Jornal 360 _ edição 186 - Julho2021

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Jornal 360

bem viver_ A velhice pode ser encarada com naturalidade e ser um período de evolução e desfrute do melhor da vida •p5

nº186

meio ambiente_ Quando

ANO 16

agro_A agricultura prova que mais do que simplicidade o perfil do home do campo é complexo e inteligente •p8

Julho/21

Grátis!

O turismo rural promove a contemplação da vida

foto: Flávia Rocha | 360

Circulação Mensal: 3 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Pontos Rodoviários: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line:

foto: Flávia Rocha | 360

a sustentabilidade entra na pauta do poder público as coisas acontecem •p10

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Até que todos estejamos imunizados com as 2 doses da vacina: USE MÁSCARA!


2 • editorial

Perspectiva

A palavra “perspectiva” tem a sua origem no latim “PERSPECTIVA”, que significa ‘relativo ao que se vê’. O vocábulo latino, por sua vez, é formado pelo prefixo PER- (através, por completo), SPECERE (observar, ver) e, por fim, o sufixo -TIVO (relação ativa ou passiva). A perspectiva como ciência, nos ensina a representar, num plano, os objetos visto a olho nu, de forma forma que eles se apresentem guardadas as distâncias e situações. Modo através do qual alguma coisa é representada ou vista

Essa perspectiva a respeito da minha pequena cidade, a minha amada Santa Cruz do Rio Pardo, foi tomando conta do meu olhar conforme eu vinha para cá, visitar meus pais e curtir a vida ao lado de parentes e amigos, quando vive numa cidade completamente diferente (onde também fui muito feliz), a capital do nosso Estado, com todo o seu tamanho e a sua alma de metrópole, sua diversidade de gente, de ser e estar . Eu vinha para cá e me divertia levando meus sobrinhos para olhar a nossa cidade. Eu propunhas que colocassem suas mãozinhas sobre um dos olhos, formando uma luneta, enquanto o outro permanecia fechado. E os desafiava a achar um lugar “360” bonito. Onde ao girar sobre si trouxesse uma sucessão de imagens perfeitas. Era uma brincadeira muito fácil de fazer, pois nosso horizonte, repleto de natureza, sempre ajuda muito. E a ordem que impera nas cidades também. Entendi a perspectiva muito cedo, através de um livro que já citei aqui neste jornal mais de uma vez, inclusive recentemente. Em “O Frio Pode Ser Quente?”, a autora Jandira Masur ensina a criança que tudo depende de como ela olha. A cada página ilustrada por, aparecia a colher miúda do doce se transformar em gigante quando cheia de xarope amargo, pois a cada exemplo, se concluía que tudo depende do jeito que a gente vê. A perspectiva é algo muito importante no nosso dia a dia e o mais importante é exercitarmos um novo olhar sobre aquilo que acreditamos conhecermos. Olhar uma pessoa que pede à sua porta como um incômodo pode até ser verdadeiro. Assim como é verdade que aquela pessoa está numa situação muito mais difícil que a sua. Ou seja, a perspectiva nos ensina que a ver-

arte:jornal 360 com imagem Pixabay.com

Foi exatamente por observar de um determinado pon-to que este periódico surgiu. A ideia inicial e que delineou o projeto, permanecendo como fio condutor de cada edição até os dias atuais, é mostrar para as pessoas que vivem em pequenas cidades do interior que é possível se realizar sem precisar deixar o lugar onde se vive. Daí nossa opção pelos bons exemplos, pelos acertos. Afinal, é contando boas histórias que pode-mos confirmar o que acreditamos. A gente pode ser feliz onde for. Inclusive num pequeno centro urbano.

Provérbios 22 Vs 4

Ora ação!

“O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, honra e vida.”

dade não é absoluta. Ela é relativa. E isso enriquece o nosso olhar sobre tudo, ampliando nossa base cultural e nosso conhecimento. Esta edição convida o leitor a olhar de um jeito diferente para o que já considera “caso encerrado’”. Olhar com mais empatia, ou seja, se colocando no lugar do outro, dos outros. Um exercício divertido, desafiador e que vai certamente lhe trazer muitas descobertas. A edição traz pontos de vistas, na seção que lhe dá nome, e também nas seções FINANÇAS, sobre uso de cheque especial; BEM VIVER, onde abordamos o envelhecimento; e AGRONEGÓCIO, onde traçamos o perfil do agricultor, celebrado neste mês. Aproveite também para se manter informado sobre a pandemia, em ACONTECE, com os cuidados na hora de tomar vacina; para se divertir com os passatempos de MENINADA e para aprender novas receitas em GASTRONOMIA. Com um olhar crítico sobre a realidade extraindo dela o que há de melhor para tornar seu contato conosco produtivo e prazeroso, lembro da importância de mantermos os procedimentos de segurança, por isso: Use máscara! Como nos lembra a campanha “Depende de Nós”, alertando sobre a importância deste acessório ser bem usado para nos mantermos vivos! Boa Leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

Código de Ética do Jornalismo

Artigo 10º

O jornalista não pode submeter-se a diretrizes contrárias à divulgação correta da informação;

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores›, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Angela Nunes ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, Camila Jovanolli ‹transcrições e comercial›. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - 18900-007 - Santa Cruz do Rio Par-do/SP• 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº186/julho2021


