Revista Boat Shopping #78

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Primeiro projeto com o escritório de design londrino Yoo no Brasil

Em uma das regiões mais nobres de São Paulo, Faria Lima, estreia grife inglesa país será marco de design arquitetura para os compradores para cidade

Q

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entanto, supera mesmo mais altas expectativas. novo projeto residencial Cyrela, que tem decoração assinagrifeinglesa,unerequinte elemenespaços proporção ambientes que-

parceria Yoo reforça tradição Cyrela inovação. Sempre fomosconhecidosporofereceraosnossosclientes

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NA FAIXA DOS 60 PÉS

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TRAVESSIA
Pré-lançada
Edição mais difícil da regata transatlântica Transat Jacques Vabre teve 17 abandonos um inédito barco brasileiro que fez história Regata
em dezembro, Intermarine 62 novidade do estaleiro paulista que ganhará mares segundo semestre 2016, com projeto assinado
46 BOAT LIFE OKTO Se silencioso uma das principais virtudes um superiate, então maior lançamento estaleiro italiano ISA Yachts barco-chefe. 66 metros Okto pura expertise design aliado um descompromissado uso materiais da mais alta qualidade Adaptação Leandro Portes Fotos Quin Bisset Q&K Media Silêncioimponente DA FAZENDA PARA A MESA Com conceito que está em alta mundo afora, ideal para aproveitar Destino Voyage ON BOARD 18 Gráfico 20 The informer 22 Sem Limites 24 News 28 Regata 32 Five of the Best BOAT LIF E 34 Estilo 36 Luxury 38 Especial Lifestyle 40 Exclusive 42 Beauty 44 Design & Decor 46 Real State 48 Best of the Best 52 Five of the Best BOATS 54 Okto 68 Atalante 82 Riva Florida 88 92 Sailing Yacht A 104 Intermarine 64 HDF 110 Design Novos Barcos 114 História: Taransay VOYAGE 126 Destino 139 Art Basel 140 Premier Dinner Intermarine 141 Confraria das mulheres 142 Gastronomia 144 Drink 24 As principais notícias do segmento 46 Parceria Cyrela e Escritório londrino Yoo 54 Luxo e modernidade, sem medir custos 126 Em paz, com a natureza de St. Kitts (Caribe) 28 Regata: Transat Jacques Vabre 104 Intermarine 62: novos conceitos no Brasil SUMÁRIO
Infográficos: Christian Tate Nesta edição Sailing Yacht A Pág. 92 Okto Pág. 54 Taransay Pág. 114 Designer: Philippe Starck Casco: aço, composite e fibra de carbono Construção: Alemanha Ano: 2016 Designers: Andrea Vallicelli e Alberto Pinto Casco: aço e alumínio Construção: Itália Ano: 2014 Designers: Proprietário e Studio Tassin Casco: aço e alumínio Construção: Itália Ano: 2015 Veloc. máx. 21 nós Veloc. máx. 18,7 nós 12.7 mil 1.149 300 Peso (ton) Peso (ton) Peso (ton) 24,8m Boca 11 m Boca 7,6 m Boca Veloc. máx. 14 nós Motorização 2 x Cat 3512C Motorização 2 x MTU 20V 4000 ML73 + motores elétricos Motorização 2 x CAT C18 Acert EPA TIER Comprimento: 142,8 m Comprimento: 66,4 m Comprimento: 39,3 m Comprimento: 26,8 m Comprimento: 38,8 m 11 pernoite 10 pernoite 8 pernoite 17 tripulação 7 tripulação 3 tripulação 54 tripulação Florida 88 Pág. 82 Atalante Pág. 68 Designers: Officina Italiana Design Casco: GRP Construção: Itália Ano: 2015 Designers: Hoek Design NA Casco: alumínio Construção: Holanda Ano: 2015 Veloc. máx. 40,5 nós Veloc. máx. 12,5 nós 73,7 140 Peso (ton) Peso (ton) 6,3m Boca 7,7 m Boca Motorização 2 x MTU V16 2000 M94 Motorização Scania 328 kW 6 pernoite 5 tripulação 10 INFORMATIVO

Rua Helena, nº 280, 5º andar

Vila Olímpia, São Paulo, SP – Brasil – CEP: 04552-050 tel: +55 (11) 3846 2364

www.boatinternationalbrasil.com.br contato@boatinternational.com.br Dezembro / 2022

PUBLISHER & CEO Tony Harris

CHIEF OPERATING OFFICER Tony Euden

CHIEF REVENUE OFFICER Victoria Lister

EDITORIAL DIRECTOR USA Marilyn Mower

Marine Division - London

HEAD OF SALES Luca Vasile SALES MANAGER Nick Dawes

julia.melo@boatinternational.com.br DESIGNER Lygia Pecora

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Fotos: Alberto Sodré, Cory Silken, Quin Bisset (Q&K Media), Jean Marie Liot, Olivier Blanchet, Rick Tomlinson, Vincent Curutchet, Vincent Olivaud, Wioletta Kowalska, Yvan Zedda. Texto: Maria Roberta Morso, Roger Inclinar-Vercoe, Stweart Campbell. Arte: Christian Tate e Lamosca

SALES MANAGER Krystyna Ledochowska MARINE ACCOUNT MANAGER/ ITALY Leonardo Careddu

Brokerage Division - London

HEAD OF SALES Lionel Richard BROKERAGE ACCOUNT EXECUTIVE Ally Cordle

Marine Division – Ft Lauderdale

VP SALES NORTH AMERICA Jennifer Chiles

US MARINE SALES MANAGER Brian Lynch EVENTS DIRECTOR Louise Close ADVERTISEMENT PRODUCTION MANAGER Lisa Kennett

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CaioAmbrosio

PUBLISHER Caio Marcio Lopes Ambrosio DIRETOR DE REDAÇÃO Caio Marcio Lopes Ambrosio DIRETORA DE ARTE Júlia Melo
13 EDITORIAL

ON BOARD

INTELIGÊNCIA DE MERCADO, NEWS, SEM LIMITES E REGATA

FOTO: CORY SILKEN
premiada internacionalmente; Transat Jacques Vabre; Principais notícias dos mercados nacional e internacional
Foto

Prêmio Mirabaud Yacht Racing Image

O uruguaio-paulistano e novo nome do fotojornalismo, Marcos Mendez, teve seu talento reconhecido ao conquistar o 6º lugar do prêmio de melhor imagem de competição à vela do mundo em 2015. O prêmio foi oferecido pela empresa suíça Mirabaud, que criou a competição visando reconhecer o melhor profissional de fotografia, e reuniu 135 fotógrafos de 29 países. A imagem em preto e branco foi feita durante o Campeonato Mundial de Soto 40, em Jurerê, Florianópolis, SC.

FOTOS: DIVULGAÇÃO
16 ON BOARD
Sem Limite

TRAVESSIA FRANÇA-BRASIL

Edição mais difícil da regata transatlântica Transat Jacques Vabre teve 17 abandonos e um inédito barco brasileiro que fez história

VINCENT OLIVAUD
19 www.boatinternational.com.br
Regata

ATransat Jacques Vabre é considerada a maior travessia transatlântica do mundo e reúne os principais velejadores de oceano da Europa. A 12ª edição teve início no dia 25 de outubro e foram percorridos mais de 10 mil quilômetros até a linha de chegada.

A regata é disputada em duplas e larga sempre da cidade francesa de Le Havre, na Normandia, com destino a um país produtor de café, característica que lhe rendeu o apelido de "Rota do Café". Já tendo passado por cidades como Cartagena (Colômbia), Puerto Limon (Costa Rica) e Salvador, BA, essa foi a segunda vez que a competição terminou em Itajaí, SC. Uma flotilha de 42 barcos dividiu-se nas categorias Class40 (40 pés), Multi50 (50 pés), IMOCA (60 pés) e Ultime (barcos de até 102 pés).

A novidade ficou por conta da estreia de uma equipe brasileira. Eduardo Penido e Renato Araújo formaram a parceria a

bordo do barco Zetra, da Class40. Como os veleiros eram iguais em suas categorias, oregulamento dizia que quem chegasse primeiro tornava-se campeão. Entre os veleiros mais rápidos da vela oceânica, (os trimarans da classe Ultime, com mastros do tamanho do Cristo Redentor), quatro equipes largaram, mas apenas duas conseguiram terminar. A disputa ficou entre o Macif e o Sodebo, que se revezaram na liderança, mas a passagem pelos Doldrums, zona com ventos fracos e indefinidos, diminuiu a chance do Sodebo. Assim, 12 dias, 17 horas e 29 minutos depois de deixarem Le Havre, François Gabart e Pascal Bidegórry foram os primeiros a chegarem ao Brasil e o Macif sagrou-se campeão.

Em 32 dias de prova, 10 mil quilômetros foram navegados entre França e Brasil

A segunda categoria que definiu o vencedor foi a Multi50, com o barco FenêtréA Prysmian chegando com 16 dias, 22 horas e 29 minutos. No dia seguinte, o PRB garantiu o título entre os veleiros da IMOCA e, finalmente, em 18 de novembro, o Le Conservateur aportou em Itajaí como o primeiro da Class40.

O último barco chegou no dia 27 de novembro, terminando oficialmente a edição 2015. O veleiro Creno cruzou a linha de chegada após 33 dias de prova, com quase 21 dias a mais do que o trimarã Macif.

Ao todo, 17 duplas abandonaram a prova, batendo o recorde de desistências e duas a mais em relação a 2011. As frentes frias no Golfo de Biscaia (entre o norte da Espanha e o nordeste da França) causaram os maiores estragos. “A regata foi bastante difícil. Pegamos três grandes tempestades, um batismo e tanto para o nosso time. Posso dizer que agora estamos preparados para outro desafio desse porte na vela oceânica”, contou Araújo.

Pouco mais de 12 dias depois de partir da França, o trimaran Macif (abaixo) foi o primeiro a chegar no Brasil. Nosso país foi representado por Renato Araújo e Eduardo Penido (foto acima)
OLIVIER BLANCHET
JEAN-MARIE LIOT
VINCENT CURUTCHET
MARIE LIOT
VINCENT CURUTCHET
JEAN
20 ON BOARD
YVAN ZEDDA

BOAT LIFE

LUXURY, ESTILO,
BEST
BEST FOTO: SUPER YACHT MEDIA BANK
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BEAUTY, DECOR, REAL STATE E
OF THE
Porsche Cayenne GTS; Parceria entre Cyrela e estúdio inglês de design Yoo; Dicas de moda e beleza

Estilo

Prontas para a virada?

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D reção Cr ativa: Andrea
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Funaro Fotógrafo: Paulo Otero
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Inspirando-se em padrões florais, arte e suas experiências de viagem, Anna Molinari assina a coleção com cortes clássicos

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Feito em platina para a nova coleção de alta joalharia, a peça é cravejada com uma opala negra de 85.42 ct com corte cabochão, contas de safira, contas longas de esmeraldas, turmalinas Paraíba e diamantes de lapidação brilhante em forma oval.

Especial Lifestyle

Impressionante exposição da Maison Cartier

“Nós temos o dever de criar, mas também a missão e o dever de compartilhar e de explicar” - Stanislas de Quercize, CEO da Cartier

Aexposição Étourdissant Cartier apresentou novas peças ao lado da coleção Vintage. Por muito tempo, a coleção de alta joalheria era apenas para os olhos dos clientes privados e jornalistas, durante a semana de alta-moda.

O Étourdissant Cartier estreou em Miami, junto com a Art Basel, no Hotel Faena, entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro. Tivemos a possibilidade de nos deslumbrar com a riqueza em detalhes e preciosidade das peças. www.cartier.com

COLAR ETOURDISSANT

Este colar versátil tem um brilhantecut, cor D. O diamante 34,96 quilates fica posicionado no centro da peça, destacado entre as linhas geométricas e possui um feixe de platina. Ele pode ser usado de duas maneiras, removendo as primeiras duas linhas.

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ANDAMAN COLAR

Os azuis dos 44,47 quilates da safira birmaneses em forma de almofada refletem a beleza do mar de Andaman, colocando-a em perfeito equilíbrio no gritante colar de platina. Enquanto isso, uma rara e natural conta de perola de 20,40 g sustenta a pedra no lugar.

BRACELETE ROMANOV

É uma peça importante desta coleção, caracterizada por uma safira do Ceilão de 197.80 quilates pertencente à realeza, tendo sido usado pela czarina Maria Feodorovna, que se tornaria imperatriz da Rússia.

ANEL PUSHKAR

Da coleção de alta joalharia, em ouro branco com granadas mandarin esculpidas, granadas Tsavorites, Tanzanitas cabochões de opalas com diamantes de lapidação brilhante.

AGRA COLAR

O colar de Agra é a mais recente interação da casa da assinatura estilo Tutti Frutti, que faz uso de ônix, safiras, rubis e esmeraldas. Ele pode ser usado de três maneiras diferentes.

