Revista Boat Shopping #72

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F420 GRAN COUPÉ A HT mais completa e luxuosa da categoria

LATONA Conheça o palácio flutuante da CRN

SEC BOAT 280 T Uma multiuso a toda prova

A INCRÍVEL HISTÓRIA DA FLEXBOAT


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ANO 13 - ED 72 - R$20,00

F420 GRAN COUPร A HT mais completa e luxuosa da categoria

NAVETTA 33 O melhor de dois mundos

SEC 280 T Uma multiuso a toda prova

Latona Conheรงa o palรกcio flutuante da CRN


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sempre aqui Editorial 18 Boat Online 20 Top 5 Site 22 Barcos da Edição 24 Planeta Água 130

pelos mares Notícias 26 NHD 280 LEGACY

O primeiro modelo cabinado da New HD 34 DESIGN

Os barcos do futuro 36 Vitrine 38

tec boat Notícias 42 MERCADO GLOBAL

Inteligência de mercado 44

boat teste

FIBRAFORT F420 GRAN COUPÉ Um dos mais novos e incríveis barcos da Fibrafort 46

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LATONA A bordo de um palácio flutuante 72


NAVETTA 33 O melhor de dois mundos 58

A HISTÓRIA DE CONQUISTAS DA FLEXBOAT Os altos e baixos que fazem da Flexboat um dos estaleiros mais respeitados 92

SEC 280 T Uma lancha multiuso ideal para todos os momentos 84

terra firme CURAÇAO

O país das cores 106

a bordo 45ª SEMANA DE VELA DE ILHABELA

Todos os detalhes sobre o evento 110 VELAS LATINOAMÉRICA

A confraternização das Marinhas da América do Sul 114

colunas Nasseh 118 Capitão 120 Herman Junior 124

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Publisher Caio Marcio Lopes Ambrosio Colunistas Jorge Nasseh Marco A. Ferrari Carneiro Herman Junior

O tempo não para. A crise política e econômica continua a rondar nosso país. Falta de crescimento, dólar nas alturas e as pessoas continuam indo embora. Enfim, mais do mesmo. Mas como sempre, somos brasileiros e não deixamos de acreditar e isso é ótimo, porque no caso do nosso mercado, aparecem novos estaleiros e outros renascem nas mãos de outros investidores. E isso traz gente nova, sangue novo, com vontade de fazer direito. Nesta edição você vai conhecer uma história persistência e determinação que deu início à Flexboat, conduzida por Jaime Alves. Trouxemos com exclusividade todos os detalhes do palácio flutuante da CRN, o LATONA, com seus incríveis 50 metros. E por falar em metros, você irá conhcer a Navetta 33, um dos destaques da Custom Line. Apresentamos a Sec 280 T, uma lancha multiuso ideal para todos os momentos, fabricada pelo estaleiro catarinense Sec Boats. O Boat Teste desta edição é a novíssima F420 Gran Coupé, um dos barcos mais bem acabados e equipados da categoria. Demos uma volta em Curaçao e participamos do Velas Latinoamérica. E preparamos uma super agenda com todos os lançamentos que estarão no Cannes Yachting Festival, a feira náutica mais glamurosa da Europa, onde tudo acontece. E muito mais! Boa leitura!

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Redação e Direção de Arte Cristiane Bartel Assistente de Produção Ana Carolina Milagres Kadu Abreu Produção de vídeo Gabriel Ambrosio Para anunciar ou assinar Tel. (11) 3846-2364 contato@boatshopping.com.br www.boatshopping.com.br Boat Shopping é uma publicação do Boat Brasil Mídia (edição 72 agosto/setembro). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. É expressamente proibida a reprodução ou cópia, de parte ou do todo, de textos e fotos publicados na Boat Shopping sem autorização prévia. Redação e publicidade Rua Helena, 280, Vila Olímpia, CEP 04552-050, São Paulo, SP


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online

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1 - O Riviera Boat Week está de volta para sua terceira edição! Como em todos os anos, o evento traz para o Shopping Riviera de São Lourenço diversos artigos de luxo como barcos, carros, motos e muito mais! Neste ano o Boat Week está de cara nova e promete trazer muito mais novidades!

2 - A 4ª unidade da Okean 50 já está a caminho dos Estados Unidos!

3 - Totalmente customizado, a Benetti lançou o superiate de 69 metros Spectre. O nome, presta homenagem novamente a James Bond

[twitter] @boatshopping Faça um tour e conheça a Solara 330 Targa http://bit.ly/2wvnvr7 No fundo do mar: Os melhores submarinos para superiates http://bit.ly/2LwXtcn Baglietto inicia construção do Projeto 231 http://bit.ly/2ofwQ2o

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top 5 site

As mais acessadas do site Boat Shopping

Confira as postagens mais vistas no último mês no www.boatshopping.com.br 1

SAILING SENSE TEM INCENTIVO FISCAL APROVADO; SAIBA MAIS Os apoiadores do Projeto Sailing Sense agora contam com o benefício do incentivo fiscal através da Lei paulista de incentivo ao esporte e o CONDECA – Conselho Estadual dos Diretos da Criança e do Adolescente, de São Paulo. http://bit.ly/2PIIFuE

LANÇAMENTO: CONHEÇA A NOVA TOP LINE 560 FLY

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A Top Line Yachts lançou seu mais novo modelo, a Top Line 560 Fly. O barco, segundo o próprio estaleiro, “veio para surpreender o mercado náutico”. Durante o dia o barco pode acomodar 15 pessoas em um amplo salão e espaço externo. Já na pernoite é possível acomodar seis pessoas mais dois tripulantes em três http://bit.ly/2wgyTYG cabines.

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EXCLUSIVO: YAMAHA APRESENTA NOVA LINHA 2019; CONFIRA OS DESTAQUES A Yamaha apresentou sua linha 2019 WaveRunner. A linha inclui um novo design da luxuosa série FX da marca, um novo modelo EX de entrada de alto desempenho e atualizações para o Yamaha GP1800R e VXR prontos para corrida. http://bit.ly/2ogGx0E

SOLARA LANÇA 360 HT; CONFIRA AS PRIMEIRAS IMAGENS

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Após lançar a Solara 330 T, o estaleiro trouxe mais uma novidade para o mercado. Nesta sexta-feira (24) foi divulgada mais uma imagem da nova Solara 360 HT. O barco possui 12 metros de comprimento e acomoda 13 pessoas mais um tripulante durante http://bit.ly/2BPSELR o dia e seis pessoas durante a noite.

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LANÇAMENTO: CONHEÇA A NHD 280 LEGACY A NHD 280 LEGACY surgiu com uma proposta de embarcação cabinada que promete marcar sua categoria. Mantendo as características de navegabilidade, layout de cockpit, espaço gourmet e o open deck, já consagrados da NHD 270. A NHD 280 pode acomodar 11 passageiros e 1 piloto durante o dia, e 2 pessoas durante a noite. http://bit.ly/2NrwrVt

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DESIGN, INOVAÇÃO, CONFORTO E SEGURANÇA A NHD 280 LEGACY surgiu com uma proposta de embarcação cabinada que marcará para sempre sua categoria. Mantendo as características de navegabilidade, layout de cockpit, espaço gourmet e o OPEN DECK já consagrados da NHD 270, a NHD 280 LEGACY vem na sua cabine um sofá em formato de U e mesa central conversível, transformando-se em uma confortável cama de casal medindo 1,95m de comprimento. O banheiro possui pia com torneira, vaso sanitário, ducha higiênica, espelho e degraus em teka de série. Possui iluminação em Full Led, gaiuta central sobre a cama de casal e 4 vigias laterais, 2 a bombordo e 2 a boreste.

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barcos da edição

Barcos da edição Sec Yachts 280 T

Velocidade (mph)

Estaleiro Sec Boats

25

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CRUZEIRO

MÁXIMA

Peso 2.800 kg Pessoas 10 + 1

Boca 2,90 m

Comprimento

8,40 m

Velocidade (nós)

F420 Gran Coupé Estaleiro Fibrafort Boats

27

33

CRUZEIRO

MÁXIMA

Peso Pessoas 14

Boca 3,80 m

Comprimento

Navetta 33

12,40 m

Peso 182 T

Pessoas 20

Estaleiro Custom Line Boca 7,52 m

Velocidade (nós)

12

15 - 16

CRUZEIRO

MÁXIMA

33 m

Comprimento

Latona

Peso 460 T

Pessoas 10

Estaleiro CRN Yachts Boca 8,60 m

Comprimento

24

Velocidade (nós)

15

16

CRUZEIRO

MÁXIMA

50 m


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pelos mares

Notícias e lançamentos em um giro pelo mundo náutico

Os principais lançamentos no

O CANNES YACHTING FESTIVAL CHEGA A SUA 41ª EDIÇÃO COMO O MAIOR EVENTO NÁUTICO DA EUROPA E ENTRE OS TRÊS EM IMPORTÂNCIA MUNDIAL. É ELE QUE ABRE A TEMPORADA, TRAZENDO AS TENDÊNCIAS E NOVIDADES E ALGUNS DOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DO ANO. ESTALEIROS DO MUNDO TODO, APROVEITAM O EVENTO PARA MOSTRAR SEUS MAIS NOVOS MODELOS E AS EMBARCAÇÕES DE MAIOR SUCESSO. ANO PASSADO O FESTIVAL REUNIU MAIS DE 600 BARCOS E 50 MIL VISITANTES.NESTE ANO, O CANNES YACHTING FESTIVAL ACONTECERÁ DE 11 A 16 DE SETEMBRO.

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PRINCESS X95

PRINCESS Y85

PRINCESS V78

PRINCESS V55

A X95 ‘Super Flybridge’ reescreve as regras para iates flybridge, repensando sua arquitetura para desenvolver um novo conceito em design de iates que vai chamar a atenção. Com seu flybridge que se estende por quase todo o comprimento do iate, a X95 oferece espaço e muito luxo a bordo de uma embarcação feita para quem quer passar mais tempo a bordo.

Artesanato e design são valores tradicionais da Princess. E a Y85 é o melhor exemplo disso, apresentando um novo nível de detalhamento e uso de materiais de luxo. Este novo iate a motor apresenta linhas elegantes e vistosas que fazem com que este iate tenha uma presença marcante na água e a experiência arquitetônica tradicional da Princess proporciona um uso sem precedentes do espaço.

A V78 é o carro-chefe da linha de iates esportivos Princess V Class. Chegando a 37 nós, ela mostra um design arrojado com grandes seções envidraçadas e uma alta qualidade de acabamento e design externo. Também é surpreendentemente espaçosa para um grande iate esportivo com quatro cabines grandes e uma escada totalmente dedicada à cabine master.

A V55 fortalece ainda mais a posição da Princess em sua linha V de iates esportivos. Sua forma elegante e bem proporcionada é definida por longas linhas fluidas que se estendem por todo o comprimento do iate e detalhes de design lindamente esculpidos. A V55 também inclui uma porta inovadora que rapidamente converte a V55 de um salão de deck para um iate aberto.

PRINCESS F45

PRINCESS R35 Inovação em tecnologia, design e navegação são exibidos na revolucionária R35, o primeiro iate esportivo de desempenho da Princess R Class. Ela é fruto de uma colaboração com a Ben Ainslie Racing Technologies e a conceituada Pininfarina. A R35 é pioneira no uso da tecnologia de corrida através de um sistema único de foiling. Um banheiro com ducha permite dias confortáveis no mar, enquanto o sofá em forma de “U” que envolve uma mesa de jantar converte-se facilmente numa cama de casal. A R35 também conta com um conveniente chuveiro quente e frio na plataforma de popa.

A flybridge F45 oferece espaço incomparável, qualidade de design e flexibilidade a um iate flybridge compacto. Ela possui uma cabine master que ocupa toda a boca do iate, flybridge estendido e uma exclusiva plataforma de popa elétrica deslizante que aumenta o tamanho da área do cockpit com o toque de um botão.

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pelos mares

FERRETTI YACHTS 670 Este é o primeiro iate da Ferretti Yachts com design externo criado em parceria com o arquiteto Filippo Salvetti. Caracterizado pela excelente otimização do espaço, tanto interno como externo, a 670 apresenta soluções típicas de embarcações muito maiores. Ela conta com um flybridge de 25 m², a proa apresenta um espaço que pode ser convertido em uma ampla área de relaxamento.

CUSTOM LINE 120 A Custom Line 120 é a primeira linha personalizada a receber a assinatura do estúdio Francesco Paszkowski Design. Este iate é único e combina elementos de design automotivo e arquitetura residencial. Espaços particularmente generosos são uma constante em todas as áreas, como confirmado pelas garagens dianteiras e traseiras projetadas para brinquedos e tenders. A Custom Line 120 é o primeiro iate que permite conectar diretamente o flybridge à frente por meio das passagens laterais com acesso a partir da ponte, criando um único deck de 100 metros quadrados.

CUSTOM LINE NAVETTA 42 O superiate é o primeiro na história da marca a exceder 300 toneladas. A nova Navetta 42 propõe um layout dos espaços interiores completamente personalizáveis que melhor mostram os generosos volumes do iate. Ele conta com quatro cabines, incluindo uma espaçosa cabine no deck principal disponível para o proprietário. A popa é inteiramente dedicada ao lazer com um grande beach club ao nível do mar, além de uma garagem para tenders e brinquedos, que se abre lateralmente para o mar.

RIVA 110 DOLCEVITA Caracterizado por um perfil super esportivo, a Riva 110 Dolcevita é como um loft luxuoso, aberto para o mar por todos os lados. Novo carro-chefe em fibra de vidro da linha, este superiate oferece 270 graus de visibilidade absoluta e permite que o lounge tenha um pé direito de 2,30 m de altura, graças a uma grande estrutura de aço inoxidável que suporta a superestrutura. A área é, portanto, livre de interrupções e banhada por luz natural. As áreas externas do flybridge e da proa estão interconectadas, criando assim um “deck infinito” de aproximadamente 34 metros quadrados de áreas sociais, em uma única solução de continuidade.

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AZIMUT S6 Seguindo o sucesso da Azimut S7, o novo modelo é o segundo da linha S, que tem como principais características o uso extensivo de carbono na sua construção e o design esportivo. Criado por Stefano Righini, o iate tem grandes janelas que permitem a entrada de luz em abundância, tanto no deck principal, quanto no inferior, principalmente na cabine master. Francesco Guida, responsável pelo design interior, se preocupou em compor ambientes de forma elegante, moderna e discreta. O resultado é uma atmosfera acolhedora banhada por cores quentes. A combinação do Carbon Tech com o sistema de propulsão com três Volvo Penta IPS, coloca a tecnologia a bordo deste iate entre uma das mais novas da categoria.

