Territórios

Page 1

territ贸rios



territórios

Daniel Lannes | Fábio Baroli | Fábio Magalhães | Flávio Araújo | Thiago Martins de Melo | Curadoria: Bitu Cassundé



território I “As imagens que construo também oscilam entre essas duas instâncias [a ética e a estética]. Algumas interessam mais pelo conteúdo apresentado. São mais diretas. Seu alcance pode extrapolar as discussões ligadas apenas às ideias intrínsecas da pintura, transbordando para áreas mais amplas, que dizem respeito ao comportamento, a valores morais e simbólicos compartilhados em nosso meio, tanto em nossa cultura local como em um âmbito mais global.” “No meu caso, uma boa pintura tem que ser uma boa mentira. Mentira em vários sentidos: é uma pintura e portanto é uma situação que não existe, pois aquela imagem nunca aconteceu. Diferente da fotografia, ela tem que ser uma mentira no sentido de ter que ser construída através de massas de cor, ou seja, no fim ela é absolutamente abstrata. E ela deve ser uma mentira no sentido da crônica. Se eu transpusesse coisas do real, sem nenhum filtro fictício, eu não veria muito sentido em pintar, pois fotografar esse real, para mim, já bastaria. Então, se eu me proponho a contar algo desse real, acho que devo contar um bela de uma mentira.“ “Me interessa, também, a ética do ato de pintar. Ao se pintar um nu, um retrato, ou uma pintura contida na própria pintura, por exemplo, questionam-se noções da representação ilusionística, da veracidade de uma imagem e da relação que temos hoje com a pintura, muito diferente daquela existente no passado. Ao me apropriar de imagens que já foram pintadas - como faço em relação a pinturas históricas brasileiras, por exemplo - procuro problematizar certas noções históricas relativas à nossa memória histórica, nossas tradições artísticas, questões de autoria, etc. e isso agrega uma dimensão ética.” Daniel Lannes



Daniel Lannes | Impulso Traquinas | Ă“leo sobre linho | 50cm x 50cm | 2011


Daniel Lannes | SafeSex 5 | Ă“leo sobre linho |30cm x 40cm | 2011


Daniel Lannes | Brincar de Índio | Óleo sobre linho | 30cm x 40cm | 2011


Daniel Lannes | ParangoBaco | Acr铆lica e 贸leo sobre lona | 260cm x 175cm | 2012




Daniel Lannes | Rio Antigo | Ă“leo sobre linho | 18cm x 25cm | 2012


território II ““Percebo meu trabalho em uma situação triangular: a pintura como linguagem, a apropriação como método e o erotismo como tema. Porém, para a construção dos trabalhos, há desdobramentos que fazem com que os processos aconteçam de formas variadas. Como costumo desenvolver trabalhos em séries, em cada série procuro adotar meios que estabeleçam diálogos coerentes entre a técnica utilizada e o assunto discutido e vice-versa, em função de uma construção poética focada na pintura.” “Creio que quase sempre ou quase tudo que discutimos, acabamos falando de nós ou pra nós mesmos. Embora tenha a intenção de trabalhar com a obviedade do cotidiano, com certo imediatismo trivial, acho difícil excluir a subjetividade dentro da construção poética. Nesse sentido, tanto o fluxo biográfico como a narrativa ficcional ocupam um espaço fundamental em meus trabalhos. Isso pode ser percebido, inclusive, na atitude de retornar à minha cidade natal para buscar reviver sensações, ouvir causos - verdades ou mitos - e reconfigurá-los em narrativas, lineares ou não, a partir de realidades experienciadas ou imaginadas.” Fábio Baroli


Fábio Baroli | Porquinho | Óleo e carvão sobre tela | 60cm x 96cm (díptico) | 2012



Fábio Baroli | Bananeira | Óleo e pastel seco sobre tela | 100cm x 160cm (díptico) | 2011


Fábio Baroli | Sujeito da Transgressão #7 | Óleo e carvão sobre tela | 150cm x 220cm (díptico) | 2011


Fábio Baroli |Molecagem | Óleo e carvão sobre tela | 150cm x 220cm (díptico) | 2011


