Cinturao Negro Revista Portugues 328 Janeiro Parte 2 2017

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As técnicas de Chin Na requerem de um profundo estudo não só das articulações como também da anatomia em geral. Chin quer dizer, “captura” y Na significa “controlar”. Então podemos dizer que Chin Na são aquelas técnicas de agarre, pressão, deslocamento, mediante as quais podemos controlar o nosso oponente numa situação de defesa. As técnicas de Chin Na de Shaolin, se utilizam para neutralizar ou interromper um ataque. Se bem as suas origens datam praticamente da fundação do Templo Shaolin, sabe-se a ciência certa, que já durante a última dinastia chinesa, as técnicas de Chin Na eram muito populares na povoação em geral, pelo que durante esta época, as técnicas de captura e controlo viveram o seu momento de álgido e de expansão. A prática do Chin-na deve realizar-se dando um maior ênfase a desenvolver o controlo e a sensibilidade necessária para deixar um atacante indefeso, mediante qualquer dos 5 princípios do Chin Na: Desgarro do músculo ou do tendão. Colocação incorrecta do osso, bloquear ou cortar a respiração, o bloqueio de uma veia ou artéria, apertando com o pulso um canal de Qi.

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Se os gatunos soubessem das vantagens de serem honestos, seriam honestos até por conveniência Basilio Antonio Tucci Salvi

eu pai faleceu sendo eu criança, mas muitas coisas da sua personalidade, transcenderam a sua existência na Terra para chegarem até mim, a maioria das vezes devido ao maravilhoso reflexo que ele soube deixar em outras pessoas. Encantador, homem perspicaz, de grande presença e simpatia, deixou muitas e boas marcas naqueles que o trataram. Apesar de ter editado muitos e importantes títulos durante a sua vida, incluídos os clássicos espanhóis, não era homem de escrever o deixar sentenças, no entanto há una frase que repetia e que me marcou desde a primeira vez que a escutei à minha mãe, recordando-o. Era assim:

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“Se os gatunos soubessem das vantagens de ser honesto, seriam honestos até por conveniência”

Nunca fui um homem moralista, antes sim, tenho considerado toda moral um estorvo, tal como em linhas gerais esta é entendida. Por isso, as sentenças morais nunca foram santo da minha devoção. A moral, entendida esta como um grupo de normas em consenso, com respeito a alguma ideologia ou doutrina, para dirigir o comportamento público dos indivíduos, me pareciam mas um inconveniente para o crescimento individual e colectivo, que um apoio ao mesmo. A moral (do gen. Latim moris, “costume”, e daí morālis, “o relativo a usos e costumes”) é simplesmente coisa que desprezei logo que tive uso de razão. O consenso social carecia de valor para mim e para a minha geração; saíamos de uma ditadura na Espanha, um tempo onde a religião cristã e os seus preceitos, os percebíamos como una carga castradora de uma vida a branco e preto, que definitivamente todos nós sonhávamos que fosse a cores. Tiveram de passar muitos anos para que a maturidade fizesse ninho em mim e tivesse a capacidade de aprofundar mais neste ponto. Primeiro compreendi a conveniência, utilidade e necessidade das normas, pois se bem ao campo não se podem pôr portas, visto o visto do género humano (eu pensava que os outros eram tão bons como a minha família e os meus amigos!), convinha encaminhar tantas e variadas humanas paixões e só se podia fazer isso à base de pau e cenoura. O caos como alternativa, não parecia uma boa ideia. No entanto, sempre e até hoje, ainda é assim, defendi que quanto menos legislação, mais liberdade, defendi (e ainda o faço) que as opiniões acerca do que é politicamente correcto, são de cada um, mas não temos direito nem as devemos impor aos outros, com a sempre suspeita desculpa de o fazermos “pelo bem comum”. Ainda hoje, as minhas tripas protestam quando penso que o “pai” estado acredita ter o direito de me multar se eu não quero usar o cinto de segurança no automóvel, pois por mais que eu o fizer por vontade próprio, o fizer por autoprotecção, ele não pode patrocinar-me no uso do meu corpo, ¡que definitivamente é meu! e não um bem que me

“Não podemos fingir o que não somos, de uma maneira contínua. Por isso, o melhor é a verdade. Ela nos poupa energia e sem energia, os homens só somos um predaço de carne! Huang Ta chung

tenha sido concedido em usufruto, até o meu falecimento, pela generosidade do seu suposto “verdadeiro” proprietário, o Estado, momento no qual, os meus herdeiros terão certamente de gastarem una fortuna para se desfazerem dos meus restos. Nem sequer existe aqui “o dano a terceiros” como desculpa e se o que apresentam para me obrigarem a comungar com suas “rodas de moinho são os pagamentos e despesas sanitárias que poderiam causar tais condições, então que me ofereçam a opção, se estiver em plenas faculdades, de sair da segurança social e eu procurarei um seguro privado, se for necessário..., mas lhes não reconheço o seu direito nesta matéria, assim como o não faço em tantas outras. O Estado moderno possui o monopólio de filibusteiro, antes divididos em grupos mais pequenos, “as partidas” (diz-se dos grupos de saqueadores que ao campo se lançavam para assaltar viageiros, roubando suas propriedades o exigindo pagar por passar pelo seu território) e que por sua vez, também utilizam os grupos que se dedicam à política. Impor a outros, ou tratar de o fazer, as nossas ideias, por muito boas que estas nos possam parecer, é um Karma que eu não quero assumir. O meu Mestre de pintura, génio e figura, homo sexual declarado, repetia sempre o velho adágio: “Que cada um faça de sua capa um saio” e juntava: “e do seu rabo um floreiro!”. As costumes, (moris), mudam; a própria lei, só é um reflexo das mesmas e até vão anos por detrás destas. As cadeias de injustiças que se geram são enormes e não é infrequente que aquilo que apregoam procurar com suas proclamações, seja justamente o oposto ao que conseguem com a dita promulgação. A liberdade é o caldo de cultivo mais importante que temos os indivíduos para crescer. Exercê-la é ter o direito a aprender, pois não se aprende sem nos enganarmos. Proibir é a melhor maneira de dar carta de natureza às coisas... Vejamos se não, o caso da prostituição, as drogas o a homosexualidade, proibidas mil vezes ao longo da história, e inclusivamente ainda hoje na maioria dos países. A estupidez humana é quase infinita e o caminho ao inferno frequentemente está empedrado de boas intenções. Mas, quando de moral falamos querendo dizer ética e indo ainda mais longe, quando do que falamos é da sua raiz “Ethos” (carácter, pessoalidade), esta se torna um artigo privado, que embelece e enfeita o nosso espírito. Se a ética estuda a conduta humana, o ethos é esse conjunto de características que nos definem como indivíduos. Tal e como definem a moral os Oita, os velhos sábios do povo Shizen, esta encaixa muito mais com um Ethos que com a moralidade. Para os Oita, a moral é esse conjunto de normas que o individuo segue, não por medo aos castigos ou à opinião dos outros, mas sim porque ele mesmo assim decide; é afinal, aquilo que o indivíduo faria, mesmo quando ninguém o poder ver.


Esta ideia disso que mal denominamos moral (pois os termos e a sua raiz levam em si mesmos um sentido objectivo, que não podemos obviar no contexto sempre complexo e divergente chamado comunicação), é uma ideia e um conceito de grande valia no meu posicionamento actual como pessoa. A maioria das pessoas não sabem até que ponto o meu pai estava no certo em sua afirmação. No meu contacto com as pessoas, vejo isso a cada día; quantas pessoas têm perdido grandes oportunidades na vida, por carecerem de Ethos, por agirem por vias “pequenas” perante decisões grandes, e ao contrário, quantas, sendo pequenas, se fizeram grandes a olhos dos outros e do mundo, mostrando seu Ethos e com ele, a grandeza do seu carácter, por agirem com critérios sólidos, em vez de por simples conveniência. O conveniente, como implicitamente dizia meu pai, está paradoxalmente em “ser” e não em “parecer”. A honradez, respeitando outros, atrai a justa e positiva consideração dos outros e o seu respeito, pois o homem, esse animal social, por indefeso, por débil, sempre necessitará dos outros. Até os macacos dão presentes para traçar alianças! Os homens podemos ir um pouco mais além... Não acham? Afinal, a grande Lei sempre se cumpre: Dentro de um mesmo plano, sempre atraímos o mesmo que emanamos. Mesmo que seja por conveniência, considerem a proposta inicial… Sejamos honrados... e nos honrarão!




Talvez o facto de ser mulher não seja condição suficiente, mas sim necessária, para ter um ponto de partida que de maneira natural, permita realmente agir, focando a questão da auto-defesa feminina. É um facto assumido nos nossos dias, que as mulheres interpretam o mundo de maneira completamente diferente que os homens e devo juntar, por própria experiência em todos estes anos como director desta revista, que o mundo Marcial, em termos gerais, é marcadamente masculino e não poucas vezes machista. Nesta questão, os Mestres têm tendência a proteger suas alunas e talvez por isso, poucas vezes os sistemas de defensa femininos não são isso... femininos... Se as mulheres têm tomado o comando em tantas coisas no mundo moderno, é justo e necessário numa coisa tão básica e fundamental, como é a auto-defesa, também o façam. Ninguém melhor que Trina Pellegrini, que não só tem contado com uma formação extraordinária desde o seu lugar como casal desse “grande” que é o seu marido John, com também porque ele, apesar da sua masculinidade, por sua maturidade tem sabido situar-se no justo lugar, para que ela encontre o seu caminho. Além disto, Trina tem a motivação de ter estado em nos dois lados. As más experiências podem, ainda sendo más, deixar -nos lições, compreensão, empatia e compaixão para poder agir com outros que estiverem no lugar onde já estivemos... Trina possui tudo isso, assim como a força de superação e o conhecimento técnico para dar forma a um sistema eficiente e centrado na natureza, na maneira d pensar, na psicologia e natureza de uma mulher, perante um evento terrível, demasiadamente frequente para ser ignorado; para tudo isso, ela parte também de um ponto extraordinariamente lúcido: Ser vitima não é uma opção! Alfredo Tucci


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Defesa Pessoal


Mais vítimas, não!

UMA MENSAGEM DE FORTALECIMENTO Pela Mestra Trina Pellegrini

Todos os dias leio as notícias (não da maneira tradicional em um JORNAL, mas sim na Internet, e procuro histórias relevantes para o meu trabalho: especificamente, histórias de crimes perpetrados contra mulheres. Lamentavelmente, nunca tenho de procurar muito, nem muito tempo... A cada dia encontro várias histórias lacerantes, de mulheres vitimizadas por todo o mundo (geralmente vítimas de homens), de muitas maneiras diferentes: agressões, violência doméstica, violações, abusos, roubos, sequestros, torturas, assassinatos... A lista é repugnante! Também leio os livros de crimes verdadeiros e assisto a muitos programas de televisão que tratam de histórias reais de crimes. Por vezes não durmo bem, por todas as coisas horríveis que vejo! Mas, porque leio e procuro essas histórias tristes? Porque aprendo delas e depois posso ensinar a outras mulheres, aquilo que eu aprendo. O que eu aprendo dessas historias, acostuma a ser o que NÃO se deve de fazer ou quais as coisas a evitar. Também analiso cada caso, para termos estratégias e tácticas para prevenir, combater e escapar de situações similares. Tenho

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Defesa Pessoal feito disto a minha missão na vida, para ajudar a tantas mulheres como me seja possível, a não serem vítimas da violência. E levo o meu trabalho muito a sério, com uma determinação decidida. Me sento diante da televisão e vejo programas com um caderno, onde vou tomando nota sobre um caso ou situação em especial. Me sinto feliz de poder fazer uma pausa na TV, e agora estar aqui em vivo! Frequentemente, mais tarde vejo se posso encontrar mais pormenores do que acabo de ver. É muito desalentador ver que em muitos casos, o crime poderia ter sido evitado, bastando que as mulheres tivessem tido algumas habilidades básicas para se defenderem. Ao longo da minha vida, tenho visto abusos e assaltos violentos, mas não é isso o que me capacita para fazer o que faço, só me ajuda a compreender melhor o que é ser uma vítima e ser capaz de me relacionar com as mulheres que também tenham sido vítimas. O que me qualifica são 25 anos de estudo, pesquisa e treino na área da Auto-defesa.


Mais vítimas, não!