3 • acontece

Saiba quando adiar a vacinação

O caso de uma pessoa que apresentou fortes reações, alerta para a necessidade de se aguardar 30 dias após o início da doença para ser vacinado

Segundo o doutor Jonas Jovanolli, diretor da Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo, que está à frente do combate à pandemia na cidade, o ideal é aguardar os 30 dias, mas não há risco para quem toma antes desse período. “Os efeitos colaterais não serão mais sérios do que a doença, mas tomar a vacina antes desse período pode atrapalhar a imunização que a vacina deveria proporcionar”, informa o médico explicando que neste caso, “fica mais suscetível ao corona antes da segunda dose”. Para evitar essa situação o ideal seria que esta informação fosse coletada no próprio cadastro on line de vacinação, assim como ao passar pelo profissional que checa as informações de quem chega para ser vacinado. Por isso, pesquisamos as divulgações das prefeituras de algumas cidades – Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos e Avaré. Nada consta nos informes que fazem pelas redes sociais. Ciente do caso através desta reportagem, a prefeitura de Santa Cruz imediatamente tratou de colocar a informação em sua divulgação. Também está tomando medidas no sentido de incluir essa questão no momento da vacinação, orientando as pessoas que tiverem tido a doença há menos de 30 dias a aguardar o prazo e procurar depois a Central de Atendimento à Covid para novo agendamento. Em Avaré, a questão já é abordada. “No momento da vacinação, é perguntado ao munícipe se ele teve Covid-19 nos últimos 30 dias. Outro protocolo utilizado pelos profissionais do setor é questionar se a pessoa está com sintomas gripais e se tomou a vacina nos últimos 15 dias”, informa a Secretaria de Saúde de Avaré. Antes dos 30 dias – Sem saber dessa questão, Juliana Aparecida Esteves, fez o cadastro on line e seguiu para o local de vacinação no dia indicado para sua faixa etária. Diagnosticada com Covid há me-

nas e costas, sendo encaminhada para o hospital, onde toma soro e faz exames (após 3 dias inteiros, ela ainda estava impossibilitada de trabalhar, tomando remédios efazendo repouso, quando fechamos esta edição). “Eu não sabia que deveria aguardar 30 dias”, diz Juliana, que já está ciente de que deve aguardar a segunda dose com a devida proteção. Medidas protetivas continuam – A proteção, aliás, continua a ser fator importante para que a pandemia arrefeça. Com a queda no número de mortes entre pessoas vacinadas, é equivocado se pensar que abrir mão da máscara é algo praticável, pois não é. Usar o acessório devidamente e sempre que estiver na convivência com pessoas, mesmo dentro de casa, é essencial, assim como manter as mãos limpas, o distanciamento de pelo menos um metro entre as pessoas e também evitar ambientes sem ventilação. Juliana, por exemplo, contaminou-se em sua casa, já que uma das filhas pegou a Covid d0 namorado.

imagem: pixabay.com

Uma forte gripe. Uma crise de asma. Uma febre. E bem no dia em que você está programada para tomar a vacina contra a COVID-19. O que fazer? Não tenha dúvidas: adiar. Para quem teve Covid, muito importante: é preciso aguardar 30 dias a contar dos primeiros sintomas ou do diagnóstico positivo, em caso de pacientes assintomáticos. É o que indica a Fundação Oswaldo Cruz e o que consta, meio escondido, vale citar, no site da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo.

nos de 30 dias, ao fazer o teste antes de iniciar um novo emprego, ela se manteve assintomática durante o tratamento e foi liberada pela equipe de saúde para trabalhar 12 dias depois, quando um novo teste resultou negativo. Em nenhum momento ela foi orientada a aguardar 30 dias para se vacina. Juliana foi vacinada 23 dias depois de ter testado positivo e apresentou efeitos colaterais que a deixaram de cama e apreensiva, incluindo febre alta, coriza, tosse e muita dor de cabeça e no corpo. Examinada pela UPA da cidade, foi orientada a passar pelo hospital, onde lhe deram medicamentos e indicaram repouso por 48 horas. Passado esse prazo, Juliana ainda apresentava fortes dores nas per-

* O cartaz da prefeitura de Santa Cruz passa a informar o prazo de 30 dias para tomar a vacina em caso de Covid-19 *

Todo cuidado é pouco – Mesmo diante da ótima notícia de queda de mortes em muitos municípios e da crescente vacinação de pessoas com a primeira dose, é muito importante se cuidar, pois muitas pessoas saudáveis, inexplicavelmente, sucumbem à doença chegando a óbito. Quem vive em comunidades onde todos se conhecem sabem o quanto está sendo dramático a perda de tantas pessoas com filhos pequenos e muitas histórias por viver. Por isso, use máscara!


4 • ponto

de vista

Quanto AntiCristo você é? Há mais de 2021 anos, ou há 1998, quando Jesus nasceu e morreu, respectivamente, a história coleciona histórias terríveis a respeito dos crimes que se comete com os menos favorecidos ou com os miseráveis, aqueles que vivem na miséria, sem ter teto, renda, alimento, nada de material que os posso colocar em pé de igualdade com quem tem.