BRACELETE CLARTÉ

Ouro branco, uma esmeralda da Colômbia, almofada lapidada em degraus de 66,09 ct, cristal de rocha, ônix, diamantes lapidação brilhante.

FOTOS: DIVULGAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Exclusividade em pequenos detalhes

Peças notáveis para usar como acessório ou arte para enfeitar o ambiente, que refletem exclusividade e singularidade

CULTURA BRASILEIRA NOS MUROS

Fabio Oliveira, mais conhecido como Cranio, nasceu em 1982. O artista cresceu na zona norte de São Paulo, SP, e considera que o meio foi sua maior influência. Foi no ano de 1998 que Fabio começou a cobrir o cinza dos muros e, além de sprays, ele leva em sua mochila muita criatividade e bom humor. É o autor dos famosos índios azuis presentes em diversos muros de cidades pelo mundo.

www.cranioartes.com

Meu anel de noivado tem história

Anéis de noivado com design vintage são a nossa paixão. Não há nada como encontrar um modelo antigo ou com aparência antiga e não se encantar, não apenas pelo design, mas também por poder contar uma história em nosso mundo moderno. A história da época em que o desenho foi inspirado ou era similar ao de alguma princesa do passado.

SÍMBOLO DO ZEN

Wallace Chan é o único joalheiro da Ásia a expor na 27ª Bienal des Antiquaires, em Paris (o must em antiguidades, arte e jóias). Nascido em Fuzhou, China, Chan chama atenção por trazer nas suas peças a exclusividade com vários aspectos da cultura chinesa e do dia-a-dia.

O símbolo do Zen é chamado de “Stilled Life”.

Este broche representado por um Gafanhoto está avaliado em 30 milhões de euros. www.wallace-chan.com

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BOAT LIFE

O talento no olhar

“Independentemente do seu amor ou ódio por um olhar, você realmente pode desfrutar na fotografia a interseção entre estilo e movimento”

DANI TRANCHESI

Seu interesse pela fotografia começou aos 15 anos, quando trocou a festa e o vestido pomposo por uma câmera fotográfica. Desde então, Dani vive à procura de novas imagens que saltam aos olhos, registrando momentos emocionantes.

A fotógrafa e viajante saiu do Brasil rumo a Miami onde expôs seus registros em uma mostra intitulada “Mundos”, durante a Art Basel.

www.danitranchesi.com

FRANCESCO ZIZOLA

O premiado fotojornalista italiano Francesco Zizola é um dos membros fundadores da Noor Image. Nascido em Roma, em 1962, inicialmente estudou antropologia cultural, mas a fotografia entraria cedo na sua vida (em 1981), estabelecendose como fotojornalista em 1986. O seu trabalho é dos mais reconhecidos entre os fotógrafos ativos, contando com múltiplas distinções da World Press Photo.

GIOVANNA NUCCI

Giovanna Nucci trocou Florianópolis por São Paulo há 20 anos com senso estético apurado. A fotógrafa é responsável por exposições no exterior e pelo sucesso de dois livros de arte.

CHRISTIAN CRAVO

O imenso talento de Cravo, perceptível nos enquadramentos surpreendentes e na expressividade luminosa dos homens retratados, cria camadas adicionais de decodificação de um universo rico em contradições. Desde o início de sua trajetória registrou extensamente a Índia, o Haiti e o continente africano. Fotografa regularmente o Nordeste brasileiro, como um projeto de vida. Vive atualmente em São Paulo.

Águas da esperança: “Água, terra, fogo e ar – foram identificados como meios de comunicação com o sagrado” christiancravo.com

Design & Decor
Por Andrea Funaro Pedestres Paulistanos giovannanucci.com Beach Couture: “A praia no Rio remete ao modismo. Significa uma vida real” www.zizola.com MUNDOS
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BOAT LIFE

ONE SIXTY

Primeiro projeto com o escritório de design londrino Yoo no Brasil

Em uma das regiões mais nobres de São Paulo, a Faria Lima, a estreia da grife inglesa no país será um marco de design e arquitetura para os compradores e para a cidade

“A parceria com a Yoo reforça a tradição da Cyrela em inovação. Sempre fomos reconhecidos por oferecer aos nossos clientes oque existe de melhor no mundo. Esta é a nossa essência. Mais do que trazer a assinatura da grife para o Brasil, vamos construir um empreendimento inesquecível para se ver, sentir e viver”, ressaltou Efraim Horn, presidente da Cyrela.

Quando oficializou-se a parceria entre a Cyrela e o estúdio inglês de design Yoo – fundado pelo premiado designer Philippe Starck e pelo real estate developer John Hitchcox – já se poderia imaginar a grandiosidade do empreendimento que estava por vir. Sua imponência, no entanto, supera até mesmo as mais altas expectativas. O novo projeto residencial de luxo da Cyrela, que tem a decoração assinada pela grife inglesa, une requinte a elementos clássicos e modernos. A dimensão dos espaços e a proporção dos ambientes quebram todos os limites verticais e horizontais já vistos, reescrevendo os conceitos do alto padrão imobiliário brasileiro.

O terreno, localizado no Itaim Bibi, uma das regiões mais nobres da cidade de São Paulo, conta com 5.650m² e nada menos do que 160m de extensão, característica esta que inspira o nome do projeto e equivale a dimensão do campo do Pacaembu. Além disso o terreno oferece a facilidade de acesso por duas ruas. Com uma vista privilegiada, em frente ao icônico Cyrela by Pininfarina, sua única torre é distribuída em 55 apartamentos, com opções de 270m² e 340m², sendo 4 ou 5 suítes e 5 vagas, além de duas coberturas duplex de aproximadamente 477 m² e 585m, com 6 suítes e 6 vagas.

O projeto de design refinado oferece estrutura flexível para alterar e desenhar a planta conforme as preferências dos moradores, possibilitando, até mesmo, a concepção de um spa na suíte máster do imóvel. Outro diferencial é opé direito duplo de 6m na ampla sala e no terraço, que pode ser equipado com churrasqueira. Os moradores contarão ainda com hall social privativo, com dois elevadores.

A combinação de elementos que a Cyrela e a Yoo alcançaram pode ser reconhecida na área comum do imóvel, que dispõe de piscina descoberta com 50m de extensão, além de três pool houses equipadas com ar condicionado, televisão, copa – a estrutura completa para passar o dia à beira da piscina. Os moradores poderão desfrutar de um clube desvinculado à torre, constituído por piscina coberta com raia de 25m, spa, sauna úmida, espaço fitness e quadra de tênis de medidas oficiais. O hall de entrada tem 30m de extensão e pé direito de 7m e o salão de festas decorado terá parte do mobiliário e um lustre Baccarat, em exposição no showroom de vendas, assinados por Philippe Starck.

FOTOS: DIVULGAÇÃO
Real State
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OS BARCOS DESTA EDIÇÃO: OKTO, ATALANTE, TARANSAY, FLORIDA 88, VELEIRO ‘A’, INTERMARINE
MAIS:
O que alguns dos principais estaleiros do mundo lançarão em um futuro próximo BOATS

OKTO

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Por Stewart Campbell Adaptação Leandro Portes Fotos Quin Bisset / Q&K Media
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á passávamos o quebra-mar de Port Hercules, em Mônaco, quando percebi que nos movimentávamos. Estávamos na cabine de hóspedes mais recuada, a boreste no deck inferior. Não havia um único anteparo entre mim e os principais espaços da casa de máquinas e ainda assim não ouvia nada. Também não sentia vibração, apesar dos quase cinco mil cavalos de potência aquecerem o chão onde pisava. Antes que eu dissesse qualquer coisa, George Mourkakos, representante do proprietário, pediu para esperar e foi para o conjunto oposto, fechou a porta e pressionou a descarga do banheiro. Ou pelo menos foi o que ele me disse ter feito quando retornou e eu não ouvi nada. Este deck inferior inteiro é organizado de modo que não há cabeceiras encostadas na mesma parede, as gavetas precisam ser levantadas e depois puxadas (para evitar chacoalhos) e todas as portas (com pelo menos 120 quilos) possuem acabamento com borrachas que, quando fechadas, criam um ambiente à prova de som. A melhor demonstração aconteceu na suíte máster no deck principal: Aretha Franklin cantava a todo o volume em uma televisão do estúdio atrás do dormitório, mas ao fechar a porta, ela foi silenciada instantaneamente. Mourkakos sorriu. Ponto para Okto! Ele afirmou que em um barco tão legal quanto Okto, o que mais impressiona é a serenidade que ele oferece, com baixíssimos níveis de ruído e vibração nas cabines, enquanto está em curso. Claro, a piscina é incrível, os espaços nos pavimentos são abundantes e o interior criado por Alberto Pinto é muito especial. Mas é sob a linha d’água e na casa de máquinas que este 66 metros da ISA realmente se destaca.

Mourkakos tem trabalhado com o proprietário, por dez anos, cujo barco anterior foi um modelo de 82 metros. “Eu o conheço, posso antecipá-lo. Nunca discutimos especificamente detalhes como ruído e vibração, mas ambos queríamos fazer algo que a indústria naval iria notar”, contou. E certamente eles conseguiram. O maior lançamento do estaleiro italiano até o momento foi construído sem poupar despesas. Somente o tanque de combustível levou quatro meses para ser finalizado e testado, enquanto a BMT Nigel Gee desenvolvia o casco com o estaleiro. James Roy, diretor de design de iates da BMT, separou uma “significativa” equipe de sua empresa para trabalhar no projeto. Arquitetos navais, engenheiros estruturais e mecânicos foram remanejados para trabalhar no iate, culminando em um regime de testes a cada passo (até testes de fumaça foram feitos para se certificar de que a super estrutura não deixaria escapar gases em torno dos decks).

Se é difícil dizer que os motores estão em execução, é ainda mais difícil perceber quando estamos fazendo curvas, sendo totalmente livre de inclinação. “Ele corta as ondas como uma faca através de um bolo”, afirmou o capitão Sebastian Gerads. Em comparação com um modelo de 100 metros que comandava anteriormente, Gerads está muito mais feliz: “Aquele barco tinha um grande bulbo

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e até em mar com ondulação de 1,5 metro havia vibração. Sessenta e seis metros é o tamanho perfeito. Ele se encaixa entre as ondas, além de consumir muito menos do que o esperado”, acrescentou. Okto atingiu 18,75 nós em testes no mar, um número acima de sua exigência no contrato (que era de 18 nós).

A bordo, é difícil ignorar a piscina por muito tempo. Com 6,5 metros x 4,7 metros, ela foi uma das partes mais delicadas de todo o projeto, “porque a popa do barco é visível e bastante estreita”, comentou Andrea Vallicelli, responsável pelo design exterior.

É estreita porque duas largas escadas ligam a plataforma de popa ao deck principal; em seguida, novamente até o deck superior e, por fim, até o acesso ao sundeck que possui uma jacuzzi e uma academia. Estas escadas são uma espécie de assinatura ISA, e ao mesmo tempo em que pegam um volume no interior do barco, elas fornecem uma ligação entre os decks que será difícil de superar.

O 44 OKTO

Há 80 metros quadrados de área aberta no sundeck. Esse é um espaço para relaxar, jantar e também confraternizar, se transformando em uma boa pista de dança com seus potentes alto-falantes de 1.000 W (embora o helideck “touch-and-go” localizado na proa do deck principal também possa ser utilizado para essa finalidade, caso desejar).

Excepcionalmente, teca verdadeira nos decks foi substituída por um modelo sintético, em tonalidade alourada, com tábuas largas ao longo da linha central que vão estreitando-se nas laterais.

“Para a espessura da madeira estudamos progressões matemáticas, como a sequência de Fibonacci. Foi muito desafiador harmonizar este tipo de decoração com o projeto detalhado da mobília fixa externa”, disse Vallicelli.

O designer italiano teve mais facilidade com as linhas fluidas exteriores de Okto, no qual recebeu bastante liberdade para traproprietário solicitou ao designer que criasse um projeto original e fora de qualquer padrão conhecido. Assim começou a surgir o Okto

É impossível ignorar a piscina de 6,5 m x 4,7 m, instalada entre as duas escadas que ligam a plataforma de popa ao deck principal

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balhar. “As únicas recomendações foram para projetar um iate original e fora de qualquer padrão conhecido”, afirmou. “Todas as principais configurações técnicas, como o helideck na proa, a piscina na popa ou a academia no sundeck, foram concebidas para manter um perfil elegante e moderno”, completou. É um projeto que flui muito facilmente para o interior, onde flerta com chamativo mas nunca cruza a linha. Ao entrar nos decks superior ou principal, a primeira coisa que você encontra são círculos: a mesa de jantar formal abaixo e uma sala de cinema circular acima. Ambas operam como de dentro para fora dos espaços, graças a enormes portas abrindo-as para as plataformas de popa. No caso do deck principal, as portas são as maiores já instaladas em um iate na Itália, segundo Mourkakos, e quando estão totalmente abertas (com o toque de um botão e sussurrar cal -

mo), tem-se uma abertura de cinco metros e dando a sensação de um beach club. “O proprietário se acostumou a ter barcos com decks principais que raramente eram usufruídos”, contou Mourkakos, que também exigiu tetos altos, pelo menos 2,2 metros por toda parte.