AZIMUT GRANDE 25 METRI Charme e tecnologia definem a Azimut Grande 25 Metri. A embarcação conta com uma superestrutura de carbono, garagem para tender e é surpreendente pelo seu design interior, criado por Achille Salvagni. Espaçoso e com muita personalidade, o barco apresenta uma mistura elegante e casual. A criação de Stefano Righini possui uma sala de máquinas que pode receber um par de motores MAN de 1.650 HP ou, opcionalmente, dois motores MAN de 1.800 HP, conduzindo o iate a uma velocidade máxima de 29 nós e uma velocidade de cruzeiro de 26 nós.

AZIMUT GRANDE 32 METRI Poderoso e acolhedor! Em mais uma criação de Stefano Righini e design feito por Salvagni, a Azimut lançará o Grande 32 Metri. A embarcação conta com um grande beach club, garagem lateral para tender e moto aquática, de cinco metros e três metros respectivamente, acomodação para um total de dez convidados com quatro cabines de hóspedes no deck inferior. A cabine do proprietário no deck principal possui grandes janelas que o inundam o espaço de luz natural. A potência vem de um par de motores MTU 16V 2000 M86 de 2.200 HP para uma velocidade máxima de 26,5 nós.

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pelos mares

SANLORENZO SX76 A SX76, com o exterior assinado pelo estúdio Zuccon International Project, possui algumas características da nova série como o design de loft aberto que se distingue pelo seu vasto deck de popa aberto em cascata até o nível do mar e uma escadaria central no meio de um espaço aberto cheio de luz. O iate tem quatro cabines permanentes, uma cabine à master a meia-nau, uma VIP na extremidade dianteira do deck inferior e duas cabines de hóspedes à boreste. Impulsionado por dois motores Volvo Penta IPS 1050, o SX76 deve atingir uma velocidade máxima de 22 nós e uma velocidade de cruzeiro de 20 nós

SANLORENZO SL102 O SL102 é o primeiro iate assimétrico da Sanlorenzo. Com um layout exclusivo caracterizado por um único deck lateral principal à boreste, permite que os projetistas estendam o interior do deck principal até os limites do casco e da superestrutura. Originalmente projetado pelo designer de automóveis Chris Bangle e com decoração e mobiliário da Zuccon International Project, o modelo está disponível em várias opções de layout assimétrico. Ele também inclui duas opções de motor para uma velocidade máxima de 28 nós.

SANLORENZO 500EXP O 500Exp possuí uma área de popa mais longa para fornecer uma área de pouso para helicópteros, mas sem perder a configuração de um superiate Explorer. Garantindo assim o sentido mais autêntico de aventura em mar aberto, graças também aos muitos “brinquedos” adicionado ao equipamento. Em seus 47 metros e 500 toneladas, o 500Exp revoluciona o conceito de barco de expedição, propondo-se como um superiate de luxo para viagens a destinos exóticos e distantes.

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NUMARINE 26XP Esse iate explorer compacto de 26 metros é moderno, até futurista, devido a janelas angulares e uma curva vertical, e carrega o DNA de um modelo maior. A cabine master está à meia nau e é grande o suficiente para comportar um escritório, sala e um amplo banheiro, além da cama king-size. Uma das principais características imbatíveis do 26XP é um flybridge especial. Cobre cerca de dois terços do comprimento do casco, por isso tem cerca de 16 metros de comprimento e 55 m² de área útil. Outra marca dessa embarcação é o silêncio. Os sistemas de bordo que resolvem esses problemas são da parceira de longa data, a Silent.

NUMARINE 32XP O casco construído em alumínio e a superestrutura em GRP, permitiram que estaleiro e proprietário criassem espaços e layouts exclusivos a bordo, tanto no interior, quanto no exterior. Todas as criações foram supervisionadas pelo designer Can Yalman, responsável pelos modelos marcantes do estaleiro turco. Com espaços grandiosos essa embarcação conta com um salão com banheiro e academia, duas suítes VIPS, além da cabine master de 40 m². O Numarine 32XP atinge uma velocidade máxima de 14 nós, uma velocidade de cruzeiro de 12 nós e tem autonomia de 3.000 MN, a uma velocidade econômica de 9 nós.

WIDER 165 O Wider 165 chega com um layout totalmente em alumínio. O design interior e exterior foram criados por Fulvio De Simoni. As principais características do superiate incluem um heliponto touchand-go e uma garagem alagada, que pode ser convertida em um beach club, com piscina coberta. Ele possui cinco cabines, incluindo uma cabine master no deck principal com sua própria varanda dobrável. A potência vem de um sistema de propulsão diesel-elétrico, que inclui dois motores 805 HP possibilitando uma velocidade máxima de 15 nós e um cruzeiro confortável a 13 nós.

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pelos mares

ARCADIA A105 As linhas marcantes do A105 são uma das marcas registradas da Arcadia Yachts e neste superiate foram reinterpretadas para levar as áreas comuns e áreas ao ar livre a outro nível. O resultado é a valorização do contato com a natureza e o espaço ao redor. As grandes aberturas reduzem a necessidade de ar-condicionado. Os painéis solares estão integrados à superestrutura e o uso de vidro de isolamento térmico de alta eficiência é visto em toda a extensão do mesmo. O deck oferece quase 30 m² de espaço. O terraço tem um sistema de teto conversível, que abre em direção ao solário, oferecendo uma área de convívio adicional.

PEARL 95 Luxuoso, espaçoso e com muita luz natural. É assim que o modelo de 29 metros chega à Cannes. Um dos recursos de design mais notáveis é a configuração da popa. Uma vez que a moto aquática é retirada da garagem, o espaço se transforma em um grande beach club, com espreguiçadeiras e um bar. O salão principal apresenta portas laterais do chão ao teto, que se abrem para conectar a sala com o exterior. A Pearl 95 pode ter quatro ou cinco cabines de hóspedes. No deck principal, a cabine do proprietário, que ocupa toda a boca do iate, tem sua própria visão panorâmica voltada para frente.

INVICTUS 320GT Para a família com sofisticação. Essas são as principais características do novo Invictus 320 GT. A proa reversa – uma das características distintivas da marca – foi ajustada para proporcionar um maior sentido de elegância, que está presente está presente em todos os detalhes no design interior. No Invictus 320 GT, a atenção aos detalhes é combinada com ótimo desempenho. O estaleiro projetou uma ampla gama de opções de propulsão (diesel ou gasolina, simples ou dupla), até 700 cavalos de potência no máximo.

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NHD 280

LEGACY

O mais novo sucesso da New HD Boats

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NHD 280 LEGACY surgiu com uma proposta de embarcação cabinada que promete marcar sua categoria. Mantendo as características de navegabilidade, layout de cockpit, espaço gourmet e o open deck, já consagrados da NHD 270, a Legacy possui em sua cabine um sofá em formato de U e mesa central conversível, que pode ser transformada em uma confortável cama de casal com 1,95 m de comprimento. O banheiro possui pia com torneira, vaso sanitário, ducha higiênica, espelho e degraus em teka de série. A 280 também traz a característica que marcou o modelo anterior, a 270, que é o Open Deck, uma aba lateral que se abre ampliando a praça de popa.

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A cabine também conta com uma iluminação em Full Led, gaiuta central sobre a cama de casal e quatro vigias laterais, duas à bombordo e duas à boreste. A porta de acesso à cabine é em acrílico, com sistema de movimentação da Igus, marca alemã mundialmente conhecida em sistema de automação. O acesso à proa se dá através de degraus ao lado do painel onde há um belo guarda mancebo em inox, circundando toda esta região, conferindo segurança ao confortável solário que ali se encontra, proporcionando agradáveis banhos de sol. A NHD 280 pode acomodar 11 passageiros e 1 piloto durante o dia, e 2 pessoas durante a noite.


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pelos mares design

Como serão os barcos do futuro Considerados por muitos “coração” do superiate, a casa de máquinas sempre desempenhou um papel fundamental na embarcação. Notando a importância do local e vendo a oportunidade de colocar mais personalidade e luxo aos superiates, muitos proprietários e estaleiros decidiram levar o design exterior e algumas peculiaridades a esse espaço.

KHALILA O Khalila levou a sério chamar a atenção. Conhecido mundialmente por seu design exterior, o proprietário e estaleiro levaram a principal característica do superiate para a casa de máquinas: o dourado. Alguns detalhes e peças do maquinário parecem ouro. Os motores do superiate são MTU 16V 2000 M94, possibilitando de ele chegue a 32 nós.

QUATTROELLE Outro iate que decidiu inovar na casa de máquinas foi o Quattroelle, da Lürssen. Com 86 metros, a embarcação foi entregue em 2013 e tanto seu design externo quanto o interno são assinados pelo estúdio Nuvolari & Lenard. Parte fundamental em todo o processo de criação, o engenheiro Robert Miller do superiate resolveu nomear os dois motores de Greta e Juliette. Os motores são dois Caterpillar de 1.491 HP, podendo atingir uma velocidade máxima de 17 nós.

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pelos mares vitrine

PRANCHAS BEAU LAKE Com muito luxo e design inovador, a marca Beau Lake projeta e produz produtos de lazer aquático de alta qualidade, incluindo uma coleção de pranchas de surf luxuosas com acabamentos particularmente elegantes. Cofundada em 2016 por Lee Kline e Paul Lavoie, a Beau Lake é especializada em produtos náuticos com propulsão humana. Sua coleção de pranchas é o reflexo perfeito de suas ideias e know-how. A marca se inspira em lagos e praias para nomear seus produtos depois deles. No modelo Rapid de 4 metros, o mais recente modelo da Beau Lake, encontramos uma mistura inteligente de fibra de carbono e ébano. Seu comprimento, forma, design penetrante do nariz e fundo plano tornam esta prancha ultrarrápida e justifica seu nome. Para usar estas pranchas de luxo, a Beau Lake também oferece uma gama de remos em madeira ou fibra de carbono.

Para navegar na moda SUPEROCEAN HÉRITAGE II CHRONOGRAPH Superocean Héritage II Chronograph é a mistura perfeita de design de alta tecnologia com um toque vintage. A peça é feita em aço e ouro e exibe números no bisel, distinguindo-o de outros modelos da coleção. Com mostrador azul ou preto de 44 mm de diâmetro e contadores tom sobre tom, o relógio incorpora o espírito de aventura e performance da Breitling.

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PANERAI LUMINOR LOGO Com design minimalista e marcante, a marca apresentou seis novos modelos que possuem caixa de aço, um novo calibre e reserva de marcha de 3 dias, sendo o logo “OP” o único elemento decorativo destes modelos. Os outros detalhes são puramente funcionais, fiéis à história da marca. O logo “OP” consiste na interligação das letras O (Officine) e P (Panerai) com duas setas, uma apontando para cima e outra para baixo, remetendo a dois pilares da história da manufatura: céu e mar.


HUBLOT SPIRIT OF BIG BANG BLUE

VICTORINOX I.N.O.X. CARBON O exclusivo I.N.O.X. Carbon Limited Edition, da Victorinox, chegou ao Brasil no final de Julho com apenas 30 unidades. O relógio tem como ponto alto sua pulseira elaborada com corda Paracord laranja, elaborada em nylon multicamadas de alta resistência. O material usado tradicionalmente como linha de suspensão de paraquedas com ponto de ruptura de 250 kg. Sua caixa é mate de 43 mm modelada em carbono testado no espaço, altamente resistente a arranhões. O modelo é perfeito para quem gosta de aventuras.

Inspirado no azul das paisagens europeias, como por exemplo os rochedos da Côte d’Azur ou as praias de Capri, a Hublot lançou o seu novo modelo, o Spirit of Big Bang Blue. O relógio é azul com detalhes em branco e titânio. Sua pulseira de couro de jacaré é costurada em borracha branca e o vidro de safira trazem a sensação relaxante do reflexo azulado da água. O modelo foi lançado em uma leva de apenas 100 unidades numeradas.Os pingentes são decorados com o logotipo da Bvlgari Roma, cercado por diamantes pavé, enquanto o anel flip-ring com diamantes pavé.

BULGARI COLEÇÃO REVERSÍVEL A Bulgari lançou uma divertida coleção de joias, que foi revelada em uma nova campanha, proposta como o “Livro Bvlgari Etiquette”, o melhor manual de como aproveitar uma nova maneira de usar joias. Chamada de “B or not to B?”, a coleção foi inspirada nas raízes romanas da marca. Projetado como uma fusão de elegância, cultura e modernidade, a coleção brilha com muitas facetas encarnando design audacioso italiano. O duplo logotipo, marca registrada, foi inicialmente inspirada nas inscrições curvas de moedas antigas, tendo atualmente evoluído em interpretações divertidas, emoldurando coloridas pedras preciosas. A ideia é que a pessoa consiga usar duas joias diferentes em uma só. A Bulgari introduziu pedras duras opacas em sua coleção BB pela primeira vez. Juntamente com ouro rosa de 18 quilates, os tons arrojados de pedras malaquita, cornalina e ônix dão cor à coleção de oito peças, que inclui brincos únicos, pulseiras abertas e um exclusivo anel giratório. Em sintonia com o espírito dinâmico da coleção, a pulseira ostenta duas opções de cores diferentes em uma joia. Os brincos podem pode ser emparelhado com diferentes opções de cores e pedras preciosas, para um visual verdadeiramente único. Os pingentes são decorados com o logotipo da Bvlgari Roma, cercado por diamantes pavé, enquanto o anel flip-ring possui diamantes pavé no centro.

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CATAMARÃ 50 PÉS - US$ 43.422,50 4 suítes (8 pessoas) | 2 tripulantes | 7 dias | All-Inclusive RÉVEILLON - BELIZE

CATAMARÃ 48 PÉS - US$ US$ 25.536,00 3 suítes (6 pessoas) | 2 tripulantes | 7 dias All-Inclusive JANEIRO - ILHAS VIRGENS BRITÂNICAS

CATAMARÃ 58 PÉS - US$ 28.561,50 5 suítes (10 pessoas) | 3 tripulantes | 7 dias All-Inclusive

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CATAMARÃ 51 PÉS - US$ 23.695,00 3 suítes (6 pessoas) | 2 tripulantes | 7 dias All-Inclusive JANEIRO - GRANADA

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SARDENHA | FERRETTI NAVETTA 28 - € 70.000,00 por semana

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Ano: 2015 | Cabines: 5 | Capacidade: 10 pessoas | Tripulação: 5

GRÉCIA | AZIMUT 77S - € 37.000,00 por semana (+ 12% VAT + 30% APA ) | Ano: 2017 | Cabines: 4

SUL DA FRANÇA | FITTIPALDI 110 - € 110.000,00 por semana (+ 10% VAT + 30% APA) | Ano: 2011 | Refit: 2017

Capacidade: 9 pessoas | Tripulação: 3

Cabines: 5 | Capacidade: 10 pessoas | Tripulação: 5

CROÁCIA | SANLORENZO 91 PÉS - € 60.000,00 por semana (+ 13% VAT + 30% APA) | Ano: 2011 | Cabines: 4

ITÁLIA | ROSSI NAVI 164 PÉS - € 275.000,00 por semana (+ 22% VAT + 30% APA ) | Ano: 2017 | Cabines: 4

Capacidade: 9 pessoas | Tripulação: 4

Capacidade: 10 pessoas | Tripulação: 9


tec boat O raio-X do seu barco

GARMIN LANÇA NOVOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO A Garmin anunciou no meio deste ano duas novas adições com GPS integrado à sua linha de produtos de comunicação marinha. O transceptor AIS ™ 800 com Classe B/SO e o rádio marítimo VHF 315 com Chamada Seletiva Digital Classe D (DSC) complementam os mais recentes chartplotters GPSMAP e displays multifunções (MFDs), e são certificados pela NMEA 2000 para tornar a instalação e integração num sistema Garmin mais rápida e fácil. O novo transceptor AIS 800 tem 5 watts de potência de transmissão com Classe B/SO e fornece um relatório de posição mais rápido do que nunca. Ele recebe dados de alvos AIS enquanto transmite as informações de um barco para outros receptores AIS na área. O AIS 800 inclui GPS embutido (com conector para antena externa opcional) e integra-se perfeitamente ao sistema embarcado do fabricante. Ele tem um divisor de antena VHF interno econômico que permite que VHF e AIS compartilhem uma única antena.