Fábio Baroli | Lar doce lar | Óleo e carvão sobre tela | 180cm x 300cm (tríptico) | 2011



território III “Apesar da abstração se prostrar com tanta potencialidade no século passado, depois de tantos ismos e rupturas na arte, é cada vez mais crescente o número de artistas que adotam o figurativo. Acredito que os artistas que insistem com a pintura, num mundo pós-Duchamp, tiveram que responder a exigências bem mais rígidas. Acredito que muitos se fazem a pergunta: por que pintar hoje? ou até mesmo, o que pintar? Penso que seja essa uma das problemáticas encaradas por este grupo, e a resposta a essa questão vem sendo dada através de obras; a pintura existe como linguagem intrínseca às faculdades do humano. Fala-se de falência, de morte, mas não se pode matar uma linguagem. Acredito que ela é transformada paralelamente à trajetória humana ao longo dos tempos.” “Trabalho com pintura autorreferencial, buscando refletir minha condição enquanto pessoa, enquanto ser, perante a vida. É olhando para o cotidiano que me cerca, que extraio a matéria-prima pra minha obra, sentimentos, condições psíquicas, momentos corriqueiros que são metaforicamente transformados em imagens outras e/ou usando meu próprio corpo como matriz. E é dentro desse espaço ficcional, onde me aproprio de técnicas pictóricas realistas, e sem as amarras do mundo real, que encontro possibilidades para construí-las.” Fábio Magalhães


Fábio Magalhães | Sem título (Série Retratos Íntimos) | Óleo sobre Tela | 140cm x 190 cm | 2010



Fábio Magalhães | Sem Título (Série Retratos Íntimos) | Óleo sobre Tela | 100cm x 130 cm | 2012


Fábio Magalhães | Invólucro V (Série O Grande Corpo) | Óleo sobre Tela | 160cm x 160 cm | 2011


Fábio Magalhães | Sem título (Série Retratos Íntimos) | Óleo sobre Tela | 135cm x 135 cm | 2010


Fábio Magalhães | Trouxas (Alusivo ao Artur Barrio) | Óleo sobre Adesivo Vinil | 200cm x 250 cm | 2010



território IV “Todo gesto de tinta sobre o suporte é signo do subjetivo. O qual fala das escolhas e das novas relações e, portanto, das novas questões que surgem de cada ato. E esses atos são os dados de identidade. Na série que venho desenvolvendo, podemos verificar a temática da violência. Um assunto que está longe de ser visto de forma distante. Na verdade, afirmo que é um tema que só pode ser desenvolvido por quem está mergulhado nessa realidade da banalização do sangue. Encontro imagens recorrentes de corpos dilacerados estampando folhas de jornais e tento reestruturar essas figuras num contexto metódico de construção material e ironias visuais. Mas penso que é em função do medo e da angústia que as imagens vão sendo definidas. São obras que só podem ser definidas ou vividas nesse espaço denso da primeira pessoa.” “Meus interesses em pintura manifestam-se no processo de representação pictórica figurativa. Mas fundamentalmente no dado de subjetividade que esse termo agrega. Em como os meios materiais são empregados para possibilitar ver uma imagem. Numa fatura de substâncias pigmentadas que, definindo formas, carregam valores, conceitos e signos pessoais e universais. Na possibilidade de, imerso no processo de pintar, encontrar caminhos personalizados os quais, por sua vez, dialogam com as vias bem assentadas da pintura e sua história.” Flávio Araújo


Flávio Araújo | Contortions on the ground 1 | Acrílica sobre PS | 20cm x 30cm | 2011



Flávio Araújo | Contortions on the ground 2 | Acrílica sobre PS | 20cm x 30cm | 2011


Flávio Araújo | Contortions on the ground 3 | Acrílica sobre PS | 20cm x 30cm | 2011


Flávio Araújo | Contortions on the ground 4 | Acrílica sobre PS | 20cm x 30cm | 2011