Discordar disso, venho informar, caso não saiba o ilustre leitor, é agir não como cristão, mas como anticristos. Acreditar que é na bala do revólver ou da espingarda que se resolve ou combate a violência criada pela desigualdade social, venho também lhe garantir, é ser um anticristão. Repudiar um líder político por ele ter origem

trabalho social do governo Lula. E acreditar que estaríamos hoje, com um número de óbitos infinitamente menor se fosse ele nosso Presidente.

imagen: arte feita com imagens Pixabay

Jesus – segundo a bíblia, o livro sagrado dos cristão que dizem seguir os passos do Ser iluminado, filho de Maria e de José, só que não seguem, em igreja alguma – defendia o amor ao próximo como a si mesmo. Isso, naturalmente, tiraria de cena forrar de pedras os vãos sob viadutos, onde dormem os seres mais alijados da sociedade, gente como a gente, queira o leitor concordar ou não. Isso é fato. Onde há vida humana, há um ser, que deveria viver neste mundo com todos os direitos que os cidadãos têm.

humilde, proletária é também um claro sinal da hipocrisia daqueles que se ajoelham diante da cruz do homem pobre, descalço, iletrado e sujo que morreu injustamente exatamente por contrariar as expectativas e anseios da elite religiosa e social de seu tempo. Lula, venho também informar, não incomoda por supostos atos ilícitos de seu gov-

erno. Ou não teríamos tantos malufistas apoiando a família não apenas corrupta, mas bandida que tomou o poder supremo do país pelo voto direto. Esse mesmo que ela e seus eleitores costumam criticar com medo de ter que enfrentar o maior líder popular da história desse país e um dos mais reconhecidos e aclamados em todo o mundo moderno. Gostem ou não, não preciso ser petista para reconhecer o papel e o

Não é de Lula, no entanto que este texto trata. Mas da existência absolutamente anti-cristã de milhões de brasileiros. Incluindo pastores, padres e bispos. E eleitores também. Gente que arrota honestidade mas exibe ignorância cívica completa. Gente que se acredita culta e justiceira, mas aplaude e elege um ser abjeto que defende a tortura humana. A mesma que matou Jesus. Apoiar o atual presidente da República do Brasil (sim, no caso dele, em letras minúsculas), é ser antes de mais nada um anticristo. Um ser incapaz de entender que amar ao próximo como a si mesmo é defender a vida. De todos. Inclusive e principalmente em meio a uma pandemia cujos números de casos e óbitos no Brasil só são justificáveis por uma ação assumidamente genocida por parte do governo federal. Que continua, aliás, minimizando, mentindo e matando pessoas inocentes.

*jornalista paulistana que adora o interior

Um jeito caipira de aprender* Aprender é bom. Estudar é, muitas e muitas vezes, chato. Sempre foi assim. Há coisas que aprendemos naturalmente, sem ninguém ensinar. Esse é o jeito gostoso de aprender. Olhar, observar, despertar a curiosidade e ir atrás. Os bebês de hoje olham uma foto e deslizam o dedo para ver a seguinte, como se fosse um celular. Ninguém ensina nada ao bebê, com exceção das coisas que ele não deve fazer. O aprendizado começa com os nãos. Dê um brinquedo ao bebê e ele brinca sem que ninguém ensine. O bebê aprende observando e experimentando. E adora fazer o que os adultos não gostam. Para as crianças tudo é uma brincadeira. Alguns adultos não perdem esse dom. Às vezes os pais querem testar para saber se o filho enxerga bem e passam a perguntar repetidamente o que é isso, o que é aquilo. Assim que a brincadeira fica chata, a criança inventa. Vê um cachorro e diz ser um elefante, um passarinho e diz ser um jacaré, para desespero dos pais. Basta observar o que a criança olha para saber o que ela enxerga. Simples. Se é para testar, seja criativo, desperte a curiosidade e, se é para perguntar, pergunte, por exemplo o que é que aquele jacaré azul está fazendo em cima da árvore.

*Fernanda Lira

*: republicação da edição 138

Participei do Congresso Caipira de Oftalmologia em Ribeirão Preto. O Dr. André é uma dessas pessoas criativas que adora ensinar. Inventou uma Gincana de Oftalmologia, colocou chapéu de palha nos participantes, instituiu prêmios. Cada dupla podia passar uma “bomba”, isto é, uma pergunta difícil, para a dupla que estava ganhando. E todo mundo foi aprendendo e torcendo com a disputa, achando que estava brincando.

cravos e índios. Os anarquistas diziam: “se há governo, eu sou contra”. Há excesso de dinheiro nos governos. Há que se acabar com isso. O que é que a TV nos mostra? Que há excesso de dinheiro nos governos e que a ocasião faz o ladrão. E que os políticos são “baratas tontas” correndo atrás de “migalhas” que espirram das grandes corporações, seus verdadeiros patrões e mandatários do país. Nada mais que isso. Melhor botar um chapéu de palha, olhar as

Há algum tempo tínhamos pessoas no Brasil que apareciam na TV dando bons exemplos e ensinavam desse jeito bom de aprender, observando. Acabou. Não existem mais os bons exemplos. A TV de hoje só mostra a vida bandida dos três poderes. Um horror. A bandidagem dos morros e dos governos. O que aprendemos observando é que quem entra em um desses poderes, mesmo que não seja, torna-se bandido também, passa a gostar da vida bandida e não a larga por nada. Esse não é o nosso país. A TV não mostra mais o nosso país. Mostra os bandidos que tomaram conta dos governos. Nosso país está nos campos, nas indústrias, no trabalho desse povo descendente de imigrantes, es-