GARMIN COLOCA MAIS POTÊNCIA NA LINHA FANTOM Os radares Garmin Fantom foram os primeiros que permitiram ver os alvos se movendo instantaneamente graças à tecnologia MotionScope

VOLVO PENTA LANÇA AUTO-DOCKING A tecnologia de auto-docking leva o barco sozinho até a vaga da embarcação Esse lançamento é pioneiro e é o mais novo recurso do ‘Easy Boating’ da Volvo Penta, tornando cada vez mais fácil as manobras do barco. Simples, agradável e acessível, o sistema é acionado através do joystick no posto de comando. O sistema funciona em três fases. Primeiro lugar, o barco se aproxima do píer, o sistema reconhece que entrou em uma ‘zona de captura’ e envia um sinal para o capitão que ele está pronto para atracar. Uma vez que o capitão tenha ativado a função de autodocking, o barco é então é auxiliado pelo GPS e começa automaticamente em modo de dokcing. Depois de iniciar a fase final, o sistema utiliza uma combinação de GPS e sensores, tanto os que são montados a bordo e sensores adicionais que podem ser montados no píer de destino.

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A Garmin anunciou o GMR Fantom™ 54/56 e o Fantom 124/126. Com mais que o dobro da potência de saída, essa nova série oferece uma faixa de detecção aprimorada com mais precisão e separação de alvos próximos e distantes. O Fantom 54/56 oferece 50W de potência de compressão de pulso, o equivalente aproximado a um magnetron de 6kW, enquanto o Fantom 124/126 fornece uma potência de 120W, o equivalente aproximado a um magnetron de 15kW. A expansão do pulso pode então maximizar o tamanho do alvo para ajudar a diferenciar os alvos reais.


YAMAHA LANÇA O CL7® MULTI TELA TOUCH SCREEN PARA PARELHA, TRINCA OU QUADRA DE F300 O CL7® Display estará disponível a partir de embarcações com parelhas utilizando motores de popa F300, sendo possível visualizar na sua tela informações de até 4 motores ao mesmo tempo.

A Yamaha lançou o CL7® Display, o novo painel de instrumentos da marca, que proporciona uma experiência mais funcional para quem comanda a embarcação com este conjunto de motores. Com uma interface simples, o CL7® Display, possui uma tela colorida touchscreen de 7”, permitindo o acesso aos comandos e as informações disponíveis de forma rápida e fácil. Além da grande tela e suas funcionalidades, permite uma conexão fácil com dispositivos compatíveis com padrão NMEA 2000, na prática isso permite conectar outros dispositivos e acessórios sem a necessidade de adaptadores. O CL7® Display estará disponível a partir de embarcações com parelhas utilizando motores de popa F300, sendo possível visualizar na sua tela informações de até 4 motores ao mesmo tempo. Além das indicações de velocidade do barco e rotação do motor, o CL7® Display possibilita visualizar a temperatura, pressão do óleo, volume de combustível, tempo total de viagem e temperatura da superfície da água. E para que sua navegação seja ainda mais segura, indicações de alertas de superaquecimento, baixa pressão de óleo, voltagem da bateria, água no combustível e verificação do motor, estarão disponíveis a distância de um toque, tudo para que sua viagem seja ainda mais tranquila.

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tec boat

Inteligência de mercado LANÇAMENTOS EM ABRIL DE 2018 NOME

TIPO

PAÍS

TAMANHO

ESTALEIRO

Illusion Plus

85,5 m

Pride Mega Yachts

O’Ptasia

84,73 m

Golden Yachts

Sherpa

73,6 m

Feadship

Victoria

71 m

AES Yachts

Volpini 2

57,7 m

Amels

El Leon

54 m

Overmarine

Irisha

51 m

Omaha Flying Dagger

TIPO

PAÍS

TAMANHO

ESTALEIRO

35 m

Azimut

33,42 m

Ruying Yacht

33 m

Ferretti Custom Line

29,1 m

Azimut

Mangusta 94

28,72 m

Overmarine

Navetta 28

28,31 m

Ferretti Custom Line

Heesen Yachts

Nahita

28,30 m

Wally

50 m

Heesen Yachts

P9X

28,14 m

Pershing

49 m

Rossinavi

82302

25,43 m

Viking

42,2 m

Sanlorenzo

Twin Soul B

25,25 m

Mylius Yachts

Ironman

42 m

Benetti

P82

24,98 m

Pershing

Charade

38,1 m

Benetti

460XP

NOME

AZ 35 Metri JL 110 Mirabilis AZ 30 Metri

ENTREGAS EM ABRIL DE 2018 NOME

TIPO

TAMANHO

ESTALEIRO

Meira

50 m

Neta Marine

OA112

34,14 m

Kalik

PAÍS

NOME

TIPO

PAÍS

TAMANHO

ESTALEIRO

Spirit Of Venice

27,32 m

VMG Yachtbuilders

Ocean Alexander

OA 85

26,14 m

Ocean Alexander

33,5 m

Astondoa

Gioia

25,68 m

Numarine

Serenity

30,48 m

Nordhavn

Esquadron 78

24,38 m

Fairline

Lady First

29,9 m

Riva

PEDIDOS EM ABRIL DE 2018 TAMANHO

ENTREGA

Nobiskrug

ESTALEIRO

TIPO

77 m

2021

Palumbo

49,5 m

2020

40 m

2020

Moonen

36,3 m

2018

Westport

34,14 m

2018

Ferretti Custom Line

28,31 m

2018

Princess Yachts

25,91 m

2019

MCP Yachts

24,36 m

2019

Cantiere delle Marche

Brasil

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China

Alemanha

Grécia

Itália

COMPARAÇÃO ABRIL DE 2018, 2016 e 2017

PAÍS

Abril 2016

Abril 2017

Abril 2018

NÚMERO DE VENDAS 32

23 49 MÉDIA DE TAMANHO (M) 33,94

34,91

32,01

TOTAL EM DINHEIRO (€) 175,3 m

133,9 m 391,3 m

Holanda

Espanha

Taiwan

Turquia

Reino Unido

EUA

Motor

Vela


A


boatteste testef420 Okean 50 coupĂŠ boat grand

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Lançada no início deste ano, a F420 Gran Coupé já se tornou uma das melhores opções na faixa das 40 pés HT, com a tradicional qualidade e acabamento de um dos maiores estaleiros do Brasil. Por Cristiane Bartel | Fotos Gabriel Ambrosio

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boatteste testef420 Okean 50 coupé boat grand

O

mais novo lançamentos da Fibrafort, a F420 Gran Coupé, já chega ao mercado como um dos barcos mais desejados do estaleiro catarinense. Atendendo ao gosto do brasileiro, este barco possui um ótimo aproveitamento da parte externa, com um amplo solário de proa e uma das maiores plataformas de popa da categoria. Esta é submergível e suporta até 400 kg. A popa abriga um grande espaço gourmet completo com churrasqueira elétrica, pia com água quente e fria, bancada de apoio para preparar o churrasco e as bebidas, porta copos, um pega mão para dar mais segurança enquanto se está usando o espaço e dois bancos, que podem ser removidos durante a navegação. Um detalhe interessante e também muito importante da churrasqueira é que ela tem um interruptor que a desliga se alguém fechar a tampa do espaço gourmet com ela ligada. Toda a área gourmet é muito bem interligada ao salão do barco. Este possui um grande sofá em “L”, que acomoda confortavelmente dez pessoas durante o passeio, e ao centro há uma mesa rebatível. Do outro lado nós temos uma bancada extensa com uma pia com água quente e fria, geleira, duas geladeiras, sendo uma freezer, projetadas especificamente para a F420 e uma cristaleira. Seguindo mais adiante, ao lado do posto de comando há uma ótima chaise para curtir o passeio e também tomar sol quando o teto está aberto. Esta é uma lancha que não deixa a desejar com relação a posição de pilotagem. Do posto de comando é possível ter uma visão muito clara e ampla, tanto a bombordo, quanto à boreste e à frente, algo que pode ser difícil numa hardtop. O posto de comando em si é muito bem equipado e todos os equipamentos estão posicionados de forma que quem está pilotando

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a lancha tenha tudo a mão e dentro do campo de visão. O modelo testado está equipado com o sistema Easy Glass, da Volvo Penta. No deck inferior desta embarcação de 42 pés há mais um salão confortável para quatro pessoas, mobiliado com um sofá em “L”, uma mesa central, uma televisão, uma pequena cozinha com geladeira, pia, microondas e um cooktop. Este espaço possui várias vigias em cima e uma na lateral, que fazem com que o ambiente seja muito bem iluminado durante o dia, criando um clima muito agradável e claro. A cabine de proa é muito aconchegante e possui uma cama de casal. A altura desta ao teto é de 70 cm. O quarto possui vários armários e todas as vigias possuem cortinas black out. Já a cabine de meia nau possui um sofá logo na entrada, que fica de frente para a cama de casal. Esta pode ser transformada em duas de solteiro quando retirados os complementos centrais. Assim como em todos ambientes, a cabine possui uma disposição muito boa e uma atmosfera muito confortável. Ela também possui ja-

nelas que dão mais luminosidade ao ambiente. Na ocasião do teste, o barco estava muito bem decorado para uma exposição, o que prova o quão aconchegante os ambientes podem ser uma vez que ele está com estilo que o proprietário escolher. Ainda no deck inferior, há um banheiro que atende tanto a cabine de casal quanto ao salão. Este foi decorado com uma bela pia de vidro, uma privada elétrica, um box com chuveiro de teto e um banco.

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boatteste testef420 Okean 50 coupé boat grand

DESEMPENHO NA PRÁTICA A F420 Gran Coupé cumpre o que promete? A F420 pode ser equipada com dois motores de até 380 HP, e o modelo testado estava com dois Volvo Penta D4 300 HP diesel, que entregaram uma velocidade de cruzeiro a 27 nós e velocidade máxima de 33 nós, com uma média de consumo dentro dos padrões de uma embarcação de 42 pés. O teste foi realizado em Itajaí, Santa Catarina, e o dia estava ensolarado, com o mar liso e vento de cerca de 5 nós, ou seja, muito favorável para uma navegação tranquila. O barco, que possui um design esportivo, se mostrou muito bem equilibrado e se comportou muito bem na hora das curvas. De forma geral, o barco entrega o que promete.

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boatteste testef420 Okean 50 coupé boat grand

NÚMEROS DA NAVEGAÇÃO:

CONDIÇÕES DO TESTE Tempo: 20 graus Vento: menos de 10 km/h Ondulação: inferior a 0,5 metros Teste realizado em Itajaí

Com a velocidade de cruzeiro, este barco é capaz de alcançar 245 milhas, o que é bem favorável

A plena função do barco fica evidente na navegação econômica é muito eficiente

ECONÔMICA

Aqui é que F420 mostra seu valor, navegando muito bem com uma boa autonomia

CRUZEIRO

MÁXIMA

RPM

2800

3000

3550

Velocidade (nós)

25,4

27

33

Consumo (litros)

75

86

114

Milhas/Litro

0,34

0,31

0,29

Litros/Milha

2,95

3,19

3,45

Autonomia (MN)

264

245

226

Autonomia (horas)

10

9

7

10

10,8’’

5

Ficha técnica 15

Comprimento 12,40 m Boca máxima 3,80 m Calado 0,75 m Motorização 2 x 300 a 380 HP

0

20

Tanque de combustível 780 L Tanque de água 230 L Velocidade de cruzeiro 25,4 nós

Aceleração Equipada com a parelha de Volvo Penta D4 300 HP, a F420 Gran Coupé demorou 10,8 segundos para atingir a velocidade de 0 a 20 nós

Velocidade máxima 33 nós Passageiros (dia/noite) 14 / 4

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A autonomia é avaliada com o tanque de combustível na sua capacidade máxima. Atenção: por segurança, os passeios devem considerar, obrigatoriamente, uma reserva de 20% da capacidade total do tanque, do ponto de partida até o próximo ponto de abastecimento. A navegação em cruzeiro econômico é a mais eficiente medição para um barco de passeio, porque considera o melhor consumo da embarcação de acordo com a proposta do seu casco e o conjunto motorização/propulsão.

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DETALHES DO BARCO:

A cabine à meia nau possui um sofá em frente a cama que complementa o ambiente aconchegante

No salão do deck inferior há uma segunda cozinha completa para auxiliar a área gourmet na popa

As vigias no teto do deck inferior permitem que o ambiente seja muito bem iluminado durante o dia, deixando o espaço mais vivo

O posto de comando da F420 Gran Coupé é muito bem equipado e bem projetado para que todos os equipamentos fiquem a mão

A escada para a cabine possui degraus largos, dando mais estabilidade e segurança

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boatteste testef420 Okean 50 coupé boat grand

IMPRESSÕES AO NAVEGAR:

SEU BOLSO: A versão testada está completa, com diversos opcionais e está equipada com uma parelha de Volvo Penta D4 300 HP, mas o estaleiro oferece uma versão a partir de R$1.250.000,00. O barco pode ser equipado com motor de até 380 HP.

DESEMPENHO: O desempenho da F420 Gran Coupé ficou dentro do esperado para uma 42 pés, se comportando muito bem nas curvas. A F420 Gran Coupé chegou a uma velocidade máxima de 33 nós, a 3550 RPM.

CONSTRUÇÃO: A F420 Gran Coupé foi totalmente construída dentro das normas de certificação internacional para que posteriormente o modelo possa atender o mercado exterior.