“É muito desalentador ver que em muitos casos, o crime poderia ter sido evitado se as mulheres tivessem algumas habilidades básicas para defender-se”

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Mais vítimas, não!

www.unafraidwomen.com Foi meu destino conhecer e vie a ser a mulher de um homem que tem dedicado a sua vida ao estudo e o ensino da auto-defesa realista e efectiva. A seu lado, durante muitos anos, aprendi e absorvi o conhecimento como uma esponja, com a esperança de que, um dia, eu seria capaz de ensinar a outros e assim fazer uma contribuição positiva. O meu marido, John Pellegrini, Fundador do Combat Hapkido, é uma celebridade das Artes Marciais, respeitado e admirado em todo o mundo e foi ele quem me inspirou e motivou para conseguir as minhas metas. À diferença de outros homens famosos, ele não se contentava com fazer-me continuar à sua sombra. Queria que eu encontrasse a minha própria paixão, que criasse o mi próprio caminho e tivesse sucesso no que resolve-se seguir e eu me comprometi a desenvolver um sistema de defesa própria, especificamente desenhado para mulheres. Logicamente, há quem (homens e mulheres) frequentemente mostram sua oposição a um sistema criado só para as mulheres. A fim de contas, as mulheres podem unir-se a uma escola de Artes Marciais e aprender a defender-se como fazem todos. Não alcançamos finalmente a igualdade? Então porque


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devemos ser tratadas de maneira diferente ou especial? Bem, é muito conveniente e também falso, pensarmos na "igualdade" neste contexto. Não estamos falando de "igualdade de remuneração" ou igualdade de direitos. Ninguém poderia discutir os méritos da igualdade nessas áreas. Do que estamos falando é de diferenças físicas e psicológicas demasiadamente reais, entre homens e mulheres, e de como essas diferenças se relacionam com a violência, o abuso e a vitimização. Os homens e as mulheres não são definitivamente iguais nesta matéria e as notícias do dia-a-dia e as estadísticas dos delitos, mostram isso. Mas também estamos falando de mulheres que foram violadas ou padeceram abusos, e que absolutamente, não podem nem suportar a ideia de estarem em um mesmo quarto com um homem, durante o treino! Em termos gerais, os homens não acostumam a ser vítimas de abuso doméstico, não são agredidos sexualmente ou violentados e

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Mais vítimas, não! “As mulheres não só são fisicamente menos poderosas que os homens, como também estão condicionadas desde que nascem, para serem mais delicadas, menos agressivas e evitar actividades, jogos e desportos que se percebem como violentos ou combativos”

não são sequestrados, torturados e assassinados. Certo que os homens também são vítimas de crimes e violência, mas de uma natureza diferente e por diferentes motivos, e o seu treino físico, educação, prática de desportos de contacto, ou o treino militar, contribuem na sua vontade e capacidade de lutar. As mulheres não só são fisicamente menos poderosas que os homens, também estão condicionadas desde que nascem, para serem mais delicadas, menos agressivas e evitar actividades, jogos e desportos que se interpretam como "violentos" ou combativos. Para nós, as mulheres, a auto-defesa começa em nossa mente. Temos que aprender a que nos permita lutar. Durante muito tempo, temos escutado: "Faz o que o teu atacante mandar, não lutes e talvez te deixe ir!”. Afortunadamente, as pessoas têm deixado de dizer isto! Com tudo isto quero dizer que quando criei o meu sistema de auto-defesa para as mulheres, quis fazer mais do que elaborar um programa de técnicas efectivas, fáceis de aprender e sem obstáculos; eu queria criar um programa completo, que incluísse outros constituintes essenciais: • Consciência da situação • Níveis de acondicionamento da alerta



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“Claro está que há quem (homens e mulheres) se opõem fortemente à ideia de um sistema criado só para as mulheres”

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• Armas improvisadas • Escapes tácticos • Incentivar a confiança • Informação de saúde e bem-estar • Assistência a Vítimas e Recursos • Fontes de produtos e serviços relacionados • Estadísticas e dados da delinquência

É por isto que nasceu TRU, o meu sistema: para FORTALECER as mulheres, para proporcionar-lhes as ferramentas necessárias para prevenir ou escapar de um ataque, ou quando é inevitável, lutar com êxito. O acrónimo TRU significa "Trained- Ready-Unafraid" (Treinadapreparada-sem medo). Treinada Antes de que poder lutar contra um agressor, deve ser treinada a sua mentalidade e as técnicas de auto-defesa que ensinamos. Estas cobrem a maioria dos tipos de ataque, incluindo o solo e as armas. Ensinamos principalmente em seminários e aulas dadas pelos Instrutores Certificados de TRU. Também oferecemos o nosso curso básico em DVD, mas o treino prático, é o melhor. Preparada "O Conhecimento é Poder!" Temos de conhecer o meio, os possíveis perigos e as situações de desdobramento. A mulher deve estar preparada para agir. Não dar ao atacante a vantagem do elemento surpresa. Estar sempre preparada e em alerta.


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Sem medo NUNCA os devem sentir ou pensar em nelas mesmas, como uma vítima. Devem ter o coração de uma tigresa. Comecem por desenvolver uma forte confiança em si mesmas, nas suas habilidades e com uma absoluta vontade de sobreviver. Renderse à violência, nunca é uma opção!!! TRU é mais que um grande sistema de auto-defesa, é uma fórmula para o fortalecimento pessoal. Nos meus seminários, a parte da minha conferência é frequentemente mais significativa para as mulheres que as próprias técnicas reais. Elas sabem que compreendo seus traumas passados, que conheço seus temores secretos, que compartilho suas experiências e porque "falo como elas falam", se sentem inspiradas, motivadas e acima de tudo, se sentem fortalecidas (em alguns casos, pela primeira vez na sua vida!). Esta é uma das partes mais gratificantes do meu trabalho! Rimos muito nos meus seminários, mas por vezes também há lágrimas. Discutimos coisas que nunca poderíamos discutir se houvesse homens presentes.

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Defesa Pessoal “A mulher nunca deve sentir-se ou pensar em si mesma como uma vítima. Ela deve ter o coração de uma tigresa”


A TRU tem sido tão bem recebida por todo lado em que a tenho apresentado, que resolvi oferecer oportunidades de ensino a mulheres competentes, sinceras e seriamente dedicadas. A partir de 2017, darei cursos para diplomar os Instrutores da TRU, para que possam ajudar a difusão na nossa mensagem de fortalecimento em todo o mundo. O meu primeiro curso está programado para os dias 4 e 5 de Março, em Gaisburg, Illinois (E.U.A.). Também estou entusiasmada com vários outros projectos de TRU, que estão em marcha e que anunciarei num futuro próximo. Me sinto agradecida que a minha vida me tenha dado esta oportunidade de ajudar as mulheres a prevenir, escapar e lutar contra a violência. É uma responsabilidade enorme, que eu aceito com gosto. Também quero agradecer a todos os amigos que têm ajudado a dar vida à TRU, por acreditarem em mim e apoiarem os meus esforços. Um agradecimento especial ao meu marido, que sempre me animou e me aconselhou em cada passo do caminho. E "¡obrigada!" ao meu querido amigo Alfredo Tucci, editor da revista Cinturão Negro - Budo International, por me oferecer seu respeitado foro, para poder transmitir esta mensagem de fortalecimento, às mulheres do mundo. Se desejarem ter mais informação, visitem a minha web: www.unafraidwomen.com e registem-se para receber o nosso boletim de notícias! Também me podem seguir em Facebook, em Unafraid Women, Instagram: unafraidwomen e Twitter @unafraidwomen

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Artes do Japão

Várias são as pessoas que me dizem ter sonhado com espadas, armas medievais e de uma maneira ou de outra, buscam uma explicação. A espada sempre foi um objecto mítico e místico no universo masculino. A palavra espada. no dicionário do português de Portugal, é oriunda do Lat. spatha < Gr. Spáthe s. f., arma composta de punho, copos e uma folha de aço mais ou menos comprida e pontiaguda; variedade de peixe; fig., a vida militar; Taur., matador de touros; por extensão: indivíduo exímio em qualquer coisa; g í r. , a u t o m ó v e l d e l i n h a s aerodinâmicas; (no pl.).


Bugei

“Muitos alunos que se tornaram grandes professores, descobriram nesta forma de observação que, durante um combate, vida e morte se misturam”

“Kansatsu que em japonês significa observação, é o momento em que o aluno descobre que pode observar; que entende as movimentações alheias. É a separação da mente e do cérebro”


Artes do Japão

e olharmos pelo lado do militarismo, todos possuímos o lado corajoso que nos impulsiona a lutar pelos nossos objectivos. Todavia, o homem que carregava as espadas no Japão tinha como definição “aquele que serve” – Samurai. Isso significa que o primeiro passo no aprendizado do Kenjutsu é servir, resolver esta distância que estabelecemos entre o orgulho e a humildade. O acto de aprender é totalmente desprovido de orgulho ou arrogância. Significa, para o caminho da espada, rendição, controle das distâncias externas e internas. Muitos acreditam que existem apenas “Ma-ai” externas, diante do oponente. Contrariamente a isso, o Ma-ai se inicia em nosso interior e se manifesta de maneira externa.

S

“Se acalmar a mente detendo seu movimento, essa quietude fará movê-lo ainda mais.”

Podemos dizer analogamente, que o nosso interior é como se fosse uma grande montanha. Para o Zen, no capítulo 62 do Shôbôgenzô de Dôgen Zenji (1200-1253), a montanha tem uma virtude à que nada falta, ela é absoluta em si mesma: por isto mesmo, apesar dela estar firmemente estabelecida no solo, está contudo sempre se movendo. A mente interior diante da espada, é consciente de sua movimentação.

“Acalmar a mente detendo seu movimento, essa quietude fará move-la ainda mais”


Bugei


Bugei

O Ma-ai é capaz de estabelecer a eternidade do momento, em um único movimento. Este "movimento" a que se referia Dokai, é a essência de todo movimento. Contudo, quem está na montanha não tem consciência deste movimento. Aqueles que não são capazes de ver esta montanha pelo menos uma vez, não podem compreender, ver ou ouvir este tipo de coisa, devido a este princípio. O Kenjutsu é a experimentação, a doação, a rendição, um único momento! A via de acesso e saída de nossa mente interior! Em um confronto verdadeiro não há tempo, não existem verdades nem mentiras, tudo é muito rápido. Existem apenas as distâncias internas e externas. A sabedoria de atrair e afastar as manifestações do dojo em constante movimentação. Neste raciocínio, é explícito no caminho do Kenjutsu, que toda experiência nova é desafio, caracterizado por dificuldades, superáveis, que mais despertam os valores morais de quem a deseja vivenciar. No que diz respeito àquelas de complexidade profunda, quais as de transformação do homem velho em um novo ser, os patamares a conquistar são múltiplos, revestidos de compreensíveis impedimentos. Se formos além, encontraremos a importância do Kansatsu - que em japonês significa observação. É o momento em que o aluno descobre que pode observar; que entende as movimentações alheias. É a separação da mente e do cérebro. Eu explico: O cérebro é apenas uma parte do sistema nervoso central – embora seja a mais complexa. Consiste de uma massa de tecidos nervosos que ocupa a maior parte do crânio e que desempenha, entre outras funções, a do raciocínio e a da linguagem. Tem a forma de um ovóide, com a porção mais alargada voltada para trás. Pesa em média 1.100 gramas. O lado esquerdo do cérebro comanda o lado direito do corpo e o lado direito do cérebro comanda o lado esquerdo do corpo. O lado esquerdo do cérebro é lógico enquanto o lado direito é intuitivo. Para os mestres do Haragei e antigos especialistas na arte de combater com a espada, pode ser descrito como um castelo de três andares. O 1.º andar – subconsciente – é a "residência de nossos impulsos automáticos", simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados.