*José Mário Rocha de Andrade

plantações, os valores que aprendemos em casa e dar um sonoro adeus a esses políticos canalhas. Rouba, mas faz? Pelo amor de Deus. Chega! Queremos é um jeito caipira de aprender. Pelo menos para os nossos filhos. E um governo com pouco, muito pouco dinheiro. Quem sabe, um dia, voltem os bons exemplos? *médico santa-cruzense radicado em Campinas


5 • bem

viver

Harmonização deve ser feita na alma Desde a tenra idade, quando tomamos consciência do existir, aprendemos que ficaremos velhos. Que nosso corpo perderá a vitalidade gradativamente até o dia que morreremos. Ninguém ainda conseguiu escapar dessa realidade. Por que será, então, que resistimos tanto a ela?

dura na geladeira? Por que, afinal, não podemos ser velhos? Por que até essa palavra é estigmatizada? Usa-se? “melhor idade” para designar a velhice. Ora, essa fase da vida pode ser muito boa, mas não é a melhor, sabemos disso. A melhor idade é aquela em que seu corpo e seu espírito estão ali, alinhados, prontos para o que der e vier. Na velhice, as limitações aparecem. Nosso corpo tenderá a não nos acompanhar mais. Só que isso não precisa ser um problema. Não precisamos mascarar ou disfarçar. Podemos inclusive aproveitar,e muito.

Hoje já conseguimos ter uma perspectiva de vida muito mais longa, o que é ótimo. Também percebemos que o corpo está mais resistente. Mas as dores, as doenças crônicas e incuráveis, a degradação física vai ocorrendo, mais aqui, ali, naquele ponto, no corpo todo. O que podemos fazer? Encarar com leveza é uma alternativa. Adotar uma rotina que contribua para conviver com essas enfermidades e limitações, por exemplo, é um sinal de que estamos de bem com a vida. Essa postura, pelo que se vê nos noticiários e nas redes sociais, tem sido bastante explorada, com aulas de pilates, yoga e outras atividades voltadas para a boa relação do indivíduo com seu corpo. Na alimentação, a natureza se apresenta como a grande aliada da longevidade, com produtos sem agrotóxicos chegando mais e mais às mesas. Até na cosmética, produtos naturais chamam a atenção pela quantidade de oferta e resultados. Nesse cenário, onde o indivíduo procura

* Em destaque da foto, Odette se diverte na festa on line que comemorou 90 anos * viver da melhor forma o envelhecimento, um paradoxo aparece: a avidez por uma aparência jovem. Atualmente, são assustadores os números do mercado da chamada “harmonização facial”, um procedimento estético que promete rejuvenescimento que aparente naturalidade, mas que na realidade tira os traços particulares que temos aqui e ali, que tantos insistem em corrigir por serem imperfeitos. Essa necessidade das pessoas – mulheres

e homens, vale dizer – parecerem eternamente jovens, nos leva a pensar na resistência ao tempo, na não aceitação da natureza humana e na infelicidade que uma ruga, um cabelo branco pode representar. A pergunta que surge é: qual o problema de ficar velho? O moletom usado, não é mais confortável? A bota velha não é mais macia? Aquela torta de natal não fica melhor quanto mais

Quando se fica velho, se percebe que o melhor da vida é poder ser quem você é. Você não precisa mais ser a mais linda, a mais perfeita, a mais agradável. Para quem assume a velhice, é tempo de se dedicar a viver cada dia de forma saudável não apenas em relação ao corpo, mas ao existir. Isso inclui dedicar mais tempo a fazer o mundo ser melhor, nem que seja ao seu redor, pra deixá-lo em paz quando, finalmente, chegar a hora de partir. Minha mãe é um grande modelo de harmonização essencial. Linda, sem nunca passar por qualquer procedimento estético, está aí, vivendo alegremente seus 90 anos. Da modernidade ela aproveita apenas o que a faz feliz: estar perto de quem ama!


• gastronomia

Flávia Rocha Manfrin

Cores quentes para dias frios

Você gosta de sopa? Eu também. Ou seja, depende. Eu gosto de sabor. E muitas vezes ele vem na forma de sopa. O mais gosto desse prato que a gente toma de colher, lembrando o início da infância, quando ainda nos serviam com babador, numa cadeirinha lúdica e ao som de “olha o aviãozinho”, é que ele serve muito bem para aquecer o corpo nos dias mais frios. Talvez por isso resistamos a tomá-lo frio ou gelado.

Mas vamos à receitas, mais uma vez criadas com o que eu tinha na geladeira e na minha “mercearia”, onde guardo os frutos e legumes mais resistentes, que duram mais tempo e não precisam de geladeira, caso das abóboras. A edição traz uma deliciosa sopa alaranjada, feita de abóbora e especiarias. E uma incrivelmente púrpura, feita de legumes de cores quentes. Aproveite enquanto está frio!

