Publicação com informação e análise das realidades e aspirações comunitárias
Campinarte Dicas & Fatos ANEIRO / / 2019 2019 JJANEIRO
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Ano XXII - N.º 257 - Duque de Caxias - RJ - Fundado em 27/09/1996 / E-mail - campinarte@gmail.com - Tel.: - Claro (9)9116-5147 (WhatsApp)
"Sebastião, diante de tua imagem tão castigada e tão bela penso na tua cidade peço que olhes por ela..."
M
ártir cristão, nascido segundo alguns em Milão, cidade de sua mãe, e segundo outros em Narbona, terra natal de seu pai, sendo sua festa celebrada a 20 de janeiro. Passou a maior parte de sua vida em Roma, ao tempo do imperador Diocleciano. Soldado do exército romano chegou a alcançar o comando de uma coorte de pretorianos. Por ser cristão e divulgar sua doutrina, foi denunciado e preso. Diocleciano tentou em vão dissuadi-lo, condenando-o à morte, sentença que os arqueiros se encarregaram de cumprir. Crivado de flechas, São Sebastião foi encontrado por Irene, uma cristã, que, ao retirá-lo da árvore onde seus algozes o haviam amarrado, verificou que o corpo do mártir ainda estava com vida. Conduzido à casa de Irene, São Sebastião se restabeleceu em poucos dias. Insensível às súplicas dos cristãos, apresentou-se ao imperador, que, desta vez, ordenou fosse açoitado até morrer (c. 255). Seu cadáver, jogado na cloaca de Roma, foi outra vez descoberto por uma mulher, Lucina, a quem o santo apareceu em sonho, pedindo que o sepultasse nas catacumbas, ao lado dos apóstolos. Próximo a este lugar, junto à via Ápia, foi posteriormente construída uma basílica em sua honra. Esta, durante a Idade Média, tornou-se centro popular de devoção e peregrinações. Em Portugal há pelo menos, 92 igrejas que o têm por orago. No Brasil é padroeiro de 144 paróquias, inclusive na cidade do Rio de Janeiro, cujo nome canônico é São Sebastião do Rio de Janeiro. Justifica-se a adoção desse nome pelo fato de que a primeira grande vitória das armas portuguesas contra os franco-tamoios, na região da Guanabara - a batalha de Uruçumirim -, travou-se a 20 de Janeiro.
Folia de Reis
É
É um auto popular natalino, de origem portuguesa, de evocação da visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus, com apresentação de danças dramáticas como o Terno de Reis, o Rancho e o Bumba-meu-boi. A Folia de Reis marca o fim do ciclo natalino, principalmente no Norte do país. A Folia tem início no dia 24 de dezembro, à meia-noite, e termina no dia 6 de janeiro, Dia de Reis . O desfile leva uma bandeira que muitos acreditam ter o poder de curar as pessoas. Os foliões fazem paradas em casas previamente escolhidas, para cantorias, em troca de comida e bebida. As Bandeiras de Reis, como também são chamadas as Folias, têm versos próprios para pedir, agradecer e despedir-se dos moradores. Quando as bandeiras percorrem apenas as ruas da cidade, chamam-se Folias de Reis ou Folias de Reis de Banda de Música. No entanto, quando também visitam os sítios e fazendas, recebem o nome de Folias de Reis de Caixa. As folias têm de 8 a 20 foliões que são organizados de acordo com suas funções. Eles representam os próprios Reis Magos, acompanhados de empregados, como o pajem e os mordomos, soldados e o Demônio ou Herodes e seus soldados, perseguidores de Jesus Cristo. O mestre e o contramestre são as figuras mais importantes e usam fitas cruzadas no peito, capas de renda e ombreiras para diferenciarem-se dos demais foliões. O mestre é responsável pela organização da folia e o contramestre recolhe os donativos oferecidos pelos donos das casas. O alferes fica encarregado de levar a bandeira, que traz estampadas as figuras dos Reis Magos e da Sagrada Família e que é feita de acordo com as posses do grupo. Os músicos e cantores animam a folia com bumbo, violão, sanfona, pandeiro e cavaquinho. Cantam versos inspirados em trechos da Bíblia e sua música recebe o nome de toada. Os palhaços, que representam os perseguidores de Cristo, apresentam-se depois dos outros. Usando máscaras e roupas improvisadas, eles dançam descalços, saltitam e recitam versos engraçados chamados chulas. Depois da apresentação dos palhaços são feitas as despedidas. No encerramento da Folia de Reis, no dia 6 de janeiro, parentes, amigos e participantes de outros folias se divertem com muitas música, comida e bebida. E uma ceia é realizada a 2 de fevereiro, dia de N. Sra das Candeias. Os foliões cumprem promessa de por 7 anos consecutivos saírem com a folia. Conhecida nas cidades, vilarejos e fazendas do interior do RJ, ES, MG, GO, SP e PR, a Folia era essencialmente rural, mas nos dias atuais se expandiu, resistindo até mesmo nas grandes cidades (RJ, Belo Horizonte e Goiânia), no PA e no MA. A Folia de Reis revivia no campo as jornadas das pastorinhas urbanas, entre Natal e Reis.