Okto foi um dos últimos barcos que Alberto Pinto trabalhou pouco antes de sua morte em 2012 e a filosofia do “custe o que custar” do proprietário é evidenciada com a escolha da “Lista da Áustria” (lista de grandes artistas e arquitetos austríacos do século passado) que Alberto utilizou para se inspirar. A considerável reputação da lista é confirmada no acabamento impecável, alinhamento preciso de armários e maravilhoso som ao fechar gavetas e armários. O estúdio de Alberto agora é dirigido por sua irmã Linda. “O proprietário estava à procura de um estilo que fosse simples, porém

48 OKTO
Ao acessar os decks superior ou principal, a primeira percepção é dos círculos (mesa de jantar no andar de baixo e sala de cinema acima)

dinâmico. O barco tem um encanto esportivo, que pode ser encontrado no interior pela escolha de materiais em harmonia com os espaços”, disse a arquiteta.

O estúdio também havia trabalhado no barco anterior do dono, então compreendia o seu estilo. Ele queria que fosse o mais aberto possível. Como as grandes janelas permitem a entrada de muita luz natural, os designers utilizaram madeira escura no salão principal e uma madeira zebrawood para o salão do deck superior. Já na cabine máster foi trabalhado com madeira branqueada e acabamento em verniz brilhante.

Ao lado dessa suíte há outra cabine com uma grande cama de casal. É uma espécie de estúdio mas que também serve como uma cabine VIP ou quarto para as crianças que não querem ficar longe de seus pais. Como estúdio, funciona maravilhosamente, com enormes janelas que oferecem uma visão do exterior mesmo sentado atrás da mesa. Com um completo isolamento acústico, pode ser usado independente da cabine do proprietário, como lounge para receber amigos.

Ainda na cabine máster, o local não possui janelas, mas uma boa entrada de luz natural é garantida por claraboias e por uma varanda dobrável, aumentando a área privativa do dono do iate.

Uma tela de plasma de 103 polegadas no salão do deck superior transforma o ambiente em um verdadeiro cinema e espaço de descanso. Feche as portas, baixe as cortinas e luzes com a interface do iPad e selecione um filme a partir do sistema de entretenimento Kaleidescape. Este é um lugar muito popular a bordo e servido por uma grande dispensa acessível para a tripulação. Os tripulantes também têm acesso aos decks através do alojamento, com passagens para garagem e grande sala de máquinas.

Não há nenhum beach club em Okto. Ao invés disso, o proprietário escolheu ter armazenamento extra para um outro tender ou brinquedo aquático. É uma boa decisão, uma vez que a profundidade da piscina invade um pouco o lugar. E quando se tem uma piscina nesta parte do barco, por que precisaria de uma área de entretenimento extra tão próxima? Muito melhor ocupá-la com brinquedos. De volta a Port Hercules, assisto do posto de comando como o capitão Gerads habilmente amarra a popa do iate ao píer. De repente, ocorre-me não ter feito a pergunta óbvia: por que o proprietário reduziu o tamanho de seu superiate de 82 metros para um modelo de 66 metros? “Cada vez que ele estava a bordo do barco anterior, via novas pessoas, novos tripulantes. Então, queria que o mesmo luxo e qualidade, porém em um pacote menor”, explicou Mourkakos. E ele encontrou na ISA Yachts em Ancona.

Por fim, ao pegar minha mochila para deixar Okto, estico meu pescoço para tentar ouvir o capitão desligar os potentes motores. Não adiantou; somente um som ficou na minha cabeça, o de uma das mais famosas músicas de Aretha Franklin: RESPECT.

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Grandes portas semicirculares integram as plataformas ao interior dos decks, criando uma harmoniosa junção

Helideck “touch and go” ou pista de dança. A gosto do proprietário

Okto

Cabines para 16 tripulantes ocupam toda a proa do deck

Fácil acesso: escadas laterais levam a pessoa da plataforma de popa ao deck principal e ao sundeck

Círculo (parte I): portas deslizantes unem o deck de popa ao salão superior (cinema)

Círculo (parte II): enormes portas separam a área de jantar do interior ao exterior

Escritório, quarto para as crianças ou estúdio, com incrível vista

Comprimento Total: 66,4m

Boca: 11 m Calado 2,95m Tonelagem bruta: 1.149 GT Motorização: 2 x Cat 3512C 2.366 HP

Velocidade (máxima / cruizeiro): 18,75 nós / 16 nós Autonomia a 13 nós: 6.800 milhas náuticas Geradores: 3 x Cat C9 200kW

Estabilizadores Naiad 820 Zero Speed Tanque de combustível: 159 mil litros Tanque de água fresco: 49.400 litros

Proprietário e convidados: 11 pessoas

Tripulação 17 pessoas

Tenders 1 x 7,5m

Dariel Jet; 1 x 5,5m

Dariel Jet; 1 x Ski

Nautique 600CB; 1 x tender de resgate

Uma exuberante piscina de 6,5 m x 4,7 m foi o desafio para os designers

Construção: Casco de aço e superestrutura em alumínio

Arquitetura Naval: BMT Nigel Gee e ISA

Design exterior: Andrea Vallicelli

Design interior: Alberto Pinto Estaleiro / Ano: ISA Yachts / 2014 Ancona, Italia w: isayachts.com

Deck Inferior Sundeck Deck Superior Deck Principal
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Além de todo o luxo, o que mais impressiona em Okto é a serenidade que ele oferece, com baixíssimos níveis de ruído e vibração nas cabines enquanto está em curso

A ERA DE OURO

A primeira metade do século 20 é considerada por muitos o período onde as mais belas embarcações foram criadas. Fabricar modelos com o charme e beleza desta época, adicionando tecnologia atual, é uma prática constante principalmente na Europa, como é o caso do veleiro Atalante

Por Roger Inclinar-Vercoe Adaptação Leandro Portes Fotos Cory Silken e Rick Tomlinson
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ocê provavelmente conhece alguém fascinado por projetos do clássico período pré Segunda Guerra Mundial, seja um carro, avião ou um barco. Talvez você mesmo também tenha essa paixão. Em qualquer lugar que essas joias estejam (nos Estados Unidos do Pebble Beach Concours d’Elegance, na Inglaterra do Goodwood Revival ou nas regatas Panerai Classic Yacht), invariavelmente há uma multidão de espectadores entusiasmados. Nós amamos esses modelos vintage pela sua idade e perfeição, design altamente funcional e, acima de tudo, pela tecnologia que seus criadores empregaram.

Possuir um clássico – particularmente um grande barco – é um pouco diferente. Exemplos consideráveis de modelos respeitados em bom estado de conservação são raros, além de extremamente caro para adquirir e manter. Ainda mais significante, o desempenho e pa-

drões de conforto muitas vezes permanecem presos a uma época passada. Talvez eles sejam melhores para admirar do que para ter.

Mas há uma alternativa, no mundo náutico, pelo menos: o chamado “clássico moderno”, um tipo de embarcação cujas linhas visíveis refletem a magnitude de iates da primeira metade do século 20. Na superfície, eles transmitem beleza e elegância, e abaixo da linha d’água está escondida a modernidade, com um casco altamente eficiente. Da mesma forma, o interior proporciona todo oconforto de um modelo moderno, bem como maquinário e equipamentos totalmente confiáveis.

Projetar tais embarcações, no entanto, não é tarefa simples. Capturar o autêntico espírito de um clássico em um exemplar moderno é uma arte que poucos designers contemporâneos dominam. Entre eles está

À frente do posto de comando, um aconchegante espaço coberto acomoda quem não estiver trabalhando na navegação do veleiro

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Na superfície, esses modelos transmitem beleza e elegância. Abaixo da linha d’água está escondida a modernidade

Todas as ações para manusear as velas ocorrem na popa do veleiro, deixando o restante do ambiente livre para circulação

Andre Hoek, cujo estúdio de design com sede na Holanda tem se especializado em clássicos modernos desde a sua fundação em 1986.

Em 1988, o estúdio desenvolveu uma série de modelos, o Truly Classic, com desenhos inspirados por projetos de designers famosos do início do século 20, como William Fife, Charles Nicholson e Natanael Herreshof. “Meu objetivo foi combinar o melhor das eras clássica e atual com a aparência deslumbrante e uma forma moderna de casco, que garantisse um desempenho sublime”, contou. Ele começou com um veleiro de 20 metros que provou seu pedigree ao vencer a Antigua Classic Week três vezes. O sucesso pôde ser julgado a partir dos 100 ou mais veleiros entregues desde então por Hoek.

O último e maior lançamento da série é este veleiro de 38,8 metros Atalante, criado para um experiente cliente que veleja desde a infância. Seu veleiro anterior, também de mesmo nome e da família Truly Classic, era menor (27,4 metros) e foi lançado em 2009 pelo estaleiro Claasen.

Embora parecesse grande na época, o proprietário gostou tanto que logo considerou ter um modelo maior, mais rápido e mais espaçoso, porém com o mesmo número de cabines de hóspedes, mas com tripulação e áreas de serviço ampliadas. “Com a satisfação por este primeiro Atalante, meu novo veleiro deveria ser construído pela mesma equipe”, disse. O time envolvia Nigel Ingram, da MCM, como gerente de projeto do proprietário, e Victor Weerens como gerente de projetos do estaleiro Claasen.

Apesar de se um projeto de semi-custom desde o início, o desenvolvimento do design foi o mesmo que para um modelo full-custom. Começando com 35 metros de comprimento, Atalante ganhou mais 3,8 metros para expandir o alojamento da tripulação e fornecer a opção para cinco tripulantes em três cabines quando alugado para charter, ao invés de quatro distribuídos em duas cabines, previsto inicialmente.

Visto na água, há poucos indícios de que Atalante é um modelo totalmente novo. Observadores bem informados, no entanto, identificarão imediatamente seus mastros e

retrancas em fibra de carbono e velas com a mais recente tecnologia da North 3Di, além do posto de comando totalmente na cabine de popa. Mas de outros ângulos, a partir das curvas elegantes de seu arco e linha de prumo, decks de madeira com formato tradicionalmente baixo, sua elegante popa, ele é a própria imagem de um clássico.

Ao longo de sua concepção e construção, o princípio a seguir era o “keep it simple” (mantenha-o simples). Por esta razão, a moderna quilha dá um calado de 4,5 metros enquanto no deck o pensamento simples é visto com apenas os seis grandes moitões de amarração que servem a vela principal e a genoa. O layout deste convés é bem pensado, com toda a ação da vela ocorrendo na popa. À frente, o cockpit – protegido sob um resistente bimini – oferece uma área de descanso e sala de jantar espaçosas e confortáveis para aqueles que não estão envolvidos nas ações de navegação.

Enquanto o interior do novo Atalante (também projetado por Hoek) repete muitas instalações da versão anterior, o volume extra conseguido pelos 38,8 metros

60 ATALANTE
O experiente proprietário (que veleja desde criança) pediu que o projeto seguisse o lema “keep it simple”

“Queria combinar o melhor das eras clássica e atual com a aparência deslumbrante e uma forma moderna de casco, que garantisse um desempenho sublime”

Andre Hoek

62 ATALANTE

certamente permitiu uma atmosfera muito mais espaçosa. O estilo tradicional é reforçado pela marcenaria em mogno do estaleiro e móveis da empresa londrina Hamilton Weston. Um pouco abaixo do cockpit, o salão principal oferece excelente visibilidade, tanto em pé como sentado, em um ambiente protegido e com ar condicionado. O acabamento impecável pode ser visto em toda parte, desde o armário para guardar talheres e pratos até a mesa de jantar rebatível.

No salão principal há duas escadas (à frente e atrás) que levam até o deck inferior. A suíte máster está localizada bem na popa e o proprietário quis criar à frente um lobby privativo que também funciona como outro centro social do veleiro, com sofás, televisão, frigobar etc. Seguindo para a proa estão duas cabines de hóspedes (uma de casal a bombordo e outra com duas camas de solteiro a boreste). Por fim, mais à frente estão os dormitórios da tripulação, com o mesmo nível de acabamento para mar-

cenaria e decoração. O capitão James Prince e a esposa Kate, que serviram a bordo do Atalante anterior, elaborou muito do layout dessa área, criando uma larga área aberta com mesa de jantar e área para relaxamento.