Sopa de Abóbora

Sopa Red Velvet

receita de Flávia Rocha Manfrin

receita de Flávia Rocha Manfrin

_Ingredientes: • 1abóbora de qualquer tipo • 2 ou 3 dentes de alho ralado • 1 colher de sopa de gengibre ralado • 1 colher de café de curry • 1 colher de café de colorau • 1 colher de café de açafrão • 200ml de leite de coco • sal e pimenta a gosto _Preparo: Cozinhe a abóbora numa pena normal ou na pressão sem excesso de água, pois ela vai soltar água. Triture a abóbora com um mixer ou no liquidificador. Rale o alho ou esprema e refogue numa panela de fundo grosso, em azeite. Antes que o alho doure e amargue, acrescente uma co-lher do caldo da abóbora para ele cozinhar.... acrescente então a abóbora batida e vá incluindo os temperos, experimentando sempre para chegar a um ponto de sabor do seu agrado. Conclua com o leite de coco. Sirva quente, com lascas de parme-são ou pedaços de queijo meia cura graúdos

Fotos: Flávia Rocha | 360

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Abaixo, as duas sopas misturadas. Muito bom também!

_Ingredientes: • 3 ou 4 tomates maduros • 3 ou 4 cenouras • 3 ou 4 beterrabas • 1 colher de chá de manteiga • 1 colher de café de sal para a água • sal e pimenta a gosto • 1 colher de café de requeijão, creme de leite ou nata • torradinhas para acompanhar _Preparo: Coloque os legumes numa panela devidamente higienizados e cortados em pedaços grandes. Cubra com água e cozinhe. Quando a água ferver, acrescente a manteiga e o sal da água. Cozinhe até os três ingredientes estarem devidamente cozidos. Deixe esfriar um pouco e leve ao liquidificador. Bata tudo. Aqueça um pouquinho de azeite na panela (pode ser a mesma do cozimento) e despeje a mistura batida, peneirando para ficar bem fininho. Ajuste o sal e coloque o requeijão ou creme de leite na hora de servir, diretamente no prato, bem no centro para decorar. É uma sopa de sabor bem delicado,

inclusive pode ser servida para crianças, preferencialmente sem o elemento lácteo.



8 • agronegócio

por Flávia Manfrin

As virtudes do homem do ca

Jogo de cintura – Aqui também poderíamos usar o termo “flexibilidade”. Afinal, sem sempre, ou quase nunca, as coisas saem como o planejado. E não se

* Celso Andrade, conhecido como Cersão, é um produtor que não abre mão das práticas tradicionais de plantio, que atualmente estão em evidência sob o nome de Agrofloresta. Planta tudo junto, onde uma planta protege a outra, sem uso de agrotóxicos. Sua pipoca de milho peruano tem clientes cativos e alcança alta rentabilidade. Em eventos de internacionais sobre alimentos, é sempre uma estrela * trata de incompetência para traçar planos. A agricultura é pontuada por muitas variantes. Se o produtor não for

capaz de mudar de tática, se adaptar e partir para outra cultura, ele estará fadado a ficar para trás e comprometer seu patrimônio.

fFotos: acervo de Marcos Zanette

Resiliência – Palavra em voga atualmente, a resiliência é pressuposto fundamental no agricultor. Afinal, ele sempre corre o risco de não colher o que plantou, de colher muito menos, de ter que lidar com imprevistos climáticos e variações de preços que muitas vezes não chegam a cobrir tudo que investiu. É preciso ser fênix, renascer das cinzas, e encontrar dentro de si a disposição para começar tudo de novo. Com fé, coragem e muito trabalho. Ou seja, a agricultura é para pessoas resilientes, que mesmo diante de grandes embates, se recuperam, sacodem a poeira e dão a volta por cima.

Fotos: Flávia Rocha | 360

Dedicar-se à agricultura não é tarefa fácil. Muito menos simples. Para viver do plantio ou da criação animal, é preciso reunir muitas qualidades, algumas delas, pouco atreladas à imagem do agricultor, mas que são presentes em sua essência de produtor de alimentos ou insumos. Esta reportagem pretende destacar as qualidade necessárias a quem se dispõem à atividade agrícola, numa mistura de homenagem ao Dia do Agricultor, celebrado no dia 28 de julho, e na tentativa de mostrar aos mais jovens o quanto esse caminho é destinado a quem reúne uma série de virtudes. E quais seriam elas?

Conhecimento – Aqui entra uma questão que até pouco tempo atrás, era um grande desafio para quem vive no campo: o acesso à informações de qualidade e


Foto: Flávia Rocha | 360

mpo

* Herdeiro de uma família tradicional do meio rural, Mateus Biazoti Ferrari alia o conhecimento familiar aos ensinamentos que recebe na melhor escola de agronomia da América Latina. a ESALQ-USP, onde estuda. Segurança para inovar agregando qualidade em larga escala e diminuição de custos *