“O Ma-ai é capaz de estabelecer a eternidade do momento, em um único movimento”


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O 2.º andar – consciente – é o "domínio das conquistas actuais", onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando. O 3.º andar – superconsciente – é a "casa das noções superiores", indicando as eminências do que nos cumpre atingir. Para que nossa mente prossiga na direcção do alto, é indispensável o equilíbrio destas três zonas do nosso cérebro. A mente é a orientadora desse universo microscópico (o cérebro), em que bilhões de corpúsculos e energias multiformes se consagram a seu serviço. Dela emanam as correntes da vontade, determinando vasta rede de estímulos, reagindo ante as exigências da paisagem externa, ou atendendo às sugestões das zonas interiores. Diversos mestres do Zen e seguimentos mais místicos da cultura japonesa, estabelecem um caminho interno na mente, que se localiza entre o objectivo e o subjectivo; é obrigada pela Divina Lei a aprender, verificar, escolher, repelir, aceitar, recolher, guardar, enriquecerse, iluminar-se, progredir sempre. Do plano objectivo, recebe-lhe os atritos e as influências da luta directa; da esfera subjectiva, absorve-lhe a inspiração, mais ou menos intensa; das inteligências desencarnadas ou encarnadas que lhe são afins, e os resultados das criações mentais que lhe são peculiares. No caminho do Kenjutsu, ainda que permaneça aparentemente estacionária, a mente prossegue o seu caminho, sem recuos, sob a indefectível actuação das forças visíveis ou das invisíveis. Muitos alunos que se tornaram grandes professores, descobriram nesta forma de observação que, durante um combate, vida e morte se misturam; o valor do Ma-Ai se encontra na separação dos sentimentos que são exteriorizados em forma de “tempo e distância” entre os oponentes, ocasionando a distância perfeita, exacta! A vida é um período por si mesmo. A morte é um período por si mesmo. Por exemplo, são como o Inverno e a Primavera. Não pensamos que o Inverno se transforma em Primavera, nem que Primavera se transforma em Verão. Logo, está o profundo dentro das distâncias interna e externa. Este, em todos os seus aspectos, guarda características peculiares que o tornam especial, mágico. Várias pessoas


Bugei

“No caminho da espada podemos dizer que, neste caso, o observador é o próprio medo”


Artes do Japão

que conheço, que dedicam suas vidas a alguma coisa que consideram importante, ao longo de suas actividades percebem que o “profundo” está mais além do momento, da oportunidade. Interagimos, mas nem sempre de maneira verdadeira; essencial, interessante! Assim, o libertar-nos do superficial, do ilusório, do “irreal” que não é verdadeiro - significa libertar-nos do medo, do medo psicológico, do medo da reflexão acerca da interacção do Eu com o momento. Um senhor de meia idade, disse: “O que eu vou querer com a prática da espada? Isso é coisa para idiotas!”. Certamente que o termo idiota se refere a guerreiros antigos, que falavam apenas uma linguagem. Todavia, estabelecermos uma ideia acerca de algo, antes mesmo de conhecê-lo, é estabelecer uma forte via com a idiotia, ou não?

“Todo erro se apoia numa verdade da qual se tem abusado” (Whillein Bousset)

A prática com espada, sem dúvida estabelece uma via distinta à da “idiotia”; sua profundidade está relacionada aos mais elevados conceitos de raciocínio e conclusões. É através do profundo que encontramos o espaço existente entre a imaginação e o verdadeiro. Para os mais sábios, este intervalo, este espaço, que é tempo, existe na pessoa que estabelece a via da superficialidade, do medo, da estagnação. O acto de aprofundarmos estabelece a condição de interromper o ciclo ilusório: o medo desaparece e a pessoa fica directamente em contacto com o facto; observa-se a partir de um ponto racional. Para o Zen, é somente o facto que se dissolve dentro de si mesmo... Só há o facto, e não há entorno. Por esta via, em paralelo com o Zen, podemos dizer que várias coisas ocorrem nesse processo: elimina-se completamente o conflito quando a auto-observação se dá no momento que o observador é a coisa observada. No caminho da espada podemos dizer que, neste caso, o observador é o próprio medo. Uma vez que não há a auto-observação, eleva-se a energia vigente do momento; ou seja, experimentamos o fenómeno de que toda a energia (interna e externa) assume a forma de medo. Dissolver este intervalo é a via mais adequada para os sábios. Uma vez que não há intervalo, uma vez que somos a energia, o medo, ao dissolvê-lo se torna uma via lógica, racional.

"Uma vida não é importante a não ser pelo impacto que causa em outras vidas” (Jackie Robinson)


Bugei

“No caminho do Kenjutsu, ainda que permaneça aparentemente estacionária, a mente prossegue o seu caminho, sem recuos, sob a indefectível actuação das forças visíveis ou das invisíveis”



Neste novo DVD de Vovinam, Patrick Levet quis mostrar as facetas do uso e a manipulação do Pau Vietnamita. Ainda que pouco conhecido, o pau comprido vietnamita sem dúvida é a arma mais importante de todas as armas das artes marciais tradicionais do Vietname. A escola Vovinam, no seu programa oficial, só propõe a forma de pau (Tu Tuong Con Phap) e os contra-ataques de pau contra pau (Phan The Con), sem explicar os movimentos intermédios. Mas o pau vietnamita vai muito alem destes dois aspectos e o Mestre Levet nos propõe dois DVDs detalhados, acerca de todas as aplicações dos numerosos movimentos intermédios do Quyen de Pau. Este primeiro volume incluí toda uma série de exercícios de aquecimento e musculação, específicos do pau, a guarda, princípios fundamentais, o manejo estilístico da arma, a defesa contra o desarme, os bloqueios e esquivas, os deslocamentos, assim como as técnicas de combate. Um trabalho original, que mostra por primeira vez o pau vietnamita, de uma maneira completa e exaustiva.

REF.: • DVD/VIET7 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.






Os pinchings Muitas pessoas se surpreendem sentindo meus “pinchings” (beliscões) e me perguntam por que motivo uso este método. Em primeiro lugar, gostaria de render homenagem a Sifu Dan Inosanto, que falou neste método, durante um seminário em Escocia, faz já muitos anos. De facto, ele nos explicou que os “pinchings” se utilizaban para beliscar o mamilo de um oponente e pr ovocar r eacções muito surpreendentes, como uma dor insoportável. Nos mostrou então, a eficacia destas técnicas, numa série técnica. Fiquei atónito vendo as reacções produzidas pelos belicões, em um agresor. Resolvi então, entrar a fundo nestas técnicas, experimentando os pinchings em mim mesmo.


Jeet Kune Do


Jeet Kune Do xperimentei em todas as partes do corpo para sentir e ver as reacções produzidas por estes belicões. Teambém adaptei os belicos ao tamanho das minhas mãos porque sendo elas pequenas, no podia agarrar os músculos con eficácia e energia. Comecei a trabalhar os meus agarres na pele. Rapidamente percebi que alguns agarres influían em minhas terminações nervosas. Isto provocava a interrupção momentanea do fluir de sinais eléctricas em determinadas partes do corpo. Uma das acções imediatas foi parar a passagem dos sinais eléctricos ao cérebro, fazendo muito difícil as reacções de contra-ataque por parte do oponente. Com frequência, o adversário retrocedia o paralizava e muito poucas pessoas eram capazes de bater. Então, para não correr riscos desnecessários, desenvolvi uma estratégia que consta em me desalinhar da linha central, como os pugilistas nos inicios do agarre. Isto me permitia cobrirme de um golpe instintivo baixo, por efeito da dor. Também o facto de não estar em linha, permite abrir o nosso campo de visão com o propósito de em caso de agressão na rua, não ser atacado por um agressor que estaria atrás de nós.

E


Depois comecei a experimentar os agarres realizados, somar rotações ou tratando de dirigir o indivíduo agarrado. Muito rapidamente percebi que se consiguia obter um grande controlo de alguns individuos. De facto, a dor resultante, provocava a sumissão da pessoa que aceitava seguir-nos o pôr-se na posição indicada pela pressão. Isto fazia muito práticos os exercícios de algemar para as forças de segurança. Evita um grande número de golpes e permite que as pessoas em redor não intervenham sem saber o que está sucedendo. Com frequência podemos ver movimientos da


Jeet Kune Do multidão, que impedem que as forças de segurança realizem a sua missão, para defender o 'pobre agressor' que é maltratado pelos "polícias maus, que gozam magoando-o". Claro está que estes “bons samaritanos” se esquecem que se os polícias algemam uma pessoa é para protegela de sí mesma, proteger os cidadãos e evitar que baram em um representante da lei, o que afinal lhe causaria mais problemas. Por outra parte, estes agarres também são uma maneira de proteger uma pessoa muito discretamente, sem alarmar seus amigos, tanto de perto como de longe. Por outro lado, em algumas pessoas, a dor vai bloquear a capacidade de falar ou de gritar. Certamente que pos vezes vemos que, em algumas pessoas, a dor provoca uma resposta agressiva e então tentará bater. Como disse anteriormente, o facto de sair la linha evitará de ser afectados por um golpe mandado sob os efeitos da dor. Para mitigar as reacções, nos agarres puxo para cima, paea baixo, para a frente ou para trás, dependendo dos possíveis atacantes perto da pessoa o do meio em volta. Esto tiene como resultado detener a mayoría de os golpes enviados e si se envían uno o varios golpes que pierdan el 80 por ciento de su poder. A menudo me han dicho que, con uma camiseta, es fácil e sencillo pero




Jeet Kune Do

que con um chaquetón o plumífero es imposible estimular as áreas nerviosas durante os agarres. Así que exploré este parámetro, e apliqué el principio de um torno. Um torno tiene uma parte móvil e uma parte fija. Usé um chaquetón para bloquear a piel con a palma de mi mano e con a punta de os dedos agarre a piel e a aplaste contra el chaquetón. Entonces, el dor se agrava por a incapacidad do individuo para mover el brazo, por ejemplo. De hecho, no existe ningún movimiento de amplitud para aliviar el dor transmitido por a pressão ejercida do agarre. Uno de os beneficios de estos pinchings, es que son aplicables por todas as plantillas; Aquí no es a fuerza que está em juego, es a precisión do agarre na zona correcta. As mujeres, por lo tanto, siempre están extremadamente interesadas em estos agarres que les permiten defenderse de um ataque o de um agarre e huir inmediatamente después. Recordemos que el objetivo de um ataque, es no matar ao agresor, pero sólo defenderse e ser capaces de huir lo mais rápido posible. Otro punto que me sedujo em os pinchings, es a habilidad de ser capaces de actuar como um boxeador, porque siempre tenemos uma mano libre para protegernos, golpear... No olvidemos que, si ambas mãos se utilizan para controlar a uma pessoa, ya no somos capaces de

protegernos contra posibles ataques o de protegernos de otro individuo que quisiera pegarnos. Con os pinchings, puedo responder a um ataque e protegerme. Puedo también, e esto es um punto crucial, si se suelta mi agarre, moverme e golpear. A veces cuando agarramos, bloqueamos ao oponente, pero si se libera, somos muito vulnerable porque estamos muito cerca de él. Mientras que, con os pinchings, utilizamos sólo uma mano e si queremos soltar el agarre, resulta muito fácil. Terminare con estas palabras, gracias a Sifu Dan Inosanto, descubrí um método que me permitió expresarme completamente e me as arreglé para cambiar, adaptar e crear uma multitud de pinchings, ayudado por os consejos que me dio durante os años. Gracias desde el fondo de mi corazón a Sifu Dan por esto e por todo lo que hace para el mundo das artes marciales. Sin él nunca podría haber descubierto este universo de pinchings e por ello le estaré muito agradecido de por vida. Um último consejo no tratéis de copiar o de imitar técnicas; cread e expresaros. Copiar sin entrenarse con a pessoa que creó um sistema, nunca os permitirá sentir todo el potencial de cada técnica. Para muchos, a ilusión supera a a eficiencia; el orgullo e el narcisismo nos harán decir que estamos ao originen de algo que otro ha creado.




És o que pensas O que pensares, é o que és. Se pensas que és o melhor cozinheiro, o melhor mecânico, que todos te apreciam, assim será. Mas se pensas que a tua vida não vale a pena, que ninguém te aprecia, também assim vai ser!. Justo Diéguez



Onde começa tudo?

É certo que existem diferentes detonantes, que fazem com que a nossa resposta seja de uma maneira ou de outra, porque os canais transmissores de energia, levam o nosso cérebro a traduzi-la com uma resposta, seja ela física, mental ou emocional. Uma resposta que fica dentro de nós, que se instala y quer ficar a viver aí. Eu acredito firmemente, que somos o que pensamos: os nossos pensamentos vão directamente à nossa mente, transformando-os em emoções, destruindo a nossa auto-estima, as nossas ilusões e os nossos sonhos, porque acabamos emocionalmente absorvendo a nossa mente e acreditando sermos essa pessoa. Meu pai me disse uma vez: “Nunca permitas ninguém tomar a decisão de te dizer quem tu és. Só tu podes decidir quem queres ser.” E eu tomei a decisão de ser quem sou, com os meus defeitos e as minhas virtudes.

É que eu sou assim!

Muitas vezes temos escutamos esta resposta, e não é certo; somos o que queremos ser, independentemente do que outros nos dizem sermos. Temos de ser optimistas. Os limites que nos impuseram socialmente, o carácter adquirido, esse carácter que nos identifica com os nossos pais,



é falso. É um carácter que adoptamos em criança, que nos fazia graça porque essa imagem de sermos como os nossos pais, reforçava esse vinculo paternal, mas agora já somos pais, nós somos nós e essa maneira de ser e crenças adoptadas, assim como os nossos limites, não somos nós.

Sou um sonhador optimista?

Sou um sonhador, sempre sonhei ser quem sou, Faz tempo que deixei de ser um pessimista e a minha frase favorita com os meus estudantes de Keysi é “Nunca te rendas”, não te dês por vencido por nenhuma derrota. No meu anterior Eu, o mais pequeno fracasso era uma derrota. Quando descobri o meu verdadeiro Eu, percebi que só podia ser derrotado se eu deixasse. A partir de então, ninguém me derrotou e mesmo que assim tivesse sido, a derrota só me teria feito mais forte, por que os únicos derrotados nesta vida, são aqueles que não acreditam em si mesmos, aqueles que um dia deixaram de sonhar, que nesse dia perderam a maior dádiva que tem a humanidade, sonhar! ¿Como poderíamos viver sem sonhar? Mas também é certo que um sonho não se faz realidade, se não acordarmos e lutarmos para fazer com que se cumpra.