Tecnicamente, o veleiro é como se poderia esperar de um Claasen; impecável. Poucos exemplares deste tamanho podem gabar-se de possuir uma sala de controle como a do Atalante, enquanto a casa de máquinas é apresentada com bastante espaço. A potência é fornecida por um par de geradores Northern Lights 32kW e um único motor diesel Scania de 328 kW. O banco de baterias compreendem modelos de lítio 48V com 30kWh permite que o barco navegue em modo silencioso por até oito horas.

No dia do teste, o vento estava há apenas seis de velocidade. Com essa gentil brisa, o Atalante facilmente acelera aos 5,5 nós com o controle da embarcação na ponta dos dedos sobre o leme. O capitão relatou que conseguiu o pico de 13,4 nós como maior velocidade.

Seu formato de casco clássico, com longas linhas, também deixam o movimento sobre as águas suave, reduzindo a suscetibilidade a enjôo. Já ancorado, ele também é calmo, sem as ondas bater nas áreas de popa que dificultam muita gente de pegar no sono. O atracamento é simples, tendo em conta os três guinchos Lewmar ergonomicamente posicionados. Outras funções hidráulicas podem ser operadas por controle remoto durante uma navegação solitária.

Atalante é igualmente bem sucedida quando está em cruzeiro pelos oceanos com seu proprietário e família ou durante em uma regata. “O veleiro representa omelhor dos dois mundos. Navega como um modelo moderno puro-sangue com aquele apelo clássico”, disse Andre Hoek. O felizardo dono certamente concorda.

“No Atalante original eu gostei do contato com a água que o barco proporcionava e de sua habilidade para fazer manobras quando estava competindo. E não queria perder essas características no novo barco e certamente Andre conseguiu dar conta lindamente”, concluiu.

O lobby privativo que antecede a suíte máster do proprietário também serve como um outro ponto social do veleiro 64 ATALANTE
Apesar de ter muitas instalações iguais ao veleiro anterior, osegundo Atalante é mais espaçoso

Atalante

Cockpit é bem abrigado por um resistente bimini Com o ganho de medida, criou-se uma terceira cabine de

Deck principal Deck inferior
tripulantes Mastro em fibra de carbono e velas com a última tecnologia 3Di Comprimento total: 38,8 m Comprimento linha d’água: 27,95 m Boca: 7,7 m Calado: 4,5 m Deslocamento: 140 toneladas Motorização: Scania 328 kW a 1.500 rpm Velocidade com motor (maxima / cruzeiro): 12,5 nós / 11 nós Geradores: 2 x Northern Lights OM 944T 32 kW Tanque de combustível: 12.000 litros Tanque de água fresca: 4.500 litros Velas e longarinas: North Sails 3Di Área vélica total: 940 m² Proprietário e convidados: 6 pessoas Tripualação: 4/5 pessoas Tender: 1 x Williams Dieseljet 505 Construção: Sealium 5383 alumínio Arquitetura Naval: Hoek Design NA Design exterior e interior: Hoek Design NA Estaleiro / ano: Claasen / 2015, Holanda e: info@claasenshipyards. com t: +31 756 281 904 w: claasenshipyards.com FICHA TÉCNICA 66

LIBERDADE

Auniãodetecnologia,desempenho,estiloeinovação fazemdarecém-lançadaRivaFloridao sonhode consumoentreosiatesdasuafaixadetamanho Fot o s D iv u l g a ç ão/R iv a

OPEN
UM COUPÉ 68
EMOÇÃO DE UMA
DE

estaleiro Riva, mundialmente conhecido por suas embarcações icônicas e de puro estilo, novamente elevou o patamar do design de barco com a Florida 88, o iate que uniu dois estilos de navegação (open e coupé) com desempenho e inovação tecnológica.

Mas o que faz a Florida tão especial? O estilo do casco, de perfil baixo, impressiona, mas isso é de esperar em um modelo Riva. A tecnologia é uma das mais avançadas já vistas em um iate recentemente e o desempenho é a cereja do bolo.

O design ficou sob responsabilidade de Mauro Micheli, da Officina Italiana Design e colaborador de longa data do estaleiro. O projeto e estilo desta 88 pés a torna uma verdadeira navegação aberta. “Esta grande área aberta tem um impacto estético, é o melhor ‘brinquedo’ que se poderia sonhar... Pode-se afirmar isso porque as três primeiras unidades foram adquiridas por clientes que possuem iates de 60 metros de comprimento e usarão a Florida como um grande tender”, afirmou Micheli. “O Riva Bahamas foi o primeiro iate que projetei. É um modelo dos anos 90, mas ainda apreciado hoje em dia. Eu gosto de considerar a Florida como um novo Bahamas”, completou.

O grande destaque do barco é o que a Riva chama de C-Top (teto conversível). Trata-se de uma cobertura do posto de comando que, ao toque de um botão, desliza para frente com dois braços duplos até se integrar totalmente ao deck de proa. O sistema (bastante parecido com uma capota de um carro conversível, no qual foi inspirado) é operado por um único controle e monitorado por sensores instalados perto das partes móveis individuais, garantindo a segurança durante a operação. Além disso, todo o procedimento pode ser verificado no visor no painel. Por fim, quando o teto hidráulico é recolhido novamente ao cockpit, no deck abre-se uma opção a mais para o relaxamento com um solário em formato de U.

“A ideia foi desafiante. Design e engenharia trabalharam juntos para criarem uma ótima solução de estilo e tecnologia, sem afetar o design geral do iate”, afirmou Micheli. Os especialistas da Ferretti se envolveram meses para chegar a essa notável peça de engenharia. Realmente impressiona e fez da Florida uma nova característica de barco, que juntou navegação aberta com coupé.

Além desta característica marcante, a Florida apresenta uma série de outros atributos que o estaleiro ado-

Com o toque de um botão, o hardtop desliza para a frente com dois braços duplos até se integrar totalmente ao deck de proa. Uma ideia que deixa a Florida ainda mais desejada

O deck principal é a área viva do barco. Uma grande churrasqueira e uma geladeira atendem aos convidados.

“É um iate para desfrutar”, disse Mauro Micheli
70 RIVA FLORIDA 88

O casco de perfil baixo, impressiona, mas isso é de esperar em um modelo Riva. A tecnologia é uma das mais avançadas já vistas em um iate recentemente e o desempenho é a cereja do bolo

72 RIVA FLORIDA 88

Camas baixas e amplas janelas dão a sensação de espaço nas quatro suítes. A máster fica a meia-nau

tou em modelos Riva anteriores. “Há muitos espaços ao ar livre, grande área de estar na popa com plataforma hidráulica que pode descer até um metro para dentro da água e um pouco à frente, afastando-se do barco. É um iate para desfrutar”, garantiu Micheli.

Uma extensa churrasqueira e uma geladeira atendem aos convidados no deck principal. Mas se o convidado ou proprietário quiser uma refeição mais refinada, então a cozinha completa no deck inferior poderá suprir essa necessidade. Os amantes do sol poderão se acomodar no sofá na popa ou em um grande solário, um pouco mais atrás. Um tender de quatro metros e outros brinquedos aquáticos ficam

na garagem nesta região, com porta automática e rampa que se estende para fora, facilitando o lançamento e recolhimento.

Mas se você pensa que a Florida não se destaca pela performance, está enganado. Poucas vezes se viu tanto desempenho em um iate deste tamanho. A velocidade chega facilmente aos 40 nós, mesmo com uma pesada quantidade de combustível no tanque. O modelo testado na reportagem está equipado com dois motores diesel MTU 16V 2000 M94, que produz cada um 2.638 HP. Estes são acoplados a uma caixa de marchas V-drive.

Assim como em potência máxima, o iate é bastante suave também em baixas velocidades e manobras. Em

velocidade normal de motor, a Florida atinge nove nós, mas um sistema instalado no câmbio reduz para três nós, para manobras de atracação. Dois estabilizadores Seakeeper instalados abaixo da garagem fazem um bom trabalho de manter o iate na posição vertical.

No deck inferior, o bom gosto do estaleiro é aparente, com decoração inspirada em clássicos iates Riva da década de 1980 e 1990, como o próprio Bahamas. A madeira em tonalidade pêssego que transmite suavidade e há acabamento em couro nas paredes e portas. O uso de aço inoxidável e tecidos de alta qualidade completa oambiente. Camas baixas e grandes janelas dão a sensação de espaço e a suíte máster a meia nau, separada das outras cabines por uma sala e cozinha, é um refúgio para os proprietários. Uma cabine com duas camas de solteiro e outras duas com camas de casal, todas com banheiro privativo, completam o luxuoso ambiente para todos a bordo.

O posto de comando na Florida talvez seja a única área “normal” do iate. Dois assentos não oferecem muito apoio e os três grandes monitores de navegação ficam com visualização prejudicada pela luz do sol quando o hard top está aberto. No entanto, o campo de visão do mundo exterior é gratificante.

O CEO do Grupo Ferretti, Alberto Galassi, é justificadamente orgulhoso com o resultado final. “O Florida 88 é um sonho que se tornou realidade, uma joia do iatismo italiano que estamos muito satisfeitos e animado”, disse.

E o resultado fala por si só. A Riva Florida é uma verdadeira compreensão do que pode ser alcançado quando o design de iates é levado ao limite.

O deck inferior teve decoração inspirada em clássicos iates Riva da década de 1980 e 1990, com uso de madeira, couro (paredes e portas), aço inoxidável e tecidos de alta qualidade
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RIVA FLORIDA
88

Comprimento total: 26,8 m (88’1”)

Comprimento linha d’água: 21,4 m (70’3”)

Boca: 6,3 m (20’8”) Calado: 1,8 m (6’)

Deslocamento: 73,7 toneladas

Motorização: 2 x MTU V16 2000 M94, 2.638 hp a 2.450 rpm

Riva Florida 88

Com o hardtop no lugar, a proa ganha uma área com sofá em U e mesa

Velocidade máxima / cruzeiro: 40,5 / 35 nós

Autonomia: 300 milhas náuticas a 40,5 nós

Tanque de combustível: 7.500

A única mesa a bordo pode receber até oito pessoas

A suíte máster está a meia-nau, com toda a privacidade para os donos

Com o espaço preenchido pelo teto, torna-se um grande solário

Tanque de água: 990

Proprietário e convidados: 8 pessoas

Tripulação: 3 pessoas

Tender: Williams 385 Construção: GRP

Arquitetura naval: Departamento de Engenharia da Ferretti Group

Design exterior e interior: Officina Italiana Design

Estaleiro / Ano: Riva / 2015 Forli, Itália t: +39 0543 787511

e: info@riva-yacht.com w: www.riva-yacht.com

Sundeck Deck principal Deck inferior
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FICHA TÉCNICA

A construção do Veleiro A, o maior barco a motor assistido por velas, levou design, tecnologia e criatividade ao extremo

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Por Stweart Campbell Adaptação Caio Ambrosio

O mundo assistiu em 2008 o lançamento do barco a motor “A”, construído pela Blohm+Voss, na Alemanha. Muito pouco se sabia sobre o projeto ultrassecreto de 119 metros, até que algumas fotos do casco finalizado e os primeiros testes de mar começaram a aparecer em todos os sites e revistas especializados do mundo. Com a assinatura do designer francês Philippe Starck, o iate a motor “A” adentrou em um terreno novo, quebrando muitas barreiras e criando um conceito.

Agora os proprietários do fantástico iate “A”, Andrey e Aleksandra Melnichenko, estão recriando essa história mais uma vez com um projeto ainda mais inovador. Até o momento, tudo o que foi visto eram apenas fotos de paparazzi e suposições de como seria o barco, mas a Boat International obteve acesso exclusivo, sendo a única revista no mundo autorizada a publicar a história por trás de mais uma construção totalmente em segredo da família Melnichenko. Bem vindo a bordo do Veleiro A.

Nada para Andrey Melnichenko é convencional. Este é um proprietário que se deleita em desafiar o status quo, adora ter novos conceitos e principalmente, novas tecnologias em seus iates. O veleiro A tem 142,81 metros de comprimento (é o maior do seu tipo e vem sendo chamado de “iate a motor assistido por velas”). Trabalhando mais uma vez com Philippe Starck, Melnichenko colocou seu time novamente junto para tirar o conceito do papel e transformá-lo em realidade.

Ele escolheu Dirk Kloosterman para ser o gerente de projeto e muito conhecido no meio dos superiates. Kloosterman estava envolvido na construção do iate Rising Sun, de Larry Ellison, antes de aceitar o projeto. Entre os seus desafios, o primeiro foi encontrar um estaleiro que tivesse calado suficiente para receber um barco deste porte. Muitos aceitaram correr o risco de

construir algo tão ousado, mas com a compra do estaleiro HDW, em Kiel, Alemanha, pela Nobiskrug, foi criada a oportunidade perfeita para construir o barco.