também a estudos. Isso mudou com o advento da internet. A informação precisa, inclusive cercada de debates, está à disposição em todos os canais on line. O que não faltam, inclusive, são grupos de troca de informações, que promovem que todas as dúvidas sejam sanadas e as novidades possam ser comprovadas e postas em prática. Quem não gosta de aprender e prefere ficar insistindo naquilo que já faz, vai perder muitas oportunidades e resultados no universo agrícola, talvez o mais diversificado que existe tantos são os cultivos e criações. Sabedoria – O bom agricultor é aquela que está aberto ao aprendizado, mas não deixa de consultar seus antepassados na hora de tomar decisões e cuidar da terra e dos animais. Quem acha que o que foi feito no passado já não serve mais, deve prestar atenção, por exemplo, no conceito de agrofloresta, uma técnica que está assumindo proporções cada vez maiores no mundo todo, inclusive no Brasil, que na verdade é ancestral: o plantio é feito sem arados, as plantas convivem umas com as outras, inclusive protegendo-se, os custos são reduzidos por não se usar produtos químicos e os resultados são alimentos que fazem bem à saúde e ao bolso, não só pela colheita mais farta, diversa e resistente, mas pela conservação e nutrição do maior bem do agricultor: a terra. Persistência – Não tem como ser um produtor rural sem persistir. São pragas, é o mau tempo, é o preço que cai enquanto você está em pleno plantio.... mas desistir não pode ser algo admissível. Plantou, você tem que ir até o fim. Inclu-

de mudar quando for necessário e empreender novos cultivos para garantir que o seu negócio se mantenha firme.

sive porque o resultado pode ser muito bom. Você pode descobrir novas formas de combater as pragas, o tempo pode mudar e o preço pode subir.

com máquinas cada vez mais sofisticadas, limpar a roça, replantar. Quem produz leite tem que ordenhar o rebanho todos os dias. Não tem nem domingo de folga.

Perspicácia – Para saber a hora de mudar, o momento de vender, de quem comprar e quanto investir, o agricultor precisa ser esperto. No melhor sentido da palavra. Também precisa manter essa esperteza porque diz a lenda que caipira é fácil de enganar. Ledo engano, a turma da roça é a mais sábia e esperta. Só não ostenta, porque não vive de vaidades.

Paciência – Um bom agricultor não é uma pessoa apressada. Talvez isso explique que o produtor rural não seja uma pessoa estressada como ocorre com os executivos de terno e gravata ou empresários a comanda um batalhão de gente. É preciso ser paciente, algo, aliás, que o produto aprende com o próprio trabalho. Afinal, a semente tem que virar muda, a muda virar planta, a planta tem que dar frutos, o fruto tem que amadurecer, depois tem que colher, embalar e entregar. E isso muitas vezes dura cerca de seis meses entre o preparo do plantio e a colheita. Pode durar menos, pode durar mais. Sem paciência, não tem produção.

Comprometimento – O agricultor é uma pessoa de palavra. É bom pagador, é bom patrão, é bom cliente, é bom fornecedor. Isso acontece porque desde cedo ele aprende a se comprometer e a honra suas escolhas, afinal, seu primeiro compromisso é com a terra. O segundo é com o seus cultivo ou com sua criação animal. Por isso, fazer negócio com um agricultor é sempre uma oportunidade de aprender que a gente deve mesmo fazer valer o que se compromete. Das pequenas às grandes questões, tratou, tem que cumprir.

Prudência – Assim como tem gente querendo levar os agricultores no bico, a questão financeira também é muito importante. E dinheiro, como se diz, não aceita desaforo. A prudência é a garantia do produtor rural. Afinal, ele tem que pensar muito bem antes de comprometer sua terra, sua lavoura, seu ganha pão. Ele não tem garantias de bom tempo e bom preço. Hoje, há seguros acessíveis para as lavouras, mas fazer empréstimos em troca da terra, é algo a ser muito bem avaliado. Afinal, pode ser viagem sem volta.

Ousadia – Sem uma boa dose de aventura e risco, não tem como trabalhar na agricultura. Afinal você pode simplesmente não colher o que plantou. E mais de uma, duas, três vezes. A ousadia vai garantir não apenas a permanência do homem no campo, mas também a atitude

Simplicidade – Uma das qualidades mais enriquecedoras da natureza humana, a simplicidade é a marca registrada do agricultor. Por isso, conviver com um ou muitos deles é mais que oportunidade de aprender a ser simples. É uma sorte!

Disposição – Sabe aquela história do caipira preguiçoso? Nem pense que isso é real. Por menos ambicioso seja o produtor rural, ele trabalha todo dia. E muito. E é serviço pesado. De corpo e de mente também. Afinal, ele tem que aprender tudo que há de novo, fazer contas, lidar

* A partir da esquerda, o sistema de plantio em ambiente protegido do produtor Marcos Zanette, de Santa Cruz do Rio Pardo, é adaptado a novas práticas, com o objetivo de diminuir a incidência de pragas e o uso de agrotóxicos. Seus frutos são altamente selecionados e nunca foram devolvidos pelo Ceagesp, para onde vende *