ACABAMENTO: Esta lancha possui um design esportivo e já conta com o novo padrão de tecidos adotados pelo estaleiro. Foi mudada a composição de cores e utilizadas as últimas tendências internacionais. O acabamento e qualidade dos tecidos são de alto padrão, com courvim antimofo.

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SEGURANÇA: O barco possui soluções inteligentes que trazem mais segurança para passar o dia a bordo. Um bom exemplo disso é o mecanismo de desligamento automático da churrasqueira, uma vez que a tampa é fechada, evitando acidentes. Ele também possui um extintor de incêndio dentro da casa de máquinas, ao lado dos motores. O grande número de pega-mãos em todo o barco é outro item que merece destaque, por dar mais segurança ao se locomover pelo barco.

PILOTAGEM:

CONFORTO:

INOVAÇÃO:

A posição de pilotagem é excelente, dando uma visão muito ampla tanto nas laterais quanto à frente e o posto de comando é equipado de forma que tudo fica a mão de quem está pilotando o barco. O banco é duplo e rebatível.

A disposição dos ambientes e a amplitude traz uma atmosfera agradável e muito confortável para esta lancha. Num passeio durante o dia ela acomoda tranquilamente dez pessoas e tem capacidade para quatro pessoas durante a noite.

As principais inovações para esse barco são os tanques de combustível em aço inox, as linhas de combustível feitas nos padrões americanos, preparados para atender o mercado exterior. Além disso, o estaleiro também implantou um novo sistema elétrico.

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boatteste testef420 Okean 50 coupé boat grand

O MELHOR USO A F420 Gran Coupé é um barco na medida pra você? A F420 Gran Coupé é o maior barco fabricado pela Fibrafort e possui muitos aspectos que a transformaram em uma das queridinhas do mercado em tão pouco tempo e que a tornam uma opção bem atrativa na faixa dos 40 pés. O aproveitamento dos espaços permitiu a criação de ambientes amplos e confortáveis. Um dos pontos altos é a iluminação natural no deck inferior do barco. Outro aspecto interessante desta lancha é como ela é muito bem equipada com uma ex-

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tensa lista de itens de série que pode ser complementada por diversos itens opcionais como guincho elétrico, abertura elétrica da casa de máquinas, suporte para bote e muito mais. Este é um barco para você passar momentos muito especiais com sua família e amigos em grande estilo e muito conforto. A faixa dos 40 pés é bem disputada e possui ótimas opções no mercado, mas a Fibrafort conseguiu trazer uma lancha que vai dificultar ainda mais essa decisão e que merece ser analisada antes de fechar qualquer negócio.


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O melhor de dois mundos

Navetta 33 A BELEZA PERTENCE AO MUNDO, MESMO QUANDO ESTA É A BELEZA DE UM DOS IATES MAIS CHIQUES E EXCLUSIVOS QUE NAVEGARÁ PELOS MARES NOS PRÓXIMOS ANOS. Por Cristiane Bartel

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navetta 33

C

harmosa, chique e exclusiva. É assim que podemos começar a descrever a premiada Navetta 33. Lançado pela Custom Line, este é um iate que vem se provando um dos mais bem conceituados do estaleiro italiano, tendo cinco unidades vendidas antes mesmo de seu lançamento oficial e uma série de prêmios, sem contarmos o quanto ele chamou a atenção nos boat shows por onde passou. Seu design foi desenvolvido pela equipe do Ferretti Group em parceria com o Studio Zuccon International Project, estúdio de design que já trabalhou com o estaleiro em diversos projetos de sucesso. Daí surgiu uma visão totalmente nova para a linha Navetta, que são barcos de grandes dimensões e construídos para cobrir longas distâncias a um ritmo lento, mas não tanto para a beleza. A linha da Custom Line, no entanto, é uma reescrita que será de inspiração para outros construtores.

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Com 108,3 pés, ou 33 metros, a Navetta 33 introduz avanços técnicos consideráveis para a linha, que servem para complementar as inovações que já foram apresentadas em modelos anteriores. O iate oferece ambientes incríveis para o proprietário e seus convidados em todos os seus quatro decks. Da enorme suíte master, na proa do deck principal, até as quatro cabines para convidados, no deck inferior. Além de todo o espaço exterior, que contém algumas características marcantes. A garagem da Navetta possui um sistema de abertura de portas patenteado, que quando aberta transforma a popa num belíssimo e espaçoso beach club. Ela tem capacidade para guardar uma moto aquática e um tender, também conhecido como barco de apoio, de até 5 metros de comprimento. A proa possui um amplo solário, que pode ser coberto por uma tenda, e é mais um ambiente delicioso para aproveitar.


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navetta 33

Já a praça de popa pode ser considerada uma sala de estar ao ar livre, com um grande e confortável sofá e algumas cadeiras. O deck superior é quase um iate a parte, com uma sala de TV extensa, também decorada com um grande sofá e, na área externa, há uma sala de jantar ao ar livre, com uma escada lateral que dá acesso à praça de popa e ao flybridge. Este é extremamente extenso e conta com uma jacuzzi, que pode ser fechada para aumentar ainda mais o solário e um ambiente coberto, muito bem decorado com sofás e uma pequena mesa de centro, para se apreciar a paisagem durante a navegação.

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navetta 33

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Um casco elegante e uma proa em forma de bulbo, proporcionam um excepcional desempenho ao navegar e autonomia de atĂŠ 2.000 milhas

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navetta 33

O salão principal é muito espaçoso e é dividido em dois ambientes, uma sala de estar com um sofá em “L”, combinado com um sofá de dois lugares, que fica de frente para a varanda, e uma sala de jantar com uma mesa para oito pessoas. As amplas janelas nas laterais do barco são uma tendência e permitem a entrada de luz natural em abundância, deixando o ambiente extremamente iluminado. Um detalhe que se destaca na decoração é o revestimento do teto, que pode ser substituído por espelhos, dando ainda mais amplitude para o iate.

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Todos os deck da Navetta 33 permitem que você percorra o iate com conforto


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navetta 33

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A suíte master é um capítulo a parte, composta por uma cama de casal, um walk in closet, armário espelhado, poltrona, espreguiçadeira, escrivaninha e dois banheiros com box, com vidros que ficam opacos ao clique de um botão. Este iate possui quatro grandes cabines VIPs muito bem decoradas, sendo três com camas de casal, armários e banheiros e uma com duas camas de solteiro e uma pullman. Todas as cabines possuem vistas privilegiadas, graças às amplas janelas nas laterais do iate. Além de ser um iate com muito volume e muito bem projetado, a Navetta 33 também é extremamente equipada tecnologicamente. O iate possui um sistema de internet, que

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navetta 33

Vista do flybridge

Opção do deck superior com mesa de jantar externa

permite ter duas redes Wi-Fi independentes, uma para o proprietário e seus convidados, e outra para a tripulação. Mas uma de suas características mais marcantes em termos de tecnologia, que pode passar despercebido, é o selo mecânico flexível especial no eixo de propulsão, que absorve as vibrações do eixo e o piso flutuante, que minimiza em quase zero o ruído no interior. Essas soluções fazem uma diferença significante na vida a bordo. O posto de comando é equipado com cinco telas, das quais duas são touch screen, além de uma tela mais longa para um teclado virtual. Tudo isso foi pensado para oferecer uma navegação segura. A motorização da Navetta 33 é feita por uma parelha de motores MAN, de 1.400 MHP. O estaleiro ainda oferece mais duas opções, sendo elas uma parelha de motores MAN, de 1.650 MHP, ou dois CAT C23, de 1.622 MHP. Dependendo da propulsão escolhida, o iate pode atingir entre 15 e 16 nós de velocidade máxima, e entre 12 e 13 nós de velocidade de cruzeiro.

Ficha técnica Comprimento total:

33 m Boca:

7,68 m Calado:

2,18 m Opção do deck superior com sala de estar ao ar livre

Motores:

2 x MAN V12 (1.400 HP) | 2 x MAN V12 (1.650 HP) | 2 x CAT C32 (1.622 HP) Velocidade máxima:

15 - 16 nós Velocidade de cruzeiro:

12 - 13 nós Vista do deck principal

Deslocamento:

183 T Tanque de combustível:

20.000 L Tanque de água:

3.100 L Vista das cabines

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www.customline-yacht.com


A


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Latona Quando o clรกssico encontra a tecnologia

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latona

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om muita personalidade, estilo único e diferente da maioria dos designs de superiates, o Latona foi lançado pela CRN Yachts no final de agosto como principal destaque do estaleiro. O superiate foi totalmente construído sob medida para satisfazer os desejos do proprietário. O estilo, principalmente o interno, do superiate é o que mais chama a atenção. Fugindo do padrão utilizado hoje, que se fixam mais em um design clean e moderno, o Latona foi totalmente inspirado no clássico estilo Liberty, nome pelo qual o art nouveau ficou conhecido na Itália. Esse estilo é conhecido por exaltar a natureza e os detalhes em cada peça. O design interior e exterior são assinados em conjunto entre a CRN e a Zuccon International Project. Com seus 50 metros de comprimento, quatro decks e um underdeck, o Latona se destaca pela riqueza dos detalhes em cada parte do iate. Desenvolvido junto com o cliente, este superiate

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foi criado e construído para atender ao pedido de seu proprietário: máxima personalização. A ideia é que o Latona seja único, pelo interior e exterior. A primeira medida para isso foi usar uma cor diferente para o casco, dando singularidade ao iate. Um tom elegante de turquesa foi o escolhido. Este tom é variável e pode mudar de intensidade dependendo da cor do fundo do mar e as águas em que o iate está navegando. A bordo do Latona os convidados encontrarão inúmeras áreas ao ar livre. Do amplo estilo mediterrâneo do deck para a área de estar na proa, até áreas de estar e de refeições. O superiate também é cercado de magníficos terraços que dão uma vista incrível para o mar. Este é um iate dotado de uma personalidade forte, capaz de combinar harmoniosamente o elegante estilo de suas linhas exteriores com áreas interiores altamente funcionais. O resultado da decoração é fruto de um estudo meticuloso do estilo da Europa Central dos anos 20, feito pela equipe dos envolvidos.


A ideia é que o Latona seja único, pelo interior e exterior

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latona

Este clima agora permeia todos os interiores, a partir do chão, que são enriquecidos por decorações únicas escolhidas pelo proprietário, como por exemplo o bordado sinuoso em marrom escuro - um leitmotiv que é encontrado em todos os decks. Dependendo das áreas do iate, este elegante padrão se desenrola ao longo dos pisos (ambos em mármore e carpete), bem como no corrimão curvo da escada interna, criando um contraste agradável com os painéis de madeira com as paredes claras. Linhas sinuosas acompanham os convidados em todas as áreas do iate. Os móveis também são caracterizados por suas formas suaves e arredondadas que harmonizam elegantemente com uma decoração sofisticada e artesanal. Os detalhes estão presentes também nas portas. Elas são decoradas com baixos-relevos graciosos e "ondulantes"; as lâmpa-

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das são customizadas em vidro de Murano com padrões de flores e folhas, inspirando-se na natureza, no perfeito estilo Liberty. Os interiores elegantes são ainda mais enriquecidos por painéis de madeira de carvalho com acabamento em prata nas paredes. Toda madeira do painel é uma peça única, criada com artesanato incomparável e decorada com tecidos selecionados individualmente pelo proprietário. Os padrões de flores de madeira também são encontrados nos lustres montados no teto da cabine principal. O Latona pode acomodar confortavelmente até dez pessoas em cinco cabines caracterizadas por detalhes extremamente refinados: a cabine principal, duas cabines VIP e duas cabines duplas, além de acomodações para nove tripulantes, incluindo o capitão.


O cockpit no deck principal possui áreas amplas e confortáveis na cor azul claro e turquesa, tons encontrados em vários detalhes da decoração ao ar livre. Pode-se desfrutar de uma ampla piscina no deck principal. Ela apresenta um mosaico que delicadamente combina tons de turquesa e detalhes dourados. A piscina conta com muita luz natural, por meio do local que o tender é guardado, localizado abaixo dela. O salão principal inclui uma grande sala de jantar mobilhada com uma elegante mesa redonda em madeira de nogueira com decorações de prata e cadeiras embelezadas por um padrão floral que adiciona um toque exclusivo para jantares de gala, por exemplo. O teto acima desta área tem espelhos e esculturas de madeira que, com precisão, reproduzem o bordado do Imperador decorando o chão. As janelas de vidro que vão do chão ao teto permitem a abertura desta área em três lados, para jantar ao ar livre e apreciar a vista deslumbrante dos dois lados do terraço. Conforme especificamente solicitado pelo proprie-

tário, a cozinha foi localizada atrás da área de refeições e uma escotilha conveniente foi cortada nos painéis de madeira, tornando o serviço ainda mais eficiente e discreto, já que pode ser facilmente escondida quando não é necessária. O longo corredor, que separa o salão principal do lobby e a cabine master, traz a atmosfera parisiense dos anos 20 encantando os visitantes. Isso acontece graças a detalhes já vistos ao longo do interior. O destaque deste ambiente é a escada em espiral em frente ao elevador, que conecta os três andares internamente. Ela é equipada com uma coluna central iluminada de madeira revestida com folha de prata. Um pouco mais adiante, em direção à proa, está a exclusiva cabine do proprietário, que ocupa toda a boca do superiate. A cabine se abre para uma sala de estar mobiliada com um sofá redondo de tom neutro, área esta que é para uso apenas do casal. Um elemento distintivo nesta área é o fumoir, uma varanda que também pode ser apreciada durante a navegação. A suíte principal impressiona pelos inúmeros detalhes feitos à mão, como a cabeceira da cama em madeira escura de nogueira e veludo azul-claro, as linhas suaves e sinuosas dos móveis, a lã branca e a seda e o carpete decorado com o bordado marrom escuro que atravessa todo o iate. Há também elegantes detalhes nos vidros. O teto é uma verdadeira obra-prima dos habilidosos artesãos que trabalharam nele, com flores de madeira de cinco pétalas formando uma coroa em volta dos lustres. No lado direito da suíte está um espaçoso terraço privado exclusivo que oferece uma vista magnífica do mar. Dentro da suíte, duas entradas permitem acesso ao banheiro para ele e para ela. Ambos são inteiramente em um magnífico mármore carrara brilhante. A grande banheira de hidromassagem circular e o chuveiro estão localizados na parte central do banheiro. As portas em vidro são todas elegantemente harmonizadas que adicionam um toque verdadeiramente único a esta sala.

