Ano 20 • nº 1183 • 02 a 04 de Junho de 2010

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02 a 04 de Junho de 2010

Robinho promete ensinar dancinhas à Seleção “cintura dura”

Valcke ironiza reclamação: “querem pôr a culpa na bola”

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atacante Robinho foi a principal atração do dia na entrevista coletiva da Seleção Brasileira antes do amistoso contra o Zimbábue. O desempenho do craque no treino da última segunda-feira, quando pedalou e entortou o zagueiro Luisão, foi um ‘trailer’ do possível show à parte esperado do ‘Rei das Pedaladas’ antes da estreia na Copa do Mundo, em 15 de junho, contra a Coreia do Norte, no Estádio Ellis Park. Maestro das dancinhas do Santos, Robinho revelou que pretende ensaiar alguns passinhos com a Seleção, mas fez críticas aos candidatos. "Tem muito cintura dura na Seleção, o Kaká, o Fabuloso, mas vamos tentar", sorriu o craque. Por falar em cintura dura, Robinho assumiu que a Seleção de 2006, da qual era reserva, era mais estrelada do que a atual. "A outra Seleção era mais badalada do que essa pelos nomes que tinha, mas esperamos que essa, sem muita badalação, conquiste o título". Bola - Robinho foi mais um a entrar na lista dos jogadores que criticaram Jabulani, a bola oficial da Copa do Mundo. Ele endossou as palavras de Julio Cesar, Luis Fabiano, Julio Baptista e Felipe Melo. Só não quis colocar apelido. "A bola é muito ruim, mas fazer o que. Temos que jogar com ela. O cara que fez a bola nunca jogou futebol. Até eu, que não tenho muita força nos pés, estou me sentindo um Roberto Carlos.

Edição 1183 –

Jerome Valcke rebateu as críticas dos jogadores brasileiros sobre a bola da Copa

Segundo Valcke, as críticas serão irrelevantes se o Brasil ganhar a Copa

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secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, comentou em entrevista após reunião do Comitê Organizador da Copa de 2010, nesta terça-feira (1), sobre a polêmica envolvendo a bola oficial do mundial, Jabulani. O objeto foi motivo de

Argentina vai chegar atrás do Brasil, diz Felipe Melo

reclamações de vários jogadores brasileiros, que o chamaram de "sobrenatural", "bola de supermercado" e até "patricinha". Segundo Valcke, as críticas serão irrelevantes se o Brasil ganhar a Copa. "Não sou um jogador, portanto não posso dar a opinião como especialista. As bolas foram entregues para as seleções em fevereiro. Agora que está chegando próximo da Copa, as equipes têm que procurar algum tipo de reclamação,

mostrar algum medo. Não dá para satisfazer todo mundo. Estão pondo a culpa na bola. Se não fosse com a bola seria com o gramado, e assim por diante. Se o Brasil vencer o Mundial, tenho certeza que essas reclamações acabam", disse o secretário. Valcke afirmou ainda que a bola é semelhante à usada na Alemanha quatro anos atrás, e acredita que logo as críticas irão cessar. "Esta é a bola que vai ser usada na Copa do Mundo. É a bola parecido com a que usamos em 2006 na Alemanha. É praticamente a mesmo bola. Se o Brasil começar a marcar (gols), sei que não vão reclamar. Ganhando o Mundial todos vão tomar um monte de caipirinha, festejar e a questão da bola não importará", completou. Questionado se acha que a Seleção comandada por Dunga vencerá o Mundial, mesmo com as reclamações da bola, o secretário geral da Fifa se esquivou. "O Brasil tem uma chance em 32 de ganhar a Copa do Mundo". Diversos jogadores do Brasil e também de outras seleções criticaram a bola da Copa. O goleiro Júlio César, o atacante Luis Fabiano e o volante Felipe Melo estão entre os que desaprovaram publicamente a Jabulani. "A outra bola é igual a uma mulher de malandro", disse Felipe Melo, em referência ao material utilizado normalmente por ele no Campeonato Italiano e na Liga dos Campeões da Europa. "Essa (a Jabulani) é igual a uma patricinha: não quer ser chutada", comparou o volante na última segunda-feira, em entrevista concedida na concentração da Seleção Brasileira.

Ramires assume nervosismo antes do início da Copa Volante Ramires é atualmente reserva da Seleção Brasileira

R Felipe Melo lembrou que jamais acreditou que a Argentina não se classificaria à Copa

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pesar das dificuldades encontradas nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, a Argentina realizará boas exibições na África do Sul. A previsão é do volante Felipe Melo, que, entretanto, já adianta que o time comandado por Diego Maradona terminará o Mundial atrás da Seleção Brasileira. Em entrevista nesta segunda-feira em Johannesburgo, Felipe Melo lembrou que jamais acreditou que a Argentina não se classificaria à Copa, ainda que a equipe só tenha confirmado sua vaga na última rodada das Eliminatórias - venceu o Uruguai fora de

casa por 1 a 0. "(A equipe) merecem respeito pela tradição e pelos jogadores que tem. Tenho certeza de que vai fazer bonito na Copa do Mundo, mas vai chegar atrás do Brasil, se Deus quiser", afirmou. Caso argentinos e brasileiros liderem seus grupos ou sejam ambos os segundos colocados na primeira fase do Mundial, os rivais só poderiam se encontrar somente na final da competição. Já se avançarem ao mata-mata em posições diferentes em suas chaves, um eventual confronto seria antecipado para a semifinal.

amires, atualmente reserva da Seleção Brasileira que se prepara para a disputa da Copa do Mundo da África do Sul, assumiu o nervosismo antes do início da competição. Jogador mais jovem do elenco, o volante, 23 anos, já esteve muito mais descontraído do que, por exemplo, na entrevista desta segunda-feira, em Johannesburgo. "Ansiedade e nervosismo existem. Da outra vez pode ser que estivesse mais descontraído. Agora é diferente, é nervosismo mesmo, tensão. No decorrer nós vamos nos soltando mais. Quem sabe na próxima eu esteja mais solto", disse. Reconhecidamente "tenso", Ramires não se soltou na conversa com os repórteres e deu várias respostas curtas. Para se defender, no entanto, ele lembrou que também teve dificuldades para controlar os nervos em sua estreia pela Seleção Brasileira, na vitória por 4 a 0 fora de casa sobre o Uruguai pelas Eliminatórias do Mundial, em junho de 2009. Isso não o atrapalhou, no entanto, de ir

"Ansiedade e nervosismo existem", diz Ramires

a campo no segundo tempo e ter uma boa participação. "Quando eu fui chamado pela primeira vez para a Seleção, contra o Uruguai, eu estava nervoso, (mas) deu tudo certo. Acabou que entrei no jogo e ainda e ajudei a Seleção", contou o meio-campista, em referência à visita a Montevidéu. Titular em quatro das cinco partidas da última Copa das Confederações, Ramires parece mesmo ter voltado à reserva. No treinamento de domingo em Johannesburgo, ele viu Elano receber o colete de titular.


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