“Esse estaleiro é perfeito, tem docas largas e calado de que precisamos para o projeto”, disse Kloosterman. “Em março de 2011, assinamos o contrato de pré-engenharia para começar. Estava claro para o estaleiro que queríamos o controle total da operação, inclusive de todas as empresas envolvidas na construção. O controle de custos para um iate a motor de oito andares e com a adição da vela seria um grande desafio para todos”, completou Kloosterman.

Esse projeto nasceu muitos anos antes, mas não tão distante do lançamento do iate a motor “A” em 2008. Naquele ano, os proprietários convidaram oito dos melhores designers do mundo para ouvir suas ideias e criar esse conceito sem precedentes. Inicialmente, o francês Jacques Garcia foi o ganhador, mas preocupado com a direção que odesenvolvimento estava tomando, Melnichenko foi obrigado a recorrer ao seu herói e criador do iate a motor “A”, Philippe Starck. “Estou honrado e feliz por trazer à vida o sonho de qual será o ápice de alta tecnologia e poesia para os proprietários”, disse Garcia. Desta maneira, a ideia ultrassecreta tomou forma, um barco a motor com três mastros, com potencial para velejar, construído em sua maioria em aço e incorporando compósito de fibra de carbono para manter opeso baixo. Acompanhando a proa alta, as linhas sobem em direção à popa e terminam descendo em três lances distintos. Elas parecem não ter interrupções ou não mostrar qualquer equipamento no deck principal (âncora, janelas que viram terraços etc), mas acredite, eles estão lá escondidos de uma forma muito inteligente. Espantosamente, são 24 portas que se abrem no casco. As janelas ovais aparentam ser pequenas a certa distância, mas todas tem um efeito específico e são imensas quando vistas por dentro. Durante nossa visita, muitos testes eram realizados no barco, mas um chamou a atenção: uma película era instalada nas ja-

NADA PARA ANDREY MELNICHENKO É CONVENCIONAL. ESTE É UM PROPRIETÁRIO QUE SE DELEITA EM DESAFIAR O STATUS QUO, ADORA TER NOVOS CONCEITOS E, PRINCIPALMENTE, NOVAS TECNOLOGIAS EM SEUS IATES. 2008 reunião de design 67% maior que as velas do Falcão Maltess 80 VELEIRO A

nelas para dar maior privacidade aos convidados e deixar tudo da mesma cor metálica feita por Alex Seal.

O tamanho do novo “A” é extraordinário: além do comprimento já mencionado, são 24,88 metros de boca máxima e oito metros de calado. O barco tem oito decks interligados por múltiplos elevadores e diversas escadas em espiral, garagem para quatro tenders e um submarino, além de um heliponto “touch-and-go” (para pousos e decolagem) na proa. Todos os ambientes internos foram desenvolvidos para fluir e serem orgânicos nos detalhes. Embora o iate ainda estava em construção na época da visita, acompanhado por Vedder Deutsche Werkstatten, uma coisa não havia dúvida: o espaço interno na área do proprietário é enorme, bem como a área para os convidados e 54 pessoas da tripulação, que cuidarão de uma cozinha profissional com capacidade para suprir a demanda de um hotel cinco estrelas. A equipe servirá ininterruptamente os dois decks superiores.

Em contraste com o volume a bordo e todas as suas acomodações, uma sala muito pequena será o centro das atenções. Posicionada na quilha central do barco, a área envidraçada subaquática proporcionará momentos únicos.

Para garantir que tudo funcione perfeitamente, o centro hidrodinâmico HSVA em Hamburgo, Alemanha, realizou diversos testes no casco e a unidade Wolfson, na Universidade de Southampton, ficou encarregada dos testes no túnel de vento para determinar a performance em diferentes condições. Esta fase do projeto revelou o comportamento do barco usando as velas, estabilizadores e performance apenas com omotor. A empresa holandesa Marin conduziu os testes finais com o leme e quilhas instalados no protótipo. Com o resultado dos testes aerodinâmicos concluídos, mostrou-se que o ângulo de inclinação será de no máximo 12 graus com 20 nós de vento, contra e 35 nós a favor.

OS MASTROS E O PLANO VÉLICO

Três mastros colossais sem stay definem o “A”. O principal tem uma altura de 100 metros acima da superfície da água (maior que o famoso Big Bem). Foi incorporado a ele um sistema elétrico que pode elevar uma pessoa até 60 metros do chão e com certeza será uma das melhores vistas do barco. O escritório de design alemão Dystra&Partners, responsáveis pela criação dos mastros do Falcão Maltês, foi a escolha óbvia para desenvolver o sistema no “A”. Por ser um barco a motor assistido por vela, a relação entre a área vélica e odeslocamento do barco são menores do que o comum. Dykstra otimizou o plano vélico com velas curvas, utilizando muitas técnicas aerodinâmicas que permitem os mastros girarem até 70 graus.

Curiosamente os mastros são curvos. “Quando começamos a desenhar as velas com seu design distinto, as características dos mastros apontam para a popa e, por

54
24
82 VELEIRO A
"ESTOU HONRADO E FELIZ POR TRAZER À VIDA O SONHO DE QUAL SERÁ O ÁPICE DE ALTA TECNOLOGIA E POESIA PARA OS PROPRIETÁRIOS"
tripulantes
portas balcão

uma questão de estilo, queríamos que elas ficassem perfeitamente alinhadas com as linhas do barco”, disse Mark Leslie, da Dykstra. Velas deste tamanho, precisam de enroladores capazes de lidar com tamanho peso e tem um ângulo correto de instalação. Dkystra desenhou a curva da vela para receber os enroladores para que eles funcionassem sem problemas tanto com o vento a favor, como contra.

A Magma Structures, com sede em Portsmouth, Inglaterra, foi a responsável em criar os mastros em fibra de carbono, pois é o único material capaz de suportar a carga e a tensão, de acordo com o especialista Damon Roberts, que acabou criando um desafio para sua equipe. “Desde que este projeto foi concebido com este tamanho, não tivemos respostas fáceis ou soluções tradicionais para o que iremos fazer”, disse. A equipe calculou a flexão na base do mastro utilizando o cálculo em cima dos números da velocidade máxima do vento contra. “A tensão que o material admite e os fatores de segurança foram imprescindíveis para atender aos requisitos estruturais de projeto”, acrescentou Roberts. A carga de flexão na plataforma do mastro principal, por exemplo, é cerca de duas vezes e meia maior do que uma asa de avião Dreamliner e cerca de duas vezes que a do Falcão Maltese, que até então era o dono dos maiores mastros já construídos com essa especificação. Dito de outra forma, os mastros podem resistir a 90 nós de vento com vela aberta completamente (equivalente a um furacão de categoria 2), ou dois ônibus de dois andares pendurados a partir da ponta de cada um.

A Magma construiu os mastros de forma convencional com molde e contra molde usando um laminado de fibra de carbono e epoxy. Cada um deles foi fabricado em quatro grandes sessões, utilizando 370 camadas de carbono. Para ter a forma correta, a empresa desenvolveu um software para monitorar e controlar a secagem três vezes ao dia e também incorporou uma rede de sensores de fibra ótica, realizando em tempo real o monitoramento de segurança, histórico de flexão, condições reais dos mastros e para aumentar a performance durante a velejada.

VELAS E RETRANCA

A área vélica total do barco é de 3.747 metros quadrados ou o equivalente a um campo de futebol, e é 67% maior do que a do Falcão Maltess (2.370 metros quadrados).

Ao invés de utilizar diversas velas pequenas, o “A” utiliza uma peça única de 1,464 metros quadrados que enrola dentro da retranca com um simples apertar de um botão, não é necessário tripulação para realizar essa operação. O comprimento total de fibra utilizado na vela é de 754 milhas.

As velas foram concebidas pela Doyle Sails USA e combinam carbono com fibra Technora, cobertas com taffeta (seda fina brilhante e tecido sintético) para proteger dos raios UV.O truque foi determinar as cargas de compressão nas ripas e, em segui-

da, projetar uma extremidade interna suave capaz de enrolar de forma confiável, mas ao mesmo tempo lidar com o impulso para a frente das ripas sem rasgar.

A TECNOLOGIA DOS VIDROS

A alemã GL Yachtverglasung (GLY) desenvolveu os vidros, incluindo a mais longa peça curvada já construída, pesando 1,8 toneladas e medindo 15 metros. “O designer queria criar um visual mais limpo possível, sem nada segurando o vidro. O único jeito era criar as grades de sustentação de vidro”, disse Kloosterman.

Outros dois vidros enormes são encontrados no sétimo deck, com 11 metros de comprimento, e para frente do convés do proprietário, com 14 metros de comprimen-

CLARO PARA O ESTALEIRO QUE QUERÍAMOS
CONTROLE
DA OPERAÇÃO, INCLUSIVE DE TODAS
EMPRESAS ENVOLVIDAS
120 inclinação máxima 90 NÓS é a velocidade máxima do vento 2 ônibus de dois andares podem ficar pendurados nos mastros 30 CENTÍMETROS é
espessura
vidro
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observação na quilha
área velica total em metros
altura dos mastros acima da linha d’água A sala integrada a quilha com grandes janelas ovais passou por dez testes a uma profundidade de 120 metros no mar da Alemanha
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100 METROS
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to. A GLY também foi responsável pelos três vidros elípticos que formam um observatório na quilha do barco. Usando uma técnica especial (GLY MarineCobond), criou-se camadas durante a laminação e, assim, reduziu a espessura do vidro e o peso em até 50% em comparação aos vidros tradicionais. Mas isso não era o suficiente. O gerente de projeto exigiu que ao menos dez testes fossem feitos e a equipe se dirigiu para um local com 120 metros de profundidade na Alemanha e mergulhou a cápsula até o fundo para atingir diferentes pressões. Foi aprovada sem nenhum susto.

PROPULSÃO

Uma das partes mais importantes do design era manter o peso total o mais baixo possível e escolha da propulsão era um ponto importante. Para atingir esse objetivo e, principalmente, as velocidades de 16 nós em cruzeiro e 21 em velocidade máxima em silêncio, a solução veio de um sistema nunca instalado em um barco de passeio: uma combinação de um sistema personalizado a diesel/elétrico. Construídos com o conceito básico de barcos fluviais, a E-MS em Hamburgo desenvolveu o sistema e a MTU em parceria com Vacon e DEIF levaram isso adiante.

Foram utilizados geradores de velocidade variável. Isto significa que pode-se tirar mais energia do gerador, pois a rotação máxima de 2.050 rpm é atingida, gerando 2.800 kW. “A vantagem é que ao invés de utilizar cinco geradores, usamos quatro e poupamos muito peso, custo, instalação, operação e manutenção. Os geradores também podem trabalhar a 1.050 rpm quando obarco estiver menos carregado, graças ao Superimposed System Controler (SSC), ou na tradução livre, Sistema Controlador de Sobreposição, que calcula constantemente e otimiza as velocidade, determinando a melhor combinação para a linha de geradores”, detalhou Kloosterman. “Por exemplo, oSSC pode calcular que a uma certa carga, pode ser mais eficiente utilizar dois geradores a 1.200 rpm ao invés de um a 2.050 rpm.

o período de manutenção de cada um de 15 mil para 30 mil horas”, completou Kloosterman.

O par de hélices é impulsionado por motores MTU 20V 4000 ML73 a diesel, por motores elétricos ou uma combinação dos dois feita por embreagens e caixas de velocidade. O mesmo propulsor elétrico também pode ser utilizado como gerador de velocidades nos eixos, reduzindo o consumo quando obarco navegar com o uso dos motores principais. “Temos uma grande variedade de propulsão embarcada que é alterada conforme o uso do barco. Os sistemas são bem flexíveis e eu acredito que esse será o futuro da navegação”, finalizou Kloosterman.

Combinando os dois em baixas velocidades de rotação, podemos reduzir barulho, vibração, consumo de combustível e o tempo de uso do equipamento, aumentando
O SISTEMA CONTROLADOR DE SOBREPOSIÇÃO CALCULA CONSTANTEMENTE E OTIMIZA A VELOCIDADE, DETERMINANDO A MELHOR COMBINAÇÃO PARA A LINHA DE GERADORES 60 METROS é a altura que você pode subir no mastro 8 designers concorreram no projeto 754 MILHAS de fibra de carbono foram utilizadas no mastro principal 4 geradores de 2.800kW 0 tripulação é necessária para manusear as velas 110 METROS de corrente de âncora O par de hélices é impulsionado por motores MTU 20V 4000 ML73 a diesel, por motores elétricos ou uma combinação dos dois VELEIRO A 86

SOLUÇÕES INOVADORAS NA FAIXA DOS 60 PÉS

Pré-lançadaemdezembro,a Intermarine64 HDF éanovidadedo estaleiropaulistaqueganharáosmares nosegundosemestrede 2022,com projetoassinadoporLuizdeBasto

88

Mais um barco no segmento de 60 pés ganharáaságuasbrasileirasem2016. Com um projeto totalmente novo, nascido das pranchetas de Luiz de Basto, a Intermarine 64 HDF promete conquistar o brasileiro com design poderoso e elegante e grande volume externo. As linhas sinuosas trazem uma nova interpretação do DNA Intermarine, com traços fortes e marcantes das janelas do salão e do costado, aliados às entradas de ar em aço inox. A inovação está presente também em soluções adotadas nos mais de 151 m2 a bordo. Uma delas está no beach club que, segundo o estaleiro, tem o objetivo de oferecer uma experiência incomparável ao ar livre. Ao ancorar a embarcação, duas plataformas laterais no costado abrem-se e conectam-se à plataforma de popa central, com uma área total de 18 m2 para a convivência

ao nível da água. A plataforma de popa central possui ainda lift hidráulico, para utilizá-la como uma praia particular a bordo ou içar um bote ou moto-aquática. O espaço gourmet é equipado com churrasqueira elétrica, pia e espaço para o preparo de alimentos.