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latona

A popa foi transformada em uma grande área de estar ao ar livre exclusiva e integrada com um beach club de mais de 70 m². Isso permite um espaço para desfrutar do mar e do ambiente tanto indoor quanto ao ar livre. Nesta área é possível aproveitar e relaxar na sauna decorada com um mosaico personalizado em tons de azul e dourado, exercitar-se na academia, deitarse no solário. Também é possível armazenar todos os brinquedos aquáticos disponíveis para toda a família. As crianças podem se divertir na piscina de água do mar - também com um precioso mosaico azul turquesa, combinando com a sauna e a paleta de cores do superiate - que se torna uma garagem para o tender quando o iate está navegando.

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O deck inferior também abriga as quatro cabines de hóspedes. Duas cabines VIP podem ser encontradas na popa, decoradas com painéis revestidos de tecido, painéis lacados, espelhos adicionando ainda mais profundidade às cabines e carpetes com padrão refinado, sinuoso, reminiscente das ondas do mar. Duas cabines com camas de solteiro estão localizadas na proa. Uma é para as crianças mais novas e é mobiliada com uma cama beliche, enquanto a segunda tem duas camas deslizantes que podem ser convertidas em uma de casal, bem como uma cama pullman adicional. Todas as cabines são suítes, com banheiros que compartilham o mesmo estilo do proprietário, a partir de mármores finos para o grande chuveiro com assento.

As cabines também seguem o estilo de decoração clássica

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latona

Chegando ao deck superior, os convidados são recebidos em um grande salão dedicado à música. O estilo Liberty permeia nesta área também, como mostrado pelo sofá especial feito sob medida como uma lira, um instrumento musical típico da década de 1920 e pela decoração do tapete branco a seus pés. Outro atrativo nessa sala é o piano de cauda elegante, lacado a branco. Todos os interiores são preenchidos por madeira de carvalho branqueada, com seções alternadas foscas, polidas e mármore. O teto bordado, as gravuras curvas nos painéis de madeira da parede, as cortinas e as lâmpadas contribuem para tornar esta área verdadeiramente única. Graças às amplas janelas laterais e as superfícies de vidro que se abrem para 120°, o salão de música é muito iluminado e oferece vistas deslumbrantes da paisagem. No exterior, os hóspedes podem encontrar a área de refeições ao ar livre, com uma mesa de teca totalmente personalizada em estilo Liberty, um bar e uma adorável sala de chá ao ar livre, destaque de luxo neste deck. Duas grandes espreguiçadeiras completam esta área. Para diversão, uma parede de escalada inflável promete oferecer aventuras inesquecíveis. O lobby do deck superior também segue a linha do estilo da Europa dos anos 20. Uma claraboia permite a entrada de bastante luz diretamente do terraço. Andando mais para a proa, a cabine e o escritório do capitão podem ser alcançados, seguido pelo posto de comando, construída no mesmo tom castanho escuro como recorrentes de Latona.

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A área de estar e o solário localizados na parte da frente do iate são muito grandes e confortáveis. Todo o mobiliário possui uma linda paleta de tons de azul claro. Esta área também apresenta a garagem oculta para o barco de apoio - localizada sob uma enorme espreguiçadeira com almofadas, um toldo rool-out e duas motos aquáticas. O terraço, em típico estilo mediterrâneo, é composto por três estruturas separadas, mas fisicamente ininterruptas. A sala de jantar, área equipada com jacuzzi e solário de popa, com quatro espreguiçadeiras. O tobogã inflável, um dos brinquedos favoritos da família proprietária, pode ser implantado de um lado em direção à popa. A área central

foi escolhida para um espaço de refeições, com um sistema de névoa de água agradável instalado no teto para resfriar o ambiente quando necessário. Uma churrasqueira e um bar também podem ser encontrados aqui. O conforto a bordo é assegurado por soluções de automação de última geração, permitindo o controle do sistema de áudio/vídeo e luzes. As cortinas decorativas e black-out podem ser controladas através de iPads instalados em diversas áreas do iate, nos quartos ou diretamente do próprio dispositivo depois de baixar o aplicativo dedicado. Graças aos dois motores Caterpillar C32 1081kW 2300, o iate pode atingir uma velocidade máxima de 16 nós e uma velocidade de cruzeiro de 14 nós.

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latona

Ficha técnica Comprimento total:

50 m Boca:

9,20 m Motores:

2 x CAT C32 1081 kW @ 2300 RPM Velocidade máxima:

16 nós Velocidade de cruzeiro:

14 nós Deslocamento:

510 T Tanque de combustível:

50.000 L Tanque de água:

14.000 L www.crn-yacht.com

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PROJETOS DE INTERIOR

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@arquitetura.on | comercial@arquiteturaon.com.br | Iate Clube de Santos | +55 13 3326 5610 | +55 13 99614 0707


Sec 280 T Uma multiuso a toda prova A SEC BOATS, ESTALEIRO CATARINENSE, QUE COMEÇOU COM O CATAMARAN VTR 350, DÁ INÍCIO À SUA DIVISÃO DE MONOCASCO, A SEC YACHTS. O PRIMEIRO MODELO LANÇADO FOI O DE 28 PÉS, PROJETO DE SUCESSO DA ACR YACHTS, QUE COMEÇOU COMO UMA 25 PÉS E FOI REPAGINADA. 84


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sec yachts 280 t

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Este modelo está equipado com motores popa, mas há a opção de colocar um motor de centro

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Sec Yachts é uma nova divisão do estaleiro catarinense Sec Boats, que será focada principalmente na construção de lanchas monocasco. A Sec Yachts 280 T é o primeiro modelo acima de 25 pés a ser fabricado e já chama a atenção por sua funcionalidade. Multiuso. Esta é a palavra que melhor descreve este barco que é diferente de tudo que você já viu e isso é facilmente percebido uma vez a bordo. A praça de popa da 280 T é muito ampla e conta com um espaço gourmet completo com uma churrasqueira, que pode ser elétrica ou a carvão, pia e armários. O costado alto faz com que o fast trawler seja muito bom para pesca e ele também possui suportes para varas e porta copos. Outro aspecto que o torna muito interessante é o banco bipartido, isto é, seu encosto pode ser movimentado para que o convidado possa sentar tanto de frente para a área da popa, quanto voltado para o mar.


Ainda na parte externa, os passadiços laterais que ligam a popa à proa são largos e muito bons para transitar de uma ponta a outra da embarcação. O estaleiro ainda se preocupou em colocar pega-mãos no teto rígido em ambos os lados, dando ainda mais segurança para quem quer ir para a proa para aproveitar o solário em um belo dia de sol, por exemplo. Em seu interior, a 280 T possui um salão pequeno, mas muito confortável, com um apoio para o espaço gourmet com geladeira, microondas e uma televisão. Mais à frente, há um sofá em “C” e uma pequena cristaleira de um lado, e do outro está o posto de comando. Este é muito bem equipado com equipamentos da Simrad e a posição de pilotagem também não deixa a desejar.

O passadiço largo dá mais segurança para ir de uma ponta a outra do barco

Confortável solário de proa Banco da praça de popa bipartido

Espaço gourmet completo

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sec yachts 280 t

O salão é confortável com excelente arranjo

Posto de comando completo e equipado com equipamentos da Simrad

É possível ter um ampla visão de todos os lados da embarcação tanto sentado, quanto em pé. Os aparelhos também ficam dispostos de forma que estão dentro do campo de visão de quem está pilotando e o banco tem um amortecedor, trazendo ainda mais conforto. Este barco possui um acabamento de qualidade e traz acomodações aconchegantes em sua cabine. Esta possui um pé direito de cerca de 1,65 m e é mobiliada com uma cama de casal diagonal na

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Módulo de apoio para a área gourmet e fechamento em porta de inox


A 280 T é bem equilibrada e responde bem nas retomadas de velocidade, tornando o barco ágil e fácil de pilotar

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sec yachts 280 t

Cabine de proa com cama de casal em diagonal

Banheiro espaçoso com ótimo pé direito

Cama de solteiro na lateral

proa, e uma de solteiro à meia nau, acomodando três pessoas em pernoite. Há também um banheiro que pode ser considerado grande para o tamanho do trawler. Com uma decoração primorosa, o banheiro desta primeira unidade possui uma bela pia de vidro, vaso sanitário e um chuveiro. A motorização da primeira Sec Yachts 280 T é feita com dois motores de popa Mercury 150, mas ele pode ser equipado com um motor de centro, o que deixaria a plataforma mais livre.

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Jaime Alves Um homem e seu sonho Por Ana Carolina Milagres Fotos Boat Shopping / Flexboat

Persistência e superação. Essas duas palavras resumem muito bem a história do estaleiro brasileiro Flexboat. Durante uma entrevista de mais de duas horas, o dono, inventor e presidente do estaleiro, Jaime José Alves Filho contou um pouco de sua determinação e sonho para criar a Flexboat.

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ideia de construir o estaleiro veio após uma decepção muito grande. Como cliente de outro estaleiro, Jaime sofreu uma forte decepção e foi extremamente maltratado. “Não é uma história bonita, é triste. Para entender o início da Flexboat, eu teria que contar tudo o que eu passei para comprar um barco”. Dono de uma empresa de consultoria, uma das maiores do ramo, Jaime era um empresário muito bem-sucedido. Formado em administração e análise de sistema, TI, Jaime já mostrou ter iniciativa quando escolheu uma área pouco comum para trabalhar na época. “Eu tinha muita demanda pelo meu serviço. Sua primeira experiência com uma lancha usada não foi boa, então Jaime decidiu comprar um barco novo. Em um estaleiro, ele conheceu e fez o test-drive em uma lancha Caribbean de 41 pés. “Eu fiquei encantado. Ela tinha dois motores Ford Diesel de 350 cavalos cada um. Mas eu não podia comprar aquela, aquela era só para demonstração”. O desenho de uma lancha foi mostrado para Jaime. Ele poderia escolher todos os detalhes. Do tapete até onde ficaria cada cômodo. Jaime não era o único interessado neste novo modelo. “Venderam para 10 clientes, eu era um deles. Fui pagando a lancha, na época o valor foi de 350 mil dólares em 10 vezes. Ia pagando 35 mil dólares por mês”. Como era muito ocupado com a consultoria, Jaime não pôde visitar o estaleiro para acompanhar a obra. Quando faltavam uns dois meses para a entrega, o empresário foi visitar o estaleiro e a surpresa não foi boa. “Levei um susto. Tinha uma cuia em cima de uma carretinha, ou seja, laminaram só o casco. Faltava tudo. Isso foi um dissabor muito grande”. O estaleiro havia feito um casco único e quando os clientes visitavam a fábrica, eles mostravam o mesmo casco laminado para todos. Após descobrir o golpe, Jaime ainda tentou ter sua lancha. Ele insistiu com o estaleiro e mesmo assim, após dois anos do prazo inicial de entrega o barco ainda não estava concluído. Jaime então decidiu levar sua embarcação para outro estaleiro. Para sua surpresa, o pouco trabalho que foi feito inicialmente era de má qualidade. “Precisaram desmontar a lancha inteira e refazer para ficar bem feito, nisso se passaram mais anos”. Durante esse período, com tanta falta de respeito, Jaime começou a pensar em montar seu próprio estaleiro.

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história da flexboat

Os primeiros portões da Flexboat

A ideia inicial de Jaime foi ter um estaleiro para a produção de lanchas médias e grandes. De 41, 50 pés. Para começar a conhecer o mercado ele mandou um telex para vários estaleiros da Itália, considerada por Jaime “o berço da náutica”. Após o contato, o empresário ficou trinta dias na Itália, visitando inúmeros estaleiros, dentre eles a Azimut, Cranchi, Ilver. A ideia era conhecer e entender como os barcos eram feitos, ainda mais barcos daquele porte e adquirir a tecnologia. Após ver a estrutura e forma de venda, Jaime se viu forçado a quase desistir de sua ideia. “Depois dessa viagem de 30 dias eu descobri que o dinheiro que eu tinha não seria o suficiente para fazer um estaleiro e ter barcos assim com entrega imediata. Eu ia construir os galpões, contratar o pessoal, ter matéria prima, fazer o desenho de um barco, vender para alguém, pegar o dinheiro de parcelinhas para aí construir o barco. Tinha o risco de fazer a mesma coisa que fizeram comigo”. Jaime já havia desistido de ter seu estaleiro quando um amigo, Sérgio Reck Garcia, executivo da consultoria, lhe deu uma ideia. Fabricar barcos inflá-

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veis. A sugestão, de primeiro momento, não foi bem vista por Jaime. “Eu disse, você está doido? Eu estou querendo fazer iates e você quer que eu vá fazer uns brinquedinhos? Ele me respondeu que a Estrela (marca de brinquedos que naquela época era muito forte) também faz brinquedos e é uma potência”. Com um novo ânimo para um novo negócio, Jaime fez uma pesquisa de mercado no Brasil para conhecer clientes e concorrentes. Novamente ele começou do zero. Ele mandou novamente um telex para várias fábricas na Itália, para sua surpresa eram mais de 40. Ele ficou mais trinta dias no país e visitou vinte de seis fábricas, entre elas, Prestige, Nova Marine, BWA, Lomac. A ideia novamente era ver como os barcos eram construídos, ver e escolher a melhor tecnologia para comprar. Porém, mais uma vez, o dinheiro era um problema. Os italianos queriam cobrar 250.000 dólares para ensinar os brasileiros a fabricar um barco inflável. Mais uma vez vendo seu sonho ruindo, Jaime precisou de mais um amigo. O francês Philippe Lemize. Diretor de exportação da fábrica Hypalon na França,


Pennel & Flipo, Philippe gostou da história de Jaime e apresentou uma empresa venezuelana chamada Caribe Nautica. Essa empresa já havia comprado a tecnologia da italiana Lomac e venderia por um preço bem menor para o brasileiro. A partir da tecnologia comprada, era hora de focar na fábrica. Em sua pesquisa de mercado de infláveis, a empresa de consultoria viu que o maior mercado era em São Paulo, capital. O segundo maior era São Paulo interior, o terceiro Rio de Janeiro e o quarto Minas Gerais, que como lembra Jaime, nem litoral tem. Esse dado levou o empresário e sua equipe a escolherem a cidade de Atibaia como casa da Flexboat. O imóvel encontrado já tinha o início de uma construção de galpões. Jaime então o comprou e fez toda a parte de infraestrutura. “Faltava quase tudo, tinha só as fundações. Eu cheguei aqui não tinha luz elétrica, água potável e esgoto”. Quando estava quase tudo pronto, faltando pou-

“Ele [...] me disse: não é bom para nós investirmos o nosso dinheiro em um país aonde o presidente acorda de mal humor e toma o dinheiro de todo mundo”

