Book Anegra

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02 Sinopse e Tratamento do Documentário Faremos uma relação entre os caminhos geográficos e os pensamentos que resultam das ações desenvolvidas por cada ponto de cultura. Um contraponto entre a natureza que os cerca, ao nos deslocarmos pelas estradas que nos levam a variedade das ações, imagens e sons inerentes ao próprio trabalho desenvolvido em cada ponto. Criaremos um mosaico de imagens com objetivo de fazer com que todo um povo salte de trás para frente da câmera e que as pessoas se condensem através de várias retinas e do nosso olhar transitório. A intenção é fazer muito mais do que um painel dos locais visitados. É tirar impressões extremamente pessoais que, postas lado a lado, componham um álbum repleto de belas imagens. E assim o filme se estrutura, apresentando histórias e narrativas das pessoas que fazem os pontos de cultura. As entrevistas serão tomadas durante as ações do dia a dia de cada ponto evitando assim o caráter jornalístico tão comum em filmes documentários. A partir do potencial imaginário que desperta a plasticidade e o movimento de cada entrevistado, de cada lugar visitado, provocaremos um impacto visual com a finalidade de promover novos pontos de vista. Para tanto, utilizaremos um apurado material técnico de gravação para captar as imagens. Camera EX3 Sony de alta definição, equipamentos como steadycam e mini grua (mini gib) para que essas ferramentas nos transportem como um trampolim para a libertação de concretude e despertarmos, com maior facilidade, para a entrega subjetiva a qual o filme se propõe.

Durante a pesquisa de campo nosso olhar se voltará às paisagens locais e aos nossos principais protagonistas, que são as ações desenvolvidas em cada ponto. Conheceremos e elegeremos os articuladores locais de cada região, mas, isso não garante que eles sejam os transmissores das ações realizadas cabendo, em alguns momentos, aos próprios participantes das ações e moradores da região onde se situam os pontos a transmissão dos resultados e entendimento do que cada ação representa para a própria comunidade e consequentemente para toda a cadeia de pontos de cultura. Para nós é importante investigar se existe uma relação entre os pontos e que trocas podem surgir dessa relação. A triha sonora será original, composta para o filme. Propomos também um inusitado desenho sonoro onde sons e silêncios expressam a cada momento reflexões e que possam nos guiar a um caminho pouco convencional, distante do que é habitualmente associado ao regionalismo nordestino. O áudio com a voz do entrevistador será suprimida, também como não existirá narrador. O objetivo é a provocação, é estarmos abertos aos golpes de surpresa para tornar nossos personagens interessantes, dessa forma a direção deste documentário evitará trabalhar em atos ou módulos ou capítulos. Transitaremos livremente como um viajante sedento por novas referências e conhecimento.


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