Mapeamento Cultural - Carinhanha

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Seguindo o cais como quem sobe rumo à prefeitura, existe ali, logo à esquerda de quem sobe, a Associação de Pescadores Piscicultores do Velho Chico. Um humilde prédio azul rico por demais em histórias. É lá que se pode encontrar seu Honório, presidente da associação . Seu Honório se comprometeu em chamar outros pescadores para se reunirem ali na associação mesmo. O motivo do encontro? Escutar as histórias dos pescadores a respeito dos mistérios do rio.

Seu Alexandre, Seu Zé Ribeiro (Dequinha), Seu Agripino, Seu João, Seu Joaquim Pepi, Seu Jason, seu Vicente, Seu José Messé, Seu Honório “A barca segue seu rumo lenta como quem não quer mais voltar, como quem se acostumou com canto das águas como quem não quer mais voltar”

Muito próximo ao mercado, havia muito movimento de gente, de carro, e de carro-de-som. Os pescadores organizaram-se em um pequeno círculo na sala de entrada, Seu Alexandre, Seu Zé Ribeiro (Dequinha), seu Agripino, seu João, Seu Joaquim Pepi, Seu Jason, Seu Vicente, seu José Messé. E foi Seu José quem começou o narratório, dizendo que

“Quando eu era criança, eu tinha de uns 7 pra 9 anos, eu e meu irmão pegamos a canoa de meu pai e fomos pro rio pescar. De longe, começamos a ver um menino que mergulhava e saia lá na frente, longe. E fomos acompanhando. Depois, já não era mais só um, eram dois. Eles mergulhavam, saiam longe, mergulhavam de novo. Pareciam dois meninos, duas criança, brincando na água.


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