Zona de conforto?

Só os que se prendem na sua zona de conforto, os que não têm um ideal, os que não podem ver outro caminho que seja o da sua casa e o seu trabalho, desesperando e



renegando de si mesmos sempre que não conseguem superar suas ânsias de conformismo e seu egoísmo. No Keysi projectamos esta atitude, somos campo de batalha e difícil dificilmente o inimigo do sedentarismo nos vai tirar desta atitude, um território do qual não vamos retroceder. Nos motiva o facto de sabermos quem somos e isso só se consegue através da experiência e esta experiência nos ensina que uma pessoa activa se adapta ao seu meio e este é um processo cognitivo, afectivo e condutor. Todos podemos mudar. As células do nosso corpo se renovam de sete em sete anos, então, porquê não se podem limpar os pensamentos negativos? Isto me faz lembrar uma história que a mim pessoalmente, me ajudou a pensar. Um avô estava ensinando seu neto acerca do que era a vida. Uma luta está acontecendo dentro de mim -disse o neto - É uma luta terrível entre dois lobos, um deles é o mal: a ira, avareza, inveja, arrogância, culpa, autocompaixão, ressentimento, inferioridade, mentiras, falso orgulho, superioridade e ego. O outro lobo é bom, alegria, paz, amor, esperança, serenidade, humildade, bondade, empatia, generosidade, verdade e compaixão. O avô respondeu: Esta luta acontece dentro de ti e de cada pessoa! O neto pensou e perguntou ao avô: E qual lobo vencerá? O avô simplesmente respondeu: “Aquele que tu alimentares”.

Auto sabotagem?

Temos tendência a procurarmos impedimentos, a castigar-nos emocionalmente e o que é pior, a nos queixarmos habitualmente, a andar na vida como vítimas, a criticar e a incentivar os nossos medos. Essa atitude negativa não nos ajuda a mudar. Necessitamos uma atitude para mudarmos os hábitos adquiridos, mas não mudaremos se não tivermos atitude e a atitude é uma condição psicológica, ligada à capacidade da aprendizagem, ligada à nossa capacidade natural emocional, conhecida como inteligência, e a atitude é um conceito biológico, implicado na teoria da evolução. A minha pergunta é: Queremos evoluir ou queremos ficar na nossa zona de conforto?






Este DVD é o resultado promovido pela filial espanhola da Zen Nihon Toyama-Ryu Iaido Renmei (ZNTIR – Spain Branch), para dar a conhecer o conteúdo técnico do estilo Toyama-Ryu, tal como se pratica no Honbu Dojo da ZNTIR, em Machida, Tóquio, sem modificações nem alterações. Tal é a fidelidade do programa que é seu Presidente e máximo responsável técnico Yoshitoki Hataya Sensei, quem acompanhado por alguns membros, executa todo o compêndio do programa actual do estilo. É por isso que nele se pode encontrar a estrutura básica da metodologia que se aplica, desde os exercícios codificados de aquecimento e preparação, passando pelos exercícios de corte; as guardas; os Kata da escola, incluindo os relativos à Academia Toyama do Exército, o Gunto Soho e a sua explicação; o trabalho com parceito, tanto de Kumitachi como de Gekken Kumitachi, da piedra angular em que se baseia o Toyama-Ryu, ou seja, o Tameshigiri ou exercícios de corte en um alvo realista. Este é um minucioso DVD em diferentes idiomas, que resulta ser uma valiosa fonte para a investigação e a prática da espada japonesa, assim como para os artistas marciais em geral e os interessados na história do Japão e do seu último conflito bélico mundial. É uma autêntica sorte, podermos observar as técnicas que contém e ao menos para os estudiosos sérios, vale a pena tê-la na sua videoteca. Os praticantes do estilo desejamos compartilhar lealmente o conhecimento da nossa escola de esgrima japonesa, na esperança que ao mesmo tempo, os valores internos próprios daqueles homens de armas impregnem as novas gerações e permitam vislumbrarmos um revulsivo, de uma maneira tradicional, muito diferente da actual focalização das disciplinas de combate com origem no Japão.

REF.: • DVD/TOYAMA-2 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.


A Coluna de Raul Gutierrez

”Nascemos para viver, por isso, o capital mais importante que temos, é o tempo e é tão curta a nossa passagem por este planeta, que é uma péssima ideia não gozar de cada passo e cada instante, favorecidos por uma mente que não tem limites e um coração que pode amar muito mais do que supomos”. Facundo Cabral

A nobre Óctupla Senda (em Sânscrito: ria sga mrga e em Pali: Ariya ahagika magga) é considerado pelo Budismo, como a via que leva a deter o dukkha (‘sofrimento’). Este cessar do sofrimento se conhece como Nirvana.


GM RaĂşl Gutierrez


Fu Shih Kenpo


GM Raúl Gutierrez

nobre caminho é uma das ensinanças budistas fundamentais, a quarta parte das Quatro Nobres Verdades. Na simbologia budista, o nobre caminho é usualmente representado com a roda do Dharma, onde cada rádio representa um elemento da senda. Este símbolo também se utiliza para o Budismo em geral e em muitos estilos de Artes Marciais, tais como o Kosho-Ryu Kenpo, Kenpo-Karate, FuShih Kenpo, etc. Os elementos do Nobre caminho Óctuplo, se subdividem em três categorias básicas: Sabedoria, ética e treino da mente (ou meditação) para reabilitar e não condicionar a mente. Em todos os elementos do nobre caminho, a palavra «correcta» ou «recta» é uma tradução da palavra "samm" (em Pali), que significa ‘plenitude’, ‘coerência’, ‘perfeição’ ou ‘ideal’. O nobre caminho é:

O

• Pali: pann) Sabedoria 1 (sânscrito: di • pali: dihi) visão ou compreensão correcta 2 (sakalpa • sakappa) pensamento ou determinação correcta • (sla) Conduta ética 3 (vc • vc) fala correcta 4 (karmnta • kammanta) Agir correcto 5 (jva • jva) Meio de vida correcto • (Samadhi) Treino da mente 6 (viima • vima) Esforço correcto 7 (smriti • sati) Estar-Presente ou Consciência do momento correcta



8 (samdhi • samdhi) Concentração ou Meditação correcta

Ainda que o caminho esteja numerado do um a oito, normalmente não é considerado como uma série de passos lineares, pelos quais devemos progredir; antes sim, como assinala o monge budista e erudito Walpola Rahula, os oito elementos do Nobre Caminho «devem ser desenvolvidos de maneira mais ou menos simultânea, dentro do que seja possível, consoante a capacidade de cada indivíduo. Todos estão unidos e cada um ajuda a cultivar os outros»; sendo uma guia prática que se faz em paralelo. O Nobre Caminho Óctuplo, pela maneira em que está escrito, pode em geral, ser compreendido ou praticado por pessoas não Budistas, ou de uma maneira transcendental e sagrada para Budistas. A. Em Benarés, após sua iluminação, Buda explicou as quatro Nobres Verdades e a Óctupla Senda: 1. A primeira Nobre Verdade é Dukkha, a natureza da vida é sofrimento. Esta é a Nobre Verdade do Sofrimento. O nascimento é sofrimento, a velhice é sofrimento, a doença é sofrimento, a morte é sofrimento, associarse com o indesejável é sofrimento, separar-se do desejável é sofrimento, não obter o que se deseja é sofrimento. Em breves palavras: os cinco agregados da aderência, são sofrimento. 2. A segunda Nobre Verdade é a origem do dukkha, o desejo ou "sede de viver", acompanhado de todas as paixões e apegos. Esta é a Nobre Verdade da Origem do Sofrimento. É o desejo o que produz novos renascerem, que acompanhado com prazer e paixão, encontra sempre novo deleite, ora aqui, ora lá. Quer dizer que o desejo pelos prazeres sensuais, o desejo pela existência e o desejo pela não existência. 3. A terceira Nobre Verdade é o cessar de dukkha, alcançar o Nirvana, a Verdade absoluta, a Realidade



Fu Shih Kenpo última. Esta é a Nobre Verdade do Cessar do Sofrimento. É a total extinção e cesse desse mesmo desejo, o seu abandono, o seu descarte, libertar-se do mesmo, a sua não dependência. 4. A quarta Nobre Verdade é o Senda que conduz ao cessar do sofrimento e à experiência do Nirvana. Esta é a Nobre Verdade do Senda que conduz ao Cesse do Sofrimento e só este Óctupla Nobre Senda; quer dizer, Recto Entendimento, Recto Pensamento, Recta Linguagem, Recta Acção, Recta Vida, Recto Esforço, Recta Atenção e Recta Concentração. A essência dos milhares de discursos em que o Buda explicou sua ensinanças de diferentes maneiras, está contida nas Quatro Nobres Verdades e a Nobre Óctupla Senda. Este Senda compreendido na quarta Nobre Verdade, é o Senda Médio, chamado assim por evitar os dois extremos, tanto a procura da felicidade a través dos prazeres sensuais, como a mortificação de nós próprios. Este Senda Médio é chamado a Nobre Óctupla Senda, por constar de oito factores, que são: 1. Recta compreensão (samina ditthi) 2. Recto pensamento (samma sankappa) 3. Rectas palavras (sammma vaca) 4. Recta acção (samma Kammanta) 5. Rectos meios de vida (samma ajiva) 6. Recto esforço (samma vayama) 7. Recta atenção (samma sati) 8. Recta concentração (samma samadhi)

Destes oito factores não são separados e devem desenvolver-se simultaneamente, posto que todos eles estão estreitamente relacionados entre si e cada uno contribui a cultivar os outros.

Também as diferentes trajectórias do octógono, (conhecido também como OCTÂNGULO) divididas em ângulos, podiam ter o seguinte significado: Ângulo 1: Destinado ao estudo dos exercícios de concentração e geração de energia. Ângulo 2: Destinado ao estudo das artes de curar. Ângulo 3: Destinado ao estudo dos exercícios físicos para um correcto acondicionamento do corpo para a prática das artes do Kosho Ryu Kenpo e Fu-Shih Kenpo, denominado Yoga Japonês. Ângulo 4: Estudo das artes de evasão. Ângulo 5: Estudo da cultura, história e filosofia do estilo. Ângulo 6: Destinado ao estudo das artes de derribar. Ângulo 7: Estudo e prática da meditação, mediante a aprendizagem do Shodo, do Ikebana e do Iaido. Ângulo 8: Destinado ao estudo das artes de guerra, com e sem armas.

Durante as breves introduções que habitualmente faço durante os meus diversos seminários, cursos ou estágios mundo afora, acostumo dizer o seguinte: Todos e cada um de nós, nos encontramos sempre no centro de um círculo: tu, eu, eles. Quer dizer: cada um tem o seu próprio centro no espaço Terra, Universo. E basicamente em as manobras de deslocamento defensivas em principio, ou ofensivas depois, temos 8 ângulos denominados de “Evasão e Escape”. Desde o centro do nosso circulo, para trás, considerando por tanto os deslocamentos laterais à esquerda ou à direita, diagonais a esquerda ou direita, o


para trás, estes seriam os Ângulos da “Não Violência”, procurando não chegar a estabelecer um contacto físico com o nosso agressor. Os Ângulos desde o centro do circulo para diante; diagonais à esquerda ou à direita e na frente, nos obrigam a termos em consideração um encontro físico ou um choque, tanto seja de protecção, desvio e redução ou confronto total. Defesa Pessoal, não significa magoar ou destruir um oponente ou um agressor. Significa estar preparado para termos os reflexos suficientes e a capacidade de reacção e antecipação a um possível conflito, e com isso procurarmos evitar o mal que ambos nos poderíamos infringir. Não estar em o lugar dos conflitos, é uma boa forma de Defensa Pessoal. Evitar bares, discotecas ou lugares públicos que previamente já são conhecidos como “perigosos”. Evitar as horas avançadas da noite em que o vicio, mal beber ou consumo de qualquer tipo de drogas, poderia arrastar-nos a sofrer tentativas de atropelo, insultos ou desafios. Ser discretos, educados, tranquilos e inteligentes para imediatamente que se percebe a possibilidade de actos violentos, abandonar o lugar. As mulheres devem evitar transitar por bairros ou zonas habituais de violência. Ter cuidado de como vestem. Que não seja de maneira provocativa ou insinuar mais do que é correcto. Conhecidos como “Linguagem Corporal”, todos estes pontos são aspectos de uma boa defesa pessoal. Evitando brigas de rua, evitaremos remorsos, danos, dor, sofrimento pessoal ou de outros, conflitos com a justiça e perder tempo, dinheiro e energia. Poderá haver situações em que nos possamos encontrar um problema de caras, e dependendo de cada situação, assim teremos de usar os nossos conhecimentos adquiridos através da prática das artes marciais e da nossa capacidade psicológica e emotiva. Salir airoso de um conflito na rua, não só consiste em ter ganho uma luta mas sim na maneira em que a resolvemos, causando o menor mal possível. Treinamos para ser cidadãos úteis à sociedade e não para destruir ou causar dor. Isso é muito fácil, difícil é sacrificar tantos dias, semanas, meses ou anos, para controlar os nossos demónios e considerar que os outros também são pessoas, e que por um mal entendido, por um excesso de bebidas ou de estupefacientes, não somos donos de suas vidas. Por tanto e utilizando os nossos conhecimentos, utilizamos os diversos métodos de convencimento ou redução, sem os mandarmos para um hospital, para o Instituto de Medicina Legal, ou para o cemitério. Com isso teremos evitado muitos problemas posteriores. Há-de haver situações onde não possamos usar os ângulos de evasão e escape, ou seja, de não violência, simplesmente porque estamos contra uma parede, um carro, uma mesa, pessoas que nos impedem deslocar-nos nessas direcções. Então teremos que usar a direcção frontal diagonal em melhor disposição. Tendo em consideração que ao mesmo tempo de nos movermos devemos tentar escapar da linha das suas armas, afastamonos então, para diminuir sua avalanche de possíveis golpes. Isto quer dizer que se este está numa guarda com esquerda adiantada, poderia ser que é canhoto e assim, o nosso deslocamento deveria de ser precisamente pelo seu lado diagonal esquerdo, protegendonos com seu próprio corpo e ainda que este, consoante seja a própria habilidade, pode tentar outro tipo de contra-ataques, estará mais limitado, será mais lento e terá menos