Atenção especial também foi dada à grande praça de popa. Um sofá em L, mesa para refeições e diversos paióis tornam o ambiente prático e confortável para receber os convidados. As portas laterais facilitam o acesso à embarcação. A proa é outro espaço para convívio, com solário e sofá com mesa para refeições.

O flybridge tem 26 m2, certamente uma área que será bastante utilizada a bordo. Lá é possível acomodar até 18 pessoas e a decoração conta com duas mesas para refeições, sofás, solário e um bar (algo inédito para uma embarcação deste porte). O posto de comando permitirá pilotar com conforto e excelente visibilidade.

Praça de popa com sofá em L e mesa para refeições deixa o convidado à vontade

INTERIOR CUSTOMIZÁVEL

AIntermarine64 podecontarcomserviçodecustomização. Para isso, o estaleiro tem uma equipe de profissionais das áreas de design, arquitetura, decoração, engenharia e produção, que estuda as necessidades de cada proprietário.

No deck principal, o salão possui uma boa integraçãocomapraçadepopagraçasàaberturatotaldaporta detrêsfolhas.Com25,4m2 deáreaepé-direitomáximo de2,15m,osalãopossuidimensõesimpressionantes.

Os acabamentos cuidadosamente selecionados de revestimentos, tecidos, mobiliário e acessórios são montados impecavelmente, criando não somente uma sensação, mas o verdadeiro privilégio de navegar em umaIntermarine.

Osambientesforambem distribuídosnanova Intermarine64.Obarco

O salão apresenta cozinha mais à frente, a boreste, com dois sofás na entrada do ambiente
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prometeagradarclientes nessafaixadetamanho

Com projeto de Luiz de Basto, o modelo oferece boas opções de customização

Nessa área, o cliente pode escolher duas versões de layout. Na primeira, a cozinha está logo na entrada do salão a bombordo, próxima à praça de popa. A sala de estar composta por dois grandes sofás fica à frente no salão e possui mesa de centro que se converte em mesa de jantar. Já na outra disposição a cozinha se encontra na parte frontal à boreste. Assim, a sala de estar passa para a entrada do salão com os dois sofás. Outro sofá configura uma sala de jantar em frente à cozinha.Para ambos os layouts, o posto de comando fica a bombordo e permite pilotar de maneira agradável, com excelente visibilidade.

No deck inferior, as três cabines estão muito bem dimensionadas, com capacidade para receber seis pessoas para pernoite. A suíte máster está localizada a meia nau e possui 21,5 m2, ocupando toda a largura do barco e equipada com cama king size, dinette, escrivaninha e diversos armários. O banheiro é espaçoso e possui cuba dupla. As amplas janelas proporcionam uma excelente vista para o mar.

A suíte VIP fica na proa do iate, com um total de 11,7 m2 que apresenta cama queen size e banheiro com box separado para banho. Aqui a vista para o exterior também é privilegiada.

A boreste fica a cabine de hóspedes, com duas camas de solteiro que se convertem em cama de casal, além de banheiro completo, em uma área de 8,4 m2 No corredor que leva para os três cômodos encontra-se ainda uma prática rouparia. A cabine de marinheiro traz duas camas de solteiro e um banheiro exclusivo para maior conforto da tripulação.

O casco com V profundo corta perfeitamente as ondas e permite uma navegação segura mesmo em condições severas de mar. Equipada com dois motores Volvo Penta IPS 1200, atinge até 34 nós de velocidade máxima e 28 nós de velocidade de cruzeiro. Também há a opção de instalar dois motores MAN 1200, com isso, a embarcação atinge 35 nós de velocidade máxima e 29 nós de cruzeiro.

Deck principal

Deck Inferior Flybridge

Intermarine64 HDF -FichaTécnica

Comprimento total (com púlpito): 18,95 m (62,17’)

Comprimento do casco com plataforma de popa: 18,60 m (61,02’)

Boca máxima: 5,05 m (16,56’)

Boca máxima com beach club aberto: 6,45 m (21,16’)

Calado máximo: 1,50 m (4,92’ Volvo) / 1,23 m (4,03’ MAN - opcional)

Altura acima da linha d´agua: 6,15 m (20,17’)

Ângulo do V na popa: 13,8°

Deslocamento vazio: 26 toneladas

Deslocamento carregado: 32 t

Motorização: 2 x Volvo IPS 1200 / 2 x MAN 1200 (opcional)

Velocidade máxima: 34 nós (Volvo) / 35 nós (MAN - opcional)

Velocidade de cruzeiro: 28 nós (Volvo) / 29 nós (MAN - opcional)

Tanque de combustível: 2.800

Tanque de água: 750

Capacidade máxima de passageiros: 22 Cabines: 3+1

Leitos: 6+2

Banheiros: 3+1

Projeto: Luiz de Basto

Designs Espaçoso flybridge poderá acomodar até 18 pessoas Cabine máster está a meia-nau, e ocupa a largura do barco Já nessa opção de customização, a cozinha fica a bombordo, logo na entrada do salão Beach club ganhou bom espaço extra com as duas plataformas laterais que se integram à plataforma de popa
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PASSO PRÓXIMO

A seguir, trazemos o que alguns dos estaleiros ao redor do mundo lançarão em breve e aqueles projetos que estão à espera de um comprador para sair das pranchetas dos designers

Europa, América, Oriente Médio e, ultimamente, a Ásia, são grandes mercados de superiates onde os estaleiros trabalham com grandes escritórios de arquitetura naval que implementam o que há de mais moderno e ousado em design de barcos. Saiba o que estará nas águas em um futuro próximo.

PROJETO GLEAM

Esse conceito de 165 metros pode entrar em processo de construção em breve. Isso porque, além de pertencer a Nauta Yachts (escritório italiano de arquitetura naval que possui parceria com grandes estaleiros mundiais, como Lürseen, Bennetti e Beneteau), o responsável é Mario Pedol, o homem que projetou o maior superiate do mundo até o momento, o Azzam de 180 metros. Gleam (“vislumbre”, em inglês) é inspirado na concepção “Luz” que os designers da empresa conceberam há seis anos e que tornou a assinatura em todos os modelos projetados até então. Assim, o interior quase não tem divisórias, sendo todo montado em uma harmonia e linhas limpas, com grandes espaços ao ar livre. Ao todo, são sete decks sobrepostos em uma forma quase piramidal e terá capacidade para hospedar 32 pessoas em 16 cabines, além de 64 tripulantes. Da metade do deck principal até a proa foram projetadas nove cabines (sendo duas suítes VIPs), cada uma com uma varanda privada. A meia-nau está um lobby de 150 m2; enquanto a popa é dedicada à piscina, diretamente ligada ao deck inferior focado no entretenimento, equipado com academia, sauna, spa completo, salão de beleza, cinema e um cassino. E o enfoque é dado para o proprietário, cujo quinto deck é só para ele, incluindo uma suíte de nada menos do que 700 m2

A

NUMARINE 40 XP

O estaleiro turco Numarine assinou contrato com a empresa de charter Burguess e construirá o primeiro iate da empresa para o nicho de exploração. O 40 XP demonstra a mudança do estaleiro, abrindo-se para esse mercado de longos cruzeiros. O modelo também será o primeiro barco da Numarine a contar com um casco de aço. Espera-se ter uma autônima de 4 mil milhas náuticas, com 12 nós de velocidade de cruzeiro e 15 nós de velocidade máxima. Ele será equipado com dois motores Caterpilar ACER 32 com 736 Kw a 1.800 rpm.

BAGLIETTO 48 METROS

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Baglietto entrará no mercado da América do Norte em 2017 graças venda do projeto do casco de 48 metros, destinado a um proprietário que vive no México. O mais recente modelo, que trata-se de uma evolução do iate de 46 metros, será assinado por Francesco Paszkowski Design e trará as tradicionais inspirações de estilo do estaleiro italiano para modelos de deslocamento total.
94 ESPECIAL DESIGNS

PROJECT L3

Essa embarcação poderá demorar um pouco mais de tempo para sair da prancheta para um estaleiro por ser um tanto futurista, mas merece estar em nossas páginas pela ousada criação.

O L3 é um projeto de McPherson Yacht Design e BMT Nigel Gee, com base em um catamarã de casco semideslocante. Com 85 metros de comprimento, ele apresenta um grande deck superior com uma espécie de lareira ao ar livre, cercada por espreguiçadeiras que dão visão para um telão de cinema suspenso, para um entretenimento noturno. Já o deck principal traz em sua popa uma piscina. O feixe largo permite o armazenamento de barcos offshore e até um hidroavião. A propulsão híbrida promete atingir os 40 nós de velocidade – algo impressionante para uma embarcação desse tamanho.

EIDOS 57 METROS

Trata-se da primeira parceria entre o estaleiro de Mônaco, Mondomarine, e Enrico Gobbi, do escritório de arquitetura naval Team 4 Design. Em grego antigo, “Eidos” significa “corpo e forma”, duas características que este modelo de 57 metros apresentou no projeto. O iate elegante e esportivo esconde grandes volumes nessas linhas, que utiliza o vidro por toda parte, tornando-o aberto. A popa do deck principal apresenta uma piscina de 5 metros com borda infinita e cascata com efeitos de luzes, com grandes solários em volta. Uma especial atenção tem sido dada à iluminação, com longos “fios” de luz para enfatizar o tamanho e a forma da embarcação, uma técnica nunca antes vista em um iate, de acordo com Tem 4 Design.

VITRUVIUS 77 METROS

O estaleiro britânico Vitruvius Yachts, responsável pelo iate Grace E (publicado na última edição da Boat International Brasil e vencedor do Superyacht Awards), preparou um novo projeto que, se sair das pranchetas, certamente chamará a atenção do mundo náutico.

O modelo todo em alumínio de 77 metros de comprimento, desenhado por Veerle Battiau e Philippe Briand, tem como prioridade o tripé “proporção, eficiência e conforto”. Assim, o estaleiro afirma será de 25% por cento mais eficiente do que superiates equivalentes. Excepcionalmente, a cabine do proprietário está localizada na popa, prometendo vistas espetaculares do deck, através de grandes janelas panorâmicas.

A capacidade de explorar as águas é focada em seu tamanho, que terá um helideck, tenders, submarinos, equipamentos de mergulho e outros brinquedos. É esperar para ver.

R I O S TA R Y AC HT 37 M

O mais recente anúncio de projeto de construção de superiate é do estaleiro carioca Riostar Yachts, que está com novo projeto em construção, um iate de 37 metros desenhado por Fernando de Almeida Yacht Design.

O casco de três decks terá as cores marrom e branca na estrutura. O grande volume é complementado por largos espaços nos decks, uma jacuzzi no sundeck, uma varanda dobrável no deck principal e um largo beach club. O iate será equipado com dois motores Caterpillar C32, com cálculos preliminares de atingir uma velocidade máxima de 22 nós. O projeto foi entregue em 2016.

CRN OCEANSPORTS SERIES

O estaleiro italiano CRN apresentou novos projetos concebidos pelo escritório holandês de arquitetura Omega Architects. A série Oceansport são megaiates customizados com quatro decks e desenvolvidos em diferentes tamanhos (52, 61 e 75 metros). Todos priorizam o entretenimento dos passageiros, com salão de beleza, beach club e área fitness (com sauna, academia e piscina com borda infinita).

A primeira versão possui 10 metros de largura e será fabricada com cinco cabines VIP e uma suíte do proprietário, acomodando 12 hóspedes e 10 membros da tripulação. O modelo vem com uma garagem dupla no convés principal com capacidade para receber tenders de vários comprimentos. O iate será equipado com dois motores CAT C32 de 1.081 kW de potência a 2.300 rpm.

