernando Cabrita (mentor da iniciativa), Nuno Júdice e António Pina (Presidente da CMO)

Evento paralelo Prémio Literário Escolar João Lúcio

Manuel Alegre encerrou a primeira edição do Poesia a Sul, em 2015

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TALENTO 08

dividido entre o seu meio urbano onde vive e suas

ARTES

fugas certas. Os seus primeiros passos criativos

PEDRO ÁGUAS

foram influenciados por sua mãe que já pintava a óleo, e daí nasce o primeiro interesse pelo desenho e pintura. Não seguiu o caminho das artes na escola, estudou antes Ciências Naturais pelo seu interesse em Biologia Marinha. Acabado o Secundário inscreveu-se num curso de Receção Hoteleira, o que lhe possibilitou estada em locais como Sagres, rodeado por mar. Fez um intervalo na educação escolar e foi para a Irlanda, ilha que diz ter-lhe marcado e influenciado o gosto pelo surrealismo, "a forte presença das construções primitivas e medievais compõem cenários excitantes, onde a fantasia nos aparece sem ser convidada. E aquele verde maciço e profundo das eternas florestas e bosques, uma quietude persistente, que nos incita a viajar dentro de nós próprios".

Voltou a Portugal e licenciou-se em Artes Visuais pela UAlg (Universidade do Algarve).

Encontra-se atualmente a viver na sua cidade natal, Olhão, onde conjuga a produção artística com a procura incessante dos desejados refúgios bravios.

A sua linha artística procura libertar-se das exigências da lógica e da razão, vai além da consciência quotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos, onde tudo é possível. Águas tenta superar a contradição entre objetividade e subjetividade, estabelece uma poética da alucinação, da consciência em expansão.

O seu traço característico estiliza todas as formas, redondos constantes evidenciam feições femininas.

Combina o representativo, o abstracto, o irreal e o inconsciente.

Em grande parte do seu trabalho é-nos também possível ver a forte intenção de crítica numa linha surreal, que cai sobre as relações sócio culturais presentes na sociedade, uma apatia evidente para com os modernos princípios adoptados pela humanidade.

Presentemente em Exposição, a sua mais recente série “Olhão Cúbico”, que nasce no sentido de Homenagear/Assinalar de modo transcendente à sua mera existência a sua Cúbica incubadora vila piscatória, Olhão.

A obra: fusão entre os diferentes elementos cultu-

PEDRO ÁGUAS (1988) – natural da cidade de

ondas que tanto anseia, uma fome insaciável mas

rais, arquitetónicos e naturais locais, dispostos pelas

Olhão, no Algarve, "uma localidade piscatória calma,

saudável diz, "sempre que entro no mar, as preocu-

faces de uma forma cúbica, a incubadora.

rodeada por aquelas ilhas magníficas que desde

pações são deixadas automaticamente na areia, à

Surgem também peças onde apenas há referência à

sempre me cativaram e proporcionaram os mais

minha espera…mas o certo é que na água elas não

arquitetura Cubista, linhas cruzadas e sobrepostas

importantes momentos de reflexão pessoal, as ilhas

existem. É um bom momento de inspiração".

criam transparências, repetições pictóricas e policro-

definiram um rumo, o primordial". Escapes constan-

Longe das multidões, ambientes intocados pelo ho-

mia vibrante alimentam soluções impossíveis.

tes para lugares distantes em busca do refúgio natu-

mem, os propícios para uma total relaxação cerebral

Em novembro, poderá apreciar as suas obras no

ral perfeito. Praias desertas que lhe oferecem as

onde novos horizontes são alcançados. Águas vive

Museu Municipal de Olhão.

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GALERIA 10

DAS ERRÂNCIAS Exposição de Fotografia “Das Errâncias” de Domingos Fernandes. Inauguração 07 de outubro, pelas 18h00, na Biblioteca Municipal de Olhão.

pela proximidade física, pela metáfora clássica

Da mesma forma, a arquitetura e outros arte-

do espelho, pela obrigação de retratar um indi-

factos se vêm transformados em elementos de

víduo específico. Pelo contrário, o seu sistema

composição gráfica. Os fragmentos de edifí-

procura recriar o mundo em cuja vastidão se

cios ou de outros objetos que nos vai devol-

inscreve, não apenas a trajetória do homem,

vendo fazem de cada um deles um lugar extra-

como o próprio olhar do fotógrafo. Ambos se

ordinário. Tudo vibra, ondula, mexe, flutua, se

produzem na errância, numa trajetória que

arredonda ou parece mesmo levantar voo em

pouco mais nos devolve que uma espécie de

direção ao céu. Estamos perante um trabalho

traço, uma presença fugaz, um fluxo. E o ho-

formal que valoriza as imagens gráficas, que

mem passa a ser aqui uma silhueta, um deta-

depura, que intensifica a linha, seleciona a cor

lhe simultaneamente agregado na paisagem e

– numa evidente aproximação à pintura – mas

que a atravessa ou nela se movimenta sem

toda a operação é, afinal, destinada a que o

parar. Por isso há fluxo e território nestas foto-

magnetismo

grafias, embora nelas seja explícita a recusa

aconteça.

da dimensão documental. O fotógrafo constrói

O fotógrafo não estabelece com este seu gesto

o anonimato das suas figuras não importa on-

uma relação de indexação com o mundo. Ape-

de ou quando. Não as quer capturar numa ab-

nas nos quer falar das formas e forças operati-

«As imagens que Domingos Fernandes coloca

cissa espacial e numa ordenada temporal por-

vas que nele se jogam. Vejo nestas imagens

à nossa frente obrigam-nos a pensar na intimi-

que sabe que a intenção de fixar, designar ou

um regresso à génese da errância, mas sem a

dade decorrente da condição absoluta da pró-

identificar é e será sempre da ordem do enrai-

maldição de Caim, ou seja, uma celebração da

pria fotografia, ora a da encenação entre dois

zamento, da imobilização, da petrificação. Não

alegria, da viagem, do desejo ardoroso pelo

sujeitos, ora a do intercâmbio entre corpos e

há aqui estátuas, mas sujeitos andarilhos, que

movimento. Um culto da liberdade. » (Jorge

objetos num só lugar. Só que não se interessa

palmilham, correm, vagueiam, atravessam.

Ramos do Ó)

da

viagem,

do

deslocamento

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PALCO 11

NAPOLEÃO MIRA 21 OUT | 21H30 | AUDITÓRIO MUNICIPAL

ALICE...

22 OUT | 16H00 | AUDITÓRIO MUNICIPAL

TERRA CHÃ 29 OUT | 21H30 | AUDITÓRIO MUNICIPAL

MÓCE MÓ | O QUÊXOZE

SELEÇÃO E ADAPTAÇÃO DE TEXTOS JOÃO

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ÚLTIMA 16

DESTAQUE Fernando Cabrita é o mentor e comissário do II Encontro Internacional Poesia a Sul organizado pelo Município de Olhão.

O seu conhecimento e empenho pessoal têm sido fundamentais para o sucesso desta iniciativa.

Jady Batista Coordenadora Editorial J

II POESIA A SUL

Iniciativa:

Colaboração:

EVARISTO

ILUSTRAÇÕES

ORLANDO DO Ó