A famosa lancha do Jaime

cos meses para inaugurar, veio o Plano Collor. A notícia se espalhou pelo país e o mundo e chegou no sócio venezuelano de Jaime. “Ele me ligou em um sábado de manhã e me disse o seguinte: não é bom para nós investirmos o nosso dinheiro em um país aonde o presidente acorda de mal humor e toma o dinheiro de todo mundo. Amanhã quando esse troço estiver dando lucro eu não vou conseguir tirar o lucro daí. Então estou te ligando para dizer que estamos fora”. Além de perder o sócio que teria 20% da empresa, Jaime também perdeu peças importantíssimas em seu processo de construção, pois o capital que seria aportado seria pago através dos flutuadores já prontos para a fabricação dos botes. Neste período, Jaime ainda estava na consultoria e a decisão de seu

Início da obra

Jaime Alves e sua esposa Eliana Candido

Primeira fase da fábrica pronta

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história da flexboat

ex-parceiro venezuelano o fez focar as atenções na Flexboat. Mudança essa que mexeu com toda sua vida social e pessoal. “Eu vendi a minha parte na consultoria e me mudei de mala e cuia para Atibaia, aluguei uma casinha, no bairro mais humilde da cidade, mas o mais próximo a fábrica, porque eu sabia que seria o primeiro a chegar e o último a sair”. Sozinho Jaime só tinha dinheiro suficiente para bancar 80% da fábrica. “Eu tinha gastado todo meu dinheiro na obra, no recrutamento e seleção dos primeiros funcionários, treinamentos, aquisição dos equipamentos e salários. Aí começou uma fase muito difícil. Eu comecei a vender tudo o que eu tinha”. A fábrica não conseguia fabricar. Não havia conhecimento para utilizar o Hypalon que acabara de chegar. A única coisa que Jaime tinha eram barcos que a Caribe Nautica havia enviado ao Brasil para inserir a marca Flexboat no mercado brasileiro. E foi por meio desses que a Flexboat começou a sua produção. Neste período, a parte financeira da empresa não melhorava. A alternativa para Jaime foi vender aquela que deu início a sua trajetória com a Flexboat, sua lancha. A embarcação estava em frente aos galpões pegando chuva e sol, apodrecendo e mofando. Com uma dívida na França, na empresa em que o amigo francês trabalhava, Jaime viu a venda de sua lancha como única saída. Depois de um tempo, com a dívida internacional paga, Philippe, o amigo francês, veio para o Brasil e ficou inconformado com a história. Jaime havia vendido todo seu patrimônio para pagar a Pennel & Flipo. Jai-

Primeiros botes da parceria com a Caribe Nautica

Boat Show

Jaime passou então a colocar suas forças na divulgação da marca. Ele conheceu empresas do mercado náutico que o ajudaram a ganhar visibilidade Primeiras fotos publicitárias

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Salão Náutico Internacional do RJ - 1997

me se mostra muito agradecido pela ajuda do francês, tanto que seu filho recebeu seu nome. Uma homenagem a quem o ajudou muito no início de tudo. Após a visita de Philippe as coisas começaram a acontecer. Jaime conseguiu desenvolver vários processos da construção dos barcos no Brasil. Adesivos, válvulas, bombas e etc. Os barcos começaram a ser fabricados e então outro problema surgiu. Ninguém conhecia a Flexboat. “Nós chegamos a ter 130 barcos fabricados e empilhados aqui no galpão, de várias cores e não vendia nenhum. Jaime passou então a colocar suas forças na divulgação da marca. Ele conheceu empresas do mercado náutico que o ajudaram a ganhar visibilidade no cenário nacional. A partir de então a Flexboat começou a virar realidade. Neste momento, Jaime fez questão de lembrar e exaltar a importância de uma pessoa fundamental para a Flexboat. Sua Esposa. “Minha mulher, não sei nem te dizer. Ela é incansável. Ela ia para o estande, abria carpete no chão, colava o carpete, ajudava a descarregar o caminhão. Ela participou de tudo. De varrer o galpão a inflar e lixar os barcos. Você não imagina”. Jaime também decide contar sobre outra pessoa que foi fundamental para o início da empresa. “Na época da consultoria, quando eu estava no auge, tive um motorista no Rio de Janeiro, chamava-se Francisco. Esse amigo me seguiu por 30 anos. Quando eu vim pra cá ele mudou para Atibaia e veio trabalhar na Flexboat. Chico dirigiu caminhão e carregou barcos. Tem pessoas que não podem ser esquecidas.

Jaime e equipe comercial - RJ - 2004

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história da flexboat

ENTRADA NA AUTARQUIA

A área militar foi um passo muito importante na Flexboat, principalmente pela visibilidade gerada. Para começar nesse ramo Jaime se inspirou mais uma vez na Itália. “Eu peguei as fotos dos barcos italianos, caracterizados, levei meus barcos de lazer e levei essas fotos para mostrar para os militares que os países usavam barcos infláveis para missões especificas”. Porém, sem acesso nenhum a Marinha do Brasil, o contato ficava muito difícil. Nesse momento, Jaime conheceu o deputado Celso Russomano, frequentador de Atibaia. O deputado o levou para conhecer o Comandante Geral da Marinha. “Ele agendou, fui para Brasília e eu apresentei as ideias todas. O almirante gostou muito e falou: vamos fazer o seguinte, eu vou comprar um de amostra para ver se a gente gosta”. Jaime então fez

“Eu construí uma máquina de guerra e eles queriam transformá-la em uma ambulância” um legítimo barco militar, com suporte de metralhadora na proa dentre outras coisas. Porém para a sua surpresa, os militares o pediram algo diferente. “Me pediram para tirar o suporte e colocar duas macas. O almirante justificou que faziam treinamentos na restinga da Marambaia - no Rio de Janeiro - e usavam munição de verdade para fazer os exercícios. Em algum momento algum soldado se feria de verdade. Então eles precisavam de um barco de baixo calado, que chegasse a praia, para retirar o ferido. Era mais útil para eles o barco com as macas do que com o suporte para metralhadora”. Jaime então mudou todo o projeto e desenvolveu um barco específico para essa necessidade. Os militares gostaram muito do trabalho e começaram a pedir outros barcos. A venda para a marinha também abriu mercado para barcos de lazer. “Nossas vendas de lazer também cresceram, no Norte e Nordeste eles usam jangada e barco de alumínio, quando viram os barcos da capitania dos portos queriam um parecido”.

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EXPORTAÇÕES

SR 760 High-Tech

Depois de um período sem investir no mercado internacional um velho conhecido de Jaime o ajudou a colocar a Flexboat mais uma vez no mercado americano. Um dos sócios da Caribe Nautica se mudou para os Estados Unidos, lá ele criou a Caribe USA, e começou a vender a marca venezuelana. O negócio ia muito bem até que Hugo Chávez assumiu a Venezuela. Este momento foi o início do fim da iniciativa privada daquele país. Com isso, o empresário venezuelano, Domenico, decidiu vender os barcos de Jaime. “Ele começou a vender nossos barcos, começamos a ser reconhecido nos EUA, ir às feiras, a coisa começou assim”. Os Estados Unidos são a vitrine para o mundo. Jaime passou a receber pedidos de clientes de lugares como África, Noruega, entre outros. Nesse período Jaime acredita que a Flexboat vendeu mais de 2.000 mil barcos. Porém a boa fase de Jaime nos Estados Unidos não durou muito. Seu então distribuidor começou a representar outro estaleiro. Por conta disso, Jaime rompeu com Domenico e então decidiu mais uma vez montar uma empresa. Dessa

FLEX 450

Jaime sempre desejou expandir a Flexboat para fora do país, muitas foram as tentativas. A primeira teve a ajuda, mais uma vez, do amigo francês que o indicou um distribuidor nos Estados Unidos. Jaime chegou a mandar modelos para teste, porém o empresário americano tinha contrato de exclusividade com uma marca inglesa. Se quisesse o parceiro americano, a Flexboat teria que suprir a oferta inglesa e isso não era possível na época. “Teria que triplicar o tamanho da fábrica. Voltei para casa triste. Foram muitas tentativas”. Para não ocorrer o mesmo problema, Jaime decidiu ter a sua própria empresa nos Estados Unidos. Ele então criou duas; a Flexboat USA e a segunda chamada American Flexboat Corporation. Em ambas ele tinha sócios brasileiros. O negócio, no entanto, não vingou e decidiram acabar o negócio.

Lote de exportação

vez sozinho. Com muita orientação nasceu a nova Flexboat USA Holdings nos Estados Unidos. “Começamos de novo, aos pouquinhos, com 30 unidades que até o final de agosto de 2018, deve sair daqui”. O mercado americano não é o único de interesse da Flexboat. A Europa é o próximo passo, principalmente Portugal e Espanha. “Nós já temos um contrato de distribuição assinado com um empresário europeu. Nos Estados Unidos nós temos uma empresa aberta, mas ainda não é uma loja, na verdade é um galpão de distribuição. Em Portugal e Espanha nós teremos uma loja própria Flexboat”, comentou Reginaldo Lemes, diretor comercial da Flexboat. A ideia é inaugurar a loja no final deste ano. Outros países como Austrália e França também estão interessados na marca brasileira.

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história da flexboat

NOVOS PROJETOS

Para investir no mercado internacional e continuar com a liderança no Brasil, a Flexboat promete uma série de novidades no mercado. “Estamos trabalhando em vários projetos e novos produtos, como um bote de 11 pés com hidrojato, um barco grande cabinado que será com motor de popa. São seis novos projetos em andamento, todos com design exclusivo criados pela equipe da Flexboat”. O primeiro lançamento a ir ao mercado será o FLEX1100 cabinado. Segundo Jaime, o barco atenderá vários clientes, que pedem mais proteção em dia de chuva, esta embarcação que irá inaugurar a linha cabinada. Na sequência, o mercado conhecerá o tender de 11 pés com hidrojato, chamado FLEX JET 330. Além de barcos, o estaleiro também aposta em no-

vas tecnologias. O painel eletrônico micro processado da Flexboat será lançado em breve. “Nós já tínhamos um painel eletrônico antes, e agora está vindo a segunda geração. O grande destaque é que este tem mais botões e funções e possui um módulo de potência à parte, ligado através de cabo de rede”. A Flexboat promete não demorar para lançar as novidades, porém sinaliza que serão em doses homeopáticas. Com os negócios aumentado e novas ideias surgindo, a fábrica da Flexboat também passará por um processo de modernização. O principal objetivo é receber da melhor maneira possível seu cliente. “Estamos trabalhando para criar um showroom na fábrica, vamos fazer o showroom e um prédio administrativo novo, onde vamos conseguir atender de uma forma muito melhor os clientes que tem nos visitado hoje na fábrica”.

Novo showroom na fábrica

Novos projetos feitos pelo departamento de designs

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Reginaldo Lemes, Jaime Alves e seu filho Philippe

Linha de produção de barcos grandes

Escritório comercial

SUPERAR A CRISE ECONÔMICA

O mercado náutico vem sofrendo com a crise econômica que o país atravessa. Porém, na contramão da maioria dos estaleiros, a Flexboat conseguiu um crescimento expressivo nesse período. Em 2015 e 2016 o esporte ajudou a empresa. As Olímpiadas do Rio de Janeiro fizeram o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) comprar muitos barcos para organização geral do evento. No início de 2016 a Marinha Brasileira também fez muitos pedidos para usar nos Jogos Olímpicos. Jaime fez um acordo com esses órgãos públicos que o fez colher frutos até 2017. O COB queria os barcos para alugar, mas Jaime não queria, então foi feito um contrato onde após as Olimpíadas a Flexboat compraria esses barcos, por um preço pré-estabelecido e depois os venderia por um valor mais atrativo. Ter barcos para pronta entrega foi fundamental para ajudar a Flexboat. “Em 2017, no auge da crise, não tinha matéria-prima. 2017 faltou tudo, mas eu tinha 23 barcos grandes, prontos, dentro de casa, que eu comprei para revender, sem precisar fazer muita coisa. Não sentimos muito essa falta de material porque tínhamos barcos para entrega imediata, barco barato, já legalizado na marinha, isso nos ajudou muito em 2017”. A Flexboat está crescendo no mercado interno e externo, mesmo com as dificuldades impostas pelo país. “Na realidade não gostaria de ficar jogando confete em cima de mim, mas eu admiro qualquer industrial brasileiro, eu costumo dizer que eu tenho a empresa certa no país errado, a luta aqui é insana. Não tem noite de sono que resista a isso, é uma luta interna. Nós passamos por essas dificuldades no início e agora temos as atuais. Existe um ditado no meio náutico que diz: é muito fácil ficar milionário na náutica, é só pegar um que seja bilionário. Então para nós que estamos há 28 anos, você imagina tudo que a gente passou e tudo que vamos ter que passar para poder chegar a uma fase melhor. A briga continua e ela é eterna”.

Transportadora própria

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história da flexboat

Reginaldo Lemes “Voltar para Flexboat com esses 7 anos de bagagem de mercado e já ter tido uma gestão importante na empresa, me fez entender de verdade as dificuldades e quais são as oportunidades”

Reginaldo Lemes iniciou o trabalho no mercado náutico quando chegou à Flexboat. A primeira passagem na empresa durou um período de quatro anos. “Eu entrei aqui em 2006 e fiquei exatamente até 2010 e nessa primeira fase como comercial. No início atendendo venda direta governo - exportação, depois de 2 anos com a coordenação da área comercial e depois como gerente de treinamento. No último ano, depois daquele estouro de vendas que teve em 2008, que todo mundo vendia tudo no Brasil, eu assumi a gerência de treinamento da empresa, isso foi até 2010 quando eu sai da companhia”. Ele começou essa nova fase em uma experiência com iates em Angra, depois trabalhou em São Paulo com lanchas Sport Cruiser até 40 pés. Após dois anos Reginaldo voltou a Flexboat, porém, nove meses depois, uma proposta irrecusável o tirou novamente da empresa. “Eu recebi um convite irrecusável. Na época a Ferretti começou a fabricar os botes da Pirelli aqui no Brasil, então eu fui fazer a gestão comercial e a produção desse projeto aqui”. O projeto não vingou e ele voltou então a brokerage e conheceu uma outra área da náutica. “Eu pude provar de um mercado que até então eu não conhecia. Estava acostumado com barcos pequenos e médios, e aí por fim, acabei entrando no mundo dos iates”. Depois de experiências em várias empresas, Reginaldo decidiu ser dono do seu próprio negócio, que hoje, mesmo com o trabalho na Flexboat, continua de pé. A Connect Marine é uma corretora de embarcações semi-novas. Neste meio tempo, a vontade de ter seus próprios infláveis falou alto e ele decidiu mergulhar