Flávio Araújo | MW | Acrílica sobre PS | 24,5cm x 99cm | 2011


território V “[No meu trabalho,] Tenho migrado de narrativas idiossincráticas domésticas e suas relações com signos e arquétipos universais para o entrecruzamento com historicidade, política, espiritualidade e identidade.” “[Na minha poética] Esses elementos [a subjetividade, o fluxo biográfico e a narrativa ficcional] estão em relação ao signo arquetípico, buscando o entendimento e o desenvolvimento de uma cosmogonia.” Thiago Martins de Melo


Thiago Martins de Melo | CĂŠrbero | Ă“leo sobre tela | 120cm x 80cm |2009


Meu | Óleo sobre tela | 160cm x 120cm (díptico) | 2010


Thiago Martins de Melo | Expulsa succubus, ou afastando quimbas Óleo sobre tela | 260cm x 180cm | 2010 | Coleção Gilberto Chateaubriand



Thiago Martins de Melo | A sodomia da brancura na capelinha do coronel | Óleo sobre tela | 260cm x 180cm | 2012 | Coleção BNB


Territórios Bitu Cassundé

O projeto Territórios faz um recorte significativo da produção recente da pintura brasileira, evidenciando os trabalhos de Daniel Lannes (RJ), Fábio Baroli (MG), Fábio Magalhães (BA), Flávio Araújo (PA) e Thiago Martins de Melo (MA). O grupo apresenta diferentes percursos da linguagem visual. Cada um, a seu modo, manipula um repertório de signos particulares, que desembocam numa dinâmica carregada de elementos na qual o espaço, o lugar, o território são matérias para o exercício de uma produção rica em instâncias subjetivas, onde a relação entre vida e arte se manifesta. Para o filósofo alemão Nietzsche, “Vida” é vontade criadora a partir da arte, uma potência que articula arte e pensamento, uma força que se expande, cresce, gera. O desejo de criar é que impulsiona as resistências da vida, ali o corpo é pensador, espaço centralizador da interpretação e organização do mundo. Ao longo de sua trajetória filosófica, um dos principais eixos foi justamente indicar que o pensamento afirma a vida e a vida ativa o pensamento. O corpo é o agente central para interpretar e organizar o mundo, um ponto de partida, o fio condutor. Viver, para o filosofo, é inventar a partir da experimentação.


Assim como na filosofia, a arte buscou na vida potência criadora para diversas questões, sejam elas estéticas, subjetivas ou relacionais, estiveram diretamente vinculadas ao exercício do fazer plástico. Na arte contemporânea uma das questões mais discutidas é a relação entre “vida x arte”, de como a vida se projeta dentro da poética e se torna um dado fundamental para o desenvolvimento de determinadas pesquisas artísticas, de como a arte se apropria de dados relacionados ao cotidiano, a subjetividade e a construção de uma escrita do seu tempo em primeira pessoa. Nas décadas de 1960 e 70 as transformações culturais na sociedade ocidental sinalizaram mudanças significativas para a vida, a arte e a economia, questões nas quais o termo “pós-moderno” se insere e evidencia, principalmente, transformações na sensibilidade, nas práticas discursivas e na linguagem. Essa condição sociocultural e estética regeu o capitalismo contemporâneo e a crise das ideologias. Diversas leituras tendem a fechar um conceito que articule o “pós-modernismo”, desde o esgotamento das questões modernas, como substituto da modernidade, ou que nada mais é que uma extensão do modernismo. Porém a segunda metade de século XX assistiu a uma ruptura sem precedentes na história, com mudanças por demais significativas no pensamento e nas técnicas. Uma aceleração bastante pontual na tecnologia, comunicação, genética regeu com vigor esse período. Quanto à natureza da linguagem, de modo diferente dos modernistas que pressupunham uma relação rígida e de fácil identificação entre o significado e o meio, os pós-estruturalistas enxergavam esses dois elementos reunindose e separando-se em diversas e contínuas combinações. O impulso é procurar dentro de um texto outros textos, diversas referências residuais, ou seja, uma colagem/montagem, uma heterogeneidade que nos estimula também a produzir significação e sentido. O efeito é quebrar o poder do autor em impor significado, impondo questionamentos aos sistemas fixos de representação.