Fu Shih Kenpo

potência, especialmente se saímos na distância justa para controlar as suas armas que estão mais perto de nós, mantendo-nos numa linha diagonal correcta, entrando na sua direcção, para acabarmos com o seu equilíbrio, mantermos o nosso e pressionarmos. Se esta circunstância não surgir, nos obriga à situação a sairmos pelo seu lado perigoso, onde vamos dar em cheio com todo o seu arsenal. Então, ao mesmo tempo de nos protegemos escudando-nos, temos que acompanhar concatenando um golpe (Atemi), a alguma zona do oponente que possa desestabilizá-lo, pará-lo ou reduzir a sua capacidade de continuidade. Finalmente, a linha frontal directa é para quando não há outra opção e temos que entrar decididos, com força e contundência, talvez porque é um tipo demasiadamente forte, agressivo ou está armado e não podemos correr mais riscos que aquele que já provoca essa entrada. Tudo dependerá, logicamente. do tipo de arma que ele portar. Sabendo então que vamos sofrer algum golpe ou corte, no

caso de ser uma faca, mas que “em teoria” será menos perigoso que receber uma facada por parte de quem nos quer ferir gravemente. Prever, antecipar-se, evitar, não estar ou não querer mostrar que se é muito valente ou muito homem, é o que vai marcar a diferença. Não importa se estamos muito treinados, uma cosa é o desporto e outra “a vida real”. A prudência, o respeito e o saber estar, nos vão dar muitas satisfações e “tranquilidade” em todos os sentidos. Treinamos desportos ou artes marciais, não para medir forças na rua mas sim para estarmos saudáveis, sermos melhores no nosso lar, trabalho, amigos, sociedade. Para vivermos em paz as nossas vidas e procurar ser e fazer felizes àqueles que temos em nosso redor.

“DEIXAME SER TEU ANJO!” “Procura alcançar as tuas metas, sem causar dor ou passar por cima dos outros, mas sim por tentares a superação da tua própria pessoa”.








RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.ipsa-internacional.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Philippe D´Andrea Cinturón Negro 3º Dan Fu-Shih Kenpo Director FEAM e IFSKA en TOLEDO CASTILLA LA MANCHA Teléfono: (00 34) 666 785 734 Email: philkenpo99@gmail.com CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Francisco Javier Martin Rubio, C.N. 4º DAN de Karate Shotokan CD A.M. c/ Poligono de la Estacion, Parcela 15, Nave 21 Olmedo - Valladolid Teléfono: 665810990 Email: gimnasiolmedo@hotmail.com Sifu Jeroni Oliva Plans, Director Nacional del Departamento de TAI CHI CHUAN y CHI KUNG SIFU 3º Grado de Tai Chi Chuan y Chi Kung Terapeuta Manual Tel.: +34 659 804 820 E-mail: jopsanestudi@gmail.com C/València, 345, Barcelona C/Indústria, 110, Malgrat de Mar Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 8º Dan Instructor Internacional, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vice-Presidente Federación Andaluza Tae-Kwon-Do ITF Director de Operaciones y Coordinador de IPSA para España Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono 607 832 851 opencleanmotril@hotmail.com OSVALDO GASPARETTI GENRE Cinturón Negro 8º Dan Fu-Shih Kenpo Representante Personal Soke Raúl Gutiérrez Para Argentina y toda Sudamérica. (FEAM/IPSA/IFSKA) Teléfono: + 54 9 3471 53-1052.patokenpo@hotmail.com Joel Barra Ortega Cinturón Negro 4º Dan Fu Shih Kenpo Instructor Regional IPSA Teléfono móvil: +56950180374 joelfsk@gmail.com Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Maestro Luis Pedro Rojas Torres, 7º Dan Fu-Shih Kenpo, Instructor Internacional de Defensa Personal Policial, IPSA – Centro de Osteopatía y Terapias Naturales. Calle Industria 110, 08.380 Malgrat de Mar, Barcelona Tel: 937 654 598.kitorojas8@hotmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760


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Desde a Origem... Desde muito novo, quando comecei a prática das Artes Marciais, sempre me atraíram profundamente, as Artes Marciais Chinesas. Quando falamos em Artes Marciais Chinesas (Wu Shu) não me refiro simplesmente ao aspecto combativo ou às aplicações à Defesa Pessoal, mas sim à historia do povo chinês, suas tradições, sua cultura e a filosofia que impregna a prática. Tudo isto forma um grupo de elementos que fazem com que a Arte Marcial que eu pratico, seja para mim um CAMINHO DE VIDA.


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Devo reconhecer que durante muitos anos, estive dedicado a procurar a melhora dos sistemas de treino dentro do sistema W ing Tsun, para obter os melhor es r esultados em termos marciais. Devo reconhecer também, que situar a prática no centro, só neste aspecto, me deixava certamente "vazio". Uma sensação ambígua entre a satisfação do que fazemos e que nos enche de excelentes sensações e outra, que nos obriga a perguntarmos a nós próprios: É isto o que chamamos Kung Fu? termo este com o qual se conhece o WuShu na Europa. Como seria o nosso estilo se contivesse TUDO? (Técnicas Marciais, História, Tradição, Cultura, Filosofia...)



Wing Tsun

evo reconhecer que durante muitos anos, estive dedicado a procurar a melhora dos sistemas de treino dentro do sistema Wing Tsun, para obter os melhores resultados em termos marciais. Devo reconhecer também, que situar a prática no centro, só neste aspecto, me deixava certamente "vazio". Uma sensação ambígua entre a satisfação do que fazemos e que nos enche de excelentes sensações e outra, que nos obriga a perguntarmos a nós próprios: É isto o que chamamos Kung Fu? - termo este com o qual se conhece o WuShu na Europa. Como seria o nosso estilo se contivesse TUDO? (Técnicas Marciais, História, Tradição, Cultura, Filosofia...) Concentrado na minha formação como lutador, esqueci então estes outros elementos da prática, que desde faz alguns anos, se tornaram fundamentais para a minha maneira de conceber a prática das AAMM. Mas faz agora uns quatro anos, resolvi começar a buscar, a estudar e a "viver" em primeira pessoa, tudo aquilo que tivesse a ver com a

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Wing Tsun

história e origem do nosso estilo, do ponto de vista de um praticante de AAMM do Século XXI. Quando me perguntam acerca do motivo desta busca nas origens do estilo Wing Chun, o meu motivo da busca do "antigo", a minha resposta não pode ser mais explícita: Hoje mais que nunca, tenho absolutamente claro que na "EVOLUÇÃO DE TODA ARTE, ESTÁ A ESSÊNCIA DA SUA TRADIÇÃO". Tive a possibilidade de entrevistar centenas de mestres de Wing Chun em todo o mundo, de poder esquadrinhar no seu ponto de vista, suas ideias e em ocasiões, debater acerca da focalização na prática e até de descobrir ideias geniais, às quais provavelmente, eu jamais teria chegado. Impregnar-me da Cultura Chinesa, aprender e viver suas costumes. Conhecer a origem do estilo, além da sua evolução. Trocar ideias e acima de tudo, ter centenas de praticantes de todo o mundo, aos que agora chamo "amigos". Pessoas que me eram completamente


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desconhecidas e que agora formam parte do meu círculo de amizades, porque vivem, praticam e sentem, de maneira similar à minha, esta paixão pelas Artes Marciais Chinesas. Simplesmente, só posso definir isto como grandioso! Quando me perguntam acerca dos motivos, além de tudo isto que digo neste artigo, posso afirmar, sem medo a me enganar, que quanto mais conheço o estilo em profundidade, mais seguro estou de que o Wing Chun é MAIS porque contém TUDO, tornando-se assim um imenso tesoiro da Cultura Chinesa, que agora é património da humanidade e que se mostra como o melhor das pontes para unir pessoas de todo o mundo. Também posso afirmar que quanto mais se conhece o passado, as tradições, a evolução do estilo, os passos para conseguir realmente uma evolução nele, são mais firmes e decididos. Definitivamente, Tradição e Evolução devem ir de mão dada! Nas minhas primeiras visitas a Hong Kong, tive ocasião de conhecer a história do estilo e a sua evolução. Escutar o testemunho de alguns dos seus mais importantes mestres e dos principais discípulos vivos do



Grão Mestre Yip Man, que conheceram em profundidade a figura de um dos grandes das Artes Marciais. Compreender como após a "Revolução Cultural do Proletariado" nos anos 1960/65, há um Wing Chun que MARCA a história dos sistemas de combate na China e que define tudo o que hoje são. Este importante momento histórico, que constituiu um importante trauma nas Artes Marciais Chinesas (os mestres foram perseguidos, assim como todos os praticantes das artes tradicionais do povo chinês, foram obrigados a que a sua prática fosso em segredo ou no exílio). Dizia eu isso explica muitas das fortalezas e debilidades que formam parte do que hoje são as Artes Marciais Chinesas. Muitos resolveram ficar neste ponto da História, mas eu, agora quero ir mais longe, quero estudar como se desenvolveu o estilo mundo afora. Compreender e viver em primeira pessoa, os motivos de o WingChun se ter desenvolvido de maneira tão díspar em todo o mundo e assim, dar sentido a essa eterna pergunta que muitos se fazem: Porquê o Wing Chun parece tão diferente de umas escolas para outras, se tudo surgiu de Fotshan, faz agora uns 75 anos?



Como resposta a esta e a outras perguntas, me preparei para viajar por todo o mundo, procurando os principais referentes actuais do sistema Wing Chun, para conhecer melhor estas pessoas que cuidam o nosso estilo como autênticos "guardas" da tradição marcial e que são os responsáveis de que o Wing Chun possa chegar à seguinte geração, da melhor maneira possível. Hoje quero falar-lhes do projecto que desde a minha associação TAOWS Academy (www.taowsacademy.com) pomos em marcha. Uma longa viagem a realizar nos próximos quatro anos e que nos levará a percorrer todo o mundo (ou grande parte dele) seguindo a rota do Wing Chun, desde as sua origens. Com o nome de "Origem e Destino", realizaremos a gravação de um Documentário sobre o Wing Chun no mundo. Seu passado, presente e futuro. Tentaremos fazer um interessante estudo da evolução do Wing Chun desde a sua origem em Fotshan e a sua expansão por todo o mundo, como uma arte apaixonante, que tem milhões de seguidores e praticantes. Um autêntico fenómeno que só se pode definir como INCRÍVEL quando constatamos a grande número de praticantes e escolas em todo o mundo, nos últimos anos.