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nesse mercado. “Eu queria fabricar os meus próprios infláveis, eu sempre gostei dessa área, não teria como ficar longe. Então comecei a fabricar barcos infláveis, não dava para dizer que era concorrente direto da Flexboat porque eram barcos até então feitos em PVC. Embora eu fizesse o meu melhor em acabamento e tudo mais, eu tinha a limitação da matéria prima”. Reginaldo e Jaime acabaram se encontrando novamente e decidiram voltar a trabalhar juntos. Para Reginaldo entender um pouco de cada área da náutica foi fundamental para que hoje ele tenha o sucesso como diretor comercial. “Não dá para você criar uma política comercial vencedora se estiver olhando só o próprio umbigo. Sair da Flexboat, do chão de fábrica, da comercialização B2B e virar broker, me fez pensar igual um broker pensa, virar representante de um estaleiro grande, me fez pensar como um vendedor de iates pensa, trabalhar em uma revista náutica me fez pensar como um vendedor de loja pensa. Entender quais são as limitações e dificuldades. Voltar para Flexboat com esses 7 anos de bagagem de mercado e já ter tido uma gestão importante na empresa, me fez entender de verdade as dificuldades e quais são as oportunidades”. Ele então reformulou a política comercial da Flexboat. Cada área do mercado (venda direta, de lojista e representantes) é representada por essa política. O desafio é grande e ele vê em sua equipe o ponto principal para tal estratégia dar certo. “Hoje eu tenho 8 CTC (Consultores técnicos comerciais) eles têm um nível técnico muito alto, muito preparado com relação à embarcação, à navegabilidade. Eles atuam


comercialmente cada um na sua respectiva regional”. Outra questão importante para o seu plano comercial funcionar é a remuneração, que é acima do que o mercado, e segue uma política que é uma máxima para toda empresa. A Flexboat também trabalha forte em um sistema de gerenciamento muito específico e que abrange quem queira fazer negócio com a marca. Essa divisão também trabalha gerando feedback para que todo mercado acompanhe em tempo real a negociação. “Nós temos uma base de dados hoje de mais de 30 mil clientes cadastrados sendo que mais de 11 mil já possuem nosso barco. Nenhum cliente que se interesse por um Flexboat está fora desse sistema”. Reginaldo também mostra que além de crescer fora do Brasil, a empresa investiu e tem investido no mercado nacional. A ideia é conquistar áreas não tão trabalhadas como por exemplo Centro-Oeste e Norte, retomar antigos mercados como a região Sul e potencializar áreas de alto investimento como o Nordeste. “Primeiro passo foi a consolidação do mercado nacional, que ano passado cresceu 46% e esse ano virou um desafio, para nossa surpresa tivemos um início de

Produção olímpica

Outra questão importante para o seu plano comercial funcionar é a remuneração, que é acima do que o mercado, e segue uma política que é uma máxima para toda empresa

A era dos superbotes

ano excelente, nos primeiros 5 meses, crescemos 35% sobre o mesmo período do ano anterior”. Os negócios com órgãos públicos do Brasil também receberam atenção extra, principalmente com a nova plataforma de vendas desenvolvidas exclusivamente para atender ao governo. O diretor fez questão de dividir o sucesso e crescimento da marca com seus clientes. “Nunca vendeu tanto barco Flexboat grande como agora. O que temos percebido de 2017 para cá, é que houve um amadurecimento em relação a este tipo de embarcação”. Para Reginaldo o trabalho está longe de terminar, muitas metas precisam ser batidas e muitos países conquistados. O sucesso é creditado a uma receita de poucos, mas importantes ingredientes. “Acredito em um trabalho sério, eu acredito em bons profissionais, eu acredito em muito treinamento, treinamento contínuo. Mas acima disso, eu acredito em honrar, cumprir aquilo que você promete, eu acredito em ter valores inegociáveis, acredito em trabalhar muito e em colocar Deus em primeiro lugar. Essas são as máximas que norteiam o meu trabalho”.

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Hangares 100% fechados.

A Espaço para eventos

Restaurante Climatizado

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terra firme

Eventos, acontecimentos, turismo & gastronomia no mundo náutico

Curaçao O país das cores

ENTRE CASAS COLORIDAS E PRAIAS PARADISÍCAS, CURAÇAO É UM PAÍS RICO EM CULTURA VINDA DE DIVERSAS NACIONALIDADES QUE CADA VEZ MAIS ESTÁ NA ROTA DE QUEM QUER CONHECER AS ÁGUAS CARIBENHAS.

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uase 40 praias de águas cristalinas e calmas rodeiam a maior ilha do antigo arquipélago das Antilhas Holandesas. Curaçao tem se tornado cada vez mais um destino procurado por viajantes do mundo todo que querem experimentar as águas do Caribe. Além de ter uma cultura extremamente rica e esbanjar beleza natural, o destino tem uma vantagem em relação a maioria dos países e ilhas da região. Ele está fora da conhecida rota de furacões, por isso dá pra visitar sem medo de surpresas. Este é um lugar completo para se visitar e a melhor forma de aproveitar ao máximo tudo o que a ilha tem a lhe oferecer é dividir sua viagem em duas partes: no primeiro momento você pode conhecer todo o centro urbano e depois explorar as praias. Declarada como Patrimônio Mundial pela UNESCO, Willemstad, a capital de Curaçao, pode ser dividida

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em duas principais regiões chamadas de Punda e Otrobanda. Punda é a área mais rica e comercial da cidade, onde você verá lojas como Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Pandora, entre outras grandes marcas. Além disso, lá você também verá as famosas casinhas coloridas com estilo holandês. Mas para ver o famoso cartão postal do país, você terá que ir para Otrobanda. Como o nome mesmo diz, esta região fica do outro lado de Punda, e aí sim você conseguirá tirar belas fotos das casas coloridas. Um fato muito interessante é a ponte flutuante que interliga as duas áreas. Chamada de Ponte Queen Emma, ela abre de acordo com o tamanho do navio que irá passar sem horário marcado. Portanto não se assuste se você passar para um dos lados e quando quiser voltar a ponte não estiver mais lá. Basta esperá-la fechar novamente ou pegar a balsa para pedestres que não custa nada.


Ponte Queen Emma

Praça Koningin Wilhelmina

Clássica loja de cosméticos da ilha

Casa grafitada por artista local

A arte está por toda por todos os lados e faz parte do dia a dia da cidade Principal centro de comércio de Punda

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terra firme

Ilha Klein Curaçao

Aquário Dolphin Academy

Canal do Seaquarium Beach

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Em uma viagem de sete dias, dois seriam o suficiente para conhecer toda essa área, explorando tanto a parte cultural como o museu do hotel Kura Hulanda, que possui um incrível e rico acervo com peças da antiga África e que conta a história dos escravos negros que foram brutalmente trazidos para a região. Mas também dá para conhecer os restaurantes e bares. As ilhas caribenhas são muito conhecidas por sua vida noturna e Curaçao não poderia ser diferente. Ela oferece opções para todos os gostos, idades, e níveis de animação nos famosos beach clubs, ou nos bares e baladas. Os outros cinco dias seriam puramente para explorar as praias. Para isso o ideal seria trocar para um hotel mais próximo dessas regiões. Uma ótima opção


Pirate Bay Beach

Passeio de catamaran

é o luxuoso Santa Barbara Beach & Golf Resort, que oferece uma opção de estadia all inclusive, além de ser belíssimo e extremamente confortável. Um dos lugares que você não pode deixar de conhecer é Klein Curaçao, ou “Pequena Curaçao” em português. Esta é uma ilha que fica a cerca de duas horas de barco e tem 1,7 km de extensão. Com águas turquesas e natureza praticamente intocada por humanos, este é um passeio imperdível. A empresa que nos levou até lá foi a Bluefinn Charters e eles tornaram o passeio ainda mais divertido. Em Curaçao você também pode nadar com os golfinhos e até ganhar um beijo deles em um dos únicos aquários abertos para o mar do mundo! A Dolphin Academy fica na Seaquarium Beach e também é um centro de recuperação para animais marinhos. Se você gosta de mergulhar, uma ótima opção para fazer isso da forma mais diferente possível através do Aquafari, que é uma espécie de moto subaquática. É super seguro e você consegue explorar o fundo do mar junto com os experientes mergulhadores que irão te acompanhar. Ainda tem diversas praias que você poderá conhecer para explorar o mar cristalino de Curaçao, algumas delas são particulares e oferecem um serviço ao um valor que pode ser tão salgado quanto o mar que a banha, mas mesmo assim vale a experiência. No entanto, há muitas mais que são de graça e, dependendo da época do ano que você visitar Curaçao, elas serão igualmente reservadas. Catamaran da BlueFinn

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a bordo

As principais competições e estrelas do cenário náutico

45ª Semana de Vela de Ilhabela A Semana de Vela de Ilhabela, a maior competição náutica da América do Sul e um dos eventos esportivos mais tradicionais do país, aconteceu no litoral norte de São Paulo nas últimas semanas de julho. O evento contou com destaques dentro e fora d’água. O principal vencedor foi o Crioula. Fora da competição, a Race Village chamou atenção e levou o público ao centro histórico de Ilhabela com shows e atrações culturais. Fotos: Marco Yamin e Ronald Kraag

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Semana de Vela de Ilhabela (SVI) teve sua 45ª edição no final do mês de julho. A competição foi marcada pelo tempo ruim no seu início, quebra de recordes e provas acirradas na parte final do evento. O campeonato de 2018 terminou com números expressivos. Foram 120 barcos espalhados em oito classes diferentes. DESTAQUE DA COMPETIÇÃO

O barco dominante da competição e que chamou atenção em praticamente todos os dias foi o Crioula. A embarcação gaúcha, comandada por Eduardo Plass, escreveu seu nome na história do evento com o recorde da regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil (6h01min42). A equipe acumulou o título do Sul-Americano, Ilhabela Cup e da Semana de Vela de Ilhabela (classes IRC e ORC). As competições foram disputadas em paralelo, com as regatas valendo pontos para ambos os torneios, e os títulos das duas catego-

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a bordo

rias na Semana de Vela de Ilhabela. O Torneio por Equipes foi vencido pelo CIZ formado pelo trio San Chico (ORC) Inaê 40 (IRC) e Zeus (RGS). Outra classe muito disputada na SVI foi a C30. Pelo menos quatro veleiros foram para o último dia de competição com chances de conquistar o título. O Caiçara UV.Line (Marcos O. Cesar) foi o vencedor. A equipe também levou na véspera o Brasileiro da categoria. Já na classe HPE 25 não tivemos novos campeões. Com vitória em todas as oito regatas disputadas, o Ginga manteve a hegemonia e conquistou o quinto título da Semana de Vela de Ilhabela. NOVA CLASSE

A grande novidade da 45ª Semana de Vela de Ilhabela foi a estreia da classe Multicascos. Seis catamarãs dividiram a raia com os tradicionais veleiros presentes na competição. A briga foi acirrada entre os três primeiros colocados, que se alternaram na liderança desde o começo da semana. Após as duas regatas, o Mente Sã (Gilberto Camargo) ficou com o título, seguido por Maré XX (Benoit Joufflineau) e Flying Soul (Mauro Ribeiro). A competição já anunciou as datas para a competição do ano que vem. O maior evento náutico da América do Sul acontecerá de 13 a 20 de julho no Yacht Club de Ilhabela (YCI).

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Campeões da 45ª Semana de Vela de Ilhabela BDP A - Tranquilo II

ORC A - Crioula

BDP B - Cambada 1

ORC B - Mad Max

HPE 25 Geral - Ginga

ORC e IRC - Crioula

HPE 25 Silver - Espetáculo

RGS Geral - Rainha Empresta Capital

C30 - Caiçara U.V.Line IRC Geral - Asbar IV IRC A - Crioula

RGS A - Zeus RGS B - BL3

IRC B - Asbar IV

RGS C - Rainha Empresta Capital

ORC Geral - Crioula

Multicascos - Mente Sã


Persianas | Tapeçaria | Enxoval

A Cortinas e Persianas | Tapetes e Carpetes | Almofadas e Capas Tecidos Especias | Piso Vinílico e Teca | Revestimentos Auto Adesivos Roupas de Cama sob Medida | Projeto de Interiores

13. 97407.9866 | 13. 3261.3275 Guarujá | Paraty | Angra dos Reis


a bordo

Velas LatinoamĂŠrica 2018

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Velas Latinoamérica é uma grande comissão de congraçamento entre as Marinhas da América Latina. O evento acontece a cada 4 anos e reúne os navios veleiros de cada país. A cada edição, um dos países participantes é o responsável pela organização. Neste ano, todo o planejamento ficou a cargo do Chile, em comemoração aos 200 anos de independência do país. A próxima edição, em 2022, será organizada pelo Brasil, também em comemoração ao bicentenário da nossa independência. O principal objetivo do Velas é a união e a troca cultural entre as Marinhas. Esta comissão teve início em abril, com abertura no Rio de Janeiro, onde os veleiros das Marinhas ancoraram no Pier Mauá e estavam abertos para visitação do público. Saindo de lá, os navios veleiros navegaram pelos mares da América do Sul e do Caribe e realizaram visitas aos mais importantes portos e cidades da Argentina, Chile, Colômbia, Curaçao, Equador, México, Panamá, Peru, República Dominicana, Venezuela e Uruguai. Nós, da Boat, tivemos a chance de conhecer de perto um pouco mais sobre esses navios em sua parada em Curaçao. Os navios es-

Navio veleiro do México

tavam ancorados nos dois lados do canal da Baía de Santa Anna e durante os quatro dias de evento, milhares de pessoas do mundo todo passaram por ali para conhecer os imponentes navios e visitar ao menos um por dia. Ao final do dia, o público se reunia na Praça Brion para curtir as músicas tocadas a cada noite pela banda de uma das Marinhas. Nesta etapa, estavam presentes oito veleiros, sendo eles o do Peru, Colômbia, México, Venezuela, Portugal, Chile, Estados Unidos e Brasil.

Canal da Baia de Santa Anna Veleiro do Chile

Cisne Branco

Veleiro do Peru

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a bordo

Cisne Branco

Lobby da Santa

Praça d’Armas CISNE BRANCO

Diferente do que muitos acreditam, o navio veleiro da Marinha do Brasil não foi um presente e nem é um navio escola. O Cisne Branco foi encomendado em 1999 para celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Logo na entrada para o deck principal há uma escadaria que dá de frente para um painel de vidro, que foi presente do estaleiro Damen, responsável pela construção do veleiro. A imagem jateada no vidro é considerada uma janela para o Rio de Janeiro, casa da escola naval, que está representada na imagem junto ao próprio navio e ao Pão de Açúcar. Esta entrada é conhecida

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como Lobby da Santa, pois é onde está a réplica da Nossa Senhora da Boa Esperança que estava na nau de Pedro Álvares Cabral. Apesar de ser um navio novo, o Cisne Branco manteve muitas tradições náuticas, como a escolha do nome do salão principal, que é chamado de Praça d’Armas, e ele ainda traz uma série de curiosidades em cada um de seus detalhes, como as luminárias, que se movimentam de acordo com o balanço do mar, como era antigamente quando elas eram acesas com querosene. O navio veleiro da Marinha do Brasil é considerado uma embaixada flutuante do país pelo mundo a fora.