No Brasil, o início da década de 1980 é marcado pelo embate arte conceitual versus pintura. O caráter intelectual dos anos de 1970 é bastante criticado e há uma reação ao hermetismo que predominava em trabalhos “cabeça”. Evocase uma atmosfera que dialogasse com o contexto social de uma abertura política que se anunciava. A pintura que raiava eufórica na Europa, através de movimentações na Alemanha e Itália se anunciava também pelo Brasil. O epicentro dessas movimentações acontecia na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro. O país atravessava um período político de renovação. A anistia política e a possibilidade de uma democracia que se anunciava gradualmente, produziam um clima de euforia, de mudanças e, assim como a vida, a arte refletia esse espírito. Uma ação que conseguiu sintetizar essa energia de renovação foi a exposição Como Vai Você, Geração 80? *. Três décadas após essa oxigenação experimentada no Brasil, essa técnica milenar se legitima em diferentes perspectivas e em múltiplos territórios. Seja na manutenção do constante aquecimento dos campos comercial e artístico ou pelo grande interesse que ela continua atraindo em diferentes pesquisas artísticas. Esse fato é bastante evidente nessa nova geração que, mesmo regida pelas possibilidades tecnológicas, encontra na pintura suporte vigoroso para novas experimentações e descobertas. O projeto Territórios investiga essa multiplicidade de trajetos que essa linguagem apresenta na contemporaneidade, as especificidades que regem o seu corpo, suas fronteiras e seu lugar. Milton Santos, que tanto investigou a regência de uma geografia que flerta com diversas outras linguagens e estéticas, observa: “O lugar é uma parte do território. O território acaba sendo uma agregação de lugares”, e evoca a potência do cotidiano na formatação desse lugar: “O lugar é o teatro da nova identidade de que se pode realizar menos pela longevidade e mais pela intensidade (...) a definição do lugar depende do cotidiano e a definição do cotidiano depende do lugar”.

* Ocorrida em 1984, no Rio de Janeiro, com curadoria de Marcus Lontra, reuniu um grande recorte da produção daquele período (a exposição era composta por 123 artistas) e evidenciou questões como o retorno da pintura. Essa movimentação refletia tendências do mercado internacional, sob grande influência da Transvanguarda Italiana. Dentre os artistas que participaram, destacam-se: Leonilson, Leda Catunda, Luiz Zerbini, Sérgio Romagnolo, Mônica Nador, Beatriz Milhazes, Ana Maria Tavares, Ricardo Basbaum, Jorge Guinle, Barrão, Daniel Senise e Ana Horta entre outros.


Evoca-se a questão da vida e sua projeção na arte. Os limites entre cotidiano, território e lugar para, só aí, se chegar a natureza da imagem desses pintores, que buscam, em algumas dessas fronteiras ou intersecções, potência para construção de uma visualidade. É nesse lugar onde a escrita ficcional movida por elementos subjetivos, num fluxo fragmentário do biográfico, de uma vida que flerta e seduz por diferentes vertentes, reinventada por narrativas que transformam o espectador num dos elementos integrantes da construção de sentido, que surge a pintura. Uma pintura que transcende o contemplativo e habita o terreno da crítica, da ironia, da perversão, do desejo e do outro.