10 • meio

ambiente

fotos: divulgação | PPref.Munic.Avaré

Medidas sustentáveis ganham espaço na gestão pública

* Cartilha de plantio de árvores em PDF e o “Papa Pilhas” * É perfeitamente possível aos poderes públicos colocarem a sustentabilidade em pauta. Além de refletir a expectativa das comunidades sobre qualidade de vida e perspectivas mais saudáveis para o futuro, esse tema também é capaz de se auto promover, se multiplicando em todas as esferas públicas quando começa a ser praticado. Avaré, a cidade de menos de 100 mil habitantes de tradição agropecuária e estância turística tem provado que sabe aproveitar oportunidades para trabalhar o assunto, inclusive reunindo setores diversos em ações simples e eficazes. Vejam os projetos que estão acontecendo neste semestre. Papa Pilha – A Secretaria do Meio Ambiente instalou os “papa-pilhas” na sua sede e na Casa do Cidadão, órgão que disponibiliza uma série de serviços à população. Os recipientes são utilizados para acondicionar pilhas e baterias usadas e seguirão para o devido descarte. A proposta é conscientizar e oferecer alternativa ao público. Sempre é bom lembrar que o descarte incorreto causa a contaminação do solo e de lençóis freáticos. Pilhas e baterias têm em sua composição metais pesados como o chumbo, mercúrio, níquel e cádmio, que podem causar doenças renais, câncer e problemas relacionados ao sistema nervoso central. Educação ambiental 1 – Uma parceria entre as secretarias de Educação e de Meio Ambiente, o projeto visa estimular a consciência ambiental entre estudantes aproveitando a rica biodiversidade disponível em Avaré. As visitas ao Horto Florestal da cidade são divertidas e ensinam enquanto os alunos se reconectam com a natureza. “As secretarias de Educação e Meio Ambiente trabalham por uma educação ambiental pautada na conscientização e na construção de conhecimentos que amenizem e previnam a degradação ambiental”, afirmam os organizadores. Educação Ambiental 2 – A parceria entre as pastas de Educação e de Meio Ambiente também é responsável pela conscientização de estudabntes a respeito da preservação ambiental. Uma palestra sobre prevenção a queimadas entrou na pauta das escolas, com apoio da equipe do Corpo de Bombeiros, responsável pelas apresentações.“Além de provocar danos ambientais graves, as queimadas também causam problemas

respiratórios. Assim, preveni-las e denunciá-las é essencial para o bem-estar de todos”, explicou o 2° sargento Rogério. Como parte da atividade, os alunos puderam observar os equipamentos utilizados no combate a incêndios e os procedimentos são adotados pela corporação.

* A educação ambiental está em pauta em Avaré. Acima, palestra sobre o risco de queimadas. Abaixo, aprendizado prático no Horto *

Cartilha de arborização urbana – Um material bastante detalhado sobre as espécies e condições do local para plantio de árvores em calçadas foi produzida pela Secretaria de Meio Ambiente e está disponível para download no site da prefeitura. O material é tão detalhado que este periódico pediu autorização para divulgar seu conteúdo regularmente nas suas páginas. Procure em www.avare.sp.gov.br. Economia sustentável – Uma ação que certamente vai entrar na pauta de todas as famílias é o Programa IPTU Verde, que garante desconto de até 15% no imposto. Para ser considerada sustentável, a habitação deve ter sistema de captação e reuso de água, aquecimento hidráulico, elétrico ou solar, calçadas verdes e construções ou ampliações feitas com material sustentável, além de coleta seletiva. Para obter o benefício tributário deve-se protocolar o pedido com justificativa até 30/09/21 na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A pasta é a responsável pela emissão do parecer conclusivo sobre a concessão ou não do beneficio. A renovação do pedido deve ser feita anualmente. Info: Secretaria Municipal de Meio Ambiente fica no Horto Florestal (Rua Pernambuco, s/n) –3732-1225.

* Abaixo, imóvel sustentável: 15% a menos no IPTU *


11 • cidadania

fotos: divulgação | Pref. Munic. Avaré

Programa de segurança rural confere destaque a Avaré

O projeto Campo Seguro – Vizinhança Solidária, implantado com sucesso em Avaré, ganhou a atenção do governo do Estado de São Paulo e deve servir de modelo para os municípios paulistas. Criado em 2017, numa parceria entre Polícia Militar, Secretaria Municipal da Agricultura e Abastecimento, Sindicato Rural e Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) de Avaré, o Vizinhança Solidária reúne proprietários, colaboradores, moradores e trabalhadores das áreas rurais do mu-

* Representantes do 53º Batalhão da Polícia Militar e da Patrulha Rural da PM de Avaré participam de reunião na FAESP, em São Paulo, para apresentar o progrma Campo Seguro – Patrulha Soidária *

nicípio em rede social, permitindo a troca rápida e eficiente de informações que chegam diretamente à PM local. Cerca de 810 proprietários rurais já participam da rede de informações, o que tem trazido resultados efetivos na ocorrências que são apuradas pela Patrulha Rural do município.

As medidas, que são bastante simples e têm garantido mais segurança às propriedades rurais de Avaré, foram apresentadas à FAESP – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo – por representantes do 53º Batalhão de Polícia Militar (PM) do Interior de Avaré e Patrulha Rural.

O Campo Seguro complementa a ação através da identificação prévia das propriedades rurais por meio de GPS. A medida, agiliza o atendimento da Patrulha Rural às ocorrências.

Segundo informe da prefeitura de Avaré, “a presidência da FAESP solicitará ao Governo Estadual a implantação do projeto em todo o território paulista, tendo em vista a iniciativa bem-sucedida de-

senvolvida no município”. Como participar – Interessados em aderir ao programa ou em obter informações, devem procurar a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (R. Rio Grande do Sul, nº 1810 – fone (14) 37112578) ou a Patrulha Rural (R. Maneco Dionísio, n° 318, Vila Timóteo). Segundo a Patrulha Rural, embora sejam úteis, as ferramentas não substituem o telefone emergencial da Polícia Militar (190).