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Indicaremos, seguiremos e estudaremos os caminhos que os diferentes mestres e linhagens do Wing Chun têm percorrido desde a sua origem e como chegaram até hoje. Realizaremos uma tentativa de pôr em comunicação os praticantes de todo o mundo e se bem isto não é nada fácil, pelo menos daremos a conhecer muitos mestres e escolas de todo o mundo, que praticam a mesma arte que nós. Estudando estes "caminhos" que o Wing Chun seguiu em todo o mundo, viajaremos nos seguintes anos para visitar e entrevistar as principais referências do estilo Wing Chun, em todo o mundo:

2017 - A rota americana. Viajaremos de FotShan a Hong Kong e dali aos Estados Unidos (Los Ángeles, São Francisco, Nova York). 2018 - Ásia. Viajaremos de Fotshan a Hong Kong e dali a Taiwan e Vietname. 2019 - Austrália. Viajaremos de Fotshan a Hong Kong e dali à Austrália. Estas três viagens, unidas aos que documentários das nossas viagens na Europa, proporcionarão um mapa suficientemente amplo para tomarmos consciência da grande riqueza e variedade de escolas e praticantes que actualmente há em todo o mundo. Será mais uma prova de que apesar a ter uma mesma origem, há muitíssimos ramais diferentes, mas com um nexo comum entre todos eles: A Paixão por esta Arte Tradicional Chinesa, que agora já é património de todos. Um longo caminho, muito trabalho mas remos a certeza de que GRANDES COISAS surgirão deste projecto. Não tenho a menor dúvida de que nos servirá para conhecer muita gente em diferentes partes do mundo, gente que vive e sente da mesma maneira que muitos de nós. E então, o que acham? Vamos viajar? Sifu Salvador Sanches

“Com o nome de "Origem e Destino" realizaremos a gravação de um Documentário sobre o Wing Chun no mundo”


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Brazilian Jiu Jitsu VACIRCA BROTHERS JIU-JITSU "Inventar de novo" os princípios do Jiu-Jitsu (2ª Parte) © 2016 Franco Vacirca, Sandra Nagel © Fotos arquivo Vacirca



Brazilian Jiu Jitsu A fusão dos princípios do Jiu-Jitsu

O nosso programa de ensino no Gracie Jiu-Jitsu, baseado no meu Grão Mestre Pedro Hemetério, está desenhado para ajudar todos - sem importar a sua idade, género e atributos - a conseguir alcançar um nível respeitável em Gracie Jiu-Jitsu. Não há nenhum conhecimento secreto ou atalhos no caminho a Cinto Preto. No Gracie Jiu-Jitsu se aprende rapidamente, que é o trabalho continuado que o levará à meta.

Claro está que o cinto preto pode servir como uma espécie de "motivador", mas antes é a manutenção deste honroso estado, oferecendo a nossa contribuição e ajuda a outros que vão pelo mesmo caminho que nós, alguma coisa que me faça crescer pessoalmente. Além do mais, eu só reconheço se alguém é um verdadeiro cinturão negro, se mantiver estes valores também fora do Tatame, na sua vida do dia-a-dia. A nossa primeira missão na Academia, é servir aos nossos estudantes e proporcionar-lhes uma longa vida saudável.

“Na nossa Academia, desde o princípio incentivamos o estudante a participar activamente nas chamadas POSIÇÕESRANDORI, assim como no LIVRE-RANDORI”


Vacirca Brothers Para compreender o conteúdo técnico do nosso método Gracie Jiu-Jitsu, devemos sempre conhecer os seguintes pontos:

Nº 1 - Aprender a ler entre linhas. A maioria das pessoas que começam no Jiu-Jitsu, pensam que basta imitar as técnicas mostradas pelo instrutor e não se perguntam a si mesmos como podem chegar a fazer essa técnica e o motivo da termos de fazer.

Aqui está um exemplo: Se querem trabalhar fora da GUARDA (posição na qual as pernas do oponente estão em volta da vossa cintura e têm as costas no chão), também devem indagar o motivo de terem acabado nessa posição, para poderem prevenir isto, para a próxima vez. Se tentarem passar a GUARDA, podem perguntar: o que poderia suceder enquanto passamos a GUARDA? Como exemplo: "Onde e como pode o nosso oponente impedir que o façamos e o que poderia resultar disso?


Brazilian Jiu Jitsu Nº 2 - Aprender todo o Jogo. Na nossa Academia, desde o início, estimulamos o estudante para participar activamente nas denominadas POSIÇÕES-RANDORI, assim como no LIVRE-RANDORI. A palavra japonesa RANDORI significa "agarre livre" (o que com frequência é visto como Sparring), o que para nós, não é correcto. Em outras escolas, se exige em primeiro lugar que os alunos aprendam só as técnicas e que o RANDORI não seja introduzido antes de alcançar um nível técnico muito bom, o que certamente é também uma maneira de evitar lesões graves. No entanto, é mais provável nos envolvermos "quase" desde o

“Aos recentemente chegados, devemos recordar que a paciência, o primeiro princípio básico, também os levará mais longe”



Brazilian Jiu Jitsu princípio, mas vendo o RANDORI como um método de treino e não como Sparring à maneira tradicional, como se usa em outras escolas de Artes Marciais e Grappling. Com as nossas POSIÇÕES-RANDORI aprendemos a pôr em prática a teoria, passo por passo e com supervisão, para não surgirem muitos erros ou maus hábitos, o que por sua vez pode fazer mais lento o progresso do aluno, sela qual for seu nível técnico e a cor do Cinto.

Nº 3 - Aprender a prestar atenção ao conhecimento. Se os dois estudantes são fortes, sem importar a cor do seu cinto, então temos de tratar de enganar o oponente com pequenos movimentos, para aprender a trabalhar com fintas, para que o oponente possa abrir a posição e criar possibilidades. Quando se pratica com alguém que é menos técnico, então temos de utilizar esta oportunidade de treinar, para executarmos as técnicas tão limpas quanto possível. Desta maneira, também se ajuda o parceiro de treino a compreender o que se está fazendo com ele e se lhe proporciona ocasião de ele poder perceber o erro que acabou de cometer. Sempre temos de recordar que não é um crime perder uma luta em RANDORI. Sempre temos de tratar de obtermos suficientes comentários do parceiro de treino e proporcionar-lhe o mesmo a ele. A maioria dos problemas, em regra geral, mudam quando se é menos potente que o oponente. O erro mais comum é simplesmente utilizar a energia muscular desnecessariamente. Se somos atléticos, aplicaremos logo a nossa potência muscular, em vez de nos concentrarmos nas habilidades técnicas.



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Nº 4 - Aprender a trabalhar continuadamente no nosso Jiu-Jitsu. Aos recentemente chegados temos de recordar: A paciência, que é o primeiro princípio básico e que também os levará mais longe. Ninguém se deve de sentir sob pressão e ninguém deve se precipitar. Ao princípio, é frequente que alguém obtenha muito conhecimento técnico, em demasiadamente pouco tempo como poder "digerir" a informação. Também está o caso em que a própria confiança em si mesmo, está relacionada com os pequenos êxitos no Tatame. Logo que tiverem desenvolvido um melhor sentimento do corpo - o que eu chamo "polir as beiras da esquina e fazer o corpo mais redondo" depressa conseguirão um maior êxito no treino, o que por sua vez, irá fortalecer a autoconfiança.


Depois de ter aprendido o Jiu-Jitsu de seu irmão mais velho Carlos, o Grão Mestre Hélio Gracie reconheceu não só o inacreditável potencial deste método de auto-defesa, como também a necessidade de modificar técnicas e exercícios individuais. As três directrizes mais importantes para a técnica do Gracie Jiu-Jitsu são: 1. Constatar a sua aplicação efectiva. A técnica também deve funcionar se o oponente pode bater (golpe provado). Se a técnica transmitir uma falsa sensação de segurança, certamente não pertence ao método. 2. Usar a própria energia correctamente. Qualquer técnica que requerer resistência excessiva, força física e velocidade, ou outras exigências atléticas, não funciona em um verdadeiro confronto na rua. Uma técnica eficiente se baseia nos seguintes três princípios básicos: paciência, tempo e precisão. 3. Usar movimentos naturais. Lutando em condições da rua, os movimentos e reacções devem continuar sendo naturais e simples. Os movimentos naturais são os que o corpo pode absorver e fazer automaticamente em um curto período de tempo. Se os movimentos se tornam reflexos instintivos, também funcionam sob alta pressão física e mental. Franco Vacirca www.vacircabrothers.ch / www.graciejiujitsu.ch

“O nosso programa de ensino do Gracie Jiu-Jitsu, baseado no meu Grão Mestre Pedro Hemetério, está desenhado para ajudar a todos, sem importar a sua idade, género e atributos”


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Un practicante de Kali mira a un ataque como un puñetazo, no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial, sin embargo su uso con o en un Arte Marcial es natural, y añade una mayor dimensión. Así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali armado con el conocimiento de Kyusho puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva completamente profunda. En este segundo Volumen os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en cabeza con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 25

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Budo “As Artes Marciais são muito mais que um desporto, que um “hobby”, que uma forma de defesa”

AS “ARTES MARCIAIS”: UMA VISÃO GLOBAL ARTES MARCIAIS A VIA DO GUERREIRO “Impressionante documentário” DON “THE DRAGON” WILSON “As artes marciais como nunca antes foram apresentadas” ENRIQUE PERERA (UNIVERSAL)

Quando a “Universal” através do seu canal na Europa nos pediu que realizássemos um documentário sobre as Artes Marciais, entusiasmei-me tanto que não me apercebi da dificuldade que implicaria o facto de apresentar em apenas uma hora de programa, as Artes Marciais em toda a sua variedade e riqueza. O desafio era duplo, visto que teria de me dirigir a um público não versado no assunto e, claro está, o que era mais importante para mim, a um público conhecedor, que é quem constitui a nossa audiência. Acredito não ser falsa modéstia afirmar que conseguimos os nossos objectivos. A mãe de uma minha vizinha, que nunca ouvira falar em Artes Marciais, gozou tanto do programa quanto os meus colegas do ginásio. Graças a toda a equipa, especialmente ao nosso chefe de audiovisuais Javier Estévez, realizámos um belo trabalho, profundo, com ritmo, completo, pleno de mudanças e com um ritmo autenticamente endiabrado! Os planos, mudam constantemente; tão depressa estás no Japão como estás no Brasil, nos E.U.A., na China, na Tailândia ou numa


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Budo rua de Génova, na Itália. Pelo programa passam a flor e nata dos Mestres vivos hoje em dia. Neste artigo apresentamos só uma síntese da base que deu lugar ao guião, muito mais extenso, e onde participam muitos mais especialistas. Sinto orgulho em dizer que esta é a minha mais sincera contribuição, até à data, para a difusão das Artes Marciais, e espero que quando a virem gozem tanto com ela como eu gozei quando a concebi. Estará disponível em DVD e em vídeo. Querido leitor, tanto tu como eu sabemos que as Artes Marciais são muito mais que um desporto, que um “hobby”, que uma forma de defesa; as Artes marciais são uma forma de viver e uma via de consciência e crescimento pessoal, as Artes Marciais são “A via do Guerreiro”.

Artes Marciais. A via do guerreiro

Como desporto, como forma de vida, como espectáculo, as artes e as disciplinas guerreiras têm captado a atenção, do ser humano desde tempos imemoriais, tanto nas culturas Orientais como ocidentais. As Artes do deus Marte cumpriram uma missão insubstituível na história do ser humano. A casta guerreira dedicada a manter a segurança do grupo, transformou-se na “militia”, os militares, criando os exércitos modernos. No entanto, esse espírito original, proveniente dos primeiros xamãs, os homens da medicina, aqueles indivíduos especialmente hábeis do grupo, que adoptam uma posição natural de liderança devido às suas capacidades físicas e mentais, nunca se perdeu como uma linhagem de homens iniciados em fórmulas de treino que os levava a uma constante superação de si mesmos.



Budo No aspecto desportivo é a tradição coreana, principalmente capitaneada pelo Taekwondo, a que melhor tem sabido aproveitar para a sua difusão no Ocidente, o facto da sua inclusão como desporto nas Olimpíadas. Mas a tradição coreana não é só o Taekwondo. De facto, o Taekwondo é uma parte das Artes guerreiras deste país, aquela que tem a ver com batimentos e pontapés. De certo modo, na sua génese tomou do modelo japonês do Karaté, uma fórmula muito similar. Actualmente está dividido em duas organizações, a WTF, World

“Como desporto, como forma de vida, como espectáculo, as artes e as disciplinas guerreiras têm captado a atenção, do ser humano desde tempos imemoriais”



Budo Taekwondo Federation, reconhecida pelo comité Olímpico Internacional, e a ITF, International Taekwondo Federation, regida ainda hoje em dia pelo criador do estilo, o general Choi Hon Ji. Os seus movimentos, ainda que parecidos aos do Karaté, dão maior prioridade ao uso das pernas. Podemos dizer que é uma Arte dominada pela força centrífuga enquanto que o Karaté o é pela centrípeta. Os movimentos tendem a ser mais abertos, as posições mais altas e as suas técnicas expansivas e ascendentes até pontos verdadeiramente espectaculares. Mas a origem destas artes reside em fórmulas muito mais amplas e completas que incluem o uso de armas, a projecção e as luxações. As duas mais importantes escolas ou estilos são o Hwa Rang Do, a arte marcial que realizavam a flor e nata dos cavaleiros de palácio na Coreia, e o Hapkido, uma Arte com certas similitudes com o Aikido japonês, mas muito mais rude e decidido nos ataques. Como no Aikido, o inimigo é obrigado a girar em torno do defensor, rompendo as linhas de ataque com decididas acções que aproveitam a força do atacante e a utilizam contra o mesmo. Nos Estados Unidos, o Karaté desportivo demonstrou possibilidades como espectáculo, pela mão de Mike Anderson, criador do Kick Boxing, FullContact, Sports Karaté.