Capitão Batista e Cristiane Bartel


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jet sports nasseh coluna

QUAL A CHANCE

DE CHOVER HOJE? Entender de estatística é tão importante quanto de engenharia para saber até se vai chover hoje

Jorge Nasseh é engenheiro naval, mestre em ciências em engenharia oceânica e CEO da Barracuda Advanced Composites.

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or muitos séculos, saber ler e escrever eram as habilidades necessárias para estar à frente das mudanças que a vida nos desafiava, mas hoje somente isto não é mais suficiente para enfrentar a evolução tecnológica do século 21. Hoje além de muitas outras habilidades, as pessoas precisam saber como lidar com riscos e incertezas. A combinação destes dois fatores é comumente conhecida em engenharia como confiabilidade. Este aqui é um exemplo simples de como a interpretação ou a confiabilidade em uma informação probabilística pode nos afetar. Antes de sair de barco você escuta na previsão do tempo que hoje o serviço de meteorologia prevê uma possibilidade de chuva de 30%. O que você faz? Continua com os planos para o passeio ou vai para o cinema? Mas o que realmente significa 30% de chances? 30% de que? Muitas pessoas entendem que a chance de chover de 30% significa que são 30% do tempo e neste caso de 7 a 8 horas por dia. Tem gente que pensa que a chuva ocorreria em uma área correspondente a 30% da região metropolitana. Ou talvez que entre cada 10 meteorologistas, 3 pensam que vai chover e 7 não. Coisas assim? Mas neste caso o pior que pode acontecer é você acabar molhado, mas existem várias outras coisas importantes que incertezas e confiabilidades podem ser usadas. Ao pé da letra, confiabilidade pode ser definida como a probabilidade de alguma coisa ou equipa-

mento funcionar da forma que ele foi projetado, por um determinado período de tempo, nas condições de operação que ele foi concebido. Existem 4 elementos para esta definição que devem ser considerados: O primeiro é a probabilidade, que se refere a chance que o equipamento ou o componente estrutural irá funcionar propriamente e implica na aceitação de algum tipo de incerteza. O segundo elemento se refere a performance adequada, e para determinar como um componente funciona adequadamente


é preciso de uma especificação de uso. O terceiro elemento é o período de tempo e a robustez que este equipamento ou produto vai ter para resistir ao uso contínuo sobre os efeitos ambientais e climáticos. O quarto e último elemento, são as condições de operação que ele vai estar sujeito. Simplesmente falando, confiabilidade se traduz em prever a capacidade de algo trabalhar sem quebrar durante o tempo em que estiver em serviço. Probabilidades e incertezas tem sido um campo vasto para melho-

rar a qualidade de produtos em geral e barcos não estão fora desta lista. Na verdade, eles estão no topo da lista! Barcos estão sujeitos a pressões que variam com as forças do vento, ondas e uma série de variáveis que não conseguimos controlar nem garantir com precisão o seu valor e sua duração. Da mesma forma que os materiais usados na construção dos barcos são difíceis de prever sua resistência, um mesmo laminado produzido por duas pessoas pode ter resistência e pesos diferentes.

Mesmo produzido pela mesma pessoa a chance é grande que os valores também sejam diferentes. A natureza estatística dos materiais compostos e das cargas que eles estão sujeitos indicam que uma análise de risco é fundamental para produzir um barco leve, resistente, rápido e barato! Se você projetar um barco para encontrar um vento de 100km/h e ondas de 5 metros de altura, dependendo do lugar que você more, elas provavelmente nunca vão acontecer. Talvez essa situação aconteça uma vez a cada 50 anos e mesmo assim ela possa ocorrer por um período pequeno que seu barco não vai estar em uso. Você projetaria um barco para estas condições? Hoje em dia certamente que não. Assim como a indústria náutica evoluiu com o advento do uso de materiais sandwich, fibras de carbono e processos como infusão e prepreg, a nova fronteira se concentra em trabalhar com a incerteza, imprevisibilidade das cargas e resistência dos materiais, produzindo assim estruturas mais competitivas. Recentemente trabalhando em alguns projetos notamos que a redução do peso estrutural foi de 50% e, ainda assim, também notamos que o barco ficou mais resistente do que aquele projetado com materiais e técnicas convencionas que funcionam para a maioria dos produtos oferecidos atualmente. Entender de estatística é tão importante quanto de engenharia para saber até se vai chover hoje.

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coluna capitão

A BÚSSOLA NA NAVEGAÇÃO:

ESQUECERAM DE MIM Qual o garoto não quis ter uma lanterna, um canivete e uma bússola?

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Marco Antonio Ferrari Carneiro é skipper de veleiros, lanchas e trawlers, instrutor de cursos teóricos e práticos de navegação e segurança marítima.

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audações. Vamos falar um pouco sobre a bússola? Considerada uma das maiores invenções do homem, a bússola foi criada na China no século I, trazida pelos árabes para Europa, aperfeiçoada pelo italiano Flavio Gioia, que colocou a rosas dos ventos, e então a batizou de bússola, que significa “caixa pequena” em italiano. Mas foi somente no século XIX que a bússola moderna foi elaborada pelo inventor e físico inglês William Sturgeon, construindo em 1825 a primeira com eletroímã. Essa invenção permitiu, e permite, a humanidade explorar nosso planeta por terra, inicialmente, mar, permitindo as grandes navegações e céu pelas máquinas voadoras. Seu funcionamento hoje já é conhecido por todos que estudam o tema. Ela é influenciada pelo campo magnético terrestre que indica o polo norte magnético, distante do polo norte geográfico, ou verdadeiro, cerca de 1.930 km. Essa magnífica invenção, porém,

está sendo deixada de lado por uma maioria de navegadores amadores, que estão substituindo-a por outro importante invento para a navegação, e hoje com fácil acessibilidade, o GPS (Sistema Global de Posicionamento), Chego a ouvir dos navegadores que nem sabem mais como usar seus recursos, outros que só usam para saber de onde vem o “ventinho”, outros já nem tem no barco, e quando tem está danificada e está lá somente para verificação da Marinha. Lembro esses navegadores de que é um equipamento obrigatório, segundo a Norma da Marinha, NORMAM 3, em algumas embarcações, sem que dependendo da embarcação necessita ainda ter uma tabela de compensação de erro por influencia dos eletrônicos e metais a bordo, documento esse feito por profissionais indicados pelas Capitania dos Portos. Mas por que precisamos relembrar, ou conhecer, o uso desse equipamento? Pelo simples fato que com uma bússola, uma régua e uma


carta náutica podemos nos localizar no mar em navegação costeira, e em caso de navegação oceânica nos auxilia e muito em manter a rota para nosso destino, além de saber de onde vem o “ventinho”. Já estive em embarcações, com pane eletrônica, onde esses conhecimentos foram essenciais para a segurança a bordo e chegarmos ao nosso destino. Qual o garoto não quis ter uma lanterna, um canivete e uma bússola? Agora que temos, vamos aprender a usá-la. Como dizem os antigos navegadores, com canivete, madeira, balde e uma bússola dou uma volta ao mundo.

A primeira bússola chinesa foi criada a partir de um prato quadrangular com uma espécie de colher de magnetite.

Dicas para uso da bússola 1. Tenha uma bússola confiável. 2. Quando comprar fora do Brasil diga que será instalada no hemisfério sul, tem muita diferença; 3. Caso seu barco tenha mais de 24 metros é obrigatório o Termo de Compensação de Agulha, mas recomendo para todos os barcos com mais de 40 pés; 4. Não tente calibrar sua bússola baseando-se na bússola de outra embarcação, não dá certo; 5. Evite metais e eletrônicos perto da bússola, principalmente celulares, interferem na indicação; 6. Não substitua o líquido interno da bússola, só deverá ser feito por especialistas; 7. Aprenda, ou reveja, o uso correto da bússola e todo o potencial e técnicas para navegação, como as marcações magnéticas, assunto para outros artigos; 8. Para melhor uso da bússola tenha a carta da região que vai navegar, uma régua paralela ou dois esquadros; 9. Confie no GPS, tenha um segundo independente da energia do barco, mas lembre-se quem confia muito em pilha vai arrumar problema.

Boas navegadas! www.boatshopping.com.br BOATSHOPPING

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coluna herman junior

O INCRÍVEL MUNDO DOS FARÓIS FARÓIS MARÍTIMOS E A NAVEGAÇÃO COSTEIRA Os faróis eram inicialmente alimentados com azeites de oliveira ou de baleia e evoluindo gradativamente para o petróleo, gás e desde 1922 a iluminação elétrica passou a ser implantada

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s faróis sempre exerceram um grande fascínio a navegadores e admiradores dos oceanos, pela sua robustez, imponência e pela combinação perfeita como olhos direcionados ao mar para proteger, os que navegam, com suas luzes. Mas obviamente, foram construídos para auxiliar a navegação costeira. Muitos fatores, como nevoeiros ou chuvas comprometem a visibilidade e os faróis mostram o caminho. O FAROL DE ALEXANDRIA

Construído em 280 a.C. na ilha de Faros, o farol de Alexandria foi o primeiro que se tem registro. Alexandre, o Grande fundou a cidade de Alexandria e a conectou a Faros através de um molhe, mas foi no reinado de Ptolomeu

Herman Junior
 Empresário na Área

da Educação, Capitão Amador, Fundador de projetos: SOS - MAYDAY, Meteorologia Marítima, Blog iNavigate e
Co-Fundador e diretor do Comitê de Segurança da Navegação da Baixada Santista.

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Farol de Alexandria por Fischer Von Erlach

que o farol começou a ser construído. A ilha grega de Faros foi a inspiração para o nome farol em diversas línguas românicas, línguas que se originaram da evolução do latim como ( faro) em italiano, (phare) em francês, ( far) em romeno e ( farol) em português. Muitos outros faróis foram construídos pelos romanos após isso, no Mar Mediterrâneo, no Mar Negro e no Oceano Atlântico, mas desapareceram com a queda do império romano ressurgindo no século XI apenas devido a expansão marítima das grandes navegações. Os faróis foram criados para orientar navegadores a localizar entrada de portos, presença de recifes ou bancos de areia e demais obstáculos perigosos à navegação. Posteriormente com


a evolução se tornou um grande auxílio à navegação costeira, pois as cartas náuticas passaram a ter os dados informados em detalhes, facilitando a plotagem na rota de navegação. Os faróis eram inicialmente alimentados com azeites de oliveira ou de baleia e evoluindo gradativamente para o petróleo, gás e desde 1922 a iluminação elétrica passou a ser implantada com o recurso de geradores a óleo diesel para o caso de falta de energia. Ao longo dessa evolução os faróis foram sendo equipados com espelhos óticos, lentes e refletores em um mecanismo de rotação que permitia que a luz, respectivamente, alcançasse maiores distâncias e tivesse intervalos, entre luz e obscuridade, para transmitir informações aos navegantes. O intervalo das luzes e o tempo no escuro são basicamente a identidade do farol, pois esses dados vem registrados na carta náutica e também é possível nessa descrição da carta, saber a altura desse farol e o alcance em milhas náuticas que sua luz pode alcançar. No Brasil, há registros de pelo menos 216 faróis, 15 radiofaróis e 573 faroletes.

Em 21 de dezembro de 1989 o fotógrafo Francês Jean Guichard sobrevoava de helicóptero o Farol La Jument após uma grande tempestade e registrou um momento que viria a ser uma das mais famosas fotos de faróis do mundo. O momento exato em que uma enorme onda engolia o farol no instante em que o faroleiro Theophile Malgorn saía a porta para verificar o que estava acontecendo para o helicóptero

estar sobrevoando o farol. Por questões de segundos a fúria da natureza versos o homem não tirou a vida de Theophile que hoje vive numa ilha próxima a Quessant em Breatanha na França. Esta região da Bretanha é considerada uma das regiões mais perigosas do mundo para a navegação, por isso há uma grande concentração de faróis que enfrentam há séculos as forças da mãe natureza e mares furiosos.

DESAFIANDO A FÚRIA DO MAR

Muitos faróis desafiam a força das ondas, pois estão situados no mar onde muitas vezes parecem ser engolidos por ondas gigantes.

Farol de La Jument – 1989 - Bretanha – França

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O GUARDIÃO DO FAROL

O faroleiro é o nome que se dá ao profissional mantenedor do farol. Ao longo dos séculos com a evolução dos faróis e a automação dos mesmos, essa figura precisou ser reinventada, mas ainda hoje inspira até mesmo filmes de Hollywood como o suspense Half Light (Protegida por Um Anjo) com Demi Moore e Henry Ian Cusick, que se passa em uma vila remota na costa da Escócia e em uma ilha com um farol desativado que ganha vida.

Farol da Moela – Ilha da Moela – Guarujá – SP

Muitos já devem ter ouvido falar dos fantasmas do farol da Moela, inaugurado em 1830, no litoral de São Paulo. A lenda conta que vultos de escravos, que trabalharam na construção do farol e lá morreram, aparecem à noite nas paredes do farol. Lendas e estórias ganham força devido a esse verdadeiro fascínio e admiração que existe em torno dessas lanternas gigantes que se situam isoladas, muitas vezes em ilhas distantes, mas que nos protegem, olham por nós e nos guiam para locais seguros. O Faroleiro moderno hoje, também conhecido como “Técnico de Sinalização Náutica” exerce uma importante função na operação dos sistemas e afazeres envolvidos em um farol que incluem o planejamento e controle dos Sinais Náuticos, manutenção de boias luminosas, balizas, determinação geográfica de sinais náuticos dentre outras que envolvam a manutenção predial e elétrica das instalações. O guardião da luz mudou, evoluiu, mas ainda está lá nos faróis que não são totalmente automatizados. A milenar relação entre faróis e navegadores, jamais irá sucumbir às tempestades ou a mares revoltos, pelo contrário a cada feixe de luz revelado na escuridão da noite nascerá uma nova história e uma nova esperança de chegar, de partir ou de saber que aqueles olhos iluminados revelam com segurança o melhor rumo de nossas travessias.

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20/12/2016 15:16:02


Localizado na Marina Supmar, o Restaurante Velho Marinheiro tem o comando do Chef Marcio Lopes. O Chef e sua equipe tem na gastronomia mediterrânea seu ponto de maior destaque!

Além dos diversos pratos com frutos do mar, você poderá saborear uma deliciosa Feijoada (quartas-feiras) e também pizzas (sextas e sábados).

A

O espaço permite a realização de eventos e o Chef também cozinha na casa dos clientes. Restaurante Velho Marinheiro | Av. Maria de Oliveira Chere, 140 | Marina Supmar | CING (13) 9 8835.4404 | marciolopescheff@gmail.com | /marciolopescheff


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ASSISTÊNCIA TÉCNICA | PROJETOS

Chiller Ice-maker

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