12 • finanças

o Mapa da

MINa

Por uma vida financeira mais tranquila! Olá, Pessoal! O nosso tema de hoje é sobre um tipo de empréstimo que pode atrapalhar muito a caminhada no Mapa da Mina para o TESOURO do BEM ESTAR FINANCEIRO. Quase todo mundo que tem conta corrente em um banco, tem um limite de crédito pré-aprovado, é o conhecido CHEQUE ESPECIAL! Angela Nunes

Aí está o tesouro:

Capítulo 6 - cheque especial Quase todo mundo que tem conta corrente em um banco, tem um limite de crédito pré-aprovado para acessar imediatamente se a sua conta “virar”, ou seja, se ficar com o saldo negativo... esse limite é o conhecido CHEQUE ESPECIAL! O ponto de alerta é que o cheque especial, apesar de se muito fácil de ser utilizado, deve ser evitado ao máximo, porque ele tem uma das taxas de juros mais caras do mercado financeiro. É exatamente essa facilidade e disponibilidade, que faz com que ele tenha essas taxas tão altas. Afinal, o banco coloca um dinheiro a nossa disposição e a gente pode usá-lo sem avisar, quando temos alguma emergência. EMERGÊNCIA... aqui está o X da questão sobre o uso do cheque especial! Ele existe para os momentos de emergência e deve ser usado pelo menor prazo possível. Vamos a um exemplo: você está no finalzinho do mês, tipo dia 26, e a sua grana para pagar as despesas do mês praticamente acabou e o seu salário só entra no dia 30. Infelizmente, acontece algo urgente e inesperado, estourou o cano da pia da cozinha e você tem que

jadora Financeira Certificada pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”

Como as taxas cobradas no cheque especial são muito altas, o endividamento vai virando uma bola de neve... vai crescendo mês a mês e vai ficando cada vez mais difícil sair dessa armadilha.

ilustracao 360 | com artes Pixabay.com

Vamos falar sobre CHEQUE ESPECIAL:

Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®, Plane-

chamar e pagar o encanador. Você vai ter o dinheiro para pagar o encanador, mas só no dia 30 e... ele precisa que o pagamento seja feito no próprio dia 26... Fazer o quê? Aí o uso do cheque especial pode fazer sentido. Você nunca usa, é uma emergência, não tem como adiar o conserto, e em poucos dias você vai cobrir o valor que usou. Mas, o que a gente observa é que muitas pessoas usam o cheque especial como um tipo de complemento de salário. Todo mês é a mesma coisa, vai chegando mais para o fim do mês, o salário termina e a pessoa passa a usar o cheque especial para pagar as despesas. Infelizmente, essa é uma das razões do cheque especial ser um dos principais tipos de endividamento das pessoas físicas.

Aqui vale um outro alerta, muitos bancos dão alguns dias de utilização do cheque especial sem cobrar juros, por exemplo, 10 dias sem juros. É importante a gente saber que, na maioria dos casos, se você usar o cheque especial por mais de 10 dias, por exemplo, você usou por 11 dias no mês, os juros serão cobrados por todo o período que você usou o limite de crédito no mês, no caso do exemplo, você vai pagar juros pelos 11 dias. Ah, em geral também, não precisa usar por dias seguidos, o que conta é quantos dias você usou no mês. Voltando para o começo: cheque especial é para emergências... e, como eu já ouvi muita gente falar, “emergência custa caro!” Muito caro.



14 • meninada

Ache no diagrama as 21 palavras e descobra o que que acontece com os estudantes depois das férias PALAVRAS: APONTADOR + APOSTILA + BOLA + BORRACHA + CANETA + CADERNO + CARTERIA + COLA+ COMPASSO + ESQUADRO + ESTOJO + GIS + MARCADOR + MERENDA + MOCHILA + LÁPIS + LÁPIS-DE-COR + LOUSA + LIVRO + RÉGUA + UNIFORME

O Ç L M O S S A P M O C

U D I N G U A Z E C G U

G E M O M E R O A V P R O A N N J E T N H A L N D I A O R O R F E

R R M O H Ç E C R P I

O E B R A P

F N A O D F

I D R C I Ç

H A R M S

L I T S O

I O E S R

N A T E P O T

U F L D D L M L

V I L S U A O E Q

O C O I Q U C R A N

T C O I C V D A U Q

D P D P S G H P J T B

A R E A T L I U A U G E

Ç O N L O S L S G D U Q

E T P I S E A R I E T R

M A R C A D O R L D A V

I O J O T S E P R O V I R O R R A T B R E H C O Z A X I L F E S I E C Z

arte: Sabato Visconti

Não solte fogos e rojões. Eles podem matar nossos pets!

1- Boca da capivara. 2- Pata dianteira do Pingo. 3- Rabo do Pingo. 4- Roda da maca. 5- Unha da capivara. 6- Lista da toalha. 7- Altura da mesa do lanche. 8- Ponta da banana. 9- Asa da xícara. 10- Tamanho do prato do lanche. 11-Cor externa das orelhas da capivara. 12- Vaso ao contrário. 13- Tamanho da placa. 14- Borrifador do perfume. 15- Posição do ventilador. 16- Boca do Pingo

Ache as 15 diferenças!




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