Territórios

Daniel Lannes (Niterói | RJ, 1981) artista plástico, atualmente mestrando em Linguagens Visuais pela UFRJ. Formado em Comunicação Social pela PUC-RIO. Estudou pintura na State University of New York e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Realizou a exposição individual REPÚBLICA, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-MAM (2011); SALE, na Galeria Choque Cultural, São Paulo (2008); Midnight Paintings, no Centro Cultural São Paulo (2007) e Pão & Circo, no Centro Cultural Cândido Mendes (2006). Dentre as exposições coletivas, destacamse Novíssimos, Galeria de arte IBEU, RJ (2010); Nouvelle Vague, com curadoria de Jacopo Crivelli, na Galeria Laura Marsiaj, RJ (2009); Arquivo Geral, Centro Cultural Justiça Federal, RJ (2008); Painting’s Edge, Riverside Art Museum, Califórnia (2008) e POSIÇÃO 2004, na Escola de Arte Visuais de Parque Lage (2004). Ganhou o prêmio Novíssimos, no Salão de Arte IBEU, RJ (2011). Foi premiado com a bolsa residência no The Idyllwild Arts Painting’s Edge program, Califórnia, EUA (2008) e com uma bolsa de estudos de um ano na State University of New York (2004/05). Possui obras nas coleções particulares de Vik Muniz (RJ), Mariano Marcondes Ferraz (RJ), Zeca Camargo (RJ), Roberto Muylaert (SP), dentre outras. Fábio Baroli (Uberaba | MG, 1981) brasileiro, nasceu em Uberaba, Minas Gerais em 1981, onde vive e trabalha. Graduado em bacharelado em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília - UnB. Desenvolve pesquisa sobre os conceitos da apropriação e do erotismo em sua obra. Ao longo de sua carreira realizou as exposições individuais Vendeta, na Galeria Moura Marsiaj – SP (2012) com curadoria de Bitu Cassundé; Domingo, na Galeria Laura Marsiaj - RJ (2012), com curadoria de Marcelo Campos; Lar Doce Lar, no Centro Cultural Banco do Nordeste da Paraíba (2011); Narrativas Privadas, no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (2010) e Erotismo e Apropriação, no Centro Municipal Adamastor - SP (2010). Participou de coletivas, como Convite à Viagem - Rumos Artes Visuais 2011/2013, no Instituto Itaú Cultural – SP (2012) sob coordenação de Agnaldo Farias; Mostra Coletiva Olheiro da Arte, no Centro Cultural da Justiça Eleitoral - RJ (2010), com curadoria


de Fernando Cocchiarale; Projeto Ocupação Contemporânea, Referência | Galeria de Arte (2010), com curadoria de Marcus Lontra; Arquivo Brasília: cidade imaginário, no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça com curadoria de Renata Azambuja e Brasília Prazer de Pintura, na Galeria Fayga Ostrower da Funarte/MinC (2010), com curadoria de Bené Fonteles. Recebeu prêmios no 10º Prêmio de Arte Contemporânea do Iate Clube de Brasília (2011); 9º Salão de Artes Visuais de Guarulhos (2010) e 28° Salão Arte Pará (2009), dentre outros. Teve a obra publicada em catálogos e revistas, como a Poets and Artists (Poets and Artists - Self Portrait Issue, Estados Unidos, v. 2, n. 6, p. 70, set. 2009). Em 2012 foi indicado ao Prêmio Investidor Profissional de Arte – PIPA. Fábio Magalhães (Tanque Novo | BA, 1982) Trabalha com pintura autorreferencial. Associando metaforicamente imagens do próprio corpo, sentimentos e situações banais, busca ressaltar condições inconcebíveis de serem retratadas, senão por meio de artifícios e distorções da realidade. Nesse sentido, suas obras são o resultado de um modus operandi que parte do universo fotográfico e resulta numa espécie de realidade paralela, materializada no universo da pintura. Na qual, cria contornos de uma realidade perturbadora. Vive e trabalha em Salvador, onde se graduou em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia. Realizou sua primeira exposição individual em 2008, na Galeria de Arte da Aliança Francesa de Salvador. Entre suas principais participações estão: 60º Salão de Abril, em Fortaleza/CE, e 63º Salão Paranaense, em Curitiba/PR, ambos em 2009; XV Salão da Bahia, em Salvador/BA, em 2008; I Bienal do Triângulo, em Uberlândia/MG, no ano de 2007; além da presença constante nos Salões Regionais da Bahia. Em 2010 foi premiado nos Salões: I Salão Semear de Arte Contemporânea, com Prêmio Aquisição e Júri Popular em Aracaju/SE; Salão de Artes Visuais da Bahia, com o Prêmio Fundação Cultural do Estado, em Vitória da Conquista/BA, e Menção Especial em Jequié/BA.