Já o modelo de 61 metros terá 11 metros de largura, com a mesma quantidade de cabines da “irmã” menor, acomodando 12 pessoas e 14 tripulantes. No convés principal está o camarote do proprietário que ocupa todo o feixe, com sala de estar, escritório e banheiro. Nessa versão, a motorização dupla será o CAT 3512C de 1.230 kW de potência a 1.800 rpm. Por fim, o iate de 75 metros de comprimento apresentará 13 metros de largura. Também possuirá com cinco cabines VIP e uma suíte do proprietário, acomodando 12 pessoas, porém, com capacidade para 22 tripulantes.

Esse projeto poderá ser concebido com dois layouts diferentes no piso inferior, com a possibilidade de adaptar a área de estar e um dos banheiros da cabine máster para um escritório ou sala para pequenas refeições.

O deck superior também tem dois layouts (cabine dupla do capitão e uma cabine pessoal, com deck de popa somente para convidados; ou outro camarote de popa para o dono com casa de banho privativa). O iate será equipado com dois propulsores CAT 3516C-DHD 2000 kW a 1.800 rpm.

NO BRASIL
96 ESPECIAL DESIGNS

O barco Taransay, de 40 metros de comprimento, nos remete a um modelo da década de 1930. Mas saber que se trata de um exemplar construído em 2015, a partir do zero, o torna ainda mais especial

Modernamente clássico

Por Maria Roberta Morso Adaptação Leandro Portes Fotos Wioletta Kowalska História
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or que alguém construiria um clássico iate com estilo dos anos 1930 nos dias de hoje? Fiz essa pergunta a mim mesma quando estava no estaleiro Rossinavi, em Viareggio, Itália, para acompanhar o lançamento do iate de 40 metros Taransay. Afinal, o projeto exige minuciosos detalhes, como pequenas e limitadas janelas, um volume relativamente baixo em comparação com as plataformas modernas de tamanho similar; além do desafio extra de camuflar complicados sistemas tecnológicos em um pacote de aparência clássica.

Poucos meses depois, em Veneza, estou a bordo do Taransay pela primeira vez e o capitão Marco Santoro me responde pouco antes de sairmos em viagem inaugural com o proprietário e sua família. “Estava envolvido no projeto desde o início, quando ainda era capitão do Ocean Glory, um modelo de 1935 projetado por GL Watson&Co. Depois de uma vida de aventuras, a embarcação chegou em condição extrema em Gênova, onde passou por um completo refit e foi reapresentado ao mundo em todo seu esplendor no Monaco Yacht Show em 2007. Em seguida, foi disponibilizada para charter e imediatamente chamou a atenção do proprietário do Taransay, que o alugou por alguns anos”, contou.

Tão rápido ele foi seduzido pela ideia de comprar um barco clássico, iniciando a busca de um exemplar para restaurar. “Ao fretar o Ocean Glory, percebi que gostaria de ter algum tipo de iate clássico para viajar em grande estilo”, disse o proprietário. Em 2012, enquanto desfrutava de seu cruzeiro anual no Mediterrâneo, conheceu uma réplica moderna de um iate clássico construído pela Royal Huisman e, assim, nasceu a vontade de construir sua própria réplica, do zero e sob medida, sem os imprevistos que se pode ter com o projeto de um refit.

Um critério foi estabelecido desde o início: o estilo do novo barco deveria ser inspirado nos clássicos da GL Watson&CO, a companhia que no início do século 20 produziu ícones dos mares, como Madiz, Blue Bird e o iate da realeza britânica Britannia. Hoje o estaleiro é dirigido por William Collier, um empresário com PhD em história do iatismo e que trabalha diretamente com os proprietários, restaurando exemplares históricos como Malahne (publicado na Boat International Brasil 20) e desenhando outros novos inspirados por antigos projetos.

Uma vez decidido pela construção de uma réplica, Rossinavi foi contratada para os trabalhos. Foi uma execução delicada desde o início, pois não havia nenhu-

O deck superior é uma excelente região para aproveitar a vista e relaxar, inclusive com um lounge a frente do posto de comando

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Um critério foi estabelecido desde o início: o barco deveria ter o estilo inspirado nos clássicos da GL Watson&Co.

Taransay exala um toque clássico em seus espaçosos decks, nos corredores internos ou nas luminosas e arejadas cabines projetadas por Alain Tassin. Abaixo, à esquerda: a íntima sala de jantar, com suas pequenas janelas e teto com tonalidade que constrasta com o resto do ambiente. Na página ao lado, o impressionante posto de comando que une muito bem o antigo (com o seu clássico timão e bússola em latão) com a tecnologia atual (dos equipamentos de navegação)

Taransay alia todo o charme de barcos clássicos com conveniências de um iate moderno, como conforto e espaço
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ma planta ou projeto pré-existente para se basear, por isso, a equipe (que compreende o proprietário, Santoro e departamento técnico da Rossinavi) teve que confiar em fotografias antigas para a inspiração e informações técnicas. A tarefa mais difícil, no entanto, foi permanecer fiel à forma de uma embarcação da década de 1930 com todo o conforto, volume e comodidades de um modelo contemporâneo. “Um projeto como este transforma o relógio, fazendo-o andar para trás e para frente ao mesmo tempo”, contou o dono.

Foi escolhido um casco deslocante de 39,3 metros de comprimento, com uma popa arredondada e uma proa alta para ganhar o máximo de volume. O casco em aço e a superestrutura em alumínio tiveram um interior concebido pelo designer francês Alain Tassin, que trabalhou na restauração do Ocean Glory. “Tentamos recriar um

iate com uma atmosfera de um cavalheiro. O proprietário tinha seus próprios pedidos de disposição do interior e trabalhamos em estreita colaboração”, disse Tassin. Ao estudar o layout de inúmeros clássicos que foram remodelados, Tassin criou um interior de bom gosto com a abundância de teca, vigas expostas e tonalidade branca. Ele resistiu à tentação de embelezar a decoração ao extremo, portanto, o efeito final é elegante e acolhedor. “O deck principal recebe os hóspedes em um ambiente bastante austero, enquanto em todas as cabines as paredes são de madeira acetinada branca. Com isso, as acomodações do deck inferior tornam-se claras e arejadas, apesar das pequenas vigias. O uso de couro marrom escuro no piso dos quartos, escadas e lobbies é um toque moderno, que vai desenvolver uma superfície mais aquecida com o tempo”, detalhou o designer.

O proprietário, o capitão e a equipe da Rossinavi tiveram que se basear em fotografias antigas para buscar informações técnicas

Acessado por portas de vidro duplo, o salão principal é um retiro íntimo totalmente revestido em mogno acetinado, embora não haja abundância de luz natural devido à fileira de pequenas janelas bem torneadas que estão em forte contraste com os enormes painéis envidraçados que estamos acostumados a ver atualmente. A cozinha, mais à frente do salão, é uma área onde o passado não deu às caras: ela é equipada com tudo que há de mais moderno em um superiate. Refrigeradores personalizados e uma adega completam este espaço amplo e luminoso.

A partir daqui, escadas levam até o posto de comando em um robusto ambiente, onde o passado e o presente se misturam: instrumentos contemporâneos e computadores de bordo dividem o espaço com um grande timão de teca tradicional e uma réplica de uma clássica bússola em madeira e latão.

Taransay possui um incomum arranjo para o deck inferior com a casa de máquinas a meia-nau, dividindo as acomodações: duas cabines de convidados estão na proa enquanto a suíte máster e outros hóspedes dormem na metade de trás do deck. A acomodação do proprietário utiliza o máximo da boca do barco para sua vantagem. Uma cabine com duas camas de solteiro está logo atrás, além de outra mais tradicional com duas camas em V bem na popa.

Nesse ambiente, a sensação é de relaxamento – uma enorme vantagem que a construção de um “novo clássico”tem em relação a trabalhar com um layout do passado – e todas as cabines possuem armazenamento abundante e banheiro privativo, com bancada de mármore finamente moldada.

As suítes na proa compreendem uma VIP e outra com duas camas de solteiro, ambas acessadas por escadas exclusivas na sala de jantar. Amplas e confortáveis cabines para seis tripulantes estão localizadas à frente, enquanto o capitão tem seu próprio dormitório completo junto ao posto de comando.

Em nenhum lugar do iate você tem a sensação de estar em uma réplica. Esse ar de autenticidade é transportado para os outros decks. Gaiutas com alças e dobradiças de latão foram instaladas no deck de proa e por todo oiate há acessórios estrategicamente posicionados que remontam ao período solicitado. “Nosso objetivo era recriar a sensação e o estilo que o proprietário tanto amou a bordo do Ocean Glory e a Rossinavi cooperou bastante, ouvindo nossos pedidos, mesmo os mais incomuns. Eu ficaria feliz em construir mais cem iates com eles”, afirmou Santoro, com entusiasmo.

a década de 1930

O sundeck, uma vez livre de tenders, fornece uma ampla área para relaxar. Na proa, um grande sofá em forma de L é o ambiente ideal para uma refeição ao ar livre, graças às suas mesas de altura ajustável. O espaço ainda possui um pequeno bar com geladeira e freezer e um guincho que serve para içar os tenders.

O formato arredondado da popa não permite ter uma plataforma de banho ou algo que se assemelhe a um beach club, mas uma plataforma de embarque dobrável a boreste foi uma excelente solução. Projetada para descer até abaixo da linha d’água, ela facilita a entrada e saída do mar.

E é quando o Taransay entra em ação que ele realmente brilha. Sua pintura azul escuro reflete com perfeição as águas cintilantes do norte do mar Adriático. Conseguir um acabamento como este em um projeto de refit é notoriamente dificil, onde o aço e antigos rebites transformam o costado. Porém, aqui, não existe tal problema.

“Para chegar ao que queria em um projeto de refit, era necessário participar de uma espécie de jogo: você nunca sabe o que vai encontrar abaixo da superfície. Ao construir o meu próprio clássico, consegui obter o melhor dos dois mundos. Taransay tem todo o charme do velho mundo em um barco e todas as conveniências de um iate moderno, com conforto e espaço para rivalizar com qualquer outro modelo de 40 metros”, finalizou o proprietário, respondendo a minha pergunta inicial.

Por todo o iate há acessórios estrategicamente posicionados que lembram
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Os tenders ficam guardados no deck superior, com a ajuda de um guincho

Taransay

Deck principal Deck superior Deck inferior

Uma íntima sala de jantar está no final do deck principal

Incomum disposição no deck inferior coloca a casa de máquinas a meia-nau

Comprimento total: 39, 3 m

Boca: 7,6 m

Calado máximo: 2,5 m

Tonelagem bruta: 300 GT

Motorização: 2 x CAT C18 Acert EPA TIER 3.599 kW

Velocidade maxima/ cruzeiro: 14/12 nós

Autonomia a 12 nós: 3.500 milhas náuticas

Geradores: 2 x CAT C.4.4, 69 ekW, 400V, 50hz

Tanque de combustível: 45 mil litros

Tanque de água fresca: 6 mil litros

Proprietário + convidados: 10 pessoas

Triupulação: 7 pessoas

Tender: 1 x HTM Custom

Construção: Casco em aço, superestrutura em alumínio

Arquitetura naval: Rossinavi; STB Italia

Design exterior: Projeto do proprietário

Design interior: Studio Tassin

Estaleiro/Ano: Rossinavi/2015

Viareggio, Italy t: + 39 0584 384227 e: info@rossinavi.it w: rossinavi.it

106 FICHA TÉCNICA
“Um projeto como este transforma o relógio, fazendo-o andar para trás e para frente ao mesmo tempo”, contou o dono.

DA FAZENDA PARA A MESA

Com um conceito que está em alta mundo afora, o sofisticado hotel com clima familiar em St. Kitts é o local ideal para aproveitar as férias no Caribe

FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Destino

Belle MontFarm foi inaugurado em 12 de Dezembro de 2014 e está localizado em Kittitian Hill, em St. Kitts. Responsável por uma comunidade de futuro sustentável, tem 400 hectares de terra fértil entre MountLiamuiga e o Mar do Caribe de St. Kitts. Oferece vistas extraordinárias da costa rochosa e as ilhas vizinhas.

Chegar ao Aeroporto Internacional de Robert L. Bradshaw, em St. Kitts, é tranquilo e pode-se aproveitar do salão privado da empresa YU que oferece uma recepção verdadeiramente de luxo. Os hóspedes são recebidos desde seus aviões e levados para a sala onde desfrutam de refeições ligeiras e petiscos caribenhos. Enquanto no YU Lounge uma equipe auxilia com as malas e procedimentos de imigração, a bagagem é transferida diretamente para o veículo.

ACOMODAÇÃO

Belle MontFarm possui 84 casas em uma fazenda de produção orgânica e cinco espaçosas villas adicionais. Os quartos são cuidadosamente incorporados na “paisagem comestível”, como foi projetado pelo famoso arquiteto Bill Bensley.