MIKE ANDERSON:

"Acredito que o aspecto desportivo é extremamente importante nas artes marciais. Há uma expressão que diz: Não podes nadar até entrares na água. Pela mesma regra, não podes lutar até lutares realmente. Como praticas as tuas técnicas de artes marciais? Não podes sair aí fora e transformar-te num lutador de rua em dois ou três dias, assim sendo, a melhor forma para aprender a aplicar essas técnicas de maneira efectiva é através do desporto, combatendo com outra pessoa sobre o ringue, num torneio ou na escola. Assim é como aprendes a lutar, lutando. Se praticares todas as noites essas técnicas na frente de um espelho mas jamais tiveres um contacto com alguém, nunca serás um lutador efectivo. A única maneira de ser um lutador efectivo é realmente lutando." Mas nos dias de hoje, as Artes Marciais cumprem uma múltipla função social. Da histórica, a formação dos corpos de segurança até à


Documentário

“As Artes do deus Marte cumpriram uma missão insubstituível na história do ser humano”

"Se te empurrarem, cede, se te puxarem ti, avança"


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Documentário educativa, o trabalho dos Mestres de Artes Marciais não é suficientemente reconhecido nas sociedades modernas. Entretanto, factores como a insegurança do cidadão proporcionaram um renascer da atenção da povoação para estas práticas. A segurança pessoal é, sem dúvida, uma das principais motivações que leva os neófitos a iniciarem-se na prática de Artes Marciais. A eficácia, a busca de uma técnica perfeita e invencível tem levado constantemente os Mestres a desenvolverem as suas Artes. No Japão, nos começos do Século XX, Jigoro Kano estabeleceu a partir das antigas escolas de Jiu Jitsu, uma filosofia da acção que resumiu numa palavra JUDO. JU-DO, literalmente o caminho da suavidade. Como enfrentar a força sem força? Kano estabeleceu parámetros conceituais que davam sentido inteligente ao confronto entre contendentes no seu famoso aforismo: "máxima eficácia com o mínimo esforço". Kano descobriu este princípio observando a natureza no seu retiro no mosteiro budista de Eishoji . Ali, na sua meditação viu como o bambu sobrevivia por ceder sob o peso da neve, ao contrário dos ramos de uma árvore muito mais dura, como o carvalho, que se partiam sob o peso na neve. Assim estabeleceu o princípio do Judo, "Se te empurrarem, cede, se te puxarem ti, avança". A tradição japonesa do Jiu Jitsu tem sido tão rica e inspiradora para os lutadores que muitos anos depois, durante a década de 90, um novo fenômeno irrompeu como uma revolução no mundo das Artes de combate. A tradição japonesa tinha chegado ao Norte do Brasil com um nobre japonês que arribou naquelas terras, o Conde Koma.


Como agradecimento, o Conde Koma ensinou aos membros da família Gracie as técnicas da "Arte suave" que a sua família mantivera em segredo durante gerações. O resultado foi a criação da mais famosa saga mundial de lutadores dos nossos tempos, a família Gracie. Rorion Gracie, o cabeça visível da última geração desta família, emigrou para os Estados Unidos e conseguiu na Califórnia, juntamente com John Millius, o director de Conan, realizar um espectáculo que acabou com todos os preconceitos existentes até à data acerca da luta, ao criar os Ultimate Fighting Championships, os combates sem regras. Neles demonstrou que a sua maneira era mais eficaz que nenhuma outra, derrotando todos aqueles que lutaram contra o seu irmão Royce, fosse qual fosse o estilo que praticassem. A “bomba” atirou por terra muitos preconceitos sobre a luta existentes até à data e os Gracie chamaram a atenção para uma nova maneira de ver as artes de combate. No entanto e apesar do grande impacto que vaticinava o fim das artes tradicionais, estas em vez de diminuir ampliaram as suas expectativas. Já nada seria como dantes, a grande palavra era eficácia e perante o novo ídolo de oiro todos se ajoelhavam. Formas tradicionais provenientes da China, como o Wing Chun, onde os conceitos do combate real estavam bem vivos, adquiriram um protagonismo ainda maior. O Wing Chun foi, de facto, a Arte que estudou o famoso Bruce Lee em Hong Kong, com o mítico Yip Man. Um dos seus últimos alunos e sem dúvida o mais famoso, foi Leung Ting.

LEUNG TING:

"O estilo WingTsun é um sistema de combate no qual utilizamos uma técnica sumamente prática para lutar contra a força, ou por outras palavras, para lutar contra os mais poderosos adversários. Têm que compreender que não somos toiros, não somos gorilas. Não temos porque utilizar a força bruta. Infelizmente, os nossos inimigos costumam ser sempre muito mais poderosos e fortes que nós. Por esta razão, o WingTsun ensina-nos a utilizar um tipo especial de técnicas que permitem impormo-nos à força bruta do nosso adversário." Um dos mais admirados Mestres desta arte é Víctor Gutiérrez. Educado na Alemanha, este mestre tem impressionado de forma única com os seus vídeos no panorama internacional das artes de combate. A sua peculiar pedagogia leva-o a reconsiderar constantemente na frente dos seus alunos, os modos mais eficazes de enfrentar uma situação de perigo. Outras tradições antes pouco conhecidas apareceram com força no panorama actual das artes de combate. Estilos provenientes de âmbitos culturais muito diversos, como o


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Budo

Havai ou as Filipinas, têm chamado a atenção dos especialistas e dos estudantes. A rica tradição da esgrima espanhola, perdida pela falta de uso na Europa, foi no entanto conservada num âmbito cultural muito alheio e longínquo, as Filipinas. Maurizio Maltese é um dos mais importantes versados em Artes Marciais do Sudeste Asiático. Tem realizado diversos trabalhos de campo recolhendo as tradições de estilos quase perdidos, os quais tem sabido recuperar e ensinar inclusivamente como ferramenta para que os antropologistas penetrem em aspectos da cultura aos quais só se tem acesso no caso de se estar ligado à prática das Artes Marciais. Destaca especialmente o seu trabalho com as formas de combate secretas da antiga Camorra italiana.

MAURIZIO MALTESE:

“Estas artes marciais, as artes das ilhas Filipinas, contribuem com grandes novidades porque constituem uma fusão entre o Oriente e o Ocidente. Nas ilhas Filipinas, entre as diversas artes que se desenvolveram no dito arquipélago, podemos encontrar as artes marciais conhecidas com o nome de Arnis, Arnis de mão, Eskrima ou Kali. As duas primeiras, especialmente o Arnis, Arnis de mão, lembram imediatamente um nome de origem latino, Arnis poderia ser o resultado da corrupção do termo latino "Armis", que significa arma.” Os estilos filipinos são um conjunto de tradições sucessivas, fruto de centenas de invasões. O Latosa Escrima, isto é, a esgrima da família Latosa, é uma das mais destacadas formas de combate das filipinas. Emigrados para os Estados Unidos e após várias gerações que mantiveram em segredo a sua arte, a família começou a sua difusão nas últimas décadas. Algumas destas mais ou menos exóticas artes têm ido ganhando espaço de interesse entre os estudiosos de todo o


mundo. Artes polinésias como o Lima Lama…, estilos havaianos como o Lua do grande Mestre Solomon Kaiewalu…, ou formas filipinas como o Arnis do Mestre Tasingco ou o Arnis Koredas do Mestre Bersabal…, ou o Pentjack Silat indonésio… e o Muay Thai tailandês, acabaram por penetrar num mercado até então demasiadamente centrado nos estilos japoneses. Marco de Cesaris é um dos mais importantes “experts” mundiais na Arte do Muay Thay e pertence ao “board of directors” da Federação Mundial de Muay Thai.

MARCO DE CESARIS:

"As tradições marciais do antigo reino do Sião constituem um tesoiro cultural que sempre formou parte dos interesses protegidos pelas classes dominantes do país, assim como pelo povo. Em especial podemos distinguir duas épocas no que se refere ao desenvolvimento da arte marcial que estamos a tratar: Na primeira, caracterizada pelos combates sem o uso de protecções, os adversários, os pugilistas, empregavam cordas de algodão para cobrir as mãos, envolvendo-as de forma muito complexa e que serviam acima de tudo para que os golpes fossem mais devastadores. Em segundo lugar temos o Boxe tailandês actual, com o termo inglês de Thai Boxing, que utiliza o ringue e é originário do Boxe e comum a todos os desportos de combate. Empregam-se luvas de diferente peso em função das características dos atletas, e estão autorizados uma série de golpes e de acções ofensivas muito mais


Budo limitadas com respeito às do Muay Thai Boran.” Estes estilos aparentemente tão diversos, possuem em comum a sua visão aberta, a sua capacidade para incorporar aquilo que é válido ou eficaz e esta é, precisamente, a característica que define as artes marciais modernas. Esta nova maneira de treinar, o Cross Fighting, convida o estudante a ir buscar o melhor de cada estilo, adaptando-o às suas características físicas e temperamentais. Bruce Lee definiu perfeitamente isto no seu famoso slogan: "Fica com o que funciona e desfaz-te do supérfluo". Uma filosofia que se adiantou em vários anos às futuras tendências e que definiu numa outra das suas famosas sentenças: "É a arte que está ao serviço do artista e não o artista ao serviço da arte". Esta atitude aberta e reformista teve especial eco nos Estados Unidos da América, devido ao seu peculiar desarreigamento cultural. O pai desta revolução foi o Grande Mestre Adriano Emperado, criador do Kajukenbo. Com 83 anos de idade e após várias

operações ao coração, o Mestre Emperado continua a ensinar a sua peculiar Arte, hoje em dia já extendida por todo o mundo.

ADRIANO EMPERADO:

"Sim, o meu estilo é diferente, está feito "com esforço"; é uma combinação de técnicas activas intensas. Quando vires que o adversário caiu ao chão, não pares, não o deixes voltar a ficar em pé! Se se mexer quer dizer que ainda está vivo! Se um aluno quiser aprender outras formas ou técnicas, sempre lhe digo: Se bem te parecer ir aprender outro estilo para a tua evolução e melhoramentos, fá-lo e que tenhas muita sorte, mas não esqueças a tua árvore genealógica, não esqueças as tuas raízes." Estas linhas pró-eficácia no combate, também chamadas externas, solaparam o seu êxito durante os últimos cem anos, como o das linhas internas dirigidas ao desenvolvimento, recuperação e manutenção da saúde.



Budo


Documentário O Tai Chi foi e é a mais extendida e conhecida destas formas de Arte marcial. A geração beat ficou fascinada durante os anos sessenta, com as demonstrações do poder do Chi, a energia interior, que o grande Mestre Chen Man Chen realizou na Califórnia. Existem duas grandes escolas de Tai Chi, a Chen e a Yang. Ambas baseiam a sua prática nas "formas". As formas são um concatenamento de movimentos estabelecidos com uma pauta rítmica e energética especiais, que geralmente representam um combate contra um ou vários inimigos potenciais. As formas, Kata em japonês, estão presentes em quase todos os estilos Orientais e a sua função não é só desenvolver a técnica do estudante ou facilitar-lhe a memorização dos principais movimentos. Através da sua prática é activada toda a circulação energética do corpo e o adepto penetra num estado de concentração extraordinário. Se bem que em outras artes orientais o combate, Kumite ou Randori em japonês, se combine com a prática de formas, no Tai Chi estas têm todo o protagonismo. O mais importante mestre de China, tataraneto do criador do estilo Yang, é o Mestre Fu Xeng Yuan. A sua família conservou, contra vento e maré, a tradição de umas formas que, sem dúvida, se tornaram as mais populares das Artes Marciais Chinesas. Mas é Shaolin o berço das Artes Orientais por antonomásia. Shaolin saltou à fama através da série Kung Fu em que David Carradine protagonizou o famoso "pequeno gafanhoto", alcançando o maior êxito de uma série de Artes marciais até então na Televisão. Uma série cuja ideia original, e isto não sabem a maioria das pessoas, foi do mesmíssimo Bruce Lee. A produtora não apostou por um oriental para ser protagonista da série e Bruce ficou à margem. Foi a partir deste grande sucesso quando o governo Chinês, depois de descobrir o filão, abriu um pouco a mão à censura das artes tradicionais para, claro está, colher um punhado extra de dólares provenientes do turismo. Entretanto, a linha interna do mosteiro soube aproveitar a ocasião de perpetuar a tradição guerreira do Templo. Uma peculiar combinação de budismo e artes marciais. As mais altas hierarquias do templo têm incentivado e autorizado expressamente Huang Aguilar para difundir a verdadeira Arte de Shaolin, para além do que é folclore ou do espectáculo, através da sua enciclopédia audiovisual de Shaolin. É um paradoxo maravilhoso que explica muito do que está acontecendo actualmente com as artes marciais na aldeia global. Um jovem que vive no País Vasco na Espanha, é comissionado para preservar uma arte milenária da China.