Flávio Cardoso de Araújo (Belém | PA, 1979) Graduado em Educação Artística pela UFPA (2004) e especialista em Semiótica e Cultura Visual pelo Instituto de Ciências da Arte – UFPA (2008). Em 2006, participou da exposição “Coletivo Itinerários − Arte Pública”, e, no ano seguinte, foi premiado no “II Salão da Vida”, realizado no “Memorial dos Povos”. Em 2008, foi contemplado com o Prêmio Aquisição, no 14º Salão Unama de Pequenos Formatos, e ainda obteve, pelo Instituto de Artes do Pará, uma bolsa de estudos Pesquisa Experimentação e Criação Artística, que teve como resultado a exposição individual 1000 Palavras. Selecionado para o projeto de mapeamento artístico nacional, Rumos Artes Visuais 2008-2009. Em 2009 recebeu a Menção Especial do Júri, no Salão Arte Pará. No ano seguinte, foi selecionado no Salão Diário Contemporâneo de Fotografia, no qual recebeu Menção Honrosa. Em novembro de 2011, realizou sua segunda individual (Dead Pixel), na Kunsthaus da cidade de Wiesbaden (Alemanha). Vive e trabalha em Belém. Thiago Martins de Melo (São Luís | MA, 1981) É artista visual, formado em Psicologia (UNICEUMA, 2005), mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento (UFPA, 2008). Vive e trabalha em São Luís. Realizou individuais na Fundação Joaquim Nabuco (2009), Centro Cultural São Paulo (2010) e na galeria Mendes Wood (2011). Em 2011, foi selecionado pelo programa Rumos Artes Visuais 2011-2013, Itaú Cultural; Entre as principais mostras coletivas que participou estão “Zona Tórrida: Uma Certa Pintura do Nordeste” (Santander Cultural, Recife, 2012), “Caos e Efeito”(Itaú Cultural, São Paulo,2011); “Amazônia, a Arte” (Museu Vale, Vila Velha(2010). Recebeu o “Grande Prêmio” do Arte Pará 2008 e o “Prêmio Aquisição” do mesmo salão em 2009. Possui obras nas coleções do Astrup Fearley Museum (Oslo), ThyssenBornemisza Art Contemporary (Viena) e Gilberto ChateaubriandMAM RJ. É representado pela Mendes Wood.


Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Ministra de Estado da Cultura Marta Suplicy Fundação Nacional de Artes Presidente Antonio Grassi Diretora Executiva Myriam Lewin Diretor do Centro de Artes Visuais Francisco de Assis Chaves Bastos (Xico Chaves) Coordenadora do Centro de Artes Visuais Andréa Luiza Paes Coordenador do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011/NE Ivan Pascarelli Coordenadora de Comunicação Camilla Pereira Representante da Funarte Nordeste Naldinho Freire Agradecimentos Fábio Henrique Lima de Almeida – Representante Regional do MinC/ Nordeste Lucio Rodrigues – Chefe Substituto RRNE/MinC

PREFEITURA DO RECIFE Prefeito | João da Costa Bezerra Filho Vice-Prefeito | Milton Coelho SECRETARIA DE CULTURA Secretária | Simone Figueiredo Assessor | Jorge Clésio Diretor Administrativo Setorial | Sérgio Borba FUNDAÇÃO DE CULTURA CIDADE DO RECIFE Diretor Presidente | André Brasileiro Assessor Especial | Luís Cleodon Valença de Melo Assessora | Nena Carvalho Diretora Administrativo-Financeira | Edelaine de Britto Diretor de Desenvolvimento e Descentralização Cultural | Thiago Megale Gerente de Serviços de Artes Visuais | Bárbara Collier

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL Presidente Ary Joel de Abreu Lanzarin Diretores Fernando Passos Luiz Carlos Everton de Farias Manoel Lucena dos Santos Nelson Antonio de Souza Paulo Sérgio Rebouças Ferraro Stélio Gama Lyra Junior Superintendente da Área de Política do Desenvolvimento Rubens Dutra Mota Gerente do Ambiente de Gestão da Cultura Tibico Brasil Gerente Executiva do Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza Tessi Letícia Barbosa Coordenadora de Artes Visuais Jacqueline Medeiros

Distribuição Gratuita, proibida a venda. Este projeto foi contemplado pela Funarte no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011 – Galeria Nordeste de Artes Visuais.



Realização


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.