Na Belle MontFarm, tudo é orgânico e sustentável

As estruturas são construídas utilizando técnicasdoCaribe,commateriaislocaisede modosustentável,erefleteaarquiteturatradicional.Asvarandassãoabertasehápiscinas privadas com vista infinita, banheiro ao ar livre com chuveiro e banheira separados. Concierge 24 horas, instalações de luxo, incluindo filmes selecionados que podem ser reproduzidos em telas, como no cinema, e umbarcomosvinhosnaturaisselecionados cuidadosamentepelosommelier.

As villas de três e quatro quartos (para até quatro casais) são projetadas para famíliasougruposdeamigosqueprocuram

reunir a todos em férias no Caribe. As pedras da construção são locais, os telhados e janelas com persianas foram desenhados para capturar a sensação de uma villa tradicional do Caribe.

Para os hóspedes que preferem mais privacidade, alguns quartos foram concebidos em áreas adjacentes ao lado da casa principal. Cada moradia tem um layout espaçoso com tetos altos e um grande terraço ao ar livre, ideal para entreter. Estas unidades oferecem a privacidade, com acesso ao campo de golfe, restaurantes e outras facilidades únicas.

A EXPERIÊNCIA

Os hóspedes podem encontrar uma conexão significativa com a comida, a natureza e a si mesmos. Os viajantes são imersos na cultura e patrimônio local: deixe-se cativar pelas noites de histórias autênticas contadas por um nativo, ao redor de uma fogueira. Experiências como “Farm -to- table” (da fazenda à mesa) oferecem a oportunidade de participar de atividades com os agricultores Kittitian. Existe enriquecimento cultural culinário através de apreciação da gastronomia e das aulas de culinária.

Os hóspedes são incentivados a aproveitar

a terra que o rodeia – com as paisagens repletas de vegetais e frutos como o maracujá, banana ou abacaxi.

A fazenda orgânica Kittitian Hill oferece a maior seleção de frutas tropicais no Caribe, a partir de variedades de manga e espécies nativas como maçãs e graviola.

Plantações de café e cacau abundam ao redor, bem como variados tipos de vegetais, incluindo mandioca.

Eleve a mente, corpo e espírito com serviços de spa oferecidos ao ar livre ou na privacidade de sua acomodação. Ingredientes locais e métodos indígenas são utilizados. A

fazenda tem 12 óleos essenciais de ervas que crescem ao lado da propriedade. Oferece-se personal trainers e aulas de yoga que podem ser realizadas nos terraços com vista para St. Eustacious e o Mar do Caribe.

FESTA

Boa comida está no coração de Mont Belle Farm. Agricultores e os chefs oferecem pratos que são preparados com ingredientes frescos colhidos a partir do solo circundante e do Mar do Caribe. Noventa por cento dos pratos dos restaurantes são obtidos a partir de fornecedores locais e

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Conheça uma outra face do Caribe. Vale a pena!
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própria fazenda. O Chef Christophe Letard supervisiona o Restaurante The Kitchen & The Mill, localizado na casa principal, The Farm, Arthur’s e diferentes experiências de refeições que o hotel oferece.

Conheça os agricultores! Você pode ir para a colheita com fazendeiros, seguido de uma preparação dos alimentos com o Chef Letard e sua equipe. Os hóspedes desfrutarão de uma experiência gourmet

do início ao fim. A experiência culmina com um jantar ao ar livre em uma grande mesa rústica entre orquídeas orgânicas, vegetais e frutas nos jardins.

StoryTelling, é uma festa agrícola, sem menus. Os hóspedes degustam vários pratos com as culturas do dia. O menu de jantar tem 12 opções emparelhadas com a sugestão de bebidas do sommelier à base de pratos sazonais. A noite continua com

histórias contadas por um nativo, enquanto os convidados se reúnem em torno de uma fogueira.

Para aqueles que preferem os caprichos do serviço de quarto, a cozinha Rolling Mango traz uma interpretação única de serviço e culinária à porta de seu quarto.

A famosa Golden Lemon Inn Dieppe Bay (apenas 10 minutos de carro do Belle MontFarm) faz parte da comunidade Kittitian Hill e oferece uma praia de areia preta. Lá está o restaurante Arthur’s para servir os hóspedes com frutos do mar frescos.

CAMPO DE GOLFE

Irie (i-rie/IRE): o estado de sentir-se em paz e harmonia. Termo comumente usado pelo movimento Rastafari. Situado em um antigo acampamento, Irie Fields é um campo de Par 71, com 18 buracos. Impressiona omais experiente golfista. É o primeiro “Campo Comestível” do mundo que duplica as terras de cultivo. Lá os jogadores podem “merendar” entre turnos.

Desenhado pelo legendário golfista Ian Woosnam, Irie Fields é o primeiro campo de golfe a adquirir a certificação do Programa de Golfe (Enviroment Oganization’s Legacy Program) que demonstra os desenvolvimentos do golfe mais sustentável do mundo.

Aquilo que é servido à mesa é feito na fazenda

As estruturas são construídas utilizando técnicasdoCaribe,commateriaislocaisede modosustentável,erefleteaarquiteturatradicional.Asvarandassãoabertasehápiscinas privadas com vista infinita, banheiro ao ar livre com chuveiro e banheira separados. Concierge 24 horas, instalações de luxo, incluindo filmes selecionados que podem ser reproduzidos em telas, como no cinema, e umbarcomosvinhosnaturaisselecionados cuidadosamentepelosommelier.

As villas de três e quatro quartos (para até quatro casais) são projetadas para famíliasougruposdeamigosqueprocuram

FICHA DO DESTINO

FUNDAÇÃO

Fundador: Valmiki Kempadoo Gerente Geral: Carlos Salazar

Afiliação: Preferred Hotels & Resorts

COMO CHEGAR

Aeroporto Internacional St. Kitts’ Robert L. Bradshaw oferece voos diretos da América do Norte, incluindo Nova York, Miami, Atlanta, Charlotte, Toronto e San Juan.

ONDE FICAR

www.bellemontfarm.com 869-465-7388

Twitter @KittitianHillSK Facebook Belle MontFarm Instagram @bellemontfarm

PREÇOS

Tarifas de hospedagem com diárias a partir de US $ 1.700,00 (ocupação dupla). Pacote inclui:

• Experiência da chegada / saída através do luxuoso terminal privativo YU Salão São Cristovão;

• Translado ida e volta desde o aeroporto;

• Café da manhã, almoço e jantar (bebidas alcoólicas inclusas);

• Opções de veune: The Kitchen

& The Mill / Restaurante The Table / The Pool Grille / Restaurante Arthur’s / The Farm Table (jantar em uma mesa comunitária no meio da plantação)

• Story Telling (Narração de Contos): 12 pratos para o menu degustação, seguido por uma narração de histórias contadas por um nativo de St. Kitts;

• The Rolling Mango para room service (valor adicional);

• Mini Bar do apartamento;

• Golfe ilimitado no Irie Fields para duas pessoas com serviço de caddie;

• Tratamento de Spa crédito diário de US $ 200,00 por casal;

• Gorjeta (10%)

Os viajantes são imersos na cultura e patrimônio local, com histórias de nativos e participação na agricultura caribenha
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Voyage

Gastronomia

Pâtisserie Francesa pelo mundo

A Pâtisserie é uma espécie de padaria francesa especializada em bolos e doces. São aqueles lugares em que queremos ficar durante muito tempo e provar de tudo um pouco

por Andrea Funaro

CHEF JUSTINE GRAZIANO

Além de propor doces e salgados franceses sob encomenda, ela organiza aulas de confeitaria e participa de demonstrações. Ela realiza também trabalhos de consultoria em confeitaria.

O Financier é um docinho tradicional francês feito com farinha de amêndoa. Ele surpreende pela maciez e pela delicadeza dos sabores da baunilha de Madagascar, para a versão mais clássica, ou do pistacchio, a segunda opção desse bolinho em forma de flor.

São Paulo

Sob encomenda +55 11 99573-1244

CHEF ROLAND VILLARD

O chef francês comanda o Le Pré Catelan, um dos mais prestigiados restaurante que conquistou importantes prêmios, incluindo o de melhor restaurante francês do Rio de Janeiro. Há muitas versões para a origem desta torta. Uma das mais conhecidas conta que duas irmãs francesas, as Tatin, a inventaram acidentalmente esta clássica torta de maçã francesa.

Rio de Janeiro

As estruturas são construídas utilizando técnicasdoCaribe,commateriaislocaisede modosustentável,erefleteaarquiteturatradicional.Asvarandassãoabertasehápiscinas privadas com vista infinita, banheiro ao ar livre com chuveiro e banheira separados. Concierge 24 horas, instalações de luxo, incluindo filmes selecionados que podem ser reproduzidos em telas, como no cinema, e umbarcomosvinhosnaturaisselecionados cuidadosamentepelosommelier.

Av. Atlântica, 4240 – Copacabana +55 21 2525-1160 www.gastronomiasofitel.com.br

As villas de três e quatro quartos (para até quatro casais) são projetadas para famíliasougruposdeamigosqueprocuram

FAUCHON

Na Semana do Éclair Fauchon são apresentados 27 sabores diferentes. Passe neste centro da gastronomia francesa para degustar algum deles. É uma surpresa mais deliciosa que a outra. O L´Eclair de Genie é de chocolate branco, azeitonas pretas e passas e assinado por Stéphanie Le Quellec Paris 26 Place de la Madeleine +33 1 70 39 38 00 www.fauchon.com

CHEF PATRICK FEYTEN

Um nativo da Bélgica teve a ambição de trazer qualidade superior de doces artesanais para Miami. Para atingir este objetivo no Atelier Monnier, Patrick trabalha em estreita colaboração com o chefe de patisserie francês e artista criativo Franck Monnier. Este bolo clássico encanta os sentidos com camadas perfeitamente equilibradas de delicado bolo de amêndoa esponja embebida-espresso com um rico creme de manteiga, café e ganache de chocolate.

Miami Brickell Cafe 848 Brickell Ave Ste 120 1-305-456-5015 www.ateliermonnier.com

CHEF PIERRE HERMÉ, “O PICASSO DE PATISSERIE”

Pierre Hermé é um famoso patissier francês. Para ele, trabalhar no mundo da patisserie foi quase inato, tendo sido imerso a partir dos 14 anos e, em seguida, seguiu sua paixão e começou a carreira com o famoso Gaston Lenôtre. Na verdade, ele é o herdeiro de quatro gerações de patissiers da Alsácia!

O doce surgiu em Paris em 1800, quando Marie-Antoine Carême, conhecido como cozinheiro dos reis, criou um doce com exatamente 729 camadas de massa e 729 camadas de manteiga e creme pâtissier, e chamou de mil folhas.

O quitute virou um clássico e faz muito sucesso ao redor do mundo.

Paris- 72 Rue Bonaparte, 75006 +33 1 43 54 47 77 www.pierreherme.com

FOTOS: DIVULGAÇÃO
Financier Tarte L´Opera L´Eclair de Genie Mille Feuille de Praliné
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Tarte Tatin
Voyage

Do café ao drink

A carta de bebidas do Café Voyage, em São Paulo, assinada pelo mixologista Marco de La Roche, oferece desde o tracional café expresso até drinks elaborados

O recém-inaugurado Café Voyage, no Itaim Bibi, em São Paulo, SP, conta com ambiente aconchegante em estilo retrô e (o toque principal) cardápio com variedade de cafés, blends, drinks, sanduíches e petiscos inspirados em alguns países.

Além dos tradicionais café coado, macchiato e expresso, a casa não deixa a desejar nas opções de drinks, que são assinadas por Marco de La Roche. O mixologista é um dos embaixadores do café no Brasil pela Associação Brasileira de Café e Barista e considerado um dos dez melhores baristas do Campeonato Mundial, em Londres, em 2011.

“A carta vai dos clássicos preparados com excelência até receitas autorais, em uma imersão a referências regionais como o Arequipa Bramble, uma deliciosa combinação”, contou La Roche.

Café Voyage

Rua Professor Atílio Innocenti, 439 – Itaim Bibi, SP Tel: (11) 3045-5792 / (11) 3045-5031

www.cafevoyage.com.br

AREQUIPA BRAMBLE

Ingredientes:

•50 ml de pisco

•10 ml de licor de açaí

•3 cubos de abacaxi

•15 ml de xarope de cravo e canela

•5 ml de suco de limão

•Copo baixo com um zest de limão e 2 cravos e 1 canela no topo.

Preparo

Em uma coqueteleira, coloque o abacaxi, xarope de cravo e canela, suco de limão e macere bem. Acrescente pisco, licor de açaí e oito cubos de gelo e bata vigorosamente. Coe duplamente em um copo baixo, com cubos de gelo, e finalize acrescentando dois cravos presos a um zest de limão enrolado em uma rama de canela.

Drink
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