“Sim, o meu estilo é diferente, está feito "com esforço"; é uma combinação de técnicas activas intensas”


Budo Outros Mestres Ocidentais receberam o mesmo pesado encargo. O Mestre Cangelosi na Itália domina algumas formas secretas Chinesas que os seus mestres lhe transmitiram. Estilos como o Hung Gar ou o Pa Kua estão a adquirir um protagonismo impensável apenas alguns anos atrás.

PAOLO CANGELOSI:

"A arte marcial é uma disciplina que serve para orientar a pessoa, é uma educação, é um ponto firme. Uma pessoa que prática qualquer arte, como a música, a pintura, o canto, e certamente as artes marciais, empenha completamente a sua personalidade, empenha o seu carácter, a sua esfera de emoções, empenha o seu corpo e as suas energias. O Kung-Fu é uma arte que pode ser praticada inclusivamente em idade avançada, é uma das poucas artes marciais que podem ser praticadas com oitenta ou noventa anos."


O Kung-Fu é uma arte que pode ser praticada inclusivamente em idade avançada, é uma das poucas artes marciais que podem ser praticadas com oitenta ou noventa anos"



As Artes de guerra são, principalmente, Artes de combate. Mas como reza o dito, tudo deve ser procurado no seu oposto. A Paz não é o oposto da guerra. O oposto de Eris, a guerra, é Eros, o amor. A força de atracção Universal, Eros, é na mitologia Grega filha do Caos e irmã da sua oposta e complementária Eris, a guerra, símbolo das forças de repulsa. Os guerreiros cultivaram em todas as tradições a consciência da sua finitude. Esta proximidade da morte transformava as suas consciências e permitia-lhes uma compreensão mais profunda dos fenómenos da vida. Também na tradição hindu as forças da luz e da escuridão se enfrentam na dança cósmica da vida e da morte. Sri Dinesh tem trabalhado toda a vida sobre a Via do guerreiro partindo da tradição hindu do Yoga. A sua experiência tem sido e é de grande utilidade para os praticantes de outros estilos. A interiorização dos movimentos, a flexibilidade e o controlo respiratório que a prática do Yoga proporciona, são um complemento ideal para os mais famosos lutadores do momento, como Rickson Gracie.


Budo SRI DINESH:

"O Yoga como disciplina foi criado faz cerca de cinco mil anos. Na prática das artes marciais a concentração é essencial, é o ponto forte porque sem concentração mental não se pode trabalhar com uma intensidade máxima, não chegamos a aplicar todas as forças naturais e os seus processos de dinamização. Particularmente, quando sobre um ponto determinado é preciso enviar uma energia através de um movimento do corpo com um impulso extremamente preciso, equilibrado e intenso, isto resultaria impossível sem empregar a concentração. A minha experiência é que a concentração não é só mental, também há uma concentração emotiva, profunda, que se desenvolve na prática das artes marciais."

O Yoga forma parte das rotinas de treino de cada vez mais artistas marciais, proporciona-lhes não só uma magnífica flexibilidade como também os ajuda a evitar lesões. Os estiramentos e os exercícios de esforço do Yoga potenciam a formação de fibras musculares mais longas, as quais, por sua vez, generam um maior poder explosivo às técnicas de impacto e, certamente, uma maior resistência às de luxação. O Yoga é também uma forma de meditação que ralenta as funções, permitindo um maior poder de concentração em situações de máximo estresse, como é o caso de um combate. Mas as Artes disciplinárias são, necessariamente, um confronto com o facto da violência em si. Mas sabemos que, no entanto, os s e u s


“Na prática das artes marciais a concentração é essencial, é o ponto forte porque sem concentração mental não se pode trabalhar com uma intensidade máxima”


Budo praticantes costumam ser pessoas especialmente tranquilas.

ROSA MARIA DISTEFANO: (Psicóloga, especialista em bioenergética):

"As artes marciais ensinam-nos a ver o que temos na frente, o nosso adversário. O adversário, o outro, está presente tanto no confronto das artes marciais como no confronto da vida. Esta experiência leva a relacionarmonos com tudo o que significam os outros. Praticar artes marciais consiste em conseguir realizar as técnicas não só utilizando os braços, os pés, os cotovelos, mas sim todo o nosso ser em cada acto." As Artes militares, ainda que longe do conceito inicial das tradições do Oriente, usaram e usam nos dias de hoje, as técnicas marciais para a sua instrução. Apesar da sofisticação do armamento tecnológico, a infantaria sempre existirá na medida em que alguém deve acabar

por ocupar o território conquistado. Por isso, o treino de comandos inclui técnicas de ataque e defesa cada dia mais sofisticadas. As forças de segurança e de ordem pública recebem a cada dia que passa, um maior treino em Artes Marciais. Exemplo disso é o Mestre Jose Cuspinera que treinou os serviços especiais do seu país natal, Cuba, em Kansen Ryu, um estilo letal para enfrentar inimigos armados. Okinawa foi, sem dúvida, um dos pontos essenciais no desenvolvimento das artes disciplinares. Ainda nos dias de hoje, os idosos Mestres ensinam as técnicas e as Katas antigas, nas quais se utilizam as ferramentas do agricultor como armas. Ao longo da sua história, Okinawa sofreu inúmeras invasões; a última veio do império nipónico e teve lugar apesar do carácter guerreiro dos habitantes do arquipélago das Ryu Kyu. A proibição no uso de armas chegou ao extremo de colocar apenas uma faca amarrada no centro da praça, para que as mulheres


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As Artes de guerra são, principalmente, Artes de combate. Mas como reza o dito, tudo deve ser procurado no seu oposto”


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Documentário pudessem cortar as hortaliças. No entanto, o instinto e a habilidade do povo levou-os a criar um completo sistema de combate em base às suas ferramentas de lavoura. Mas foi nas artes de mão nua onde Okinawa fez a maior contribuição do planeta à história das artes Marciais. As técnicas de mão nua, Kara-te, foram sistematizadas pelo grande Mestre Guichin Funakoshi. Entretanto, as suas origens parecem claramente ter a influência das técnicas de Boxe chinês que alguns versados importaram e transformaram nas ilhas e que são conhecidas como Okinawa-Te ou punho de Okinawa. Estes estilos antigos conservam sequências nas suas Katas que correspondem também a formas próprias do Shaolin. Mas seja qual for a sua origem, o certo é que na sua nova sistematização o Karaté soube conquistar o mundo durante os anos 50 e 60. Toda a Arte Marcial era, nessa época, uma forma de "Karaté" e a sua difusão não conheceu fronteiras. O Karaté proporciona um sistema de defesa efectivo, uma ginástica equilibrada e completa, e uma forma de encontro com nós próprios, uma meditação em movimento. O Japão, à semelhança da China, tem sido generoso na sua contribuição de estilos guerreiros. Os executivos japoneses descarregam a sua agressividade treinando o Kendo. Inclusivamente no Ocidente, esta bela Arte Marcial está a conseguir cada dia mais aceitação. As suas técnicas são simples, golpe de cima para baixo, da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, espetar. Não é complicado, é na sua aplicação onde reside a sua magia. Escolher o momento oportuno, agir com a determinação necessária, quebrar a concentração do oponente para penetrar as suas barreiras, para adquirir esse estado contemplativo que permite sentir ao contrário e

Praticar artes marciais consiste em conseguir realizar as técnicas não só utilizando os braços, os pés, os cotovelos, mas sim todo o nosso ser em cada acto"


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“Fluir como a água, deslizar-se como a nuvem", a frase Zen define perfeitamente o objectivo de toda a Arte marcial no seu máximo nível” adiantar-se a ele, o que no Japão se chama Sen no Sen. O Kendo compartilha com o Iaido o conceito de espada como arma. No Iaido, a arte de desembainhar cortando, utiliza-se uma espada autêntica. A katana japonesa, famosa pelo seu pouco peso e força, é forjada com diferentes tipos de aço, os mais brandos, no centro, dão flexibilidade à arma, enquanto que os mais duros, na periferia, proporcionam-lhe capacidade de corte. O Iaido requer a máxima concentração. Cada movimento possui a intenção e a força de um golpe mortal. Tanto é assim que mesmo a treinar, o Samurai, antes de guardar a espada a sacode para desprender da folha o sangue do inimigo. Foi destas Artes tradicionais do Japão, conhecidas como Bujutsu, que bebeu um dos maiores Mestres da história do Japão recente.

Morihei Ueshiba:

Morihei Ueshiba foi um personagem carismático e especial. Estudou escolas tradicionais da via do guerreiro, como a Daito Ryu, a tradição animista japonesa do Shinto da seita Omoto, e criou o Aikido: a via da união das energias. A tese de Ueshiba era ir um passo além da tese de Jigoro Kano: "Não só cedo quando empurras como também puxo por ti". O resultado é a Arte de combate centrado por excelência. Não há ataques nem defesas, só fusão com o adversário. Não existe inimigo, só o encontro de duas forças, um encontro que reconduzimos até às suas últimas consequências, em vez de nos opormos a elas. A maioria das linhas de trabalho do Aikido, especialmente as mais ligadas ao Aikikai, a sua central no Japão, preferem preservar uma via de trabalho unida aos ensinamentos directos do


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Budo criador do estilo. Entre estes Mestres destaca-se Yoshimitsu Yamada, um incansável viajante que ensina a Arte do seu Mestre Ueshiba em todas as latitudes, mas muito especialmente nos Estados Unidos da América. Ueshiba considerou o seu BUDO essencialmente uma Arte da paz. Neste sentido, a sua obsessão levou-o inclusivamente a viajar à China em plena guerra com o Japão, para tentar parar a contenda. Com ele, as Artes

guerreiras do Japão tradicional alcançaram a sua máxima expressão como Artes para os tempos de Paz. A via do guerreiro foi então o que sempre tem sido: um caminho de consciência, um caminho na nossa própria direcção, um caminho de crescimento interior. "Fluir como a água, deslizar-se como a nuvem", a frase Zen define perfeitamente o objectivo de toda a Arte marcial no seu máximo nível.

“A via do guerreiro foi então o que sempre tem sido: um caminho de consciência, um caminho na nossa própria direcção, um caminho de crescimento interior”



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Documentário Fazer-se Um com o Todo, unificar corpo, emoção e mente num acto económico, impecável, plenamente vivido no aqui e agora. Esta é a via do guerreiro, um caminho que começou nos alvores da humanidade e que se tem ido destilando em formas culturais cada vez mais sofisticadas e variadas através de um Universo de estilos que exploraram e exploram todas as possibilidades do ser humano. Um caminho para aprender como mudar algo da dor consubstancial à vida, simplesmente por esforço pessoal; um caminho de saúde, de harmonia, de poder, um tesoiro da tradição sempre aberta ao futuro.

“Fazer-se Um com o Todo, unificar corpo, emoção e mente num acto económico, impecável, plenamente vivido no aqui e agora”








Sifu Alfred Johannes Neudorfer e Sifu Rosa Ferrante Bannera, fundadores do Wing Tsun Universe, WTU, um movimento caracterizado não pelo uso de técnicas, msd dim de qualidades, intercâmbios, princípios e conceitos de movimento, dedicam o seu primeiro DVD ao Siu Nim Tao (SNT) o “9 caminhos”. O SNT é a base do Wing Tsun, Wing Chun e da WTU. A compreensão da mesma é a condição básica para tudo aquilo que vem a seguir, posto que se observarmos como a pessoa realiza as sequências deste movimento, podemos concluir o que será capaz de fazer. Sé alguma coisa está errada no movimento, tudo quanto o praticante irá desenvolver depois, estará errado. Os movimentos do WTU (formas) compreendem funções inerentes, das quais se podem derivar aplicações. O significado dos movimentos primários, faz com que derivem em outros e gerarem aplicações baseadas nos princípios e nas interacções que ajudam sua compreensão. O WTU incorpora também, um “set” extra, que seus fundadores consideraram necessário, devido às circunstâncias actuais. O DVD inclui o Movimento (forma) Siu Nim Tao, suas 9 sequências e aplicações, as sequências 1 a 3 do primeiro movimento com parceiro (Chi Sao), assim como uma reveladora entrevista com os fundadores do WTU.

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